Curso Especialização Arte/Educação Intermidiática Digital Disciplina: Depoimento Investigativo de Conclusão de Curso – DICC/TCC Atividade: Depoimento da 3ª mediação Discente: Carla Gioconda Alves Pinto (CARLA:EU ADORARIA VER SEU ROSTO! A FUNDAMENTAÇÃO ESTA MUITO MELHOR,MAS FALTA EXPLICAR COMO USAR A TECNOLOGIA A FAVOR DA APRENDIZAGEM. EVITEM USAR O TERMO PORTADORES DE DEFICIENCIA POIS NINGUEM PORTA UMA DEFICIENCIA,O QUE SE PORTA SÃO OBJETOS.TAMBEM NÃO GOSTO DO TERMO NECESSIDADES ESPECIAIS PQ O ACHO EXCLUDENTE,POIS NOS TODOS TEMOS NECESSIDADES ESPECIAS) Dificuldades de aprendizado relatadas neste trabalho são de caráter em leitura e escrita. As crianças que se encontram em processo de aquisição do conhecimento, mas ainda possuem dificuldades quanto a desenvoltura do processo de leitura e escrita. São crianças com faixa etária adequada em que deveriam já ter dominado este processo de aquisição de conhecimento linguístico, mas por motivos externos e ou de defasagem intelectual acabam por não conseguirem evoluir neste processo de aquisição do conhecimento. “... afinal, entender como uma criança veio a ter uma dificuldade de aprendizagem é menos importante do que saber como isso afeta a visão de mundo da criança e como descobrir o tipo certo de ajuda.” (Smith.p37) Estas dificuldades podem ser percebidas , como: TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade) Dificuldades de percepção visual, Dificuldades no processamento da linguagem, Dificuldades motoras finas Estas dificuldades podem ser diagnósticas em crianças que estejam trabalhando abaixo de sua capacidade devido a um fator de obstáculo, em áreas como por exemplo: processamento visual e auditivo (déficit de atenção, autismo, dislexia, disgrafia, dislalia, discalculia, disortografia). Essas dificuldades de aprendizagem, geralmente são identificadas na fase de escolarização. As crianças que são diagnostica como pessoas com mobilidade comprometida em desempenhar funções e ou habilidades específicas, seja em completar tarefas, caso entregues a si próprios ou se encarados de forma convencional. Estas dificuldades podem ser observadas em pessoas e crianças que possuem um fraco alcance da atenção, dificuldades de seguir instruções, imaturidade social, dificuldade com a conversação, inflexibilidade perante aos desafios, planejamento e habilidades organizacionais deficientes, distração, falta de destreza, falta de controle dos impulsos. Desta maneira, através da área de artes queremos abordar situações de experimentação artísticas que podem contribuir para o avanço no processo de ensino aprendizagem para estas crianças com dificuldades de aprendizagem. Pois segundo Pillar, “... o desenho e escrita são, portanto, formas de representação, ou seja, expressões da função semiótica, e têm a mesma origem gráfica. (...)Essas primeiras distinções dizem respeito á interpretação de texto com imagem, uma vez que a criança pensa que só texto não dá para ler. Assim, a escrita é interpretada como a legenda da imagem.(...) Desenho e escrita, por estrem juntos num texto com imagem, formam uma unidade para expressar uma mensagem gráfica. Quando a criança começa a se preocupar em diferenciar imagem e texto, este passa a representar o nome do objeto, e a imagem, e os seus aspectos figurativos.” (2012. P. 26.) Para tanto, a partir do contexto artísticos e produções plásticas intermediáticas queremos com estar reflexão trazer significações para a melhoria das dificuldades de aprendizagem em crianças em processo escolar inicial. Estas dificuldades podem surgir com aspectos por falta de incentivo e ou práticas pedagógicas que podem auxiliar o aprendizado. “Cunha” nos alerta a respeito do pensamento de Ana Mae Barbosa que relata que no contexto da arte/educação utilizando das tecnologias digitais, de que modo posso estar promovendo ações pedagógicas de arte e educativas para o processo de aquisição do conhecimento em que se desenvolva a capacidade crítica, de escolha e autogovernança do aluno em seu processo de ensino aprendizagem no contexto de leitura e escrita. “... a tecnologia é um intermédio, e não o fim de algo mecânico que o educador deve lançar mão, mas deve ser vislumbrada como meio de expressão, como linguagem, como potencializadora do saber.” (Iolene,p4) A partir da tecnologia, e suas ferramentas de auxílio para o processo de aprendizagem juntamente com as artes, de que maneira esta dupla poderá prestar ajuda as crianças que possuem estas dificuldades de aprendizagem? Paulo Freire nos adverte que o desenvolvimento da consciência crítica só se estabelece por meio da educação. E queremos promover consciência crítica nas crianças na fase de escolarização e desenvolvimento da leitura e escrita, pois é a educação que promove a consciência crítica, e é a consciência crítica que promove as escolhas. E queremos que com esta consciência crítica desenvolvida, que as crianças também queiram escolher aprender. Queiram preferir as artes intermediáticas para a significância de sua aprendizagem. A utilização destes dois instrumentos, o campo das artes e tecnologia, podem juntos ajudar as crianças com mobilidades comprometidas e dar-lhes significância ao processo de aprendizagem. O termo tecnologia é amplo. Engloba diversos recursos tecnológicos que podem contribuir enquanto softwares e hardwares para o acesso ao conhecimento. Destaco aqui sobre a tecnologia assistiva, pois incluem o campo das ferramentas tecnológicas, mas este termo se refere a uma série de acomodações e adaptações que permitem às pessoas com mobilidades comprometidas terem acesso ao conhecimento com maior facilidade e independência em seu próprio processo de ensino aprendizagem. Os computadores são uma parte importante da tecnologia assistiva, porque abrem muitas possibilidades excitantes de comunicação, leitura e escrita, busca de informações, organização de ideias ou controle do próprio ambiente. “Quando sensibilizado a trabalhar com a informática, o educador percebe-se um agente transformador da ação pedagógica e esta descoberta reflete-se rapidamente na elaboração de seu material didático e no planejamento de suas aulas. Morán (2003 )“ As aulas de arte devem a partir da utilização da informática propiciar aos alunos a oportunidade de aprender dentro do seu próprio ritmo, permitindo ao aluno trabalhar individualmente, em dupla ou em grupo. O professor deve fornecer as informações e/ou orientações preliminares acerca da atividade que será desenvolvida com os alunos, para que estes consigam interagir e desenvolver conhecimento. De acordo com a visão de Paulo Freire (2000, p. 16) “é possível utilizar a tecnologia como ferramenta que agregará conhecimento e inovação, juntamente com a e-/educação, sendo que esta relação norteará com mais eficácia o processo ensino e aprendizagem. A utilização da tecnologia aliada ao universo das artes são recursos que possibilitam aos docentes e discentes uma ação pedagógica de inclusão digital e a exploração de outras formas de ler, codificar, brincar, jogar, escrever, pesquisar, descobrir, pesquisar, interagir, publicar, comunicar-se de forma inovadora de aprendizagem respeitando os sujeitos capazes de pensar e agir de maneira criativa, participativa e crítica em seu próprio processo de aprendizagem. As tecnologias como uso pedagógico podem contribuir para a construção de identidades e produção de cultura midiática, ampliando espaços de aprendizagem e relações inter e intrapessoais. Os recursos tecnológicos são meios de exploração de sistemas de representação de informações que se transformarão em conhecimento envolvidos pelo universo sócioeconômico-culturais. A imagem artística apresentada de maneira digital permite uma interlocução com o aprendiz possibilitando novas criações e co-relações com outros conhecimentos. E nesta dialogicidade, entre o conhecimento anterior e o novo que se entrecruzam os diferentes estilos de pensar, propor, elaborar, sistematizar, apreender e sistematizar o novo conhecimento. Bibliografia: Cunha, Fernanda P. Como realizar performances culturais arte/educativas sem desígnio pedagógico-critico?2014. Freire, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis. 2001. Pinho, Eurim P. Borges. Tecnicismo, educação crítica ou arte/educação intermidiática?2014. Pillar, Analice Dutra. Desenho e escrita como sistemas de representação. 2ª ed. rev. Ampl.- Porto Alegre: Penso, 2012. Smith, Corinne. Dificuldades de aprendizagem de a-z: guia completo para educadores e pais; tradução> Magada França LopesPorto Alegre: Penso, 2012.