VI CONGRESSO BRASILEIRO DE TRIAGEM NEONATAL / XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA MÉDICA SALVADOR – BA, 07 A 10 DE SETEMBRO DE 2010 ESTUDO DA MORBIDADE NEONATAL ASSOCIADA ÀS ANOMALIAS CONGÊNITAS EM UMA UNIDADE NEONATAL DA BAIXADA SANTISTA. Patto, Fernanda C. D.;1Campos, Ana Clara1, Oliva, Ana Carolina Tavarone1, Éden, Camila Dal Medico;1Joly, Stephanie 1, Perpétuo, Francine Heiko Alves1, Perez, Ana Beatriz Alvarez2, Prado, Mariangela3, Cernach, Mirlene Cecilia Soares Pinho2. (1) Discente do curso de medicina da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES); (2)Disciplina de Embriologia e Genética da UNIMES; (3) Disciplina de Epidemiologia da UNIMES. RESUMO Introdução: As anomalias congênitas afetam cerca de 2 a 3% dos recém-nascidos, sendo responsáveis por aproximadamente 20% da mortalidade neonatal. Apresentam também risco aumentado para desenvolver complicações clínicas. A Baixada Santista é composta por 9 municípios, sendo que não existia na região nenhum serviço de genética médica, até o ano de 2007 quando foi iniciado esse atendimento na UNIMES. A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santos é um importante hospital da região responsável também pelo atendimento em gestações de alto risco. Objetivos: Descrever a freqüência das anomalias congênitas entre os recém-nascidos da daquele hospital e comparar variáveis indicadoras de morbidade entre os recémnascidos normais e com defeitos congênitos. Metodologia: Foram extraídos dos livros de registros todos os nascimentos ocorridos entre 01 de janeiro e 31 de dezembros de 2007. Todos os prontuários foram analisados e foram pesquisados os fatores: maternos e da gestação, do parto, do recém-nascido, dados demográficos, período de internação, idade e condição na alta e procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados. Resultados: No ano de 2007 ocorreram 2703 nascimentos vivos sendo que 165 recém-nascidos foram referidos como apresentando malformação congênita (6,1%). No entanto, em apenas 25 casos (0,92%) foram encontradas descrições referentes à anomalia apresentada, mas sem diagnóstico específico determinado. Em relação às variáveis analisadas, as que apresentaram diferença significante foram: número de consultas de pré-natal, exposição a fatores físicos e químicos na gestação, sexo do recém-nascido, boletim Apgar no primeiro minuto, outros diagnósticos clínicos presentes durante a gravidez, a necessidade de estimulação externa ao nascimento e ventilação assistida e período de internação. Conclusões: Nossos dados mostram a representatividade atual das anomalias congênitas como causa de morbidade neonatal nesse hospital e a importância da existência de um médico geneticista na unidade neonatal para melhor definição diagnóstica, orientação adequada da conduta e aconselhamento genético. Palavras-chave: morbidade neonatal, anomalias congênitas, recém-nascidos, diagnóstico em genética.