Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas SARA PIMENTA LIMA CADERNO PEDAGÓGICO A VIOLÊNCIA DENTRO DA ESCOLA: PROJETOS SOCIAIS AJUDANDO A MANTER UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE LONDRINA 2013 SARA PIMENTA LIMA A VIOLÊNCIA DENTRO DA ESCOLA: PROJETOS SOCIAIS AJUDANDO A MANTER UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE Caderno Pedagógico apresentado ao Departamento de Geociências, Curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, como atividade do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). NRE – Londrina. Orientadora: Profª Drª Eloiza Cristiane Torres LONDRINA 2013 PEDAGOGIA DE PROJETOS E FUNDAMENTOS E IMPLICAÇOES Existe o projeto em inúmeras áreas do sistema de ensino, mas a questão que se esbarra está em como conceber e tratar a articulação do projeto; como construí-lo na escola como uma nova forma de ensinar, fazendo uma integração com as diferentes mídias e os conteúdos do currículo obrigatório. VALENTE (1999) diz sobre o construcionismo “significa a construção do conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável (...) de interesse pessoal de quem produz.” (p. 141) No desenvolvimento de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, levantar duvidas pesquisar e criar relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimentos. O professor não mais é aquele que ensina por meio da transmissão de informações; ele cria situações de aprendizagem que incida sobre as relações que vão se estabelecendo no processo do desenvolvimento do projeto. Somente cabe a ele mediar situações para que o aluno possa encontrar sentido em tudo que está sendo desenvolvido e aprendido a partir das relações criadas. VALENTE (2000, p. 4) diz “(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com (os alunos) diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados e representados em termos de três construções: procedimentos e estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e estratégias e conceitos sobre aprender.” Para fazer a mediação pedagógica, o educador deve acompanhar todo processo de aprendizagem do aluno; para que tenha clareza da sua intencionalidade pedagógica, para saber intervir no momento correto com o aluno, procurar garantir que os conceitos usados na realização do projeto sejam compreendidos, sistematizados e formalizados pelo aluno. O docente deve propiciar estabelecer relações interpessoais entre os alunos e as dinâmicas sociais, os valores e crenças próprias do contexto em que vivem, precisando consideram ao trabalhar um projeto as possibilidades de desenvolvimento de seus alunos; as dinâmicas sociais do contexto em que atua e as mediações pedagógicas possíveis. O trabalho com projetos precisa de umas danças na concepção de ensino e aprendizagem e na postura do docente, pois para HERNÁNDEZ (1988,p.49) “ não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola.” Pois não há um método pronto para se trabalhar a realidade de sala de aula. A pedagogia de projetos pode viabilizar para o aluno um modo de aprender baseado na integração entre conteúdos das diversas áreas do conhecimento; o computador, a TV Pen Drive, internet que estão disponíveis na escola; que por outro lado causam desafios educacionais que dificulta o desenvolvimento de projetos que envolvam ações interdisciplinares, no qual possam contemplar o uso de diferentes mídias na escola implicando aprendizagens que vão além do tempo da aula e o espaço físico da sala de aula e da escola. Por isso da importância do desenvolver projetos articulados que envolvam o gestor, professores, alunos, equipe pedagógica, pois esta parceria vai facilitar na busca de soluções que permitirão viabilizar a realização de novas praticas pedagógicas com uma aprendizagem para a vida. Nesta perspectiva de integração entre diferentes mídias e conteúdos envolve-se a inter-relação de conceitos e princípios que promove uma melhoria na qualidade na aprendizagem e uma mudança da pratica do docente. CONCEITO DE PROJETO É uma antecipação de algo desejável que ainda não foi realizado, trazendo a ideia de pensar uma realidade que ainda não aconteceu. Seria analisar o presente como fonte de possibilidades futuras, como diz BARBIER (IN MACHADO, 2000, p. 6) salienta. “(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma ideia a transformar em acto.” O ato de projetar requer abertura para o desconhecido, para a flexibilidade para reformular as metas à medida que as ações projetadas mostram novos problemas e duvidas. Um pressuposto do projeto é a autoria podendo ser coletiva ou individual; salientando-se que as pessoas se envolvem para descobrir ou produzir algo novo, procurando respostas a questões ou problemas reais. O projeto parte de um problema, quando se conhece a priori todos os passos para soluciona-lo quando possível, esse processo se constitui num exercício e aplicação do que já se sabe. APRENDENDO E ENSINANDO COM PROJETOS Permite que o aluno aprenda fazendo e reconheça sua autoria na sua produção através da investigação que lhe impulsiona a contextualizar conceitos conhecidos e descobrir novos. O professor como mediador no processo de aprendizagem, precisa ensinar o educando a selecionar as informações importantes, tomar as decisões corretas, aprender a trabalhar em grupo, aprender a entender o confronto de ideias, aprender a desenvolver as competências interpessoais de forma colaborativa com seu grupo. Para isso, deve ouvi-los, questiona-los, orienta-los de forma a haver uma mediação criativa que permita o crescimento do grupo; utilizando em seu projeto as diferentes mídias e recursos para que assim possam fazer a contextualização dos conteúdos das diferentes disciplinas envolvidas. Trabalhar com projetos é uma ação interdisciplinar, permitindo o rompimento das fronteiras disciplinares e favorecendo o elo das diferentes áreas do conhecimento em situações contextualizadas da aprendizagem, como diz ALMEIDA (2002, p.58) “(...) que o projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integra-las no desenvolvimento das investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria identidade, ao mesmo tempo, que estabelecem articulações horizontais numa relação de reciprocidade entre elas, o qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em construção.” A integração das diferentes mídias ao projeto se faz necessária uma vez que o professor não foi preparado para desenvolvê-la com uso pedagógico. O projeto é uma forma de trabalho que dá ao professor uma liberdade de ação; mas considerando-se que nem todo conteúdo poderá ser trabalhado em forma de projeto. Para isso o professor necessita da flexibilidade, da abertura em sua pratica e estratégias pedagógicas, a fim de propiciar ao aluno a reconstrução do conhecimento. O professor tem o compromisso de saber o que, como, quando e por que desenvolver determinados ações pedagógicas; para isso, precisa conhecer o processo de aprendizagem do aluno e clareza da sua intensão pedagógica. O projeto precisa ter um começo, meio e fim com ações em que o docente possa criar momentos de sistematizar os conceitos, as estratégias e procedimentos a serem usados no projeto. Essa formalização permite uma abertura a novas ações com níveis mais elaboradas de compreensão, formando um ciclo no processo de aprendizagem. ATIVIDADES DE PROJETOS REALIZADOS Tema: O radio na sala de aula Objetivo: Demonstrar ao aluno a importância do radio nas de inglês. Levar o aluno a aprender o inglês através da audição pelo radio. Utilizar o rádio com mais frequência nas aulas. Justificativa: O tema se justifica pela importância da mídia do radio na escola como uma ferramenta de apoio ao professor, a fim de auxilia-lo na aprendizagem da língua inglesa que é difícil aos alunos da E.E. Ana Molina Garcia, por serem de classe muito carente e pobre financeiramente, não podendo ter outra forma de adquirir conhecimentos desta língua fora da escola. Mídia: Rádio Desenvolvimento: Será utilizada 4 aulas para desenvolver um conteúdo de Hello, goodbye descrito abaixo, onde os alunos ouvirão no rádio a gravação da aula gravada pela professora em Pendrive, acompanhando com uma folha xerocada da gravação em inglês do texto e abaixo de cada frase em inglês terão a tradução em português, pois o objetivo não é complicar o aprendizado do aluno e sim despertar a importância desta disciplina na vida dele. Texto: Hello, goodbye (Paul McCartney) You say yes, I say no, You say stop, I say go,go,go, Oh no. You say goodbye and I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello. I say high, you say low. You say why and I say I don’t know. Oh no. You say goodbye and I say hello, hello, hello. I don’t why you say goodbye I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello. Why, why, why, why, why, why, do you Say goodbye, bye, bye. Oh no. You say goodbye and I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello. You say yes, I say no (I say yes but I may mean no). You say stop and I say go, go, go (I can stay till it’s time to go). Oh no. You say goodbye and I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello, hello, hello. I don’t know why you say goodbye I say hello. Hello, hello, hello, Hello, hello, hello, Hela, heba, helloa. THE BEATHES. Hello, goodbye. In: Magical mistery tour (CD). EMI, 1994. Primeiramente a professora escreverá no quadro o vocabulário das palavras desconhecidas em português e inglês para terem no caderno, valendo a nota de até 0,5 pontos o caderno, a cópia do vocabulário e o acompanhamento da aula em silencio. Ouvindo a aula, o professor vai interrompendo na medida em que considerar necessário fazer explicações dos vocabulários e chamando a atenção das frases que precisam saber com mais detalhes, que ao final recolherá o texto dos alunos. Na segunda aula, a professora trará o radio com o Pen drive e uma folha xerocada com frases que os alunos deverão preencher ouvindo a gravação da aula durante varias vezes que se fizer necessária; podendo fazer em dupla e consultar com colegas, o importante é que todos consigam realizar a atividade e ouvir atentamente a gravação. Terminada a aula a professora recolherá e terão a nota de até 0,5 pontos se tiver tudo correto. Na terceira aula, a professora voltará com o radio trazendo outra folha xerocada com questões em português e inglês para que respondam de acordo com o texto ouvido no radio que o professor ligara para que ouçam antes de iniciarem a atividade, podendo consultar o caderno que contem o vocabulário dado na primeira aula pelo professor. Poderão fazer em dupla, trocar ideias entre eles, o importante é a troca de informação que considero culminar no aprendizado. Realizado esta atividade é recolhida e avaliada até a nota de 0,5 pontos e anotada no campo avaliação do livro do professor. Na última aula para finalizar, o professor pedirá aos alunos que se reúnam e façam uma pequena encenação da aula de inglês sobre tudo que conseguiram entender, podendo usar a criatividade e improviso deles, valendo a nota até 0,5 pontos. Avaliação: A avaliação será em todas as quatro aulas valendo até 0,5 pontos se tudo estiverem correto e anotado no livro do professor como parte da avaliação do bimestre. A aula deve ser bem simples e bem como a forma de avaliação, porque os alunos apresentam déficit de aprendizagem em sua maioria por fazerem em sua maioria uso de drogas e as famílias serem na sua maioria envolvidas com trafico de drogas, é mínimo o número de aluno que não se envolvem com este problema, por conta desta realidade, elaborou um projeto dentro da realidade da escola que ainda estou trabalhando. Referência RUBIN, Sarah Giersztel. Projeto Radix: Inglês, 6º ano. Ed. Scipione, São Paulo, 2009. PROJETO SOBRE MAPAS Tema: MAPAS Objetivos: A importância de um mapa se fundamenta no fato dele subsidiar ao geógrafo e ao professor informações sobre o local ou região a qual queremos saber algo específico. Este fornece elementos do espaço que nos permite analisar dependendo do caso, como foi seu processo histórico de mudança ao longo do tempo geológico (por exemplo, se for o caso da análise física) ou histórica de uma dada sociedade. Há vários tipos de mapas à disposição das pessoas como: físico: vegetação, de clima, a presença de rios e lagos, de riquezas do solo, de população, político, econômico, e outros que são confeccionados e analisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) cuja finalidade é manter sempre atualizado as informações dos mapas para estudos universitários e de ensino regular. Esta ciência que estuda a elaboração dos mapas é chamada de cartografia cujos cartógrafos são os responsáveis pela reunião destes mapas em forma de Atlas que são lançados atualizados no mercado para consumo da população e dos professores de forma geral, em diferentes editoras. Um mapa político, por exemplo, é importante por que ele serve para demarcar politicamente um território, mas em contra partida ele desconsidera a fauna e flora do local demarcado pelas linhas políticas. Já um mapa físico ele não apresenta limites porque a natureza não se limita como o homem, ela acaba segundo seu limite climático, de solo, hidrográfico etc. A natureza segue um percurso que se explica aos alunos essa limitação segundo seus próprios limites naturais, impostos por ela mesma, e pela mudança de geologia, hidrografia, clima etc. Cada tipo de flora vai depender de vários fatores determinantes para que ela se desenvolva, e a fauna acompanha estas características também, estes fatores procura-se deixar bem claro aos alunos nas aulas de geografia, pois não se pode separar um fator do outro, pois são interligados. Por isso a importância de se ter um livro didático com muitos mapas, os alunos precisam visualizar no livro estas características e com o auxilio do professor conseguir fazer uma junção mental desta interligação e compreender. Quando bem trabalhado por um professor de geografia e não por um professor de historia como vemos muitas vezes dando aula de geografia; o aluno é bem orientado a entender o mapa de qualquer tipo, contanto que quando ele vê na Tv no jornal televisivo as noticias, ele entende o que ouve e entende o que vê no mapa que está exposto naquele momento, por que, foi bem trabalhado em sala de aula. Por isso é importante trabalhar o mapa em sala de aula, em seus mínimos detalhes, chamar a atenção às linhas imaginarias todas as vezes que for analisar qualquer mapa. Desenha-lo, nunca descarte o desenhar de um mapa em sala de aula, mesmo parecendo um processo antigo, é eficaz, e aprende-se muito. Atividade: Mapa do Brasil, pintar suas capitais, cidades maiores de 10 mil hab, e outros itens que o professor pode trabalhar, a fim de fazer um dinâmica que os alunos vejam que o mapa faz parte da vida dele, e fazê-lo perceber o quanto é importante entender a legenda do mapa, para que serve, sua importância. Quando bem orientado, o aluno consegue perceber e entender que na geografia tudo faz parte de sua vida, somente é uma questão de análise e parar para pensar em que ela esta se aplicando naquele momento. No caso o mapa, todos os dias são vistos nos jornais meteorológicos do tempo, como negar sua importância para a agricultura, sua vida cotidiana, viagem aérea, de carro, congestionamentos em grandes metrópoles, alagamentos etc. O mapa permite a localização de tufões, furacões, chuvas em grandes quantidades, nevascas, período de sol, neblina, localização de onde estão vindas massas polares massas de ar secas, entre outras inúmeras finalidades. Um professor de geografia deve defender muito que seja feito um bom trabalho com mapas em sala de aula, mas infelizmente, o que se percebe não é o que vem acontecendo. Os professores não veem a mesma importância, e passam por cima deste imenso arcabouço de informações que é negado ao aluno em sala de aula. A escolha pelo mapa se justifica devido a sua imensa importância para a vida das pessoas como um todo, não se vive num mundo isolado sem conhecimentos cartográficos, pelo contrário, o vemos todos os dias no jornal impresso, televisivo, na internet, nos livros, no rádio, de tamanha é sua necessidade para a sociedade se orientar, se localizar. Também não nos esqueçamos do fator militar que o mapa tem para os políticos, pois ele mostra as reservas das mais diferentes e variadas localizações de riquezas minerais, vegetais, auríferas, petrolíferas e outras diversas. Por estas e outros inúmeros motivos este tema se faz importante. Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa_pol%C3%ADtico 11h 25min, 23/06/13. Para que serve os mapas?porque ele existe?onde encontramos ele ... 11h 21min, 23/06/13 WWW. Klick.com.br/bcoresp/bcores_mostra/0,6674,cliente_673-3578,00.html. 11h 18min. 23/06/13. PIRES, Valquíria. Projeto radix: geografia, 6º ano. Ed. Scipione, São Paulo. 2009. Referencias ALMEIDA, M.E.B. de. Como se trabalha com projetos (entrevista). Revista TV Escola. Secretaria de Educação a Distancia. Brasília: Ministério da Educação, SEED, nº 22, Março/abril, 2002. MACHADO, N.J. Educação: projetos e valores. São Paulo: Escrituras, Ed. 2000. PRADO, Maria E. B. B. Articulando saberes e transformando a pratica. Boletim do Salto para o Futuro. Serie Tecnologia e Currículo, TV Escola. Brasília: Secretaria de Educação a Distancia – SEED, Ministério da Educação. 2001, <http:www.tvebrasil.com.br>.