REFERENCIAL TÉCNICO DE CERTIFICAÇÃO Versão 0 de 15/10

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REFERENCIAL TÉCNICO
DE CERTIFICAÇÃO
Edifícios do setor de serviços –
Processo AQUA
Escritórios - Edifícios escolares
Outubro 2007
Versão 0 de 15/10/2007
E m C o op e r a ç ã o c o m :
Rua Camburiú, 255
Fone +55 11 3836 6566
Alto da Lapa – SP - Brasil
NOTA
O original francês do presente Referencial Técnico de Certificação, o Referentiel
Technique de Certification “Bâtiments Tertiaires – Démarche HQE®”, elaborado por
Certivéa, é protegido pelos direitos autorais e foi objeto de um pedido de registro. Ele foi
adequado para a realidade brasileira no âmbito de um convênio de cooperação com a
Fundação Vanzolini.
EQUIPE DO PROJETO
José Joaquim do Amaral Ferreira – Gerente Geral
Manuel Carlos Reis Martins – Gerente Executivo
Francisco Ferreira Cardoso – Coordenador Técnico
Clarice Menezes Degani – Apoio à Coordenação Técnica
Luiz Henrique Correia Ferreira – Assistente Técnico
Ana Rocha Melhado – Assistente Técnica
DOCUMENTO
RESPONSÁVEL (EIS)
Sistema de Gestão do Empreendimento e
Terminologia
Categoria n°1: Relação do edifício com o seu
entorno
Categoria n°2: Escolha integrada de produtos,
sistemas e processos construtivos
Categoria n°3: Canteiro de obras com baixo
impacto ambiental
Categoria n°4: Gestão da energia
Francisco Ferreira Cardoso
(Coordenação)
Alex Kenya Abiko e Patrícia Aulicino
Categoria n°5: Gestão da água
Categoria n°6: Gestão dos resíduos de uso e
operação do edifício
Categoria n°7: Manutenção - Permanência do
desempenho ambiental
Categoria n°8: Conforto higrotérmico
Categoria n°9: Conforto acústico
Categoria n°10: Conforto visual
Categoria n°11: Conforto olfativo
Categoria n°12: Qualidade sanitária dos
ambientes
Categoria n°13: Qualidade sanitária do ar
Categoria n°14: Qualidade sanitária da água
Bruno Luis Damineli
Francisco Ferreira Cardoso
Racine Tadeu Araújo Prado e Tania
Wakisaka
Lúcia Helena de Oliveira
Clarice Menezes Degani (apoio
coordenação)
Clarice Menezes Degani (apoio
coordenação)
Racine Tadeu Araújo Prado e Tania
Wakisaka
Racine Tadeu Araújo Prado e Tania
Wakisaka
Racine Tadeu Araújo Prado e Tania
Wakisaka
Racine Tadeu Araújo Prado e Tania
Wakisaka
Racine Tadeu Araújo Prado e Tania
Wakisaka
Racine Tadeu Araújo Prado e Tania
Wakisaka
Lúcia Helena de Oliveira
A seguinte identificação de copyright é colocada em todas as páginas deste referencial:
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares
© FCAV – Outubro 2007 - Versão 0
SUMÁRIO
Parte I: Introdução .........................................................................5
Parte II: Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) ..................... 21
Parte III: Qualidade Ambiental do Edifício (QAE) ............................... 41
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
1: Relação do edifício com o seu entorno ....................................................... 41
2: Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos ................. 53
3: Canteiro de obras com baixo impacto ambiental.......................................... 77
4: Gestão da energia .................................................................................. 87
5: Gestão da água .................................................................................... 101
6: Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício .................................... 115
7: Manutenção - Permanência do desempenho ambiental ............................... 123
8: Conforto higrotérmico ........................................................................... 137
9: Conforto acústico.................................................................................. 153
10: Conforto visual ..................................................................................... 179
11: Conforto olfativo .................................................................................. 191
12: Qualidade sanitária dos ambientes .......................................................... 201
13: Qualidade sanitária do ar ....................................................................... 213
14: Qualidade sanitária da água ................................................................... 225
Parte IV: Terminologia ................................................................. 237
REFERENCIAL TÉCNICO
DE CERTIFICAÇÃO
EDIFÍCIOS DO SETOR DE SERVIÇOS – PROCESSO AQUA
Escritórios - Edifícios escolares
Versão 0 15/10/2007
Parte I
Introdução
Outubro 2007
Apresentação
Participaram da redação deste referencial técnico de certificação:
-
a Associação HQE, sobretudo dois de seus grupos de trabalho “Referenciais” e
“Certificação”;
os membros do comitê de aplicação da marca Edifícios do setor de serviços –
Processo AQUA;
o CSTB e seus especialistas.
SUMÁRIO
1. CONTEXTO GERAL............................................................................................... 8
1.1 Princípios .................................................................................................. 8
1.2 Escopo de aplicação .................................................................................. 9
1.3 Referências normativas, regulamentares e bibliografia ............................ 9
1.4 Organização do referencial técnico ......................................................... 10
2. O REFERENCIAL DO SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO (SGE) .......... 11
2.1 Estrutura do referencial do SGE .............................................................. 11
2.2 O SGE, "coluna vertebral" da certificação ............................................... 11
3. A QUALIDADE AMBIENTAL DO EDIFÍCIO (QAE)................................................ 12
3.1 Perfil de QAE ........................................................................................... 12
3.2 Apresentação das categorias de QAE ...................................................... 13
3.3 Avaliação da QAE .................................................................................... 14
3.4 Quadros de avaliação da QAE .................................................................. 15
3.5 Coerência global do projeto .................................................................... 18
4. O SGE, UM FERRAMENTA PARA ALCANÇAR A QAE............................................. 20
INTRODUÇÃO
1. CONTEXTO GERAL
A implementação e o respeito ao presente referencial técnico é fruto de uma decisão do
empreendedor que deseja se beneficiar do direito de uso da marca “Edifícios do setor de serviços –
Processo AQUA”.
1.1 Princípios
Um empreendedor promove a construção ou a adaptação de edifícios ou gerencia o seu uso. Estes,
devido aos recursos consumidos e às emissões, aos efluentes e aos resíduos produzidos, causam
impactos ao ambiente, qualquer que seja a fase de sua vida (realização, uso e operação, adaptação,
desconstrução).
O empreendedor deve gerenciar suas próprias funções internas e seus fornecedores (projetistas,
construtoras, etc.) a fim de reduzir o impacto ambiental de seus empreendimentos e de assegurar o
conforto e a saúde das pessoas por eles afetadas.
A Alta Qualidade Ambiental (AQUA) é definida como sendo um processo de gestão de projeto visando
obter a qualidade ambiental de um empreendimento novo ou envolvendo uma reabilitação.
A obtenção do desempenho ambiental de uma construção envolve tanto uma vertente de gestão
ambiental como uma de natureza arquitetônica e técnica. Um dos métodos mais confiáveis para tanto
é se apoiar numa organização eficaz e rigorosa do empreendimento. Esta é a razão pela qual o
referencial técnico de certificação estrutura-se em dois instrumentos permitindo avaliar os
desempenhos alcançados com relação aos dois elementos que estruturam esta certificação:
ƒ
o referencial do Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE), para avaliar o sistema de
gestão ambiental implementado pelo empreendedor;
ƒ
o referencial da Qualidade Ambiental do Edifício (QAE), para avaliar o desempenho
arquitetônico e técnico da construção.
A implementação do Sistema de Gestão do Empreendimento permite definir a Qualidade Ambiental
visada para o edifício e organizar o empreendimento para atingi-la, ao mesmo tempo em que permite
controlar o conjunto dos processos operacionais relacionados às fases de programa, concepção e
realização da construção.
A Qualidade Ambiental do Edifício estrutura-se em 14 categorias (conjuntos de preocupações), que se
pode reunir em 4 famílias:
Eco-construção
Categoria
Categoria
Categoria
Gestão
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Conforto
Categoria
Categoria
Categoria
Categoria
Saúde
Categoria
Categoria
Categoria
n°1: Relação do edifício com o seu entorno
n°2: Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos
n°3: Canteiro de obras com baixo impacto ambiental
n°4:
n°5:
n°6:
n°7:
Gestão da energia
Gestão da água
Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício
Manutenção - Permanência do desempenho ambiental
n°8: Conforto higrotérmico
n°9: Conforto acústico
n°10: Conforto visual
n°11: Conforto olfativo
n°12: Qualidade sanitária dos ambientes
n°13: Qualidade sanitária do ar
n°14: Qualidade sanitária da água
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte I: Introdução
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INTRODUÇÃO
1.2 Escopo de aplicação
O referencial técnico permite avaliar um dado empreendimento, novo ou envolvendo uma reabilitação
significativa, composto por edifícios majoritariamente destinados ao uso como escritórios ou edifícios
escolares. Pode ser utilizado pelos agentes de um empreendimento desde a decisão de realizá-lo até a
sua entrega. As fases cobertas por esta certificação são assim o programa, a concepção e a realização
(ver Parte IV - Terminologia):
ƒ
Programa: Fase durante a qual se elabora o programa de necessidades, documento
destinado aos projetistas para a concepção arquitetônica e técnica de um empreendimento.
ƒ
Concepção: Fase durante a qual os projetistas, com base nas informação do programa,
elaboram a concepção arquitetônica e técnica de um empreendimento.
ƒ
Realização: Fase durante a qual os projetos são construídos, tendo como resultado final a
construção de um empreendimento.
A fase de uso e operação da construção não é coberta pelo presente referencial, pois não faz parte do
escopo de aplicação certificação1. No entanto, o presente referencial traz elementos (sobretudo prevê
a elaboração de documentos) que facilitam a efetiva obtenção dos desempenhos ambientais de uma
construção após a sua entrega.
Como cada empreendimento imobiliário é um protótipo, o seu contexto, o programa de necessidades
estabelecido e os agentes implicados variam em função do empreendimento. No entanto, quando o
empreendedor decide implementar as exigências desta certificação ao conjunto de seus
empreendimentos, pode implementar um sistema de gestão ambiental (SGA) conforme com a norma
NBR ISO 14001 "Sistemas de gestão ambiental".
1.3 Referências normativas, regulamentares e bibliografia
O presente referencial não substitui exigências de ordem legal, regulamentar ou normativa em vigor,
que o empreendedor e seus parceiros devem de qualquer forma conhecer e respeitar.
Na ausência de regulamentação brasileira sobre um determinado ponto nele coberto, foi adotado o
parâmetro francês ou europeu indicado no referencial original.
Os seguintes documentos serviram de referência para a redação do referencial técnico “Edifícios do
setor de serviços – Démarche HQE®” (Escritórios e Edifícios escolares) original francês:
•
ADEME. Qualité environnementale des bâtiments - Manuel à l'usage de la maîtrise d'ouvrage et
des acteurs du bâtiment (Qualidade ambiental dos edifícios - Manual para uso de empreendedores
e demais agentes do setor de edificações). Avril 2002.
•
ADEME. Démarche HQE® - Livret de bord d’opération - Grille d’évaluation (Alta Qualidade
Ambiental. Caderno de registros do empreendimento - Tabela de avaliação). Mars 2002.
•
Union HLM/AFAQ/CSTB - Référentiel QUALIMO® - Management des processus de réalisation
opérationnels en maîtrise d'ouvrage locative (Referencial QUALIMO® - Gestão dos processos
operacionais de empresas de aluguel social) – 3 mai 2001.
•
FNPC/AFAQ/CSTB - Référentiel QUALIPROM® - Management des processus de réalisation
opérationnels en promotion-construction (Referencial QUALIPROM® - Gestão dos processos
operacionais no mercado imobiliário) – 25 Janvier 2005.
•
UNSFA/AFAQ/CSTB – Référentiel MPRO® ARCHITECTE – Management des processus de réalisation
opérationnels architecte (Referencial MPRO® ARQUITETO – Gestão dos processos operacionais de
escritórios de arquitetura) – 26 novembre 2001.
•
Association HQE® - Référentiel du système de management environnemental pour le maître
d'ouvrage concernant des opérations de construction, adaptation ou gestion des bâtiments
(Referencial do sistema de gestão ambiental para o empreendedor relativo a empreendimentos
novos, adaptação ou gestão de edifícios) – Novembre 2001.
•
Association HQE® - Référentiel des caractéristiques HQE® – Définition Explicite de la Qualité
Environnementale (Referencial das características HQE® – Definição Explícita da Qualidade
Ambiental) - Novembre 2001.
1 A fase de uso e operação apresenta características que exigem a redação de um referencial específico, que está sendo elaborado
pelo Certificador francês.
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte I: Introdução
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INTRODUÇÃO
•
Code des marchés publics (Código de licitações públicas).
•
Recommandation T2-99 de la Commission centrale des marchés (Recomendação T2-99 da
Comissão central de licitações públicas).
•
Recommandation n°T2-2000 de la Commission centrale des marchés, aux maîtres d’ouvrage
publics, relative à la gestion des déchets de chantier (Recomendação n°T2-2000 da Comissão
central de licitações públicas, aos empreendedores públicos, relativa à gestão dos resíduos de
canteiros de obras).
•
AFNOR - Norme NF P01-010 "Qualité environnementale des produits de construction – Déclaration
environnementale et sanitaire des produits de construction" (Norma NF P01-010 "Qualidade
ambiental dos produtos de construção – Declaração ambiental e sanitária dos produtos de
construção") – Décembre 2004.
•
AFNOR – Norme NF P01-020-1 "Qualité environnementale des bâtiments - Partie 1: Cadre
méthodologique pour la description et la caractérisation des performances environnementales et
sanitaires des bâtiments" (Norma NF P01-020-1 "Qualidade ambiental dos edifícios - Parte 1:
Orientação metodológica para a descrição e a caracterização dos desempenhos ambientais e
sanitários dos edifícios") – Mars 2005.
•
AFNOR - Norme NF EN ISO 14001 « Systèmes de management environnemental – Exigences et
lignes directrices pour son utilisation ». Décembre 2004. (Norma ISO 14001 “Sistemas de gestão
ambiental – Especificação e diretrizes para uso”)
•
AFNOR. Norme NF EN ISO 14031 - Management environnemental - Évaluation de la performance
environnementale - Lignes directrices. Mars 2000. (Norma ISO 14031 – Gestão ambiental Avaliação do desempenho ambiental – Diretrizes).
•
AFNOR, « Management de l’environnement », Tome 1 « SME et audits », Tome 2 « Management
environnemental des produits », Recueil de normes et réglementation environnement ("Gestão do
meio ambiente”, Volume 1 “SGA e auditorias”, Volume 2 “Gestão ambiental dos produtos”,
Coletânea de normas e regulamentação ambiental), 4è édition, 2001.
•
Guide d’application GA P 01-030, « Système de management environnemental - Qualité
environnementale des bâtiments - Système de management environnemental pour le maître
d'ouvrage: opérations de construction, adaptation ou gestion des bâtiments - Cadre de conception
et de mise en œuvre pour la démarche HQE® » (Guia de aplicação GA I 01-030, "Sistema de
gestão ambiental - Qualidade ambiental dos edifícios - Sistema de gestão ambiental para o
empreendedor: empreendimentos de construção, adaptação ou gestão dos edifícios - Orientação
para concepção e execução voltadas ao processo HQE®”), AFNOR, juin 2003.
Quando referências específicas precisam ser mencionadas, elas são citadas diretamente nos diferentes
capítulos deste referencial, em particular na parte tratando da avaliação do empreendimento segundo
as 14 categorias de QAE.
1.4 Organização do referencial técnico
A PARTE II do presente referencial traz as exigências que o Sistema de Gestão do Empreendimento
deve satisfazer para estar conforme a esta certificação.
A PARTE III detalha as modalidades de avaliação da qualidade ambiental do ou dos edifícios que
compõe(m) o empreendimento, segundo as 14 categorias de QAE.
As PARTES II e III são complementares e constituem a base de exigências comum ao auditor e à
parte auditada, aplicada nas três fases essenciais do empreendimento: final do programa, final da
concepção e entrega após a execução da obra.
A PARTE IV, Terminologia, fornece todas as definições úteis.
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte I: Introdução
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INTRODUÇÃO
2. O
REFERENCIAL DO SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
(SGE)
2.1 Estrutura do referencial do SGE
O referencial do SGE organiza-se segundo os seguintes capítulos:
ƒ comprometimento do empreendedor, no qual são descritos os elementos de análise solicitados
para a definição do perfil ambiental do empreendimento e as exigências para formalizar tal
comprometimento,
ƒ implementação e funcionamento, no qual são descritas as exigências em termos de organização,
ƒ gestão do empreendimento, no qual são descritas as exigências em termos de monitoramento e
análises críticas dos processos, de avaliação da QAE e de correções e ações corretivas,
ƒ aprendizagem, onde são descritas as exigências em termos de aprendizagem da experiência e de
balanço do empreendimento.
O referencial do SGE adota uma apresentação transversal das exigências: esta se adapta, deste
modo, às diferentes formas de se organizar os papéis dos diferentes agentes de um empreendimento.
Cabe assim a cada agente interpretar e atender às exigências em função das especificidades de cada
fase do empreendimento.
O anexo A (exigências obrigatórias) do referencial do SGE relaciona os documentos necessários ao
bom funcionamento do sistema de gestão para cada uma das fases do empreendimento.
Os redatores do presente referencial indicaram, sob a forma de notas, explicações e exemplos para
facilitar a sua compreensão e implementação eficaz. Estas notas não têm, portanto, caráter
compulsório.
2.2 O SGE, “coluna vertebral” da certificação
Cabe a cada empreendedor definir a organização, as competências, o método, os meios e a
documentação necessários para alcançar seus objetivos e atender às necessidades e às expectativas
das partes interessadas e às exigências do presente referencial. O nível de detalhe desta definição
depende dos desafios colocados, da complexidade e dos riscos específicos de cada empreendimento.
Por exemplo, as medidas adotadas para atender às exigências do SGE serão diferentes quando se
trata de um empreendimento simples ou de um mais complexo.
O empreendedor tem um papel central de primeira ordem na implementação, acompanhamento e
melhoria do SGE, mas seus parceiros (projetistas, construtoras, etc.) estão também envolvidos. É
importante que todos os intervenientes do empreendimento, e, acima de tudo, os intervenientes que
atuam em nome do empreendedor, estejam perfeitamente informados do objetivo e do conteúdo do
SGE.
O SGE alinha-se com as ferramentas da qualidade e é um instrumento a serviço da obtenção do
desempenho ambiental do empreendimento. O SGE dá suporte às três fases essenciais da avaliação
da Qualidade Ambiental do Edifício.
O SGE exige a formalização de determinadas análises, decisões e modificações. Ele permite que o
empreendedor faça escolhas de forma justificada e coerente. Ele dá ao empreendimento uma
dimensão sistêmica. Ele reforça o papel do empreendedor e seu controle do empreendimento e
incentiva a realização de estudos e projetos nas fases iniciais (análise do local do empreendimento,
previsão de custos). A implementação do SGE demanda um certo investimento em tempo (sobretudo
quando a cultura e as práticas do empreendedor não integrem estes aspectos), rigor e uma boa
capacidade de reação. O SGE traz como resultado um empreendimento melhor gerenciado e com
maiores chances de se alcançar os objetivos definidos.
Para simplificar e melhor entender o papel do SGE, pode-se dizer que ele permite:
- organizar corretamente o trabalho dos diferentes agentes para que trabalhem conjuntamente,
- tomar as boas decisões no momento correto,
- evoluir, melhorando regularmente a eficácia do sistema.
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte I: Introdução
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INTRODUÇÃO
3. A QUALIDADE AMBIENTAL DO EDIFÍCIO (QAE)
3.1 Perfil de QAE
3.1.1 Níveis de desempenho associados às categorias de QAE
A Qualidade Ambiental do Edifício é expressa em 14 categorias (cf § 1.1) representando os desafios
ambientais de um empreendimento novo ou reabilitado. Estas 14 categorias são desmembradas em
subcategorias, representando as principais preocupações associadas a cada desafio ambiental, e
depois em preocupações elementares.
O desempenho associado às categorias de QAE se expressa segundo 3 níveis2:
ƒ
BOM: nível correspondendo ao desempenho mínimo aceitável para um empreendimento de
Alta Qualidade Ambiental. Isso pode corresponder à regulamentação se esta é suficientemente
exigente quanto aos desempenhos de um empreendimento, ou, na ausência desta, à prática
corrente.
ƒ
SUPERIOR: nível correspondendo ao das boas práticas.
ƒ
EXCELENTE: nível calibrado em função dos desempenhos máximos constatados em
empreendimentos de Alta Qualidade Ambiental, mas se assegurando que estes possam ser
atingíveis.
3.1.2 Representação do perfil de QAE
Os desempenhos ambientais e sanitários de um empreendimento são ilustrados pelo perfil de QAE:
este perfil identifica o nível de desempenho visado ou obtido (segundo a fase em questão do
empreendimento) para cada categoria e subcategorias a ela associadas.
Exemplo fictício de perfil de QAE:
Desempenho
E
S
B
Subcate1
goria
Categoria
2 3 1 2 3 4 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 3 4
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
3.1.3 Exigências relativas ao perfil de QAE
A atribuição do certificado está vinculada à obtenção de um perfil mínimo referente às 14 categorias:
Excelente
Mínimo: 3 categorias
Superior
Bom
Máximo: 7 categorias
2
Para a presente edição brasileira do referencial, as exigências regulamentares e normativas, as práticas correntes, as boas
práticas e as práticas que levam aos desempenhos máximos foram ajustadas para a realidade do país, em outubro de 2007.
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INTRODUÇÃO
Este perfil de QAE é próprio a cada contexto, assim como a cada empreendimento, e sua pertinência
deve ser justificada a partir (cf §1.1 do referencial do SGE):
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
dos desafios de QAE do empreendedor;
das características funcionais do empreendimento;
das características positivas e das restrições do local do empreendimento;
das exigências legais e regulamentares;
das necessidades e expectativas das partes interessadas;
da avaliação dos custos.
Ao longo do empreendimento, o perfil pode, respeitados determinados limites, ser modificado, mas
isso deve ser justificado de modo coerente pelo empreendedor, sobretudo fazendo referências a
oportunidades e restrições não identificadas até então. No entanto, é necessário que o perfil
modificado esteja conforme ao perfil mínimo e que o empreendedor se comprometa quanto a este
novo perfil (cf §1.2 e § 3.3 do SGE).
3.2 Apresentação das categorias de QAE
Cada categoria é motivo de um capítulo do referencial de avaliação da QAE, que é apresentado
segundo o seguinte modelo:
ƒ
Introdução
Apresentação dos desafios ambientais relacionados à categoria e das principais preocupações
associadas: leva à estruturação das subcategorias.
ƒ
Avaliação da categoria
Tabela que apresenta o princípio da avaliação da categoria pela agregação dos desempenhos
obtidos nas subcategorias (cf §3.4.4 a seguir).
ƒ
Interações com as outras categorias
Lista as outras categorias nas quais a categoria tem influência, que causam impacto na
categoria, ou que têm uma relação temática com a categoria afetada sem que isto esteja
formalizado no referencial. Estas interações podem ajudar nas escolhas para a hierarquização
das categorias, ou para buscar o equilíbrio entre categorias nas escolhas feitas no momento
da concepção (cf §3.5).
ƒ
Interações com o SGE
Elementos do SGE relacionados à categoria afetada, por exemplo, por condicionarem os dados
de entrada da categoria (Análise do local do empreendimento - Anexo A.1, por exemplo), ou
ainda pelo fato deles assegurarem a perenidade do desempenho da categoria (documentos
entregues ao proprietário do edifício, por exemplo), etc.
ƒ
Referências complementares
Bibliografia, fontes de informações que foram úteis para a adequação da categoria à realidade
brasileira, ou que permitem se aprofundar na compreensão do tema. Podem incluir referências
do documento original francês.
ƒ
Referências complementares do referencial original francês
Bibliografia, fontes de informações anteriormente não citadas que foram úteis para a redação
da categoria no referencial original francês, ou que permitem se aprofundar na compreensão
do tema.
ƒ
Subcategoria 1
Introdução
Quadro de avaliação das preocupações (cf §3.4.2 a seguir)
Quadro de desempenho da subcategoria (cf §3.4.3 a seguir)
ƒ
Subcategoria 2
ƒ
etc.
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte I: Introdução
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INTRODUÇÃO
3.3 Avaliação da QAE
3.3.1. De que se trata?
A avaliação da QAE é o processo que permite verificar, em diferentes fases do empreendimento, que o
perfil ambiental visado é atingido. Para isso, convém confrontar as características do empreendimento
com as exigências de QAE aplicáveis ao perfil visado. Esta avaliação deve ser feita pelos agentes do
empreendimento, sob a responsabilidade do empreendedor, e deve ser baseada na parte III do
presente referencial.
A avaliação da QAE consiste assim em se assegurar que as características do empreendimento
atendem aos critérios de avaliação da QAE. Esta obediência às exigências de QAE pode se manifestar
de duas maneiras:
- ou o critério é passível de ser avaliado na fase considerada, e nesta situação a avaliação consiste em
comparar o valor obtido para o empreendimento com o valor de referência (parte III do presente
referencial);
- ou o critério não pode ser avaliado na fase considerada, e neste caso a avaliação consiste em
verificar se as exigências estão formuladas para as fases posteriores do empreendimento. O nível de
detalhe dessas exigências é função do nível de desempenho visado e das exigências do referencial
da QAE.
NOTA: Exemplo com o cálculo do consumo de energia primária (coeficiente Cep – ver Categoria 4 – Gestão da energia)
O coeficiente C não é um parâmetro que possa ser calculado na fase programa. No entanto, caso nenhuma exigência seja
formulada quanto a este parâmetro que sirva de orientação para as equipes de projeto, é provável que o desempenho
alcançado quanto a este coeficiente no final da fase de concepção não permita que se alcance o nível de desempenho visado
pelo empreendedor para a Categoria 4 "Gestão da energia". Do mesmo modo, a avaliação na fase do programa de
necessidades consistirá em se assegurar que uma exigência quantitativa está definida quanto ao parâmetro C e que esta
exigência permite alcançar o nível visado para a categoria afetada.
Deste modo, a avaliação da QAE deve ser baseada em elementos objetivos, sejam eles qualitativos
(descrição das medidas adotadas e constantes dos documentos operacionais: especificações,
elementos gráficos, estudos, etc.) ou quantitativos (métodos de avaliação utilizados, programa de
computador, memórias de cálculo, planilhas de medições, etc.).
NOTA: Cabe assim aos agentes do empreendimento planejar estas etapas de avaliação da QAE (cf §2.1 do referencial do
SGE) com relação à sua própria organização e ao contexto do empreendimento. As 3 intervenções do auditor não têm como
meta avaliar a QAE, mas sim verificar a avaliação da QAE realizada sob a responsabilidade do empreendedor.
Com relação a estas intervenções, convém que a avaliação da QAE seja realizada (cf §3.2 do referencial do SGE) em uma
e/ou nas duas das seguintes fases:
ƒ antes do processo de seleção para a escolha dos projetistas: para se assegurar que os documentos da fase programa
compreendem todos os elementos que serão necessários para propor um projeto que alcance o desempenho ambiental
visado;
ƒ antes do pedido de aprovação do projeto legal de prefeitura: para se assegurar que as diretrizes do projeto (que
evoluíram pouco em função da elaboração dos projetos) alcançam ou permitirão que se alcance o perfil de QAE visado ao
final da concepção.
A avaliação da QAE deve igualmente ser realizada nesses dois momentos:
ƒ no final da concepção, para garantir que o projeto que vai ser construído atende ao perfil de QAE visado;
Para tanto, a avaliação consiste em se avaliar em que medida:
¾
as medidas arquitetônicas e técnicas satisfazem às exigências da parte III do presente referencial permitindo atender
ao perfil de QAE visado, por um lado, e
¾
os documentos de projeto e suas especificações englobam todos os elementos que permitem à empresa construtora
construir o projeto, por outro lado.
ƒ no final da execução da obra, para se assegurar que a construção entregue atende ao perfil de QAE visado.
3.3.2. Princípio da equivalência
Tendo em vista a diversidade das soluções técnicas e arquitetônicas que contribuem para a QAE, que
não se pode antever a priori, e a fim de promover as inovações, os agentes do empreendimento
podem aplicar, para os níveis Superior e Excelente, o "princípio da equivalência".
Isso consiste a propor, de modo justificado, um método alternativo de avaliação do desempenho,
baseado em outros critérios de avaliação que os da parte III do presente referencial, mas que
respondam à mesma preocupação. Este princípio torna mais complexa a verificação da avaliação
(pode-se lançar eventualmente mão de um especialista para validar a abordagem), mas confere
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INTRODUÇÃO
flexibilidade ao referencial. Caso o auditor não tenha competência técnica para auditar a solução
alternativa proposta, esta deverá ser submetida à avaliação de um novo especialista.
3.4 Quadros de avaliação da QAE
3.4.1 Princípio geral
A avaliação da QAE dá-se de maneira evolutiva ao longo da estrutura em árvore composta de
Categoria - Subcategorias - Preocupações:
ƒ
o desempenho das preocupações é determinado em função dos critérios de avaliação;
ƒ
o desempenho
preocupações;
ƒ
o desempenho das categorias é obtido pela agregação dos desempenhos das subcategorias.
das
subcategorias
é
obtido
pela
agregação
dos
desempenhos
das
O modelo a seguir representa a estrutura em árvore das categorias e o princípio de avaliação:
ESTRUTURA EM ARVORE
AVALIAÇÃO
CATEGORIA
DESEMPENHO CATEGORIA
Desempenho subcategoria
1
subcategoria 1
Atendimento aos
critérios de avaliação
preocupação 1
Atende
NA
Agregação
Agregação
preocupação 2
Atende
NA
Desempenho subcategoria
2
subcategoria 2
Atendimento aos
critérios de avaliação
preocupação 1
B
S
E
preocupação 2
B
S
E
preocupação 3
B
S
E
Agregação
3.4.2 Avaliação das preocupações
Cada preocupação é reapresentada por um indicador ou eventualmente por mais de um, em certos
casos. O desempenho associado a estas características pode ser avaliado:
ƒ
seja via o valor de um critério de avaliação associado ao indicador: a preocupação é então
qualificada com a ajuda de um nível de desempenho B, S ou E;
CASO 1:
Preocupação
5.2.1. Gestão da retenção
Indicador
Vazão de escoamento
após a implantação do
Critério de avaliação
Título
Inferior ou igual à vazão inicial
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Nível
B
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INTRODUÇÃO
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
sistema projetado
Título
Inferior ou igual à vazão inicial
e
Inferior à vazão de escoamento que corresponde
a uma impermeabilização de 65% da superfície
do terreno
ƒ
Nível
E
seja via a condição deste critério de avaliação: a preocupação é qualificada pelo nível Atende
ou Não Atende (indicado NA).
CASO 2:
Preocupação
1.1.2. Gerenciar os meios de
transporte e favorecer aqueles
menos poluentes
Critério de avaliação
Indicador
Conectividade urbana e
incentivo ao
deslocamento limpo (a
pé, por bicicleta, etc.)
Título
Estado
Medidas tomadas para otimizar o uso dos
meios de transporte, sobretudo considerando
a emissão de poluentes
Atende
Quando a preocupação é estimada deste modo, exemplos são associados ao critério de
avaliação sob a forma de notas, de modo a indicar as maneiras segundo as quais ela pode ser
satisfeita.
Convém esclarecer a questão da aplicabilidade das preocupações. Algumas vezes, certas
preocupações podem se mostrar como “não aplicáveis”; a razão deve ser evidenciada ou, quando não
possível, justificada pelas especificidades do empreendimento. Neste caso, a preocupação é ignorada,
e conduz-se a avaliação como se ela não existisse. Se esta preocupação é avaliada por meio da
condição do tipo “Atende” ou “não Atende”, considera-se que ela seja atendida.
3.4.3 Avaliação das subcategorias
Os quadros de avaliação do desempenho das subcategorias trazem a ou as combinações mínimas de
desempenhos a se obter nas diferentes preocupações para se atingir a subcategoria em nível B, S ou
E.
CASO 1:
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
5.2
B
5.2.1
S
E
B
5.2.2
S
E
B
5.2.3
S
E
B
S
E
NOTA: Exemplo
a) Para ser S na subcategoria 5.2, é necessário se ter a seguinte combinação de preocupações: (5.2.1 B) – (5.2.2 S) –
(5.2.3 B)
b) A combinação E-S-B não permite se alcançar o nível E para a subcategoria 5.2: ela permanece assim no nível S.
NOTA: Nestas tabelas, uma célula indicada por hachuras inclinadas significa que a preocupação não pode atender ao nível
de desempenho correspondente, pois este não está definido.
Desse modo, no exemplo, o nível S não é definido para a preocupação 5.2.1; idem para os níveis S e E da preocupação
5.2.3.
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INTRODUÇÃO
CASO 2:
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
1.1
1.1.1
Atende NA
1.1.2
Atende
NA
1.1.3
Atende
NA
B
2 atendidas das 4 *
S
3 atendidas das 4 *
1.1.4
Atende
NA
E
NA=Não Atende
* Justificar as escolhas das preocupações em coerência com o contexto do empreendimento (sobretudo A.1 Análise do local do
empreendimento)
No caso onde a Categoria 5 - Gestão da água for escolhida como nível S ou E, a preocupação 1.1.4 deve ser atendida.
NOTA: Neste CASO 2, a regra de combinação das preocupações é mais flexível do que no CASO 1: ela não exige um
número de preocupações a atender e não impõe as escolhas das preocupações. É necessário, no entanto, levar em conta as
eventuais menções aparecendo sob a tabela; por exemplo, aqui é solicitado se justificar as escolhas feitas considerando-se
o contexto do empreendimento.
3.4.4 Avaliação das categorias
Os quadros de avaliação das categorias trazem a ou as combinações mínimas de desempenhos a
obter nas subcategorias de modo a se obter a categoria em nível B, S ou E.
Exemplo 1:
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
5
B
5.1
S
E
B
5.2
S
E
B
S
E
Neste exemplo, há duas maneiras de ser E na categoria. Não é pelo fato de uma categoria ser visada em nível E
que necessariamente todas as subcategorias devem alcançar o nível E. Este comentário pode se aplicar aos três
níveis de desempenho.
Exemplo 2:
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
1
B
1.1
S
E
B
1.2
S
E
B
1.3
S
E
B
S
E
*
*
*
*
*
*
* Escolher esta combinação de agregação no caso no qual o empreendimento não apresenta
qualquer vizinho próximo
Neste exemplo, duas combinações são apresentadas para os níveis S e E, mas existe uma condição específica
relacionada ao contexto que define a combinação a ser seguida.
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INTRODUÇÃO
3.5 Coerência global do projeto
Independentemente do respeito às exigências especificadas para cada categoria de QAE, o
empreendedor e seus parceiros deverão assegurar a coerência e a qualidade globais do
empreendimento, por meio de um processo interativo e integrado. Em termos de programa, de
concepção e de gestão, um empreendimento de alta qualidade ambiental deve ser analisado
globalmente e cada fase deve ser coerente com a anterior assim como com os objetivos iniciais.
O elemento principal que condiciona esta coerência global é a análise das interações entre as
categorias, e as escolhas que delas derivam.
Para poder implementar um processo de avaliação dos desempenhos ambientais e sanitários de um
empreendimento, foi necessário subdividir-se a QAE segundo as diferentes preocupações, a fim de
avaliar corretamente o empreendimento com relação a desafios bem identificados e distintos. No
entanto, é importante que os usuários do presente referencial realizem esta avaliação da QAE
conscientes de que a melhoria no trato de uma categoria pode modificar o trato de outras categorias,
num sentido favorável ou desfavorável, dependendo do caso.
Estas interações são de diferentes naturezas, e o conjunto pode ser modelizado desse modo:
Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Cate- Categoria goria goria goria goria goria goria goria goria goria goria goria goria goria
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Categoria 1 - Relação do edifício
com o seu entorno
Categoria 2 - Escolhas de
produtos, sistemas e processos
Categoria 3 - Canteiro de obras
com baixo impacto ambiental
Categoria 4 - Gestão da energia
Categoria 5 - Gestão da água
Categoria 6 - Gestão dos resíduos
de uso e operação do edifício
Categoria 7 - Manutenção –
Permanência do desempenho
ambiental
Categoria 8 - Conforto
higrotérmico
Categoria 9 - Conforto acústico
Categoria 10 - Conforto visual
Categoria 11 - Conforto olfativo
Categoria 12 - Qualidade sanitária
dos ambientes
Categoria 13 - Qualidade sanitária
do ar
Categoria 14 - Qualidade sanitária
da água
Tabela de interações entre categorias
Este tabela evidencia as categorias bastante transversais como as Categorias 1, 2 e 7 que demandam
uma concepção integrada. Além disso, ela mostra que é necessário que as categorias de conforto
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INTRODUÇÃO
ambiental e de qualidade de ar interno sejam tratadas de uma maneira global, controlando-se
corretamente suas interações.
Convém não confundir ajuda à concepção com ajuda à avaliação. O referencial da QAE é uma
ferramenta para a avaliação do projeto em 3 fases precisas (final do programa, final da concepção e
final da realização) e não um guia de ajuda à concepção. De fato, devido às interações entre as
categorias, a concepção é um processo interativo e integrado, enquanto que a avaliação consiste em
se avaliar o empreendimento segundo diferentes pontos de vista. Isto é ilustrado pelo modelo a
seguir.
Processo
integrado
Démarche
de
de concepção
conception intégrée
Avaliação
segundo
Evaluation
selon
diferentes pontos de vista
différents points de vue
Concepção integrada e avaliação segundo diferentes pontos de vista
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INTRODUÇÃO
4. O SGE, UMA FERRAMENTA PARA SE ALCANÇAR A QAE
A tabela a seguir relaciona as principais exigências
questionamentos que um empreendedor pode ter.
do
referencial
REFERENCIAL DO SGE
técnico
aos
possíveis
REFERENCIAL DA QAE
Quais categorias de QAE posso considerar no meu empreendimento?
Considerar todos os dados de entrada que
irão condicionar a definição do perfil de QAE.
§1.1 Perfil de Qualidade
Ambiental do Edifício
O referencial da QAE permite ao
empreendedor conhecer as
exigências às quais ele deverá
responder para alcançar um certo
nível de desempenho para uma
dada categoria. Ele poderá assim
confrontar estas exigências com os
meios que pode disponibilizar para
seu empreendimento.
Como estar seguro de que todos os intervenientes vão conhecer a política ambiental de meu empreendimento e
serão capazes de respeitá-la?
Refletir desde o início quanto aos meios e aos
recursos que serão necessários.
§1.2 Comprometimento do
empreendedor
Informar sobre o comprometimento de meu
empreendimento.
§2.5 Comunicação
Como posso me organizar para alcançar este perfil?
Definir quem vai intervir no meu
empreendimento, de que maneira, com qual
responsabilidade, etc.
§2.2 Responsabilidades e
autoridades
§2.1 Planejamento do
empreendimento
Assegurar-me das competências das
diferentes pessoas que vão intervir na QAE.
§2.3 Competência
Assegurar-me de que os contratos dos
intervenientes relacionados à QAE mencionam
claramente a totalidade da extensão e das
condições de seu escopo de serviço.
§2.4 Contratos
Assegurar-me de que todo interveniente terá
recebido uma informação pertinente sobre a
QAE e as condições para alcançá-la.
§2.5 Comunicação
Assegurar-me da rastreabilidade de meu
empreendimento de modo que todo
interveniente disponha de todas as
informações necessárias.
§2.6 Controle de documentos
Ao longo da fase operacional, como posso me assegurar que o perfil de QAE visado será atingido quando da entrega
da obra?
Monitorar continuamente a evolução do
empreendimento, e organizar as análises
críticas nas fases essenciais.
Atentar especificamente para os elementos do
empreendimento que podem causar impactos
na QAE.
§3.1 Monitoramento e análises
críticas
Avaliar periodicamente se o perfil de QAE
visado é atingido.
§3.2 Avaliação da Qualidade
Ambiental do Edifício
Reagir em caso de desvio constatado de
modo a solucionar o problema e evitar que
ele se repita.
§3.3 Correções e ações
corretivas
Empregar as exigências do
referencial de QAE e os princípios
de avaliação para verificar se o
perfil é atingido.
Como posso me assegurar que o desempenho ambiental de meu empreendimento vá perdurar?
Fazer um balanço do empreendimento e
passar os dados ao seu proprietário e ao
responsável por gerenciar seu uso e
operação.
§4 Aprendizagem
§2.6 Controle de documentos
Como poderei tirar proveito desta experiência para um outro empreendimento?
Fazer um balanço do empreendimento.
§4 Aprendizagem
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REFERENCIAL TÉCNICO
DE CERTIFICAÇÃO
EDIFÍCIOS DO SETOR DE SERVIÇOS – PROCESSO AQUA
Escritórios - Edifícios escolares
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Parte II
Sistema de Gestão do Empreendimento
(SGE)
Outubro 2007
SUMÁRIO
1. COMPROMETIMENTO DO EMPREENDEDOR........................................................ 23
1.1 Perfil de Qualidade Ambiental do Edifício................................................ 23
1.2 Comprometimento do empreendedor ...................................................... 23
2. IMPLEMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO.............................................................. 24
2.1 Planejamento do empreendimento ......................................................... 24
2.2 Responsabilidades e autoridades ............................................................ 24
2.3 Competência ........................................................................................... 24
2.4 Contratos ................................................................................................ 25
2.5 Comunicação........................................................................................... 25
2.6 Controle de documentos ......................................................................... 26
3. GESTÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................................ 27
3.1 Monitoramento e análises críticas ........................................................... 27
3.2 Avaliação da Qualidade Ambiental do Edifício ......................................... 27
3.3 Correções e ações corretivas................................................................... 28
4. APRENDIZAGEM................................................................................................ 29
Anexo A (exigências obrigatórias) - Documentos do empreendimento .......................... 30
Anexo B (informativo) - Tabela guia para uso pelo empreendedor para a hierarquização das
categorias de QAE em função dos desafios ambientais estabelecidos ............................. 35
Anexo C (informativo) - Impactos das características do local do empreendimento nas 14
categorias ............................................................................................................ 37
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Categoria 3
22/241
SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
SGE
1. COMPROMETIMENTO DO EMPREENDEDOR
1.1 Perfil de Qualidade Ambiental do Edifício
O empreendedor deve hierarquizar as preocupações ambientais do empreendimento ou delegar a
alguém a tarefa, a partir:
ƒ
da sua estratégia ambiental global,
ƒ
das necessidades e expectativas das partes interessadas internas e externas, considerando-se em
primeiro lugar o cliente e os futuros usuários do empreendimento,
ƒ
das opções funcionais do edifício,
ƒ
da análise das características positivas e das restrições do local do empreendimento,
ƒ
do contexto legal e regulamentar aplicável ao empreendimento,
ƒ
da análise econômica do empreendimento.
NOTA: Esta estratégia representa as prioridades e motivações do empreendedor para seu empreendimento:
¾
proteção do ambiente (preservar os recursos, reduzir a poluição, reduzir os resíduos),
¾
gestão patrimonial (durabilidade, adaptabilidade, conservação, manutenção, custos de uso e operação),
¾
conforto (dos usuários, da vizinhança, do pessoal de obra),
¾
saúde (dos usuários, da vizinhança, do pessoal de obra).
NOTA: O empreendedor deve realizar uma análise do local do empreendimento, ou delegar a alguém a tarefa, baseada em
documentos de apoio (projetos, fotos, documentos administrativos) e relacionada no mínimo com os elementos descritos no
Anexo A (exigências obrigatórias) (cf A.1).
NOTA: O empreendedor deve realizar um inventário das exigências legais e regulamentares aplicáveis ao empreendimento,
ou delegar a alguém a tarefa, em todos os níveis (do internacional ao local).
NOTA: Nas etapas iniciais do empreendimento, isso significa se considerar o seu orçamento global. Uma vez que o
empreendimento seja iniciado, a análise econômica não deve se limitar a considerar o orçamento global disponível. Ela deve
evidenciar os custos de investimento e as economias potenciais em termos de uso e operação, por um lado, assim como os
benefícios indiretos, por outro.
Esta hierarquia deve ser expressa num perfil de Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). Este perfil
identifica o nível de desempenho visado para cada uma das 14 categorias de QAE, assim como para
as subcategorias associadas a cada categoria.
NOTA: O presente referencial identifica três níveis de desempenho: Bom, Superior ou Excelente. Para definir este perfil, o
empreendedor pode empregar a parte III deste referencial. Isso permitirá identificar precisamente os níveis que podem ser
reivindicados para cada categoria, assim como os critérios de avaliação.
1.2 Comprometimento do empreendedor
O empreendedor deve formalizar seu comprometimento num documento que indique:
ƒ
ƒ
ƒ
os elementos permitindo compreender e justificar a hierarquização das preocupações ambientais
do empreendimento,
o perfil de Qualidade Ambiental do Edifício almejado,
seu comprometimento quanto à garantia da disponibilidade dos recursos apropriados para a
implementação e a manutenção do sistema de gestão e a obtenção da QAE,
¾ NOTA: Os recursos a disponibilizar podem ser expressos em termo de tempo/prazos, orçamento, pessoal, etc.
ƒ
os principais objetivos operacionais, funcionais e financeiros do empreendimento.
O documento de comprometimento representa a referência à qual o empreendedor e todos seus
colaboradores e intervenientes do empreendimento se referem em termos de desempenho ambiental
do empreendimento, em todas as suas fases.
Embora modificações deste perfil sejam aceitas durante a gestão do empreendimento (§3.3 Correções
e ações corretivas), o empreendedor deve se comprometer a respeitá-lo o máximo possível.
O documento de comprometimento deve ser divulgado a todos os colaboradores e intervenientes do
empreendimento. No caso de modificação do perfil de QAE, ele deve ser revisto e divulgado
novamente.
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SGE
SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
2. IMPLEMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO
2.1 Planejamento do empreendimento
O empreendedor deve descrever num ou em vários documentos a sucessão de etapas de cada fase do
empreendimento (por exemplo, as de: programa, concepção, realização).
Para cada uma das etapas, ele deve identificar:
ƒ
as ações e atividades,
ƒ
as responsabilidades e autoridades relativas a cada uma destas ações e atividades (§2.2),
ƒ
as interfaces entre os diferentes intervenientes envolvidos,
ƒ
os meios, métodos e documentos utilizados para realizar as diferentes ações,
ƒ
os registros a conservar.
NOTA: Estes ações e atividades podem ser de diferentes naturezas:
¾ Definição de objetivos ambientais (sobretudo o perfil de QAE § 1.1)
¾ Monitoramento e análises críticas (sobretudo §3.1)
¾ Verificação
¾ Validação
¾ Avaliação (sobretudo §2.4 e §3.2)
¾ Análise
¾ Reação
¾ Controles (sobretudo §3.1)
¾ Modificações (sobretudo §3.3)
¾ Ensaios
¾ Elaboração de um documento (§2.6)
¾ Comunicação (§2.5)
Cabe ao empreendedor determinar o grau de detalhamento deste planejamento em função da
complexidade do empreendimento. O planejamento e os documentos que dele derivam devem ser
considerados como ferramentas de apoio à gestão do empreendimento.
2.2 Responsabilidades e autoridades
Para cada uma das ações e atividades definidas no planejamento (§2.1), a atribuição dos escopos de
serviços, das responsabilidades e das autoridades deve ser feita por escrito, e os colaboradores e os
intervenientes devem ser informados a seu respeito.
NOTA: Estas informações podem ser integradas no documento de planejamento do empreendimento (ver §2.1).
Dentre outras, o empreendedor deve designar para representá-lo uma ou várias pessoas possuindo
responsabilidade e autoridade definidas para, por um lado, implementar o Sistema de Gestão do
Empreendimento, e, por outro, para definir e/ou avaliar a Qualidade Ambiental do Edifício (§1.1 e
§3.2).
NOTA: Em função das competências de que ele disponha internamente, o empreendedor decide ou não pela contratação de
uma consultoria técnica para controlar os aspectos gerenciais e/ou técnicos do empreendimento.
Não se trata aqui da criação de agentes adicionais, mas, sobretudo, de confiar uma responsabilidade claramente definida a
agentes já envolvidos no empreendimento.
2.3 Competência
O empreendedor deve avaliar, com base em critérios pré-estabelecidos, as capacidades dos
intervenientes para realizar os escopos de serviços que ele pretenda lhes confiar, ou delegar a alguém
a tarefa.
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SGE
SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
Para as ações e atividades relacionadas ao Sistema de Gestão do Empreendimento e à Qualidade
Ambiental do Edifício, estes critérios devem considerar a competência e/ou a experiência no trato das
questões ambientais.
NOTA: A competência e a experiência prévia num empreendimento de alta qualidade ambiental não são necessariamente
condições prévias para participar de um empreendimento de alta qualidade ambiental. É, no entanto, necessário se avaliar
as competências ambientais dos intervenientes para tomar as medidas preventivas necessárias. Os critérios adotados para
avaliar devem, além disso, ser coerentes com a qualidade desejada para o empreendimento, e, sobretudo, o nível de
desempenho visado em termos de Qualidade Ambiental.
A obtenção do nível E (e mesmo S) pode exigir a realização de estudos avançados que requeiram competências de ponta
e/ou específicas (análise considerando o custo global de várias soluções técnicas, por exemplo). É o caso, sobretudo, da
Categoria 4, da Categoria 8 e da Categoria 9. É importante que o empreendedor mobilize os meios (em termo de
competência) para alcançar estes níveis de desempenho.
Caso ele já tenha trabalhado com um interveniente, o empreendedor pode empregar as informações
resultantes do balanço do empreendimento em questão.
O empreendedor deve conservar um registro desta avaliação e definir as eventuais ações exigidas
para o empreendimento, que podem ser necessárias para assegurar o sucesso em função da
complexidade do trabalho e das capacidades dos intervenientes.
NOTA: Por exemplo, prever uma formação caso os intervenientes não tenham as competências ou experiências em
empreendimentos de alta qualidade ambiental, definir os tipos de monitoramento dos serviços prestados, gerenciar as
informações para os fornecedores, etc.
2.4 Contratos
O empreendedor deve estabelecer contratos que definam:
ƒ
o conteúdo detalhado dos escopos de serviços, responsabilidades e autoridades dos
intervenientes escolhidos, em função das características do empreendimento que ele pretende
construir (§2.2 Responsabilidades e autoridades),
NOTA: A título indicativo, os intervenientes envolvidos podem ser: o gerente do projeto, o profissional responsável pelo
programa de necessidades, o arquiteto, o profissional responsável pelo estudo financeiro, o engenheiro responsável pela
obra, o profissional responsável pelo PCMAT da obra, o responsável pelo gerenciamento da obra, etc.
ƒ
os tipos de monitoramento e de validação dos escopos de serviços (§3.1 Monitoramento e
análises críticas),
ƒ
as eventuais exigências em termos de competência do pessoal (§2.3 Competência),
ƒ
os documentos do empreendimento
intervenientes (cf Anexo A).
pertinentes
para
os
escopos
de
serviços
dos
documentos
do
Os contratos entre o empreendedor e os intervenientes são:
ƒ
analisados criticamente
empreendimento,
para
assegurar
sua
coerência
com
os
ƒ
assinados antes do início da execução dos escopos de serviços correspondentes,
ƒ
analisados criticamente após cada modificação.
2.5 Comunicação
O empreendedor deve determinar as ações de comunicação pertinentes relacionadas aos
intervenientes e às demais partes interessadas. Esta comunicação deve estar adaptada ao contexto do
empreendimento e ao perfil de QAE e deve voltar-se, em particular, aos impactos ambientais do
empreendimento e às medidas implementadas.
Todos os intervenientes envolvidos no empreendimento, qualquer que seja o seu nível, devem receber
as informações pertinentes para levar em conta as exigências do SGE e da QAE no desenrolar de seus
escopos de serviços.
NOTA: Este requisito exige a implementação de um mecanismo efetivo que permita a interação entre o empreendedor e os
intervenientes. Por exemplo, no que se refere ao canteiro de obras: divulgação da informação de que se trata de um
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SGE
SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
canteiro de obras com baixo impacto ambiental, difusão de um diário do canteiro de obras, capacitação sobre as medidas
que garantam a implementação das soluções técnicas planejadas, sensibilização quanto às ações ambientalmente corretas,
implementação de uma caixa de sugestões, etc.
No que diz respeito às partes interessadas, cabe ao empreendedor definir as ações de comunicação
mais adaptadas ao empreendimento, tendo em vista o contexto político, o contexto do
empreendimento, o envolvimento das partes interessadas, etc. O empreendedor deve igualmente
assegurar o registro das solicitações das partes interessadas e das respostas dadas.
NOTA: Em certos casos, as ações de comunicação podem incluir, por exemplo: mecanismo interativo das reclamações e
comentários (identificação de um porta-voz “canteiro de obras limpo” ou de um número de telefone), trato das reclamações
(formulação de uma resposta ao interessado), organização de reuniões públicas, disponibilização de uma caixa de
sugestões, etc.).
NOTA: Embora as ações de comunicação sejam primordiais durante o canteiro de obras, a estratégia deve considerar todas
as fases do empreendimento, e não apenas a de realização.
2.6 Controle de documentos
Para assegurar o monitoramento e a rastreabilidade do desenrolar do empreendimento e o seu
desempenho ambiental, assim como para facilitar a comunicação entre os diferentes intervenientes,
vários documentos do empreendimento devem ser estabelecidos e controlados.
As informações contidas nestes documentos devem ser confiáveis e estarem disponíveis. Além disso,
o empreendedor deve definir as modalidades de identificação, aprovação, emissão, atualização e
conservação dos mesmos, ou delegar a alguém a tarefa.
NOTA: A documentação pode estar em qualquer forma ou tipo de meio de comunicação que seja conveniente às
necessidades do empreendimento.
Distinguem-se duas classes de documentos do empreendimento:
ƒ
os documentos "gestão": trata-se do conjunto dos documentos que permitem controlar o Sistema
de Gestão do Empreendimento;
ƒ
os documentos "empreendimento": trata-se dos documentos elaborados tradicionalmente ao
longo do processo de projeto, para os quais são relacionados os conteúdos (por se tratar de um
processo de gestão da qualidade) e definem-se novas exigências (por se tratar de um processo de
gestão ambiental).
Estes documentos do empreendimento são indicados no anexo A (exigências obrigatórias).
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SGE
SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
3. GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
3.1 Monitoramento e análises críticas
Análises críticas devem ser realizadas durante
conjuntamente com os intervenientes envolvidos.
as
diferentes
etapas
do
empreendimento,
Tais análises críticas devem permitir a verificação do avanço do empreendimento com relação ao
planejado (cf §2.1 Planejamento do empreendimento), a identificação de todas as questões a serem
resolvidas e a proposição das ações necessárias.
NOTA: As questões podem dizer respeito ao avanço do empreendimento, às interfaces, à coerência dos resultados, etc.
Estas análises críticas devem igualmente permitir o monitoramento e o controle do desempenho
ambiental do empreendimento, tanto no que se refere à gestão do empreendimento quanto à QAE.
No que se refere a estas análises críticas, o empreendedor deve, sobretudo:
ƒ
assegurar-se de que os intervenientes executam seus escopos de serviços de acordo com o
contrato assinado,
ƒ
monitorar e medir, quando necessário, as principais características e atividades do
empreendimento que podem ter um impacto na obtenção da QAE,
ƒ
verificar se as medidas e ensaios previstos são realizados segundo as condições definidas nos
contratos e na regulamentação, ou delegar a alguém a tarefa.
NOTA: O empreendedor pode igualmente realizar medidas e ensaios (por exemplo, medidas acústicas) para verificar o
respeito à qualidade ambiental.
Os resultados das análises críticas e de todas as ações que delas resultam devem ser registrados. O
empreendedor deve, sobretudo, conservar registros das informações pertinentes relativas ao processo
de hierarquização das categorias.
3.2 Avaliação da Qualidade Ambiental do Edifício
O empreendedor deve avaliar a QAE com relação ao perfil ambiental visado (§1.1 Perfil de Qualidade
Ambiental do Edifício) em diferentes etapas do empreendimento, definidas pelo planejamento (§2.1),
ou delegar a alguém a tarefa.
O empreendedor deve realizar uma avaliação da QAE em um ou ambos os seguintes momentos, ao
final da fase programa:
ƒ
antes da seleção dos projetistas: para assegurar que os documentos do programa compreendem
todos os elementos que serão necessários para uma proposta de projeto que atinja o desempenho
ambiental visado;
ƒ
antes da entrada do projeto legal de prefeitura: para assegurar que as diretrizes do projeto (as
quais poderão sofrer pequenas modificações com a elaboração dos projetos) atingem ou
permitirão atingir o perfil de QAE visado ao final da concepção.
A avaliação da QAE deve igualmente ser realizada em outros dois momentos:
ƒ
ao final da concepção, para garantir que o projeto que vai ser construído atende satisfatoriamente
ao perfil de QAE visado;
NOTA: Para tanto, a avaliação consiste em verificar se:
¾
as medidas arquitetônicas e técnicas satisfazem às exigências da parte III do presente referencial permitindo alcançar
o perfil de QAE visado, por um lado, e
¾
os documentos de concepção e que servirão para a licitação da obra compreendem todos os elementos permitindo à
empresa construtora executar o projeto, por outro lado.
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ƒ
SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
ao final das atividades de execução da obra e do balanço do empreendimento, para assegurar que
o empreendimento entregue atinge o perfil de QAE visado.
Estes duas últimas avaliações consistem no confronto dos dados do empreendimento (medidas
arquitetônicas e técnicas) com as exigências de QAE correspondentes ao perfil de QAE visado (parte
III do presente referencial).
Cada avaliação deve ser registrada num documento que apresente as justificativas do atendimento às
preocupações ambientais permitindo alcançar o perfil de QAE visado, para a fase em questão.
Antes de aceitar qualquer modificação, o empreendedor deve verificar se os elementos de seu
empreendimento atendem corretamente ao perfil visado (cf §1.2 Comprometimento do
empreendedor).
Quando o empreendedor constatar o não alcance da QAE com relação ao perfil visado, ele deve aplicar
as exigências do capítulo 3.3 "Correções e ações corretivas".
3.3 Correções e ações corretivas
O empreendedor deve estabelecer e manter um procedimento para efetuar as correções e executar as
ações corretivas quando a QAE não é alcançada com relação ao perfil com o qual se comprometeu ou
quando uma exigência do SGE não é atendida.
Ele deve de qualquer forma assegurar o registro do conjunto de elementos relacionados aos seguintes
pontos:
ƒ
modificação do projeto para obter a QAE,
ƒ
identificação da causa do não alcance da QAE ou de uma exigência do SGE não ter sido atendida,
ƒ
implementação eventual de uma ação corretiva para evitar que o não alcance da QAE ou o não
atendimento da exigência do SGE se repitam,
ƒ
registro das modificações eventuais no SGE como conseqüência das ações tomadas.
Quando o empreendedor constata o não alcance da QAE e que nenhuma correção é possível de ser
feita segundo condições econômicas e técnicas aceitáveis, ele pode pensar numa modificação do perfil
ambiental, mas na medida em que esta modificação seja compatível com as exigências do capítulo 1
"Comprometimento do empreendedor".
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SGE
4. APRENDIZAGEM
Após a entrega da construção, o empreendedor deve fazer um balanço do empreendimento a partir:
ƒ
dos eventuais desvios constatados da QAE, de custos e de prazos;
ƒ
do número e da natureza das pendências constatadas na vistoria de entrega;
ƒ
dos eventuais problemas observados ao longo do empreendimento (programa, concepção e
realização);
ƒ
da avaliação da conformidade dos serviços técnicos prestados e dos serviços realizados pelos
fornecedores e pela construtora;
NOTA: Ver capítulo 3.1 Monitoramento e análises críticas.
ƒ
das pesquisas de satisfação (ou de insatisfação) dos clientes e das outras partes interessadas, que
o empreendedor identifica e registra ao longo do desenvolvimento do empreendimento.
NOTA: Estas informações podem ser obtidas por:
- entrevistas a intervalos definidos (entrega inicial, entrega final…),
- questionários enviados por malas diretas,
- pesquisas telefônicas, etc.
O objetivo deste balanço é aumentar a pertinência e a eficácia das medidas implementadas, a partir
da experiência concretamente vivida em campo.
NOTA: Trata-se da realimentação da experiência vivida, assegurada por uma reunião com o conjunto das partes
interessadas internas e eventualmente externas ao empreendedor, de modo a valorizar a experiência adquirida ao longo do
empreendimento e a fim de melhorar continuamente o produto, o serviço e a construção.
O empreendedor deve confrontar este balanço com os seus objetivos iniciais, definidos no momento
do seu comprometimento (cf §1.1 Perfil de Qualidade Ambiental do Edifício). Isso lhe permitirá
implementar eventuais ações de melhoria em seu sistema de gestão para seus empreendimentos
futuros, ou melhor apreender as diferentes facetas da política ambiental de um empreendimento.
O empreendedor deve conservar um registro deste balanço, assim como dos elementos que
permitiram a sua elaboração (cf §2.6 Controle de documentos).
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ANEXO A (exigências obrigatórias)
Documentos do empreendimento
DOCUMENTOS "GESTÃO"
Referem-se aos documentos que permitem controlar o Sistema de Gestão do Empreendimento.
Comprometimento do empreendedor (§1)
A.1
ƒ
Análise do local do empreendimento
ƒ
Identificação das necessidades das partes interessadas
ƒ
Identificação das exigências regulamentares e outras
ƒ
Avaliação dos custos de execução e de uso e operação
ƒ
Perfil de Qualidade Ambiental do Edifício visado para o empreendimento (§1.1)
ƒ
Documento de comprometimento (§1.2)
Implementação e funcionamento (§2)
ƒ
Planejamento do empreendimento (§2.1)
ƒ
Alocação dos escopos de serviços, das responsabilidades e autoridades dos colaboradores e
intervenientes (§2.2)
ƒ
Avaliação dos colaboradores e intervenientes – Competências (§2.3)
ƒ
Contratos dos intervenientes (§2.4)
ƒ
Ações de comunicação com intervenientes e partes interessadas (§2.5)
Gestão do empreendimento (§3)
ƒ
Resultados das análises críticas e de todas as ações que delas decorrem (§3.1)
ƒ
Avaliação da QAE (§3.2)
ƒ
Procedimento relativo a correções e ações corretivas (§3.3)
ƒ
Decisões e ações decorrentes das modificações (§3.3)
ƒ
Registros relacionados ao não alcance da QAE e/ou ao não atendimento de uma exigência do
Sistema de Gestão do Empreendimento e à identificação de sua causa (§3.3)
ƒ
Ações corretivas implementadas (§3.3)
Aprendizagem (§4)
ƒ
Balanço do empreendimento
ƒ
Informações sobre a satisfação (ou a insatisfação) dos clientes e das outras partes interessadas
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DOCUMENTOS "EMPREENDIMENTO"
Referem-se aos documentos tradicionalmente elaborados ao longo de um empreendimento. Devido ao
comprometimento com um processo de qualidade ambiental, estes documentos devem integrar novos
elementos que são identificados no sistema de gestão.
A.2
ƒ
Programa de necessidades
ƒ
Seleção de projetistas e de construtoras
Procurar incluir entre os documentos fornecidos:
−
os critérios de competência exigidos, que fazem parte dos critérios de seleção dos
intervenientes (§2.3)
−
os escopos de serviços detalhados dos intervenientes, e, sobretudo, os relativos à qualidade
ambiental (§2.4)
A.3
ƒ
Documentos de concepção
ƒ
Documentos contratuais
ƒ
Contrato de execução
ƒ
Atas das reuniões do canteiro de obras
ƒ
Manual de intervenções pós-entrega
ƒ
Projetos as built
ƒ
Manual de conservação e de manutenção (ou Agenda de conservação)
ƒ
Manual de uso e operação do edifício
A.4
A.5
A.6
A.7
A.1 Análise do local do empreendimento
Para estabelecer o perfil de QAE e o programa de necessidades de seu empreendimento, o
empreendedor deve fazer uma análise das características positivas e das restrições do local do
empreendimento quanto à execução de uma construção, baseada em documentos de apoio (projetos,
fotos, documentos administrativos), ou delegar a alguém a tarefa.
Esta análise deve ser baseada na identificação das características do local do empreendimento,
considerando no mínimo:
ƒ o meio físico (topologia, natureza do solo, hidrologia, geologia, etc.)
ƒ o clima (sol, vento, chuva, etc.)
ƒ os ecossistemas (fauna, flora, paisagem, vegetação, etc.)
ƒ o ambiente construído e humano (instalações industriais, atividades técnicas, natureza da
vizinhança, etc.)
ƒ as infra-estruturas (estradas, ciclovias, vias para pedestres, vias férreas, vias navegáveis,
etc.)
ƒ as redes (eletricidade, gás, água, saneamento, telecomunicação, etc.)
ƒ os recursos locais (energia, materiais, resíduos, etc.); o empreendedor dedicará atenção
específica para um estudo de viabilidade de uso de energias renováveis no
empreendimento, assim como para uma análise das cadeias locais de reaproveitamento
de resíduos
ƒ os serviços (transportes públicos, coletas de resíduos, etc.).
A análise deve, em seguida, identificar as características positivas e as restrições para o
empreendimento como conseqüência destas características, sobretudo no que se refere:
ƒ aos incômodos para os futuros usuários (sonoros, visuais, olfativos, etc.)
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ƒ à poluição sobre o meio natural (solo e subsolo, lençol freático, etc.)
ƒ aos riscos à saúde dos futuros usuários (ar externo poluído, ondas eletromagnéticas, etc.)
ƒ aos riscos naturais e tecnológicos.
Os anexos B e C (informativos) permitem orientar o empreendedor na análise dos impactos das
características do local do empreendimento nas 14 categorias.
A.2 Programa de necessidades
O empreendedor elabora o programa de necessidades do empreendimento a ser projetado voltado
para os intervenientes do projeto, ou delega a alguém a tarefa.
NOTA: A parte ambiental do programa de necessidades integra-se ao programa de necessidades funcional, arquitetônico
e técnico do empreendimento.
Ele comporta ao menos os seguintes elementos:
ƒ natureza e situação do empreendimento
ƒ perfil de QAE visado e sua justificativa
ƒ características do local do empreendimento, regras de urbanismo aplicáveis, análise do
local do empreendimento (Anexo A.1)
ƒ exigências regulamentares e legais específicas aplicáveis ao empreendimento
ƒ número, natureza e tipologia dos ambientes; faixas de variação de suas áreas
ƒ exigências técnicas, funcionais, arquitetônicas e ambientais
ƒ nível de desempenho e equipamentos
ƒ orçamento da execução e estimativas de custo de uso e operação, de conservação e de
manutenção
ƒ programação das fases do empreendimento
ƒ horários de ocupação dos diferentes locais
ƒ programação prevista de uso dos diferentes ambientes (com flexibilidades associadas).
A.3 Documentos de concepção
O empreendedor define, em comum acordo com o coordenador do projeto e a gerenciadora da obra,
as modalidades de emissão, circulação e aprovação dos documentos relacionados ao empreendimento
projetado. Ele define a quais de seus colaboradores delega a responsabilidade pela emissão de
documentos.
O empreendedor deve zelar pela qualidade dos documentos de concepção, desenhos e documentos
escritos, incluindo os que resultam de estudos feitos em obra, o que significa que eles devem:
ƒ responder às exigências do programa de necessidades;
ƒ permitir a seleção das construtoras e subcontratadas, a execução adequada da obra e a
aceitação dos serviços;
ƒ ser mantidos atualizados, ser coerentes entre si e completos.
NOTA: O número, a natureza e a precisão destes documentos são adaptados às características e à complexidade do
empreendimento, de forma que as empresas que intervirão na obra recebam instruções suficientemente precisas para realizar de
forma conveniente os serviços.
A.4 Contrato de execução
Cada contrato de execução de obra compreende, obrigatoriamente:
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SGE
ƒ as exigências para que se tenha um canteiro de obras que cause baixos impactos ou o
caderno de encargos ambientais do empreendimento, ao qual as construtoras devem se
adaptar (ver a este respeito na Categoria 3 do referencial da QAE);
ƒ a carta convite do empreendedor ou o documento de encaminhamento da proposta pela
empresa, com o aceite do empreendedor;
ƒ o planejamento geral dos serviços, as especificações, os memoriais, o orçamento base, os
projetos definindo os serviços a serem executados;
ƒ os tipos de acompanhamento e de aceitação dos serviços;
NOTA: O empreendedor define seu papel quanto ao acompanhamento da execução dos serviços e, sobretudo, os
momentos nos quais ele deseja intervir (pontos de controle, validação de amostras, validação de modelos,
decisão de modificações, por exemplo).
ƒ as eventuais exigências de qualificação de pessoal;
ƒ a obrigatoriedade de que a empresa construtora informe o empreendedor de qualquer
subcontratação dos serviços que lhes foram confiados;
ƒ as instruções relativas à organização e aos prazos de ajustes finais para a entrega após
vistoria.
O prazo de preparação do canteiro de obras deve ser definido contratualmente, precisando se ele está
incluído ou não no prazo total de execução da obra.
A.5 Manual de intervenções pós-entrega
No momento da entrega da obra, o empreendedor deve passar ao(s) futuro(s) usuário(s) do
empreendimento as informações pertinentes para que este(s) o utilize(m) e o mantenha(m) de forma
a conservar a sua qualidade ambiental.
Trata-se de um manual reunindo todas as informações, de modo a facilitar a prevenção dos riscos
ocupacionais quando de intervenções posteriores no empreendimento. Isto decorre de uma exigência
legal francesa - artigos L.235615 e R.238-37 a R.238-39 do Código do Trabalho francês, que é aqui
adotada devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente.
Ele deve ser redigido progressivamente desde a fase de concepção, e deve mencionar:
ƒ documentos, projetos e notas técnicas de natureza a facilitar as intervenções posteriores
no empreendimento.
ƒ Documento de manutenção específico em se tratando de locais de trabalho.
ƒ Medidas tomadas para:
- a limpeza de superfícies envidraçadas verticais e em coberturas
- o acesso à cobertura (dispositivos de fixação - implementação rápida de guardacorpos ou de redes de proteção)
- a conservação das fachadas (dispositivos de fixação e estabilidade de andaimes e de
cordas)
- os serviços internos (limpeza de halls de pés-direitos elevados - acesso a galerias
técnicas - acessos às cabines de elevadores)
ƒ Indicações relativas aos locais técnicos e de vivência disponibilizados para o pessoal
responsável pelos serviços de conservação, quando estes locais existem.
A.6 Manual de conservação e de manutenção (ou Agenda de conservação)
A agenda de conservação destina-se ao responsável pelo gerenciamento do uso e operação da
construção, de forma a permitir que ele mantenha o empreendimento em boas condições e detecte
desgastes e deteriorações previsíveis.
Seu objetivo é triplo:
ƒ relacionar as intervenções a serem realizadas assim como suas periodicidades,
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SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
ƒ dar destaque para a conservação específica que certos elementos ou dispositivos
relacionados à segurança ao fogo necessitam,
ƒ fornecer um conjunto de cláusulas contratuais aplicáveis às futuras contratações para a
conservação do edifício.
ELEMENTOS QUE NECESSITAM DE UM MONITORAMENTO PERMANENTE:
Certos elementos constituintes da construção, sobretudo os equipamentos, necessitam de um
monitoramento constante, que pode ser assegurado de duas maneiras diferentes, dependendo se
estes elementos possuem uma característica técnica específica ou não.
Os primeiros (chaminés, elevadores, aquecedores, ventilações mecânicas controladas, etc.)
demandam uma conservação regular sem que uma periodicidade, mesmo se freqüente, possa ser
definida, salvo nos casos nos quais a regulamentação imponha uma periodicidade específica. A
elaboração de um contrato de conservação especializada, analisado por um profissional com as
devidas competências, deve ser considerada.
Para os que não possuam uma característica técnica específica, o monitoramento pode ser
assegurado por qualquer pessoa definida pelo responsável pelo uso e operação da construção.
ELEMENTOS QUE NECESSITAM DE UM CONTROLE ROTINEIRO:
Uma construção ou parte dela pode ser afetada por problemas diversos; nas situações onde estes
não são sanados rapidamente e se os serviços necessários não são realizados com brevidade, é
possível que levem a importantes dificuldades de utilização e a um aumento do custo de
reparação. Um controle regular com uma periodicidade mais ou menos freqüente deve ser
considerado.
INTERVENÇÕES PERIÓDICAS:
Um certo número de intervenções periódicas deve ser assegurado sistematicamente para manter
o empreendimento em condição conforme a sua destinação.
A.7 Manual de uso e operação do edifício
Destina-se aos usuários finais, de modo a explicar o funcionamento do edifício e suas características
ambientais. Ele compreende:
ƒ o funcionamento dos equipamentos economizadores de água,
ƒ as precauções no caso de redes duplas,
ƒ o funcionamento dos equipamentos de condicionamento de ar e as recomendações para
que se economize energia,
ƒ etc.
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ANEXO B (informativo) - 1/2
Tabela guia para uso pelo empreendedor para a hierarquização das categorias de
QAE em função dos desafios ambientais estabelecidos
Extraída da norma NF P01-020-1 “Qualidade ambiental dos edifícios - Parte 1: Orientação
metodológica para a descrição e a caracterização dos desempenhos ambientais e sanitários dos
edifícios” (“Qualité environnementale des bâtiments - Partie 1: Cadre méthodologique pour la
description et la caractérisation des performances environnementales et sanitaires des bâtiments”)
Energia
Matérias
primas
REDUZIR A
POLUIÇÃO
Água
Ar
Água
Solo
SC
SC
Ruídos
Odores
PRESERVAR A
SAÚDE
PRESERVAR OS
RECURSOS
SC
SC
SC
SC
SC
SC
SC
SC
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
P
X
REDUZIR OS
RESÍDUOS
PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS
MELHORAR O
CONFORTO
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
EXTERIORES E INTERIORES DO EDIFÍCIO
REDUZIR OS
INCÔMODOS
Local e construção
1 Relação do edifício com o seu entorno
1.1 Consideração do contexto
1.2 Implantação no terreno
2 Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos
2.1 Adaptabilidade e durabilidade do edifício
2.2 Escolhas de processos construtivos
2.3 Escolhas de produtos de construção
SC
SC
X
X
2.4 Fim de vida do edifício / desconstrutibilidade /
reciclabilidade
3 Canteiro de obras
3.1 Produção de resíduos, identificação, gestão dos
resíduos
3.2 Incômodos e poluição
3.3 Recursos - consumo de água e energia
SC
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
P
P
X
P
P
P
P
X
X
X
P
P
X
P
P
X
X
X
X
Gestão
4 Energia
4.1 Energia primária não renovável
4.2 Incômodos e poluição
P
X
X
P
5 Água
P
X
X
5.1 Economia de água potável
5.2 Gestão de águas pluviais no terreno
5.3 Esgotamento sanitário
X
X
X
6 Resíduos de uso e operação do edifício
6.1 Controle da produção de resíduos
6.2 Adequação entre coleta interna e externa
6.3 Controle da seleção dos resíduos
6.4 Otimização do sistema de coleta interna
7 Conservação e manutenção
7.1 Otimização das necessidades em manutenção
7.2 Controle dos efeitos ambientais e sanitários da
manutenção
7.3 Facilidade de acesso para manutenção
7.4 Equipamentos para manter o desempenho em
uso e operação
X
X
SC
X
P
P
P
X
P
X
X
P
X
X
P
X
X
P
X
P
P
X
P
X
X
X
X
X
SC
X
P
X
X
X
X
X
X
X
X
X
P
Relação forte existente entre preocupação e objetivo, devendo ser prioritariamente examinada pelo
empreendedor, desafios ambientais importantes
X
Outra relação identificada entre preocupação e objetivo, ou relação induzida
SC
X
X
X
P
X
X
X
X
Relação podendo existir dependendo do contexto, a ser examinada caso a caso
Uma célula em branco não significa necessariamente uma total ausência de relação (a ser analisada caso a
caso)
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SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
ANEXO B (informativo) - 2/2
Energia
Matérias
primas
REDUZIR A
POLUIÇÃO
Água
Ar
Água
Solo
REDUZIR OS
INCÔMODOS
Ruídos
Odores
PRESERVAR A
SAÚDE
PRESERVAR OS
RECURSOS
MELHORAR O
CONFORTO
PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS
REDUZIR OS
RESÍDUOS
OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
EXTERIORES E INTERIORES DO EDIFÍCIO
P
P
X
X
P
P
P
X
X
X
Conforto
8 Conforto higrotérmico
8.1 No inverno e na meia-estação
8.2 No verão
9 Conforto acústico
9.1
9.2
9.3
9.4
P
P
X
X
P
P
X
X
Disposições arquitetônicas espaciais
Isolamento acústico
Correção acústica dos ambientes (se necessária)
Efeitos dos ruídos na vizinhança
10 Conforto visual
10.1 Consideração da iluminação natural
10.2 Iluminação artificial
10.3 Relação visual com o exterior
10.4 Iluminação artificial das áreas exteriores
11 Conforto olfativo
11.1 Fontes de odores desagradáveis
11.2 Sensações olfativas desagradáveis
X
X
X
X
X
X
P
P
X
X
X
X
X
X
X
X
SC
P
P
X
X
P
X
X
P
X
X
X
P
P
Saúde
12 Qualidade sanitária dos ambientes
12.1 Tratamento do ambiente interior e das
superfícies
12.2 Condições específicas de higiene
(equipamentos coletivos ou profissionais)
13 Qualidade sanitária do ar
13.1 Fontes de poluição
13.2 Efeitos dos poluentes do ar na saúde
14 Qualidade sanitária da água
14.1 Manutenção da qualidade da água de consumo
nas redes internas do edifício
14.2 Controle de acessos às redes coletivas de
distribuição
14.3 Controle da qualidade da água proveniente de
rede de água não potável
X
X
X
P
P
X
X
P
X
P
Relação forte existente entre preocupação e objetivo, devendo ser prioritariamente examinada pelo
empreendedor, desafios ambientais importantes
X
Outra relação identificada entre preocupação e objetivo, ou relação induzida
SC
P
Relação podendo existir dependendo do contexto, a ser examinada caso a caso
Uma célula em branco não significa necessariamente uma total ausência de relação (a ser analisada caso a
caso)
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SISTEMA DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO
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ANEXO C (informativo)
Impactos das características do local do empreendimento nas 14 categorias
MEIO FÍSICO
Topologia / Natureza do solo / Hidrologia
Escolhas de materiais, dos sistemas e dos processos construtivos (Categoria 2)
Risco de inundação (Categorias 1 e 5)
Geologia
Risco sísmico: escolha de produtos e processos construtivos adaptados (Categoria 2)
CLIMA
Sol
Implantação do terreno: proteção dos espaços exteriores (Categoria 1)
Insolação para a gestão da energia e o conforto higrotérmico (Categorias 4 e 8)
Iluminação natural (Categoria 10)
Vento
Implantação do terreno: proteção dos espaços exteriores (Categoria 1)
Energia eólica (Categoria 4)
Ventilação natural (Categoria 8)
Vetor de transporte de poluição (Categoria 13)
Chuva
Gestão das águas pluviais no terreno (Categorias 1 e 5)
ECOSSISTEMAS
Implantação no terreno: escolhas e implantação das áreas verdes (Categoria 1)
Preservar a biodiversidade (Categoria 1)
Natureza e qualidade das vistas (Categoria 10)
Essências olfativas naturais (Categoria 11)
AMBIENTE CONSTRUÍDO E HUMANO
Infra-estruturas industriais
Riscos tecnológicos (Categoria 1)
Incômodos sonoros, visuais e olfativos (Categorias 9, 10 e 11)
Poluição do ar (Categoria 13)
Infra-estruturas técnicas
Riscos tecnológicos (Categoria 1)
Incômodos sonoros, visuais e olfativos (Categorias 9, 10 e 11)
Poluição do ar (Categoria 13)
Monumentos
Incômodos visuais (Categoria 10)
INFRA-ESTRUTURAS
Implantação no terreno: acesso ao terreno e circulação interna (Categoria 1)
Incômodos sonoros, visuais e olfativos (Categorias 9, 10 e 11)
Poluição do ar (Categoria 13)
REDES
Eletricidade
Incômodos visuais (Categoria 10)
Ondas eletromagnéticas (Categoria 12)
Água
Capacidades de abastecimento e de escoamento (Categoria 05)
Saneamento
Explorar as possibilidades de saneamento propostas localmente (Categoria 5)
Incômodos olfativos (Categoria 11)
Telecomunicações
Incômodos visuais (Categoria 10)
RECURSOS LOCAIS
Energia
Usar preferencialmente energia disponível localmente, e usar o máximo possível fontes renováveis de energia (Categoria 4)
Materiais
Explorar os materiais disponíveis localmente (Categoria 2)
Resíduos
Gestão dos resíduos (do canteiro de obras e devidos ao uso e operação do edifício) em função das possibilidades locais de
revalorização/trato (Categorias 3 e 6)
Implantação do terreno: gestão dos resíduos (do canteiro de obras e devidos ao uso e operação do edifício) (Categoria 1)
SERVIÇOS
Transportes públicos
Implantação do terreno: acesso ao terreno e circulação interna (Categoria 1)
Resíduos
Implantação do terreno: gestão dos resíduos (do canteiro de obras e devidos ao uso e operação do edifício) (Categoria 1)
Coerência entre a coleta interna proposta para o edifício e a coleta pública ou privada existente no local (Categoria 6)
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte II: SGE
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REFERENCIAL TÉCNICO
DE CERTIFICAÇÃO
EDIFÍCIOS DO SETOR DE SERVIÇOS – PROCESSO AQUA
Escritórios - Edifícios escolares
Versão 0 15/10/2007
Parte III
Qualidade Ambiental doEdifício (QAE)
Outubro 2007
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 4
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Categoria 4
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1
RELAÇÃO DO
EDIFÍCIO COM O SEU
ENTORNO
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Categoria 1
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SAÚDE
CONFORTO
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 categorias da Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA AGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 1
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1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
INTRODUÇÃO ________________________________
Neste documento são adotados os seguintes termos:
ƒ
Edifício: empreendimento na sua totalidade, que corresponde ao conjunto de construções
que compõem o empreendimento, ao terreno no qual estes edifícios estão implantados e às
atividades presentes nos edifícios e na área do empreendimento.
ƒ
Entorno: a comunidade local, o ambiente natural próximo, o ambiente construído e as
atividades associadas, e os habitantes do entorno (vizinhança).
O processo de concepção do empreendimento - desde a fase programa até a sua execução consiste em encontrar a melhor solução dentro dos conceitos estabelecidos. Nesse sentido, as
escolhas efetuadas devem:
ƒ
Responder às preocupações prioritárias do empreendedor (conforme perfil da QAE
estabelecido pelo empreendedor e apoiado pelo SGE),
ƒ
Tirar proveito das características positivas naturais existentes no local do empreendimento
e considerando os seus condicionantes, no que se refere à poluição, aos incômodos e aos
riscos para os usuários e o entorno (conforme A.1 Análise do local do empreendimento, do
SGE),
ƒ
Assegurando, ainda, que estas escolhas causem o menor impacto possível sobre os
usuários e o entorno.
A Categoria 1 ”Relação do empreendimento com o seu entorno” trata, por um lado, do modo
segundo o qual o empreendimento valoriza os dados contextuais provenientes da análise prévia do
local do empreendimento. Por outro lado, ela também analisa de que maneira o empreendimento
causa impacto no meio ambiente no que se refere:
ƒ
à coletividade: redes disponíveis, condicionantes relacionados à
conservação/manutenção/serviços, aos riscos de inundação e de difusão de poluentes, aos
ecossistemas e à biodiversidade;
ƒ
aos vizinhos: acesso ao sol, à luz, às vistas, à tranqüilidade do ambiente e à saúde.
Nota-se que esta categoria se encarrega de tratar dos impactos do empreendimento em si: os
impactos ambientais da fase de canteiro de obras são abordados na Categoria 3.
A Categoria 1 aborda, igualmente, o impacto de conforto e de saúde dos espaços exteriores do
empreendimento sobre os usuários do terreno: conforto ambiental exterior, conforto acústico
exterior, conforto visual exterior e espaços externos saudáveis. Estas preocupações não são
tratadas pelas outras categorias.
1.1. Implantação do empreedimento no terreno para um
desenvolvimento urbano sustentável
1.2. Qualidade dos espaços exteriores para os usuários
1.3. Impactos do edifício sobre a vizinhança
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Categoria 1
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1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 1 __________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
1
B
1.1
S
E
B
1.2
S
E
B
1.3
S
E
B
S
*
E
*
*
*
*
*
Nota: escolha da combinação
Duas combinações são propostas para atender o nível Superior e Excelente na Categoria 1. A escolha da
combinação deve ser coerente com o contexto e os desafios do empreendimento:
Se o empreendimento não apresenta nenhuma vizinhança: a subcategoria 1.3 não tem sentido e as
subcategorias 1.1 e 1.2 devem ser tratadas conforme a combinação marcada pelo asterisco.
Se o empreendimento apresenta uma vizinhança reduzida ou relativamente distante: todas as
subcategorias devem ser tratadas conforme a combinação marcada pelo asterisco.
Se o empreendimento apresenta uma vizinhança próxima: as duas combinações podem ser aplicadas.
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 4 "Gestão da energia"
•
Categoria 5 "Gestão da água"
•
Categoria 6 "Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício"
Explorar as energias renováveis identificadas como exploráveis pelo projeto técnico e ambiental
Gestão das águas pluviais
Infra-estrutura e planejamento externo da disposição de resíduos em coerência com os serviços
disponíveis localmente e com a infra-estrutura interna de coleta
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.1 – Análise do local do empreendimento
O resultado global da análise do local do empreendimento reúne os dados de entrada desta Categoria 1
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] FREITAS, G. et al. Habitação e meio ambiente. Abordagem integrada em empreendimentos de
interesse social. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas. 2001.
]
[[[B
]
B
B] Projeto de Lei nº 379/06, do Executivo, aprovado na forma de Substitutivo do Legislativo.
Dispõe sobre a ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana do Município de
São Paulo.
]
[[[C
C
C]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9050 – Acessibilidade a
Edificações Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro, 2004. 97 p.
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RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
1
[[[D
D
D]]] Ch. Gérard - Développement du critère "Interactions avec le site" de la méthode d’évaluation
de la qualité environnementale des bâtiments au stade de la conception ESCALE - 5 fascicules
CSTB – 2001.
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1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO NO
1.1
TERRENO PARA UM DESENVOLVIMENTO URBANO
SUSTENTÁVEL
O objetivo desta subcategoria não é tratar da gestão da área urbana, mas assegurar que o
empreendimento esteja alinhado com os princípios de desenvolvimento sustentável aplicados à
gestão do território:
ƒ
Impactos na comunidade local: restringir a necessidade de novos serviços, de novas infraestruturas, de novas redes etc., ou, no caso de novas demandas, assegurar que estes, ao
serem implementados, respeitem as premissas de desenvolvimento econômico e social
adotadas pela comunidade.
ƒ
Transportes e deslocamentos urbanos: exploração das redes disponíveis localmente
(transportes coletivos, ciclovias, alamedas para pedestres, etc.) na definição do arranjo
físico do empreendimento no terreno (áreas para guarda de bicicletas, continuidade dos
caminhos para pedestres ou de ciclovias no terreno, etc.); incentivar os transportes pouco
ou não poluentes.
ƒ
Preservação/melhoria dos ecossistemas e da biodiversidade.
ƒ
Gestão das águas pluviais: implantação do empreendimento no terreno para limitar os
riscos de inundação e de poluição pelo transbordamento das margens dos corpos d’água
(no terreno ou no seu entorno).
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Nível
1.1.1. Assegurar a
coerência entre a
implantação do
empreendimento no
terreno e a política da
comunidade em termos
de arranjo e de
desenvolvimento
sustentável territorial
Medidas tomadas para a
exploração racional das redes e
Coerência em relação aos seguintes recursos disponíveis localmente
pontos:
(energia, água, saneamento),
energia e energias não
com o objetivo de minimizar
renováveis
novos impactos na comunidade
saneamento
local (resíduos, manutenção das
resíduos
infra-estruturas, etc.)
água
Atendimento das expectativas de
serviços, etc.
desenvolvimento sustentável da
comunidade
Atende
1.1.2. Gerenciar os meios
de transporte e favorecer
os menos poluentes
Conectividade urbana e incentivo
ao deslocamento limpo (a pé, por
bicicleta, etc.)
Medidas tomadas para otimizar o
uso dos meios de transporte (1),
sobretudo considerando a
emissão de poluentes
Atende
1.1.3. Preservar o
ecossistema e a
biodiversidade
Preservação / melhoria da
qualidade ecológica do local do
empreendimento e da
biodiversidade
Medidas justificadas e
satisfatórias (2)
Atende
1.1.4. Prevenir o risco de
inundação nas áreas
suscetíveis e limitar a
propagação de poluentes
Ações para limitar o escoamento
das águas pluviais
Medidas tomadas para otimizar o
binômio retenção / infiltração de
água (3)
Recuperação das águas de
escoamento poluídas e
tratamento de acordo com sua
natureza antes de liberá-las
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Atende
Categoria 1
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RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
1
(1) Exemplos de medidas direcionadas aos meios de transporte:
ƒ
coerência entre as redes e a infra-estrutura urbana disponíveis e a implantação do empreendimento no terreno no que
se refere aos deslocamentos que devem ocorrer no terreno;
ƒ
análise sobre os deslocamentos que devem ocorrer no terreno integrada a uma análise global do bairro;
ƒ
facilitar o uso de deslocamentos limpos: facilidade de acesso, visualização dos caminhos, proximidade e segurança das
zonas de estacionamento, etc.;
ƒ
não incentivo ao uso de veículos privados se o transporte coletivo for bem desenvolvido: limitar a implantação de
estacionamentos, dificultar o acesso a eles, etc.
A escolha das medidas é função do contexto do empreendimento (características positivas e restrições que caracterizam o
bairro) e da política global da cidade quanto aos transportes urbanos.
(2) Exemplos de medidas para preservação/melhoria da qualidade ecológica do local do empreendimento e da biodiversidade:
ƒ
Continuidade ecológica: implantação do empreendimento no terreno permitindo preservar ou aumentar as superfícies
de vegetação e assegurando a continuidade dos espaços construídos com as áreas verdes existentes nas áreas vizinhas.
ƒ
Facilitar a implantação de áreas verdes onde for possível: coberturas verdes, telhados verdes, fachadas, muros,
superfícies, barreiras acústicas, etc.
ƒ
Escolher as espécies vegetais bem adaptadas ao clima e ao terreno, que facilitem a sua manutenção, como pouca
necessidade de irrigação, adubagem etc.
ƒ
Preservação da biodiversidade: contribuição ao desenvolvimento das espécies vegetais e animais que habitam
naturalmente no local do empreendimento, além da diversificação dos tipos de meios naturais.
(3) Exemplos de elementos para a otimização do binômio retenção / infiltração:
ƒ
Conhecimento dos dados pluviométricos e do solo (conforme A.1 Análise do local do empreendimento, do SGE).
ƒ
Sistemas de infiltração específicos implantados (poço aberto, lameiros, charcos, açudes).
ƒ
Sistemas de retenção implantados (telhados verdes, poços, cisternas, espelhos d’água etc.).
ƒ
Coeficiente de impermeabilização.
ƒ
Gestão da retenção.
Verificar as exigências detalhadas nas subcategorias 5.2 referente à gestão de águas pluviais. Caso a avaliação da
subcategoria 5.2 leva a um nível de desempenho Superior ou Excelente, a preocupação 1.1.4 deve ser obrigatoriamente
atendida.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
1.1
1.1.1
Atende NA
1.1.2
Atende
NA
1.1.3
Atende
NA
B
2 atendidas das 4 *
S
3 atendidas das 4 *
1.1.4
Atende
NA
E
NA=Não Atende
* Justificar as escolhas das preocupações em coerência com o contexto do empreendimento (sobretudo A.1
Análise do local do empreendimento)
No caso onde a Categoria 5 - Gestão da água for escolhida como nível S ou E, a preocupação 1.1.4
deve ser atendida.
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1
1.2
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
QUALIDADE DOS ESPAÇOS EXTERIORES PARA OS
USUÁRIOS
O desafio consiste em criar um ambiente exterior agradável para os usuários do edifício e do
terreno:
ƒ
Conforto ambiental exterior
ƒ
Conforto acústico exterior
ƒ
Conforto visual exterior
ƒ
Espaços exteriores saudáveis
Para isto, o ponto de partida é o resultado global da análise do local do empreendimento, que
caracteriza as suas características positivas e restrições em termos de incômodos, poluição e
riscos.
Deve-se também levar em consideração os eventuais impactos que o empreendimento possa ter
sobre a qualidade dos ambientes exteriores: equipamentos ou atividades ruidosas,
sombreamentos, etc.
Os espaços paisagísticos são um meio para tratar alguns dos elementos destas preocupações,
como a proteção ao sol ou aos ventos. Entretanto, são também fontes de ruído (podas) ou de risco
sanitário (alergias).
A solução de circulação sobre o terreno deve observar os impactos acústicos e sanitários das
escolhas que são propostas (circulação muito próxima de janelas).
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Vento
1.2.1. Criar um conforto
ambiental exterior
satisfatório
1.2.2. Criar um conforto
acústico exterior
satisfatório
Critério de avaliação
Título
Estado
Medidas tomadas para limitar os
efeitos incômodos do vento
(efeito de canto, de pirâmide,
Venturi) em relação ao local do
empreendimento, à forma geral e
à orientação das construções, e
tirar proveito do vento para
arejar os espaços
Atende
Precipitações
Medidas tomadas para proteção
dos efeitos indesejáveis da chuva
Exposição ao sol
Implantação do empreendimento
no terreno otimizando o potencial
de “exposição ao sol” (1)
Fontes de incômodo sonoro no
exterior (gerado pelo entorno ou
pelo empreendimento)
Implantação do empreendimento
no terreno levando em conta as
fontes emissoras de ruídos no
exterior (2)
Atende
Implantação do empreendimento
no terreno levando em conta as
características positivas e as
restrições do patrimônio natural e
construído em termos de acesso
às vistas (3)
Implantação do empreendimento
no terreno assegurando uma
iluminação exterior ótima (4)
Atende
Acesso às vistas
1.2.3. Criar um conforto
visual satisfatório
Iluminação exterior
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RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
1.2.4. Assegurar espaços
exteriores saudáveis
Poluição dos espaços exteriores
Implantação do empreendimento
no terreno levando em conta o
risco de poluição dos espaços
exteriores (5)
1
Atende
(1) Exemplos de iniciativas quanto à exposição ao sol:
ƒ
Levar em conta o potencial de insolação (conforme A.1 Análise do local do empreendimento, do SGE) para criar espaços
exteriores iluminados e agradáveis.
ƒ
Levar em conta os impactos do ambiente construído (conforme A.1 Análise do local do empreendimento, do SGE) para
explorar ou se proteger dos efeitos de sombreamento.
ƒ
Assegurar proteção ao sol e criar zonas de sombreamento.
(2) Exemplos de iniciativas quanto aos incômodos acústicos exteriores:
ƒ
Levar em conta os ruídos do espaço exterior (conforme A.1 Análise do local do empreendimento, do SGE) no estudo de
ocupação do terreno para proteger os espaços exteriores ocupados, considerando-se as atividades neles previstas.
ƒ
Levar em conta os ruídos das instalações e dos equipamentos técnicos do empreendimento.
ƒ
Dedicar atenção à circulação sobre o terreno e os seus impactos acústicos (evitar sua proximidade com locais de
atividade que exigem baixos níveis de ruído para serem desenvolvidas).
ƒ
Levar em conta os incômodos causados por atividades ruidosas desenvolvidas no terreno (como na manutenção das
áreas verdes).
(3) Exemplos de iniciativas quanto ao acesso às vistas:
ƒ
Oferecer tanto quanto possível acesso às vistas naturais (conforme A.1 Análise do local do empreendimento).
ƒ
Limitar os incômodos visuais provocados pelo ambiente construído do entorno (conforme A.1 Análise do local do
empreendimento).
(4) A iluminação exterior é importante não só pela questão do conforto, mas também pela sensação de segurança:
ƒ
Zonas de circulação exteriores: aquelas que ligam o edifício às zonas de estacionamento ou aquelas que permitem a
saída dos usuários do edifício e do terreno.
ƒ
Áreas de estocagem de resíduos de uso e operação (para as pessoas de manutenção, essencialmente).
ƒ
Zonas de iluminação natural fraca.
(5) Exemplos de iniciativas quanto à poluição dos espaços exteriores:
ƒ
Proteção dos espaços exteriores de convivência dos poluentes do solo e do ar (conforme A.1 Análise do local do
empreendimento): sobretudo, afastando os efeitos nocivos de indústrias vizinhas.
ƒ
As áreas verdes oferecem proteção ao sol e ao vento; no entanto, devem-se evitar espécies que ofereçam riscos à
saúde humana (espécies tóxicas, alergênicas, etc.).
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
1.2
1.2.1
Atende NA
1.2.2
Atende
NA
1.2.3
Atende
NA
B
2 das 4 atendidas*
S
3 das 4 atendidas*
1.2.4
Atende
NA
E
NA=Não Atende
* Justificar as escolhas das preocupações em coerência com o contexto do empreendimento (sobretudo A.1
Análise do local do empreendimento)
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1
1.3
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
IMPACTOS DO EDIFÍCIO SOBRE A VIZINHANÇA
Esta subcategoria trata do impacto do empreendimento (edifícios e áreas externas) sobre a
vizinhança no que se refere ao:
direito ao sol
direito à luminosidade
direito às vistas
direito à saúde
direito à tranqüilidade.
O principal ponto de partida desta análise do impacto do empreendimento sobre a vizinhança é a
análise do empreendimento face às características do seu local de implantação. Antes de tudo, o
empreendimento não deve prejudicar a situação existente e, na medida do possível, deve tirar
proveito da implantação para melhorar o entorno.
Quadro de avaliação
Preocupação
1.3.1. Assegurar à
vizinhança o direito ao sol
Indicador
Duração do período de insolação
direta das aberturas das fachadas
dos edifícios vizinhos
Critério de avaliação
Título
Nível
Medidas tomadas para otimizar o
direito ao sol da vizinhança, em
virtude da situação existente (1)
Atende
Medidas tomadas para otimizar o
acesso da vizinhança à
luminosidade, em virtude da
situação existente (1) (2)
Atende
Efeito de sombreamento causado
pela implantação do
empreendimento sobre os edifícios
vizinhos:
1.3.2. Assegurar à
vizinhança o direto à
luminosidade
- Relações entre as distâncias
com cada edifício vizinho e a
maior altura do
empreendimento
- Porções de céu avistadas
(ângulo), medidas a partir da
base da fachada com aberturas
de janelas de cada edifício
vizinho, no plano vertical
perpendicular (em planta) ao
das aberturas
1.3.3. Assegurar à
vizinhança o direto às
vistas
Acesso às vistas
Medidas tomadas para otimizar o
acesso da vizinhança às vistas,
em virtude da situação
existente (1) (3)
Atende
1.3.4. Assegurar à
vizinhança o direito à
saúde
Fontes de risco sanitário
Medidas tomadas para limitar o
risco sanitário à vizinhança (4)
Atende
1.3.5. Assegurar à
vizinhança o direito à
tranqüilidade
Fonte de ruídos
Medidas tomadas para limitar os
ruídos dos equipamentos e das
atividades do empreendimento
sobre a vizinhança (5) (6)
Atende
(1) Sobre a situação existente:
Basear-se na análise do local do empreendimento para identificar a situação existente. No caso em que o terreno continha
edifícios que foram demolidos e que a reconstrução demorou a acontecer, deve-se levar em consideração o terreno com
seus antigos edifícios e não considerar o terreno limpo. O projetista deve reconstituir a situação existente mesmo se a
população local esqueceu-se da existência dos edifícios.
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RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
(2) Exemplos de objetivos relacionados ao direito à luminosidade da vizinhança:
ƒ
Basear-se na análise do local (conforme A.1 Análise do local do empreendimento, do SGE) para identificar a situação
existente em termos de acesso à luminosidade (conforme nota (1)).
ƒ
Respeitar pelo menos 60% da situação existente.
ƒ
Conservar a situação existente.
ƒ
Desde que o contexto permita, é conveniente que se melhore a situação existente.
(3) Exemplos de atitudes relacionadas ao direito às vistas:
ƒ
Limitar as dificuldades visuais geradas pelo empreendimento (sombreamentos, ofuscamentos, etc.).
ƒ
Tirar proveito da implantação do edifício para criar uma vista agradável (sobretudo, áreas verdes exteriores).
(4) Exemplos de fontes que causam impactos na qualidade sanitária dos espaços exteriores:
ƒ
Paisagismo: pensar em qualquer risco que possa oferecer à saúde (alergias).
ƒ
Posicionamento da infra-estrutura exterior para os resíduos de uso.
ƒ
Saídas de ar do edifício: posicionamento, filtragem.
ƒ
Atividades poluentes do edifício.
ƒ
Zonas úmidas / zonas favoráveis à proliferação de insetos (especialmente áreas verdes).
(5) Exemplos de ruídos gerados pelas atividades do edifício:
ƒ
Ruídos de recreação.
ƒ
Ruídos gerados pelos serviços de entrega (alimentação, material de escritório, etc.).
ƒ
Ruídos dos veículos dos usuários.
ƒ
Ruídos de portas automáticas.
ƒ
Ruídos de saída ou entrada dos usuários.
ƒ
Ruídos gerados pela manutenção das áreas verdes.
(6) É conveniente levar em conta a sensibilidade ao barulho dos espaços externos e internos das propriedades vizinhas ao
empreendimento (particularmente na presença de alojamentos e equivalentes: hospital, hotel, asilos, casa de repouso,
etc.). Para isto é conveniente:
ƒ
definir os níveis máximos de ruídos produzidos pelas atividades do empreendimento ou gerados em situações de
emergência a serem alcançados nas propriedades vizinhas (no interior de ambientes sensíveis e nas áreas externas);
ƒ
definir as exigências em situações de emergência para os ruídos das instalações e dos equipamentos técnicos do
empreendimento transmitidos à vizinhança (em dB(A) e/ou em dB/oitava e em função do período do dia).
Para satisfazer a esta exigência, são sugeridas as seguintes soluções arquitetônicas ou construtivas para o
empreendimento:
ƒ
Projetar o empreendimento de forma que as atividades que gerem ruídos fiquem longe dos locais sensíveis das
propriedades vizinhas (sobretudo no caso de construções contíguas).
ƒ
Distanciar os equipamentos dos espaços sensíveis ou isolá-los acusticamente ou implantá-los num local técnico.
ƒ
Controlar o impacto acústico das tomadas e saídas de ar das instalações de ar condicionado e dos locais técnicos
ruidosos.
ƒ
Adotar soluções construtivas que permitam isolar o empreendimento dos ruídos aéreos (interior-interior e interiorexterior), das vibrações e dos ruídos de choque.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
1.3
1.3.1
Atende NA
1.3.2
Atende NA
1.3.3
Atende NA
B
3 das 5 atendidas*
S
4 das 5 atendidas*
1.3.4
Atende NA
1.3.5
Atende NA
E
NA=Não Atende
* Justificar as escolhas das preocupações em coerência com o contexto do empreendimento (sobretudo A.1
Análise do local do empreendimento)
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS,
SISTEMAS E
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
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As 14 categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
SAÚDE
CONFORTO
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
1
2
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E
PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRA COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
2
INTRODUÇÃO ________________________________
Um produto de construção é um elemento isolado que pode ser constituído por um ou vários
materiais combinados, ou, ainda, um equipamento. Os produtos podem ser reunidos em
componentes.
Um sistema é um conjunto de produtos e/ou de componentes empregados na construção tendo
em vista assegurar uma ou mais funções (sistema de aquecimento, sistema de resfriamento,
sistema de iluminação). Um sistema é uma solução arquitetônica e técnica que pode ser passiva ou
ativa.
Um processo construtivo é uma solução organizada e bem definida relativa à estrutura do edifício
(pilares e vigas, paredes estruturais), às demais vedações verticais de sua envoltória (fachadas) e
às suas vedações internas (paredes e divisórias). Um processo é composto de produtos.
A estratégia de escolhas construtivas se efetua nestes três níveis, sabendo que:
•
a escolha dos processos influencia a escolha dos sistemas e vice-versa;
•
a escolha dos processos influencia a escolha dos produtos;
•
a escolha dos sistemas influencia a escolha dos produtos.
PROCESSOS
PRODUTOS
SISTEMAS
No presente referencial, será empregado o termo "escolhas construtivas"
para designar as medidas tomadas em função das reflexões integradas
considerando estes três elementos.
A esta combinação de interações produtos-processos-sistemas vêm se juntar os desafios que
motivam a escolha destes três elementos: assim se constitui a escolha integrada de produtos,
sistemas e processos construtivos.
De um modo geral, os produtos, sistemas e processos são escolhidos levando-se em conta os
principais desafios seguintes:
•
Qualidade e desempenho técnico em uso: resposta do produto ao uso ao qual é destinado e
oferta de garantias técnicas de solidez e de segurança adequadas.
As características intrínsecas dos produtos condicionam os desempenhos acústicos, energéticos, etc. da
construção. Estes desempenhos são tratados nas outras categorias de QAE e não serão repetidos aqui,
ainda mais por serem estabelecidos no escala da construção e não dos produtos, sistemas ou processos.
Entretanto, a qualidade técnica dos produtos, sistemas e processos é uma base indispensável que as
exigências de desempenho ambiental e sanitário devem considerar. Ela contribui para a perenidade da
construção.
•
Qualidade técnica da construção: contribuição dos produtos de construção à durabilidade e à
adaptabilidade da construção durante sua vida útil.
Este desafio é tratado na presente categoria.
•
Facilidade de conservação da construção: escolhas construtivas que facilitem a limpeza e
conservação da construção.
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DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
O atendimento deste desafio contribui para a redução dos riscos sanitários e para a durabilidade da
construção, pois uma boa conservação assegura uma preservação dos produtos de construção e do
edifício em geral em estado de não degradação. A facilidade de conservação do edifício é tratada na
presente categoria.
•
Impacto ambiental e sanitário da construção: contribuição (favorável ou desfavorável) dos
produtos de construção aos impactos ambientais e aos riscos sanitários da construção.
Os impactos ambientais dos produtos são caracterizados com base em uma análise de ciclo de vida, uma
vez que as diferentes fases do ciclo de vida de um produto, incluindo o transporte, podem causar impacto
no ambiente. Este desafio é tratado na presente categoria. Os aspectos sanitários são parcialmente
tratados na presente categoria e se limitam às emissões de poluentes de certos produtos. Os outros
aspectos são tratados nas categorias de qualidade sanitária.
•
Qualidade arquitetônica: estética; valorização patrimonial; imagem; etc.
•
Critérios econômicos.
•
Caráter social: adaptação do uso considerando os tipos de usuários do edifício; aceitação e
apropriação pelos usuários.
Este desafio, com sua dimensão subjetiva, não faz parte do escopo do presente referencial. Isto posto, os
produtos participam da qualidade arquitetônica global da construção, contribuindo com certos aspectos de
qualidade ambiental, sobretudo em matéria de conforto e de relação com o local do empreendimento.
Estes aspectos são tratados nas categorias de QAE correspondentes.
Este desafio não faz parte do escopo do presente referencial. A economia do projeto é tratada globalmente
no referencial do SGE, privilegiando a abordagem de custo global.
Este desafio não faz parte do escopo do presente referencial. Ele é considerado no referencial do SGE no
levantamento das necessidades e expectativas dos futuros usuários.
2.1.
Escolhas construtivas para a durabilidade e a
adaptabilidade da construção
2.2.
Escolhas construtivas para a facilidade de conservação
da construção
2.3.
Escolha dos produtos de construção a fim de limitar os
impactos socioambientais da construção
2.4.
Escolha dos produtos de construção a fim de limitar os
impactos da construção à saúde humana
A consideração integrada das preocupações ligadas a esta categoria é feita em coerência com a
hierarquização das categorias definida para o empreendimento.
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DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 2 __________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
2
B
2.1
S
E
B
2.2
S
E
B
2.3
S
E
B
2.4
S
E
B
S
E
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
A Categoria 2 interage com as outras categorias na medida em que as escolhas de produtos,
sistemas e processos construtivos condicionam o desempenho das mesmas:
•
Categoria 1 "Relação do edifício com seu entorno"
•
Categoria 3 "Canteiro de obra com baixo impacto ambiental"
•
Categoria 4 "Gestão da energia"
•
Categoria 5 "Gestão da água"
•
Categoria 7 "Manutenção – Perenidade do desempenho ambiental"
•
Categoria 8 "Conforto higrotérmico"
•
Categoria 9 "Conforto acústico"
•
Categoria 10 "Conforto visual"
•
Categoria 11 "Conforto olfativo"
•
Categoria 12 "Qualidade sanitária dos ambientes"
•
Categoria 13 "Qualidade sanitária do ar"
•
Categoria 14 "Qualidade sanitária da água"
Escolhas de produtos em função dos recursos materiais locais, impactos ambientais dos produtos julgados
em função da sensibilidade do local do empreendimento (presença de um lençol freático, por exemplo)
Escolhas de produtos e processos com baixos impactos ambientais e sanitários durante a execução da
obra
Desempenho energético dos produtos
Escolhas dos equipamentos econômicos no uso da água cujas características são verificadas (por exemplo,
conformidade aos PSQ correspondentes)
Escolhas de produtos de fácil conservação, e escolhas de produtos com baixos impactos ambientais e
sanitários durante a vida útil, fase do ciclo de vida que inclui conservação/manutenção
Desempenho higrotérmico dos produtos
Desempenho acústico dos produtos
Desempenho "visual" dos produtos
Escolhas de produtos com baixas emissões de odores
Escolhas de produtos que favoreçam boas condições de higiene
Escolhas de produtos com baixas emissões de poluentes para o ar
Escolhas de produtos duráveis e com baixos impactos sanitários durante a vida útil (que não liberem
poluentes na água)
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DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
§1.1 Perfil de Qualidade Ambiental do Edifício
ƒ Conformidade das escolhas com as necessidades funcionais e as características de uso
expressas no programa de necessidades,
ƒ Respeito às regulamentações em vigor (segurança, incêndio, etc.),
ƒ Consideração das necessidades e expectativas das partes interessadas,
ƒ Coerência com uma reflexão inicial do empreendedor sobre a concepção do
empreendimento, segundo uma perspectiva de desenvolvimento territorial sustentável,
expressa por uma recomendação estratégica,
ƒ Estudo econômico do empreendimento (privilegiando a abordagem de custo global).
•
Anexo A6 – Manual de conservação e de manutenção
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[1
1
1]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO METÁLICA (ABCEM). Apresenta recursos e
atividades desenvolvidas. Disponível em: <http://www.abcem.org.br>. Acesso em: 05 ago.
2007.
[[[2
2
2]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Apresenta características dos
tipos
de
cimento
do
mercado
brasileiro.
Disponível
em:
<http://www.abcp.org.br/basico_sobre_cimento/tipos.shtml>. Acesso em: 02 ago. 2007.
[[[3
3
3]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Apresenta informações sobre as
adições realizadas ao cimento e seus benefícios ambientais. Disponível em:
<http://www.abcp.org.br/basico_sobre_cimento/adicoes.shtml>. Acesso em: 02 ago. 2007.
[[[4
4
4]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Apresenta informações sobre a
certificação de cimentos nacionais com o selo da organização. Disponível em:
<http://www.abcp.org.br/qualidade_de_produtos/selo_cimento.shtml>. Acesso em: 02 ago.
2007.
[[[5
5
5]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Guia básico de utilização do
cimento
Portland.
7ed.
São
Paulo,
2002.
28p.
(BT-106).
Disponível
em:
<http://www.abcp.org.br/downloads/arquivos_pdf/BT106_2003.pdf>. Acesso em: 02 ago.
2007.
[[[6
6
6]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14001: Sistemas de Gestão
Ambiental – Requisitos e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 2004.
[[[7
7
7]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14004: Sistemas de Gestão
Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. Rio de Janeiro,
2004.
[[[8
8
8]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14021. Rótulos e
declarações ambientais. Autodeclarações ambientais – Rotulagem ambiental Tipo II. Rio de
Janeiro, 2004.
[[[9
9
9]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14024. Rótulos e
declarações ambientais. Rotulagem ambiental Tipo I – Princípios e Procedimentos. Rio de
Janeiro, 2004.
[[[1
0
1
0]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14025. Rótulos e
10
declarações ambientais. Declarações ambientais Tipo III – Princípios e Procedimentos. ISO/TC
207, 2006 (versão internacional).
[[[1
1
1
1]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14040 – Gestão
11
Ambiental – Avaliação do ciclo de vida – Princípios e estrutura. ISO/TC 207, 2006 (versão
internacional).
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2
[[[1
2
1
2]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14044 – Gestão
12
Ambiental – Avaliação do ciclo de vida - Requisitos e diretrizes. ISO/TC 207, 2006 (versão
internacional).
[[[1
3
1
3]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Apresenta recursos e atividades
13
desenvolvidas,
inclusive
certificação
de
gestão
ambiental.
Disponível
em:
<http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 03 ago. 2007.
[[[1
4
1
4]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Apresenta informações sobre
14
selos
ambientais
da
família
ISO
14000.
Disponível
em:
<http://www.abnt.org.br/cb38/Arquivos/ArtigoRMAInov_dez_2003CB38.pdf>. Acesso em: 03
ago. 2007.
[[[1
5
1
5]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS (ABRAFATI). Apresenta
15
informações sobre o programa Coatings Care e empresas certificadas. Disponível em:
<http://www.abrafati.com.br/bn_conteudo_secao.asp?opr=97>. Acesso em: 05 ago. 2007.
[[[1
6
1
6]]] ASSOCIATION FRANÇAISE DE NORMALISATION (AFNOR). Norma NF P01-010: Qualité
16
environnementale des produits de construction – Déclaration environnementale et sanitaire
des produits de construction. Dezembro 2004.
[[[1
7
1
7]]] ASSOCIATION FRANÇAISE DE NORMALISATION (AFNOR). Norma NF P01-020-1: Qualité
17
environnementale des bâtiments - Partie 1: Cadre méthodologique pour la description et la
caractérisation des performances environnementales et sanitaires des bâtiments. Março 2005.
[[[1
8
1
8]]] CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO (CBCA). Apresenta recursos e atividades
18
desenvolvidas e o panorama do aço em relação ao meio ambiente. Disponível em:
<http://www.cbca-ibs.org.br/meio_ambiente.asp>. Acesso em: 05 ago. 2007.
[[[1
9
1
9]]] CONSELHO BRASILEIRO DE MANEJO FLORESTAL (FSC Brasil). Apresenta informações
19
gerais sobre o processo de certificação de madeiras e certificadoras credenciadas pela
organização
no
Brasil.
Disponível
em:
<http://www.fsc.org.br/index.cfm?fuseaction=conteudo&IDsecao=74>. Acesso em: 04 ago.
2007.
[[[2
0
2
0]]] ESCOLA POLITÉCNICA DA USP. Departamento de Construção Civil. São Paulo. Apresenta
20
resultados de pesquisas na área de reciclagem de materiais de construção. Disponível em:
<http://www.reciclagem.pcc.usp.br>. Acesso em: 03 ago. 2007.
[[[2
1
2
1]]] EUROPEAN COMMISSION. Guidance Paper F. "Durability and the construction products
21
directive".
Disponível
em:
<http://europa.eu.int/comm/enterprise/construction/internal/guidpap/f.htm>. Acesso em: 05
ago. 2007.
[[[2
2
2
2]]] FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP). Departamento de Meio
22
Ambiente (DMA). Melhore a competitividade com o sistema de gestão ambiental. Disponível
em: <http://www.fiesp.com.br/ambiente/produtos_servicos/downloads/publicacao_iso.pdf>.
Acesso em: 04 ago. 2007.
[[[2
3
2
3]]] FOREST STEWARDSHIP COUNCIL (FSC). Apresenta informações e atividades desenvolvidas
23
internacionalmente. Disponível em: <http://www.fsc.org/en>. Acesso em: 04 ago. 2007.
[[[2
4
2
4]]] FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. Apresenta informações sobre o programa Florestas do
24
Futuro, neutralização de carbono e empresas que realizam neutralização de carbono.
Disponível
em:
<http://www.florestasdofuturo.org.br/paginas/home.php?pg=neutralizacao_index>.
Acesso
em: 04 ago. 2007.
[[[2
5
2
5]]] INIES. Base de dados francesa de referência sobre as características ambientais e
25
sanitárias dos produtos de construção. Disponível em: <http://www.inies.fr>. Acesso em: 05
ago. 2007.
[[[2
2
6
6]]] INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO (IBRACON). São Paulo. Apresenta recursos e
26
atividades desenvolvidas. Disponível em: <http://www.ibracon.org.br>. Acesso em: 05 ago.
2007.
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DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
[[[2
7
2
7]]] INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (IPT). São Paulo. Apresenta recursos e
27
atividades desenvolvidas. Disponível em: <http://www.ipt.br>. Acesso em: 03 ago. 2007.
[[[2
8
2
8]]] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
28
(Inmetro).
Apresenta
recursos
e
atividades
desenvolvidas.
Disponível
em:
<http://www.inmetro.gov.br>. Acesso em: 03 ago. 2007.
[[[2
9
2
9]]] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
29
(Inmetro). Apresenta informações gerais sobre o Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação
Florestal). Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/cerflor.asp>. Acesso em: 04
ago. 2007.
[[[3
0
3
0]]] INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 15686: Buildings and
30
constructed
assets:
Service
life
planning.
Disponível
em:
<http://www.iso.org/iso/en/CombinedQueryResult.CombinedQueryResult?queryString=15686
>. Acesso em: 05 ago. 2007.
[[[3
1
3
1]]] INTERNATIONAL PAINT AND PRINTING COUNCIL (IPPIC). Apresenta recursos e atividades
31
desenvolvidas, incluindo o programa internacional Coatings Care. Disponível em:
<http://www.ippic.org>. Acesso em: 05 ago. 2007.
[[[3
2
3
2]]] JOHN, V. M. Materiais de construção e o meio ambiente. In: INSTITUTO BRASILEIRO DO
32
CONCRETO. Materiais de Construção Civil. São Paulo: IBRACON, 2007.
[[[3
3
3
3]]] MINISTÉRIO DAS CIDADES. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat
33
(PBQP-H). Apresenta informações gerais sobre o PBQP-H, o SiMaC, os PSQ e as empresas e
produtos
em
conformidade.
Disponível
em:
<http://www.cidades.gov.br/pbqph/projetos_simac_psqs.php>. Acesso em: 02 ago. 2007.
[[[3
4
3
4]]] MINISTÉRIO DAS CIDADES. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat
34
(PBQP-H). Apresenta informações gerais sobre o SINAT (Sistema Nacional de Avaliação
Técnica). Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_sinat.php>. Acesso
em: 27 ago. 2007.
[[[3
5
3
5]]] MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS
35
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (IBAMA). Apresenta informações gerais sobre o DOF, a
instrução normativa que o regulamenta e o caminho de acesso à plataforma de consulta de
sua regularidade. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/ctf/manual/html/160000.htm>.
Acesso em: 03 ago. 2007.
[[[3
6
3
6]]] Plan National Santé Environnement. Apresenta disposições do plano governamental
36
francês. Disponível em: <http://www.sante.gouv.fr/htm/dossiers/pnse/sommaire.htm>.
Acesso em: 05 ago. 2007.
[[[3
7
3
7]]] UEMOTO, K. L.; AGOPYAN, V. Compostos orgânicos voláteis de tintas imobiliárias. In:
37
Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, 11, 2006, Florianópolis. Anais...
Florianópolis: ANTAC, 2006. 1 CD-ROM.
[[[3
8
3
8]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15116:2004. Agregados
38
reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de
concreto sem função estrutural – Requisitos.
[[[3
9
3
9]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT Projeto CE 02:136.01-001/1.
39
Edifícios habitacionais de até 5 pavimentos – desempenho. Parte 1: Requisitos gerais.
Disponívelem:<http://www.sindusconsp.com.br/secao/secao.asp?area=Normas+T%E9cnicas&
numpai=46&descpai=Tecnologia+e+Qualidade>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
0
4
0]]] CARVALHO, Juliana de. Análise do ciclo de vida ambiental aplicada à construção civil –
40
Estudo de caso: Comparação entre Cimentos Portland com Adição de resíduos. 2002. 102 p.
Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
[[[4
1
4
1]]] CARBO TRADER. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
41
Disponível em: <http://www.carbotrader.com>. Acesso em: 13 nov. 2007.
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2
[[[4
2
4
2]]] CARBONO BRASIL. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
42
Disponível em: <http://www.carbonobrasil.com>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
3
4
3]]] CARBONO NEUTRO. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
43
Disponível em: <http://www.carbononeutro.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
4
4
4]]] CARBONO ZERO. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
44
Disponível em: <http://www.carbono-zero.com>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
5
4
5]]] CO2 SOLUÇÕES. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
45
Disponível em: <http://www.co2solucoes.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
6
4
6]]] INICIATIVA VERDE. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
46
Disponível em: <http://www.iniciativaverde.org.br>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
7
4
7]]] OFICINA DO CARBONO. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
47
Disponível em: <http://www.oficinadocarbono.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
8
4
8]]] RECICLE CARBONO. Apresenta informações e opções para neutralização de carbono.
48
Disponível em: <http://www.reciclecarbono.com.br>. Acesso em: 13 nov. 2007.
[[[4
9
4
9]]] PROCEL. Apresenta informações sobre o PROCEL e relações de lâmpadas fluorescentes
49
compactas
e
circulares
que
possuem
o
selo.
Disponível
em:
<http://www.eletrobras.com/elb/procel/main.asp>. Acesso em: 11 fev. 2008.
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2
ESCOLHAS CONSTRUTIVAS PARA A
2.1
DURABILIDADE E A ADAPTABILIDADE DA
CONSTRUÇÃO
Introdução
Os impactos ambientais dos elementos constituintes de um edifício dependem de sua vida
1
2
0
3
1]]]. A vida
21
0]]]: curta (10 anos), média (25 anos) normal (50 anos) ou longa (100 anos) [[[2
30
útil [[[3
útil é o período de tempo durante o qual o edifício pode ser utilizado sob condições satisfatórias de
9
3
9]]].
39
segurança, saúde e higiene [[[3
O empreendedor deve refletir sobre a vida útil que deseja para o seu edifício: segundo sua
destinação, implantação (provisória ou definitiva) e contexto urbano, o edifício vai se enquadrar na
vida útil curta, média, normal ou longa. As escolhas construtivas dependem da vida útil definida.
Para tomar esta decisão, convém se posicionar na perspectiva da totalidade do ciclo de vida do
edifício. É necessário levar em conta os impactos produzidos durante a sua desconstrução. Assim,
um edifício de longa vida útil não produz necessariamente um menor impacto ambiental do que um
edifício de curta vida útil, se as escolhas de concepção deste último asseguram uma desconstrução
com baixos impactos.
Os produtos, sistemas e processos construtivos contribuem para a adaptabilidade da construção,
tanto para a vida útil curta (até 10 anos) como para vida útil média, normal ou longa (acima de 10
anos), de modo a antecipar as necessidades e as evoluções futuras prováveis, conduzindo a uma
evolução com menores impactos ambientais, sem precipitar a obsolescência da construção.
Também é importante exigir qualidade técnica dos produtos, sistemas e processos construtivos por
meio de características que possam ser verificadas. Um produto favorável ao ambiente e à saúde
tem que ser essencialmente um produto de qualidade, ou seja, adequado a seu uso, e que ofereça
as garantias técnicas às quais está habilitado a atender (solidez, segurança, durabilidade, etc.).
Sem estas garantias, as características ambientais e sanitárias não podem ser duráveis, perdendo
assim seu sentido.
NOTA (indicativa)
Famílias de produtos da construção:
1. Obra bruta:
-
estrutura portante vertical: alvenarias estruturais, paredes maciças e pilares
estrutura portante horizontal: lajes, vigas
fachadas pesadas não portantes
fundações
estruturas de coberturas
contrapiso
revestimentos de argamassa (de parede, teto, etc.)
2. Obra limpa:
-
cobertura (telhamento, impermeabilização)
divisórias de separação / distribuição
fachadas leves e elementos de fachadas
isolantes térmicos
outros revestimentos de piso
forros falsos
esquadrias exteriores (janelas, vidraças, portas...)
Nota da versão brasileira: O referencial francês, de acordo com a tradição do setor no país, separa as famílias
de produtos naqueles empregados no "gros oeuvre" e no "second oeuvre". A tradução para o Brasil do primeiro
termo para “obra bruta” não traz problemas. No entanto, em relação ao segundo, ela é mais difícil pois não
existe correspondência total, e a melhor tradução é o seu contraponto - "obra limpa". O que diferencia os
conceitos aqui e lá é o enquadramento dos revestimentos de parede e teto e o contrapiso, que quando de
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2
ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
argamassa ou gesso no Brasil ainda é obra bruta (na França as divisórias não levam argamassa e no exterior os
revestimentos são ou de fachada ventilada ou de monocapa de base acrílica, aplicada como pintura).
Nota: por ora, os equipamentos não serão levados em conta nesta subcategoria; eles o serão nas próximas
versões do Referencial na medida em que suas características ambientais se tornarem disponíveis.
Quadro de avaliação
Preocupação
2.1.1. Adaptar as
escolhas construtivas à
vida útil desejada da
construção (1)
Critério de avaliação
Indicador
Consideração da vida útil dos
produtos, sistemas e processos em
função de seu uso no edifício
Título
Nível
Adequação da vida útil dos produtos,
sistemas e processos da obra bruta
com a vida útil do edifício
B
Adequação da vida útil dos produtos,
sistemas e processos da obra bruta
com a vida útil do edifício
e
da vida útil dos produtos, sistemas e
processos da obra limpa em função de
seus usos
S
Reflexão sobre a adaptabilidade do
edifício num período de 10 anos.
B
Disposições satisfatórias
Reflexão para uma vida útil do
edifício curta (10 anos)
Idem nível Bom
e
Reflexão sobre a desmontabilidade e a
separabilidade dos produtos da obra
bruta e da obra limpa.
2.1.2. Refletir sobre a
adaptabilidade da
construção ao longo do
tempo e sobre a
desmontabilidade /
separabilidade de
produtos, sistemas e
processos construtivos
em função da vida útil
desejada da construção
S
Disposições satisfatórias
Reflexão sobre a adaptabilidade do
edifício num período de 10 anos.
Disposições satisfatórias
Reflexão para uma vida útil do
edifício média (25 anos)
B
Reflexão sobre a adaptabilidade do
edifício considerando a vida útil
desejada
Reflexão sobre a desmontabilidade e a
separabilidade dos produtos da obra
limpa
S
Disposições satisfatórias
Reflexão para uma vida útil do
edifício de normal a longa (50 a
100 anos)
Reflexão sobre a adaptabilidade do
edifício num período de 10 anos.
Disposições satisfatórias
B
Reflexão sobre a adaptabilidade do
edifício considerando a vida útil
desejada.
Disposições satisfatórias
S
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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2
ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Escolha de produtos, sistemas e
processos construtivos de empresas
participantes e que estejam em
conformidade com o PSQ
correspondente a seu âmbito de
atuação no programa SiMaC do PBQPH (2)
ou, quando não houver PSQ
correspondente, atendimento a pelo
menos um dos seguintes pontos:
a) aprovação técnica pelo IPT
pelo SINAT do PBQP-H (4)
(3)
ou
b) certificação segundo uma das
modalidades de certificação de
produtos definidas pelo Inmetro
(Modelo 1 a modelo 8)
2.1.3. Escolher produtos,
sistemas ou processos
cujas características são
verificadas
Conformidade dos produtos,
sistemas e processos construtivos
c) a empresa construtora que vai usar
o produto possui sistema de gestão
que garanta a sua inspeção no ato do
recebimento, de modo a recusar
produtos não conformes
B
Devem estar em conformidade com
um dos quatro critérios acima, no
mínimo 50% da quantidade total dos
produtos de cada uma das famílias:
•
•
•
•
•
•
estrutura portante vertical
estrutura portante horizontal
fundações
fachadas e revestimentos externos
telhados e coberturas
esquadrias voltadas para o
exterior
No caso da utilização de cimento,
blocos de concreto ou tubos de
concreto, o produto deve
obrigatoriamente possuir o selo de
certificação de qualidade da ABCP (5)
Idem nível B para, 80% da quantidade
total dos produtos das mesmas
famílias listadas (6)
S
2
1
3
0
3
9
(1) Esta vida útil desejada pode ser curta, média, normal ou longa [[[2
21
1]]], [[[3
30
0]]] e [[[3
39
9]]].
(2) O PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat) é um conjunto de diretrizes desenvolvidas pelo
Ministério das Cidades - Secretaria Nacional da Habitação e seus parceiros privados, com o objetivo de melhorar a
qualidade do habitat e contribuir para a modernização produtiva. Uma das atividades do PBQP-H é o SiMaC (Sistema de
Qualificação de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos), que abriga diferentes PSQ (Programa Setorial da
Qualidade), um para cada tipo de produto, que atestam a conformidade de fabricantes e seus respectivos produtos de
3
3
construção com relação a padrões definidos de qualidade [[[3
33
3]]].
(3) O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) concede certificados de desempenho de produtos de
construção civil – Referência Técnica, atestando sua qualidade de acordo com padrões controlados. A aprovação técnica do
2
7
IPT inclui inspeção do produto e acompanhamento de mercado, o que garante sua contínua qualidade [[[2
27
7]]].
(4) O SINAT (Sistema Nacional de Avaliação Técnica) é uma iniciativa do PBQP-H que busca harmonizar procedimentos para a
avaliação técnica de novos produtos de construção, quando não existem normas técnicas prescritivas específicas aplicáveis
ao produto. Busca suprir, provisoriamente, lacunas da normalização técnica prescritiva, avaliando produtos não abrangidos
por ela, sendo especialmente importante na avaliação e estímulo de produtos de inovação tecnológica e, portanto, na
3
4
4]]].
competitividade e avanço do setor produtivo [[[3
34
(5) A ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) concede selo de certificação da qualidade de cimentos, o qual atesta
que o produto está em conformidade com a norma brasileira e que sua fabricação está sob controle contínuo do
4
fabricante [[[4
4]]].
(6) A verificação da conformidade de apenas 50% (nível Superior) e 80% (nível Excelente) da quantidade total dos produtos
das famílias listadas, e não de sua totalidade, é uma exigência transitória da certificação brasileira, que deverá passar para
100% em versões futuras do rferencial.
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
2
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
2.1
B
2.1.1
S
E
B
2.1.2
S
E
B
2.1.3
S
E
B
S
E
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2
2.2
ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
ESCOLHAS CONSTRUTIVAS PARA A FACILIDADE
DE CONSERVAÇÃO DA CONSTRUÇÃO
Introdução
Para que a conservação da construção seja realizada corretamente, é conveniente antecipar as
dificuldades desta atividade, desde a fase de concepção, de modo a facilitar sua realização. Esta
criação de condições facilitadoras passa essencialmente por um trabalho sobre os aspectos
seguintes:
ƒ
produtos: escolher produtos de natureza fácil de limpar e conservar (evitar superfícies
granulosas, porosas, etc.);
ƒ
acessibilidade: refletir sobre a acessibilidade dos elementos-chave da construção, ou seja, dos
elementos para os quais a facilidade de conservação é uma questão importante. Este trabalho
passa essencialmente pelas disposições arquitetônicas (por exemplo, passarelas de segurança),
mas ele pode igualmente envolver a previsão dos elementos técnicos que serão úteis à fixação
de certos equipamentos de conservação (por exemplo, dispositivos para conectar cabos de
sustentação de cadeiras para a limpeza de vidraças).
Observação quanto aos equipamentos e sistemas:
As questões de simplicidade de concepção destes, de facilidade de acesso e de meios para a
perenidade de seus desempenhos são tratadas na Categoria 7.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Estado
2.2.1. Assegurar a
facilidade de acesso para
a conservação do edifício
Disposições tomadas para facilitar o
acesso aos elementos das
seguintes famílias:
• fachadas
• telhados
Disposições justificadas e
• revestimentos internos (piso,
satisfatórias
parede, teto)
• janelas, esquadrias, vidraças
• proteções solares
• divisórias interiores
• forros
Atende
2.2.2. Escolher produtos
de construção de fácil
conservação
Facilidade de conservação dos
produtos de construção
Atende
Disposições justificadas e
satisfatórias (1)
(1) No caso em que as escolhas dos produtos de construção imponham a presença de certos materiais difíceis de conservar, é
conveniente que seja justificada, por dois argumentos, a facilidade de acesso a estes elementos.
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
2
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
2.2
2.2.1
Atende
NA
2.2.2
Atende
NA
B
S
E
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2.3
ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
ESCOLHA DOS PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO A FIM
DE LIMITAR OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DA CONSTRUÇÃO
Introdução
Os produtos de construção são geralmente escolhidos de acordo com critérios tradicionais, tais
como sua adequação ao uso, qualidade técnica, ou ainda seu custo. Esta subcategoria aborda um
novo critério que deve ser considerado na escolha dos produtos: suas características ambientais.
Quanto a este ponto, deve-se ressaltar: não existe material de construção que não cause impacto
2
3
2]]]. Assim, para se diminuir os impactos ambientais causados pelos produtos de
32
ambiental [[[3
construção, a sua escolha deve ser realizada com base em aspectos comparativos considerando os
diferentes produtos capazes de cumprir a função arquitetônica requerida, sempre priorizando a
seleção adequada que garanta desempenho técnico, viabilidade econômica e cause o menor
impacto ambiental possível.
As características ambientais intrínsecas dos produtos são determinadas com base na análise de
seu ciclo de vida. Abordar os produtos de construção sob uma perspectiva ambiental de concepção
consiste então, por um lado, em conhecer suas características intrínsecas, mas igualmente, em
conduzir estes dados para a escala da construção, de modo a permitir a escolha de produtos
coerentes com a política ambiental global definida para o empreendimento.
6
1
6]]], a contribuição dos produtos de construção para os
16
Segundo a norma francesa NF P01-010 [[[1
impactos ambientais de uma construção expressa-se por meio de dez indicadores de impacto:
- consumo de recursos energéticos,
- esgotamento de recursos,
- consumo de água,
- resíduos sólidos,
- mudança climática,
- acidificação atmosférica,
- poluição do ar,
- poluição da água,
- destruição da camada de ozônio estratosférica,
- formação de ozônio fotoquímico.
As diretrizes adotadas pelo presente referencial se orientam, prioritariamente, segundo 4
indicadores considerados essenciais:
- consumo de recursos energéticos (conteúdo energético do edifício),
- esgotamento de recursos (recursos renováveis ou não),
- mudança climática (contribuição para o aumento do efeito estufa),
- resíduos sólidos (gerados para o ambiente ou dele retirados por meio de reutilização ou
reciclagem).
Na adequação do referencial à realidade brasileira, entendeu-se que era importante acrescentar no
processo de escolha de produtos da construção uma preocupação que refletisse as dificuldades de
natureza social do país, em particular a relacionada ao combate à informalidade na cadeia
produtiva.
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
NOTA (indicativa)
6
3
6]]], publicado em junho de 2004, é um
36
Na França, o Plan National Santé Environnement - PNSE [[[3
dos instrumentos operacionais da estratégia governamental para redução dos impactos ambientais
e redução dos impactos da poluição sobre a saúde humana. Dentre suas 45 ações, encontram-se
os compromissos quanto à ampliação do conhecimento das características ambientais e sanitárias
dos produtos de construção.
Uma base de dados sobre estas características está operando na França desde dezembro de 2004
[[[2
5
2
5]]] e é progressivamente ampliada. Em outubro de 2007, esta base de dados contabilizava
25
noventa e cinco fichas de declaração ambiental e sanitária (FDES) de produtos de construção.
Como no Brasil não há ainda uma base semelhante, na adequação do referencial à realidade
brasileira optou-se pelo estabelecimento de critérios de avaliação que expressassem a mesma
preocupação de redução dos impatos ambientais mas usando caminhos possíveis de serem
atingidos no país.
Quadro de avaliação
Preocupação
2.3.1 Conhecer a
contribuição dos produtos
de construção nos
impactos ambientais da
construção
Critério de Avaliação
Indicador
Conhecimento das características
ambientais dos produtos de
construção, especialmente aquelas
relacionadas à emissão de gases
contribuintes para o efeito estufa
(mudança climática), à geração de
resíduos, à possibilidade de reuso /
reciclagem de materiais, ao uso de
recursos renováveis e ao
esgotamento de recursos naturais
Título
Nível
Conhecimento das características
ambientais da fabricação e utilização
dos diversos tipos de cimentos (1) (2)
e
Identificação dos fabricantes de
concretos usinados e de pré-moldados
fabricados com cimentos CP III ou CP
IV, de acordo com a disponibilidade do
tipo de cimento no mercado local da
obra
B
e
Identificação de fabricante de produtos
de construção em geral localizados a
menos de 300 km do local da obra
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Cumprimento da exigência do nível B
e
três dos quatro pontos seguintes:
ƒ identificação e análise de
documentos sobre processos de
desconstrução existentes para os
produtos utilizados, no mínimo para
50% dos elementos, em custo
global, das famílias “estrutura
vertical”, “estrutura horizontal” e
“fachadas”
ƒ
relação dos fornecedores de
madeira certificada e de
reflorestamento e de seus
produtos (5)
ƒ
relação de fornecedores de
agregados reciclados e identificação
e análise de documentos sobre
suas aplicações e impactos do uso
(NBR 15116:2004) (6)
S
identificação e análise de
documentos sobre possibilidades de
reuso e reciclagem dos produtos
utilizados, ao final da vida útil do
edifício, no mínimo para 50% dos
elementos, em custo global, das
famílias “estrutura vertical”,
“estrutura horizontal”, “fachadas”,
"divisórias de
separação/distribuição", "fachadas
leves e elementos de fachadas" e
"outros revestimentos de piso”
Cumprimento de todas as exigências
do nível S (quatro pontos)
ƒ
e
um dos pontos seguintes:
ƒ documentação que oriente a
escolha dos produtos de construção
considerando os 4 indicadores
essenciais definidos nesta
subcategoria (3), quando da
concepção e da execução da obra
ƒ
relação de produtos cujo CO2
emitido durante sua fase de
produção tenha sido neutralizado
por programas ambientais (4)
ƒ
relação dos produtos certificados
tipo I (NBR ISO 14024), tipo II
(NBR ISO 14021) (7) ou tipo III
(NBR ISO 14025) (9) no mínimo
para 50% dos elementos, em custo
global, de 3 famílias, sendo ao
menos uma da obra bruta e outra
da obra limpa
E
Além disso, coleta obrigatória de
informações junto aos fabricantes dos
produtos em relação ao impactos
ambientais que causam relacionados
ao consumo de recursos energéticos e
ao esgotamento de recursos naturais,
no mínimo para 50% dos elementos,
em custo global, de 3 famílias, sendo
ao menos uma da obra bruta e outra
da obra limpa (8)
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
2.3.2 Escolher os
produtos de construção
de forma a limitar sua
contribuição aos impactos
ambientais da construção
Escolhas que contribuam para a
diminuição da emissão de gases do
efeito estufa (mudança climática),
diminuição dos resíduos dispostos
no ambiente, aproveitamento por
reuso/reciclagem de materiais,
aumento do uso de recursos
renováveis, e escolhas que evitem
o esgotamento de recursos naturais
Uso do cimento CP III ou CP IV, bem
como uso de concretos moldados in
loco, usinados e pré-moldados
fabricados com estes cimentos, de
acordo com a disponibilidade do tipo
de cimento no mercado local da
obra (1) (2)
B
e
Uso de materiais fabricados a menos
de 300 km do local da obra, no
mínimo para 30% da quantidade total
de materiais em massa
Cumprimento das exigências do nível
B
e
três dos quatro pontos seguintes, em
coerência com as escolhas de 2.3.1:
ƒ uso de produtos ligados a partidos
arquitetônicos que apresentem, por
comparação, maior facilidade para
desconstrução seletiva ao final da
vida útil do edifício, no mínimo para
50% dos elementos, em custo
global, das famílias “estrutura
vertical”, “estrutura horizontal” e
“fachadas"
ƒ uso de madeira e de produtos de
madeira certificados e/ou de
reflorestamento (5)
S
ƒ uso de 20% em massa de
agregados reciclados (6)
ƒ
uso de produtos que apresentem,
por comparação, maior
possibilidade de reuso ou
reciclagem ao final da vida útil do
edifício, no mínimo para 50% dos
elementos, em custo global, das
famílias “estrutura vertical”,
“estrutura horizontal”, “fachadas”,
"divisórias de
separação/distribuição", "fachadas
leves e elementos de fachadas" e
"outros revestimentos de piso”
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DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Cumprimento das exigências do nível
S
e
um dos pontos seguinte, em coerência
com as escolhas de 2.3.1:
ƒ implantação, quando da concepção
e de execução da obra, de rotina
para a escolha dos produtos de
construção que considere os 4
indicadores essenciais definidos
nesta subcategoria (3)
ƒ
uso, sempre que disponível, de
produtos cujo CO2 emitido durante
sua fase de produção tenha sido
neutralizado por programas
ambientais (4)
ƒ
uso de produtos certificados tipo I
(NBR ISO 14024), tipo II (NBR ISO
14021) (7) ou tipo III de acordo com
a NBR ISO 14025 (9), no mínimo
para 50% dos elementos, em custo
global, de 3 famílias, sendo ao
menos uma da obra bruta e outra
da obra limpa
E
e
Escolhas obrigatoriamente feitas a
partir das informações obtidas com os
fabricantes de produtos (item 2.3.1),
privilegiando aqueles de menor
impacto ambiental quanto ao consumo
de recursos energéticos e ao
esgotamento de recursos naturais, no
mínimo para 50% dos elementos, em
custo global, de 3 famílias, das quais
ao menos uma da obra bruta e uma da
obra limpa (8)
Relação de fabricantes de produtos
que não praticam a informalidade na
cadeia produtiva, no mínimo para 50%
da quantidade total dos produtos de
cada uma das famílias:
2.3.3 Conhecer os
fabricantes de produtos
que não pratiquem a
informalidade na cadeia
produtiva
2.3.4 Escolher fabricantes
de produtos que não
pratiquem a
informalidade na cadeia
produtiva
Conhecimento dos fabricantes de
produtos que não pratiquem a
informalidade na cadeia produtiva:
ƒ
fiscal
ƒ
trabalhista
Escolhas que combatam a
informalidade fiscal e trabalhista na
cadeia produtiva
•
•
•
•
•
estrutura portante vertical
estrutura portante horizontal
fundações
contrapiso
revestimentos de argamassa (de
parede, teto, etc.)
• outros revestimentos de piso
• sistemas prediais
• pintura
B
Idem nível B para, 80% da quantidade
total dos produtos das mesmas
famílias listadas
S
Escolha de fabricantes de produtos
que não praticam a informalidade na
cadeia produtiva, no mínimo para 50%
da quantidade total dos produtos de
cada uma das famílias relacionadas
em 2.3.3
B
Idem nível B para, 80% da quantidade
total dos produtos das mesmas
famílias listadas
S
(1) No caso de haver utilização de cimento na obra. Senão, a preocupação não é aplicável.
(2) Os cimentos tipo CP III e CP IV apresentam altos teores de adições de escória de alto forno e de cinzas volantes,
respectivamente, o que faz com que haja grande diminuição de emissões dos gases NOx, SOx e CO2 no processo de sua
fabricação (em kg do gás/ton de cimento). Estes gases apresentam importância relevante para o aumento do efeito estufa
[[2
2
3
5
4
0
([
2]]], [[[3
3]]], [[[5
5]]] e [[[4
40
0]]]).
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
(3) Tratam-se dos produtos de construção cujas especificações são definidas pelas empresas responsáveis pela execução da
obra, como os usados nas construções provisórias do canteiro de obras (áreas de produção, de vivência, administrativas,
fechamentos, passarelas, escadas, andaimes, etc.) ou em elementos como formas.
(4) Os programas de neutralização de carbono caracterizam-se por compensar a emissão do CO2 liberado nas atividades de
determinada empresa que quer neutralizar o carbono emitido em suas atividades, por meio de investimentos em projetos
ambientais ligados a: 1) reflorestamento de áreas nativas devastadas; 2) conservação de áreas de florestas existentes nos
principais biomas nacionais; ou 3) geração de energia limpa, pela substituição de equipamentos movidos a óleo e outros
combustíveis fósseis por equipamentos geradores de energia renovável (eólica, fotovoltaica e outras). Os investimentos da
empresa em programas de neutralização variam de acordo com cálculos sobre a sua emissão total de CO2, e devem ser
2
4
24
4]]]. Já existem algumas
suficientes para a neutralização de todo o carbono produzido por ela na forma de CO2equivalente [[[2
[[4
6
4
7
4
8
4
1
4
2
4
3
4
4
4
5
4
6]]], [[[4
47
7]]] e [[[4
48
8]]]).
empresas com atuação no mercado brasileiro ([
41
1]]], [[[4
42
2]]], [[[4
43
3]]], [[[4
44
4]]], [[[4
45
5]]], [[[4
46
(5) No Brasil existem diversas organizações que realizam programas de certificação e controle de madeiras, dentre elas:
ƒ FSC (Forest Stewardship Council), com sede na Alemanha e padrões internacionais de certificação. Atua no Brasil por
meio do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil), qualificando empresas certificadoras segundo padrões
[[1
2
3
1
9
internacionais ([
19
9]]] e [[[2
23
3]]]).
ƒ Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal), desenvolvido dentro da estrutura do Sinmetro, que tem como
órgão que estabelece suas políticas o Conmetro e como órgão executivo central o Inmetro, que é o órgão oficial
gerenciador de programas federais de avaliação da conformidade, dentre eles o Cerflor. A ABNT é o órgão responsável
2
9
pela elaboração e revisão das normas do Cerflor [[[2
29
9]]].
ƒ IBAMA, que, pelo DOF (Documento de Origem Florestal), concede a licença obrigatória para o controle do transporte e
armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, contendo informações de procedência destes
3
5
produtos [[[3
35
5]]].
A certificação da madeira é o meio de garantir que o empreendimento contribui para o manejo sustentável das florestas
(nativas ou não), o que apresenta grande importância para a contenção do efeito estufa, já que a reserva florestal, pela
fotossíntese, fixa o carbono do CO2 e libera O2, diminuindo as quantidades de CO2 atmosféricas.
(6) Diversos estudos realizados em universidades nacionais brasileiras já constataram a possibilidade de utilização de 20% de
2
0
agregados reciclados em concretos estruturais, e teores até maiores em concretos sem função estrutural [[[2
20
0]]].
(7) As normas da família NBR ISO 14020 são passíveis de certificação com selos dos tipos I (NBR ISO 14024) ou tipo II (NBR
[[2
1
4
9
1
3
2
2
8
3]]] e [[[1
14
4]]]).
9]]], [[[1
13
ISO 14021). Já existem empresas cujos produtos são certificados por estas normas ([
22
2]]], [[[8
8]]], [[[9
(8) A demonstração de que a tentativa de pesquisa de dados junto aos setores industriais foi realizada, mesmo se ela não tiver
trazido como resultado dados úteis, será considerada como possibilitando acesso ao nível “Excelente”.
(9) A rotulagem ambiental tipo III é realizada de acordo com os princípios e procedimentos estabelecidos na norma
NBR ISO 14025, para produtos ou serviços de empresas e organizações. Esta norma indica, por sua vez, as normas da
série NBR ISO 14040 para a realização da análise do ciclo de vida dos produtos, que fundamenta a rotulagem tipo III
[[2
2
2
1
0
1
1
1
2
1
3
1
4
([
22
2]]], [[[1
10
0]]], [[[1
11
1]]], [[[1
12
2]]], [[[1
13
3]]] e [[[1
14
4]]]).
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
2.3
B
2.3.1
S
E
B
2.3.2
S
E
B
2.3.3
S
E
B
2.3.4
S
E
B
S
E
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 2
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2
2.4
ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
ESCOLHA DOS PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO A FIM
DE LIMITAR OS IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO À SAÚDE HUMANA
Introdução
Durante a fase de uso e operação do edifício, os produtos de construção, por suas características
intrínsecas, são fonte de diferentes impactos sobre a saúde e sobre o conforto olfativo dos
ocupantes: emissões de poluentes químicos, emissões de odores, características que favorecem ou
não o crescimento de fungos ou bactérias, etc. Estes impactos são tratados nas diferentes
categorias referentes ao conforto olfativo (11) e à saúde (12 e 13).
Na presente versão do referencial, a subcategoria 2.4 limita-se às emissões de alguns poluentes
que afetam a saúde humana, e diz respeito aos produtos de construção suscetíveis de emitir estes
poluentes no ar do interior do edifício. Alguns produtos essenciais foram destacados, mas se for
notado que o empreendimento inclui outros também relevantes, é necessário considerá-los para se
atingir o nível “Excelente”.
Quadro de avaliação
Preocupação
2.4.1. Conhecer os
impactos à qualidade do
ar interior e à saúde
humana dos produtos de
construção
Critério de avaliação
Indicador
Conhecimento das características
dos produtos de revestimentos
interiores do ponto de vista das
emissões de poluentes nocivos à
saúde humana
Título
Identificação e análise de
documentos sobre problemas
causados à saúde humana
resultantes da fabricação e
utilização de amianto nos
materiais de construção
Nível
B
Idem nível B
e
Relação de tintas e adesivos à
base de água disponíveis no
mercado (1)
S
Relação de tintas e adesivos
certificados pelo programa
Coatings Care (2)
2.4.2 Escolher os
produtos de construção
de modo a limitar os
impactos da construção à
qualidade do ar interior e
à saúde humana
Consideração dos aspectos
sanitários (do ponto de vista das
emissões de poluentes nocivos à
saúde humana) nas escolhas dos
produtos de revestimentos
interiores
Não uso de produtos à base de
amianto ou que contenham
amianto em sua composição
e
No caso do projeto luminotécnico,
especificar lâmpadas
fluorescentes compactas ou
circulares e utilizar apenas as que
apresentem o selo do PROCEL (3)
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B
Categoria 2
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2
ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Idem nível B
e
Uso de tintas e adesivos somente
à base de água (1)
S
Uso de tintas e adesivos
certificados pelo programa
Coatings Care (2)
(1) Estudo realizado sobre as tintas brasileiras detectou presença de Compostos Orgânicos Voláteis (COV) mesmo em tintas à
base de água. Porém, estas tintas à base de água apresentaram emissões totais de voláteis (TCOV) sempre inferiores a
20g/l, que é o limite máximo de emissão especificado pela Comunidade Européia somente a partir de 2010. O fato
3
7
demonstra que as tintas à base d’água atendem requisitos internacionais ligados à proteção da saúde humana [[[3
37
7]]].
(2) O programa Coatings Care, desenvolvido pelo IPPIC (International Paint and Printing Ink Council), certifica
internacionalmente tintas e adesivos segundo requisitos semelhantes aos da série NBR ISO 14000. No Brasil, a
representante do IPPIC é a ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), sendo a organização responsável
[[1
1
5
3
1
pela certificação dos fabricantes de tintas nacionais ([
15
5]]] e [[[3
31
1]]]).
(3) O PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) fornece selo de qualidade a alguns produtos elétricos,
entre eles lâmpadas fluorescentes compactas e circulares. O selo indica que as lâmpadas foram submetidas a testes de
controle de qualidade pelo INMETRO, que atestou sua alta eficiência energética e vida útil. Assim, tais lâmpadas
apresentam menor consumo de energia e também menor necessidade de substituição ao longo do tempo, o que acarreta
em menor quantidade de lâmpadas utilizadas para o desempenho da mesma função. As lâmpadas fluorescentes, bem como
as de vapores metálicos, apresentam mercúrio em sua composição, elemento altamente prejudicial à saúde humana. Por
serem lâmpadas de grande eficiência energética quando comparadas a outras que não se utilizam de mercúrio, seu uso não
4
9
foi restringido aqui [[[4
49
9]]].
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
2.4
B
2.4.1
S
E
B
2.4.2
S
E
B
S
E
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ESCOLHA INTEGRADA
DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
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CANTEIRO DE OBRAS
COM BAIXO IMPACTO
AMBIENTAL
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SAÚDE
CONFORTO
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Preocupações
Ambientais do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO
AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
INTRODUÇÃO ________________________________
A vida de um edifício é marcada por vários canteiros de obras: de sua execução, reabilitação,
modernização e desconstrução. Estes canteiros de obras originam diversas fontes de poluição e de
incômodos que o empreendedor pode minimizar a fim de reduzir seus impactos ambientais.
De modo a permitir que as medidas adotadas para minimizar os diferentes impactos ambientais do
canteiro de obras (produção de resíduos, incômodos, poluição e consumo de recursos) sejam
duradouras, o empreendedor pode atuar junto aos que sofrem os impactos: trabalhadores do
canteiro, vizinhos (permanentes) e transeuntes e visitantes (esporádicos). A experiência mostra,
de fato, que quando as diferentes partes interessadas submetidas a estes impactos são envolvidas
na etapa do canteiro de obras (antes dele começar e durante a obra), as medidas são mais
eficazes e o canteiro de obras é muito melhor visto.
No entanto, esta ação depende da organização geral do empreendimento e da comunicação
realizada pelo empreendedor com relação a ele. Este ponto também é tratado no SGE (§2.5
Comunicação).
3.1.
Otimização da gestão dos resíduos do canteiro de obras
3.2.
Redução dos incômodos, poluição e consumo de recursos
causados pelo canteiro de obras
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Categoria 4
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3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 3
___________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
3
B
3.1
S
E
B
3.2
S
E
B
S
E
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
•
•
•
Categoria 1 "Relação do edifício com o seu entorno"
Esta categoria complementa a preocupação relativa ao impacto do empreendimento nos vizinhos e no
ambiente próximo: ela se interessa pelas especificidades da fase canteiro de obras
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos"
Escolhas com baixos impactos ambientais e sanitários durante a obra
Categoria 4 "Gestão da energia"
Limitar o consumo de energia no canteiro de obras
Categoria 5 "Gestão da água"
Limitar o consumo de água no canteiro de obras
INTERAÕES COM O SGE_________________________
•
•
•
§2.5 Comunicação
Estabelecer uma estratégia de comunicação bi-direcional com relação a vizinhos e trabalhadores do
canteiro de obras
§4. Aprendizagem
Aprendizagem a partir da experiência do canteiro de obras (análise dos formulários de controle do
transporte de resíduos, análise das reclamações de vizinhos e dos trabalhadores do canteiro, etc.)
Anexo A.4 – Contrato de execução
Este documento deve compreender obrigatoriamente as exigências para que se tenha um canteiro de
obras que cause baixos impactos ambientais ou o caderno de encargos ambientais do empreendimento,
ao qual as construtoras devem se adequar.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES_________________
[[[A
A
A]]] AGOPYAN, Vahan et al. Alternativas para redução do desperdício de materiais nos canteiros de
obra. In: Inovação, Gestão da Qualidade e Produtividade e Disseminação do Conhecimento na
Construção Habitacional / Editores Carlos Torres Formoso [e] Akemi Ino. Porto Alegre: ANTAC,
2003. (Coletânea Habitare, v.2). p. 225-249.
]
[[[B
]
B
B] ANDRADE, Stella M.M. Metodologia para avaliação de impacto ambiental sonoro da construção
civil no meio urbano. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado), 2004, 198p.
mais anexos.
]
[[[C
C
C]] CARDOSO, Francisco F. & ARAÚJO Viviane M. Redução de impactos ambientais do canteiro de
obras: Inovações Tecnológicas e Políticas Públicas. Relatório intermediário do Projeto
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Categoria 3
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CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
3
Tecnologias para Construção Habitacional mais Sustentável. Convênio ref. 2386/04 da
Chamada Pública MCT/FINEP/FVA – HABITARE – 2/2004. São Paulo, outubro 2006. 52p.
[[[D
D
D]]] ________. Redução de impactos ambientais do canteiro de obras: Estado da Arte. Relatório
intermediário do Projeto Tecnologias para Construção Habitacional mais Sustentável. Convênio
ref. 2386/04 da Chamada Pública MCT/FINEP/FVA – HABITARE – 2/2004. São Paulo, setembro
2006. 33p.
]
[[[E
E
E]] CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). São Paulo. Resolução n.º 307. 2002.
Brasília, 05 jul 2002.
[[[F
F
F]]] DEGANI, Clarice M. Sistemas de gestão ambiental em empresas construtoras de edifícios.
Dissertação (Mestrado) São Paulo: EPUSP, 2003. 223p. mais anexos.
]
[[[G
G
G]] JÚNIOR, Nelson B. Cunha (Coord.). Cartilha de gerenciamento de resíduos sólidos para a
construção civil. 2. Belo Horizonte: SINDUSCON-MG, 2005. 37p.
[[[H
H
H]]] MARCONDES, Fábia C. S. Sistemas logísticos reversos na indústria da construção civil – estudo
da cadeia produtiva de Chapas de Gesso Acartonado. Dissertação (Mestrado) São Paulo:
EPUSP, 2007. 302p. mais anexos.
[[[III]]] MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR-18 - Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da
construção. Brasília, 1995. 43p.
[[[JJJ]]] PINTO, Tarcísio P. Gestão ambiental de resíduos da construção civil: a experiência do
SINDUSCON-SP. São Paulo, Obra Limpa: I&T: SINDUSCON-SP, 2005. 48p.
[[[K
K
K]]] RESENDE, Fernando. Poluição atmosférica por emissão de material particulado: avaliação e
controle nos canteiros de obras de edifícios. Dissertação (Mestrado) São Paulo: EPUSP, 2007.
210p.
[[[L
]
]
L
L] SINDUSCON-MG; SENAI-MG. Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil. 2. Ed.
Rev. e Aum. Belo Horizonte: SINDUSCON-MG, 2005. 68p.
[[[M
M
M]]] SOUZA, Ubiraci E. L. de. Projeto e implantação do canteiro. Coleção Primeiros Passos da
Qualidade no Canteiro de Obras. São Paulo: O Nome da Rosa, 2000. 95 p.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[N
N
N]]] FFB - Pour une meilleure prise en compte de l’environnement dans la construction - Manuel
d’application des réalisateurs (Como levar em conta da melhor forma o meio ambiente na
construção civil - Manual para empreendedores) - Fédération Française du Bâtiment / Groupe
GTM - Septembre 1999.
]
[[[O
O
O]] ADEME - Guide des déchets de chantier de bâtiment - Volumes 1 à 5 (Guia dos resíduos de
canteiro de obras de edifícios - Volumes 1 a 5) - Janvier 1998.
[[[P
P
P]]] Guide ARENE/ADEME/FFB - Mieux gérer les déchets de chantier de réhabilitation (Melhor
gerenciar os resíduos de canteiros de obras de reabilitação) – 1999.
]
[[[Q
Q
Q]] Recommandation n°T2-2000 aux maîtres d’ouvrage publics relative à la gestion des déchets
de chantier (Recomendação n°T2-2000 aos empreendedores públicos relativa à gestão dos
resíduos de canteiros de obras) – GPEM/TMP – Adoptée le 22/06/00 par la Commission
centrale des marchés.
]
[[[R
R
R]] IFARE/DFIU-CSTB – Déconstruction sélective: Etude scientifique de la déconstruction sélective
d'un immeuble à Mulhouse (Desconstrução seletiva: Estudo científico da desconstrução
seletiva de um imóvel em Mulhouse) – Février 1998.
[[[S
S
S]]] Loi 92-646 du 13/07/92 relative à l'élimination des déchets ainsi qu'aux installations classées
pour la protection de l'environnement (Lei 92-646 do 13/07/92 relativa à eliminação dos
resíduos assim como das instalações classificadas como contaminadas para a proteção
ambiental).
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3.1
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS DO
CANTEIRO DE OBRAS
Introdução
A gestão dos resíduos de construção e demolição é um desafio ambiental essencial para o futuro da
Indústria da Construção Civil. Os resíduos de construção, cuja massa é tão representativa quanto à
dos resíduos urbanos, têm também sido motivo do recrudescimento da regulamentação relativa à
sua destinação final, que pode se dar em áreas destinadas ao seu beneficiamento ou à sua
disposição final, como aterros de resíduos da construção civil (Resolução Conama no 307/2002)
[[[E
E
E]]]. Hoje, portanto, torna-se urgente encontrar soluções para minimizar a produção desses
resíduos e para desenvolver os processos de triagem, a coleta seletiva e as cadeias para o seu
beneficiamento. O beneficiamento ou revalorização de um resíduo supõe o seu retorno ao ciclo
produtivo e/ou de negócios, pelo reuso, reutilização, reciclagem ou regeneração, ou ainda sob a
forma de energia, de forma a prolongar a sua vida útil ou mesmo iniciar um novo ciclo de vida útil.
Para otimizar a gestão dos resíduos de canteiro de obras, o empreendedor deve intervir
sucessivamente em duas etapas essenciais:
ƒ
A preparação técnica: reduzir os resíduos na origem (ou no caso de haver uma demolição
prévia, otimizar o grau de desconstrução – entendida como um processo mais cuidadoso de
demolição, que procura causar o mínimo de incômodos e de poluição e maximizar a
possibilidade de reaproveitamento dos resíduos - de modo a se ter uma revalorização
otimizada), especificar modos de se construir coerentes (sistemas e processos construtivos,
etc.), quantificar os resíduos e prever a organização da triagem (zonas de armazenamento e de
circulação, logística de canteiro, planejamento das coletas, etc.).
ƒ
A gestão do canteiro de obras: assegurar o acompanhamento da qualidade da triagem,
assegurar a revalorização dos resíduos em cadeias locais (notar que a revalorização dos
resíduos inertes é mais importante em atividades de demolição que de execução) e assegurar a
rastreabilidade dos resíduos.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Nível
Nas atividades de execução:
3.1.1. Minimizar a
produção de resíduos do
canteiro de obras
3.1.2. Beneficiar o
máximo possível os
resíduos e de forma
coerente com as cadeias
Medidas adotadas para reduzir a
produção de resíduos na origem
Nas atividades de desconstrução:
Medidas justificadas e
satisfatórias (1) (2)
B
5%, no mínimo, dos resíduos do
canteiro de obras beneficiados
Medidas justificadas e
satisfatórias (5)
B
Medidas adotadas para otimizar o
grau de desconstrução
Percentual mínimo de resíduos
beneficiados (com relação à massa
total dos resíduos gerados) (4)
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CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
locais existentes
(3)
3.1.3 Assegurar-se da
correta destinação dos
resíduos
Rastreabilidade por meio da %
mínima de formulários de controle
de transporte de resíduos
recuperados (6)
Registros formais dos processos de
Seleção e Avaliação das
transportadoras
3
10%, no mínimo, dos resíduos do
canteiro de obras beneficiados
Medidas justificadas e
satisfatórias (5)
S
15%, no mínimo, dos resíduos do
canteiro de obras beneficiados
Medidas justificadas e
satisfatórias (5)
E
ƒ 100% dos formulários de
controle recuperados
B
ƒ 100% dos formulários de
controle recuperados
e
S
ƒ 100% das transportadoras
avaliadas
A
(1) Exemplos de medidas limitando os resíduos na origem (ver [[[A
A]]]):
ƒ Coordenação modular
ƒ Limitar as perdas graças a uma modulação rigorosa dos componentes de alvenaria, dos revestimentos de pisos, das
divisórias, etc. (implementação de um projeto modular)
ƒ Escolher produtos, processos e sistemas gerando o mínimo de resíduos no momento da execução da obra
ƒ Escolher produtos cujas embalagens gerem menos resíduos
ƒ Implementar procedimentos para limitar quebras (evitar embutimentos)
ƒ Empregar ferramentas gerenciais (ex: projetos para produção)
ƒ Comprometer o conjunto dos agentes que contribuem de forma coletiva para a eficácia da redução dos resíduos na
origem
(2) Exemplos de medidas otimizando o grau de desconstrução:
ƒ Elaboração de um "diagnóstico de resíduos" a ser incluído entre os documentos de licitação ou contratação da execução
da obra; introdução de informações sobre o contexto do empreendimento permitindo melhor definir a gestão do canteiro
de obras (fase Programa).
ƒ Realização de um contrato específico para o serviço "demolição"; otimização do grau de desconstrução tendo em vista as
informações sobre o contexto do empreendimento (fase Concepção).
(3) O beneficiamento ou revalorização dos resíduos pode acontecer como fonte de energia ou como matéria prima (empregada
no próprio local do empreendimento ou num outro canteiro de obras), mas é conveniente privilegiar a revalorização como
H
matéria prima (ver [[[H
H]]]). A revalorização dos resíduos é uma exigência quando as cadeias de revalorização situam-se num
raio de 150 Km.
Uma boa gestão dos resíduos supõe a implementação de um certo número de medidas, ilustradas a seguir pelos exemplos
G
(ver [[[G
G]]], [[[JJJ]]] e [[[LLL]]]):
1 – Quantificação dos resíduos de canteiro de obras por categoria [[[EEE]]]:
ƒ Resíduos de Classe A: concreto, blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros componentes cerâmicos,
tijolos e assemelhados, etc.
ƒ Resíduos de Classe B: madeira, plásticos, papelão e papéis, metais, etc.
ƒ Resíduos de Classe C: gesso de revestimento, chapas de gesso acartonado, amianto, etc.
ƒ Resíduos de Classe D: ferramentas e embalagens contaminados por resíduos perigosos, tintas, solventes, etc.
H
2 – Busca das melhores cadeias locais de revalorização [[[H
H]]]:
ƒ Identificação das cadeias locais de eliminação e de revalorização dos resíduos existentes (cf A.1 Análise do local do
empreendimento, do SGE)
ƒ Informação sobre a natureza e o custo de eliminação
ƒ Escolha da cadeia mais conveniente, do ponto de vista ambiental e econômico, buscando privilegiar o máximo possível a
valorização no lugar de soluções como o armazenamento, incluindo em aterros, ou a incineração
ƒ Esforço de reuso ou de reciclagem, sobretudo no caso dos resíduos minerais (moagem e reuso em bases de pavimentos),
das embalagens e de certos resíduos de Classe B (metais, vidro e madeira não tratada).
3 – Organização dos processos de triagem e o armazenamento dos resíduos no canteiro de obras:
O projeto do canteiro de obras deve, sobretudo, compreender os seguintes elementos: áreas de triagem e áreas de
armazenamento dos materiais e dos resíduos, áreas de circulação e de estacionamento dos veículos de entrega de produtos
e de retirada dos resíduos, acessos ao canteiro de obras, sinalizações, etc. Esses elementos podem ser reunidos no projeto
de gerenciamento de resíduos.
Os resíduos são preferencialmente selecionados por categoria, ao longo do desenrolar do canteiro de obras e em função de
suas restrições e das potencialidades das cadeias de revalorização locais existentes a distâncias da ordem de 150 Km no
máximo do canteiro de obras.
Eles são então acondicionados em recipientes apropriados segundo a sua localização no canteiro de obras e a fase de
execução dos serviços (obra bruta ou obra limpa). "Bags" ou bombonas de cores diferentes podem ser utilizadas para
reunir os diferentes resíduos nos andares.
A fim de facilitar a revalorização, o empreendedor dedica atenção, quando o local do empreendimento assim permite, à
organização do armazenamento dos diferentes resíduos numa área específica na qual os resíduos são acondicionados em
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3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
diferentes recipientes em função de sua categoria. A identificação é feita, por exemplo, por etiquetas adesivas específicas
para tal finalidade (código de cores por classe de resíduo).
Os níveis de triagem devem ser definidos em função das cadeias locais existentes (por exemplo, resíduos minerais, metais,
madeira, plásticos, papeis/papelão, resíduos de Classe C, resíduos de Classe D).
4 – Assegurar a qualidade da triagem, de modo a limitar o número de caçambas recusadas por contaminação e,
por esta razão, tendo sua Classe alterada.
(4) No caso de revalorização do solo escavado in situ (aterros, barragens, etc.) ou de reuso do concreto em enchimentos (no
caso da desconstrução), estes percentuais de revalorização devem ser obtidos excluindo-se do numerador a terra e/ou o
concreto beneficiado.
(5) Os objetivos definidos no presente referencial são valores de referência que permitem alcançar um certo nível de
desempenho. Em todas as situações, o empreendedor tentará superar esses objetivos respeitando o limite de viabilidade de
seu empreendimento (ver elementos da Nota 3). É, sobretudo, o caso quando numa situação de desconstrução.
(6) Taxa de coleta dos formulários de controle de transporte de resíduo, que devem identificar o local da destinação dos
resíduos.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
3.1
B
3.1.1
S
E
B
3.1.2
S
E
B
3.1.3
S
E
B
S
E
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
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Categoria 3
84/241
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
3.2
3
REDUÇÃO DOS INCÔMODOS, POLUIÇÃO E
CONSUMO DE RECURSOS CAUSADOS PELO
CANTEIRO DE OBRAS
Introdução
O empreendedor pode reduzir os diferentes incômodos, poluição e consumos de recursos causados
pelo canteiro de obras ao implementar diferentes medidas.
B
B]]]):
Os incômodos sonoros provêm (ver: [[[B
ƒ
dos maquinários e equipamentos do canteiro de obras;
ƒ
da circulação de veículos;
ƒ
da forma adotada de se construir;
ƒ
eventualmente, do comportamento dos trabalhadores.
A poluição do ar se manifesta:
ƒ
pelas emissões de material particulado provenientes: da circulação de veículos em períodos de
seca, do enchimento de silos de cimento, da perfuração e corte de produtos, da ausência de
K
K]]]);
varrição do canteiro de obras (ver: [[[K
ƒ
pelos maus odores devidos: aos vapores de combustíveis, à queima dos resíduos (embora
proibida), aos materiais e produtos utilizados, aos sanitários incorretamente limpos.
Os
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
incômodos visuais são gerados por:
degradação do entorno;
sujeiras nas vias públicas;
degradação dos tapumes;
deposição irregular de resíduos.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Nível
3.2.1. Limitar os
incômodos
Definição e implementação
de uma estratégia de meios
permitindo limitar os
incômodos do canteiro
Medidas justificadas e satisfatórias (1):
ƒ incômodos sonoros
ƒ incômodos visuais
ƒ incômodos devidos à circulação de
veículos
ƒ incômodos devidos ao material
particulado, à lama, aos derramamentos
de concreto
3.2.2. Limitar a
poluição
Definição e implementação
de uma estratégia de meios
permitindo limitar a poluição
causada pelo canteiro
Medidas justificadas e satisfatórias (2):
ƒ poluição do solo e do subsolo
ƒ poluição da água
ƒ poluição do ar (incluindo odores)
3.2.3. Limitar o
consumo de recursos
Definição e implementação
de uma estratégia de meios
permitindo limitar os
consumo de recursos
causados pelo canteiro
Medidas justificadas e satisfatórias
ƒ consumo de água
ƒ consumo de energia
(3)
Atende
Atende
:
Atende
(1) Exemplos de medidas para limitar os incômodos:
B
C
D
Incômodos sonoros (ver [[[B
B]]], [[[C
C]]] e [[[D
D]]])
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Categoria 3
85/241
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
ƒ projeto acústico para identificar e caracterizar as origens de ruídos que possam causar impactos sobre trabalhadores e
vizinhos e para propor medidas técnicas e organizacionais favoráveis
ƒ equipamentos e máquinas do canteiro de obras em conformidade com a regulamentação, com as orientações dos
fabricantes e em boas condições
ƒ posicionamento de equipamentos e máquinas em função dos pontos sensíveis do entorno (se as restrições do local do
empreendimento assim o permitirem)
ƒ privilegiar as tecnologias de construção que limitem os incômodos sonoros (exemplo: fundações escavadas)
ƒ gerenciar a circulação de veículos
ƒ empregar equipamentos e maquinário isolados acusticamente, assim como proteções auditivas
ƒ planejar as atividades de modo a minimizarem seus impactos na vizinhança (horários, duração, simultaneidade, etc.)
ƒ implementar um sistema de medição contínua dos ruídos dos canteiros de obras a fim de informar os responsáveis por
eles (melhor conhecimento do impacto dos empreendimentos) e os vizinhos.
C
D
Incômodos visuais (ver [[[C
C]]] e [[[D
D]]])
ƒ tapumes bem mantidos
ƒ cercas em torno da área de armazenamento dos resíduos
ƒ limpeza quotidiana do entorno do canteiro de obras
D
C
D]]])
Incômodos devidos à circulação de veículos (ver [[[C
C]]] e [[[D
ƒ respeitar as regulamentações locais relativas à circulação dos veículos
ƒ prover locais de estacionamento próximos ao ou no próprio canteiro de obras
ƒ gerenciar as entregas de produtos e as coletas de resíduos
ƒ organizar a circulação nas vias públicas.
(2) Exemplos de medidas para limitar a poluição:
C
D
Poluição do solo, do subsolo e da água (ver [[[C
C]]] e [[[D
D]]])
ƒ utilização de produtos menos tóxicos (desmoldante a base de óleo vegetal, etc.)
ƒ identificação de tanques, tonéis, bombonas, etc.
ƒ impermeabilização das áreas de armazenamento e torná-las capazes de reter eventuais vazamentos, implantando-as em
locais planos a fim de recuperar líquidos que venham a escoar
ƒ controle e coleta dos efluentes: se possível, os efluentes coletados devem ser destinados a empresas especializadas ou
serem pré-tratados no local do empreendimento antes de serem destinados à rede de águas servidas
ƒ implementação de áreas de lavagem de veículos que permitam a decantação das águas antes de destiná-las à rede
pública
ƒ armazenamento dos produtos potencialmente poluidores, que devem ser identificados (seu volume deve ser igualmente
estimado).
C
D
K
Poluição do ar (ver [[[C
C]]], [[[D
D]]] e [[[K
K]]])
ƒ rega dos solos
ƒ limpeza diária das vias e do canteiro de obras
ƒ proibição total de queimas
ƒ implementação de uma zona de lavagem de rodas na saída do canteiro de obras
ƒ respeito às áreas verdes existentes durante toda a duração dos serviços.
(3) Exemplos de medidas para limitar o consumo de recursos:
ƒ medição dos consumos de água e de energia durante o canteiro de obras
ƒ implementação de sistemas economizadores (recuperação de água pluvial para a limpeza de veículos, por exemplo).
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
3.2
3.2.1
Atende
NA
3.2.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3 *
S
2 atendidas das 3 *
3.2.3
Atende
NA
E
* Justificar as escolhas das preocupações de forma coerente com o contexto do empreendimento (sobretudo conforme A.1
Análise do local do empreendimento, do SGE)
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GESTÃO DA
ENERGIA
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ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Preocupações
Ambientais do Edifício
1
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
CONFORTO
ECO-GESTÃO
4
SAÚDE
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 4
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4
GESTÃO DA ENERGIA
INTRODUÇÃO ________________________________
No setor da construção de edifícios no Brasil, para escritórios, o consumo médio anual de energia
gira em torno de 200 a 300 kWh de energia secundária por m2 de área útil. Na França (e
futuramente nos países em desenvolvimento), a obrigatoriedade de redução das emissões de
CO2, e também o aumento inevitável do custo da energia, relacionado ao esgotamento
progressivo das fontes de energia, colocarão a necessidade de se atingir um consumo médio de
energia primária em torno de uma centena de kWh/m² por volta do ano 2050 para o conjunto das
construções em utilização; lá, o grande desafio é a redução da energia para o aquecimento de
ambientes e a obtenção de água quente. Por enquanto, não há meta semelhante para o Brasil.
Na França, os edifícios são os maiores consumidores de energia entre todos os setores econômicos,
tendo consumido em 2002 o equivalente a 70 milhões de toneladas de petróleo. Ou seja, 43 % da
energia anual total consumida na França equivalem a 1,1 tonelada de petróleo consumido
anualmente por habitante.
Esta energia consumida corresponde à emissão de 120 milhões de toneladas de CO2, que
representam 25% das emissões na França e 32,7 milhões de toneladas de carbono. Esta
quantidade corresponde à mesma ordem de grandeza dos resíduos dos canteiros de obras ou da
geração de lixo proveniente do uso residencial. Isto também equivale a meia tonelada de emissão
anual de carbono na atmosfera por cada habitante na França. Todos estes valores deverão ser
reduzidos a um quarto até o ano 2050. [Fonte: ADEME – Dados essenciais do setor de edificações
2004 - Chiffres clés du Bâtiment 2004]
O setor de serviços contribui de forma particular para esta questão do consumo energético. De
fato, em 2002, os edifícios escolares consumiram em média 134 kWh /m² ano de energia final
(sendo 118 kWh para o aquecimento de ambientes e a obtenção de água quente), e os imóveis de
escritórios consumiram 286 kWh/m² ano de energia final (sendo 166 kWh para o aquecimento de
ambientes e a obtenção de água quente). [Fonte: ADEME – Dados essenciais do setor de
edificações 2004 - Chiffres clés du Bâtiment 2004]
Para responder a estes desafios ambientais maiores, os objetivos de melhoria do desempenho
energético dos edifícios, tanto novos como existentes, foram definidos no Plan Climat 20043. No
que diz respeito às construções novas, este plano fixa os objetivos da regulamentação térmica
2005: uma melhoria do desempenho no mínimo de 15%, com uma perspectiva de progresso a
cada 5 anos para atingir a melhoria de 40% em 2020.
A presente Categoria 4 é a tradução operacional dos esforços feitos pelo empreendedor para limitar
os consumos de energia durante a fase de uso e operação do edifício e, por isto mesmo, limitar o
esgotamento dos recursos energéticos não renováveis e as emissões de poluentes atmosféricos e
de resíduos radioativos. Para fazer isto, o enfoque consiste em:
-
refletir antes de tudo sobre os elementos de arquitetura bioclimática que favoreçam a
redução do consumo energético,
-
em seguida, trabalhar sobre os sistemas e a escolha das modalidades de energia
empregadas para otimizar os consumos e reduzir os poluentes.
4.1.
Redução do consumo de energia por meio da concepção
arquitetônica
4.2.
Redução do consumo de energia primária e dos poluentes
associados
3
Este documento, elaborado pelo Ministério da Ecologia e do Desenvolvimento Sustentável da França, tem por objetivo
preparar o país para enfrentar a o fenômeno da mudança climática, particularmente no que se refere às emissões de carbono
para a atmosfera. Constata que as habitações e edifícios do setor de serviços são responsáveis por 19% das emissões e que,
para inclusive superar os propósitos do Protocolo de Kyoto, é necessário empreender um conjunto de ações, tais como realizar
diagnósticos de desempenho energético dos edifícios, condicionar os financiamentos dos bancos aos diagnósticos, estabelecer
etiquetagem de desempenho dos edifícios e estabelecer um máximo de consumo (kWh/m2 ano) segundo a tipologia de edifício,
entre outras ações. (ver [[[III]]])
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4
GESTÃO DA ENERGIA
NOTA
O conteúdo energético dos materiais e produtos (a energia necessária para sua fabricação, etc.) é
tratada na Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos".
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 4 __________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA 4
B
4.1
S
E
B
4.2
S
E
B
S
E
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
CATEGORIA 1 " Relação do edifício com seu entorno"
•
CATEGORIA 2 " Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos"
•
CATEGORIA 7 " Manutenção – Permanência do desempenho ambiental"
•
CATEGORIA 8 "Conforto higrotérmico"
•
CATEGORIA 10 "Conforto visual"
•
CATEGORIA 11 "Conforto olfativo"
•
CATEGORIA 13 "Qualidade sanitária do ar"
Utilização das características climáticas do local do empreendimento (orientação, etc.), viabilidade dos
recursos energéticos locais, etc.
Desempenhos energéticos dos produtos
As definições tomadas em matéria de gestão da energia condicionam o nível de complexidade dos
equipamentos a implementar para assegurar a sua gestão e a permanência dos desempenhos
Repercussões das escolhas feitas para assegurar o conforto dos usuários e sua relação com os consumos
energéticos
Repercussões das escolhas feitas para assegurar o conforto dos usuários e sua relação com os consumos
energéticos
Repercussões energéticas da eficácia da ventilação para assegurar o conforto olfativo
Repercussões energéticas da eficácia da ventilação para assegurar a qualidade do ar interno
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Análise do local do empreendimento (Anexo A, § A.1)
Esta análise identifica os parâmetros do local do empreendimento e deles deduz as
características e restrições para os desempenhos energéticos: identificação do clima (sol,
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GESTÃO DA ENERGIA
4
vento, chuva, etc.), do ambiente construído (criando potencialmente máscaras de
sombreamento), dos recursos energéticos locais (incluindo a realização de um estudo de
viabilidade do uso de recursos energéticos renováveis), etc.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] UFSC-CTC/ECV/LABEEE; PROCEL. Levantamento de dados visando a definição de protótipos de
edificações brasileiras – versão fev/2005. Florianópolis, 2005.
]
[[[B
B
B]] IPCC (1996). Climate Change 1995 - The Science of Climate Change - editado por Houghton,
J.T.; Meira Filho, L.G.; Callander, B.A.; Harris, N.; Kattemberg, K. e Maskell, K., Cambridge
University Press.
[[[C
C
C]]] Santos M. A. (2000). Inventário de emissões de gases de efeito estufa derivadas de
hidrelétricas. Rio de Janeiro, 2000. 147f. Tese (Doutorado) – Pós-graduação de Engenharia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
[[[D
D
D]]] Taborianski V. (2002). Avaliação da contribuição das tipologias de aquecimento de água
residencial para a variação do estoque de gases de efeito estufa na atmosfera. São Paulo,
..
2002. 118p. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, EPUSP.
[[[E
E
E]]] AFNOR - Norme NF P01-020-1 "Qualité environnementale des bâtiments - Partie 1: Cadre
méthodologique pour la description et la caractérisation des performances environnementales
et sanitaires des bâtiments" – Mars 2005 (AFNOR – Norma NF P01-020-1 “Qualidade
ambiental dos edifícios – Parte 1: Quadro metodológico para a descrição e a caracterização
dos desempenhos ambientais e sanitários dos edifícios – março 2005)
[[[F
F
F]]] ABNT 1998. Projeto 02:135.07-002. Desempenho térmico de edificações - Parte 2: Métodos de
cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor
solar de elementos e componentes de edificações
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[G
G
G]]] RT 2005 - Décret n°2006-592 du 24 mai 2006 relatif aux caractéristiques thermiques et à la
performance énergétique des constructions – Journal Officiel du 25 mai 2006 (RT 2005 –
Decreto nº 2006-592 de 24 de maio 2006 relativo às características térmicas e ao
desempenho energético das construções – Diário Oficial de 25 de maio de 2006 )
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610624D#
[[[H
H
H]]] RT 2005 – Arrêté du 24 mai 2006 relatif aux caractéristiques thermiques des bâtiments
nouveaux et des parties nouvelles de bâtiments - J.O du 25 mai 2006 (RT 2005 – Decreto de
24 de maio de 2006 relativo às características térmicas dos novos edifícios e de partes novas
dos edifícios – Diário Oficial de 25 maio 2006)
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610625A
[[[III]]] RT 2005 – Projet d'arrêté portant approbation de la méthode de calcul Th-C-E ; Méthode Th-CE ; Moteur de calcul – Juillet 2006-07-31 (RT 2005 – Projeto de decreto para aprovação do
método de cálculo Th-C-E; Método Th-C-E; Modo de cálculo – 31 julho 2006)
http://www.rt2000.net - rubrique "Actualités" (rúbrica “Atualidades”)
[[[JJJ]]] ADEME - Qualité environnementale des bâtiments ; Manuel à l'usage de la maîtrise d'ouvrage
et des acteurs du bâtiment - Avril 2002 (ADEME – Qualidade ambiental dos edifícios; Manual
para empreendedores e demais agentes do setor de edificações – abril 2002)
]
[[[K
K
K]] ADEME - Bilan Carbone d'une entreprise industrielle ou tertiaire ; Guide méthodologique de la
méthode (version 3.0): objectifs, résultats exploitables, choix méthodologiques - Avril 2005
(ADEME – Balanço de Carbono de uma empresa industrial ou terciária; Guia metodológico do
método (versão 3.0): objetivos, resultados exploráveis, escolhas metodológicas – abril 2005)
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4
GESTÃO DA ENERGIA
[[[L
L
L]]] ADEME - Bilan Carbone ; Calcul des facteurs d'émissions et sources bibliographiques utilisées
(version 3.0) - Avril 2005 (ADEME – Balanço de Carbono; Cálculo dos fatores de emissão e
fontes bibliográficas utilizadas (versão 3.0) – abril 2005)
]
[[[M
]
M
M] AFNOR - FD P01-015 "Qualité environnementale des produits de construction –Fascicule de
données énergie et transport " – Février 2006 (AFNOR – FD P01-015 “Qualidade ambiental dos
produtos de construção – Fascículo de dados de energia e transporte – Fevereiro 2006)
[[[N
N
N]]] http://www.ecologie.gouv.fr/IMG/pdf/plan_climat.pdf. Acesso em 03/outubro/2007
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Categoria 4
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GESTÃO DA ENERGIA
4.1
4
REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA POR MEIO
DA CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA
Introdução
A boa concepção da envoltória e da estrutura do edifício contribui para reduzir as suas
necessidades de energia, principalmente para o resfriamento e a iluminação. É importante avaliar
as melhorias feitas sobre a envoltória, porque elas são perenes (várias dezenas de anos para a
maioria dos edifícios). Além disso, a aptidão da envoltória e da estrutura do edifício para reduzir as
necessidades de energia podem ser avaliadas no início da concepção, uma vez adotado o partido
arquitetônico (volumetria, compacidade, tamanho e orientação das aberturas, tipo de proteções
solares, escolhas construtivas e inércia térmica).
A utilização futura do edifício e o clima local são dois parâmetros que condicionam a maior ou
menor importância que se atribui a um ou outro consumo específico de energia (em edifícios de
escritório, por exemplo, os ganhos das fontes internas de calor são freqüentemente suficientes
para dispensar o aquecimento artificial).
A dificuldade do enfoque passivo reside na escolha freqüentemente contraditória entre a
limitação dos consumos energéticos e a conservação de condições de conforto para os usuários em
todas as estações. Assim, atenção particular deve ser dada às interações com a Categoria 1
"Relação do edifício com seu entorno", a Categoria 8 "Conforto higrotérmico" e a Categoria 10
"Conforto visual".
Quadro de avaliação
Preocupação
4.1.1. Melhorar a aptidão
da envoltória para limitar
desperdícios
4.1.2. Melhorar a aptidão
do edifício para reduzir
suas necessidades
energéticas
Indicador
Transmitância Térmica ponderada
da envoltória Uedif (W/m2.K)
Necessidades energéticas do
edifício
Partido arquitetônico (implantação,
porte, orientação e aspecto geral
do edifício)
Critério de avaliação
Título
Nível
Explicitação do valor absoluto da
Transmitância Térmica Uedif
S
Uedif < Uedif-base (1)
Explicitação do valor absoluto das
necessidades energéticas totais e
das necessidades energéticas por
uso final (Cresfriamento, Ciluminação)
S
Justificativa da otimização do
partido arquitetônico em função
do contexto e dos objetivos
ambientais do empreendedor (2) (3)
(1) O edifício base constitui um modelo com a mesma orientação, áreas de piso, volumes e exigências funcionais do edifício
proposto no empreendimento e objeto de avaliação por este Referencial. Com estes parâmetros semelhantes, tem-se o
conceito inicial da forma do edifício, sobre o qual são aplicadas as prescrições do Código de Obras local e as
regulamentações das concessionárias de energia e combustível. As propriedades térmicas das vedações e demais
elementos de construção do edifício base e respectiva forma de cálculo são descritas a seguir.
Para o caso brasileiro, a transmitância térmica média do edifício sob análise será calculada pela seguinte equação:
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Categoria 4
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4
GESTÃO DA ENERGIA
U edif =
ΣU i × Ai
ΣAi
onde Ui é a transmitância térmica da superfície associada ao elemento de vedação Ai.
De modo semelhante ao que preconiza a legislação francesa, a transmitância térmica do edifício-base será calculada pela
seguinte equação:
U edif −base =
Σai × Ai
ΣAi
representando os coeficientes ai as transmitâncias térmicas do edifício-base, que têm seus valores indicados na Tabela a
seguir, elaborada com base na realidade do país e adaptada para a aplicação da presente certificação. Estes valores não
representam uma composição específica de materiais constituintes dos elementos de um edifício, mas valores médios de
tipologias de edifícios de escritórios e escolares para os quais a submissão a uma metodologia de avaliação ambiental e a
obtenção de uma certificação respectiva estejam na ordem do dia.
Elemento do edifício
Parede
Cobertura
Portas, não totalmente de vidro
Vidros*
Transmitância térmica,
ai (W/m2.K)
2,4
1,2
3,0
6,5
* Para o edifício-base é adotado um percentual de área de janela na fachada de 45 %, valor próximo ao encontrado em
A
pesquisa [[[A
A]]]...
(2) Esta justificativa deverá estar baseada nas seguintes premissas:
ƒ Por um lado, na otimização do partido arquitetônico, em função do contexto e dos objetivos ambientais do
empreendimento.
A consideração do contexto refere-se aos ganhos solares e às máscaras de sombreamento, às vistas, aos dados
meteorológicos, etc. Os objetivos ambientais do empreendimento são decorrência dos objetivos próprios do
empreendedor, dos objetivos ligados à natureza do projeto, mas também das empresas envolvidas e demais partes
interessadas.
ƒ Por outro lado, na realização de uma análise sobre perdas energéticas e necessidades.
A justificativa deve considerar a análise fachada por fachada do ponto de vista energético, sempre considerando os
impactos das escolhas tanto no verão como no inverno. Com efeito, os esforços para economizar energia não devem
prejudicar o conforto dos usuários.
(3) Exemplos de elementos passivos que limitam as necessidades de resfriamento:
ƒ forte isolamento térmico das vedações e em particular das coberturas
ƒ inércia térmica forte, particularmente no nível das lajes e vedações verticais, evitando camadas adicionais de
isolamento, que possam “mascarar” esta inércia (forro falso, p. ex.)
ƒ isolamento térmico exterior
ƒ proteções solares eficazes (exteriores e móveis, eventualmente automatizadas), inclusive nos átrios e nas circulações
ƒ proteções solares do tipo “beirais ou toldos” na face Norte, fixas ou não
ƒ evitar paredes envidraçadas nas faces Oeste e Leste, expostas ao ruído
ƒ cores claras para as fachadas expostas ao sol e as coberturas
ƒ ventilação que utiliza o ar fresco de modo passivo, por velocidade de vento ou convecção natural ("poço canadense" ou
“poço provençal”, por ex.)
ƒ localização das tomadas de ar externo nos espaços exteriores mais frescos
ƒ cobertura ventilada
ƒ outras soluções passivas de ventilação (passagem do ar entre duas lajes ou no interior de uma laje, superventilação
noturna, ventilação cruzada, aproveitamento dos ventos dominantes)
ƒ cobertura vegetalizada, planos vegetais na fachada
ƒ aproveitamento da inércia térmica do solo, da inclinação do terreno, da vegetação e da água, eventualmente existentes
no local do empreendimento
Exemplos de elementos passivos que limitam as necessidades de iluminação artificial:
ƒ iluminação natural abundante nos ambientes de trabalho e de circulação, assegurando uma porcentagem elevada de
suprimento da necessidade total de iluminação pela iluminação natural
ƒ exploração da orientação Sul
ƒ emprego de cores claras para as superfícies internas
ƒ tratamento específico dos fundos dos ambientes
ƒ poços de luz, iluminação zenital, evitando a irradiação direta
ƒ abertura de acesso à luz do dia para os ambientes profundos
ƒ emprego de “bancadas de luz”, para aumentar a iluminação natural no fundo dos ambientes
ƒ envidraçamento das partes altas das fachadas
ƒ luz natural nos elevadores
ƒ proteção contra o ofuscamento exterior ou a irradiação solar direta perturbando o mínimo possível o emprego da
iluminação natural (proteções solares modulares, p. ex.)
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GESTÃO DA ENERGIA
4
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
4.1
B
4.1.1
S
E
B
4.1.2
S
E
B
S
I
E
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4
4.2
GESTÃO DA ENERGIA
REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA E DOS
POLUENTES ASSOCIADOS
Introdução
CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA
O consumo de energia de uma construção é expresso em energia primária. Isto permite exprimir a
provisão de recursos energéticos (importante, sobretudo no caso de combustíveis não renováveis),
independentemente do suprimento de energia ter origem local ou remota (caso da rede pública de
eletricidade). Além da ação sobre a concepção arquitetônica (subcategoria 4.1), é possível limitar
os impactos de uma construção tais como o esgotamento de recursos energéticos e a poluição
atmosférica, atuando também nos produtos e sistemas empregados. Esta ação intervém nas fases
relativamente avançadas da concepção, pois implica em simulações que requerem dados precisos
sobre os componentes previstos no projeto.
Dividindo-se a oferta pelo consumo total de energia elétrica, com dados de documento preliminar
do Balanço Energético Nacional (BEN) brasileiro referente ao ano de 2006, obtém-se o valor 1,18.
Este é o coeficiente para conversão de energia consumida em energia primária.
RECURSO ÀS ENERGIAS RENOVÁVEIS LOCAIS
O recurso às energias renováveis de todos os tipos é medido indiretamente via consumos que são
deduzidos no cálculo do consumo de energia primária não renovável. No entanto, o referencial
chama atenção para a escolha da modalidade energética e valoriza os empreendimentos para os
quais o recurso às energias renováveis locais constitui uma opção verdadeiramente razoável e
coerente.
POLUENTES ASSOCIADOS AOS CONSUMOS ENERGÉTICOS
As problemáticas dos poluentes associados aos consumos energéticos do edifício são muito
distintas para que possa ser definido um indicador global para o conjunto de poluentes emitidos. É
conveniente distinguir as seguintes preocupações:
ƒ
ƒ
ƒ
combater a mudança climática;
limitar as chuvas ácidas;
limitar a produção de resíduos radioativos.
Mudança climática
Vários gases contribuem para o fenômeno do efeito estufa: gás carbônico (CO2), metano (CH4),
óxido nitroso (N2O), etc. O impacto destes gases sobre o clima é medido pelo seu poder de
aquecimento global (conhecido igualmente pelo seu equivalente em inglês, GWP ou Global
Warming Potential), específico para cada gás. Quanto mais elevado, mais importante é o impacto
do gás. Por convenção, o gás de referência é o CO2: utiliza-se um indicador de quantidade de gás
de efeito estufa expresso em “equivalente de CO2". No setor dos edifícios, as emissões de gás de
efeito estufa provêm de consumos energéticos de origem fóssil, quer estas emissões sejam locais
ou remotas (caso das redes de eletricidade cuja produção utiliza combustíveis fósseis). Os fatores
de emissão "equivalente de CO2" das principais modalidades energéticas propostas no presente
referencial são extraídos das fontes citadas.
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GESTÃO DA ENERGIA
Fatores de emissão de
combustíveis em equivalente de
CO2
kg eq CO2 /kWh
de energia final
% da
Matriz
0,341
0,279
0,267
0,257
1,6
0,7
1,9
4,7
kg eq CO2
/kWh
Considerando
a matriz
0,00546
0,00195
0,00507
0,01208
0
2,1
0
A determinar
2,9
0
0
0,013
0
2,4
83,7
0
0,01088
0,0354
Carvão
Óleo combustível
Óleo diesel
Gás natural
Renováveis (lenha, eólica e bagaço de
cana)
Lixívia, gás de coqueria, outras
recuperações e outras secundárias
Nuclear
Eletricidade (somente hidráulica)
TOTAL (eq CO2 /kWh)
4
Referência
[[[B
B
B]]]
[[[B
B
B]]]
[[[B
B
B]]]
[[[B
B
B]]]
[[[L
L
D
L]]]; [[[D
D]]]
C
Chuvas ácidas
Este item será contabilizado em uma versão futura do referencial brasileiro, porque, no momento,
ainda não há dados com precisão suficiente para se obter uma confiabilidade aceitável das
estimativas. Para se apontar o futuro desenvolvimento desta exigência, reproduz-se a seguir o
texto original do documento francês, que não é aplicado por enquanto.
O indicador adotado traduz a emissão anual de SO2 equivalente rejeitado e expressa em kg SO2
eq/Unidade funcional. Na presente versão do referencial, consideram-se apenas os seguintes
poluentes gasosos: SO2 e NOx, que são agregados num indicador AP ou Potencial de Acidificação,
que é expresso em SO2 equivalente. Para a agregação, os coeficientes de ponderação a utilizar são
os seguintes: 1 para as emissões de SO2 e 0,7 para as emissões de NOx. Os fatores de emissão
F
F]]]:
indicados na tabela a seguir são, salvo menção contrária, extraídos do guia da ADEME [[[F
NOx g/kWh (kWh AP g/kWh(kWh
SO2 g/kWh
(kWh de
de energia final)
de energia
energia final )
final)
Carbono
2,58
0,95
3,25
Óleo combustível
0,52 (2)
0,52
0,88
Óleo diesel
0,30
0,15
0,41
Gás natural
0,17
0,12
Madeira
0,32
0,22
Eletricidade (ano) (3)
0,32 (4)
0,27 (4)
0,51
Eletricidade (marginal inverno) (3)
2,2
0,92
2,84
Eletricidade (uso médio em aquecimento) (3)
0,89
0,47
1,22 (5)
(1) Estes são os valores convencionais. Outros valores podem ser empregados mediante justificativa.
(2) Trata-se de uma taxa de emissão média, variando com o teor de enxofre do combustível.
(3) O valor “Eletricidade (ano)” é para ser empregado nos usos finais que ocorrem durante todo o ano ou
no verão, enquanto que o valor “Eletricidade (uso médio em aquecimento)” é para ser empregado nos
usos concentrados no período de aquecimento e o valor “Eletricidade (marginal inverno)” está presente
a título informativo e não intervém nos cálculos.
(4) Fonte: EDF
(5) Fonte: TRIBU
Fatores de emissões dos combustíveis
em SO2 e NOx (1)
As emissões acidificantes são condicionadas não somente pela escolha do combustível, mas
também pela escolha do queimador e do modo de gestão da caldeira/boiler. Por exemplo, o fato de
empregar queimadores de baixo NOx ou modulares deve ser valorizado neste nível.
Resíduos radioativos
O emprego de combustível nuclear gerou 13,8 TWh no Brasil, em 2006, o que representa 3% da
produção de energia elétrica. Por esta razão, considerou-se que, no momento, a poluição que
causa é muito baixa e pode ser desconsiderada. Deve-se notar que esta exclusão não ocorre no
referencial francês.
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4
GESTÃO DA ENERGIA
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Nível
Explicitação do valor absoluto do
coeficiente Cep (kWh-ep/ano e
kWh-ep/ano.m²área útil (1)) e
detalhado por uso final
(resfriamento; iluminação;
aquecimento de água; ventilação;
equipamentos auxiliares)
Cep ≤ Cepref
4.2.1. Reduzir o consumo
de energia primária
devida ao resfriamento, à
iluminação, ao
aquecimento de água, à
ventilação e aos
equipamentos auxiliares
Coeficiente de consumo de energia
primária (ep) Cep:
ƒ
expresso em kWh/ano.m²área útil
ƒ
calculado segundo simulação
computacional do edifício
proposto para o
empreendimento
B
(2)
Explicitação do valor absoluto do
coeficiente Cep (kWh-ep/ano e
kWh-ep/ano.m²área útil (1)) e
detalhado por uso final
(resfriamento; iluminação;
aquecimento de água; ventilação;
equipamentos auxiliares)
Cep ≤ 0,90 Cepref
S
(2)
Explicitação do valor absoluto do
coeficiente Cep (kWh-ep/ano e
kWh-ep/ano.m²área útil (1)) e
detalhado por uso final
(resfriamento; iluminação;
aquecimento de água; ventilação;
equipamentos auxiliares)
Cep ≤ 0,80 Cepref
E
(2)
Cálculo da quantidade de CO2
gerada por diferentes
modalidades de energia (3)
4.2.2. Limitar os
poluentes gerados pelo
consumo de energia
4.2.3. Utilizar energias
renováveis locais
Quantidades:
ƒ
equivalentes de CO2 gerados
pelo uso de energia
Emprego de modalidades
energéticas locais de origem
renovável (4)
Justificativa para a escolha
energética correspondente ao
melhor compromisso em vista da
emissão de poluentes e dos
objetivos ambientais do
empreendedor
S
Explicitação da porcentagem de
cobertura das necessidades pelas
energias locais de origem
renovável (detalhada por uso final
energético)
E
Justificativa da pertinência da
modalidade (5)
(1) A área útil a considerar é a área útil do conjunto das zonas destinadas ao exclusivo exercício da atividade fim do edifício.
São assim excluídas as áreas de: banheiros, halls, áreas de circulação, terraços, balcões, átrios, áreas abertas do térreo,
garagens cobertas, dentre outras. Nos edifícios com ar condicionado, não se consideram, também, as áreas não resfriadas.
(2) O cálculo do Cepref deverá ser feito por meio de uma simulação computacional do consumo do edifício-base ou de
referência, conforme definido na nota (1) da preocupação 4.1.1. Deve-se fornecer uma descrição e memória de cálculo
justificativa do modelo.
(3) Unidades de cálculo:
ƒ Equivalente de CO2: kg-eq CO2/ano.m²área útil
O presente referencial não inclui a exigência sobre a quantidade de CO2 emitido; tampouco inclui as poluições causadas
pelas emissões de SO2 (falta de dados confiáveis) e por resíduos radioativos (baixo percentual na matriz energética), estas
duas últimas estando presentes no referêncial francês. Entretanto, quando houver dados suficientes de medidas de campo
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GESTÃO DA ENERGIA
4
no Brasil, um critério será introduzido para este indicador e as emissões de SO2 passarão a ser consideradas; caso haja
aumento do papel da energia nuclear no país, exigências quanto aos controles de seus poluentes radioativos poderão
também ser incluídas.
(4) Por modalidade energética local de origem renovável, é, sobretudo, compreendido o seguinte:
ƒ painéis solares térmicos (para o aquecimento de água e/ou calefação de ambientes)
ƒ painéis solares fotovoltaicos (para a produção de eletricidade utilizada no empreendimento)
ƒ madeira, quando este recurso estiver disponível localmente
ƒ etc.
Os equipamentos de elevado desempenho que utilizem parcialmente energias não renováveis locais e que permitam
diminuir o consumo de energia das fontes tradicionais, podem ser assimilados às modalidades energéticas locais de origem
renovável. É o caso, por exemplo, das bombas de calor (pompes à chaleur / heat pumps), que retiram o calor da terra ou
da água e o transferem para o ar ou a água que circula no interior dos edifícios, com uma relação entre a quantidade de
calor produzida e a energia elétrica consumida pelo seu compressor média anual, segundo os parâmtros franceses, superior
a 3 (excluídas as bombas de calor do tipo ar/ar). O uso de uma solução como esta no Brasil pode ser considerado como
uma modalidade energética local de origem renovável mesmo com relações inferiores a esta.
(5) A análise da pertinência da modalidade de origem da energia é feita a partir dos elementos do estudo de viabilidade
realizado no momento da análise do local do empreendimento (cf Anexo A, §A.1 du SGE). Esta pertinência será apreciada a
partir de questões sobre os seguintes pontos:
ƒ A porcentagem de cobertura das necessidades: abaixo de uma certa porcentagem (5%), convém se questionar se não é
melhor investir em outra aplicação ou uma outra modalidade.
ƒ O uso final para o qual a modalidade é utilizada: há uma pertinência entre a solução implementada e as variáveis
ambientais do uso final (em relação à natureza da construção e ao contexto do empreendimento)?
Por exemplo, pode-se questionar a pertinência dos painéis solares térmicos para o aquecimento de água em um edifício
de escritórios, onde o consumo de água quente não seja significativo (exceto para o restaurante das empresas), não
sendo esta a melhor alternativa para enfrentar os desafios ambientais.
ƒ A eficácia dos equipamentos.
Por exemplo, um aquecedor a madeira somente é justificável se apresentar um bom rendimento e se forem mínimas as
emissões de CO2 devidas ao transporte da madeira (fornecimento local).
ƒ O impacto ambiental global da solução energética.
Por exemplo, os benefícios ambientais de um aquecedor a madeira podem ser limitados se forem considerados os meios
locais de obtenção da madeira (veículos poluentes).
ƒ O tempo de retorno do investimento.
O empreendedor poderá fixar um tempo máximo aceitável de retorno do investimento (10 ou 15 anos, por exemplo),
considerando o custo global do empreendimento.
Se nenhuma modalidade local de energia renovável for considerada pertinente, uma justificativa por escrito será requerida,
demonstrando que a análise das alternativas foi realizada segundo os diferentes critérios do empreendedor (técnicos,
ambientais, econômicos e administrativos), tendo sido constatada a não pertinência de se recorrer a alguma destas
modalidades de energia.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
4.2
B
4.2.1
S
E
B
4.2.2
S
E
B
4.2.3
S
E
B
S
E
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GESTÃO DA ENERGIA
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Categoria 4
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GESTÃO
DA ÁGUA
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SAÚDE
CONFORTO
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRA COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFICIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 5
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GESTÃO DA ÁGUA
INTRODUÇÃO ________________________________
A gestão da água, um verdadeiro desafio ambiental da sociedade, visa adiar a escassez desse
recurso natural e reduzir as poluições potenciais e os riscos de inundação. Gerenciar o uso da água
de forma ambientalmente correta em um edifício significa estar atento aos seguintes aspectos:
ƒ
suprimento de água potável,
ƒ
gestão de águas pluviais no terreno,
ƒ
esgotamento sanitário.
O desafio ambiental associado ao suprimento de água potável refere-se à economia de água, sendo
necessárias:
ƒ
a exploração racional dos recursos disponíveis,
ƒ
a otimização da quantidade de água consumida para os diferentes usos.
A gestão de águas pluviais no terreno possibilita uma ação em escala micro-urbana que visa limitar
o escoamento de águas pluviais a fim de prevenir o risco de inundação e reduzir a poluição difusa.
Esta problemática é tratada igualmente na Categoria 1 “Relação do edifício com o seu entorno”.
Em termos de tratamento do esgoto proveniente de um empreendimento, duas situações se
apresentam: o sistema é ligado à rede pública de esgoto sanitário e, neste caso, um eventual prétratamento pode ser realizado antes de seu lançamento ao sistema público, ou o sistema pode
apresentar tratamento individualizado.
Neste último caso, a tabela 1 da NBR 13969:1997 indica faixas prováveis de remoção dos
B
B]]], expressas pelos parâmetros dBO5,20 - Demanda
poluentes conforme o tipo de tratamento [[[B
Bioquímica de Oxigênio (de 5 dias, a 20oC), DQO – Demanda Química de Oxigênio, SNF – Sólidos
Não Filtráveis ou Sólidos em Suspensão, Sólidos sedimentáveis, Nitrogênio amoniacal, Nitrato,
Fosfato e Coliformes fecais, em função do processo de tratamento. O empreendedor deve adotar
no mínimo como parâmetros de controle o SNF e o dBO5,20, buscando soluções que permitam
atender os limites impostos pela NBR 13969:1997 quanto ao tratamento individualizado.
Por outro lado, as reflexões sobre a questão do tratamento devem considerar as escolhas feitas em
termos de otimização da quantidade de água consumida para os diferentes usos. De fato, reduzir
os volumes consumidos implica que o tratamento deverá considerar a mesma poluição, porém
mais concentrada.
A otimização do tratamento de esgoto também é uma problemática importante para os edifícios do
setor de serviços. Contudo, por falta de critérios concretos para avaliar este desafio, o tratamento
não é abordado nesta versão do referencial.
5.1.
Redução do consumo de água potável
5.2.
Otimização da gestão de águas pluviais
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5
5
GESTÃO DA ÁGUA
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 5 __________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
5
B
5.1
S
E
B
5.2
S
E
B
S
E
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 1 "Relação do edifício com seu entorno"
•
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos”
•
Categoria 7 "Manutenção – Permanência do desempenho ambiental"
•
Categoria 14 "Qualidade sanitária da água"
Gestão de águas pluviais no terreno, redução de impermeabilização de superfícies
Escolha de equipamentos economizadores de água em conformidade com seu PSQ ou cujas características
sejam verificadas (referência técnica/controle de recebimento)
Necessidade de equipamentos para monitorar e gerenciar os consumos de água, bem como para reduzir o
desperdício e os vazamentos; a atividade de limpeza e de conservação é igualmente consumidora de água
Risco sanitário vinculado à presença de uma rede de água pluvial
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.7 – Manual de uso e operação do edifício
Transmissão aos futuros usuários de todas as informações necessárias para a utilização dos equipamentos
economizadores de água e as precauções a serem tomadas no caso de presença de dupla rede.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2007). NBR 15527:2007 - Água de chuva Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis – Requisitos.
]
[[[B
B
B]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1997). NBR 13969:1997. Tanques sépticos
- Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto,
construção e operação.
[[[C
C
C]]] WILKEN, Paulo Sampaio. Engenharia de drenagem superficial. São Paulo: CETESB, 1978.
477p.
]
[[[D
]
D
D] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1998). NBR 5626: Instalação predial de
água fria. Rio de Janeiro.
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GESTÃO DA ÁGUA
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[E
E
E]]] Claude François, Bruno Hilaire – Guide pour les économies d'eau – Cahier du CSTB n°3361,
livraison 422 – Septembre 2001 – 32 pages.
[[[F
F
F]]] Lieutenant-Colonel AITHOCINE et Assistant LE PODER – Assainissement: Conception – Ecole
Supérieure de Génie Militaire – 1994.
]
[[[G
]
G
G] Savoir gérer les eaux de ruissellement – Une introduction aux principes de gestion des eaux
pluviales - http://www.ene.gov.on.ca/cons/4328-fr.htm.
[[[H
H
H]]] Direction Générale de la Santé – Position sanitaire relative à l'utilisation des eaux de pluie pour
des usages domestiques – 2 Mars 2006.
[[[III]]] Norma EN 1717 - Proteção contra a contaminação de água potável nas instalações hidráulicas e
requisitos gerais dos dispositivos aptos a prevenir a contaminação por refluxo. 2000.
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Categoria 5
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5
5
GESTÃO DA ÁGUA
REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA POTÁVEL
5.1
Introdução
A água potável em edifício pode ser economizada de quatro formas:
Limitar seu uso apenas para “alimentação” (bebida, preparação de alimentos, lavagem de
louça) e “higienização corporal” (lavatório, chuveiro, banheira, lavagem de roupa), tal como
G
G]]], diretoria do atual
definidos no posicionamento da Direction Générale de la Santé [[[G
Ministério da Saúde e da Solidariedade francês voltada à saúde.
E, para os “outros” tipos de usos (evacuação de excrementos, lavagem de pisos e de
veículos, irrigação de horta, água de piscina), em edifícios escolares e em edifícios de
escritórios, podem ser utilizadas águas não provenientes da rede pública de água potável.
Uma das soluções mais praticadas é o aproveitamento de águas pluviais. Esta solução
apresenta duas vantagens: contribuir para a economia de água potável e para a hidrologia
urbana local (via gestão da retenção). Essa orientação não conflita com o item 5.2.1.1 da
D
D]]], que diz “segundo o tipo de necessidade do uso doméstico da água e
NBR 5626 [[[D
respeitados os requisitos relativos à segurança sanitária, o abastecimento pode ser feito com
água potável ou não potável”.
O uso de água não potável (sobretudo de águas pluviais) deve, contudo, respeitar as
condições mínimas descritas a seguir:
Disposições mínimas em redes externas ao edifício:
-
sistemas de coleta e de utilização de água pluvial separados do sistema de suprimento e
distribuição de água potável para os edifícios, inclusos os habitacionais;
sistemas de coleta e de utilização de água pluvial em conformidade com a NBR
A
A]]], além de evitar os riscos de conexão cruzada, sanitários (refluxo de
15527:2007 [[[A
água) e de afogamento, privilegiando o uso de materiais inertes e dispositivos de
evacuação.
Disposições mínimas em rede interna dupla (água potável e água pluvial):
-
-
separação e distinção das redes;
inviolabilidade do sistema de água não potável;
separação total entre o sistema de água de água pluvial e a rede de água potável caso a
H
H]]]);
alimentação auxiliar seja realizada pela rede de água potável (cf norma EN 1717 [[[H
no interior dos edifícios, os pontos de utilização de água pluvial, exceto os que alimentam
as bacias sanitárias, devem ser instalados apenas em áreas técnicas ou em pontos de
utilização de uso restrito; tais pontos devem ser diferenciados e somente operados por
uma pessoa habilitada;
a conservação das instalações deve ser controlada por uma empresa ou profissional de
terceira parte;
informação, rastreabilidade e análise de monitoramento.
NOTA: A vigilância quanto ao risco sanitário ligado à presença de uma rede dupla é abordada na
Categoria 14 “Qualidade sanitária da água”, especificamente no item 14.2 “Organização e proteção de
redes hidráulicas”. Na França, é ainda obrigatório se obter uma autorização expressa para tanto de uma
DDASS - Direction Départemental des Affaires Sanitaires et Sociales.
ƒ
Instalar componentes economizadores de água considerando as atividades dos usuários no
edifício (hábitos e motivações): esses componentes visam reduzir os volumes de água
utilizados para um dado uso.
ƒ
Sensibilizar os usuários para as práticas de conservação de água: as ações de sensibilização
podem atuar na freqüência de utilização e também na garantia do uso adequado dos
componentes economizadores.
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Categoria 5
106/241
5
GESTÃO DA ÁGUA
Na fase de concepção, o empreendedor não dispõe, contudo, de uma grande margem de
influência, e as ações de sensibilização são da competência mais especificamente do
responsável pela gestão do empreendimento, o qual se torna responsável pela transmissão
de recomendações ao responsável pelo gerenciamento do uso e operação do edifício. Este
ponto deve ser abordado pelo Manual de uso e operação do Edifício, tratado no referencial do
SGE (Anexo A.7)
ƒ
Verificar os consumos de água a fim de limitar os desperdícios e os vazamentos. O
empreendedor pode influenciar este desafio utilizando os meios e os equipamentos que
permitam assegurar este acompanhamento na fase de uso e operação. Este ponto é tratado
na Categoria 7 “Manutenção - Permanência do desempenho ambiental”.
Quadro de avaliação
Preocupação
5.1.1. Limitar as vazões
de utilização
5.1.2. Otimizar o
consumo de água potável
5.1.3. Limitar o uso de
água potável
Indicador
Redutores de pressão (caso a
pressão seja superior a 300 kPa)
Soluções economizadoras de água
Medidas adotadas para limitar o
uso de água potável
Critério de avaliação
Título
Nível
Presença de redutores de pressão
(caso a pressão seja maior que
300 kPa)
B
Presença de sistemas
economizadores (1)
S
Presença de sistemas
economizadores que assegurem
um percentual de redução do
consumo de água potável
justificado (2)
Emprego de água não potável
para os usos que não necessitem
das características de
potabilidade (3)
E
E
(1) Ações a serem tomadas:
ƒ Identificar as atividades consumidoras de água potável (incluindo as atividades de conservação e manutenção).
ƒ Identificar os pontos de utilização e equipamentos consumidores de água potável.
ƒ Instalar sistemas economizadoras de água.
Ver a nota 1 após o Quadro de avaliação (indicativa) com exemplos de sistemas economizadores de água.
(2) Ações a serem tomadas:
Trata-se aqui de iniciar uma avaliação sobre a água potável partindo de um projeto convencional, tal qual o empreendedor o
executaria se não dedicasse atenção particular à economia de água:
ƒ Identificar as atividades consumidoras de água potável (incluindo as atividades de conservação e manutenção).
ƒ Identificar os pontos de utilização e equipamentos consumidores de água potável.
ƒ Calcular os consumos anuais de cada equipamento (a partir da experiência ou de referências bibliográficas: ver as notas
2 e 3 após o Quadro de avaliação).
ƒ Calcular o consumo anual total.
ƒ Analisar os consumos anuais de cada ponto de utilização e de cada equipamento com o objetivo de identificar os pontos
críticos de consumo de água e, dentre eles, aqueles passíveis de se obterem maiores impactos de redução.
ƒ Para os diferentes equipamentos, escolher as soluções economizadoras adequadas (incluir o uso da água não potável)
para reduzir os volumes de água consumidos por uso, e definir a porcentagem de redução de consumo realizada por
equipamento (justificar, sobretudo, por meio da documentação técnica de cada equipamento).
ƒ Calcular o consumo anual total após a avaliação sobre a economia de água potável.
Ver as notas 2 e 3 após o Quadro de avaliação (indicativas).
(3) Caso o projeto não considere o uso de água não potável para os “outros” tipos de usos, o nível E pode mesmo assim ser
atingido se o empreendedor:
a) Justificar um dos elementos seguintes:
ƒ
Relação custo-benefício pouco interessante.
ƒ
Risco sanitário muito importante em relação à competência do serviço técnico que intervirá na rede de água na fase
de uso e operação.
ƒ
Limitação técnica (por exemplo, baixa intensidade pluviométrica, ou uma distribuição pluviométrica pouco favorável
para os usos considerados para água pluvial).
ƒ
Limitação de projeto (por exemplo, superfícies de coleta de águas pluviais insuficientes para assegurar o volume
necessário).
b) Demonstrar que o uso de água não potável “foi compensado” por outras ações mais importantes que visam à economia
do recurso natural “água”.
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5
GESTÃO DA ÁGUA
NOTA1 (indicativa): Exemplos de soluções economizadoras de água
USO
SOLUÇÕES ECONOMIZADORAS DE ÁGUA
Bacias sanitárias
Volumes de descarga inferiores a 6,0 litros (volume nominal) e com sistema de dupla
descarga (ou interrompíveis)
Aproveitamento de água pluvial
Torneira com fechamento automático (hidromecânico)
Lavatórios
Torneira eletrônica (sensor de presença)
Misturador com restritor ou com registro regulador de vazão
Chuveiros
Misturador com restritor ou com registro regulador de vazão
Irrigação das áreas verdes e
limpeza das áreas comuns
Aproveitamento de água pluvial (em função da magnitude das áreas verdes)
NOTA 2 (indicativa): Exemplos de consumos de água
Edifícios escolares:
Valores encontrados em levantamento de escolas brasileiras, após a implementação do Programa
de Uso Racional da Água:
Escolas com turnos matutino, vespertino e noturno de nível fundamental sem restaurantes
apresentam um indicador de consumo de 10 a 20 litros por aluno por dia (durante 200 dias
letivos e 40 semanas de aula para o ensino fundamental e médio).
Valores considerados a partir do levantamento de 70 estabelecimentos franceses de ensino:
Os estabelecimentos sem internos, de ensino geral, técnico, profissional, etc., têm um
consumo médio de 13 litros por dia e por aluno (durante 175 dias por ano, 35 semanas de
aulas).
Restaurante: 8 litros por refeição servida.
O consumo de água em bacias sanitárias alimentadas com água pluvial representa a
economia de apenas cerca de 3 a 4 litros por dia e por aluno.
Escritórios:
Pesquisa desenvolvida na Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo determinou 16 litros por refeição, após Programa de Uso Racional da Água (dado
Brasil).
Consumos em torno de 20 a 30 litros por dia e por funcionário (dados da França).
Restaurante: cerca de 8 litros por dia e por usuário, como o medido em escolas (dado da
França).
NOTA 3 (indicativa): Tabela de consumo de água potável
As diferentes ações relativas à redução do consumo da água potável podem ser agrupadas em um
documento único como o apresentado a seguir (para as fases de concepção e realização). Este
quadro pode servir ao mesmo tempo de apoio para a concepção e de memória de cálculo de
consumos de água.
CÁLCULO DO CONSUMO DE ÁGUA POTÁVEL DE REFERÊNCIA
(sem considerar redução de consumo de água)
UF
Consumo/uso
Freqüência/UT
No de
UT
No de
UF
ANÁLISE DA REDUÇÃO DO
CONSUMO DE ÁGUA
Consumo/ano
%
redução
Consumo/ano
AMBIENTE A:
Equipamento A1:
Equipamento A2:
AMBIENTE B:
Equipamento B1:
Equipamento B2:
Etc.
TOTAL
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Categoria 5
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GESTÃO DA ÁGUA
REDUÇÃO DO PROJETO
Unidade funcional (UF) para os cálculos de consumo por uso:
Corresponde ao tipo de usuário que vai utilizar o equipamento sanitário.
Edifício escolar: 1 aluno – 1 interno – 1 usuário (incluindo pessoal administrativo, vigia, professores, alunos, pessoal
de conservação, etc.)
Escritório: 1 funcionário – 1 usuário
Unidade de tempo (UT) para as freqüências de utilização:
Dia – Semana – Mês
No período anual, a unidade de tempo varia em função da tipologia do edifício.
Edifícios escolares: 40 semanas = 200 dias
Escritório: 48 semanas = 240 dias
Cálculo do consumo anual por equipamento (CA):
CA = [(consumo por uso) x (freqüência de utilização por unidade de tempo) x (número de unidades de tempo por ano)] x
número de unidades funcionais
Exemplo:
Cálculo do consumo anual de água de bacias sanitárias (volume nominal de descarga = 6 litros) em um edifício de escritórios
com 12 pavimentos e 6 escritórios por pavimento. Cada escritório dispõe de 2 bacias sanitárias.
Dados:
•
•
•
bacias sanitárias com volume nominal de descarga de 6 litros operam com 6,8 litros.
População: 4 funcionários por escritório, portanto 288 funcionários.
Freqüência de utilização: 3/funcionário/dia.
CA = [(consumo por uso) x (freqüência de utilização por unidade de tempo) x (número de unidades de tempo por ano)] x
número de unidades de funcionais
CA = [(6,8 x 3 x 235)] x 288
CA = 13.806.672 litros = 13,81 m3
Assim, o consumo anual de água proveniente das bacias sanitárias corresponde a 13,81 m3.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
5.1
B
5.1.1
S
E
B
5.1.2
S
E
B
5.1.3
S
E
B
S
E
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5
5
5.2
GESTÃO DA ÁGUA
OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS
Introdução
Esta temática é tratada na Categoria 1 “Relação do edifício com o seu entorno” essencialmente
sobre a estratégia global de gestão de águas pluviais. Nesta subcategoria, o objetivo é avaliar mais
detalhadamente o desempenho das disposições consideradas para gerir as águas pluviais. Na
escala micro-urbana (zona de intervenção urbana ou terreno), a gestão de águas pluviais consiste
em limitar o seu escoamento com os propósitos de:
ƒ
ƒ
prevenir o risco de inundação nas zonas críticas,
reduzir a poluição difusa.
A gestão de água pluvial é, sobretudo, condicionada pelo conhecimento do contexto do
empreendimento: área rural ou urbana; densidade; intensidade pluviométrica; redes existentes;
natureza da água; poluições potenciais; usos previstos; etc. A maior parte destas informações é
obtida durante a análise do local do empreendimento (cf. referencial do SGE, anexo A.1).
Para otimizar as opções de implantação, o empreendedor pode intervir em três parâmetros:
ƒ
ƒ
ƒ
a retenção: reter a água após a chuva a fim de assegurar um escoamento controlado quer no
meio natural quer no sistema de drenagem;
a infiltração: favorecer a percolação de águas pluviais nos solos a fim de manter tanto quanto
possível o ciclo da água;
o tratamento: recuperar as águas que escoaram sobre superfícies com risco de poluição
(estacionamento, zonas de circulação de veículos, etc.) e tratá-las em função da sua natureza
antes do descarte.
Quadro de avaliação
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
Inferior ou igual à vazão inicial
5.2.1. Gestão da retenção
5.2.2. Gestão da
infiltração
Vazão de escoamento após a
implantação do sistema
projetado (1) (2)
Coeficiente de impermeabilização
após a implantação do sistema
projetado (3) (4)
Para os locais fortemente
urbanizados: percentagem de
melhoria do coeficiente de
impermeabilização do estado
existente (2)
Nível
B
Inferior ou igual à vazão inicial
e
Inferior à vazão de escoamento
que corresponde a uma
impermeabilização de 65% da
superfície do terreno
E
70% a 80%
B
60% a 70%
S
< 60%
E
< 2%
B
2% a 10%
S
> 10%
E
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5
GESTÃO DA ÁGUA
5.2.3. Gestão de águas
de escoamento poluídas
Recuperação e tratamento de
águas de escoamento poluídas
Medidas tomadas para recuperar
as águas de escoamento
potencialmente poluídas e para
tratá-las antes do descarte em
função da sua natureza (5)
B
(1) Sugestão de método de cálculo da vazão de escoamento: o método racional
Este método é aplicável a terrenos de grande porte mas com áreas delimitadas (como campi universitários, edifícios
industriais, centros comerciais, conjuntos habitacionais, etc.). A vazão é expressa em litros por segundo, e calcula-se de
acordo com a fórmula seguinte: Q = C. i. k. A
onde Q (L/s): vazão de escoamento
C: coeficiente de escoamento superficial
i (L/ha.s): intensidade pluviométrica média. As “estações meteorológicas” fornecem esta intensidade por um período
de chuva médio, geralmente com base numa freqüência decenal. No caso do presente referencial de QAE, o
empreendedor interessar-se-á, sobretudo, pela duração máxima de uma chuva torrencial, num período de retorno de
10 anos.
k: coeficiente de minoração (permite integrar a noção de forma da superfície do terreno)
A (ha): área de contribuição
C
D
(cf. Referências [[[C
C]]] e [[[D
D]]] para a determinação dos coeficientes C e k: ver anexo desta categoria).
O empreendedor pode influenciar a capacidade de retenção do local por meio da aplicação, por exemplo, de telhados
verdes, poços (quando o solo é impermeável em superfície), bacias de retenção ou, ainda, tanques de recuperação.
(2) Precisões sobre o estado existente:
Basear-se na análise do local (cf. Anexo A.1 do SGE) para identificar a situação inicial em termos de coeficiente de
impermeabilização. No caso de um terreno sobre o qual construções foram demolidas com o propósito de uma
reconstrução, mesmo que esta reconstrução tenha demorado, a situação existente é a correspondente ao terreno com as
suas antigas construções e não a de um terreno natural.
(3) Cálculo do coeficiente de impermeabilização
Este coeficiente corresponde à relação entre as superfícies impermeáveis e a superfície total do terreno:
Coeficiente de impermeabilização (%) = superfície s impermeáve is (m²)
superfície total (m²)
x 100
Para favorecer a infiltração, convém adotar um baixo coeficiente de impermeabilização. Quando se encontra em local
urbano denso, é difícil atingir coeficientes eficientes. Então, o objetivo é melhorar tanto quanto possível o coeficiente de
impermeabilização do local em relação ao seu estado inicial.
O empreendedor pode influenciar a capacidade de infiltração do local adotando soluções que permitam reduzir este
coeficiente de impermeabilização, tais como: aumento de área verde dos espaços externos, telhados verdes,
aproveitamento de água pluvial seguido de infiltração total ou parcial da água, etc.
Nota: Determinação de superfícies impermeáveis
As diferentes soluções que permitem reduzir as superfícies impermeáveis não têm o mesmo desempenho. Por exemplo,
embora seja uma alternativa ambiental aos telhados convencionais, os telhados verdes não retêm 100% da água.
Também, salvo se acoplada a um sistema de recuperação e de infiltração no solo, a aplicação de tal solução induz
superfícies impermeáveis. Convém, por conseguinte, aplicar um coeficiente redutor da superfície de telhado verde no
cálculo das superfícies impermeáveis (trata-se de um procedimento já adotado na Alemanha). Neste referencial, o
coeficiente é fixado em 0,70, valor trazido da versão francesa uma vez que não há pesquisa semelhante no Brasil.
No caso de implantação de sistemas específicos de recuperação/infiltração (lagoas ecológicas, poços de infiltração, poços
de drenagem, etc.), os telhados convencionais que permitem coleta das águas destinadas a esses sistemas não são mais
considerados como superfícies impermeáveis.
F
Para saber mais sobre os sistemas de infiltração: Referência [[[F
F]]].
(4) Uma zona complementar de espaço desocupado ou um sistema de infiltração controlado no terreno ou na zona urbanizada
podem ser valorizados no caso da gestão da infiltração.
(5) Distinguem-se quatro tipos de superfícies sobre as quais as águas podem escoar:
superfícies gramadas;
superfícies não gramadas tendo um coeficiente de impermeabilização baixo;
superfícies impermeáveis sem poluição significativa (telhado convencional);
vias e áreas contendo atividades poluidoras (estacionamento, zonas de circulação de veículos, etc.).
As águas que escoam sobre este último tipo de superfície devem ser obrigatoriamente recuperadas (armazenamento em
bacia de retenção) e tratadas de acordo com a sua natureza (gradeamento, separador de óleo, filtros de areia).
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5
GESTÃO DA ÁGUA
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
5.2
B
5.2.1
S
E
B
5.2.2
S
E
B
5.2.3
S
E
B
S
E
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GESTÃO DA ÁGUA
ANEXO DA CATEGORIA 5: Determinação dos coeficientes C e k [[C
C]] e [[D
D]]
COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL
O coeficiente de escoamento superficial é a relação do volume de água escoado em uma dada superfície e o
volume de água precipitado sobre ela.
As áreas drenadas são decompostas em superfícies parciais (telhados, calçadas, etc.) às quais são aplicados os
seguintes coeficientes elementares:
superfícies totalmente impermeabilizadas (coberturas, vias e calçadas)
0,9
vias pavimentadas com componentes com juntas largas
0,6
vias de macadame sem alcatrão
0,35
caminhos em cascalhos ou brita
0,2
superfícies arborizadas
0,05
O método pode, contudo, ser utilizado sem decomposição de áreas parciais utilizando os coeficientes médios
C
seguintes, no passado adotados pela Prefeitura Municipal de São Paulo [[[C
C]]]:
zona de edificação muito densa (partes centrais densamente construídas
0,70 a 0,95
de uma cidade com ruas e calçadas pavimentadas)
zona de edificação não muito densa (partes adjacentes ao centro, de
0,60 a 0,70
menor densidade de habitação, mas com ruas e calçadas pavimentadas)
zona de edificação com poucas superfícies livres (partes residenciais com
0,50 a 0,60
construções cerradas, ruas pavimentadas)
zona de edificação com muitas superfícies livres (partes residenciais tipo
0,25 a 0,50
Cidade-Jardim e com ruas macadamizadas ou pavimentadas)
de subúrbio com alguma edificação (partes de arrebaldes e subúrbios
0,10 a 0,25
com pequena densidade de construções)
de praças, parques e campos de esporte (partes rurais, áreas verdes,
superfícies arborizadas, parques ajardinados, campos de esporte sem
0,05 a 0,2
pavimentação)
D
zonas industriais [[[D
D]]]
0,20 a 0,30
Além disso, para considerar a distribuição da chuva no espaço, é conveniente aplicar um coeficiente de
minoração k, determinado de acordo com uma lei das distribuições da chuva estudada por Frühling. Este autor,
ao observar a desuniformidade da distribuição da chuva na área receptora, propôs uma formulação empírica
que foi utilizada para a determinação do coeficiente de minoração k.
Esquema para a determinação do coeficiente de minoração k.
Os valores de k são dados na tabela a seguir e conforme as indicações do esquema fornecido em função:
-
da distância d do ponto β (situado à montante do trecho da rede estudada, que vai de β a γ) ao ponto
O que pode ser considerado como o centro da bacia considerada;
do comprimento total L desta bacia, de montante à jusante:
da largura média lm desta bacia, ou seja, a largura do retângulo de mesma área da superfície A da
bacia e que tenha como maior dimensão o comprimento L.
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5
5
GESTÃO DA ÁGUA
Tabela – Determinação do coeficiente de minoração k.
d (m)
k
Se lm ≤ L/2
Se lm > L/2
400
600
800
1.000
1.200
1.400
0,88
0,85
0,83
0,81
0,79
0,77
0,90
0,86
0,83
0,80
0,78
0,76
0,75
1.600
1.800
2.000
2.200
2.400
2.600
2.800
Se lm ≤ L/2
0,76
0,75
0,73
0,72
0,70
0,69
0,68
Se lm > L/2
0,72
0,70
0,69
0,67
0,66
0,64
0,63
d (m)
k
200
0,91
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GESTÃO DOS
RESÍDUOS DE USO E
OPERAÇÃO DO
EDIFÍCIO
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SAÚDE
CONFORTO
ECO-GESTÂO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DOS PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 6
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GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
INTRODUÇÃO ________________________________
A problemática da gestão de resíduos consiste, essencialmente, nas ações tomadas durante a fase
de uso e operação do edifício, fase em que estes resíduos são gerados pelas diversas atividades
presentes no edifício e no terreno como um todo:
ƒ
Atividades de ensino
ƒ
Atividades de escritório
ƒ
Conservação e manutenção
ƒ
Alimentação
O desafio ambiental associado à gestão dos resíduos gerados pelas atividades é o de limitar a
produção dos resíduos finais. Para tanto, convém adotar disposições que garantam a separação dos
resíduos durante a fase de uso e operação, tendo em vista uma revalorização ótima e integrada às
cadeias locais de reaproveitamento de resíduos (reuso ou reciclagem).
Outro desafio da gestão de resíduos de uso do edifício é a qualidade intrínseca do sistema: não
apenas o sistema garante a funcionalidade e o conforto para os ocupantes do edifício, mas
constitui, igualmente, uma garantia da eficácia das medidas tomadas para a revalorização ótima
dos resíduos.
6.1.
Otimização da valorização dos resíduos gerados pelas
atividades de uso e operação do edifício
6.2.
Qualidade do sistema de gestão dos resíduos de uso e
operação do edifício
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6
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 6 __________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
6
B
6.1
S
E
B
6.2
S
E
B
S
E
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 1 "Relação do edifício com o seu entorno"
•
Categoria 12 "Qualidade sanitária dos ambientes"
Implantação e acessibilidade à área de estocagem dos resíduos e de compostagem dos resíduos
orgânicos.
Condições de higiene específicas dos locais de estocagem e dos equipamentos de manuseio e transporte.
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.7 – Manual de uso e operação do edifício
Transmitir, ao proprietário e ao responsável pelo gerenciamento do uso e operação do empreendimento,
as informações para o planejamento dos resíduos de uso e operação do edifício (natureza, categoria,
quantidades, fluxo, cadeias locais de reaproveitamento de resíduos, custos).
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] CEMPRE – Compromisso Empresarial para a Reciclagem: http://www.cempre.org.br
[[[B
B
B]]] NBR 10004. Resíduos Sólidos: Classificação. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
2004
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[C
C
C]]] Guide pratique "Habitat collectif: mettre en œuvre ou développer la collecte sélective", édité
par l'ADEME, Eco-Emballages, l'Association des Maires de France et l'Union nationale HLM en
juin 2001
]
[[[D
]
D
D] Lexique resíduos: http://www.mines.u-nancy.fr/wwwenv/lexiques/lexique_dechet.htm
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Categoria 6
118/241
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
6.1
OTIMIZAÇÃO DA REVALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
GERADOS PELAS ATIVIDADES DE USO E
OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
Introdução
A revalorização dos resíduos consiste em reintroduzir, a totalidade ou uma parcela dos resíduos
gerados, de volta ao circuito econômico com a finalidade de:
ƒ
Revalorização do material:
Reuso: mesma utilização da primeira aplicação.
Reutilização: uso diferente da primeira aplicação.
Reciclagem: Reintrodução direta do material em seu próprio ciclo de produção,
substituindo total ou parcialmente a matéria prima nova.
Regeneração: reposição ao resíduo as suas características originais que permitam a
sua utilização em substituição a uma matéria prima nova.
ƒ
Revalorização energética (por incineração): recuperação das calorias por combustão.
ƒ
Revalorização orgânica (ou compostagem): fermentação dos resíduos orgânicos e minerais.
O empreendedor pode influenciar na destinação dos futuros resíduos de uso e operação do edifício
por meio de suas escolhas de concepção, as quais poderão:
ƒ
Condicionar o volume de resíduos que poderão ser separados ou triados: natureza, número e
área dos diferentes locais e zonas de acondicionamento de resíduos (tanto no interior dos
edifícios quanto nas áreas externas do terreno),
ƒ
e favorecer, em maior ou menor intensidade, a implantação das rotinas de separação dos
resíduos, estimulando a triagem na fonte geradora.
Do mesmo modo, para que estas escolhas possam estimular ao máximo a revalorização dos
resíduos, o empreendedor deverá identificar a produção futura dos resíduos gerados pelas
atividades de uso e operação do edifício.
Quadro de avaliação
Preocupação
6.1.1. Identificar e
classificar a produção de
resíduos de uso e
operação do edifício com
a finalidade de valorizálos ao máximo
Indicador
Disposições tomadas para conhecer
as características da gestão de
resíduos de uso e operação, tendo
em vista sua revalorização
Critério de Avaliação
Título
Nível
Classificação dos resíduos de uso
e operação por sua natureza (1)
B
Classificação dos resíduos de uso
e operação por categoria (2)
S
Idem Nível S
e
estimativa dos fluxos de resíduos
de uso e operação (3)
e
E
escolhas satisfatórias das cadeias
locais de reaproveitamento de
resíduos (3)
6.1.2. Estimular a triagem Disposições tomadas para
favorecer a triagem na fonte
de resíduos na fonte
geradora
geradora
Disposições justificadas e
satisfatórias (4)
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S
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6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
(1) Classificação dos resíduos de uso e operação por sua natureza:
ƒ Identificação das atividades presentes nos edifícios e seu terreno: atividades de higiene, alimentação, limpeza,
manutenção, de escritório, etc.
ƒ Identificação detalhada dos resíduos gerados em cada uma destas atividades desenvolvidas nos edifícios e seu terreno.
Classificação dos resíduos de uso e operação pela sua natureza, conforme a norma NBR 10004 “Resíduos Sólidos:
B
Classificação” [[[B
B]]], a qual diferencia os resíduos sólidos em relação aos riscos potenciais que representam ao meio
ambiente e à saúde pública em duas classes de periculosidade: Classe I – Perigosos; Classe II – Não perigosos, sendo a
Classe IIA – Resíduos não-inertes e a Classe IIB – Resíduos inertes.
(2) Classificação dos resíduos de uso e operação por categoria:
ƒ Identificação das atividades presentes nos edifícios e seu terreno: atividades de higiene, alimentação, limpeza,
manutenção, de escritório, etc.
ƒ Identificação detalhada dos resíduos gerados em cada uma destas atividades desenvolvidas nos edifícios e seu terreno.
ƒ Identificação das possíveis cadeias locais de reaproveitamento de resíduos e, a partir delas, definir as categorias de
resíduos: resíduos orgânicos, resíduos de embalagens (limpas e secas), resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos,
resíduos perigosos.
ƒ Classificação dos resíduos de uso pela categoria destes resíduos.
(3) Estimativa dos fluxos de resíduos de uso e operação e escolhas satisfatórias das cadeias locais de reaproveitamento de
resíduos:
ƒ Identificação das atividades presentes nos edifícios e seu terreno: atividades de higiene, alimentação, limpeza,
manutenção, de escritório, etc.
ƒ Identificação detalhada dos resíduos gerados em cada uma destas atividades desenvolvidas nos edifícios e seu terreno e
estimativa das quantidades produzidas e dos ritmos de produção.
ƒ Identificação das possíveis cadeias locais de reaproveitamento de resíduos e, a partir delas, definir as categorias de
resíduos: resíduos orgânicos, resíduos de embalagens (limpas e secas), resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos,
resíduos perigosos.
ƒ Classificação e quantificação dos resíduos de uso e operação por categoria de resíduo.
ƒ Identificação dos serviços de coleta disponíveis, públicos ou privados (natureza, freqüência, etc.).
ƒ Estimativa dos custos de disposição para cada categoria de resíduo (formulação, caso haja necessidade, de diferentes
cenários).
ƒ Escolha, para cada categoria de resíduos, da cadeia local de reaproveitamento de resíduos mais satisfatória, do ponto de
vista ambiental, técnico e econômico, privilegiando ao máximo a revalorização dos mesmos.
(4) Exemplos de disposições tomadas para favorecer a triagem na fonte geradora:
ƒ Local e espaços suficiente na zona de produção para colocação dos recipientes coletores.
ƒ Previsão dos equipamentos de coleta (ou elaboração de um caderno de encargos para a organização destes locais).
ƒ Proximidade das zonas e dispositivos de coleta de seus produtores (usuários).
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
6.1
B
6.1.1
S
E
B
6.1.2
S
E
B
S
E
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Categoria 6
120/241
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
QUALIDADE DO SISTEMA DE GESTÃO DOS
6.2
RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
Introdução
Conceber um edifício, para o qual a gestão de resíduos seja eficaz em sua fase de uso e operação,
exige a antecipação do sistema que será implementado, incluindo até mesmo a formulação das
orientações a serem transmitidas aos usuários, ao proprietário e ao responsável pelo
gerenciamento do uso e operação do empreendimento (conforme SGE Anexo A.7 – Manual de uso
e operação do edifício) baseadas nas hipótese levantadas na fase de concepção.
A qualidade do sistema de gestão dos resíduos de uso e operação do edifício está condicionada por
sua capacidade de:
Estimular e facilitar a contribuição dos diferentes intervenientes (usuários e pessoal
de limpeza), disponibilizando espaços adequados e de qualidade (estocagem e
circulação), e os meios que assegurem a salubridade destas zonas de resíduos.
Facilitar a coleta e a triagem, otimizando o posicionamento das diferentes zonas de
resíduos e seus circuitos (coleta, agrupamento, retirada).
Garantir a sua permanência ao longo de todo o ciclo de vida do edifício,
antecipando suas evoluções futuras (cf subcategoria 2.1) e as das cadeias locais de
reaproveitamento de resíduos disponíveis.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de Avaliação
Título
Estado
6.2.1. Facilitar a gestão
dos resíduos
Disposições arquitetônicas
Disposições justificadas e
satisfatórias (1)
Atende
6.2.2. Otimizar os
circuitos dos resíduos de
uso e operação
Reflexão sobre os circuitos dos
resíduos de uso e operação (coleta,
agrupamento, retirada)
Disposições justificadas e
satisfatórias (2)
Atende
6.2.3. Assegurar a
permanência do
desempenho do sistema
de gestão de resíduos de
uso e operação
Evoluções potenciais do sistema de
gestão dos resíduos de uso e
operação
Disposições justificadas e
satisfatórias (3)
Atende
(1) Exemplos de disposições arquitetônicas:
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Natureza, número e função dos locais e zonas de resíduos (estocagem, agrupamento, retirada).
Área pré-determinada para os locais e zonas de resíduos.
Facilidade de acesso aos locais e zonas de resíduos.
Facilidade de circulação no interior dos locais e zonas de resíduos.
Organização do terreno que seja adaptado às boas condições de circulação e retirada dos resíduos.
Proteção contra o vento e a chuva nas zonas de resíduos externas.
Zonas externas sobre superfícies estanques ou providas de contenção.
Previsão de meios para a limpeza dos locais, zonas e equipamentos (alcance da água, áreas para lavagem, etc.).
Gestão dos efluentes da limpeza.
(2) Exemplos de disposições relacionadas aos circuitos dos resíduos:
ƒ Garantir que a estocagem dos resíduos retirados com baixa freqüência (por exemplo, os resíduos especiais ou os resíduos
de equipamentos eletrônicos) não atrapalhe a gestão de resíduos de coleta mais regular.
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Categoria 6
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6
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
ƒ Otimizar os pontos de entrega voluntária (coletores de baterias, por exemplo) de modo a estimular a colaboração dos
usuários em realizarem seus depósitos.
ƒ Evitar a circulação repetida de resíduos (repetição entre os circuitos de coleta dos usuários e os circuitos de retirada pelo
pessoal da limpeza).
ƒ Prever zonas de circulação funcionais e seguras.
(3) Exemplos de disposições para assegurar a permanência do desempenho do sistema:
ƒ Antecipar as evoluções futuras do edifício (cf subcategoria 2.1.).
ƒ Antecipar as futuras cadeias locais de reaproveitamento de resíduos e os futuros serviços de retirada de resíduos.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
6.2
6.2.1
Atende
NA
6.2.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3 *
S
2 atendidas das 3 *
6.2.3
Atende
NA
E
* Justificar as escolhas das preocupações de forma coerente com o contexto do empreendimento
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122/241
7
MANUTENÇÃO
PERMANÊNCIA DO
DESEMPENHO
AMBIENTAL
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ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
SAÚDE
CONFORTO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO
AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 7
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7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
INTRODUÇÃO ________________________________
Esta categoria preocupa-se com as atividades de conservação e de manutenção que permitem
garantir, ao longo do tempo, os esforços empreendidos pelas outras categorias: limpeza, controle,
reparos, substituição de elementos, etc.
Esta garantia é obtida pela boa manutenção do edifício e do conjunto formado pelos seus
equipamentos (preventiva sistemática, preventiva ocasional ou corretiva).
Uma “boa” manutenção, sob o ponto de vista ambiental, apresenta as seguintes qualidades:
necessidades de manutenção otimizadas; baixo impacto ambiental e sanitário dos produtos e
procedimentos utilizados; execução garantida em todas as situações; meios de acompanhamento
que permitem a manutenção do desempenho; acesso a equipamentos e sistemas.
Para os aspectos relacionados à gestão ambiental da manutenção, ou seja, aos impactos
ambientais e sanitários dos produtos e procedimentos de conservação / manutenção, esta
categoria de preocupação é tratada conforme o SGE Anexo A.6 - Manual de conservação e de
manutenção.
Esta categoria concentra-se nas disposições técnicas que visam manter o desempenho ambiental
na fase de uso e operação. Trata-se de garantir que o desempenho ambiental previsto nas fases
programa e concepção tenha chance de se estender na fase de uso e operação do edifício. Para
tanto, é conveniente antecipar algumas preocupações específicas das atividades do proprietário,
dos usuários e do responsável pelo gerenciamento do uso e operação e integrá-las nas escolhas de
concepção, bem como anteriormente nas exigências do programa.
Três preocupações são identificadas:
Preocupação
desempenho
1:
disponibilidade
dos
meios
de
acompanhamento
e
controle
de
Esta preocupação constitui o cerne desta categoria.
-
-
Aquecimento / Ventilação / Resfriamento (Categorias 4-8-11-13): medidores de energia
setorizados – meios para o equilíbrio dos sistemas de energia – indicador de perda de carga
dos filtros a ar (prevenção de entupimento) – sistemas de automação predial a partir de
empreendimento de certo porte, etc.
Iluminação (Categoria 10): medição – acompanhamento dos consumos – medição de
iluminação – manutenção preventiva – conservação do edifício, etc.
Água (Categorias 5 e 14): medidores de água setorizados - sistemas de detecção de
vazamentos – meios para a realização de tratamento anti-incrustação, anticorrosão e
antidesenvolvimento de microorganismos e para o controle de dosagens – meios para o
equilíbrio dos sistemas de gestão da água, etc.
Preocupação 2: simplicidade de concepção e limitação dos incômodos causados aos
ocupantes em virtude de um mau funcionamento ou de uma operação preventiva ou
sistemática de conservação / manutenção
-
Simplicidade e lógica de concepção das redes para possibilitar a intervenção em pontos
específicos.
Simplicidade dos produtos e equipamentos para garantir uma provisão facilitada de peças (isto
é, sem grandes atrasos), ou para possibilitar as substituições padrão de peças.
Horários de intervenção, se possíveis, fora dos períodos de ocupação (ação indicada no Manual
de conservação e manutenção - anexo A.6 do SGE).
Preocupação 3: facilidade de acesso, para a garantia da limpeza / conservação /
manutenção bem feitas
Posicionamento dos elementos técnicos, dimensões dos acessos às áreas técnicas, acessibilidade
aos elementos técnicos, dimensionamento dos elementos técnicos, dimensões das zonas de
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Categoria 7
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7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
execução dos trabalhos, presença de iluminação, presença e distribuição de pontos de alimentação
de energia, etc.
Estas preocupações devem ser tratadas nos diferentes sistemas de potencial impacto no
desempenho do empreendimento:
os sistemas de aquecimento e resfriamento (relacionados com as Categorias 4 e 8);
os sistemas de ventilação (relacionados com as Categorias 4, 8, 11 e 13);
os sistemas de iluminação (natural e artificial, relacionados com a Categoria 10);
os sistemas de gestão da água (relacionados com as Categorias 5 e 14).
Nota: os sistemas de gestão dos resíduos de uso e operação são tratados na Categoria 6.
7.1.
Permanência do desempenho dos sistemas de
aquecimento e resfriamento
7.2.
Permanência do desempenho dos sistemas de ventilação
7.3.
Permanência do desempenho dos sistemas de iluminação
7.4.
Permanência do desempenho dos sistemas de gestão da
água
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Categoria 7
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7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 7 __________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
7
B
7.1
S
E
B
7.2
S
E
B
7.3
S
E
B
7.4
S
E
B
S
3 subcategorias S
1 subcategoria B
E
3 subcategorias E
1 subcategoria S
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
A Categoria 7 é uma categoria transversal, pois do respeito às suas preocupações dependem a
permanência do desempenho das outras categorias:
•
Categoria 1 "Relação do edifício com o seu entorno”
•
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos”
•
Categoria 4 "Gestão da energia"
•
Categoria 5 "Gestão da água"
•
Categoria 8 "Conforto higrotérmico"
•
Categoria 9 "Conforto acústico"
•
Categoria 10 "Conforto visual"
•
Categoria 11 "Conforto olfativo"
•
Categoria 13 "Qualidade sanitária do ar"
•
Categoria 14 "Qualidade sanitária da água"
As disposições arquitetônicas consideradas na escala do edifício e do terreno influenciam a acessibilidade
dos funcionários para a limpeza e conservação (fachadas, zonas de gestão de resíduos, etc.)
Escolha de produtos de fácil conservação e escolha de produtos de baixo impacto ambiental e sanitário
durante sua fase de uso e operação, etapa do ciclo de vida que inclui a conservação / manutenção
As disposições tomadas com relação à gestão da energia condicionam o nível de complexidade dos
equipamentos adotados para garantir o acompanhamento desta gestão e da permanência de seu
desempenho
Necessidade de equipamentos para o acompanhamento e gestão do consumo de água, bem como para
limitar desperdícios e vazamentos; as atividades de limpeza e de conservação são igualmente pontos
consumidores de água
Sistemas que permitem o acompanhamento dos parâmetros de conforto; minimização do desconforto
higrotérmico para os ocupantes durante as atividades de conservação / manutenção
Prevenção e correção dos eventos ruidosos, minimização do desconforto acústico para os ocupantes e
vizinhança durante as atividades de conservação / manutenção
As fachadas envidraçadas, bem como os sistemas de iluminação artificial, necessitam de acesso fácil e de
simplicidade de conservação e manutenção
Contribuição da conservação / manutenção para um conforto olfativo satisfatório; desconforto olfativo
eventual em virtude das atividades de conservação / manutenção
Acompanhamento do funcionamento da ventilação; qualidade do ar preservada durante das atividades de
conservação / manutenção
O nível de complexidade das redes de água condiciona a facilidade de sua conservação e manutenção,
bem como dos equipamentos de controle utilizados.
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7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
§1.1 Perfil de Qualidade Ambiental do edifício
•
§2.5 Comunicação
•
§2.6 Controle de documentos (e Anexo A associado)
Implicação dos agentes da fase de uso e operação (na inexistência deles, alguém possuindo tais
competências) nas fases de programa e de concepção.
Consideração do grau de competência dos agentes técnicos na fase de uso e operação.
Cálculo da previsão de custos de conservação / manutenção na fase de concepção.
Sensibilização do responsável pelo gerenciamento do uso e operação do edifício, dos prestadores de
serviços e dos usuários.
Manual de intervenções pós-entrega (Anexo A.5), Manual de conservação e de manutenção (ou Agenda de
conservação) (Anexo A.6) e Manual de uso e operação do edifício (Anexo A.7).
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] ABRAFAC – Associação Brasileira de Facilities: htpp://www.abrafac.org.br
[[[B
B
B]]] AURESIDE – Associação Brasileira de Automação Residencial: htpp://www.aureside.org.br
[[[C
C
C]]] Tamaki, Humberto Oyamada. A medição setorizada como instrumento de gestão da demanda
de água em sistemas prediais – estudo de caso: Programa de Uso Racional da Água da
Universidade de São Paulo. Dissertação de mestrado. Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo. São Paulo, 2003.
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[D
D
D]]] Chatagnon N., Développement d’une méthode d’évaluation de la qualité environnementale des
bâtiments au stade de la conception, Thèse de Doctorat, Université de Savoie, CSTB, 1999.
Méthode ESCALE, voir module « maintenance ».
[[[E
E
E]]] Guide ED289 de l'INRS "Maintenance et prévention des risques professionnels dans les projets
de bâtiment" (1999).
[[[F
F
F]]] Guide Uniclima " Climatisation et santé" (1999).
[[[G
G
G]]] ENV 12097 "Ventilation des bâtiments - Réseau de conduits - Prescriptions relatives aux
composants destinés à faciliter l'entretien des réseaux de conduits".
[[[H
H
H]]] CERTU « Prendre en compte l’exploitation-maintenance dans la conduite d’opération
d’investissement de bâtiment ». Ministère de l’Équipement, des Transports et du Logement.
Centre d’Études, sur les Réseaux, les Transports, l’Urbanisme et les Constructions Publiques.
[[[III]]] CETIAT « Qualité de l’air dans les installations aérauliques – guide pratique » (2004) (voir
www.cetiat.fr).
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Categoria 7
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MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
7.1
PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO DOS SISTEMAS
DE AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO
Introdução
Quadro de Avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de Avaliação
Título
Nível
7.1.1 Disponibilizar os
meios necessários para o
acompanhamento e
controle do desempenho
durante o uso e operação
do edifício
Meios de acompanhamento e
controle do desempenho dos
sistemas de aquecimento e
resfriamento (1)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.1.2 Garantir
simplicidade de
concepção que facilite a
manutenção e limite os
incômodos causados aos
ocupantes durante as
intervenções de
manutenção
Disposições arquitetônicas e
escolha de produtos e
equipamentos relacionados aos
sistemas de aquecimento e
resfriamento (2)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.1.3 Conceber o edifício
de modo a facilitar os
acessos para as
intervenções de
conservação /
manutenção durante seu
uso e operação
Disposições arquitetônicas
(posicionamento, acessos,
dimensões, etc.) relativas aos
sistemas de aquecimento e
resfriamento (3)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
(1) Exemplos de disposições “disponibilizar os meios de acompanhamento e controle do desempenho”
ƒ medidores de energia setorizados;
ƒ acompanhamento dos parâmetros, dos consumos e do nível de conforto por um sistema de automação predial (exceto
para empreendimentos de pequeno porte) ou de medição remota com registro dos valores medidos;
ƒ controle e gestão da demanda de potência elétrica (se a eletricidade é a fonte de energia principal de calor ou de frio);
ƒ controle e gestão da intermitência do aquecimento / resfriamento;
ƒ sistema de detecção de falhas (anomalias de funcionamento, desvios de consumos);
ƒ visualização do estado de funcionamento das instalações (sistema de automação predial);
ƒ meios para o equilíbrio dos sistemas de energia;
ƒ se houver a filtragem do ar, controle do indicador de perda de carga dos filtros (prevenção de entupimentos).
(2) Exemplos de disposições “simplicidade de concepção e limitação de incômodos aos ocupantes”
ƒ simplicidade e concepção setorizada das redes de calor e frio possibilitando a intervenção apenas no ponto necessário;
ƒ simplicidade dos produtos e equipamentos que garantam o fornecimento dos componentes de reposição sem dificuldade
(sem atrasos significativos), ou que permitam a realização das trocas padrão de componentes, de modo a limitar a
duração destes eventos;
ƒ sistema de automação predial aberto, permitindo uma evolução modular das instalações;
ƒ manutenção factível sem incomodar os ocupantes ou deles depender.
(3) Exemplos de disposições “facilidade de acesso”
ƒ acessibilidade aos diferentes elementos dos sistemas de aquecimento e resfriamento, inclusive às tomadas de ar;
ƒ dimensionamento dos acessos de modo a permitir a substituição de elementos grandes como caldeiras ou centrais de
climatização de ar;
ƒ dimensionamento das zonas de realização das intervenções em torno dos equipamentos;
ƒ presença de iluminação e de pontos de alimentação de energia nos locais previstos para as práticas de conservação /
manutenção.
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7
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
7.1
7.1.1
Atende
NA
7.1.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3*
S
2 atendidas das 3
7.1.3
Atende
NA
E
* Se o nível E é pretendido para a Categoria 4 e/ou Categoria 8, esta subcategoria não pode estar no nível B:
ela deve imperativamente ser tratada, no mínimo, no nível S.
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MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
7.2
PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO DOS SISTEMAS
DE VENTILAÇÃO
Introdução
Quadro de Avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de Avaliação
Título
Nível
7.2.1 Disponibilizar os
meios necessários para o
acompanhamento e
controle do desempenho
durante o uso e operação
do edifício
Meios de acompanhamento e
controle do desempenho dos
sistemas de ventilação (1)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.2.2 Garantir
simplicidade de
concepção que facilite a
manutenção e limite os
incômodos causados aos
ocupantes durante as
intervenções de
manutenção
Disposições arquitetônicas e
escolha de produtos e
equipamentos relacionados aos
sistemas de ventilação (2)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.2.3 Conceber o edifício
de modo a facilitar os
acessos para as
intervenções de
conservação /
manutenção durante seu
uso e operação
Disposições arquitetônicas
(posicionamento, acessos,
dimensões, etc.) relativas aos
sistemas de ventilação (3)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
(1) Exemplos de disposições "disponibilizar os meios de acompanhamento e controle do desempenho"
ƒ Medidores de tempos de funcionamento dos ventiladores, relacionados com o sistema de automação predial quando ele
existe;
ƒ Se houver filtragem do ar, indicador de perda de carga dos filtros (prevenção de entupimentos);
ƒ Sistema de medição das velocidades do ar, dos regimes de ventilação, da qualidade do ar (sonda CO2, H2O…).
(2) Exemplos de disposições "simplicidade de concepção e limitação de incômodos aos ocupantes"
ƒ simplicidade e concepção setorizada dos dutos possibilitando a intervenção apenas no ponto necessário;
ƒ elementos “padronizados” e instalações modulares, permitindo a reposição fácil e rápida de um componente;
ƒ disposições tomadas para que o uso e operação do edifício permaneçam possíveis (de modo gradativo) durante a
deficiência temporária de um equipamento.
(3) Exemplos de disposições "facilidade de acesso"
ƒ acessibilidade aos diferentes elementos do sistema de ventilação, em particular aos dutos de distribuição, filtros, tomadas
de ar novo, saídas do ar poluído;
ƒ dimensionamento das zonas de realização das intervenções.
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7
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
7.2
7.2.1
Atende
NA
7.2.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3*
P
2 atendidas das 3
7.2.3
Atende
NA
TP
*
Se o nível E é pretendido para a Categoria 4 e/ou a Categoria 8 e/ou a Categoria 11 e/ou a Categoria 13,
esta subcategoria não pode estar no nível B: ela deve imperativamente ser tratada, no mínimo, no nível S.
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Categoria 7
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MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
7.3
PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO DOS SISTEMAS
DE ILUMINAÇÃO
Introdução
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de Avaliação
Título
Nível
7.3.1 Disponibilizar os
meios necessários para o
acompanhamento e
controle do desempenho
durante o uso e operação
do edifício
Meios de acompanhamento e
controle do desempenho dos
sistemas de iluminação (1)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.3.2 Garantir
simplicidade de
concepção que facilite a
manutenção e limite os
incômodos causados aos
ocupantes durante as
intervenções de
manutenção
Disposições arquitetônicas e
escolha de produtos e
equipamentos relacionados aos
sistemas de iluminação (2)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.3.3 Conceber o edifício
de modo a facilitar os
acessos para as
intervenções de
conservação /
manutenção durante seu
uso e operação
Disposições arquitetônicas
(posicionamento, acessos,
dimensões, etc.) relativas aos
sistemas de iluminação (3)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
(1) Exemplos de disposições "disponibilizar os meios de acompanhamento e controle do desempenho"
ƒ medidores de energia para as redes de iluminação e acompanhamento dos consumos;
ƒ medição da iluminação;
ƒ manutenção preventiva;
ƒ escolha de luminárias pouco sensíveis ao empoeiramento;
ƒ gestão da iluminação em função dos prováveis horários de ocupação e da quantidade de luz natural.
(2) Exemplos de disposições "simplicidade de concepção e limitação de incômodos aos ocupantes"
ƒ limitação da variedade de lâmpadas e luminárias presentes no edifício, com fornecimento assegurado, a fim de simplificar
a manutenção.
(3) Exemplos de disposições "facilidade de acesso"
ƒ facilitar o acesso seguro às luminárias (e lâmpadas) instaladas em pontos elevados;
ƒ eventualmente, prever sistemas de cabos que permitam tornar acessíveis certas luminárias instaladas em pontos
elevados;
ƒ se uma rede de segurança for necessária, prever os acessos para levá-la aos locais previstos.
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Categoria 7
133/241
7
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
7.3
7.3.1
Atende
NA
7.3.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3*
S
2 atendidas das 3
7.3.3
Atende
NA
E
*
Se o nível E é pretendido para a Categoria 10, esta subcategoria não pode estar no nível B: ela deve
imperativamente ser tratada, no mínimo, no nível S.
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Categoria 7
134/241
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
7.4
PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO DOS SISTEMAS
DE GESTÃO DA ÁGUA
Introdução
Quadro de Avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de Avaliação
Título
Nível
7.4.1. Disponibilizar os
meios necessários para o
acompanhamento e
controle do desempenho
durante o uso e operação
do edifício
Meios de acompanhamento e
controle do desempenho dos
sistemas de gestão da água (1)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.4.2. Garantir
simplicidade de
concepção que facilite a
manutenção e limite os
incômodos causados aos
ocupantes durante as
intervenções de
manutenção
Disposições arquitetônicas e
escolha de produtos e
equipamentos relacionados aos
sistemas de gestão da água (2)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
7.4.3 Conceber o edifício
de modo a facilitar os
acessos para as
intervenções de
conservação /
manutenção durante seu
uso e operação
Disposições arquitetônicas
(posicionamento, acessos,
dimensões, etc.) relativas aos
sistemas de gestão da água (3)
Disposições satisfatórias e
justificadas
Atende
(1) Exemplos de disposições "disponibilizar os meios de acompanhamento e controle do desempenho"
ƒ medidores de água setorizados;
ƒ sistemas de detecção de vazamentos, se possíveis conectados ao sistema de automação predial;
ƒ meios para a realização dos tratamentos anti-incrustação, anticorrosão e antidesenvolvimento de microorganismos e para
o controle das dosagens;
ƒ para os casos de recuperação de águas pluviais: dispositivos de análise da água para verificar a qualidade da água pluvial
armazenada.
(2) Exemplos de disposições "simplicidade de concepção e limitação de incômodos aos ocupantes"
ƒ instalações técnicas localizadas fora das áreas de permanência prolongada;
ƒ simplicidade e concepção setorizada das redes de água, possibilitando as intervenções apenas nos pontos necessários;
ƒ simplicidade dos produtos e equipamentos que garantam o fornecimento dos componentes de reposição sem dificuldade
(sem atrasos significativos), ou que permitam a realização das trocas padronizadas de componentes.
(3) Exemplos de disposições "facilidade de acesso"
ƒ acesso aos elementos de isolamento térmico;
ƒ acesso aos eventuais pontos de tratamentos de água;
ƒ evitar o confinamento das tubulações.
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 7
135/241
7
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
7.4
7.4.1
Atende
NA
7.4.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3*
S
2 atendidas das 3
7.4.3
Atende
NA
E
*
Se o nível E é pretendido para a Categoria 5 e/ou Categoria 14, esta subcategoria não pode estar no nível
B: ela deve imperativamente ser tratada, no mínimo, no nível S.
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 7
136/241
8
CONFORTO
HIGROTÉRMICO
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
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Categoria 8
137/241
ECO-GESTÂO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DOS PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
SAÚDE
CONFORTO
8
9
CONFORTO HIGROTÉRMICO
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 8
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CONFORTO HIGROTÉRMICO
INTRODUÇÃO ________________________________
O conforto higrotérmico diz respeito à necessidade de dissipar a potência metabólica do corpo
humano por meio de trocas de calor sensível e latente (evaporação da água) com o ambiente no
qual a pessoa se encontra.
Às reações puramente fisiológicas do indivíduo (termoregulação) se superpõem às reações de
ordem psicossociológicas, ligadas às sensações higrotérmicas (calor, neutro, frio), variáveis no
espaço e no tempo, as quais se pode associar uma satisfação ou uma insatisfação mais ou menos
acentuada, diferindo de um indivíduo para outro.
Além disso, convém levar em consideração os seguintes fatores:
•
•
•
as condições de conforto higrotérmico dependem de determinadas características próprias do
indivíduo (sexo, idade, atividade, vestimenta);
a satisfação depende da homogeneidade térmica do ambiente onde a pessoa se encontra;
as sensações térmicas são influenciadas pelos fenômenos transitórios a que as pessoas são
submetidas (entrada em um edifício, passagem de um ambiente interior a outro, evolução ou
flutuação dos parâmetros higrotérmicos no tempo).
O emprego de um sistema de resfriamento (isto é, a regulação das temperaturas internas por meio
de uma máquina termodinâmica) consiste em um sistema predial grande consumidor de energia.
Por isto, é importante em primeiro lugar encontrar soluções passivas, mais precisamente no que se
refere ao conforto de verão, permitindo minimizar o uso de tal sistema, sem deixar de responder
às exigências de conforto dos usuários.
Esta categoria está estruturada conforme a seguir, de modo a distinguir respostas em termos de
conforto de inverno (aquecimento) e em termos de conforto de verão. No que se refere ao conforto
de verão, as exigências para os ambientes que não possuem um sistema de resfriamento não
podem ser tão rigorosas como para os ambientes que os possuem. É por isto que tais
configurações de edifícios têm enfoques distintos no presente referencial.
8.1.
Implementação de medidas arquitetônicas para
otimização do conforto higrotérmico de verão e inverno
8.2.
Criação de condições de conforto higrotérmico de inverno
8.3.
Criação de condições de conforto higrotérmico de verão
em ambientes climatizados naturalmente
8.4.
Criação de condições de conforto higrotérmico de verão
em ambientes com sistema de resfriamento artificial
NOTAS
Higrometria:
O parâmetro higrométrico não é objeto das exigências na presente versão do referencial.
Terminologia:
Conforme a definição dada pela RT 2005 (cf Arrêté du 24 mai 2006 - Annexe III), compreende-se pelo termo
“sistema de resfriamento" todo equipamento de produção de frio por meio de máquina termodinâmica,
associado aos demais acessórios para transporte e distribuição do ar frio, destinado ao conforto humano.
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8
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 8 ________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA 8
B
8.1
S
E
B
8.2*
S
E
B
8.3
S
E
B
8.4**
S
E
B
S
E
* aplicável apenas se houver aquecimento artificial
** aplicável apenas se houver climatização artificial
Nota:
A escolha da combinação de desempenhos para o nível Excelente (E) é função da prioridade
atribuída entre conforto de inverno e conforto de verão: prioridade do conforto de verão sobre o de
inverno (1a combinação) ou prioridade do conforto de inverno sobre o conforto de verão (2a
combinação).
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
•
•
•
•
•
•
•
Categoria 1 "Relação do edifício com o seu entorno"
Consideração das características do local do empreendimento na organização do plano de massas
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos"
Desempenhos higrotérmicos dos produtos
Categoria 4 "Gestão da energia"
Encontrar o melhor compromisso entre um conforto higrotérmico adequado e a gestão do consumo de
energia
Categoria 7 "Manutenção – Permanência do desempenho ambiental "
Minimizar o desconforto dos usuários durante as intervenções, colocando equipamentos em operação para
assegurar o conforto higrotérmico
Categoria 9 "Conforto acústico"
Assegurar o conforto higrotérmico com as janelas fechadas nos locais onde os ambientes são expostos ao
ruído
Categoria 10 "Conforto visual"
Escolha das concepções relativas às partes envidraçadas, compromisso a ser encontrado entre o conforto
higrotérmico e o visual
Categoria 11 "Conforto olfativo"
Encontrar o melhor compromisso entre as taxas de ventilação: ventilação suficiente para limitar a
presença de odores, sem induzir desconforto resultante das correntes de ar geradas
Categoria 13 "Qualidade sanitária do ar"
Encontrar o melhor compromisso entre as taxas de ventilação: ventilação suficiente para limitar a
concentração de poluentes, sem induzir desconforto resultante das correntes de ar geradas
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CONFORTO HIGROTÉRMICO
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
§1.1 Perfil de Qualidade Ambiental do Edifício
Os critérios de conforto higrotérmico são definidos a partir da identificação do conjunto de necessidades e
expectativas das partes interessadas, principalmente dos futuros ocupantes.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] ABNT Projeto 02:135.07.001/3 – Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento
bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse
social. Rio de Janeiro, setembro/2003.
[[[B
B
B]]] ANVISA. Resolução - RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003. ANVISA - Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Brasília, D.O.U de 20 de janeiro
[[[C
C
C]]] http://www.pgm.fortaleza.ce.gov.br/legislacao/obras_posturas/obrasepostura_cap14.htm.
Acesso em 9/outubro/2007.
[[[D
D
D]]] ABNT (2000) NBR 10.151. Acústica – avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade. Procedimentos.
[[[E
E
E]]] ABNT – NBR 6401 - Instalações centrais de ar condicionado – parâmetros básicos de projeto.
Rio de Janeiro, dezembro/1980.
]
[[[F
F
F]] Norme NF EN ISO 7730:2003 – Ergonomia dos ambientes térmicos – Determinação analítica e
interpretação do conforto térmico pelo cálculo dos índices PMV e PPD e por critérios de
conforto térmico local. Março 2006. (Ergonomie des ambiances thermiques - Détermination
analytique et interprétation du confort thermique par le calcul des indices PMV et PPD et par
des critères de confort thermique local – Mars 2006.)
[[[G
G
G]]] ASHRAE Handbook of fundamentals. Chapter 8: Thermal Confort - Chapter 9: Indoor
Environmental health. Atlanta: SI, 1997. (ASHRAE Manual de fundamentos. Capítulo 8:
Conforto Térmico – Capítulo 9: Saúde do ambiente interno. Atlanta: SI, 1997.)
[[[H
H
H]]] CHATAGNON N., Développement d’une méthode d’évaluation de la qualité environnementale
des bâtiments au stade de la conception, Thèse de Doctorat, Université de Savoie, CSTB,
1999. Méthode ESCALE, voir module “confort thermique”. (CHATAGON N. Desenvolvimento de
um método de avaliação da qualidade ambiental de edifícios no estágio de concepção. Tese de
Doutorado, Universidade de Savoi, 1999. Método ESCALE, ver módulo "conforto térmico".)
[[[III]]] GIVONI, B. Climate considerations in building and urban design. U.S.A.: Van Nostrand
Reinhold, 1998. 464p. (GIVONI, B. Considerações sobre clima em design urbano e de edifício.
U.S.A.: Van Nostrand Reinhold, 1998. 464 p.)
[[[JJJ]]] OLESEN, B.W.; PARSONS, K.C. Introduction to thermal standards and to the proposed new
version of EN ISO 7730. In: Energy and Buildings. nº. 34, 2002, pp. 537-548. (OLESEN, B.W.;
PARSONS, K.C. Introdução aos padrões de conforto térmico e à nova versão proposta da EM
ISSO 7730. In: Energy and Buildings. Nº 34, 2002, pgs. 537-548.)
[[[H
H
H]]] FANGER, P.O.; TOFTUM J. Extension of the PMV model to non-air-conditioned buildings in
warm climates. Energy and buildings. 2002. (Fanger P.O. , Toftum J. Extensão do modelo PMV
(Voto Médio Previsto) para edifícios sem climatização artificial em climas quentes. Energy and
Buildings. 2002.)
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CONFORTO HIGROTÉRMICO
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[K
K
K]]] RT 2005 - Décret n°2006-592 du 24 mai 2006 relatif aux caractéristiques thermiques et à la
performance énergétique des constructions – Journal Officiel du 25 mai 2006. (RT 2005 –
Decreto n°2006-592 de 24 maio 2006 relativo às características térmicas e ao desempenho
energético das construções – Diário Oficial de 25 maio 2006.)
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610624D#
[[[L
L
L]]] RT 2005 – Arrêté du 24 mai 2006 relatif aux caractéristiques thermiques des bâtiments
nouveaux et des parties nouvelles de bâtiments - J.O du 25 mai 2006. (RT 2005 – Decreto de
24 maio 2006 relativo às características térmicas dos edifícios novos e das partes novas dos
edifícios – Diário Oficial de 25 maio 2006.)
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610625A
[[[M
M
M]]] RT 2005 – Projet d'arrêté portant approbation de la méthode de calcul Th-C-E; Méthode Th-CE; Moteur de calcul – Juillet 2006-07-31. (RT 2005 – Projeto de lei que trata da aprovação do
método de cálculo Th-C-E; Método Th-C-E; Método de cálculo – 31 de Julho 2006.)
http://www.rt2000.net - rubrique "Actualités"
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CONFORTO HIGROTÉRMICO
8.1
IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS ARQUITETÔNICAS PARA
OTIMIZAÇÃO DO CONFORTO HIGROTÉRMICO DE VERÃO E
INVERNO
Introdução
Este referencial tem como premissa se valer das vantagens do local do empreendimento e de
compensar suas limitações por meio do emprego de elementos arquitetônicos, assegurando a
otimização do conforto higrotérmico por meios passivos, tanto no verão como no inverno. Isto
consiste em se focalizar na estrutura e na envoltória do edifício, subentendidas aí as proteções
solares.
Esta exigência adquire uma importância particular no que se refere ao conforto térmico de verão,
para o qual é exigido, por razões de consumo energético e ambientais, não considerar os sistemas
de resfriamento senão como complemento dos sistemas passivos, se estes últimos se mostrarem
insuficientes para assegurar os níveis de conforto requeridos.
Quadro de avaliação
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
Estado
Medidas adotadas para proteção
ótima quanto ao sol e calor (1)
Medidas justificadas e
satisfatórias (2)
Atende
Medidas adotadas para empregar
de maneira ótima as características
aerodinâmicas do local do
empreendimento
Medidas justificadas e
satisfatórias (3)
Atende
8.1.2. Agrupar ambientes
com necessidades
térmicas homogêneas
(verão ou inverno)
Organização espacial dos
ambientes em função de suas
necessidades higrotérmicas
(zoneamento)
Medidas justificadas e
satisfatórias (4)
Atende
8.1.3. Melhorar a aptidão
do edifício para favorecer
as boas condições de
conforto higrotérmico no
verão e inverno
Concepção arquitetônica
procurando otimizar o conforto de
verão e de inverno
Medidas justificadas e
satisfatórias (5)
Atende
8.1.1. Levar em
consideração as
características do local do
empreendimento
(principalmente verão)
(1) Sem prejudicar outros benefícios trazidos pelo sol e o calor como, por exemplo, o conforto de inverno ou o conforto visual.
(2) Exemplos de medidas:
- orientação das aberturas, proteções solares fixas e móveis,
- orientação dos ambientes com cargas térmicas internas elevadas para o Sul,
- emprego de zonas de sombra e de máscaras de sombreamento para o resfriamento.
(3) Exemplos de medidas:
- disposição arquitetônica de modo a melhor aproveitar os ventos dominantes, para a ventilação natural e ventilação
cruzada,
- elementos que favoreçam a remoção do calor e elevadas taxas de ventilação natural no verão,
- evitar tomadas externas de ar nas fachadas quentes no verão.
(4) Trata-se de organizar a repartição espacial dos ambientes em relação às lógicas de programação/regulação exigidas pelos
diferentes tipos de ambientes. Tais lógicas de programação/regulação são decorrentes das atividades realizadas no
ambiente, pelos tipos de usuários, os períodos de ocupação, etc. Esta organização evitará a percepção do desconforto
advindo de uma regulação não adaptada ao ambiente (válido em aquecimento e em resfriamento regulado).
(5) Exemplos de medidas:
- inércia térmica adaptada,
- superfícies de aberturas envidraçadas bem dimensionadas,
- proteções solares adaptadas a cada orientação e a cada estação do ano.
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8
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
Notas complementares (indicativas):
ƒ
A análise a ser feita entre o conforto de verão e o de inverno será calibrada, por exemplo, segundo as zonas climáticas de
A
verão e inverno, tais como definidas no Projeto de Norma Técnica (cf [[[A
A]]]), ou conforme dados climáticos regionais mais
precisos. Em determinadas regiões, será buscado um equilíbrio entre verão e inverno; em outras, o conforto de verão terá
prioridade.
ƒ
A noção de “medidas arquitetônicas” será considerada em seu sentido mais amplo:
- organização do plano de massas em função dos elementos do entorno;
- disposição interna dos ambientes;
- técnicas construtivas.
ƒ
Em matéria de conforto, o sol é o principal elemento perturbador.
ƒ
Avaliar soluções para assegurar um conforto aceitável nos ambientes expostos aos ruídos exteriores, para os quais o
resfriamento não poderá a priori ser efetuado, mesmo auxiliarmente, por meio da abertura de janelas.
ƒ
Atenção para a concepção do pavimento mais elevado, em função do conforto de verão.
ƒ
Atenção para as aberturas expostas ao ruído.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
8.1
8.1.1
Atende
NA
8.1.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3
S
2 atendidas das 3 *
8.1.3
Atende
NA
E
* Em situações em que o conforto de verão tem prioridade sobre o conforto de inverno e quando se deseja
atingir o nível "Superior – S" para esta subcategoria, é obrigatório atender a preocupação 8.1.1 entre as 2 a
considerar (exceções devem ser justificadas).
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CONFORTO HIGROTÉRMICO
8.2
CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES DE CONFORTO HIGROTÉRMICO
DE INVERNO
Introdução
Para o ser humano que troca aproximadamente a mesma quantidade de calor por convecção e
radiação, é conveniente raciocinar em termos de temperatura operativa e não somente de
temperatura do ar. Infelizmente, a grande maioria dos equipamentos de aquecimento leva em
conta apenas a temperatura do ar.
Os parâmetros que influem no conforto de inverno são os seguintes:
ƒ a temperatura operativa em termos de nível (segundo o uso previsto de cada ambiente) e, para
determinados ambientes, em termos de estabilidade temporal no período de ocupação (em
diferentes condições, como na segunda-feira de manhã, após um período de intermitência, ou
quando ocorrem ganhos solares gratuitos);
ƒ a velocidade do ar;
ƒ a higrometria (parâmetro que interfere na sensação de secura do ar no inverno, mas que não é
considerado no presente referencial);
ƒ o controle dos ganhos solares, fonte de desconforto, particularmente para os ambientes de
pequena inércia térmica.
É conveniente mencionar, para determinados ambientes, o controle do meio térmico realizado
pelos usuários, mas as disparidades de sensibilidade entre os mesmos podem implicar em
consumos excessivos de energia (impactos sobre a Categoria 4 "Gestão da energia"). Tendo em
vista a existência de uma recomendação desfavorável dos projetistas franceses em se deixar
termostatos disponíveis para a fixação da temperatura de referência pelos próprios usuários, este
requisito não consta do presente referencial.
Embora a temperatura operativa seja considerada no referencial francês, como o seu cálculo não
faz parte das práticas brasileiras, por simplificação, na presente versão do referencial, ela não será
exigida, mas apenas a temperatura do ar.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
8.2.1. Definir/obter um
nível adequado de
temperatura nos
diferentes ambientes em
período de ocupação,
conforme sua destinação
Temperaturas de referência por
ambiente (Treferência)
8.2.2. Assegurar uma
velocidade de ar que não
Velocidade máxima do ar no nível
das zonas onde se encontram os
ocupantes dos diferentes tipos de
Critério de avaliação
Título
Nível
Definição / obtenção de
temperaturas de referência
adaptadas aos diferentes tipos de
ambientes (1)
B
B
V ≤ 0,25 m/s [[[B
B]]]
S
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8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
prejudique o conforto
ambientes
V ≤ 0,20 m/s
e
Sistema de ventilação
Presença de um sistema de
ventilação específico; descrição e
justificativa deste sistema (2)
8.2.3. Assegurar a
estabilidade das
temperaturas em período
de ocupação (para os
ambientes de uso
intermitente)
Dispositivo que assegure o início da
operação do aquecimento antes do
período de ocupação
8.2.4. Controle dos
desconfortos devido aos
ganhos solares
Concepção arquitetônica e técnica
Presença de dispositivos
adaptados e com bom
desempenho para início da
operação de aquecimento nas
zonas de intermitência
prolongada ou aleatória
Descrição e justificativa desses
dispositivos
Medidas justificadas e
satisfatórias (3)
E
Não
exigido
nesta
versão
(exigido
em “E” no
francês)
E
(1) Os valores da temperatura de referência devem ser justificados. (2) Sistema de ventilação específico: ventilação natural ou
mecânica (a abertura manual simples de janelas deve ser evitada).
(3) Trata-se de medidas que permitam limitar o desconforto ocasional decorrente de ganhos solares, sobretudo na meia
estação, sem se privar, por outro lado, desses ganhos gratuitos de calor.
Exemplos de medidas:
ƒ Proteções solares móveis, eventualmente automatizadas.
ƒ Sistemas de aquecimento capazes de se reconfigurarem rapidamente em função de ganhos solares.
ƒ Inércia térmica do edifício calibrada nos ambientes sensíveis (direções Nordeste e Noroeste).
Observação:
Se o empreendedor deseja atender às preocupações de conforto higrotérmico de inverno com o emprego de um modelo
completo de simulação, ele poderá valer-se do “princípio de equivalência” (ver §3.3.2 da Parte I: Introdução). Os resultados
serão então submetidos a um especialista para validação, que emitirá um documento sobre o nível de desempenho.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
8.2
B
8.2.1
S
E
B
8.2.2
S
E
B
8.2.3
S
E
B
8.2.4
S
E
B
S
E
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CONFORTO HIGROTÉRMICO
8.3
CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES DE CONFORTO HIGROTÉRMICO DE
VERÃO EM AMBIENTES CLIMATIZADOS NATURALMENTE
Introdução
O fato de se enfatizar a estrutura e a envoltória do edifício, incluindo-se nisto as proteções solares,
permite, em um razoável número de casos, limitar ou mesmo evitar a adoção de sistemas de
resfriamento, grandes consumidores de energia.
O indicador proposto é a temperatura operativa em uma estação quente típica. Segundo o nível de
desempenho almejado, serão tomadas como referência as regras de cálculo da Norma Técnica em
A
A]]], ou os resultados de uma simulação térmica dinâmica.
vigor (nível Bom) [[[A
Além disso, determinados pontos críticos devem receber mais atenção:
•
precaver-se para que a velocidade do ar não seja excessivamente forte nas zonas onde se
encontram os ocupantes, principalmente quando as condições de conforto ocorrem pela
abertura de janelas;
•
dar atenção especial aos ambientes expostos ao ruído, onde o conforto deverá ser alcançado
com as janelas fechadas.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Para as zonas ou partes das
zonas onde se encontram os
ocupantes: Tic ≤ Ticref ≤ 28°C (2)
8.3.1 Assegurar um nível
mínimo de conforto
térmico e proteger as
áreas envidraçadas do sol
Para 100% dos ambientes de
permanência prolongada (1):
Temperatura máxima (Tic)
Fator solar das aberturas (FS)
- Temperatura não
ultrapassando 28°C em mais
do que 5% do período de
ocupação ao longo do ano
e
FS ≤ FSref = 0,45
Temperatura não ultrapassando
28°C em mais do que 2% do
período de ocupação ao longo do
ano
e
Nível
B
S
E
FS ≤ FSref = 0,30
e
FS ≤ FSref = 0,30 também para os
locais de permanência passageira
8.3.2. Assegurar uma
ventilação suficiente
quando as proteções
solares móveis estiverem
acionadas
(sombreamento
abaixado)
Razão de abertura das áreas
envidraçadas (proteções solares
instaladas)
Razão de abertura das áreas
envidraçadas ≥ 30%
S
8.3.3. Caso se tratar de
zona de ruído RU1 (4) e se
o conforto de verão é
Dispositivos que permitam manter
imóvel a abertura das janelas em
uma dada posição, a fim de
Descrição e justificativa dos
equipamentos previstos e
instalados (5)
E
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8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
obtido pela abertura de
janelas, controlar a taxa
de ventilação
8.3.4. Caso se tratar de
zona de ruído RU2 ou
RU3, assegurar um nível
mínimo de conforto com
as janelas fechadas
modular a taxa de ar de renovação
Para 100% dos ambientes de
permanência prolongada (1) em
áreas de ruído RU2 ou RU3:
Temperatura máxima (Tic)
- Temperatura não
ultrapassando 28°C em mais
do que 5% do período de
ocupação ao longo do ano
- Temperatura não
ultrapassando 28°C em mais
do que 2% do período de
ocupação ao longo do ano
S
E
(1) Na França, como definido no anexo III da Portaria (Arrêté) de 24/maio/2006, um ambiente é de permanência temporária
quando não comporta permanência de pessoas acima de meia hora. É o caso, por exemplo, das áreas de circulação. Por
outro lado, uma cozinha, um hall com uma estação de trabalho, ou mesmo uma sala de reunião, devem ser considerados
ambientes de outro tipo que não de permanência temporária.
No Brasil, os códigos de obras de algumas cidades definem o que sejam ambientes de permanência prolongada e, em
oposição, os de permanência temporária ou de utilização transitória. Por exemplo, os compartimentos de permanência
C
prolongada, segundo o Art. 96 do Código de Obras e Postura do município de Fortaleza [[[C
C]]], são aqueles que poderão ser
utilizados, pelo menos, para uma das funções ou atividades seguintes:
I. Dormir ou repousar;
II. Estar ou lazer;
III. Trabalhar, ensinar ou estudar;
IV. Preparo e consumo de alimentos;
V. Tratamento médico ou recuperação de pessoas;
VI. Reunir ou recrear.
Parágrafo Único – Considera-se compartimentos de permanência prolongada, entre outros com destinações similares, os
seguintes:
I. Dormitórios, quartos e salas em geral;
II. Lojas, escritórios, oficinas e indústrias;
III. Salas de aula, estudo ou aprendizado e laboratórios didáticos;
IV. Salas de leitura e biblioteca;
V. Enfermarias e ambulatórios;
VI. Copas e cozinhas;
VII. Refeitórios, bares e restaurantes;
VIII. Locais de reunião e salão de festas;
IX. Locais fechados para prática de esporte ou ginástica.
(2) A preocupação 8.3.1 é atendida no nível Bom se Tic ≤ Ticref , ou seja, nas duas simulações, a maior Tic obtida no edifício
proposto (em concepção) é menor do que Ticref (maior temperatura do edifício base).
(3) O tratamento da preocupação relativa à temperatura máxima pressupõe o emprego de uma ferramenta de simulação
térmica dinâmica. São requeridas precisões sobre o método de cálculo utilizado, assim como as hipóteses e cenários
considerados como, por exemplo, os ganhos internos de calor. O número de horas ultrapassando 28°C compreende todo o
ano, mas somente durante os períodos ou horas de ocupação do edifício em questão.
Se a simulação é feita apenas numa parte dos ambientes, será necessário justificar que os outros locais não correm riscos
de serem mais prejudicados em termos de conforto térmico de verão.
A simulação térmica dinâmica deve empregar o ano meteorológico típico, adaptado à localização geográfica do
empreendimento.
NOTA
Considera-se que os edifícios de escritórios sejam ocupados 12 meses por ano. Os estabelecimentos de ensino devem
funcionar 10 meses, excluindo o período de 15/dezembro a 15/fevereiro, salvo se o empreendedor estipula no seu
programa de necessidades que os ambientes (ou uma parte dos ambientes) serão ocupados durante os 12 meses. Os
horários das jornadas devem ser especificados no programa de necessidades, sendo normalmente da 8h00 às 18h00.
Quanto ao ritmo semanal, os ambientes são ocupados durante 5 dos 7 dias.
(4) No Brasil, como na França, serão consideradas também três zonas de ruído (RU), englobando a RU1 às áreas de sítios de
fazendas e as área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas, a RU2 referindo-se à área mista
predominantemente residencial e com vocação comercial e administrativa, e a RU3, à área mista com vocação recreacional
D
e predominantemente industrial, conforme Tabela 1, do item 6.2.6 de ABNT (2000) – NBR 10151 [[[D
D]]].
(5) Exemplos de dispositivos: janelas de correr e janelas basculantes e janelas tipo “Maximar”, que permitam definir uma
abertura parcial que seja estável.
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Categoria 8
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CONFORTO HIGROTÉRMICO
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA 8.3
B
8.3.1
S
E
B
8.3.2
S
E
B
8.3.3
S
E
B
8.3.4
S
E
B
S
E
* apenas se a preocupação for aplicável; caso contrário, não há exigência.
*
*
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*
Categoria 8
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8
8
8.4
CONFORTO HIGROTÉRMICO
CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES DE CONFORTO HIGROTÉRMICO DE
VERÃO EM AMBIENTES COM SISTEMA DE RESFRIAMENTO
ARTIFICIAL
Introdução
Para assegurar condições de conforto higrotérmico de verão nos ambientes climatizados é
necessário controlar três variáveis:
•
as temperaturas devem ser estabelecidas para os diferentes tipos de ambientes e as atividades
realizadas nos mesmos;
•
a velocidade do ar;
•
o controle dos ganhos solares.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
8.4.1. Definir/obter um
nível adequado de
temperatura nos
diferentes ambientes em
período de ocupação,
considerando-se sua
destinação
Definição / obtenção de
Temperaturas de referência por
temperaturas de referência
ambiente (Treferência) (ou set point de adaptadas aos diferentes tipos de
ambientes (1) e justificativas dos
temperatura)
valores
8.4.2. Assegurar uma
velocidade de ar que não
prejudique o conforto
Velocidade máxima do ar no nível
das zonas onde se encontram os
ocupantes dos diferentes tipos de
ambientes (quando o sistema de
resfriamento estiver em operação)
Nível
B
V ≤ 0,25 m/s para uma
temperatura de referência
próxima de 26°C
S
V ≤ 0,22 m/s para uma
temperatura de referência
próxima de 26°C (2)
E
FS ≤ FSref = 0,45
8.4.3. Controlar os
ganhos solares e em
particular o desconforto
localizado (3)
Fator solar das aberturas (FS)
Para todas as aberturas de
ambientes com permanência não
passageira
Orientação sul: FS ≤ FSref = 0,30
Outras orientações: FS ≤ FSref =
0,25
S
E
E
(1) A ABNT (1980), na NBR 6401 [[[E
E]]], recomenda a temperatura do ar interior nos edifícios escolares e nos escritórios entre 23
e 25°C.
(2) No caso em que a atividade justifique uma temperatura de referência inferior a 26°C, podem-se adotar as seguintes
velocidades do ar de referência:
ƒ V ≤ 0,18 m/s se Treferência = 24°C
ƒ V ≤ 0,20 m/s se Treferência = 25°C
(3) A referência ao desconforto localizado se refere, apenas para o nível E, a locais próximos das aberturas. Trata-se de
proteção contra a irradiação quente.
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150/241
CONFORTO HIGROTÉRMICO
Observação:
Não foi incluída nesta subcategoria a preocupação a respeito do tratamento de ar excessivamente
úmido, realizado pela desumidificação e pelo controle da umidade. De fato, o consumo de energia é
muito mais dispendioso para desumidificar o ar do que para reduzir sua temperatura, já que o
impacto da umidade sobre o conforto é pequeno (salvo em casos extremos).
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
8.4
B
8.4.1
S
E
B
8.4.2
S
E
B
8.4.3
S
E
B
S
E
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8
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
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CONFORTO ACÚSTICO
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153/241
SAÚDE
CONFORTO
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRA COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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154/241
CONFORTO ACÚSTICO
INTRODUÇÃO ________________________________
A noção de "conforto acústico", como a de "qualidade do meio sonoro" de um local, pode ser
caracterizada fazendo-se uso de duas dimensões ou facetas complementares. A qualidade e
quantidade da energia emitida pelas fontes e a qualidade e quantidade dos eventos sonoros do
ponto de vista do receptor. Tal ponto de vista depende não somente da história individual, mas
também dos valores próprios do grupo social a que ele pertence.
Esta qualidade e o conforto que ele almeja podem ter uma influência sobre a qualidade do
trabalho, do sono e sobre as relações entre os usuários do edifício. Quando a qualidade do meio
sonoro se deteriora e o conforto se degrada, os efeitos observados podem se revelar rapidamente
muito negativos, como a queda de produtividade, conflitos de vizinhança e mesmo problemas de
saúde.
As expectativas do usuário a respeito do conforto acústico consistem geralmente em querer
conciliar duas necessidades:
ƒ
De um lado, não ser prejudicado ou perturbado em suas atividades cotidianas por ruídos
aéreos (provenientes de outros ambientes vizinhos), por ruídos de impacto ou de
equipamentos (provenientes de diferentes partes do edifício) e por ruídos do espaço exterior
(transporte, transeuntes, canteiro de obras, etc.);
ƒ
Mas, por outro lado, de preservar o contato auditivo com o ambiente interno (habitação, sala
de aula, escritório) e exterior, percebendo os sinais que lhe são úteis ou que julga
interessantes.
Para obter as condições técnicas mais favoráveis, é conveniente assegurar:
ƒ
O isolamento acústico dos ambientes;
ƒ
A atenuação dos ruídos de impactos e equipamentos;
ƒ
O zoneamento acústico para determinados ambientes, para responder à diversidade de
atividades dos usuários para os quais os ambientes foram concebidos;
ƒ
A adaptação da acústica interna dos locais e a redução dos ruídos perturbadores produzidos no
próprio interior do ambiente.
O conforto acústico depende igualmente das condições locais, da implantação do empreendimento
no terreno e das características do edifício propriamente dito.
Na concepção de um edifício, as preocupações de conforto acústico devem ser tratadas em
diferentes níveis e se estruturam do modo seguinte:
ƒ
Elementos arquitetônicos espaciais, incluindo a organização do plano de massas, atribuindo
responsabilidades aos agentes que intervêm nas primeiras fases da concepção;
ƒ
Isolamento acústico do edifício em relação aos ruídos do espaço exterior;
ƒ
Isolamento acústico dos ambientes face aos ruídos interiores (aéreos, de impacto, de
equipamentos e de origem vibratória);
ƒ
Acústica interna dos ambientes em função de suas destinações;
ƒ
Criação de um meio acústico exterior satisfatório: este tópico é tratado na Categoria 1 "Relação
do edifício com o seu entorno " no §1.2.2. "Criar um conforto acústico exterior satisfatório";
ƒ
Proteção dos vizinhos contra os ruídos gerados pelo edifício (atividades e equipamentos
técnicos): este tópico é tratado na Categoria 1 "Relação do edifício com o seu entorno" no
§1.3.5 "Assegurar à vizinhança o direito à tranqüilidade".
9.1.
Otimização dos elementos arquitetônicos para proteger
os usuários do edifício de incômodos acústicos
9.2.
Criação de uma qualidade do meio acústico adaptado
aos diferentes ambientes
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9
9
CONFORTO ACÚSTICO
Na continuação do texto, a tipologia dos ambientes utilizados é a seguinte:
ƒ
Ambiente muito sensível: vocação para repouso;
ƒ
Ambiente sensível: sala de aula, internato, escritório, sala de música, sala de
conferência, sala de reunião, refeitório;
ƒ
Ambiente ruidoso: ambiente técnico, atelier, zona de circulação comum,
equipamentos (ventilação mecânica, evacuação de água, etc.), sala de esportes, etc.
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 9 __________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
9
B
9.1
S
E
B
9.2
S
E
B
S
E
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
•
•
•
•
Categoria 1 "Relação do edifício com seu entorno"
Meio acústico exterior para os usuários do terreno – Direito dos vizinhos à tranquilidade
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos"
Desempenho acústico dos produtos
Categoria 3 "Canteiro de obras com baixo impacto ambiental"
Ruído de canteiro de obras sobre os vizinhos e trabalhadores da obra
Categoria 8 "Conforto higrotérmico"
Ruído dos equipamentos para assegurar conforto de verão ou inverno
Categoria 13 "Qualidade sanitária do ar"
Ruído dos equipamentos de ventilação
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.1 – Análise do local do empreendimento
Fornece, entre outros, os dados sobre as fontes de ruído presentes no entorno (classificação
das infra-estruturas de transporte, por exemplo).
•
No caso de imóveis de escritórios entregues sem compartimentalizações internas ("andar
livre"), precauções devem ser tomadas pelos responsáveis pelos arranjos dos ambientes. O
empreendedor deverá transmitir ao proprietário do empreendimento todos os dados
necessários sobre a construção entregue e as condições de arranjo para obter os
desempenhos acústicos visados.
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CONFORTO ACÚSTICO
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
[[[A
A
A]]] ABNT (1987). NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro, 1987.
[[[B
B
B]]] ABNT (2000). NBR 10151 – Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade - Procedimento. Rio de Janeiro, 2000.
[[[C
C
C]]] Bistafa, Sylvio R. Acústica aplicada ao controle de ruído. Ed. Edgard Blücher. São Paulo, 2006.
[[[D
D
D]]] Fundacentro. Ministério do Trabalho e do Emprego, Norma de Higiene Ocupacional NHO 01,
Avaliação da exposição ocupacional ao ruído, 2001.
[[[E
E
E]]] Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Norma Regulamentadora NR-15, capítulo V, Título II,
relativa à Segurança e Medicina do Trabalho, 17 ; Lei n. 6.514, de 22/12/1977, Portaria n.
3.214, de 8/6/1978.
[[[F
F
F]]] ABNT (1992). NBR 12179. Norma para tratamento acústico em recintos fechados, 1992.
[[[G
G
G]]] ABNT (1984). NBR 8572 – Fixação de valores de redução de nível de ruído para tratamento
acústico de edificações expostas ao ruído aeronáutico. Rio de Janeiro, 1984.
]
[[[H
]
H
H] ABNT (1992). NBR 12540 - Grandezas e unidades de acústica. Rio de Janeiro, 1992.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[III]]] Arrêté du 25 avril 2003 relatif à la limitation du bruit dans les établissements d'enseignement.
(Decreto de 25 de abril 2003 relativo à limitação de ruído interno em estabelecimentos de
ensino.)
[[[JJJ]]] Arrêtés du 30 juin 1999 relatifs aux caractéristiques acoustiques des bâtiments d’habitation.
(Decretos de 30 junho 1999 relativos às características acústicas dos edifícios residenciais.)
[[[K
K
K]]] Textes législatifs relatifs au classement des infrastructures de transport. (Textos legislativos
relativos à classificação das infraestruturas de transporte.)
]
[[[L
]
L
L] Loi n°92-1444 du 31/12/92 relative à la lutte contre le bruit. (Lei nº 92-1444 de 31/12/92
relativa à luta contra o ruído.)
[[[M
M
M]]] Décret du 18 avril 1995 relatif à la lutte contre le bruit de voisinage. (Decreto de 18 abril 1995
relativo à luta contra o ruído de vizinhança.)
]
[[[N
]
N
N] Circulaire du 25 avril 2003 relative à l'application de la réglementation acoustique des
bâtiments autres que d'habitation. (Circular de 25 de abril 2003 relativa à aplicação da
regulamentação acústica para edifícios não residenciais.)
[[[O
O
O]]] Cahier des charges acoustiques - bâtiments à haute qualité environnementale. Enseignement
– Bureaux – Sports – Loisirs. ADEME, GIAC - Groupement de l’Ingénierie Acoustique, 31
janvier 2000. (Caderno de cargas acústicas – edifícios de alta qualidade ambiental. Ensino –
Escritórios – Esportes – Lazer. ADEME, GIAC – Grupo de Engenharia Acústica, 31 janeiro
2000)
]
[[[P
]
P
P] Cahier des charges acoustiques - bâtiments à haute qualité environnementale. Ecoles de
musique, salles polyvalentes. ADEME, GIAC - Groupement de l’Ingénierie Acoustique, 30 mai
2003. (Caderno de cargas acústicas – edifícios de alta qualidade ambiental. Escolas de música,
salas polivalentes - ADEME, GIAC – Grupo de Engenharia Acústica, 30 maio 2003.)
[[[Q
Q
Q]]] Méthode Qualitel, rubriques "Protection contre les bruits émis à l’intérieur du bâtiment",
"Protection contre les bruits émis à l’extérieur du bâtiment" et "Confort acoustique". (Método
Qualitel, rúbricas "Proteção contra ruídos emitidos no interior do edifício", "Proteção contra os
ruídos emitidos externamente ao edifício" e "Conforto acústico".)
[[[R
R
R]]] AFNOR - Norme NF S31-080 “Acoustique – Bureaux et espaces associés – Niveaux et critères
de performances acoustiques par type d'espace” – Janvier 2006. (AFNOR – Norma NF S31-080
« Acústica – Escritório e espaços associados – Níveis e critérios de desempenho acústico por
tipo de espaço » - Janeiro 2006.)
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CONFORTO ACÚSTICO
[[[S
S
S]]] Arrêté du 30 mai 1996 relatif aux modalités de classement des infrastructures de transports
terrestres et à l’isolement acoustique des bâtiments d’habitation dans les secteurs affectés par
le bruit. (Decreto de 30 maio 1996 relativo às modalidades de classificação das infraestruturas
de transportes terrestres e ao isolamento acústico dos edifícios residenciais nos setores
afetados por ruído.)
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CONFORTO ACÚSTICO
9.1
OTIMIZAÇÃO DOS ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS PARA
PROTEGER OS USUÁRIOS DO EDIFÍCIO DE INCÔMODOS ACÚSTICOS
Introdução
A consideração exclusiva das exigências regulamentares, quando existem, em termos de
desempenho técnico, parece insuficiente para determinar a qualidade do conforto acústico de um
empreendimento. Esta qualidade depende também de aspectos de organização espacial:
ƒ
dos ambientes entre si mesmos,
ƒ
dos ambientes em relação aos incômodos acústicos do espaço exterior,
ƒ
dos ambientes propriamente ditos, em termos de forma e volumetria, face à propagação do
som no seu interior.
No que diz respeito à otimização do posicionamento dos ambientes entre si, o princípio geral é de
avaliar qualitativamente cada ambiente "receptor" em relação aos ambientes "emissores" vizinhos.
Esta avaliação se faz nos seguintes termos:
ƒ
de contigüidade (posicionamento de um ambiente de um edifício em relação ao tipo de
ambiente contíguo de uma entidade diferente),
ƒ
de superposição (posicionamento de um ambiente do edifício em relação ao tipo de ambiente
acima),
ƒ
e de disposição interior dos ambientes (posicionamento de um ambiente de um edifício em
relação ao tipo de ambiente contíguo da mesma entidade).
A otimização do posicionamento dos ambientes em vista dos incômodos acústicos exteriores ao
edifício decorre da análise do local do empreendimento. É, com efeito, à luz dos resultados desta
análise que a organização do plano de massas e as disposições interiores dos ambientes poderão
ser otimizadas, de modo a limitar a exposição ao ruído, notadamente para os ambientes sensíveis.
A otimização espacial e volumétrica dos ambientes nos quais uma boa qualidade acústica interna é
visada (auditório, ginásio, sala de música,...) é essencial e necessita, como para a otimização do
posicionamento, de um estudo especial, desde o início da concepção, na fase de estudos
preliminares.
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9
9
CONFORTO ACÚSTICO
Quadro de avaliação
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
Posições relativas dos ambientes da
mesma entidade ou não, de
contigüidade vertical ou horizontal
Disposições justificadas e
no interior do edifício
9.1.1. Otimizar a posição
satisfatórias (1)
dos ambientes entre si
Posições interiores dos ambientes
de uma mesma entidade no interior
do edifício
Consideração dos incômodos
9.1.2. Otimizar a posição
Disposições justificadas e
acústicos exteriores ao edifício, no
dos ambientes em relação
satisfatórias (2)
que se refere às disposições
aos ruídos exteriores
arquitetônicas
9.1.3. Otimizar a forma e
o volume dos ambientes
em face da qualidade
acústica interna
Volume e forma dos ambientes
conforme destinação acústica
Disposições justificadas e
satisfatórias (3)
Estado
Atende
Atende
Atende
(1) Exemplos de disposições:
-
limitar tanto quanto possível o posicionamento dos ambientes muito sensíveis em contigüidade com um ambiente que
abrigue atividade ruidosa
agrupar tanto quanto possível os ambientes sensíveis e muito sensíveis
favorecer tanto quanto possível a separação dos locais sensíveis por paredes pesadas e/ou por portas de distribuição
intermediárias
(2) Exemplos de disposições:
-
identificar tão exaustivamente quanto possível os incômodos acústicos e vibratórios exteriores ao edifício (atividades
dos edifícios contíguos ou vizinhos, vento dominante, equipamentos, vibrações de infra-estruturas vizinhas, etc.)
organizar o plano de massas para distanciar tanto quanto possível os ambientes sensíveis dos incômodos acústicos e
vibratórios exteriores
(3) Exemplos de disposições:
-
definir o volume do ambiente conforme destinação acústica (volume mínimo por pessoa em um auditório)
evitar paredes paralelas nas salas de música, auditório, …
evitar as formas focalizantes nos locais de audição.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
9.1
9.1.1
Atende
NA
9.1.2
Atende
NA
B
1 atendida das 3
S
2 atendidas das 3
9.1.3
Atende
NA
E
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Categoria 9
160/241
CONFORTO ACÚSTICO
9.2
CRIAÇÃO DE UMA QUALIDADE DO MEIO
ACÚSTICO ADAPTADO AOS DIFERENTES
AMBIENTES
Introdução
A qualidade do meio acústico no interior de um ambiente é função da natureza deste local, de seu
contexto e da atividade que ele vai acolher. Para atingir um bom conforto acústico, o
empreendedor deve explicitar as exigências relativas à proteção contra ruídos indesejáveis e à
audibilidade das emissões sonoras úteis.
O enfoque do conforto acústico dos edifícios de escritórios não é necessariamente o mesmo dos
edifícios escolares. Por exemplo, os imóveis de escritórios necessitam a priori mais modularidade e
maior potencial de evolutividade. É por isto que as modalidades de avaliação dos desempenhos
acústicos para os imóveis de escritório e edifícios escolares foram aqui explicitamente separados.
EDIFÍCIOS ESCOLARES
O trabalho sobre a proteção contra ruídos aéreos deve ser realizado segundo uma lógica global de
conforto acústico adaptada ao ambiente e a seus futuros ocupantes. Os ambientes que acolhem
atividades humanas sensíveis aos ruídos são agrupados sob a designação de “ambientes sensíveis”
(ver Introdução desta Categoria).
O referencial destaca, particularmente, a importância da investigação do melhor equilíbrio entre
isolamento aos ruídos exteriores e aos ruídos internos nas zonas ruidosas.
A definição dos objetivos acústicos referentes à proteção contra os ruídos aéreos ou os que se
A
A]]]
propagam por meios sólidos se baseia nas grandezas e valores da NBR 10152, ABNT (1987). [[[A
Para uma dada preocupação, as porcentagens superiores ou iguais a 75 % ou 90 % dos ambientes
sensíveis ao ruído, apresentando desempenhos superiores ao nível “Bom”, permitem
respectivamente obter os níveis “Superior” e “Excelente”. Decorre disso que os outros ambientes
devem corresponder no mínimo ao nível “Bom”. As porcentagens são entendidas como ponderadas
pelas áreas.
Para os ambientes que recebem grande número de pessoas com tendência ao diálogo, a qualidade
do meio acústico é condicionada ao nível de inteligibilidade da frase. Para isto, é particularmente
importante controlar os fenômenos de reverberação (acústica interna).
EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS
Para uma dada preocupação, o nível de desempenho é obtido desde que 100% dos ambientes
satisfaçam à exigência.
Os edifícios de escritórios acolhem uma grande diversidade de espaços de atividade “escritório”,
mas também de espaços associados a esta atividade (salas de reunião, halls, etc.). O presente
referencial leva então em consideração vários tipos de espaços, definidos conforme a terminologia
A
A]]]
adotada na norma NBR 10152. [[[A
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9
9
CONFORTO ACÚSTICO
Espaços de atividade “escritório”
•
•
•
•
Escritório Individual (escritório em células de trabalho, sala de uso geral, sala para
funcionário designado)
Volume inteiramente enclausurado e destinado a uma pessoa, concebido para tarefas individuais
prolongadas (trabalho administrativo, ligações telefônicas, leitura e escrita). O escritório individual pode
também ser utilizado para reuniões de 2 ou 3 pessoas.
Escritório coletivo
Volume inteiramente enclausurado acolhendo de 2 a 5 pessoas, concebido para pessoas trabalhando
simultaneamente em tarefas individuais distintas (trabalho administrativo, ligações telefônicas, etc.).
Pode ter ou não separações parciais entre as estações de trabalho (biombos, painéis).
Espaço aberto (áreas de trabalho livres de grandes dimensões, open space, grandes
escritórios abertos)
Espaço concebido para acolher mais de 5 pessoas sem separações completas entre estações de trabalho.
As atividades exercidas em um espaço aberto podem ser diversas: telefone, trabalho administrativo, etc.
Espaço flexível (planta livre)
Espaço de escritório não dirigido para um usuário particular e, por isto, sem qualquer mobiliário ou
atividade definida. Tipicamente, um espaço flexível é caracterizado:
- pela envoltória externa do edifício ou ainda paredes autoportantes,
- pelo piso,
- pelo forro suspenso,
- pelos equipamentos necessários ao uso no imóvel (climatização, acesso, redes, iluminação,…).
Espaços associados
•
•
•
•
Sala de reunião/sala de treinamento
Local fechado permitindo várias pessoas conversar e trabalhar juntas, essencialmente em torno de uma
mesa.
Espaços internos de convivência
Lugar de descanso onde pode haver poltronas, máquina de café, máquina de bebidas, etc. Um espaço
de convivência é um local informal de encontro.
Espaços de alimentação
Espaço onde se reúnem mais de 5 pessoas para fazerem refeições. Este espaço comporta os
restaurantes internos, cafeteria, copas e restaurantes privados da diretoria.
Circulação
Todo local de passagem definido por vedações verticais destinado principalmente aos deslocamentos das
pessoas.
No que diz respeito aos espaços associados, o presente referencial define uma quinta categoria de
espaços, denominada espaços acústicos. Estes espaços agrupam os seguintes ambientes:
•
ambientes que necessitam de uma boa compreensão da comunicação oral: auditório, sala de
conferência, etc. ; as salas de treinamento com ocupação similar à das salas de reunião estão
associadas a esta categoria no presente referencial;
•
ambientes que acolham uma atividade ruidosa;
•
ambientes para difusão sonora;
•
ambientes com necessidade de confidencialidade da conversação.
Configurações de entrega da construção
Em relação a estas tipologias de espaços, duas configurações de entrega da construção são
consideradas no presente referencial:
•
•
Construção entregue "livre"
Até o final da fase de concepção, o empreendedor não conhece o arranjo interior da construção. Ele
entrega então um edifício parcialmente composto de espaço flexível em termos de espaços para a
atividade “escritório” e outra parte de espaços associados de diferentes naturezas.
Construção entregue "compartimentada"
O empreendedor conhece o arranjo dos espaços de atividade “escritório” desde o início do
empreendimento, ou, ainda, antes do final da concepção. Ele entrega então os espaços de atividade
“escritório” compostos de escritórios individuais e/ou de escritórios coletivos e/ou de espaços abertos,
como também os espaços associados de diferentes naturezas.
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Categoria 9
162/241
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CONFORTO ACÚSTICO
O caso no qual o empreendedor se posiciona deve ser definido desde o início do empreendimento,
e revisto se o arranjo interior se torna conhecido antes do final da concepção (ligação com o SGE).
Princípio de desempenho acústico
No presente referencial, os espaços de atividade “escritório” são considerados como os espaços
dominantes. Em outras palavras, as variações do desempenho acústico dos edifícios de escritório
dependem exclusivamente dos esforços feitos com relação a estes espaços.
No que diz respeito aos espaços associados, a orientação é que não seja definido um só nível que,
embora denominado Bom, vá ligeiramente além da prática corrente dos imóveis de escritório, a fim
de assegurar condições de conforto acústico aceitáveis em todas as situações.
Quadro de avaliação
Preocupação
EDIFÍCIOS ESCOLARES
Isolamento acústico padrão
ponderado, DnTA,tr , frente aos
ruídos de infra-estrutura de
9.2.1. Isolar os ambientes transportes terrestres
sensíveis em relação ao
Compatibilização dos níveis de
espaço exterior
ruído permitidos com as Reduções
de Ruído de edifícios na Área II de
G
aeroportos [[[G
G]]]
9.2.2. Limitar o nível de
ruído de impactos
transmitidos nos
ambientes sensíveis
Critério de avaliação
Indicador
Nível de pressão ponderado do
ruído de impacto padronizado L’nT,w
percebido nos locais de recepção
mais sensíveis
Título
Nível
DnTA,tr ≥ 30 dB, podendo ir até
45 dB segundo a categoria de
infra-estrutura (3)
Medidas tomadas para
compatibilizar os níveis de ruído
permitidos com as Reduções de
Ruído de edifícios na Área II de
aeroportos (9)
L’nT,w ≤ 60 dB
ambientes
(4)
B
para 100% dos
B
L’nT,w ≤ 57 dB (4) no mínimo para
75% dos ambientes
S
L’nT,w ≤ 57 dB (4) no mínimo para
90% dos ambientes
E
- Ruídos contínuos: LnAT ≤ 33 ou
38 dB(A) segundo o tipo de
ambiente de recepção (5)
B
-
9.2.3. Limitar o nível de
ruído de equipamentos
nos ambientes sensíveis
9.2.4. Controlar a
acústica interna dos
ambientes
Nível de pressão acústica
normalizado LnAT
Estudo acústico para os seguintes
ambientes:
- halls
- ambientes em que é necessária
uma boa inteligibilidade da frase
(sala de conferência, auditório,
ambiente para difusão sonora,
etc.)
- ambientes com atividade ruidosa
- ambientes com volume >
500 m3
Ruídos intermitentes: LnAT ≤ 38
ou 43 dB(A) segundo o tipo de
ambiente de recepção (5)
LnAT ≤ LnAT regulamentar– 3 dB
no mínimo para 75% dos
ambientes (5)
LnAT ≤ LnAT regulamentar– 3 dB
no mínimo para 90% dos
ambientes (5)
Respeito às exigências de
duração de reverberação média
resultantes do estudo acústico
S
E
(5)
B
Respeito às exigências baseadas
em indicadores específicos (6)
resultantes de um estudo acústico
detalhado
E
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CONFORTO ACÚSTICO
Para os outros ambientes:
Duração de reverberação Tr (s) em
função do volume V (m3)
9.2.5. Prever isolamento
do ruído aéreo nos
ambientes sensíveis
frente a outros ambientes
Isolamento acústico padrão
ponderado DnT,A entre ambientes
(dB)
Respeito à Tr da NBR 12.179
B
DnTA ≥ DnTA regulamentar para
100% dos ambientes (1)
B
DnTA ≥ DnTA regulamentar + 3 dB
no mínimo para 75% dos
ambientes (1)
S
DnTA ≥ DnTA regulamentar + 3 dB
no mínimo para 90% dos
ambientes (1)
E
(1) Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, serão adotados os valores de isolamento DnAT extraídos das
A
tabelas do artigo 2 da portaria francesa de 25 de abril de 2003 [[[A
A]]]:
- entre salas de aula: 43 dB
- entre circulação (horizontal) e sala de aula: 30 dB
- entre escritórios: 43 dB
- entre circulação (horizontal) e escritório: 30 dB
(3) Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, para as infra-estruturas de transporte terrestre, classificar as
vias pelo nível de ruído e adotar os isolamentos especificados na Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação de infra-estrutura terrestre quanto ao nível de ruído equivalente e isolamento acústico
K
K]]]
recomendado, DnAT. Fonte: [[[K
Nível de ruído de referência Nível de ruído de referência
Leq (6h00-22h00) em dB(A) Leq (22h00-6h00) em dB(A)
Categoria de Largura máxima (m) dos setores afetados
pelo ruído, de um e do outro lado da infrainfraestrutura
estrutura (1)
Isolamento
mínimo, DnAT, em
dB(A)
L > 81
L > 76
1
300
45
76 < L <= 81
71 < L <= 76
2
250
42
70 < L <= 76
65 < L <= 71
3
100
38
65 < L <= 70
60 < L <= 65
4
30
60 < L <= 65
55 < L <= 60
5
10
35
30
(1) distância medida a partir da borda externa da via, de cada lado
(4) O cálculo de L’nT,w é feito conforme a seguir:
LnT,w = Lp + 10 Log
Asrecepção
(dB)
10m 2
A
A]]]
sendo Asrecepção a absorção sonora da sala de recepção, em m2. Ver NBR 10152. [[[A
(5) O LnAT regulamentar deve ser entendido como 33 dB para equipamento de operação contínua e 38 dB para equipamento de
operação intermitente, de acordo com a regulamentação francesa e adotado na aplicação desta metodologia no Brasil,
enquanto não for elaborada regulamentação nacional.
(6) Exemplos de indicadores específicos mensuráveis:
Critérios temporais:
ƒ Duração da reverberação ótima com as restrições em função da freqüência Tr(f)
ƒ Decréscimo temporal precoce EDT(f)
Critérios energéticos:
ƒ Força sonora
ƒ Decréscimo espacial em função da distância a uma fonte: DL
ƒ Cobertura do auditório
Critérios de intelegibilidade:
ƒ RASTI – Rapide Speech Transmission Index
Na ausência de documentação específica brasileira, os indicadores e os métodos de medição são definidos nas normas
AFNOR, CEN e ISO.
(7) Relativo à norma NF S31-074 de outubro de 2002.
(8) Ver artigo 6 da portaria de 25 de abril de 2003.
(9) Devido ao raro emprego no Brasil do indicador DnTA,tr, poderá ser empregado o de Redução do Nível de Ruído (RR),
G
em dB(A), previsto na NBR 8572 [[[G
G]]]. Nos casos de edifícios de escritórios e escolares, o RR deve ser, no mínimo, igual ao
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CONFORTO ACÚSTICO
G
especificado para edifícios de habitação na NBR 8572 [[[G
G]]] e o isolamento acústico dos ambientes deve ser o suficiente para
A
assegurar os níveis de ruído interno estabelecidos na NBR 10152 [[[A
A]]]. O cálculo de RR pode ser feito por métodos analíticos
e de acordo com as propriedades acústicas dos materiais.
Observação importante
Os ambientes para os quais as exigências das preocupações 9.2.1 a 9.2.4 sejam satisfatórias (os 75% para o nível Superior e
90% para o Excelente) devem ser os mesmos, a fim de evitar desequilíbrios acústicos em relação aos diferentes tipos de
ruídos.
Desempenho da subcategoria
EDIFÍCIOS ESCOLARES
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
9.2
B
9.2.1
S
E
B
9.2.2
S
E
B
9.2.3
S
E
B
9.2.4
S
E
B
9.2.5
S
E
B
S
E
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CONFORTO ACÚSTICO
Quadro de avaliação
EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIO
ESPAÇOS FLEXÍVEIS (PLANTA LIVRE)
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
– 5 dB
e
Nível
regulamentar para habitação
(diurno)
B
DnTA,tr ≥ 30 dB
Isolamento acústico padrão
9.2.1. Isolar os ambientes
ponderado face a ruídos de infraem relação ao espaço
estrutura de transportes terrestres
externo
DnTA,tr (1)
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
– 3 dB
e
regulamentar para habitação
(diurno)
S
DnTA,tr ≥ 30 dB
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
regulamentar para habitação
(diurno)
e
E
DnTA,tr ≥ 30 dB
9.2.2. Limitar o nível de
ruído de impactos
transmitidos nos
ambientes
Nível de pressão ponderado do
ruído de impacto padronizado L’nT,w
percebido nos espaços flexíveis
9.2.3. Limitar o nível de
ruído de equipamentos
nos ambientes
Nível de pressão acústica
normalizado LnAT (2)
L’nT,w ≤ 60 dB
B
L’nT,w ≤ 57 dB
S
LnAT ≤ 40 dB(A)
B
LnAT ≤ 38 dB(A)
S
LnAT ≤ 35 dB(A)
E
AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
Justificativa da homogeneidade
da AAE em todos os locais
B
AAEteto ≥ 0,75 S(superfície do piso)
9.2.4. Controlar a
acústica interna dos
ambientes
Justificativa da homogeneidade
da AAE em todos os locais
Área de absorção equivalente (AAE)
do teto dos espaços flexíveis (7)
Realização de um estudo acústico
específico e implementação das
Estudo acústico específico
soluções identificadas como tendo
desempenho mais elevado por
este estudo (3)
S
E
Elaboração de um documento
precisando as opções de arranjos
físicos que conduzam ao alcance
deste desempenho (5)
9.2.5. Prover isolamento
ao ruído aéreo entre
ambientes
Isolamento acústico padrão
ponderado DnT,A (dB) entre
escritórios individuais alcançado,
uma vez os espaços flexíveis tendo
sido compartimentalizados (entre
piso elevado e forro falso)
DnTA ≥ 32 dB
Elaboração de um documento
precisando as opções de
compartimentalização que
conduzem ao alcance deste
desempenho (4)
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B
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CONFORTO ACÚSTICO
DnTA ≥ 35 dB
Elaboração de um documento
precisando as opções de
compartimentalização que
conduzem ao alcance deste
desempenho (4)
S
DnTA ≥ 38 dB
Elaboração de um documento
precisando as opções de
compartimentalização que
conduzem ao alcance deste
desempenho (4)
9.2.6. Limitar o ruído ao
caminhar
Classe de ruído ao caminhar dos
revestimentos de piso (5)
E
Revestimentos de piso no mínimo
de classe B (6)
B
(1) No momento de entrega do edifício, se este nível for mensurado, é conveniente efetuar a medição a 2m da fachada. DnTA,tr
= 30 dB, segundo NF S31-080.
Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, para as infra-estruturas de transporte terrestre, classificar as
vias pelo nível de ruído e adotar os isolamentos especificados na Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação de infra-estrutura terrestre quanto ao nível de ruído equivalente e isolamento acústico
K
K]]]
recomendado, DnAT. Fonte: [[[K
Nível de ruído de referência Nível de ruído de referência
Leq (6h00-22h00) em dB(A) Leq (22h00-6h00) em dB(A)
Categoria de Largura máxima (m) dos setores afetados
pelo ruído, de um e do outro lado da infrainfraestrutura
estrutura (1)
Isolamento
mínimo, DnAT, em
dB(A)
L > 81
L > 76
1
300
45
76 < L <= 81
71 < L <= 76
2
250
42
70 < L <= 76
65 < L <= 71
3
100
38
65 < L <= 70
60 < L <= 65
4
30
60 < L <= 65
55 < L <= 60
5
10
35
30
(1) distância medida a partir da borda externa da via, de cada lado
(2) Este nível deve ser separado do ruído de fundo.
(3) Recomenda-se assegurar que as prescrições do estudo acústico especifiquem:
- O respeito à exigência no nível Bom, AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
- Um nível de conforto superior ao que será obtido por simples respeito à exigência do nível Superior, a saber AAEteto ≥
0,75 S(superfície do piso)
(4) Este documento deverá ser entregue ao proprietário.
(5) A classe de ruído dos revestimentos de piso ao caminhar é definida na norma NFS 31-074. Esta norma tem por objeto o
ruído de impacto gerado pelo revestimento de piso quando se caminha sobre o mesmo, no interior do ambiente.
(6) A maioria dos revestimentos de piso geralmente empregados em obras de escritórios é das classes B e A.
(7) A área de absorção equivalente de uma superfície é o valor da área de uma superfície que possua um fator de absorção
acústica igual a 1, absorvendo a mesma energia acústica que a superfície considerada. O fator de absorção acústica é a
H
relação entre a energia acústica absorvida e a energia acústica incidente [[[H
H]]]. Uma superfície pouco absorvente possui um
fator de absorção acústica próximo de 0; uma bastante absorvente próximo de 1.
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CONFORTO ACÚSTICO
ESCRITÓRIOS INDIVIDUAIS
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
– 5 dB
Nível
regulamentar para habitação
(diurno)
B
e
DnTA,tr ≥ 30 dB
Isolamento acústico padrão
9.2.1. Isolar os ambientes
ponderado face a ruídos de infraem relação ao espaço
estrutura de transportes terrestres
exterior
DnTA,tr (1)
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
– 3 dB
regulamentar para habitação
(diurno)
S
e
DnTA,tr ≥ 30 dB
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
E
e
DnTA,tr ≥ 30 dB
9.2.2. Limitar o nível de
ruído de impactos
transmitidos nos
ambientes
Nível de pressão ponderado do
ruído de impacto padronizado L’nT,w
percebido nos escritórios
individuais
9.2.3. Limitar o nível de
ruído de equipamentos
nos ambientes
Nível de pressão acústica
normalizado LnAT (2)
9.2.4. Controlar a
acústica interna dos
ambientes
Área de absorção equivalente (AAE) AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
do teto dos escritórios
Justificativa da homogeneidade
individuais (5)
da AAE em toda área
9.2.5. Prover isolamento
do ruído aéreo entre
ambientes
Isolamento acústico padrão
ponderado DnT,A (dB) entre os
escritórios individuais e todo tipo
de espaço de atividade “escritório”
9.2.6. Limitar o ruído ao
caminhar
Classe de ruído ao caminhar dos
revestimentos de piso (3)
L’nT,w ≤ 60 dB
B
L’nT,w ≤ 57 dB
S
LnAT < 40 dB(A)
B
LnAT ≤ 38 dB(A)
S
LnAT ≤ 35 dB(A)
E
B
DnTA ≥ 38 dB
B
DnTA ≥ 40 dB
S
DnTA ≥ 43 dB
E
Revestimento de piso no mínimo
de classe B (4)
B
(1) No momento de entrega do edifício, se este nível for mensurado, é conveniente efetuar a medição a 2m da fachada.
Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, para as infra-estruturas de transporte terrestre, classificar as
vias pelo nível de ruído e adotar os isolamentos especificados na Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação de infra-estrutura terrestre quanto ao nível de ruído equivalente e isolamento acústico
K
K]]]
recomendado, DnAT. Fonte: [[[K
Nível de ruído de referência Nível de ruído de referência
Leq (6h00-22h00) em dB(A) Leq (22h00-6h00) em dB(A)
Categoria de Largura máxima (m) dos setores afetados
pelo ruído, de um e do outro lado da infrainfraestrutura
estrutura (1)
Isolamento
mínimo, DnAT, em
dB(A)
L > 81
L > 76
1
300
45
76 < L <= 81
71 < L <= 76
2
250
42
70 < L <= 76
65 < L <= 71
3
100
38
65 < L <= 70
60 < L <= 65
4
30
60 < L <= 65
55 < L <= 60
5
10
35
30
(1) distância medida a partir da borda externa da via, de cada lado
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CONFORTO ACÚSTICO
(2) Este nível deve ser separado do ruído de fundo.
(3) A classe de ruído dos revestimentos de piso ao caminhar é definida na norma NFS 31-074. Esta norma tem por objeto o
ruído de impacto gerado pelo revestimento de piso quando se caminha sobre o mesmo, no interior do ambiente.
(4) A maioria dos revestimentos de piso geralmente empregados em obras de escritórios é das classes B e A.
(5) A área de absorção equivalente de uma superfície é o valor da área de uma superfície que possua um fator de absorção
acústica igual a 1, absorvendo a mesma energia acústica que a superfície considerada. O fator de absorção acústica é a
H
relação entre a energia acústica absorvida e a energia acústica incidente [[[H
H]]]. Uma superfície pouco absorvente possui um
fator de absorção acústica próximo de 0; uma bastante absorvente próximo de 1.
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9
CONFORTO ACÚSTICO
ESPAÇOS ABERTOS
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
DnTA,tr ≥ DnTA,tr regulamentar para habitação
– 5 dB
(diurno)
e
Nível
B
DnTA,tr ≥ 30 dB
Isolamento acústico padrão
9.2.1. Isolar os ambientes
ponderado face a ruídos de infraem relação ao espaço
estrutura de transportes terrestres
exterior
DnTA,tr (1)
DnTA,tr ≥ DnTA,tr regulamentar para habitação
– 3 dB
(diurno)
e
S
DnTA,tr ≥ 30 dB
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
regulamentar para habitação
(diurno)
e
E
DnTA,tr ≥ 30 dB
9.2.2. Limitar o nível de
ruído de impactos
transmitidos nos
ambientes
Nível de pressão ponderado do
ruído de impacto padronizado L’nT,w
percebido nos espaços abertos
9.2.3. Limitar o nível de
ruído de equipamentos
nos ambientes
Nível de pressão acústica
normalizado LnAT (2)
L’nT,w ≤ 60 dB
B
L’nT,w ≤ 57 dB
S
LnAT ≤ 45 dB(A)
B
LnAT ≤ 40 dB(A)
E
AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
Justificativa da homogeneidade
da AAE em todos os locais
B
AAEteto ≥ 0,75 S(superfície do piso)
Justificativa da homogeneidade
da AAE em todos os locais
9.2.4. Controlar a
acústica interna dos
ambientes
Área de absorção equivalente (AAE) Realização de um estudo acústico
do teto dos espaços abertos (7)
específico e implementação das
soluções identificadas como tendo
Estudo acústico específico
desempenho mais elevado por
este estudo (3)
Elaboração de um documento
precisando as opções de arranjos
físicos que conduzam ao
cumprimento deste
desempenho (4)
9.2.5. Prover isolamento
do ruído aéreo entre
ambientes
Isolamento acústico padrão
ponderado DnT,A (dB) entre os
espaços abertos
9.2.6. Limitar o ruído ao
caminhar
Classe de ruído ao caminhar dos
revestimentos de piso (5)
S
E
DnTA ≥ 32 dB
B
DnTA ≥ 35 dB
S
DnTA ≥ 38 dB
E
Revestimentos de piso no mínimo
de classe B (6)
B
(1) No momento de entrega do edifício, se este nível for mensurado, é conveniente efetuar a medição a 2m da fachada. DnTA,tr
= 30 dB, segundo NF S31-080.
Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, para as infra-estruturas de transporte terrestre, classificar as
vias pelo nível de ruído e adotar os isolamentos especificados na Tabela 1.
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CONFORTO ACÚSTICO
Tabela 1 – Classificação de infra-estrutura terrestre quanto ao nível de ruído equivalente e isolamento acústico
K
K]]]
recomendado, DnAT. Fonte: [[[K
Nível de ruído de referência Nível de ruído de referência
Leq (6h00-22h00) em dB(A) Leq (22h00-6h00) em dB(A)
Categoria de Largura máxima (m) dos setores afetados
pelo ruído, de um e do outro lado da infrainfraestrutura
estrutura (1)
Isolamento
mínimo, DnAT, em
dB(A)
L > 81
L > 76
1
300
45
76 < L <= 81
71 < L <= 76
2
250
42
70 < L <= 76
65 < L <= 71
3
100
38
65 < L <= 70
60 < L <= 65
4
30
60 < L <= 65
55 < L <= 60
5
10
35
30
(1) distância medida a partir da borda externa da via, de cada lado
(2) Este nível deve ser separado do ruído de fundo.
(3) Recomenda-se assegurar que as prescrições do estudo acústico especifiquem:
- o respeito a exigência no nível Bom, a saber AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
- um nível de conforto superior ao que será obtido por simples respeito à exigência do nível SUPERIOR, a saber AAEteto ≥
0,75 S(superfície do piso)
(4) Este documento deverá ser entregue ao proprietário.
(5) A classe de ruído dos revestimentos de piso ao caminhar é definida na norma NFS 31-074. Esta norma tem por objeto o
ruído de impacto gerado pelo revestimento de piso quando se caminha sobre o mesmo, no interior do ambiente.
(6) A maioria dos revestimentos de piso geralmente empregados em obras de escritórios é das classes B e A.
(7) A área de absorção equivalente de uma superfície é o valor da área de uma superfície que possua um fator de absorção
acústica igual a 1, absorvendo a mesma energia acústica que a superfície considerada. O fator de absorção acústica é a
H
relação entre a energia acústica absorvida e a energia acústica incidente [[[H
H]]]. Uma superfície pouco absorvente possui um
fator de absorção acústica próximo de 0; uma bastante absorvente próximo de 1.
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
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CONFORTO ACÚSTICO
ESCRITÓRIOS COLETIVOS
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
DnTA,tr ≥ DnTA,tr regulamentar para habitação
– 5 dB
(diurno)
e
Nível
B
DnTA,tr ≥ 30 dB
Isolamento acústico padrão
9.2.1. Isolar os ambientes
ponderado face a ruídos de infraem relação ao espaço
estrutura de transportes terrestres
exterior
DnTA,tr (1)
DnTA,tr ≥ DnTA,tr regulamentar para habitação
– 3 dB
(diurno)
e
S
DnTA,tr ≥ 30 dB
DnTA,tr ≥ DnTA,tr
regulamentar para habitação
(diurno)
e
E
DnTA,tr ≥ 30 dB
9.2.2. Limitar o nível de
ruído de impactos
transmitidos nos
ambientes
Nível de pressão ponderado do
ruído de impacto padronizado L’nT,w
percebido nos escritórios coletivos
9.2.3. Limitar o nível de
ruído de equipamentos
nos ambientes
Nível de pressão acústica
normalizado LnAT (2)
L’nT,w ≤ 60 dB
B
L’nT,w ≤ 57 dB
S
LnAT < 40 dB(A)
B
LnAT ≤ 38 dB(A)
S
LnAT ≤ 35 dB(A)
E
AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
Justificativa da homogeneidade
da AAE em todos os locais
B
AAEteto ≥ 0,75 S(superfície do piso)
Justificativa da homogeneidade
da AAE em todos os locais
9.2.4. Controlar a
acústica interna dos
ambientes
Área de absorção equivalente (AAE) Realização de um estudo acústico
do teto dos escritórios coletivos (7)
específico e implementação das
soluções identificadas como tendo
Estudo acústico específico
desempenho mais elevado por
este estudo (3)
Elaboração de um documento
precisando as opções de arranjos
físicos que conduzam ao
cumprimento deste
desempenho (4)
9.2.5. Prover isolamento
do ruído aéreo entre
ambientes
9.2.6. Limitar o ruído ao
caminhar
Isolamento acústico padrão
ponderado DnT,A (dB) entre:
- escritórios coletivos
- escritório coletivo e espaço
aberto
Classe de ruído ao caminhar dos
revestimentos de piso (5)
S
E
DnTA ≥ 35 dB
B
DnTA ≥ 38 dB
S
DnTA ≥ 40 dB
E
Revestimentos de piso no mínimo
de classe B (6)
B
(1) No momento de entrega do edifício, se este nível for mensurado, é conveniente efetuar a medição a 2m da fachada. DnTA,tr
= 30 dB, segundo NF S31-080.
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CONFORTO ACÚSTICO
Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, para as infra-estruturas de transporte terrestre, classificar as
vias pelo nível de ruído e adotar os isolamentos especificados na Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação de infra-estrutura terrestre quanto ao nível de ruído equivalente e isolamento acústico
K
K]]]
recomendado, DnAT. Fonte: [[[K
Nível de ruído de referência Nível de ruído de referência
Leq (6h00-22h00) em dB(A) Leq (22h00-6h00) em dB(A)
Categoria de Largura máxima (m) dos setores afetados
pelo ruído, de um e do outro lado da infrainfraestrutura
estrutura (1)
Isolamento
mínimo, DnAT, em
dB(A)
L > 81
L > 76
1
300
45
76 < L <= 81
71 < L <= 76
2
250
42
70 < L <= 76
65 < L <= 71
3
100
38
65 < L <= 70
60 < L <= 65
4
30
60 < L <= 65
55 < L <= 60
5
10
35
30
(1) distância medida a partir da borda externa da via, de cada lado
(2) Este nível deve ser separado do ruído de fundo.
(3) Recomenda-se assegurar que as prescrições do estudo acústico especifiquem:
- o respeito à exigência no nível Bom, AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
- um nível de conforto superior ao que será obtido por simples respeito à exigência do nível SUPERIOR, a saber AAEteto ≥
0,75 S(superfície do piso)
(4) Este documento deverá ser entregue ao proprietário.
(5) A classe de ruído dos revestimentos de piso ao caminhar é definida na norma NFS 31-074. Esta norma tem por objeto o
ruído de impacto gerado pelo revestimento de piso quando se caminha sobre o mesmo, no interior do ambiente.
(6) A maioria dos revestimentos de piso geralmente empregados em obras de escritórios é das classes B e A.
(7) A área de absorção equivalente de uma superfície é o valor da área de uma superfície que possua um fator de absorção
acústica igual a 1, absorvendo a mesma energia acústica que a superfície considerada. O fator de absorção acústica é a
H
relação entre a energia acústica absorvida e a energia acústica incidente [[[H
H]]]. Uma superfície pouco absorvente possui um
fator de absorção acústica próximo de 0; uma bastante absorvente próximo de 1.
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CONFORTO ACÚSTICO
ESPAÇOS ASSOCIADOS
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Isolamento acústico padrão
9.2.1. Isolar os ambientes
ponderado face a ruídos de infraem relação ao espaço
estrutura de transportes terrestres
exterior
DnTA,tr (1)
Título
Nível
DnTA,tr ≥ DnTA,tr regulamentar para habitação
– 5 dB
(diurno)
B
e
DnTA,tr ≥ 30 dB
Salas de reunião / Espaços
internos de convivência
fechados
Sem exigência
9.2.2. Limitar o nível de
ruído de impactos
transmitidos entre
ambientes
Nível de pressão ponderado do
ruído de impacto padronizado L’nT,w
percebido nos espaços associados
Circulações / Espaços de
convivência abertos
Sem exigência
Halls
Sem exigência
B
Espaços de alimentação
Realização de um estudo acústico
específico e respeito às exigências
deste estudo
Espaços acústicos
Sem exigência
Salas de reunião / Espaços
internos de convivência
fechados
Sem exigência
9.2.3. Limitar o nível de
ruído de equipamentos
nos ambientes
Nível de pressão acústica
normalizado LnAT (2)
Circulações / Espaços de
convivência abertos
Sem exigência
Halls
Sem exigência
B
Espaços de alimentação
Realização de um estudo acústico
específico e respeito às exigências
deste estudo
Espaços acústicos
Sem exigência
Salas de reunião / Espaços
internos de convivência
fechados
AAEteto ≥ 0,6 S(superfície do piso)
Circulações / Espaços de
convivência abertos
AAEtotal ≥ 0,5 S(superfície do piso)
9.2.4. Controlar a
acústica interna dos
ambientes
Área de Absorção Equivalente
(AAE) do teto dos espaços
associados (6)
Halls
AAE ≥ 0,33 S(superfície do piso)
Realização de um estudo acústico
específico e respeito às exigências
deste estudo
B
Espaços de alimentação
Realização de um estudo acústico
específico e respeito às exigências
deste estudo
Espaços acústicos
Realização de um estudo acústico
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CONFORTO ACÚSTICO
específico e respeito às exigências
deste estudo.
Salas de reunião / Espaços
internos de convivência
fechados fechados
DnTA ≥ 40 dB (3)
Circulações / Espaços de
convivência abertos
DnTA ≥ 28 dB
9.2.5. Prover isolamento
do ruído aéreo entre
ambientes
Isolamento acústico padrão
ponderado DnT,A (dB) entre
ambientes
Halls
Sem exigência
B
Espaços de alimentação
Realização de um estudo acústico
específico e respeito às exigências
deste estudo
Espaços acústicos
Realização de um estudo acústico
específico e respeito às exigências
deste estudo
Salas de reunião / Espaços
internos de convivência
fechados fechados
Revestimentos de piso no mínimo
de classe B (5)
9.2.6. Limitar o ruído ao
caminhar
Classe de ruído ao caminhar dos
revestimentos de piso (4)
Circulações / Espaços de
convivência abertos
Revestimentos de piso no mínimo
de classe B (5)
B
Halls
Sem exigência
Espaços de alimentação
Sem exigência
Espaços acústicos
Sem exigência
(1) No momento de entrega do edifício, se este nível for mensurado, é conveniente efetuar a medição a 2m da fachada. DnTA,tr
= 30 dB, segundo NF S31-080.
Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, para as infra-estruturas de transporte terrestre, classificar as
vias pelo nível de ruído e adotar os isolamentos especificados na Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação de infra-estrutura terrestre quanto ao nível de ruído equivalente e isolamento acústico
K
K]]]
recomendado, DnAT. Fonte: [[[K
Nível de ruído de referência Nível de ruído de referência
Leq (6h00-22h00) em dB(A) Leq (22h00-6h00) em dB(A)
Categoria de Largura máxima (m) dos setores afetados
pelo ruído, de um e do outro lado da infrainfraestrutura
estrutura (1)
Isolamento
mínimo, DnAT, em
dB(A)
L > 81
L > 76
1
300
45
76 < L <= 81
71 < L <= 76
2
250
42
70 < L <= 76
65 < L <= 71
3
100
38
65 < L <= 70
60 < L <= 65
4
30
60 < L <= 65
55 < L <= 60
5
10
35
30
(1) distância medida a partir da borda externa da via, de cada lado
(2) Este nível deve ser separado do ruído de fundo.
(3) Se a obra é entregue na configuração “espaço flexível”, trata-se então do potencial de isolamento do ruído aéreo.
Recomenda-se então que o empreendedor elabore um documento precisando as opções de compartimentalização que
conduzam ao alcance do desempenho, e que ele o entregue ao proprietário.
(4) A classe de ruído dos revestimentos de piso ao caminhar é definida na norma NFS 31-074. Esta norma tem por objeto o
ruído de impacto gerado pelo revestimento de piso quando se caminha sobre o mesmo, no interior do ambiente.
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CONFORTO ACÚSTICO
(5) A maioria dos revestimentos de piso geralmente empregados em obras de escritórios é das classes B e A.
(6) A área de absorção equivalente de uma superfície é o valor da área de uma superfície que possua um fator de absorção
acústica igual a 1, absorvendo a mesma energia acústica que a superfície considerada. O fator de absorção acústica é a
H
relação entre a energia acústica absorvida e a energia acústica incidente [[[H
H]]]. Uma superfície pouco absorvente possui um
fator de absorção acústica próximo de 0; uma bastante absorvente próximo de 1.
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CONFORTO ACÚSTICO
Desempenho da subcategoria
ESCRITÓRIO
PREOCUPAÇÕES
Espaço
flexível
B
9.2.1
P
E
B
9.2.2
S
E
B
9.2.3
S
E
B
9.2.4
S
E
B
9.2.5
S
E
B
9.2.6
S
E
B
9.2.1
S
E
B
9.2.2
S
E
B
9.2.3
S
E
B
9.2.4
S
E
B
9.2.5
S
E
B
9.2.6
S
E
B
9.2.1
S
E
B
9.2.2
S
E
B
9.2.3
S
E
B
9.2.4
S
E
B
9.2.5
S
E
B
9.2.6
S
E
B
9.2.1
S
E
B
9.2.2
S
E
B
9.2.3
S
E
B
9.2.4
S
E
B
9.2.5
S
E
B
9.2.6
S
E
B
9.2.1
S
E
B
9.2.2
S
E
B
9.2.3
S
E
B
9.2.4
S
E
B
9.2.5
S
E
B
9.2.6
S
E
B
S
E
Escritório
individual
B
S
E
Espaços
abertos
B
S
E
Escritórios
coletivos
B
S
E
Espaços
associados
B
S
E
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177/241
9
9
CONFORTO ACÚSTICO
Ð
Construção entregue "livre"
SUBCATEGORIA
9.2
Espaço
flexível
B
S
E
Espaços
associados
B
S
E
B
S
E
Construção entregue "compartimentada"
SUBCATEGORIA
9.2
Escritórios
individuais
B
S
E
Escritórios
coletivos
B
S
E
Espaços
abertos
B
S
E
Espaços
associados
B
S
E
B
S
E
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
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CONFORTO
VISUAL
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179/241
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício (QAE)
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
CONFORTO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
SAÚDE
0
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 10
180/241
CONFORTO VISUAL
INTRODUÇÃO ________________________________
A exigência de conforto visual consiste, de maneira geral, em enxergar certos objetos e certos
tipos de luz (naturais e artificiais) sem ofuscamento e, por outro lado, em obter um meio luminoso
satisfatório, quantitativamente em termos de iluminância e de equilíbrio de luminâncias, e
qualitativamente em termos de cores. Esta exigência objetiva facilitar a execução de trabalhos e de
diversas atividades, com requisitos de qualidade e produtividade, ou de satisfação, evitando–se a
fadiga e problemas de saúde relacionados a distúrbios visuais.
Se utilizada com discernimento, a iluminação natural apresenta efeitos positivos fisiológicos e
psicológicos, possuindo a ABNT um projeto de norma detalhado para o seu aproveitamento (ABNT,
D
C
B
D]]].
C]]] [[[D
B]]] [[[C
2003) [[[B
Para se obter condições de conforto visual no ambiente interno dos edifícios é necessário garantir:
ƒ
Uma iluminação natural ótima em termos de conforto, de forma a aproveitar ao máximo a luz
natural; o empreendedor deve assegurar um nível de iluminância suficiente para as tarefas
visuais a serem realizadas e reduzir os riscos de ofuscamento produzidos pelo sol (direta ou
indiretamente).
ƒ
Uma iluminação artificial satisfatória na ausência ou em complemento à luz natural. O
empreendedor deve buscar, em geral, obter um nível de iluminância artificial suficiente e
distribuído uniformemente para a tarefa visual a ser realizada (exceto em situações
particulares e restrições relacionadas a planos de trabalhos verticais e projeções em tela). Ele
deve buscar também reduzir os riscos de ofuscamento pelas luminárias utilizadas e obter uma
qualidade de luz emitida satisfatória em termos de qualidade de reprodução de cores e cor
aparente.
10.1. Garantia de iluminância natural ótima evitando seus
inconvenientes (ofuscamento)
10.2. Iluminação artificial confortável
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 10_________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
10
B
10.1
S
E
B
10.2
S
E
B
S
E
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 1 "Relação do edifício com seu entorno"
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Categoria 10
181/241
10
10
CONFORTO VISUAL
A organização do plano de massas e dos espaços exteriores, a orientação das aberturas envidraçadas, as
vistas para o exterior interferem no conforto visual
•
•
•
•
•
Categoria 2 "Escolha integrada dos produtos, sistemas e processos construtivos"
Desempenhos "visuais" dos produtos
Categoria 4 "Gestão da energia"
Favorecer a iluminação natural tem como conseqüência, em geral, a redução de consumo de energia
elétrica para a iluminação artificial
Categoria 7 "Manutenção – Permanência do desempenho ambiental "
As aberturas envidraçadas e os sistemas de iluminação artificial necessitam de fácil acesso e simplicidade
na conservação e manutenção
Categoria 8 "Conforto higrotérmico"
Grandes aberturas envidraçadas freqüentemente conduzem a situações de superaquecimento no verão, a
desperdícios térmicos adicionais e assimetrias de radiação no inverno
Categoria 9 "Conforto acústico"
Numerosas ou grandes aberturas envidraçadas podem ser desfavoráveis ao conforto acústico e constituirse em pontos frágeis para o isolamento acústico.
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
Edifícios de escritórios com áreas de trabalho livres de grandes dimensões e áreas não
compartimentadas: precauções a considerar por quem vai fazer a distribuição dos ambientes
nestes locais.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
[[[A
A
A]]] ABNT – NBR 5641 – Iluminação – Terminologia. Rio de Janeiro, 1991.
[[[B
B
B]]] ABNT Projeto 02:135.02-001 – Iluminação natural – Parte 1: Conceitos básicos e definições.
Rio de Janeiro, agosto/2003.
[[[C
C
C]]] ABNT Projeto 02:135.02-002 – Iluminação natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a
estimativa da disponibilidade de luz natural. Rio de Janeiro, agosto/2003.
[[[D
D
D]]] ABNT Projeto 02:135.02-003 – Parte 3: Procedimentos da iluminação natural em ambientes
internos. Rio de Janeiro, agosto/2003.
[[[E
E
E]]] ABNT NBR 5413 – Iluminância de interiores. Rio de Janeiro, abril/1992.
[[[F
F
F]]] http://www.mte.gov.br/seg_sau/leg_convencoes.asp. Acesso em 05/outubro/2007.
[[[G
G
G]]] Associação Francesa de Iluminância (AFE), "Recomendações relativas à iluminação interna dos
ambientes de trabalho, 1993, Société d'éditions LUX
Association Française de l'Éclairage (AFE), "Recommandations relatives à l'éclairage intérieur
des lieux de travail", 1993, Société d'éditions LUX
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[H
H
H]]] Associação Francesa de Normalização (AFNOR), "Princípios de ergonomia visual aplicáveis à
iluminação nos ambientes de trabalho”; norma NF X 35-103, 1990
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
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182/241
CONFORTO VISUAL
Association Française de Normalisation (AFNOR), "Principes d'ergonomie visuelle applicables à
l'éclairage des lieux de travail"; norme NF X 35-103, 1990
[[[III]]] Norma NF EN 12464-1 "Luz e iluminância – Iluminação dos ambientes de trabalho – Parte 1:
Ambientes de trabalho interno ", Junho 2003, AFNOR
Norme NF EN 12464-1 "Lumière et éclairage – Éclairage des lieux de travail – Partie 1: Lieux
de travail intérieur", Juin 2003, AFNOR
[[[JJJ]]] Associação Francesa de Iluminância (AFE), "Iluminação e trabalho em telas de visualização ",
2ª edição, 1997, Société d'éditions LUX
Association Française de l'Éclairage (AFE), "Éclairage et travail sur écrans de visualisation",
2ème édition, 1997, Société d'éditions LUX
[[[K
K
K]]] Serviço Técnico de Educação Nacional (STEN), "Cadernos de recomendações técnicas –
Construções escolares", 1986, Ministério Nacional da Educação
Service Technique de l'Éducation Nationale (STEN), "Cahier des recommandations techniques
– Constructions scolaires", 1986, Ministère de l'Éducation nationale
[[[L
L
L]]] Centro de Conselho Técnico às Coletividades Territoriais (CCTCT), "Iluminação natural e
iluminação artificial em estabelecimentos escolares” - Pierrette Chauvel, 1989, Ministério
Nacional da Educação
Centre de Conseil Technique aux Collectivités Territoriales (CCTCT), "Éclairage naturel et
éclairage artificiel dans les établissements scolaires", Pierrette Chauvel, 1989, Ministère de
l'Éducation nationale
[[[M
M
M]]] Código do Trabalho: artigos R232-7-1 a R232-7-10 e artigos R235-2, R235-2-1 e R235-2-2
Code du travail: articles R232-7-1 à R232-7-10 et articles R235-2, R235-2-1 et R235-2-2
]
[[[N
N
N]] RT 2005 - Decreto n°2006-592 de 24 maio de 2006 relativo às características térmicas e ao
desempenho energético das construções – Diário Oficial de 25 maio de 2006
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610624D#
RT 2005 - Décret n°2006-592 du 24 mai 2006 relatif aux caractéristiques thermiques et à la
performance énergétique des constructions – Journal Officiel du 25 mai 2006
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610624D#
[[[O
O
O]]] RT 2005 - Portaria de 24 maio de 2006 relativo às características térmicas das construções
novas e de partes novas de edifícios – Diário Oficial de 25 maio de 2006
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610625A
RT 2005 – Arrêté du 24 mai 2006 relatif aux caractéristiques thermiques des bâtiments
nouveaux et des parties nouvelles de bâtiments - J.O du 25 mai 2006
http://www.legifrance.gouv.fr/WAspad/UnTexteDeJorf?numjo=SOCU0610625A
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Categoria 10
183/241
10
10
10.1
CONFORTO VISUAL
GARANTIA DE ILUMINÂNCIA NATURAL ÓTIMA EVITANDO
SEUS INCONVENIENTES (OFUSCAMENTO)
Introdução
Os ambientes onde se desenvolvem atividades prolongadas devem ter acesso à luz do dia (salvo se
existir incompatibilidade relativa ao tipo de atividade), de forma a proporcionar efeitos positivos fisiológicos e psicológicos - a seus usuários, conforme diz o Artigo 9 da Convenção 120 da OIT e
presente no site do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil: “Todos os locais utilizados pelos
trabalhadores deverão estar iluminados de maneira suficiente e apropriada. Os lugares de trabalho
F
F]]] Além disso, estes ambientes devem permitir acesso às
terão, dentro do possível, luz natural.” [[[F
vistas exteriores.
Consideram-se como áreas de permanência prolongada:
•
•
•
as zonas de implantação de estações de trabalho;
as zonas de implantação de ambientes de trabalho para alunos, estudantes e professores;
os espaços em geral freqüentados pelo público.
Além disso, os ambientes de permanência prolongada, incluindo-se aqueles situados no fundo das
salas, necessitam de iluminância natural suficiente (segundo o tipo de ambiente), quantificável a
partir do Fator Luz do Dia (FLD). O FLD corresponde à proporção em porcentagem (%) de
iluminância natural exterior em condições de céu encoberto (incluindo-se os reflexos do ambiente
externo próximo: solo, anteparos próximos e distantes, etc.), disponível na superfície do plano de
trabalho e deve ser aplicável até uma profundidade equivalente a 1,5 vezes a altura do topo da
janela, medida a partir do piso. Os softwares existentes, mais ou menos complexos, permitem a
quantificação do FLD. O tipo de céu a ser considerado é o céu encoberto definido em ABNT Projeto
C
D
C]]] e ABNT Projeto 02:135.02-003 [[[D
D]]].
02:135.02-002 [[[C
Para se evitar o efeito de compensação induzido pelo cálculo de uma média aritmética entre
ambientes, é preferível, quando a análise é feita considerando-se a integralidade do edifício,
introduzir o porcentual dos ambientes relacionados na “preocupação”. Este porcentual depende do
uso do edifício.
Como o conforto visual é muitas vezes alcançado em um certo intervalo, e não para um valor
mínimo estabelecido, convém evitar uma excessiva iluminância natural, o que tornaria
desconfortáveis os locais próximos das aberturas envidraçadas e interferiria de forma negativa nas
outras categorias de QAE – Qualidade Ambiental do Edifício. Soluções e arranjos ousados e
inteligentes devem ser buscados no momento da concepção do empreendimento.
Os inconvenientes a serem evitados são o ofuscamento (devido ao sol direto e também o indireto)
e os contrastes luminosos muito fortes. O conceito de luminância (medido em candelas / m2) é
útil aqui, e o empreendedor deverá buscar um bom equilíbrio de luminâncias, por meio de
revestimentos pouco brilhantes ou não brilhantes, cores apropriadas, proteções solares adaptadas,
etc., especificando-se a característica segundo o tipo de ambiente. O empreendedor deve dedicar
cuidados especiais aos ambientes onde estão previstos planos de trabalho verticais e áreas de
projeção, considerados como muito sensíveis ao ofuscamento, privilegiando elementos de proteção
solar móveis.
A partir de suas especificidades, os “critérios de avaliação” são apresentados por tipo de
construção.
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 10
184/241
CONFORTO VISUAL
Quadro de avaliação
Preocupação
10.1.1. Dispor de acesso
à luz do dia nos
ambientes de
permanência prolongada
10.1.2. Dispor de acesso
a vistas externas a partir
das zonas onde se
encontram os ocupantes
nos ambientes de
permanência prolongada
Indicador
Disponibilidade de acesso à luz do
dia em parte dos ambientes de
permanência prolongada por acesso
direto ou por componentes de
G
passagem de luz [[[G
G]]] (elementos
translúcidos internos como os
colocados sobre portas, divisórias,
etc.)
Disponibilidade de acesso a vistas
externas no sentido horizontal do
plano de visão em parte dos
ambientes de permanência
prolongada (a partir das estações
de trabalho) (1) (2)
Critério de avaliação
Título
Nível
Escritórios: 100%
Salas de aula: 100%
B
Escritórios: 100%
Salas de aula: 100%
Outros espaços: acesso à luz do
dia, mas sem exigência de
porcentagem
E
(sala de reunião, centro de
documentação, espaço de
alimentação, espaços internos de
convivência)
Salas de aula, escritórios com
divisórias e com áreas de
trabalho livres de grandes
dimensões: 100 %
Outros espaços: 40%
B
Salas de aula, escritórios com
divisórias e com áreas de
trabalho livres de grandes
dimensões: 100%
Outros espaços: 60%
E
(salas de reunião, centro de
documentação, espaço de
alimentação, espaços internos de
convivência)
(salas de reunião, centro de
documentação, espaço de
alimentação, espaços internos de
convivência)
Fator de Luz do Dia (FLD) até uma
certa profundidade (3)
Condições particulares (não
cumulativas):
10.1.3. Dispor de
iluminância natural
•
reduzir os limites em 0,5% em
mínima nas áreas onde se
ambientes utilizados de forma
encontram os ocupantes
intermitente;
•
reduzir os limites em 0,5%
quando estão previstos planos
de trabalho verticais.
Em casos de edifícios de escritórios
com áreas de trabalho livres de
grandes dimensões: disposição das
estações de trabalho de forma a
melhorar a iluminância natural
daquelas localizadas na 2a fileira e
nas demais fileiras, em relação à
fachada.
Escritórios:
FLD ≥ 1,5% para 80% dos
ambientes,
FLD ≥ 1,0% para os demais
ambientes
Salas de aula:
FLD ≥ 1,5% em pelo menos 80%
dos ambientes,
FLD ≥ 1,0% para os demais
ambientes
Escritórios:
FLD ≥ 2,0% para 80% dos
ambientes,
FLD ≥ 1,5% para os demais
ambientes
Salas de aula:
B
S
FLD ≥ 2,0% para pelo menos
80% dos ambientes,
FLD ≥ 1,5% para os demais
ambientes
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 10
185/241
10
10
CONFORTO VISUAL
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
Título
Nível
Escritórios:
FLD ≥ 2,0% para 80% dos
ambientes,
FLD ≥ 1,5% para os demais
ambientes
Salas de aula:
FLD ≥ 2,0% para 80% dos
ambientes,
FLD ≥ 1,5% para os demais
ambientes
E
No caso de escritórios com áreas
de trabalho livres de grandes
dimensões, estudo das condições
de iluminância natural: soluções
satisfatórias (4) (5)
10.1.4 Dispor de luz do
dia nas áreas de
circulação
Áreas de recepção dispondo de
luz do dia
Áreas de circulação dispondo de luz
do dia (6)
S
Áreas de recepção dispondo de
luz do dia
E
50% das áreas de circulação
dispondo de luz do dia (1)
10.1.5. Evitar o
ofuscamento direto ou
indireto
Soluções adotadas para evitar o
ofuscamento direto e indireto
devido ao sol nos locais sensíveis e
muito sensíveis ao ofuscamento
Tratamento dos ambientes muito
sensíveis ao ofuscamento:
soluções satisfatórias
B
Ambientes sensíveis e muito
sensíveis ao ofuscamento:
ƒ identificação dos ambientes que
apresentam estas situações;
ƒ estudo das condições de
ofuscamento;
ƒ soluções satisfatórias.
S
Ambientes sensíveis e muito
sensíveis ao ofuscamento:
ƒ identificação dos ambientes que
apresentam estas situações;
ƒ estudo das condições de
ofuscamento;
ƒ soluções satisfatórias;
ƒ escolha dos elementos de
proteção solar móveis.
E
(1) As porcentagens dos ambientes são proporcionais ao rateio das respectivas áreas.
(2) A falta de acesso à vista externa no plano horizontal de visão, que é uma exigência do Código do Trabalho francês, só se
justifica por problemas de qualidade da vista (tráfego muito próximo, usinas de reciclagem, taludes ou paredes e muros
próximos, etc.) ou pela necessidade de privacidade dos ambientes (ex. enfermaria).
(3) Lembrar que o Fator de Luz do Dia (FLD) se aplica até uma profundidade equivalente a 1,5 vezes a altura do topo da
janela. Deve-se levar em conta as máscaras de sombreamento próximas e distantes.
(4) Procurar atender a um FLD mínimo de 1% ao trabalhar com certos parâmetros como os fatores de reflexão das paredes ou
divisórias, a utilização de prateleiras de luz (remetendo uma parte da iluminância para locais mais profundos), a utilização
de elementos translúcidos internos como os colocados sobre portas e divisórias, o estudo das partes elevadas de aberturas
envidraçadas, etc.
(5) Evitar a localização de estações de trabalho nas fachadas desconfortáveis devido a iluminâncias naturais excessivas. Para
esta situação, pode-se adotar dispositivos móveis e modulares de entrada de luz natural sobre as estações de trabalho na
1ª fileira, sem reduzir muito o Fator da Luz do Dia (FLD) das estações mais distantes (ex: divisórias compostas de partes
inferiores opacas e de partes altas translúcidas). Garantir também que as condições acústicas do ambiente (ver Categoria
9) sejam suficientemente bem tratadas, evitando situações em que divisórias mais ou menos altas e opacas dificultem a
entrada de luz natural.
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Categoria 10
186/241
CONFORTO VISUAL
(6) O termo circulação corresponde a espaços internos tais como halls, corredores de conexão entre ambientes ditos “nobres”.
Não se define um Fator de Luz de Dia (FLD) mínimo para estes espaços.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
10.1
B
10.1.1
S
E
B
10.1.2
S
E
B
10.1.3
S
E
B
10.1.4
S
E
B
10.1.5
S
E
B
S
*
*
* No caso de escritórios com áreas de trabalho livres de grandes dimensões; caso contrário, nível S (Superior)
E
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Categoria 10
187/241
10
10
10.2
CONFORTO VISUAL
ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL CONFORTÁVEL
Introdução
A iluminação artificial deve ser concebida para utilização na ausência ou complementar à
iluminação natural, em função do uso racional de energia, tratado na Categoria 4 – “Gestão da
energia”, que define a utilização de iluminação artificial somente quando necessária; é a presente
categoria que trata da sua utilização nestas situações.
Os indicadores importantes são o nível de iluminância, o coeficiente de uniformidade de iluminação
de fundo para os ambientes com mais de 20 m2, as soluções que garantam um bom equilíbrio das
luminâncias (luminárias com luminância reduzida ou muito reduzida) e que evitem o ofuscamento.
Do ponto de vista quantitativo, o primeiro indicador a ser considerado é o nível de iluminância
médio a ser mantido nos ambientes em função de seus usos, correspondendo aos valores mínimos
admissíveis, abaixo dos quais os valores de iluminância não devem se situar (segundo a NBR
E
E]]]. O referencial define também os limites para se garantir uma boa uniformidade de
5413) [[[E
iluminação de fundo para os ambientes com mais de 20 m2, definidos tanto pela relação U
calculada pela iluminância mínima (Emínima) e a iluminância média (Emédia), como pela relação d/h
máximo (sendo d = distância entre eixos de 2 luminárias paralelas às paredes ou divisórias, ou
seja, seguindo as 2 direções principais do ambiente e h = distância de uma luminária ao plano de
trabalho). Devido à ausência de regulamentação brasileira equivalente, os limites de U têm sua
origem nas normas européias (S=Superior) [[[III]]] ou as recomendações francesas (E=Excelente)
[[[G
G
G]]].
Do ponto de vista qualitativo, os dois outros indicadores a serem adotados são a temperatura de
cor e o índice de reprodução das cores.
É conveniente precisar-se que os critérios associados a estes parâmetros quantitativos e
qualitativos devem reduzir-se de acordo com o tipo de ambiente, e que em alguns casos muito
raros (efeitos arquitetônicos particulares desejados) o empreendedor poderá distanciar-se um
pouco deles, mas sempre com prudência.
Além disso, a satisfação relativa ao conforto visual varia de um indivíduo a outro, sendo desejável
que se permita aos usuários dos edifícios escolares e de escritórios controlar seu meio visual, de
forma a permitir adaptações de acordo com as necessidades de cada um. Este controle deve ser
possível graças ao fracionamento da iluminação em geral, à instalação de controles de graduação
de luz ou de uma rede de tomadas elétricas, etc.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Nível
Escritórios: 500 lux (tabela 1 de
[[[E
E
E]]]), com possíveis alterações,
de acordo com item 5.2.4.2 (2)
10.2.1. Dispor de um
nível de iluminância ótimo
de acordo com as
atividades previstas
Nível de iluminância médio a ser
mantido nos ambientes, de acordo
com seus usos (1) (2)
Edifícios escolares (2) 300 lux,
com possíveis alterações, de
acordo com itens 5.2.4.2 e
E
5.2.4.3 de [[[E
E]]] (salas de aula de
ensino fundamental e médio)
e
500 lux (salas de aula no período
noturno e para adultos),
observando-se as mesmas
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B
Categoria 10
188/241
CONFORTO VISUAL
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Nível
recomendações de
E
ABNT (1992) [[[E
E]]] (2)
10.2.2. Garantir uma boa
uniformidade de
iluminação de fundo para
os ambientes com mais
de 20 m2
Coeficiente de uniformidade U =
Emínima / Emédia
ou
Relação máxima d/h
(4)
U ≥ 0,7 (ou U ≥ 0,6) (5)
ou
Relação d/h de d/h ≤ 1,2 até
d/h ≤ 2,3 (3)
S
U ≥ 0,8 (ou U ≥ 0,7) (5)
ou
Relação e/h de d/h ≤ 1 até
d/h ≤ 2 (3)
E
Identificação dos ambientes
10.2.3. Evitar o
ofuscamento devido à
iluminação artificial e
buscar um equilíbrio das
luminâncias do ambiente
luminoso interno
Soluções adotadas para evitar o
ofuscamento por iluminação
artificial nos ambientes sensíveis e
muito sensíveis ao ofuscamento
Estudo das condições de
ofuscamento
Soluções adotadas para garantir
um bom equilíbrio das luminâncias
com a iluminação artificial
Estudo das condições de
equilíbrio das luminâncias do
meio interno
B
Soluções satisfatórias
S
Soluções satisfatórias
Para atividades rotineiras (6):
Tc ≥ 3000 K e IRC ≥ 80
10.2.4. Garantir uma
qualidade agradável da
luz emitida
Garantir temperaturas de cor Tc e
índices de reprodução de cores IRC
adaptados às atividades dos
ambientes
10.2.5. Controle do meio
visual pelos usuários
Soluções adotadas para permitir
Soluções satisfatórias para os
aos usuários o controle de seu meio
escritórios e edifícios escolares
visual
Para atividades que requerem
identificação precisa das cores:
Tc ≥ 5000 K e IRC ≥ 90
B
S
(1) O conceito de iluminância média a manter substitui a noção de iluminância média em serviço utilizado até hoje. O nível a
E
manter traduz-se por um valor menor que o nível em serviço. Definição de ABNT (1992) na NBR 5413 [[[E
E]]]: valor mínimo
admissível para a iluminância da área considerada. Trata-se da iluminância média no momento em que o setor de
manutenção deve intervir.
E
(2) Ver a norma ABNT (1992) - NBR 5413 [[[E
E]]].
(3) Considera-se uma evolução linear da relação d / h em função do alcance lateral das iluminâncias das luminárias. Para nível
S (Superior), admite-se d/h com variação de 1,2 para luminárias de menor alcance lateral de iluminâncias e até 2,3 para
luminárias de maior alcance lateral de iluminâncias. Para o nível E (Excelente), admite-se a variação d/h de 1,0 até 2,0 com
a mesma variação de alcance lateral de iluminâncias.
(4) A relação d / h considera os espaçamentos (entre eixos) entre luminárias que são paralelas às paredes / divisórias do
ambiente. Para que a relação d / h tenha sentido para se estimar a uniformidade da iluminação em ambientes de pequenas
dimensões, é necessário que haja pelo menos 4 luminárias (2 x 2).
(5) O coeficiente de uniformidade U deve ser superior ou igual a 0,7 e 0,8 quando se dispõe somente de uma iluminação geral,
para atingir respectivamente os níveis S (Superior) e E (Excelente). Se as estações de trabalho dispõem de iluminação
adicional ou complementar, o coeficiente de uniformidade mínimo requerido torna-se então, respectivamente, 0,6 e 0,7.
(6) Ambientes como escritórios e salas de aula comuns.
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10
10
CONFORTO VISUAL
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
10.2
B
10.2.1
S
E
B
10.2.2
S
E
B
10.2.3
S
E
B
10.2.4
S
E
B
10.2.5
S
E
B
S
E
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11
CONFORTO
OLFATIVO
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Categoria 11
191/241
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício (QAE)
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
CONFORTO
9
10
11
CONFORTO ACÚSTICO
CONFORTO VISUAL
CONFORTO OLFATIVO
SAÚDE
1
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 11
192/241
CONFORTO OLFATIVO
INTRODUÇÃO ________________________________
O campo de conhecimento dos efeitos dos agentes poluentes sobre os indivíduos quanto aos riscos
sanitários não é homogêneo de um poluente a outro. Estudos recentes sobre a qualidade do ar
permitem controlar o campo de conhecimento para certos poluentes do ar (odores) e existem
soluções para garantir o conforto olfativo. Os odores podem ser provenientes de fontes diferentes,
tais como:
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
os produtos de construção (materiais, revestimentos, isolantes, etc.)
os equipamentos (mobiliário, sistemas elétricos, sistemas de aquecimento de água, etc.)
as atividades relativas ao edifício (conservação, reformas, etc.)
o meio no entorno do edifício (solo, ar externo, etc.)
os usuários (suas atividades e seus comportamentos).
Em termos de conforto olfativo, as exigências dos usuários consistem, em geral, em:
ƒ
ƒ
não sentir certos odores considerados fortes e / ou desagradáveis;
reconhecer certos odores considerados agradáveis.
11.1. Garantia de uma ventilação eficaz
11.2. Controle das fontes de odores desagradáveis
NOTA: A fronteira entre o conforto olfativo e a qualidade sanitária do ar é muito estreita para que o
referencial possa distinguir as Preocupações e Critérios de avaliação integralmente específicos para
uma ou outra destas temáticas. É por isto que a estrutura e o conteúdo das Categorias 11 e 13 são
bastante semelhantes.
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Categoria 11
193/241
11
11
CONFORTO OLFATIVO
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 11 _________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
11
B
11.1
S
E
B
11.2
S
E
B
S
E
Nota: a Categoria 11, pelo presente referencial, não poderá ser definida no nível Excelente.
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 1 "Relação do edifício com seu entorno "
•
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos"
•
Categoria 4 "Gestão da energia"
•
Categoria 7 " Manutenção – Permanência do desempenho ambiental"
•
Categoria 8 "Conforto higrotérmico"
•
Categoria 9 "Conforto acústico"
•
Categoria 13 "Qualidade sanitária do ar"
Identificação das fontes de incômodo olfativo presentes no terreno
Escolha de produtos com baixa emissão de odores
Consumo energético do sistema de ventilação para garantir uma ventilação eficaz em termos de conforto
olfativo
Disposições e meios para assegurar a permanência da eficácia do sistema de ventilação
Adotar a melhor solução de compromisso para as taxas de ventilação: elas devem ser suficientes para
limitar a presença de odores, mas sem induzir desconfortos causados por efeitos de correntes de ar
Desempenho acústico dos equipamentos de ventilação – Incômodos sonoros causados pela ventilação
Relação muito forte entre conforto olfativo e qualidade do ar (a estrutura das duas categorias é similar)
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.1 - Análise do local do empreendimento
Identificação das fontes de odores externos ao edifício
•
Anexo A.6 – Manual de conservação e de manutenção (ou Agenda de conservação)
•
Anexo A.7 – Manual de uso e operação do edifício
Recomendações para a escolha de equipamentos e de mobiliário com baixo impacto olfativo
Deve constar a lista de fontes de odores existentes para o projeto, as soluções arquitetônicas e os
dispositivos técnicos adotados para limitar os efeitos destas fontes e as características olfativas dos
produtos de construção adotados
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] ABNT (6401) Instalações centrais de ar condicionado para conforto – Parâmetros básicos de
projeto. Dezembro/1980
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Categoria 11
194/241
CONFORTO OLFATIVO
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[B
B
B]]] Norma experimental NF X 43 – 103 “Qualidade do ar, medidas olfatométricas – Medição do
odor de um efluente gasoso – Métodos perceptivos”, Junho 1996, Índice de classificação X 43
- 103
Norme expérimentale NF X 43-103 « Qualité de l’air, Mesures olfactométriques – Mesurage de
l’odeur d’un effluent gazeux – Méthodes supraliminaires », Juin 1996, indice de classement X
43-103
[[[C
C
C]]] Ação européia colaborativa “Qualidade do ar interno e seu impacto sobre o homem”- Relatório
nº 20: Avaliação sensorial de qualidade do ar interno, 1999, EUR 18676 EM, Escritório de
Publicações Oficiais da Comunidade Européia (ISBN 92-828-5699-2)
European Collaborative Action « Indoor Air Quality & its Impact on Man », Report n° 20:
Sensory Evaluation of Indoor Air Quality, 1999, EUR 18676 EN, Office for Official Publications
of the European Communities (ISBN 92-828-5699-2)
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Categoria 11
195/241
11
11
CONFORTO OLFATIVO
11.1
GARANTIA DE UMA VENTILAÇÃO EFICAZ
Introdução
Uma ventilação eficaz para garantir o conforto olfativo corresponde, antes de tudo, a uma
ventilação que assegura uma taxa de renovação de ar suficiente em função da atividade dos
ambientes. É recomendável adequar-se às normas de higiene que regulamentam as questões das
taxas de renovação de ar, insuflamento, de retorno e exaustão de ar, bem como às regras de
transferência e de recirculação, em função do contexto do empreendimento e das atividades dos
ambientes. Para um empreendimento coberto por esta certificação, recomenda-se que o controle
das taxas não se baseie exclusivamente na ação dos usuários: um sistema de ventilação específico
deve ser previsto. Entende-se por “sistema específico” todo sistema além da simples abertura
manual de janelas. Não obstante, não se impõe a utilização de sistemas mecânicos e a ventilação
natural tem importância fundamental nesta definição.
Mas uma ventilação só é eficaz se as taxas previstas são asseguradas durante o período de
utilização dos ambientes e se os usuários podem intervir pontualmente, de forma a adaptar as
taxas de ventilação face a uma poluição olfativa.
A ventilação deve igualmente permitir que o ar novo que entra seja distribuído corretamente no
ambiente como um todo. A distribuição correta de ar renovado implica em assegurar uma
atmosfera sã a cada dia para os usuários (observa-se que, no caso francês, onde no período de
inverno as condições climáticas inibem a ventilação natural, as normas impõem a garantia de uma
ventilação suficiente do edifício muito tempo antes da chegada dos usuários). Trata-se igualmente
de garantir a manutenção da qualidade do ar na rede de distribuição de ar renovado, onde há
sistemas de aquecimento de ar insuflado (que constituem os casos de ventilação de fluxo duplo4
em especial). De fato, bactérias e germes podem se desenvolver na passagem de ar em filtros e
em umidificadores de ar. A qualidade do ar pode também ser afetada pela degradação dos
materiais existentes nos dutos de distribuição de ar. O ar viciado deve também ser retirado de
modo ótimo, em particular em ambientes com odores específicos.
Nota: a estrutura e a avaliação desta subcategoria é idêntica à da subcategoria 13.1 Garantia de
uma ventilação eficaz relativa à Categoria Qualidade Sanitária do Ar.
4
Nota da versão brasileira: Ventilação de duplo fluxo: sistemas centralizados para renovação do ar interno das edificações,
compreendendo a extração de ar dos ambientes e seu expurgo para o exterior (em especial de áreas úmidas como banheiros,
cozinhas e lavanderias em residências) e, por outro lado, a introdução de ar externo insuflado para o interior da edificação
(com tratamento de filtros para garantir sua sanidade e ausência de elementos poluentes). Existem sistemas com recuperação
de energia ou utilização de energias renováveis.
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Categoria 11
196/241
11
CONFORTO OLFATIVO
Quadro de avaliação
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
11.1.1. Assegurar vazões
de ar adequadas às
atividades dos ambientes
11.1.2. Assegurar o
controle das vazões de ar
Título
Taxas de renovação de ar,
insuflamento e / ou exaustão por
ambiente
Manutenção das vazões de ar
previstas
Medidas tomadas para garantir:
ƒ o início da ventilação antes do
início do período de ocupação
dos ambientes, no caso de
edifícios com sistema de
resfriamento artificial
ƒ a qualidade do ar conduzido nos
dutos de circulação (3)
ƒ a exaustão ótima do ar viciado
11.1.3. Assegurar
distribuição adequada de
ar renovado
Nível
Sistema de ventilação específico
assegurando taxas higiênicas
regulamentadas (1)
B
Sistema de ventilação específico,
excluindo-se a abertura simples
de janelas, assegurando vazões
de ar otimizadas para a atividade
dos ambientes
S
Medidas tomadas para assegurar
a manutenção das vazões de ar
previstas (2)
S
Medidas justificadas e
satisfatórias:
ƒ para o reinício da ventilação
antes do início do período de
ocupação dos ambientes
B
Medidas justificadas e
satisfatórias:
ƒ para o início da ventilação
antes do início do período de
ocupação dos ambientes
ƒ para garantir a qualidade do ar
conduzido nos dutos de
circulação (3)
ƒ para a exaustão ótima do ar
viciado
S
(1) Ventilação natural ou mecânica. A ventilação com abertura de janelas é autorizada no nível B (Bom), desde que não seja
por abertura manual. Nos casos em que se adota esta solução, recomenda-se justificar que este sistema de ventilação não
produz incômodos, do ponto de vista acústico, para os usuários nos ambientes situados em fachadas expostas a ruídos. No
A
caso de ambientes condicionados, utilizar as taxas de ar exterior para renovação na norma NBR 6401 [[[A
A]]].
(2) Medidas possíveis a serem tomadas:
No caso de ventilação mecânica, observar as compatibilizações de pressões estáticas e velocidades e demais
A
recomendações da NBR 6401 [[[A
A]]].
(3) No caso de sistema mecânico: filtração de ar novo antes da entrada dos ambientes, instalação de um dispositivo de alarme
de sobrepressão devido a entupimento, substituição do filtro descartável antes da entrega do edifício.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
11.1
B
11.1.1
S
E
B
11.1.2
S
E
B
11.1.3
S
E
B
S
E
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Categoria 11
197/241
11
CONFORTO OLFATIVO
11.2
CONTROLE DAS FONTES DE ODORES
DESAGRADÁVEIS
Introdução
Os odores desagradáveis podem ser provenientes de duas origens que condicionam o campo de
ação do empreendedor e de suas equipes:
ƒ
fontes externas ao edifício: ar externo (atividades industriais, redes rodoviárias e sistemas
viários, redes e infra-estruturas de saneamento e de resíduos) e solo (poluentes químicos).
O empreendedor não tem poder de ação direta sobre estas fontes. Ele só pode intervir sobre
medidas a serem tomadas para limitar a entrada dos odores no edifício.
ƒ
Fontes internas ao edifício: produtos de construção, produtos de conservação e manutenção,
mobiliário, atividades e usuários.
O empreendedor dispõe de dois tipos de ação: limitar as fontes ou limitar seus efeitos
propondo soluções arquitetônicas adequadas. Em relação à redução das fontes de odores, o
presente referencial limita-se aos produtos de construção, pois eles constituem a fonte
principal, e, além disso, porque são os elementos sobre os quais o empreendedor pode
intervir.
Nota: a estrutura e a avaliação desta subcategoria é análoga à da subcategoria 13.2 relativa ao
controle das fontes de poluição da Categoria Qualidade Sanitária do Ar.
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Categoria 11
198/241
11
CONFORTO OLFATIVO
Quadro de avaliação
Preocupação
11.2.1. Identificar as
fontes de odores
11.2.2. Reduzir os efeitos
das fontes de odores
11.2.3. Limitar as fontes
de odores
Indicador
Fontes de odores
Soluções arquitetônicas para
redução dos efeitos das fontes de
odores
Emissão de odores dos produtos /
materiais de construção (2)
Critério de avaliação
Título
Nível
Identificação das fontes de
odores, ao longo de todo o ciclo
de vida do edifício
B
Medidas justificadas e
satisfatórias:
ƒ Restrição à entrada de odores
provenientes do meio
externo (1)
ƒ Organização dos espaços
internos para limitar os
incômodos olfativos internos ao
edifício
ƒ Exaustão dos odores
Emissão de odores conhecidos
para 25% dos elementos da
seguinte família:
ƒ revestimentos internos (piso,
paredes e teto)
Considerar o critério olfativo na
seleção de produtos, no mínimo
para o elemento desta família que
causa mais impacto (3)
Emissão de odores conhecidos
para 50% dos elementos das
seguintes famílias:
ƒ revestimentos internos (piso,
paredes e teto)
ƒ isolantes térmicos
ƒ materiais acústicos
Considerar nível ótimo do critério
olfativo na seleção de produtos
destas famílias (4)
B
Não
exigido
nesta
versão
(exigido em
“S” no
francês)
Não
exigido
nesta
versão
(exigido em
“E” no
francês)
(1) Localizar entradas de renovação de ar fora do alcance de fontes de odores: vias de circulação importantes, zona de
exaustão de ar viciado, em fachadas expostas ao vento dominante que trazem poluição local (atividades), etc.
(2) O conhecimento das características sanitárias dos produtos de construção faz parte da exigência “Higiene, saúde e
ambiente” da Diretiva de Produtos da Construção (89/106/CEE). As características sanitárias dos produtos devem ser
apresentadas acompanhadas dos métodos e protocolos de avaliação utilizados.
Esta avaliação dos produtos pode ser realizada complementarmente aos procedimentos do Comitê Ambiente e Saúde da
Referência Técnica francesa e em complemento às certificações de produtos de construção. O protocolo CESAT leva em
conta 5 tipos de características sanitárias, avaliadas com a ajuda das normas e protocolos de avaliação europeus
disponíveis:
ƒ
Emissão de odores – Norma prEN 13419 (partes 1 a 3) e NF Norma Francesa X 43-103; Protocolo europeu ECA
(relatório nº 18, 1997).
ƒ
Emissões químicas (COV e formaldeído) - Norma prEN 13419 (partes 1 a 3) e ISO 16000 (partes 3 e 6).
ƒ
Aptidão para favorecer o crescimento fúngico – Método adaptado a partir da Norma EN ISO 846.
ƒ
Aptidão para favorecer o crescimento bacteriano – Método adaptado a partir da Norma EN ISO 846.
ƒ
Emissões radioativas naturais – Protocolo europeu Radiação Proteção 112 (1999).
Para as emissões de COV, os protocolos de avaliação ECA e AgBB são aceitos, bem como toda certificação realizada com
base nestes protocolos.
Para as emissões de formaldeídos, o protocolo ECA é aceito, bem como toda certificação realizada com base neste
protocolo.
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 11
199/241
11
CONFORTO OLFATIVO
(3) É necessário identificar as características químicas (COV e formaldeído) para no mínimo 2 produtos (variantes) do elemento
que causa mais impacto, para se selecionar o menor emissor de odores no ar interno. Para serem comparáveis, estas
características devem estar baseadas no mesmo método de ensaio.
(4) Elementos de análise para a busca do nível ótimo:
ƒ
Interessar-se por 50% dos elementos de cada uma das 3 famílias
ƒ
Identificar os dados olfativos para diferentes produtos (para o elemento de cada família que causa mais impacto):
no mínimo 2 produtos por elemento
ƒ
Selecionar sempre que possível os produtos que emitam odores o menos possível (para cada elemento de cada
família que causa mais impacto)
ƒ
Justificar a seleção quando houver conflito de interesse na seleção dos produtos entre as características olfativas,
químicas, fúngicas e bacterianas, ambientais, etc.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
11.2
B
11.2.1
S
E
B
11.2.2
S
E
B
11.2.3
S
E
B
S
E
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Categoria 11
200/241
12
QUALIDADE
SANITÁRIA
DOS AMBIENTES
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Categoria 12
201/241
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício (QAE)
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
CONFORTO
9
10
11
SAÚDE
12
CONFORTO ACÚSTICO
CONFORTO VISUAL
CONFORTO OLFATIVO
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 12
202/241
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
INTRODUÇÃO ________________________________
Em matéria de riscos sanitários, o campo de conhecimento dos efeitos dos agentes sobre os
indivíduos é desigual de um elemento a outro. Os estudos quanto aos poluentes do ar e da água
estão relativamente avançados na França e seus impactos são abordados nas Categorias 13 e 14.
Esta Categoria 12 aborda os riscos sanitários que podem eventualmente ser causados por
equipamentos e superfícies presentes no espaço interno de uma construção. Em outras palavras,
ela se interessa pelas preocupações associadas a um risco sanitário cuja importância
seja reconhecida. Apesar de muito diferentes, dois temas foram agrupados nesta Categoria 12:
campos eletromagnéticos e condições de higiene.
De fato, no que se refere aos campos eletromagnéticos, a análise global dos dados científicos
disponíveis sobre os efeitos das ondas eletromagnéticas não indicam, até o presente momento,
qualquer efeito nocivo para a saúde das pessoas, estando abaixo dos limites estabelecidos em
escala internacional. Por outro lado, alguns trabalhos científicos apontaram questões que merecem
ser aprofundadas e, por isto, as pesquisas neste campo continuam a ser desenvolvidas. É
importante que um empreendimento comprometido com as preocupações ambientais cobertas por
esta Certificação se interesse pelas questões relativas ao campo eletromagnético.
Quanto ao campo da higiene, a fronteira com as questões de saúde pode ser transposta
rapidamente. A concepção de um empreendimento condiciona a criação das condições de higiene
não apenas pelos arranjos arquitetônicos, mas também pelas opções técnicas. Um
empreendimento, freqüentemente, abriga diversas atividades, sendo importante que todos os
ambientes ofereçam condições de higiene aceitáveis, sobretudo em empreendimentos que
contenham espaços de “risco” do ponto de vista da higiene.
12.1. Controle da exposição eletromagnética
12.2. Criação de condições de higiene específicas
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Categoria 12
203/241
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
12
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 12 _________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
12
B
12.1
S
E
B
12.2
S
E
B
S
E
*
*
* Esta combinação é imposta caso o empreendimento contenha um grande número ou uma grande
diversidade de ambientes que apresentem condições de higiene específicas.
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 2 - Escolha integrada dos produtos, sistemas e processos construtivos
•
Categoria 6 – Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício
Escolha de produtos que favoreçam boas condições de higiene – Escolha de equipamentos com baixa
emissão de ondas eletromagnéticas – Escolhas construtivas que considerem a facilidade de conservação
do empreendimento: facilidade de acesso aos equipamentos, a escolha de materiais, etc. são garantias de
limpeza regular e de qualidade, portanto de manutenção das condições de higiene.
Os ambientes e zonas de deposição de resíduos são ambientes que apresentam condições de higiene
específicas.
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.1 – Análise do local do empreendimento
Identificação das fontes de campos eletromagnéticos exteriores ao edifício.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
C
S
O
C
T
É
N
G
A
M
O
R
T
E
L
E
S
O
P
M
A
C
S
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en
me
am
ullla
gu
eg
e rrre
de
asss d
nccciiia
ên
errrê
efffe
Re
[[[A
A
A]]] PRO RAD - Consultores em Radioproteção Ltda. http:// www.prorad.com.br/diretrizes.pdf.
Acesso em 15/maio/2002.
[[[B
B
B]]] Decreto nº 2002-775 de 3 de maio de 2002, com aplicação do 12º do artigo L.32 do código
francês dos correios e telecomunicações e relativo aos valores limites de exposição.
]
[[[C
]
C
C] Circular interministerial francesa de 16 de outubro de 2001 relativa à implantação de antenas
transmissoras de telefonia móvel.
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Categoria 12
204/241
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
[[[D
D
D]]] Diretiva européia 2004/40/CE de 29 de abril de 2004 modificada, relativa às prescrições
mínimas de segurança e de saúde relativas à exposição de trabalhadores aos riscos devidos a
agentes físicos (campos eletromagnéticos) – Diário Oficial da União Européria (JOUE) de 30 de
abril de 2004.
]
[[[E
]
E
E] Decreto francês de 17 de maio de 2001, que fixa condições técnicas a serem satisfeitas por
redes de distribuição de energia elétrica, Diário Oficial (JO) nº 134 de 12 de junho de 2001.
[[[F
F
F]]] Les champs électromagnétiques: 7 questions, 7 réponses. Centre Nation d’Expertise Réseaux.
EDF/RTE. Paris, 2002. 15p.
“““S
o
v
a
m
o
n
o
S
/
e
S
osss
vo
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ma
orrrm
nfffo
osss IIIn
Sííítttiiio
/S
esss”””/
Siiittte
[[[G
G
G]]]
Dossiê relativo aos campos eletromagnéticos da OMS (Organização Mundial de
Saúde) http://www.who.int/peh-emf/fr/
¾ Informativo: “Efeitos do EMF sobre o ambiente (Fevereiro 2005).
¾ Documento disponível para download:”Instauração de um diálogo sobre os riscos
devidos aos campos eletromagnéticos” (2004).
¾ Documento de síntese nº 193 da OMS “Campos eletromagnéticos e saúde pública:
telefones celulares e antenas de transmissão” – redigido em junho de 2000 e
posteriormente
confirmado
(Conferência
de
Ottawa,
julho
de
2005)
http://www.who.int/peh-emf/meetings/ottawa_june05/en/index4.html.
[[[H
H
H]]] Agência Nacional de Frequências (ANFR) www.anfr.fr
¾ Protocolo de medidas V2.1
[[[III]]] Agência Francesa de Segurança Sanitária do Ambiente e do Trabalho (AFSSET)
www.afsset.fr
¾ Relatório e parecer 2005 “Telefonia móvel e saúde”.
[[[JJJ]]] Conselho Superior de Higiene Pública da França (CSHPF)
www.sante.gouv.fr/htm/dossiers/cshpf/cs221.htm#champsmagnetiques
¾ Parecer do CSHPF de 3 de março de 2005 relativo aos campos magnéticos de freqüência
extremamente baixa.
¾ Relatório sobre os campos magnéticos de freqüência extremamente baixa e saúde
(novembro de 2004).
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Categoria 12
205/241
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
12.1
CONTROLE
12
DA EXPOSIÇÃO ELETROMAGNÉTICA
Introdução
Os campos eletromagnéticos existem em estado natural e, portanto, sempre estiveram presentes
na Terra. A atmosfera contém cargas elétricas e gera campos elétricos estáticos que variam de 100
V/m (bom tempo) a 20.000 V/m (tempestades). Quanto à Terra, ela mesma gera um campo
magnético de grandeza em torno de 50 μT (Fonte: EDF-RTE “Os campos eletromagnéticos: 7
F
F]]].
questões, 7 respostas”) [[[F
Todavia, levando-se em conta a crescente demanda de eletricidade e as evoluções tecnológicas, a
exposição às fontes de campos eletromagnéticos produzidos pelo homem aumentam
constantemente. A maior diferença entre os campos eletromagnéticos naturais e os campos
eletromagnéticos produzidos pelo homem relacionam-se à sua variação: se, por um lado, os
campos eletromagnéticos naturais variam muito pouco no tempo, por outro lado, os campos
produzidos pelo homem oscilam de forma rápida e constante. Os aparelhos que funcionam com
eletricidade e também os equipamentos que transportam a eletricidade geram campos de 60 Hz
(50 Hz na Europa). Trata-se de campos com freqüência extremamente baixa. Os campos de alta
freqüência ou de radiofreqüência situam-se entre 10 MHz e 300 GHz. Amplas faixas de freqüência
são utilizadas para o rádio, a televisão, as telecomunicações, os satélites, etc. Desta forma, todo
mundo está exposto a uma complexa mistura de campos elétricos e magnéticos de diferentes
freqüências, tanto nas residências quanto nos locais de trabalho.
A análise global dos dados científicos disponíveis sobre os efeitos das ondas eletromagnéticas não
indica, até o presente, qualquer efeito nocivo para a saúde das pessoas, estando abaixo dos limites
estabelecidos em escala internacional. Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou
em junho de 2004 a posição adotada desde junho de 2000, a saber: “Dentre os estudos realizados
recentemente, nenhum deles permite concluir que a exposição a campos de radiofreqüência
emitidos por telefones celulares ou suas estações de transmissão tenham alguma incidência nociva
à saúde.” Esta constatação é repetida em diversos relatórios de especialistas no mundo inteiro e,
em particular, no relatório da Agência Francesa de Segurança Sanitária do Ambiente e do Trabalho
(AFSSET), publicado em junho de 2005 [[[III]]]. Entretanto, alguns trabalhos científicos levantaram
questões que merecem ser aprofundadas e as pesquisas neste campo devem prosseguir.
Em 1998, a ICNIRP - International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection, organismo
reconhecido pela OMS, composto de cientistas e médicos, fixou valores limites, agregando um
importante fator de segurança, considerando a diversidade dos indivíduos (altura, peso, pessoa sob
tratamento médico, etc.):
--Os valores relativos ao público em geral foram obtidos na recomendação do Conselho
Europeu de 12 de julho de 1999 e, depois, introduzidos na legislação francesa, havendo um
B
B]]] para as antenas de transmissão, um decreto para os telefones celulares
decreto [[[B
(Decreto de 8 de outubro de 2003) e uma resolução técnica para as obras de transporte e
E
E]]].
distribuição de eletricidade [[[E
D
D]]].
Os valores relativos aos trabalhadores foram obtidos na Diretiva 2004/40/CE [[[D
Os limites de exposição aos campos eletromagnéticos se aplicam às freqüências que vão de 0 a
300 GHz. Desta forma, aplicam-se a todos os emissores (TV, rádio, GSM, etc.).
Neste contexto, e na ausência de orientação específica brasileira, é possível caracterizar uma
certificação como a presente como a que leva a um empreendimento que respeita o princípio de
atenção da AFSSET, ou seja, trata-se de um empreendimento para o qual as palavras de ordem
quanto aos campos eletromagnéticos são a vigilância e a transparência para as partes
interessadas.
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Categoria 12
206/241
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
Quadro de avaliação
A conduta a ser adotada para a exposição eletromagnética é ligeiramente diferente conforme o tipo
de fonte considerada. Portanto, propõe-se um quadro de avaliação para as fontes do universo das
energias e um quadro para as fontes do universo das telecomunicações.
Para atingir um nível de desempenho sobre esta temática, é recomendável que o empreendedor
atinja este nível de desempenho para o conjunto das fontes, isto é, para os dois tipos de fontes
aqui identificadas.
FONTES DE "ENERGIA"
Preocupação
12.1.1. Identificar as
fontes internas de
“energia” emissoras de
ondas eletromagnéticas
de baixa freqüência
Indicador
Critério de avaliação
Título
Identificação das fontes
emissoras de ondas
eletromagnéticas de baixa
freqüência do entorno (1)
Fontes emissoras de ondas
eletromagnéticas de baixa
freqüência
Identificação das fontes
emissoras de ondas
eletromagnéticas de baixa
freqüência do entorno (1) e do
empreendimento (2)
Nível
B
S
Realização de um balanço de
potências de projeto
12.1.2. Otimizar a
utilização de fontes
Medidas tomadas para otimizar a
internas de energia
escolha das fontes em relação a
emissoras de ondas
seu impacto eletromagnético
eletromagnéticas de baixa
freqüência
Medidas justificadas e
satisfatórias (3)
E
(1) Fontes potenciais do entorno:
A identificação destas fontes baseia-se na análise do local do empreendimento (cf SGE §1.1):
ƒ cabo aéreo de alimentação elétrica de trem, ônibus elétrico ou bonde
ƒ proximidade de linha de alta tensão
ƒ transformadores
ƒ etc.
(2) Fontes potenciais do empreendimento:
ƒ Máquinas
ƒ Aquecimento (pensar especialmente em pisos aquecidos e tetos radiantes elétricos)
ƒ Alimentação específica do imóvel (especialmente transformadores)
ƒ Elevadores
ƒ Torres de resfriamento
ƒ Prumadas de alimentação de eletricidade
ƒ Sistema de iluminação
ƒ Etc.
(3) Exemplos de medidas:
O empreendedor dispõe de uma certa margem de manobra na escolha de equipamentos e de soluções construtivas para
considerar seu impacto eletromagnético. Por exemplo:
ƒ Prumadas de alimentação muito distanciadas geram mais campo eletromagnético do que prumadas de alimentação
dispostas em triângulo. Localizar as prumadas de alimentação de preferência distantes dos ambientes de permanência
prolongada ou sensíveis.
ƒ Nos casos em que são utilizados pisos ou tetos radiantes elétricos, existem diversas tecnologias de cabeamento que
apresentam diferentes impactos eletromagnéticos.
ƒ Escolher criteriosamente equipamentos com bom rendimento energético (gerador com reduzido campo eletromagnético).
ƒ Localizar o transformador em subsolos mais profundos (atenção: observar que esta disposição somente se justifica ao
também se considerar outras questões além do campo eletromagnético: questões relativas à acústica, por exemplo).
ƒ Entre o transformador e o quadro de distribuição de baixa tensão, a disposição dos cabos em camada gera mais campo
eletromagnético que a disposição em triângulo.
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Categoria 12
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12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
FONTES "TELECOMUNICAÇÕES"
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Identificação das fontes de
radiofreqüência do entorno
12.1.1. Identificar as
fontes “telecomunicações”
emissoras de ondas
eletromagnéticas
Fontes de radiofreqüência do
entorno
Campo eletromagnético do
empreendimento
Identificação das fontes de
radiofreqüência do entorno
Nível
(1)
B
(1)
Estimativa do campo
eletromagnético ambiente e do
próprio empreendimento (2)
S
Expressão da contribuição do
empreendimento à exposição
global (3)
12.1.2. Conter o nível do
campo eletromagnético
do empreendimento em
limites os mais baixos
possíveis
Medidas tomadas para otimizar o
campo eletromagnético do
empreendimento
Medidas justificadas e
satisfatórias (4)
E
(1) Fontes potenciais:
ƒ Emissor de radiodifusão
ƒ Radar
ƒ Estação de transmissão de telefonia celular
(2) Esta estimativa pode ser realizada por medição ou por simulação.
(3) Trata-se de realizar o rateio, expresso em porcentagem “Campo do empreendimento ² / (Campo do entorno + Campo do
empreendimento) ²”. Este cálculo permite maior transparência em relação aos ocupantes e permite amenizar o impacto do
empreendimento em relação a um entorno já muito exposto a campo eletromagnético.
(4) Esta otimização pode ser feita:
ƒ seja limitando-se a presença das fontes ao estritamente necessário e que permita garantir a qualidade de utilização e de
serviço esperado da construção;
ƒ seja atuando sobre os valores de emissão das fontes.
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12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
Fonte
"Energia"
B
12.1.1
S
E
B
12.1.2
S
E
B
S
E
PREOCUPAÇÕES
Fonte
"Telecomunicações"
B
12.1.1
S
E
B
12.1.2
S
E
B
S
E
Ð
TIPOS DE FONTES
SUBCATEGORIA
12.1
Fonte
"Energia"
B
S
E
Fonte
"Telecomunicações"
B
S
E
B
S
E
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Categoria 12
209/241
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
12.2
CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES DE HIGIENE
ESPECÍFICAS
Introdução
As condições de higiene devem ser asseguradas em todas as situações e para todos os ambientes.
Entretanto, as condições tornam-se mais complexas quando o edifício comporta diversas atividades
que apresentam intrinsecamente um risco sanitário, ou que necessitam de condições de higiene
específicas para serem realizadas.
Apresentam-se a seguir as atividades particulares e os ambientes com condições de higiene
específicas. Eles se referem, particularmente, aos ambientes que recebem as seguintes atividades:
ƒ
Estocagem de resíduos
ƒ
Recepção de animais
ƒ
Sanitários
ƒ
Cozinha / alimentação
ƒ
Cuidados corporais
ƒ
Condicionamento físico
ƒ
Lavagem / secagem de roupas
Quadro de avaliação
Preocupação
12.2.1. Identificar os
locais com condições de
higiene específicas
12.2.2. Criar as condições
de higiene específicas
12.2.3. Escolher produtos
que restrinjam o
crescimento fúngico e
bacteriano
Critério de avaliação
Indicador
Título
Atividades particulares
Medidas tomadas para criar as
condições de higiene específicas
(1)
Características higiênicas dos
produtos de construção quanto ao
crescimento bacteriano e fúngico (2)
Nível
Identificação das zonas e
ambientes com condições de
higiene específicas
B
Condições de higiene previstas
pela regulamentação
B
Condições de higiene ótimas
relativas às atividades
particulares
Características higiênicas
conhecidas para 25% dos
elementos da seguinte família:
ƒ revestimentos internos (piso,
parede e teto)
S
Não
exigido
nesta
versão
Considerar o critério higiênico
mínimo na escolha do produto
para o elemento desta família que
causa mais impacto (3)
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(exigido
em “S” no
francês)
Categoria 12
210/241
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
Características higiênicas
conhecidas para 50% dos
elementos da seguinte família:
ƒ revestimentos internos (piso,
paredes e teto)
ƒ isolantes térmicos
ƒ materiais acústicos
Não
exigido
nesta
versão
Considerar o critério higiênico
otimizado na escolha do produto
para o elemento desta família que
causa mais impacto (4)
(exigido
em “E” no
francês)
(1) Exemplos de medidas:
ƒ Ventilação / ambiente com pressão negativa.
ƒ Gestão dos fluxos de entrada e saída.
ƒ Circulações internas.
ƒ Equipamentos e instalações de limpeza disponíveis nos ambientes.
(2) O conhecimento das características sanitárias dos produtos de construção faz parte da exigência “Higiene, saúde e
ambiente” da Diretiva Produtos de Construção (89/106/CEE). As características sanitárias dos produtos devem ser
apresentadas acompanhadas dos métodos e protocolos de avaliação utilizados.
Esta avaliação dos produtos pode ser realizada complementarmente aos procedimentos do Comitê Ambiente e Saúde da
Referência Técnica francesa e em complemento às certificações de produtos de construção. O protocolo CESAT leva em
conta 5 tipos de características sanitárias, avaliadas com a ajuda das normas e protocolos de avaliação europeus
disponíveis:
ƒ
Emissão de odores – Norma prEN 13419 (partes 1 a 3) e NF Norma Francesa X 43-103; Protocolo europeu ECA
(relatório nº 18, 1997).
ƒ
Emissões químicas (COV e formaldeído) - Norma prEN 13419 (partes 1 a 3) e ISO 16000 (partes 3 e 6).
ƒ
Aptidão para favorecer o crescimento fúngico – Método adaptado a partir da Norma EN ISO 846.
ƒ
Aptidão para favorecer o crescimento bacteriano – Método adaptado a partir da Norma EN ISO 846.
ƒ
Emissões radioativas naturais – Protocolo europeu Radiação Proteção 112 (1999).
Para as emissões de COV, os protocolos de avaliação ECA e AgBB são aceitos, bem como toda certificação realizada com
base nestes protocolos.
Para as emissões de formaldeídos, o protocolo ECA é aceito, bem como toda certificação realizada com base neste
protocolo.
(3)
É necessário identificar as características higiênicas, no mínimo para 2 produtos do elemento que causa mais impacto, de
forma a permitir a escolha daquele que menos favorece o crescimento bacteriano e/ou fúngico. Para serem
comparáveis, estas características devem ser baseadas no mesmo protocolo de ensaio.
(4) Elementos de análise para a busca do nível ótimo:
ƒ
Interessar-se por 50% dos elementos de cada uma das 3 famílias
ƒ
Identificar os dados olfativos para diferentes produtos (para o elemento de cada família que causa mais impacto):
no mínimo 2 produtos por elemento
ƒ
Selecionar sempre que possível os produtos que favoreçam o menos possível o crescimento bacteriano e/ou
fúngico (para cada elemento de cada família que causa mais impacto)
ƒ
Justificar a seleção quando houver conflito de interesse na seleção dos produtos entre as características olfativas,
químicas, fúngicas e bacterianas, ambientais, etc.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
12.2
B
12.2.1
S
E
B
12.2.2
S
E
B
12.2.3
S
E
B
S
E
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Categoria 12
211/241
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
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12
Categoria 12
212/241
13
QUALIDADE
SANITÁRIA DO AR
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Categoria 13
213/241
CONFORTO
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 Categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRAS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
SAÚDE
11
CONFORTO OLFATIVO
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
3
14
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
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Categoria 13
214/241
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
13
INTRODUÇÃO ________________________________
Em matéria de riscos sanitários, o campo de conhecimento dos efeitos dos agentes poluentes sobre
os indivíduos não é homogêneo de um poluente a outro. Estudos recentes sobre a qualidade do ar
permitem ampliar o campo de conhecimento sobre certos poluentes do ar (COV e formaldeídos) e
existem soluções para limitar os riscos sanitários.
A qualidade do ar interno pode ser alterada por substâncias emitidas por fontes de poluição tais
como:
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
os produtos de construção (materiais, revestimentos, isolantes, etc.)
os equipamentos (mobiliário, sistemas elétricos, sistemas de aquecimento de água, etc.)
as atividades relativas ao edifício (conservação, obras, etc.)
o meio no entorno do edifício (poluentes do solo, radônio, ar externo, etc).
os usuários (suas atividades e seus comportamentos).
Os poluentes podem ser de diferentes naturezas:
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
substâncias químicas gasosas (compostos orgânicos voláteis - COV, formaldeídos,
monóxido de carbono, nitrogênio, ozônio, radônio, etc.)
metais (principalmente chumbo)
alergênicos respiratórios (mofos, bactérias e ácaros)
poeiras e partículas
fibras (minerais artificiais, amianto)
fumaça de cigarros (mistura complexa de gases e partículas).
Para garantir a qualidade sanitária do ar, é possível intervir em dois níveis: por um lado, atuando
sobre a ventilação para reduzir a concentração de poluentes no edifício e, por outro lado, atuando
sobre as fontes para limitar a presença de poluentes no interior do edifício.
13.1. Garantia de uma ventilação eficaz
13.2. Controle das fontes de poluição
NOTA: A fronteira entre o conforto olfativo e a qualidade sanitária do ar é muito estreita para que o
referencial possa distinguir as Preocupações e os Critérios de avaliação integralmente específicos
para um ou outro destes temas. É por isto que a estrutura e o conteúdo das Categorias 11 e 13
são bastante semelhantes.
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Categoria 13
215/241
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 13
____________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
13
B
13.1
S
E
B
13.2
S
E
B
S
E
Nota: a Categoria 13, pelo presente referencial, não poderá ser definida no nível Excelente.
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 1 "Relação do edifício com seu entorno "
•
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos"
•
Categoria 4 "Gestão da energia"
•
Categoria 7 " Manutenção – Permanência do desempenho ambiental"
•
Categoria 8 "Conforto higrotérmico"
•
Categoria 9 "Conforto acústico"
•
Categoria 11 "Conforto olfativo"
Identificação das fontes de poluição presentes no terreno
Escolha de produtos com baixa emissão de poluentes do ar
Consumo energético do sistema de ventilação para garantir uma ventilação eficaz em termos de qualidade
sanitária do ar
Manutenção das taxas de ventilação previstas. Preservação da qualidade do ar interno nas operações de
conservação e manutenção.
Adotar a melhor solução de compromisso para as taxas de ventilação: elas devem ser suficientes para
garantir a qualidade sanitária do ar, sem induzir o desconforto causados pelos efeitos de correntes de ar.
Desempenho acústico dos equipamentos de ventilação – Incômodos sonoros causados pela ventilação
Relação muito forte entre conforto olfativo e qualidade do ar (a estrutura das duas categorias é similar)
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.1 - Análise do local do empreendimento
•
Anexo A.7 – Memorial Descritivo do projeto (Manual de Operação do Edifício)
Identificação das fontes de poluição externas ao edifício
Deve constar a lista de fontes de poluição existentes para o projeto, as soluções arquitetônicas e os
dispositivos técnicos adotados para limitar os efeitos destas fontes e as características sanitárias dos
produtos de construção adotados.
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QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
13
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] Guia “Uniclima“ - União Sindical dos Construtores Franceses de Material Aerodinâmico,
Térmico, Termodinâmico e Frigorífico - Climatização e Saúde – julho 1999)
Guide Uniclima - Union Syndicale des Constructeurs Français de Matériel Aéraulique,
Thermique, Thermodynamique et Frigorifique "Climatisation et santé" (juillet 1999)
[[[B
B
B]]] Ajuda memória jurídica nº 5 da INRS “Aeração e saneamento dos ambientes de
trabalho” (1999)
Aide mémoire juridique n°5 de l'INRS "Aération et assainissement des lieux de travail" (1999)
[[[C
C
C]]] Norma francesa NF EM 779 “Filtros de ar de ventilação geral para eliminação de partículas –
Exigências, ensaios, marcadores”. Dezembro 1993. ìndice de classificação: X44-012
Norme NF EN 779 "Filtres à air de ventilation générale pour l'élimination des particules Exigences, essais, marquage". Décembre 1993. Indice de classement: X44-012
[[[D
D
D]]] Norma francesa série NF em 1822 “Filtros de ar de alta eficiência e filtros de ar à baixíssima
penetração (HEPA e ULPA)” . Outubro 1998. Índice de classificação: X44-014
Norme Série NF EN 1822 "Filtres à air à très haute efficacité et filtres à air à très faible
pénétration (HEPA et ULPA)". Octobre 1998. Indice de classement: X44-014
[[[E
E
E]]] ABNT (6401) Instalações centrais de ar condicionado para conforto – Parâmetros básicos de
projeto. Dezembro/1980
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[F
F
F]]] Norma XP ENV 13419 (Partes 1 a 3) “Produtos de construção – Determinação das emissões de
compostos orgânicos voláteis”. Março 2000. Índice de classificação: X 43-520- 1 a 3.
Norme XP ENV 13419 (Parties 1 à 3) "Produits de construction – Détermination des émissions
de composés organiques volatils". Mars 2000. Indice de classement: X 43-520-1 à 3
[[[G
G
G]]] Norma francesa NF ISO 16000-3 “Ar interior – Parte 3: Dosagem do formaldeído e de outros
compostos carbônicos – Método por amostragem ativa” . Janeiro 2002. Índice de classificação:
X 43-404-3
Norme NF ISO 16000-3 "Air intérieur – Partie 3: Dosage du formaldéhyde et d’autres
composés carbonylés – Méthode par échantillonnage actif". Janvier 2002. Indice de
classement: X 43-404-3
[[[H
H
H]]] Projeto de norma internacional ISO/DIS 16000-6.2 “Ar interior – Parte 6: Dosagem dos
compostos orgânicos voláteis no ar interno dos ambientes e recintos por amostragem ativa
sobre le sorbant TENAX TA, désorption / fenômeno que consiste em um sólido abandonar os
gases absorvidos) térmico e cromatográfico no estado gasoso utilizando MSD / FID” – Junho
2002
Projet de norme internationale ISO/DIS 16000-6.2 "Air intérieur – Partie 6: Dosage des
composés organiques volatils dans l’air intérieur des locaux et enceintes par échantillonnage
actif sur le sorbant TENAX TA, désorption thermique et chromatographie en phase gazeuse
utilisant MSD/FID" - Juin 2002
[[[III]]] Parecer do Conselho Superior de Higiene Pública da França (Seção Meios de Vida, Grupo de
Trabalho “Edifício e Saúde”) relativo à informação dos usuários sobre emissões dos compostos
orgânicos voláteis pelos produtos de construção , 5 de março de 2002
Avis du Conseil Supérieur d’Hygiène Publique de France (Section Milieux de Vie, Groupe de
Travail "Bâtiment et Santé") relatif à l’information des utilisateurs sur les émissions des
composés organiques volatils par les produits de construction. 5 Mars 2002
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Categoria 13
217/241
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
R
O
N
Ô
D
A
R
O
NIIIO
ÔN
DÔ
AD
RA
[[[JJJ]]] Recomendação 90/143/EURATOM da Comissão Européia, de 21 de fevereiro 1990, relativa à
proteção da população contra os perigos decorrentes da exposição ao radônio no interior dos
edifícios.
Recommandation 90/143/EURATOM de la Commission Européenne, du 21 février 1990,
relative à la protection de la population contre les dangers résultant de l’exposition au radon à
l’intérieur des bâtiments
[[[K
K
K]]] Dossiê temático “Radônio” – CSTB – Centro Científico e Técnico do Edifício / França http://www.cstb.fr/Radon/
Dossier thématique "Radon" - CSTB - http://www.cstb.fr/Radon/
]
[[[L
L
L]] Dossiê “O Radônio”; Campanha Nacional de medição do radônio; Atlas: mapa da França –
Instituto de Radioproteção e de Segurança Nuclear (IRSN) - www.irsn.fr
Dossier "Le radon" ; Campagne nationale de mesure du radon ; Atlas: carte de France Institut de Radioprotection et de Sûreté Nucléaire (IRSN) - www.irsn.fr
[[[M
M
M]]] Guias de propostas de soluções técnicas para redução da concentração de radônio: Caderno
CSTB 3143 - Centro Científico e Técnico do Edifício – França- sobre os edifícios existentes e
Caderno 3144 para os novos edifícios
Guides de propositions de solutions techniques pour réduire la concentration en radon: Cahier
CSTB 3143 sur les bâtiments existants et Cahier 3144 sur les bâtiments neufs.
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Categoria 13
218/241
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
13.1
13
GARANTIA DE UMA VENTILAÇÃO EFICAZ
Introdução
Uma ventilação eficaz para garantir a qualidade do ar interno corresponde, antes de tudo, a uma
ventilação que assegura uma taxa de renovação de ar suficiente, em função da atividade dos
ambientes. É recomendável adequar-se às normas de higiene que regulamentam as questões das
taxas de renovação de ar, de insuflamento e exaustão de ar, bem como às regras de transferência
e de recirculação, em função do contexto do empreendimento e das atividades dos ambientes. Para
um empreendimento coberto por esta certificação, recomenda-se que o controle das taxas não se
baseie exclusivamente na ação dos usuários: um sistema de ventilação específico deve ser
previsto. Entende-se por “sistema específico” todo sistema além da simples abertura manual de
janelas. Não obstante, não se impõe a utilização de sistemas mecânicos e a ventilação natural
pode ser considerada como um sistema.
Mas uma ventilação só é eficaz se as taxas previstas são asseguradas durante o período de
utilização dos ambientes, e se os usuários podem intervir pontualmente, de forma a adaptar as
vazões ao seu conforto.
A ventilação deve igualmente permitir que o ar novo que entra seja distribuído corretamente no
ambiente como um todo. A distribuição correta de ar renovado implica em assegurar uma
atmosfera sã a cada dia para os usuários (observa-se que, no caso francês, onde no período de
inverno as condições climáticas inibem a ventilação natural, as normas impõem a garantia de uma
ventilação suficiente do edifício muito tempo antes da chegada dos usuários). Trata-se igualmente
de garantir a manutenção da qualidade do ar no sistema de circulação de ar renovado, onde há
sistemas de insuflamento de ar (que constituem os casos de ventilação de fluxo duplo5 em
especial). De fato, bactérias e germes podem se desenvolver na passagem de ar em filtros e em
umidificadores de ar. A qualidade do ar pode também ser afetada pela degradação dos materiais
existentes nos dutos de distribuição de ar. O ar viciado deve também ser retirado de modo ótimo,
em particular em ambientes com poluição específica.
Nota: a estrutura e a avaliação desta subcategoria é idêntica à da subcategoria 11.1 Garantia de
uma ventilação eficaz relativa à Categoria Conforto Olfativo.
5
Nota da versão brasileira: Ventilação de duplo fluxo: sistemas centralizados para renovação do ar interno das edificações,
compreendendo a extração de ar dos ambientes e seu expurgo para o exterior (em especial de áreas úmidas como banheiros,
cozinhas e lavanderias em residências) e, por outro lado, a introdução de ar externo insuflado para o interior da edificação
(com tratamento de filtros para garantir sua sanidade e ausência de elementos poluentes). Existem sistemas com recuperação
de energia ou utilização de energias renováveis.
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Categoria 13
219/241
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
Quadro de avaliação
Preocupação
Critério de avaliação
Indicador
13.1.1. Assegurar vazões
de ar adequadas à
atividade dos ambientes
Taxas de renovação de ar,
insuflamento e / ou exaustão por
ambiente
13.1.2. Assegurar o
controle da vazão de ar
Manutenção da vazão de ar
prevista
Título
Medidas tomadas para garantir:
ƒ o reinício da ventilação antes do
início do período de ocupação
dos ambientes
ƒ a qualidade do ar conduzido nos
dutos de circulação (3)
ƒ a exaustão ótima do ar viciado
13.1.3. Assegurar
distribuição sã de ar
renovado
Nível*
Sistema de ventilação específico
assegurando taxas higiênicas
regulamentadas (1)
B
Sistema de ventilação específico,
excluindo-se a abertura simples
de janelas, assegurando vazão de
ar otimizada para a atividade dos
ambientes
S
Medidas tomadas para assegurar
a manutenção da vazão de ar
prevista (2)
S
Medidas justificadas e
satisfatórias:
ƒ para o reinício da ventilação
antes do início do período de
ocupação dos ambientes
B
Medidas justificadas e
satisfatórias:
ƒ para o reinício da ventilação
antes do início do período de
utilização dos ambientes
ƒ para garantir a qualidade do ar
conduzido nos dutos de
circulação (3)
ƒ para a exaustão ótima do ar
viciado
S
(1) Ventilação natural ou mecânica. A ventilação com abertura de janelas é autorizada no nível B (Bom), desde que não seja
por abertura manual. Nos casos em que se adota esta solução, recomenda-se justificar que este sistema de ventilação não
produz incômodos, do ponto de vista acústico, para os usuários nos ambientes situados em fachadas expostas a ruídos. No
M
caso de ambientes condicionados, utilizar as taxas de ar exterior para renovação na norma NBR 6401 [[[M
M]]].
(2) Medidas possíveis a serem tomadas:
No caso de ventilação mecânica, observar as compatibilizações de pressões estáticas e velocidades e demais
M
recomendações da NBR 6401 [[[M
M]]].
(3) No caso de sistema mecânico: filtração de ar novo antes da entrada dos ambientes, instalação de um dispositivo de alarme
de sobrepressão devido a entupimento, substituição do filtro descartável antes da entrega do edifício.
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
13.1
B
13.1.1
S
E
B
13.1.2
S
E
B
13.1.3
S
E
B
S
E
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
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Categoria 13
220/241
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
13.2
CONTROLE DAS FONTES DE POLUIÇÃO
Introdução
O ar interno dos edifícios pode estar poluído por diferentes elementos provenientes de duas fontes,
as quais condicionam o campo de ação do empreendedor e de suas equipes com relação aos seus
impactos:
ƒ
fontes externas ao edifício: ar externo (atividades industriais, redes rodoviárias e sistemas
viários, redes e infra-estruturas de saneamento e de resíduos) e solo (radônio, poluentes
químicos).
⇒ O empreendedor não tem poder de ação direta sobre estas fontes, seu campo de ação se
limita às precauções tomadas para inibir a entrada dos poluentes no edifício.
ƒ
Fontes internas ao edifício: produtos de construção, produtos de conservação e manutenção,
mobiliário, atividades e usuários.
⇒ O empreendedor dispõe de dois tipos de ação sobre estas fontes: limitá-las ou limitar seus
efeitos propondo soluções arquitetônicas adequadas. Em relação à redução das fontes de
poluição internas ao edifício, o presente referencial limita-se aos produtos de construção,
pois eles constituem os principais elementos sobre os quais o empreendedor pode intervir.
As emissões químicas são limitadas aos COV e aos formaldeídos.
Nota: a estrutura e a avaliação desta subcategoria é análoga a aquela da subcategoria 11.2
relativa ao controle das fontes de odores desagradáveis da Categoria Conforto Olfativo.
Quadro de avaliação
Preocupação
13.2.1. Identificar as
fontes de poluição
13.2.2. Reduzir os efeitos
das fontes de poluição
Indicador
Critério de avaliação
Título
Nível
Fontes de poluição
Identificação das fontes de
poluição do ar ao longo do ciclo
de vida do edifício
B
Soluções arquitetônicas para a
redução dos efeitos das fontes de
poluição
Medidas justificadas e
satisfatórias:
ƒ restrição à entrada de ar
renovado poluído (1) ;
ƒ organização dos espaços
internos para limitar a poluição
das atividades internas no
edifício sobre os usuários;
ƒ exaustão da poluição.
B
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Categoria 13
221/241
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
Emissão de COV e formaldeídos
conhecidos para 25% dos
elementos da seguinte família:
ƒ revestimentos internos (5) (piso,
paredes e teto)
Considerar o critério químico na
escolha dos produtos, no mínimo
para o elemento desta família que
causa mais impacto (3)
13.2.3. Limitar as fontes
de poluição
Emissões químicas (COV e
formaldeído) dos produtos /
materiais de construção (2)
Uso de tintas e adesivos somente
à base de água (6)
Uso de tintas e adesivos
certificados pelo programa
Coatings Care (7)
Emissões de COV e formaldeído
conhecidos para 50% dos
elementos das seguintes famílias:
ƒ revestimentos internos (5) (piso,
paredes e teto)
ƒ isolantes térmicos (exceto
isolação externa)
ƒ materiais acústicos
Considerar nível ótimo do critério
químico na escolha de produtos
destas famílias (4)
Não
exigido
nesta
versão
(exigido
em “S” no
francês)
S
Não
exigido
nesta
versão
(exigido
em “E” no
francês)
(1) Localizar as entradas de renovação de ar fora do alcance de fontes de poluição direta: vias de circulação importantes, zona
de exaustão de ar viciado, em fachadas expostas ao vento dominante que trazem poluição local (atividades), etc.
(2) O conhecimento das características sanitárias dos produtos de construção faz parte da exigência “Higiene, saúde e
ambiente” da Diretiva de Produtos da Construção (89/106/CEE). As características sanitárias dos produtos devem ser
apresentadas acompanhadas dos métodos e protocolos de avaliação utilizados.
Esta avaliação dos produtos pode ser realizada complementarmente aos procedimentos do Comitê Ambiente e Saúde da
Referência Técnica francesa e em complemento às certificações de produtos de construção. O protocolo CESAT leva em
conta 5 tipos de características sanitárias, avaliadas com a ajuda das normas e protocolos de avaliação europeus
disponíveis:
ƒ
Emissão de odores – Norma prEN 13419 (partes 1 a 3) e NF Norma Francesa X 43-103; Protocolo europeu ECA
(relatório nº 18, 1997).
ƒ
Emissões químicas (COV e formaldeído) - Norma prEN 13419 (partes 1 a 3) e ISO 16000 (partes 3 e 6).
ƒ
Aptidão para favorecer o crescimento fúngico – Método adaptado a partir da Norma EN ISO 846.
ƒ
Aptidão para favorecer o crescimento bacteriano – Método adaptado a partir da Norma EN ISO 846.
ƒ
Emissões radioativas naturais – Protocolo europeu Radiação Proteção 112 (1999).
Para as emissões de COV, os protocolos de avaliação ECA e AgBB são aceitos, bem como toda certificação realizada com
base nestes protocolos.
Para as emissões de formaldeídos, o protocolo ECA é aceito, bem como toda certificação realizada com base neste
protocolo.
(3) É necessário identificar as características químicas (COV e formaldeído) para no mínimo 2 produtos (variantes) do elemento
que causa mais impacto, para se selecionar o menor emissor de poluentes no ar interno. Para serem comparáveis, estas
características deverão estar baseadas no mesmo método de ensaio.
(4) Elementos de análise para a busca do nível ótimo:
ƒ
Interessar-se por 50% dos elementos de cada uma das 3 famílias
ƒ
Identificar os dados químicos para diferentes produtos (para o elemento de cada família que causa mais impacto):
no mínimo 2 produtos por elemento
ƒ
Selecionar sempre que possível os produtos que emitam poluentes o menos possível (para cada elemento de cada
família que causa mais impacto)
ƒ
Justificar a seleção quando houver conflito de interesse na seleção dos produtos entre as características olfativas,
químicas, fúngicas e bacterianas, ambientais, etc.
(5) Os revestimentos internos incluem os produtos de acabamento.
(6) Estudo realizado sobre as tintas brasileiras detectou presença de Compostos Orgânicos Voláteis (COV) mesmo em tintas à
base de água. Porém, estas tintas à base de água apresentaram emissões totais de voláteis (TCOV) sempre inferiores a
20g/l, que é o limite máximo de emissão especificado pela Comunidade Européia somente a partir de 2010. O fato
3
7
demonstra que as tintas à base d’água atendem requisitos internacionais ligados à proteção da saúde humana [[[3
37
7]]].
(7) O programa Coatings Care, desenvolvido pelo IPPIC (International Paint and Printing Ink Council), certifica
internacionalmente tintas e adesivos segundo requisitos semelhantes aos da série NBR ISO 14000. No Brasil, a
representante do IPPIC é a ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), sendo a organização responsável
[[1
1
5
3
1
pela certificação dos fabricantes de tintas nacionais ([
15
5]]] e [[[3
31
1]]]).
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222/241
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
13
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
13.2
B
13.2.1
S
E
B
13.2.2
S
E
B
13.2.3
S
E
B
S
E
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223/241
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
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224/241
14
QUALIDADE
SANITÁRIA DA ÁGUA
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225/241
SAÚDE
CONFORTO
ECO-GESTÃO
ECO-CONSTRUÇÃO
As 14 categorias de Qualidade
Ambiental do Edifício
1
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO
2
ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
3
CANTEIRO DE OBRA COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
4
GESTÃO DA ENERGIA
5
GESTÃO DA ÁGUA
6
GESTÃO DOS RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFICIO
7
MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL
8
CONFORTO HIGROTÉRMICO
9
CONFORTO ACÚSTICO
10
CONFORTO VISUAL
11
CONFORTO OLFATIVO
12
QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES
13
QUALIDADE SANITÁRIA DO AR
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
4
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226/241
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
INTRODUÇÃO ________________________________
Quando se fala em qualidade sanitária da água, subentende-se a água destinada à utilização
humana. Por conseguinte, uma água é considerada de qualidade sanitária quando respeita os
critérios de potabilidade e de adequação para higiene pessoal (lavatório, chuveiro, banheira,
lavagem de roupa), evitando o desenvolvimento de agentes patogênicos e possíveis doenças
(Escherchia Coli e Entamoeba histolytica – diarréia; Schistosoma mansoni – esquistossomose;
Legionella pneumophila - legionelose). Trata-se, portanto, de um critério binário – a água tem ou
não tem qualidade sanitária -, significando que não se pode falar de graus de qualidade.
A qualidade da água pode ser alterada de diferentes maneiras:
ƒ
ƒ
ƒ
alteração das propriedades organolépticas (odor, cor, gosto, etc.);
modificação das características físico-químicas (temperatura, dureza, concentrações de metais
e compostos orgânicos, etc.);
contaminação microbiológica por desenvolvimento bacteriano ou entrada de água suja.
Os cinco principais fatores que contribuem para a alteração da água (microbiológica ou química)
em uma rede interna de um edifício são:
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
alteração dos materiais;
perfurações acidentais;
refluxos de água;
mau controle hidráulico e da temperatura (fator importante de desenvolvimento de
legioneloses);
patologias das tubulações - corrosão e incrustação.
O risco sanitário existe para os usuários do edifício via exposições possíveis aos poluentes e aos
agentes patogênicos, por ingestão, por inalação e por contato cutâneo:
ƒ
ƒ
ingestão: risco de contaminação por germes de origem fecal e por compostos químicos
procedentes da rede;
inalação: risco de legioneloses.
Reduzir o risco sanitário consiste em trabalhar sobre os fatores citados anteriormente.
14.1. Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em
redes internas
14.2. Organização e proteção das redes internas
14.3. Controle da temperatura na rede interna
14.4. Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustação
NOTA: Embora a qualidade sanitária da água seja um importante desafio, a maioria das disposições
que permitem limitar o risco sanitário é da competência mais da boa prática que de
regulamentação. Além disso, o nível Bom do presente referencial desta categoria limita-se ao
respeito a algumas exigências regulamentares sobre o tema.
Seguindo o mesmo princípio, não existe nível Excelente pelo fato de que não existem graus na
qualidade sanitária da água.
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 14
227/241
14
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
AVALIAÇÃO DA CATEGORIA 14_________________________________
SUBCATEGORIAS
CATEGORIA
14
B
14.1
S
E
B
14.2
S
E
B
14.3
S
E
B
14.4
S
E
B
S
E
Nota: a Categoria 14, pelo presente referencial, não poderá ser definida no nível Excelente.
INTERAÇÕES COM AS OUTRAS CATEGORIAS ________
•
Categoria 1 "Relação do edifício com o seu entorno"
•
Categoria 2 "Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos"
•
Categoria 5 "Gestão da água"
A concepção das redes internas do edifício e o tipo de tratamentos a realizar dependem da natureza da
água disponível no local
Escolha dos produtos de construção cujas características são verificadas e em função de critérios de
durabilidade e de impactos sanitários
Risco sanitário relacionado ao uso de água não proveniente de rede de água potável (fontes alternativas:
água pluvial, poços, etc.)
INTERAÇÕES COM O SGE _______________________
•
Anexo A.7 – Manual de uso e operação do edifício
•
Anexo A.6 – Manual de conservação e de manutenção
Informar os futuros usuários sobre as condições de utilização das redes de água (sobretudo no caso de
presença de uma rede não potável).
Informar a equipe técnica sobre a importância da restrição do acesso às salas técnicas devido à presença
de uma dupla rede.
•
Documentos a serem fornecidos ao proprietário
ƒ
Planos diários com uma boa identificação e distinção das diferentes redes: água potável e não potável; e,
no caso de aproveitamento de água pluvial, também distinguir a água pluvial destinada ao
armazenamento daquela destinada ao escoamento.
ƒ
Identificação distinta de toda a rede de água pluvial destinada ao armazenamento: elementos de
telhado, calhas, condutores externos, tubulações e inspeções.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ________________
[[[A
A
A]]] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1998). NBR 5626: Instalação predial de
água fria. Rio de Janeiro.
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QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
[[[B
B
B]]] Réseaux d’eau destinée à la consommation humaine à l’intérieur des bâtiments – Partie I:
Guide technique de conception et de mise en œuvre; Publication CSTB; Novembre 2003.
Nota: diversas referências estão indicadas neste referencial no formato "GT – Chapitre xx –
Fiche n°x"
[[[C
C
C]]] Récupération et utilisation de l’eau de pluie dans les opérations de construction. Retours
d’expériences
et
recommandations.
ARENE/CSTB.
Disponível
em
<http://www.areneidf.org/HQE-urbanisme/pdf/recuperation-OARENE-CSTB.pdf>; acesso em
26/9/2007
REFERÊNCIAS
COMPLEMENTARES DO REFERENCIAL
ORIGINAL FRANCÊS ___________________________
[[[D
D
D]]] Décret n° 2001-1220 du 20 décembre 2001 relatif aux eaux destinées à la consommation
humaine, à l'exclusion des eaux minérales
]
[[[E
E
E]] Arrêté du 29 mai 1997 relatif aux matériaux et objets utilisés dans les installations fixes de
production, de traitement et de distribution d'eau destinée à la consommation humaine, et ses
circulaires d'application
[[[F
F
F]]] Réseaux d’eau destinée à la consommation humaine à l’intérieur des bâtiments – Partie II:
Guide technique de maintenance; Publication CSTB; Septembre 2005
]
[[[G
]
G
G] Norme NF EN 1717 Protection contre la pollution de l'eau potable dans les réseaux intérieurs
et exigences générales des dispositifs de protection contre la pollution par retour. Mars 2001
[[[H
H
H]]] Arrêté du 30 novembre 2005 modifiant l'arrêté du 23 juin 1978 relatif aux installations fixes
destinées au chauffage et à l'alimentation en eau chaude sanitaire des bâtiments d'habitation,
des locaux de travail ou des locaux recevant du public – JO du 15 décembre 2005
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14
14
14.1
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
QUALIDADE E DURABILIDADE DOS MATERIAIS
EMPREGADOS EM REDES INTERNAS
Introdução
A escolha dos materiais para as tubulações, os reservatórios e os diferentes equipamentos
conectados às tubulações deve ser efetuada de maneira a evitar a sua alteração, mais ou menos
rápida, a qual poderia provocar diversas desordens. Convém interessar-se particularmente à sua
A
A]]], e à sua compatibilidade com a
conformidade com a norma da ABNT NBR 5626 (1998) [[[A
natureza da água distribuída.
Para não perder os benefícios desta escolha, é também necessário assegurar-se de que a aplicação
das tubulações respeitará os procedimentos correspondentes em função do material escolhido.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicadores
Critério
Título
Para os produtos em questão,
utilização de materiais conforme
as normas técnicas (1)
Estado
14.1.1 Escolher materiais
conformes à normalização
técnica
Conformidade com as respectivas
normas técnicas (1)
14.1.2 Escolher materiais
compatíveis com a
natureza da água
distribuída
Características físico-químicas da
Utilização de materiais
água a respeitar para o emprego de compatíveis com a natureza da
certos materiais
água distribuída (2)
Atende
14.1.3 Respeitar os
procedimentos de
execução das tubulações
Procedimentos de instalação de
tubulações em função do material
que as compõem (3)
Instalação das tubulações em
conformidade com os
procedimentos para o material
em questão (3)
Atende
Atende
A
(1) Para informações básicas sobre os materiais e relação de normas técnicas, ver NBR 5626:1998 [[[A
A]]].
B
(2) Condições físico-químicas da água (fonte: GT - Capítulo VI - Fichas n°1 [[[B
B]]]):
Aço galvanizado ⇒ água fria: resistividade da água superior a 1.500 Ω x cm ou condutividade inferior a 650 μS/cm; ou
resistividade da água superior a 4.500 Ω x cm ou condutividade inferior a 220 μS/cm; Título Alcalimétrico Completo ao
metilorange superior a 1,6 meq/l (8of); oxigênio dissolvido superior a 4mg/l; CO2 livre inferior a 30 mg/l; CO2 agressivo
inferior a 5 mg/l; cátions de Cálcio superiores a 1,6 meq/l (8of); sulfatos sob a forma de íons de SO4 inferiores a 3,12 meq/l
(150 mg/l); cloretos sob a forma de íons de Cl inferiores a 2,82 meq/l (100 mg/l).
Cobre ⇒ pH da água entre 6,5 e 9.
Aço galvanizado ⇒ água quente: resistividade da água superior a 2.200 Ω x cm ou condutividade inferior a 450 μS/cm; ou
resistividade da água superior a 4.500 Ω x cm ou condutividade inferior a 220 μS/cm; Título Alcalimétrico Completo ao
metilorange superior a 1,6 meq/l (8of); oxigênio dissolvido superior a 4mg/l; CO2 livre inferior a 15 mg/l; cátions de Cálcio
superiores a 1,6 meq/l (8of); sulfatos sob a forma de íons de SO4 inferiores a 2 meq/l (96 mg/l); cloretos sob a forma de
íons de Cl inferiores a 2 meq/l (71 mg/l); sulfatos e cloretos inferiores a 3 meq/l.
Cobre ⇒ pH da água entre 6,5 e 9.
Inox ⇒ concentração de cloretos inferior a 100 mg/l.
PVC / PE / PER / PB / PP / PVCC (materiais sintéticos) ⇒ sem restrições quanto à natureza da água; atenção, o PVC e o PE
são reservados exclusivamente para sistema de água fria.
(3) Procedimentos de aplicação das tubulações: deverão ser seguidas as recomendações de GT - Capítulo VI - Fichas n°4 e n°5
[[[B
B
B]]].
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230/241
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
14.1
14.1.1
Atende
NA
14.1.2
Atende
NA
14.1.3
Atende
NA
B
S
E
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14
14
14.2
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
ORGANIZAÇÃO E PROTEÇÃO DAS REDES
INTERNAS
Introdução
Quanto mais um empreendimento apresenta diversidade de usos e de origens da água, mais
complexas são as redes internas. Desta forma, é necessário organizá-las para identificar essas
diversidades e, assim, assegurar o monitoramento e o desempenho das redes em todas as fases do
ciclo de vida do edifício. Para as questões de segurança sanitária, esta organização deve permitir a
distinção clara entre a rede de água potável e as redes de água de fontes alternativas (poços, água
pluvial, etc.).
Esta organização é igualmente indispensável para determinar o nível de proteção das subredes em
relação às outras e no que diz respeito à rede pública.
Quadro de avaliação
Preocupação
14.2.1 Estruturar e
sinalizar as redes internas
em função dos usos da
água
14.2.2 Separar a rede de
água potável e as
eventuais redes de água
não potável (no caso de
fonte privada)
14.2.3 Proteger as redes
internas
Critério de avaliação
Indicador
Estruturação e sinalização das
redes-tipo (RT) (1)
Distinção e identificação das
tubulações de água não potável
Título
Estado
Organização das redes internas
em redes-tipo (1)
Atende
Aplicação da codificação por meio
de cores das tubulações que
diferencie as redes de água
potável e não potável (2)
Proteção da rede de água potável
no caso de uma fonte não–
autorizada (3)
Atende
1. Proteção dos equipamentos
Disposições para assegurar a
conectados
proteção de todos os elementos das
2. Proteção das redes-tipo
(4)
redes internas
3. Proteção da ligação pública
Atende
B
(1) Regras de organização em redes-tipo: GT - Capítulo II - Ficha n°2 [[[B
B]]].
B
(2) Regras descritivas das tubulações de água potável e não potável: GT - Capítulo II - Ficha n°3 [[[B
B]]].
No caso de aproveitamento de água pluvial, convém adotar uma codificação distinta entre a rede de água pluvial destinada
ao armazenamento (com a finalidade de utilização) e a de água pluvial destinada ao lançamento (na rede coletiva ou por
infiltração).
B
(3) Regras de proteção no caso de uma fonte não-autorizada: GT - Capítulo III - Ficha n°3 [[[B
B]]].
Neste caso, é preferível, na medida do possível, separar completamente a rede de água potável da rede de água não
potável. Quando não possível, prever um “bac de disconnexion” (tipo AA, AB ou AE) para interconexão das duas redes.
B
(4) Regras gerais de proteção das redes-tipo: GT - Capítulo V – Ficha n°1 [[[B
B]]].
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232/241
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
14.2
14.2.1
Atende NA
14.2.2
Atende
NA
14.2.3
Atende
NA
B
S
E
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14
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
CONTROLE DA TEMPERATURA NA REDE INTERNA
14.3
Introdução
O controle da temperatura consiste em controlar, simultaneamente, o risco de legioneloses e o
risco de queimaduras. O desenvolvimento de legionelas é favorecido por uma temperatura de água
compreendida entre 25°C e 45°C. Assim, é importante que uma temperatura relativamente
elevada seja solicitada na rede. Necessitando, por exemplo, que as redes de água quente coletivas
fechadas sejam dimensionadas para assegurar uma recirculação satisfatória em todos os circuitos.
Em contrapartida, uma temperatura demasiado elevada (superior a 50°C) aumenta o risco de
queimaduras.
Quadro de avaliação
Preocupação
Indicador
Critério de avaliação
Título
Estado
14.3.1 Isolar a rede
interna
Disposições para isolar
separadamente as redes de água
quente e fria
Medidas justificadas e
satisfatórias
Atende
14.3.2 Assegurar
temperatura no
aquecedor de acumulação
ou no de passagem
Disposições para assegurar uma
temperatura superior a 50°C na
saída do aquecedor de acumulação
ou no de passagem
Medidas justificadas e
satisfatórias
Atende
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEGORIA
14.3
14.3.1
Atende
NA
14.3.2
Atende
NA
B
S
E
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QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
14.4
CONTROLE DE TRATAMENTOS
ANTICORROSIVO E ANTI-INCRUSTAÇÃO
Introdução
A garantia da qualidade sanitária da rede interna começa pela prevenção das patologias devidas a
corrosão e incrustação. Uma rede corroída ou incrustada de tártaro leva a uma má circulação e
pode apresentar vazamentos, sendo igualmente propícia ao desenvolvimento de microorganismos
diversos.
A escolha dos materiais para as tubulações e o respeito às recomendações para a sua aplicação,
preocupações abordadas na subcategoria 14.1, são precauções de concepção que permitem limitar
o risco de corrosão.
No entanto, se for necessário o recurso a um tratamento anticorrosivo e/ou anti-incrustação,
convém assegurar a sua perfeita adequação com a natureza da água e os materiais empregados.
É igualmente importante assegurar a constância dos tratamentos durante o uso e operação do
edifício prevendo os meios que serão necessários para a conservação do sistema: este ponto
também é abordado na Categoria 07 “Manutenção - Permanência do desempenho ambiental”.
Quadro de avaliação
Preocupação
14.4.1 Otimizar o
tratamento anticorrosivo
e/ou anti-incrustação
14.4.2 Verificar o
desempenho dos
tratamentos
anticorrosivos e antiincrustação
Indicador
Adequação do tratamento com a
natureza da água e das
características da rede interna
Critério de avaliação
Título
Disposições satisfatórias
Estado
(1)
Atende
Instalação de tubos de controle
nas saídas de água quente e de
água fria
Instalação de tubos de controle e
de torneiras de teste para
assegurar o monitoramento do
desempenho dos tratamentos (2)
Instalação de um tubo de
controle no retorno de água
quente
Atende
Instalação de uma torneira para
coletar amostras à jusante desses
tubos de controle
(1) Disposições:
•
Não tratar a água fria destinada ao consumo humano
•
Pertinência do tratamento realizado: calcular o potencial de incrustação
•
Escolha do tratamento: assegurar-se da compatibilidade entre o tratamento realizado e os materiais empregados,
B
em contato com a água (GT - Capítulo VI - Ficha n°1) [[[B
B]]]
B
•
Dosagem adequada: tratado na Categoria 7 (GT - Capítulo IV - Ficha n°7) [[[B
B]]].
B
(2) Instalação de terminais de controle e torneiras de verificação: GT - Capítulo II - Ficha n°12 [[[B
B]]].
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Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 14
235/241
14
14
QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA
Desempenho da subcategoria
PREOCUPAÇÕES
SUBCATEORIA
14.4
14.4.1
Atende
NA
14.4.2
Atende
NA
B
S
E
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 14
236/241
REFERENCIAL TÉCNICO
DE CERTIFICAÇÃO
EDIFÍCIOS DO SETOR DE SERVIÇOS – PROCESSO AQUA
Escritórios - Edifícios escolares
Versão 0 15/10/2007
Parte IV
Terminologia
Outubro 2007
Referencial Técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares - Parte III: QAE
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Categoria 4
237/241
TERMINOLOGIA
Alta Qualidade Ambiental (AQUA)
A Alta Qualidade Ambiental é um processo de gestão de projeto visando controlar os
impactos de um empreendimento novo ou de reabilitação no ambiente externo assim como
no conforto e na saúde dos usuários, assegurando ainda os processos operacionais,
relacionados às fases de programa, concepção e realização. Este processo visa obter a
Qualidade Ambiental do Edifício.
Ambiente
Circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos
naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. [NBR ISO 14001]
Avaliação da Qualidade Ambiental do Edifício
Processos permitindo estabelecer os desempenhos ambientais e sanitários de um edifício.
Ela compreende, sobretudo, a coleta e a análise dos dados, a avaliação das informações
com relação aos critérios de desempenho ambiental definidos num referencial, as relações e
modos de comunicação. É o referencial técnico da QAE que serve de base para a avaliação.
Os resultados são sintetizados num perfil de 14 componentes, representando os
desempenhos obtidos para as 14 categorias de QAE.
Categoria de Qualidade Ambiental do edifício (QAE)
No presente referencial, utilizam-se as 14 categorias definidas pela Association HQE®,
estruturadas em 4 famílias: Eco-construção, Gestão, Conforto e Saúde. As categorias se
subdividem em subcategorias, que se decompõem em preocupações.
Eco-construção
Categoria 1: Relação do edifício com o seu entorno
Categoria 2: Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos
Categoria 3: Canteiro de obras com baixo impacto ambiental
Gestão
Categoria 4: Gestão da energia
Categoria 5: Gestão da água
Categoria 6: Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício
Categoria 7: Manutenção - Permanência do desempenho ambiental
Conforto
Categoria 8: Conforto higrotérmico
Categoria 9: Conforto acústico
Categoria 10: Conforto visual
Categoria 11: Conforto olfativo
Saúde
Categoria 12: Qualidade sanitária dos ambientes
Categoria 13: Qualidade sanitária do ar
Categoria 14: Qualidade sanitária da água
NOTA: A Association HQE® é uma entidade francesa, criada em 1996, que reúne os agentes
locais do setor de edificações com o objetivo de “desenvolver a Qualidade Ambiental dos
edifícios de maneira consensual. A associação é um lugar de trocas, de busca do consenso,
de informação, de formação e de ação. Ela cria uma rede de competências e de experiência
de seus membros em prol de projetos isolados e de caráter coletivo. A Association HQE®
tem duas missões principais: criar, aprofundar e desenvolver o processo HQE® (Alta
Qualidade Ambiental) ao fornecer aos agentes do setor referenciais e métodos operacionais;
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares – Parte IV - Terminologia
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238/241
TERMINOLOGIA
monitorar o desenvolvimento da HQE®, assegurar a sua difusão e reconhecimento em
especial por meio da formação e da certificação. Ela é composta por instituições públicas ou
de caráter coletivo (entidades, sindicatos) que representam o conjunto dos agentes do
setor: empreendedores, projetistas, construtores, fabricantes de materiais de construção,
consultores, etc., reunidos em cinco colegiados que asseguram a multiplicidade dos pontos
de vista em seu conselho administrativo”6.
Concepção (ver Fases do empreendimento)
Fase durante a qual os projetistas, com base nas informação do programa, elaboram a
concepção arquitetônica e técnica de um empreendimento.
Construção
Resultado final do empreendimento, materializado pelo(s) edifício(s) e elementos
complementares envolvidos (guaritas, estacionamentos, edifícios de apoio e serviço, etc.).
Critério de QAE
Para a presente certificação, é uma exigência reapresentada por um nível a alcançar ou uma
condição a atender para se obter um nível de desempenho exigido para um dado indicador,
que exprime uma preocupação.
Empreendedor
Pessoa física ou jurídica que empreende o empreendimento. Principal tomador de decisões
de um empreendimento novo ou de reabilitação.
Empreendimento
Construção, serviços associados e conjunto dos processos que levam à obtenção de uma
construção.
Fases do empreendimento
Fases de vida do empreendimento: programa, concepção, realização, uso e operação,
adaptação e desconstrução.
O presente refererencial de certificação cobre apenas as fases de programa, concepção e
realização (ver definições).
Interveniente
Participante do ato de construir usualmente relacionado ao empreendedor por um contrato.
Para a presente certificação, trata-se, por exemplo, do coordenador do projeto, do
profissional que elabora o programa de necessidades, do arquiteto, dos escritórios de
projeto, da gerenciadora, do profissional que faz o estudo financeiro, do profissional que faz
o PCMAT, das construtoras, dos subempreiteiros, etc.
6
Fonte : < http://www.assohqe.org/association_presentation.php>. Acesso em 8/3/2008.
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Escritórios e Edifícios escolares – Parte IV - Terminologia
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TERMINOLOGIA
Parte interessada
Indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental de uma organização.
[NBR ISO 14001]
Para a presente certificação, trata-se, por exemplo, dos usuários do edifício, representantes
legislativos, administradores públicos, futuros freqüentadores do edifício, futuro responsável
pelo gerenciamento do uso e operação do edifício, vizinhança, associações locais
interessadas pelo meio ambiente, diferentes organismos envolvidos na questão ambiental
do empreendimento (companhias de saneamento, órgãos municipais, estaduais e federais
voltadas ao meio ambiente), etc.
Preocupação ambiental
Tema concreto e operacional relacionado aos impactos ambientais e sanitários dos edifícios
para os quais iniciativas mitigadoras podem ser implementadas.
Programa (ver Fases do empreendimento)
Fase durante a qual se elabora o programa de necessidades, documento destinado aos
agentes envolvidos para a concepção arquitetônica e técnica de um empreendimento. Para
as necessidades da presente certificação, o programa se exprime pela definição dos
desempenhos esperados ou desejados de um empreendimento.
Para a presente edição brasileira do referencial, adota-se a seguinte definição (ver também
Anexo A.2 do SGE):
•
Programa de necessidades: elaboração e descrição em um documento do conjunto de
parâmetros e exigências a serem atendidos pela obra a ser projetada (Manual de Escopo
de Serviços para Coordenação de Projetos. São Paulo, AGESC, s.dt.).
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQPH)
Instrumento do Governo Federal para cumprimento dos compromissos firmados pelo Brasil
quando da assinatura da Carta de Istambul (Conferência do Habitat II/1996). Abrigado no
Ministério das Cidades, sua meta é organizar o setor da construção civil em torno de duas
questões principais: a melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva.
Dentre outros projetos que possui, destacam-se o Sistema de Qualificação de Materiais,
Componentes e Sistemas Construtivos (SiMAC), o Sistema de Avaliação da Conformidade de
Empresas de Serviços e Obras (SiAC) e o Sistema Nacional de Avaliação Técnica de
Produtos
Inovadores
(SINAT)
(Fonte:
<http://www.cidades.gov.br/pbqph/pbqp_apresentacao.php>; acesso em 12/9/2007).
Programa Setorial da Qualidade (PSQ)
Articulação dos agentes públicos e privados para elevar, progressivamente, o
desenvolvimento tecnológico do setor (da construção civil no Brasil), a melhoria dos
métodos de gestão e os níveis de conformidade dos produtos. Por meio dos PSQ as
entidades setoriais de fabricantes de produtos para a construção civil desenvolvem ações
que visam ao desenvolvimento tecnológico do setor, e ao combate à produção em nãoconformidade com as Normas Técnica pertinentes, observadas as diretrizes do PBQP-H
(Fonte:
<http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php>;
acesso
em
12/9/2007).
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares – Parte IV - Terminologia
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240/241
TERMINOLOGIA
Qualidade Ambiental do Edifício (QAE):
A Qualidade Ambiental do Edifício é a capacidade do conjunto de suas características
intrínsecas (as do edifício, de seus equipamentos e de seu terreno) a satisfazer as
exigências relacionadas:
• ao controle dos impactos sobre o ambiente externo,
• à criação de um ambiente interno confortável e saudável.
Para a presente certificação, ela se exprime por meio de um perfil de 14 categorias de
preocupações, ditas categorias e subcategorias de QAE, para as quais 3 níveis de
desempenho são possíveis: Bom, Superior e Excelente.
Realização (ver Fases do empreendimento)
Fase durante a qual os projetos são construídos, tendo como resultado final a entrega do
empreendimento.
Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
A parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de
planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para
desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.
[NBR ISO 14001]
O SGA é objeto da norma NBR ISO 14001 (Sistemas de gestão ambiental: Especificação e
diretrizes para uso).
Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE)
Conjunto de elementos que definem as categorias de QAE e organizam o empreendimento
para alcançá-las. O Sistema de Gestão do Empreendimento é objeto de um referencial
(referencial do SGE) no contexto da presente certificação.
Referencial técnico de certificação "Edifícios do setor de serviços - Processo AQUA"
Escritórios e Edifícios escolares – Parte IV - Terminologia
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