5. Reflexões encontro 2

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Reflexões
- Lei das águas é muito jovem e prevê que o uso das águas é múltiplo para atender a todos os setores da
sociedade. O problema da água é transversal e pode trazer mudanças importantes para a sociedade,
aumentando a participação social.
- Comitê PCJ tem importância nacional pelo pioneirismo na gestão da água.
- Importância do meio rural como provedor de serviços ecossistêmicos, produção, preservação e
fornecimento de água.
- Agricultura é altamente dependente do clima. Eventos Climáticos Extremos Preponderantes: Chuva
excessiva e seca, principalmente nas épocas de colheita. Outras adversidades importantes: geada,
granizo, vento frio, vento forte, variação excessiva de temperatura, entre outros.
- Aumento das temperaturas, previsto, causando eventos meteorológicos extremos com maior
frequência (IPCC 2001; 2007 - gráficos). Necessidade de mitigar e se adaptar aos efeitos inevitáveis,
como redução de áreas com aptidão agrícola (exemplo do café no Estado de SP).
- Importância do poder público para as ações a serem tomadas diante dos eventos extremos
- Necessidade de integração das esferas econômica, social e ambiental;
- Políticas Públicas voltadas para a agricultura e gestão das bacias para o sucesso da gestão da água na
agricultura.
- Necessidade de deixar áreas nas propriedades agrícolas para a preservação de reservas florestais:
como dar valor a isso?
- Ajuste de leis para valoração dos serviços ecossistêmicos das reservas florestais em propriedades
agrícolas - Pagamentos por Serviços Ambientais, subsídios para agricultura e seus serviços
ecossistêmicos.
- Por que as boas práticas agrícolas para a conservação da água e solo não são aplicadas? Isso é preciso
ser discutido! A questão da educação e discussão das leis e do mercado são também necessárias para as
soluções almejadas.
- Ciclos de reduções e aumentos já foram muito semelhantes ao longo dos cem anos, contudo, a
população e as atividades realizadas no campo e na cidade eram muito diferentes. Importância das
previsões para saber o que plantar e quando plantar, o que vai acontecer com as culturas com as
mudanças climáticas?
- Questões importantes: Como estamos preparados e como vamos nos preparar para os eventos
extremos? É possível daqui pra frente pensar diferente para utilizar a água de maneira mais racional,
mais eficiente? Existe uma tendência de aumento de temperaturas, então como vamos nos organizar em
termos de microbacias?
- As Bacias do PCJ e Alto Tiête representam 7% do PIB do país, claro que há alta demanda por água. É
importante discutir a relação entre agricultura e floresta, mas também muito se deve pensar na
infiltração! 20% da água são utilizados para a agricultura, mas, além disso, é na agricultura que ocorre
a infiltração da água.
- O problema da introdução de espécies é que em geral elas se adaptam muito bem aos espaços
introduzidos, competem e substituem as espécies nativas desses espaços, podendo levar à extinção
local. Como por exemplo, o tucunaré nas represas da CESP. Portanto, essas ações tem que ser muito
bem debatidas e repensadas antes de serem realizadas. Introduzir peixes para o combate à dengue não é
uma boa opção porque pode trazer esses revezes e há outras alternativas mais viáveis.
- Passou da hora de a academia trazer as informações de maneira entendível à população em geral,
fazer extensão e trazer a sociedade civil para o debate.
- Com relação aos eventos extremos, há uma falta nas pesquisas sobre séries de dados confiáveis,
porque não há referências para as mudanças climáticas. O que chama a atenção é que a falta de chuva
ocorreu na época em que se espera chuva, elevando também a temperatura e consequentemente a
evapotranspiração. Temos um período sequencial de 3 anos com chuvas abaixo da média, o que
representa um período, se não o mais grave, um dos mais graves de redução de chuvas já ocorrido nos
últimos 100 anos.
- A agricultura pode contribuir muito! Fatores como infiltração de água e erosão estão ligados à
agricultura. O debate é fundamental, mas é preciso haver racionalização do debate. Muitas vezes a
sociedade não acredita na comunidade científica. Hoje existe informação, mas é preciso transformar a
informação em conhecimento. O debate tem que ser respeitado, assim como o trabalho científico,
porque a questão ambiental tem que ser vista com uma visão técnica, não romântica. Como apresentado
que a floresta por si só não é capaz de solucionar o problema, é preciso um processo de integração,
olhar a bacia como um todo, melhorar as pastagens e as práticas agrícolas, por exemplo. Existe hoje
tecnologias para melhorar as pastagens e plantar com mais responsabilidade ambiental, mas é preciso
melhorar o debate porque a decisão é sempre política. Agora está mais fácil sensibilizar os políticos e é
nisso que temos que trabalhar.
- A restauração das florestas não devem ser a solução da crise hídrica, temos que fazer o componente
florestal voltar a área rural para a proteção de nascentes, cabeceiras e margens de rios, auxiliando na
conservação de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos, sem a ilusão de que isso vai acabar com a
crise ambiental. É necessário que um conjunto de atividades seja também melhorados para atingir
maior sucesso. Um problema também é que os plantios de árvores são feitos muito próximos aos cursos
d’água, diminuindo o nível do lençol freático num momento inicial. A floresta precisa de tempo para
retomar suas funções de proteção dos recursos hídricos e esse tempo demora, por isso, são necessárias
outras ações complementares.
- O novo código florestal é negativo pra água porque reduz as áreas de preservação permanente, apesar
de facilitar a restauração em áreas menores.
- O que a agricultura tem feito em termos de uso racional da água e como ela pode contribuir para a
conservação do solo?
- Existe uma média segura para saber o tempo real das secas nos ciclos de chuva?
- Hoje a participação dos produtores rurais nos projetos ambientais é de 10 a 15%, como aumentar essa
participação?
- Alguém tem sugestões para melhorar o Pagamento por Serviços Ambientais?
- Pastagens entre 35 e 45º estão degradadas, não produzem, seria possível rebaixar a APP para 45º?
- Até que ponto essa ferramenta do CEPAGRI chega aos agricultores familiares?
- O problema da água é a curto prazo. Por que não fazer açudes nas regiões de seca?
- Porque houve diminuição da água x vasão rede hídrica (que era boa), houve excesso de erro de todos
– gestão errada provocou degradação rural, impediu recarga aquífera subterrâneos (diminuição das
nascentes, diminuição da rede hídrica)
- Gestão da água é muito complexa e precisa de estudos multidisciplinares.
- Água não deve ser privatizada, não pode ser vista como um produto
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