Tendências em Serviços Ecossistêmicos - TeSE George Magalhães @ [email protected] Workshop Internacional Negócios e Capital Natural Brasília, maio 2014 CENTRO DE ESTUDOS EM SUSTENTABILIDADE DA FGV-EAESP (GVces) Criado em 2003, é um espaço aberto de estudo, aprendizado, reflexão, inovação e de produção de conhecimento. Trabalha no desenvolvimento de estratégias, políticas e ferramentas de gestão públicas e empresariais para a sustentabilidade, no âmbito local, nacional e internacional. Missão Visão Expandir continuamente as fronteiras do conhecimento contribuindo para um desenvolvimento sustentável, no âmbito da administração pública e empresarial. Ser um espaço de excelência em cocriação, compartilhamento e aplicação de conhecimento. www.gvces.com.br SOBRE AS INICIATIVAS EMPRESARIAIS :: iE OBJETIVO :: Consolidar uma rede de empresas capaz de transformar os desafios da FORMAS DE ATUAÇÃO sustentabilidade em oportunidades de criação de valor, contribuindo para um novo modelo de desenvolvimento. COCRIAÇÃO :: Oficinas e grupos de trabalho com especialistas e representantes dos diversos setores da sociedade, troca de experiências entre empresas e construção conjunta de métodos e ferramentas para lidar com os desafios da sustentabilidade. ESTUDOS e PUBLICAÇÕES :: Publicações e estudos, resultados do trabalho conjunto, que trazem propostas de políticas públicas e empresariais, guias, diretrizes e instrumentos de autorregulação. PARCERIAS :: Relacionamento com outras instituições, fortalecendo a atuação em rede na agenda de sustentabilidade. COMUNICAÇÃO E Resultados e aprendizados disseminados por meio de eventos abertos, websites, MOBILIZAÇÃO :: participação em redes nacionais e internacionais e inserções na mídia. QUAIS SÃO OS TEMAS DAS iES? Desenvolvimento Local & Grandes Empreendimentos (IDLocal) Inserção do tema “desenvolvimento local” na estratégia do negócio. Para saber mais, clique aqui. Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor (ISCV) Inovação a partir de pequenos e médios empreendimentos (PMEs) em cadeias de valor. Para saber mais, clique aqui. Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE) Gestão corporativa de serviços ecossistêmicos. Para saber mais, clique aqui. Empresas pelo Clima (EPC) Gestão das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de riscos climáticos com vistas à transição para uma economia de baixo carbono. Para saber mais, clique aqui. Motivação “...tangibilizar os serviços ecossistêmicos...” Ajudar o setor empresarial a entender e dimensionar a importância do capital natural para seus negócios e também para a sociedade Ler “Ouro de Tolo” – prefácio das Diretrizes Empresariais para Valoração Econômica de Serviços Ecossistêmicos (DEVESE) Objetivos gerais Desenvolver estratégias e ferramentas destinadas à gestão empresarial dos impactos, dependências, riscos e oportunidades relacionados a serviços ecossistêmicos. Objetivo específico atual: Quantificação monetária) de serviços ecossistêmicos (física e Membros - Ciclo 2014 Serviços Ecossistêmicos e Capital Natural É a unidade funcional a ser considerada !!! Definição de ECOSSISTEMA: Comunidade biótica junto com seu meio físico. (Begon, Townsend & Harper, 2006) Um complexo dinâmico de comunidades de plantas, animais, microorganismos e seu ambiente não vivo interagindo como uma unidade funcional. (MA, 2005; TEEB 2010) É inviável conservar ou manejar a biodiversidade para fins econômicos sem levar em consideração o meio físico onde ela está inserida (água, clima, solo, relevo, etc.) Serviços Ecossistêmicos e Capital Natural Instituições e julgamento humano Determinam o uso dos serviços Manejo e restauração Ecossistemas & Biodiversidade Estrutura biofísica ou processo Cobertura vegetal, produtividade primária, etc. Feedback entre percepção de valor e uso econômico dos serviços Bem estar humano Contexto sociocultural Função Serviço Escoamento da chuva mais lento, biomassa, etc. Serviço Benefícios Proteção contra enchentes, produtos, etc. Saúde, segurança, etc. Valor econômico Disposição a pagar Fonte: TEEB Foundations ESTOQUE + FLUXO = CAPITAL NATURAL Estoque ou reserva provida pela natureza (biótica ou abiótica), que produz um valioso fluxo futuro de recursos ou serviços naturais (Daily & Farley, 2010) Serviços Ecossistêmicos e Capital Natural Definições de serviços ecossistêmicos: • Benefícios que as pessoas obtém dos ecossistemas (MA, 2005) • Contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas ao bem estar humano. (TEEB, 2010) Principais classificações de serviços ecossistêmicos: Millenium Ecosystem Assessment Provisão Regulação Culturais Suporte TEEB Provisão Regulação Culturais Habitat Serviço ecossistêmico x serviço ambiental Serviço ecossistêmico: Benefícios que as pessoas obtém dos ecossistemas (MA, 2005) Contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas ao bem estar humano (TEEB, 2010) Serviço ambiental: Práticas humanas que minimizem os impactos antrópicos negativos nos ecossistemas (ANA, 2013) • Pode ser expandido para considerar impactos positivos Valor econômico e preço Exemplo: polinização Valor: relacionado à importância de algo • Dependente de contexto socioeconômico Valor ecológico: avaliação não monetária da integridade, saúde ou resiliência de um ecossistema; Valor intrínseco: valor que independe de utilidade; Valor sociocultural: cultura que caracteriza determinado grupo social; ... Valor econômico: relacionado a utilidade e o bem estar. Valor econômico e preço MERCADO: mecanismo através do qual compradores e vendedores interagem para determinar preços e quantidades e trocar bens, serviços e ativos (Samuelson & Nordhaus, 2010) PREÇO: custo monetário de um bem, serviço ou ativo (Samuelson & Nordhaus, 2010) Exemplo: viagens durante a copa Exemplo: tomate! Preços são referência de valor, mas são baseados principalmente no custo de oportunidade do dinheiro e na negociação a partir de duas percepções de valor distintas. Exemplo: carros Preços são estimadores imprecisos de utilidade e bem estar !!! Estimativas de valor econômico O que caracteriza uma boa estimativa de valor econômico? • Premissas realistas (métodos) e a melhor informação disponível (dados) - O caso de Nova Iorque Estimativas de valor econômico O caso de Nova Iorque: Problema: progressiva degradação dos mananciais de abastecimento público (final da década de 1980) Solução convencional: Estação de tratamento de água Investimento: USD$ 4 – 6 BI Manutenção: USD$ 250 MI/ano Solução alternativa: Programa de PSA Investimento: USD$ 1,4 BI CAPITAL NATURAL Manutenção: USD$ 35 MI/ano (aproximado) DECISÃO DE INVESTIMENTO CAPITAL FÍSICO Ciclo 2013 Desafio estratégico: o que fazer? Como agregar valor? A empresa participando diretamente da maior parte das análises de valoração Princípios: 1. Métodos simplificados, de baixo custo e baseados em dados de fácil acesso 2. Gerar informações que subsidiem análise de projeto, indicadores de desempenho e a tomada de decisão de negócios em geral 3. Reconhecer as limitações DOCUMENTO SIMPLES, PARA USO RECORRENTE !! Ciclo 2013 Desafio tático (como fazer?) Seleção prévia dos procedimentos metodológicos Desenvolver quantificação física e valoração econômica Unidade comum para SE e demais tipos de capital Avaliação dos SE por três aspectos distintos: - Dependência - Impacto sofrido pela própria empresa - Externalidade (impacto causado pela empresa) Elaboração de ferramenta desenvolvimento! de cálculo já está em Diretrizes Empresariais para a Valoração Econômica de Serviços Ecossistêmicos Ciclo 2013 Versão 1.1 a caminho! • Versão 1.0 • 6 serviços ecossistêmicos • Avaliação de: o Dependências o Impactos sofridos pelas empresas e o Externalidades Diretrizes Empresariais para a Valoração Econômica de Serviços Ecossistêmicos Resumo (versão 1.0) Aspecto Classe Serviço Ecossistêmico Provisão Quantidade de Água Regulação Qualidade da Água Regulação Assimilação de Efluentes Provisão Biomassa Combustível Regulação Clima Global Cultural Recreação e Turismo MCR = MCE = MPM = MCO = MCV = método de custos de reposição método de custos evitados método de preços de mercado método de custo de oportunidade método de custo de viagem Dependência Impacto Externalidade MCR MCR MCR MCR MCE - - MCE MPM MCR MCO - MCV MCR MCV Ciclo 2014 Diretrizes: ampliação de escopo (v2.0 em desenvolvimento) • Desmatamento evitado (conservação de área florestada) • Regulação de polinização • Externalidade na provisão de água doce • Regulação de erosão do solo • Regulação de vazão Ciclo 2014 Projetos piloto • Definição do escopo dos projetos (escolher recorte de SE nas atividades das empresa). • Análise de disponibilidade de obtenção dos dados de indicadores físicos disponíveis. • Estimativa de quantificação dos indicadores físicos e valoração do SE. Ciclo 2014 Diretrizes para Relato • Comunicação das externalidades ambientais. • Transparência na gestão corporativa. TeSE – Tendências em Serviços Ecossistêmicos Obrigado! Mais informações: [email protected] [email protected] Coordenador Pesquisadora [email protected] iE-GVces