Texto de apoio 7º ano Postado em 24.02.2017

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A evolução do conhecimento
ATIVIDADE
INSTRUMENTAL
ALUNO(A):
PROFESSOR(A): EMILLY AMORIM
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
DATA:
/
/2017
7º A ( ) B ( ) C ( ) D ( )
O espaço Geográfico brasileiro no período colonial
Os primeiros habitantes das terras brasileiras
Muito antes da chegada dos portugueses ao Brasil, os índios já habitavam o território.
Os portugueses não foram bons para os índios, pois quando chegaram aqui os escravizaram, obrigando-os a
fazer trabalhos pesados.
Como nosso país é de clima muito quente, os índios daqui foram acostumados a andarem nus, com os
corpos descobertos, enfeitando-os com penas e pinturas.
As casas dos povos indígenas eram feitas de palha, galhos secos, e recebiam o nome de oca. O conjunto de
ocas formava uma aldeia ou tribo.
Índios na época do descobrimento do Brasil e índios de hoje: eles também se modernizaram
Para se defenderem, os povos indígenas confeccionavam suas próprias armas. O arco e flecha são as mais
conhecidas, mas existiam também o tacape e a lança.
Os índios se alimentavam de mandioca, batata-doce, inhame, abóbora, cará e milho, que eles próprios
plantavam, além de peixes e carnes que pescavam e caçavam.
O contato com o homem branco fez com que os índios sofressem muito, pois foram duramente agredidos,
perseguidos e mortos, adquiriram doenças que também causaram a morte de muitos deles. Mas o contato com o
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branco fez com que aprendessem novos costumes. Os brancos ensinavam-lhes como era o seu modo de vida e os
índios ensinavam seus conhecimentos e hábitos.
Com o passar dos anos, a raça indígena diminuiu muito, pois o desrespeito do homem branco aos mesmos
foi intenso. Para evitar que a raça indígena se extinguisse, o governo brasileiro criou um órgão para atender aos
interesses dos mesmos, a FUNAI – Fundação Nacional do Índio, que presta toda assistência que necessitam.
Precisamos respeitar a cultura indígena, pois ninguém merece viver sem condições de vida, nem sofrendo
preconceitos.
Os habitantes que viviam por aqui tinham uma vida tranquila, sem guerras e com harmonia entre todos,
porém, os portugueses fizeram desta terra, uma terra de muitas desavenças.
Não se sabe ao certo, mas muitos estudos indicam que no início do século XVI havia entre 2 e 4 milhões de
índios, que pertenciam a mais de mil povos e falavam mais de mil línguas diferentes.
Se compararmos com o número de indígenas que existem hoje no Brasil, cerca de 600 mil, notamos que
houve uma enorme diminuição dessa população.
Muitas foram as causas, mas um número enorme de indígenas morreu por causa das doenças trazidas pelos
colonizadores europeus, como por exemplo a gripe, o sarampo, a coqueluche, a varíola e a tuberculose, e diferente
dos europeus eles não tinham anticorpos desenvolvidos contra essas doenças, sem defesas, as doenças se
tornavam epidemias e matavam muitos.
Quando os europeus chegaram aqui, há mais de 500 anos, os povos indígenas estavam espalhados por toda a
região e já ocupavam esse território há, pelo menos, 12 mil anos. Cada povo tinha formas muito diferentes de ocupar
e dividir o território, de conhecer a geografia e de utilizar e cuidar dos recursos naturais.
Antes do contato com os não-indígenas, os povos indígenas não estabeleciam limites territoriais fixos. Eles
andavam muito. Faziam longas viagens para procurar recursos naturais em locais distantes de suas aldeias passavam longos períodos caçando e pescando, viajavam para buscar remédios e coletar frutas e mel, dentre muitas
outras atividades.
Mas mudou tudo no processo de colonização e de ocupação do Brasil pelos portugueses, a ocupação se deu
de forma violenta e desrespeitosa. Os colonizadores invadiram os territórios indígenas, expulsando, assim, os povos
que ali tinham sua história. Aqueles que sobreviveram às epidemias e guerras fugiram para territórios mais distantes
daqueles tomados pelos europeus.
Hoje, os índios estão por todo território nacional. Uma parte da população indígena vive nas cidades, mas a
maioria vive em territórios chamados de Terra Indígena, que é um território demarcado pelo Estado brasileiro, que
tem como obrigação protegê-la.
É o lugar que um determinado grupo ocupa de forma permanente e segundo suas tradições culturais. É nela
que se realizam as atividades necessárias para sua sobrevivência cultural e física, como a pesca, a caça, a coleta e o
plantio. A continuidade da vida dos povos indígenas está diretamente relacionada à qualidade do ambiente em que
vivem: a pureza dos rios e igarapés, a presença em abundância de determinadas espécies de plantas e animais.
A colonização do território brasileiro
A partir de 1500, tudo o que se fazia nas terras que hoje correspondem ao Brasil obedecia às ordens vindas da
metrópole portuguesa. Os países dominadores europeus passaram a ser chamados de metrópole e os dominados
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de colônia. Portugal era a metrópole do Brasil, que foi transformado numa colônia desse país europeu. A medida que
Portugal intensificava a dominação sobre o território brasileiro, mais produtos eram descobertos, explorados e
levados para a Europa.
Tratado de Tordesilhas
Na época das grandes navegações, os europeus acreditavam que os povos não cristãos e não civilizados
poderiam ser dominados e por esta razão achavam que podiam ocupar todas as terras que iam descobrindo mesmo
se essas terras já tivessem dono. Começou assim uma verdadeira disputa entre Portugal e Espanha pela ocupação
de terras.
Para evitar que Portugal e Espanha brigassem pela disputa de terras, os governos desses dois países
resolveram pedir ao papa que fizesse uma divisão das terras descobertas e das terras ainda por descobrir.
Em 1493, o papa Alexandre VI criou um documento chamado Bula. Nesse documento, ficava estabelecido que
as terras situadas até 100 léguas a partir das ilhas de Cabo Verde seriam de Portugal e as que ficassem além dessa
linha seriam da Espanha.
O medo que Portugal tinha de perder o domínio de suas conquistas foi tão grande que, por meio de forte
pressão, o governo português convenceu a Espanha a aceitar a revisão dos termos da bula e assinar o Tratado de
Tordesilhas (1494). Então os limites foram alterados de 100 para 370 léguas.
De acordo com o Tratado de Tordesilhas, as terras situadas até 370 léguas a leste de Cabo Verde pertenciam
a Portugal, e as terras a oeste dessa linha pertenciam a Espanha. O Brasil ainda não havia sido descoberto e
Portugal não tinha ideia das terras que possuía. Hoje sabemos onde passava a linha de Tordesilhas: de Belém (Pará)
à cidade de Laguna (Santa Catarina).
De acordo com o Tratado, boa parte do território brasileiro pertencia a Portugal, mesmo se fosse descoberto
por espanhóis. Portugueses e brasileiros não respeitaram o tratado e ocuparam as terras que seriam dos espanhóis.
Foi assim que o nosso território ganhou a forma atual.
Apesar dessa invasão, os espanhóis não se defenderam, pois estavam ocupados demais com as terras que
descobriram no resto da América, ao norte, a oeste e ao sul do Brasil. Mesmo após 250 anos de descobrimento, os
brasileiros e portugueses continuavam avançando para o interior, não respeitando a linha de Tordesilhas. A maioria
nem sabia que ela existia. E assim, terras que seriam da Espanha, acabaram sendo tomadas pelos colonizadores.
Cabo Verde em destaque no noroeste do continente Africano.
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Ciclos econômicos
Os ciclos econômicos do Brasil fazem referência as atividades econômicas que foram desenvolvidas no país em
diversos momentos. Os principais ciclos econômicos são:
Ciclo do Pau-brasil
Cultivado durante o período pré-colonial (1500-1530), o ciclo do pau-brasil foi o primeiro a despontar no país, desde a
chegada dos portugueses. Na época, eles buscavam especiarias e metais preciosos nas terras descobertas, no
entanto, começaram a perceber a importância dessa planta nativa da Mata Atlântica utilizada para o tingimento de
tecidos e que possuía grande valor no mercado europeu.
Pau-Brasil
Diante disso, eles começaram a negociar com os índios utilizando o escambo, ou seja, em troca do corte e do
transporte da madeira, os portugueses lhes ofereciam objetos e armas desconhecidas pelos índios. Mais tarde,
escravizaram os índios para enriquecer ainda mais.
Entretanto, a madeira que fora demasiadamente explorada começou a apresentar sinais de extinção. Além disso, o
açúcar já possuía grande valor no mercado europeu.
Assim, foi o fim do ciclo do pau-brasil para dar início ao ciclo da cana, que já era cultivada por eles em outras regiões
do mundo.
Ciclo da Cana-de-Açúcar
O ciclo da cana-de-açúcar foi o segundo ciclo econômico desenvolvido durante o Brasil colonial. Era um produto
valorizado no mercado europeu e os portugueses já plantavam a cana em outros locais e, portanto, possuíam
técnicas de plantio.
Cana-de-Açúcar
Nesse período, já era utilizada a mão-de obra escrava africana, posto que os índios foram acometidos por diversas
doenças e, os que sobreviviam a essa exploração, tentavam fugir. Como conheciam bem melhor o território, os
portugueses tinham dificuldade de encontrá-los.
Foi assim, que começou o tráfico negreiro e o transporte dos escravos africanos. O açúcar nesse momento, foi o
principal produto de exportação. As principais características do ciclo da cana são:
 Sistema Plantation
 Monocultura
 Latifúndios
 Uso de mão-de-obra-escrava
 Voltado para o mercado externo
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Ciclo do Ouro
O ciclo do ouro ou da mineração começa no final do século XVII quando os portugueses encontram diversas jazidas
do mineral, sobretudo na região do estado de Minas Gerais, atingindo seu auge no século XVIII. Além de Minas, as
jazidas de ouro foram encontradas também nos estados de Goiás e do Mato Grosso.
Trata-se de um período de auge da economia colonial, e os portugueses que já sofriam com a concorrência mundial
do açúcar, passaram a investir na extração do minério por acreditar na estabilidade econômica.
Esse “boom” econômico gerou riquezas para a metrópole que enviava todo o ouro para a Europa. Nessa fase, houve
também um aumento considerável da população no país. O ciclo do ouro termina em fins do século XVIII pelo
esgotamento das minas no país.
A Inconfidência Mineira (1792) foi um dos importantes movimentos que ocorrera na época do Ciclo do Ouro, que
tinha como objetivo principal a libertação da colônia.
Entradas e Bandeiras
Diferenças, história e objetivos.
Definição
As entradas e bandeiras foram expedições de desbravamento territorial,
que ocorreram no Brasil Colônia entre os séculos XVII e XVIII.
Diferenças
Fernão Dias: bandeirantes do século 1.
As entradas eram expedições oficiais (organizadas pelo governo) que
XVII
saiam do litoral em direção ao interior do Brasil.
As bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente paulistas. Partiam de São
Paulo e São Vicente principalmente, rumo às regiões centro-oeste e sul do Brasil.
2.
As entradas tinham como objetivo principal fazer o mapeamento do território brasileiro, principalmente da região
interior. Estas informações eram enviadas a Portugal, com objetivo de aumentar o conhecimento e viabilizar a
colonização do interior do Brasil.
As bandeiras tinham como objetivo principal descobrir minas de ouro, prata e pedras preciosas.
3.
As entradas também atuavam no combate aos grupos indígenas que ofereciam resistência aos colonizadores.
As bandeiras atacavam missões jesuíticas, capturando índios, que seriam comercializados como escravos.
4.
As entradas eram compostas, em sua maioria, por soldados portugueses e brasileiros (a serviços das províncias).
Já as bandeiras eram lideradas por paulistas chamados de bandeirantes e tinham em sua composição familiares,
agregados, brancos pobres e mamelucos.
Principais bandeiras
- Bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva – ocorrida entre 1672 e 1740, partiu da região norte do atual estado de São
Paulo em direção a região centro-oeste do Brasil. Tinha como principal objetivo o descobrimento de jazidas de ouro e
pedras preciosas.
- Bandeira de Domingos Jorge Velho – ocorrida entre 1615 e 1703, partiu da região litorânea do Nordeste em direção
ao sertão e litoral paulista. Tinha como principal o sertanismo de contrato, onde os bandeirantes eram contratados
por fazendeiros para combater quilombos e tribos indígenas que atacavam cidades e engenhos.
- Bandeira de Raposo Tavares – ocorrida entre 1598 e 1658, partiu da cidade de São Paulo em direção às regiões
sul e centro-oeste do Brasil. Tinha como principal objetivo a captura de indígenas.
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Monumento ao Bandeirante
No dia 9 de novembro de 1942 foi inaugurado o Monumento ao
Bandeirante criado pelo artista plástico Armando Zago, atendendo
solicitação do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito de
São Paulo, para ser doado ao povo goiano.
A escultura em bronze possui três metros e meio de altura e está
localizada na praça Atílio Correia Lima - antiga Praça do Bandeirante, no
cruzamento das avenidas Goiás e Anhanguera, setor Central.
Ele busca retratar o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva em corpo
inteiro, tendo nas mãos uma bateia e armado de bacamarte. Foi alcunhado
pelo índio como O Anhanguera por haver colocado fogo em álcool,
fazendo-os acreditar que colocaria fogo nos rios, caso o impedisse de levar
as riquezas da terra.
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