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Risco Sanitário para PSC
atribuído aos animais selvagens
Porco Feral (porco monteiro)
Javali
Riscos Sanitários
Avaliação da probabilidades de
ocorrência de um evento adverso
Avaliação de suas conseqüências.
– Fonte ou causa potencial
Agente patogênico
– Probabilidade de entrada, estabelecimento,
disseminação de um agente patogênico
– Conseqüências biológicas
– Impacto econômico
Peste suína clássica
Enfermidade viral altamente contagiosa
que acomete os membros da família
Suidae causada pelo Vírus da Peste
Suína Clássica.
Lista A da Organização Mundial de Saúde
Animal
– Difícil controlar em áreas de alta densidade
populacional de suínos ou javalis
– Doença infecciosa de importância para o
comércio internacional.
Importância Econômica
Principal causa de perdas econômicas
para indústria suinícola e para produtores
de suínos.
Organização Mundial para a Saúde Animal –
OIE (l'Office International des Épizooties)
Código Zoossanitário Internacional - CZI
Lista A da OIE – doença notificável
Código Zoossanitário Internacional
Faculta aos países livres de PSC proibir
– o comércio com países onde a PSC não está
controlada
– a importação e trânsito de suínos em seus
territórios
– entrada de produtos de suíno (direta ou
indiretamente)
PSC = grandes prejuízos
Prejuízos
Diretos: mortalidade e redução da
produtividade.
– mortalidade de animais em todos os grupos de idade.
– Desordens reprodutivas
– Restrições de mercado potenciais; condenação dos
produtos de suínos.
– Restrição da movimentação e comércio
Indiretos: medicamentos, trabalho, desinfecção do
estabelecimento, o sacrifício de matrizes.
Interdição: custo da restrição na
movimentação animal
PSC: animais susceptíveis
Família: Suidea (suis scrofa)
Porcos Domésticos:
– todas as raças - todas as idades,
– todos os tipos de criação
Javalis
Porcos Ferais – Asselvajados:
- Porco Monteiro, Javaporco, Javonteiro
Mortalidade: zero a 100%:
- Cepa viral e susceptibilidade animal
Suídeos
Origem e domesticação do
porco (Sus scrofa)
O javali selvagem eurasiano
(Linnaeus,1758).
9.000 anos - domesticado,
originando o porco doméstico.
Distribuição geográfica original:
Europa, Ásia e Norte da África.
– javalis selvagens - reservas da
França.
Altamira, Espanha: desenhos
pré-históricos de javalis datam
de 12.000
Domesticação: Ásia (China) e
Europa
Posição entre os artiodátilos
Subordem Suinae (artiodátilos primitivos)
– porcos, pecaris e hipopótamos
Subordem Tylopoda (artiodátilos
intermediários)
– camelos e lhamas.
Subordem Ruminantia (artiodátilos
superiores)
– Bovino, antílopes, cervos e girafas
Ordem
Artiodactyla
Subordem
Suinae (Suiformes)
Família
Tayassuidae
Suiidae
Nome
científico
Tayassu
tajacu
T. pecari
T. albirostris
Sus
scrofa
Sus
scrofa
Espécie
Cateto
Queixada
Porco
Javali
Peso (Kg)
20
45
44-320
120-200
Comportamento
social
Gregário
(5 a 15
animais)
Gregário
(até 100
animais)
Solitário
Tayassuidae: Cateto e Queixada
Animais silvestres de origem americana –
nativos do Novo Mundo
Simpátricos na América do Sul e nas florestas
tropicais úmidas do México e da América
Central.
Três espécies:
– o cateto – Tayassu tajacu,
– a queixada – Tayassu pecari,
– o taguá – Catagonus wagneri,
Ameaçada de extinção – Não descrita no Brasil
Habitat: Gran Chaco do Paraguai e nas partes adjacentes da
Bolívia e Argentina.
Tayassuidae – falsos porcos: cateto
Tayassu tajacu
Cateto: o sudoeste dos Estados Unidos (Texas, Novo México,
Arizona) até o norte da Argentina. Ampla variedade de habitat:
desertos, florestas de espinhos, chacos, caatingas, florestas
de carvalho e florestas tropicais
Tayassuidae – falsos porcos: queixada
Tayassu pecari
Queixadas: sul de Veracruz e Oaxaca, no México, até o sul do
Uruguai e Norte da Argentina. Habitat: em habitats úmidos e
secos - florestas tropicais, chacos e caatingas.
Distribuição geográfica
comparativa
Peste Suína Clássica
Infecção somente em
suídeos.
Porque só suídeos?
Vírus da Peste Suína Clássica - VPSC
Classical swine fever virus – CSFV
Peste porcine classique
Cólera porcina
Vírus da Peste Suína Clássica - VPSC
Flaviviridae
– Flavivirus, Hepacivirus
Pestivirus
Pestivirus
– VPSC (só suídeos)
– BVDV (bovinos)
– BVD (ovelhas)
VPSC – Um sorotipo
– Muitas cepas
Virulência variada
Freitas et al 2001.
VPSC
Estrutura
Composição
Genoma
VPSC: partícula viral- Vírion
Envelope, projeções de glicoproteínas
Icosaedro Regular (esférico)
Diâmetro: 50nm
Vírion: composição
Envelope -Membrana
lipoprotéica
Glicoproteínas
antigênicas
Nucleocapsídeo
Genoma RNA
Estrutura genômica
RNA Fita única, Linear, Senso Positivo - RNA
mensageiro - Infeccioso
Único ORF (open reading frame)
Codifica 3898 aminoácidos
Clivagens e amadurecimento
– proteases virais e celulares para produzir as proteínas virais
Glicoproteínas do envelope
Propriedades
antigênicas
Tropismo viral
Três glicoproteínas
Erns, E1, E2
Heterodímeros E1-E2
Homodímeros E2-E2
– Anticorpos neutralizantes:
ERNS e E2
E2: maior imunogenicidade
Glicoproteína E2: tropismo viral
Modelo Gp 51-54
– Quimérica em
Baculovirus
Epítetos de
neutralização:
–A
– B/C
Receptores:
– CD46 (50kd)
– Heparan sulfato
Infecção celular: receptores
Envoltório Lipoprotéico
Oriunda da célula hospedeira
Estabilidade e resistência moderada ao meio
ambiente
– dois a três dias
– Meio de cultura, tecidos (sangue) – conservação
Carne refrigerada (meses)
Carne congelada (anos)
Carnes processadas: curadas/salgadas, defumadas
Ciclo viral na célula
VPSC: replicação citoplasmática
Freitas et al, 2001/2006
Fatores de Risco
Re-introdução ao vírus da peste suína
clássica em áreas livres da doença
– vulnerabilidade
Re-estabelecimento da infecção:
– receptividade
Dispersão da doença:
– difusão
Área de risco: Zona Livre de PSC
51,7% do território
53,1% das propriedades
com suínos
78% do rebanho suíno
87% das matrizes
93% das indústrias
frigoríficas
Zona Livre: 15 Estados
Zona livre de PSC
População susceptível
Suídeos
– Porcos domésticos – toda zona livre
– Porco monteiro – Região Pantaneira
– Javali – Sul e Sudeste
Javaporco, Javonteiro
Proximidade
Granjas próximas de florestas
– Tipo de granja ou criadouro
Contato direto entre animais
Contato indireto
– Pessoas
– Materiais
– Insumos
Animais selvagens
suscetíveis ao VPSC
Porco Monteiro
Porco monteiro:
Suídeo asselvajado ou forma feral do
porco doméstico (Sus scrofa).
– Forma feral: designação de um animal que
retornou ao hábitat selvagem.
Susceptível a infecção com VPSC por ser da
espécie Sus scrofa.
Não há citação de ocorrência PSC
Nenhuma investigação virológica ou sorológica
Risco epidemiológico.
Porco Monteiro: História
Porcos domésticos
– introduzido pelos primeiros colonizadores ainda no
século XVI.
– Ingresso no Pantanal – 1778
Guerra do Paraguai (1864-1870).
Prolífera, a espécie adaptou-se à região
Feral ou asselvajado
– em decorrência do abandono de suas criações
Adaptados – fartura de alimentos
Atualmente servem de caça de subsistência.
Porco Monteiro: Adaptação ao meio
ambiente
Condições do meio selecionaram
adaptações
Fisiológicas e comportamentais que
influenciaram sua morfologia atual.
– Aproximação dos ancestrais selvagens
(javalis)
– Distanciamento do porco doméstico
Caçado pelos moradores locais para
obtenção de carne e banha.
Porco Monteiro: Descrição morfofisiológica
Agressivo e resistente
Bandos (6-7)
Mamíferos robustos,
corpulentos
Pelos grossos,
Até 200 kg de massa.
Menores que suínos
domésticos.
Porção dianteira massiva e
maior que porção traseira.
Nuca grossa
Cabeça em cunha
Focinho articulado: fuçar o
solo.
Porco monteiro: habitat
Em brejos, campos e áreas
de florestas.
Pantanal mato-grossense
Aquidauana/Negro,
porções mais altas do
Pantanal central
– sub-regiões de Nhecolândia
e Leque do Taquari (Mourão
et al.2002.
Hábitos: diurnos e noturnos
Alimentação: raízes,
insetos, plantas, grãos
Densidade Populacional
(Mourão et al.,2002).
Pantanal central
Estimativa sem
correção: 9800 grupos
em todo o Pantanal.
Densidade
populacional: de 0,07
grupos/km2.
Porco Monteiro: População
Taxa de reprodução:
– 6 a 10 filhotes
Sobrevivência: 50%
Idade reprodutiva:
– 10 -12 meses.
Taxa anual de
crescimento - 33%
Florida/Califórnia
– mortalidade: jovens ~ 90%)
Hipótese: 15% desfrute
Porco Monteiro: Densidade populacional
Aérea no Pantanal (Piovezan & Avelar, 2008)
Área total
Densidade
Densidade
Total
Número
(km2)
(grupos/km2)
corrigida
(grupos/km2)
(grupos/Corrigido)
(indivíduos)
139.111
0,07
0,278
38.673
293.914
Baseado em Mourão et al. (2002):
Fator de correção para invisibilidade = 74,85%
Tamanho médio de grupos = 7,6 indivíduos (Lourival & Fonseca, 1997)
Porco Monteiro: Pantanal
Piovezan & Avelar, 2008: porco Monteiro - Nhecolândia
Porco Monteiro: Infecções
Paes et al. 2002-2007 - Laboratório de
Diagnóstico de Doenças de Animais
(Laddan/Iagro/MS)
– sub-regiões do Rio Negro e da Nhecolândia.
– 193 animais
Brucelose – 162 amostras – 8 positivas
Leptospirose – 75 amostras – 7 reagentes
Doença de Aujeszky (DA) – 164 amostras
– 34 positivas
Porco Monteiro: caça de subsistência
População local adeptos a caça
– capturam, castram e soltam os leitões
machos e abatem a tiros os capados e porcas
adultas.
Avaliam os danos causados nas
pastagens e as espécies autóctones
Não existem estudos quantitativos sobre
estes danos.
Porco Monteiro: danos
Reconhecidos como pragas em muitos locais do
mundo
– causam impacto negativo no ecossistema que
colonizam.
– transmitir doenças para homens e outros animais,
– Subverter seqüências de sucessão natural
– competir com espécies nativas,
– extinção de plantas e animais
Pantanal, competição com Pecarídeos nativos
(Alho et al. 1987)
Conferência Americana Porcos Ferais
Preocupação com
crescimento e expansão,
novas áreas
Danos causados
Doenças transmitidas
– Brucelose e Doença de
Aujeszky
– Nenhuma citação de PSC
Erradicação da PSC nos
EUA – 10 anos
Nenhum caso de PSC
em porcos Ferais
Wild Pig: USA
Porcos introduzidos Cristóvão Colombo – 1493
(West Indies), Florida: Hernando de Soto: 1593
Wid Pig: mistura dos ancestrais
– Feral hogs ou Razorback - porco feral
– Javali (wild Boar)
– Russian Boar
2008, população estimada: 4 milhões de porcos
ferais
Prejuízo estimado: US$ 800 milhões por ano.
Razorback- porco feral
Wild Pig: Aparência variada
Wid Pig - USA
Porco feral & porco doméstico
Christy et al. 2009: colares com GPS e sorologia
Risco de contato: propriedades sem segurança
(biossegurança) - rusticidade
Acesso dos porcos ferais
– Visita a noite
– Atraído mais pelas fêmeas (acasalamento) que pelo
alimento
– Proximidade: 7km
Vírus da doença de Aujeszky, Vírus da
Síndrome reprodutiva e respiratória, Brucelose.
Nenhum animal reagente para PSC – Não
descartou o risco.
JAVALI
Javali eurasiano: histórico
Início do século XX: introdução de javalis
Uruguai, caça esportiva.
Escape: norte da Argentina, Uruguai e Sul do
Brasil (Alvim et al 2006) – Soltura acidental na década
de 1950
1980: Primeiras criações comerciais no Rio
Grande do Sul
Criadores do Estado de São Paulo, importaram
animais do Canadá e da França (GIMENEZ, 2003).
1990 – espécie invasiva
Decreto no 2.519 de 16/ 03/1998:
“Considerando que o javali-europeu - Sus scrofa - não pertence à
fauna silvestre nativa, sendo, portanto, uma espécie exótica
invasora, nociva às espécies silvestres nativas, ao ambiente, à
agricultura e à pecuária.”
– Não possuem predadores naturais,
– Causam um grande impacto ambiental quando soltos
no meio ambiente,
– Disseminação de doenças.
– Animais agressivos
– Invade e destrói lavouras,
– Prejudicar áreas de manancial.
Denúncias
1998: restrição legal à criação
– criadores soltaram na natureza
(Cosette Xavier Silva, IBAMA
PR)
2005 – Permissão para caça no
RS de javalis e javaporco
– Aumento da demanda por carnes
de javalis
– Aumento das populações de
javali de vida livre
2008 - Permissão de caça:
– Santa Catarina e São Paulo
Javali em rodovia - RS
Características gerais
Corpo coberto por pêlos
longos, grossos, cor marrom
escura
Comprimento: em média de
1,30 a 1,40 metros (animal
adulto
Escondem-se e protegem-se
em buracos
Manadas: javalis jovens e
fêmeas.
Os machos – acasalamento
Período de acasalamento:
outono.
Filhotes: cor castanho claro
com listras negras
Seu habitat original: florestas
da Europa, Ásia e norte da
África
Onívoros: frutos, raízes,
animais de pequeno porte e
algumas espécies de vegetais
Ameaçados, ficam agitados e
bravos
Peso: em média 250 quilos
(animal adulto)
Tempo de vida: de 15 a 30
anos em média
Número de animais estimado:
40.000, distribuídos em menos
de 500 criatórios.
Javali eurasiano
Híbridos: Javaporco
PSC e Javalis
Necessidade de avaliar o estado sanitário
desta espécie animal em nosso país. VOGT
et al. (2008)
No Brasil não foi descrito surto de PSC
em javalis
Na Europa
– Os javalis são considerados reservatórios
naturais do vírus (?)
– Possível fonte de infecção para porcos
domésticos
Javalis: Portugal, Alemanha e Espanha
Porco Feral e Javali
Porco feral
Javali
Peste suína em javalis
França, Alemanha, Espanha,
Itália, Áustria
Luxemburgo, Eslováquia,Ucrânia
(2001)
Bulgária (2009)
Necessidade de controle
Scientific Committee on Animal Health and
Animal Welfare, 1999 - Perugia, Itália)
Ocorrência PSC em populações de javalis
em várias regiões geográficas da Europa
– França, Alemanha e Itália.
– Países da Europa central e leste (Suécia).
Problema para União Européia
Europa: Ocorrência PSC em Javali
Ligação epidemiológica entre infecções
Isolamento viral e caracterização genética:
– Infecções: auto-limitante (metapopulações)
– Infecções: vírus circula por muitos anos.
Javalis e porcos ferais:
– reservatórios do vírus e fonte de infecção
para suínos domésticos.
Porcos domésticos:
– fonte de infecção javalis e porcos ferais
Contato direto e indireto
Erradicação
Erradicar a PSC de javalis
– proteger a população de suínos domésticos
Estratégia:
– Redução da densidade populacional
– Vacinação experimental (Vacina viva –
atenuada)
Não produziram resultados convincentes
Novas tentativas
Estratégia:
– Estudar a etologia dos javalis
– Patogênese e curso da infecção
– Atividades humanas interferentes (alimentação,
caçada, vacinação)
– Avaliar cada epidemia particularmente
2002: avaliar o curso da infecção
– Papel do javali como reservatório
– Rotas de transmissão.
– Estratégias de controle
Etologia
Populações livres reguladas pelo meio ambiente
K = Sobrevivência – região específica
– Fatores abióticos
– Fatores bióticos
Maior K= maior número de indivíduos
Produtividade Máxima = 50%
– Quase impossível reduzir fortemente a população
Densidade e abundância - Saturação K
– aumento da sobrevivência - redução de componentes novos
Quando há uma redução na expectativa de vida
– Maior fertilidade – maior número de componentes
Crescimento da população
Oferta de alimentos – alimentação artificial
Ausência de Predadores e competidores
(Lobos, Lince, Urso Marrom)
– Competição Intra - específica – O maior competidor
é ele mesmo
Estratégias reprodutivas: principal mecanismo
para manutenção da população
Cio – Condições físicas e não sazonal
– Atrasam e prolongam o cio
Gestação e fertilidade – peso dependente
Condições de cio e reprodução
Artois et al. (2002)
PSC em Javalis e Porcos
Ferais
Características da infecção
Similar a porcos domésticos
Virose hemorrágica infecto-contagiosa com
comprometimento do sistema circulatório e
linfático – Imunossupressora
Patogênese: pré-natal e pós-natal
Sintomatologia que varia de acordo com a
virulência viral:
– Aguda
– Crônica - experimental
– Congênita - Persistente – “late onset”
Estabelecimento da Infecção:
Vitalidade: Saúde,
Imunidade, idade
Virulência de cepa
infectante
Condições ambientais, estresse, etc
PSC
VPSC
Transmissão horizontal
Doença Aguda
< 4 semanas
MORTE
Convalescença
Doença Crônica
> 4 semanas
Patogênese VPSC em javalis e porcos
ferais
Células epiteliais
das amídalas
Vasos linfáticos
Linfonodos Regionais
Baço
Medula óssea
Linfonodos Viscerais
Linfopenia
Imunodepressão
Necrose do endotélio
dos vasos sanguíneos
Sangue
periférico
Trombocitopenia
Hemorragia
Outros órgãos
PSC Aguda
Jovens mais suscetíveis
Alta mortalidade
Forma aguda descrita nos surtos.
Forma crônica: experimentalmente
– Não impede que ocorra na natureza
PSC: Aguda
Febre alta(>41°C), depressão, fraqueza,
anorexia, conjuntivite, diarréia e vômito
Menos evidente: hemorragias na
pele/cianose
– Mascaradas pelos os pelos
Mudança de comportamento: andam
torpes sem buscarem refúgio.
Carcaças de animais
PSC: Aguda - Javali
Hemorragias na epiglote e abdominal
Infecção pré-natal: persistência
VPSC
Início da
gestação
Barreira
Placentária
Até 90 dias
Período da gestação
Virulência viral
Final da
gestação
Abortos
Natimortos
Malformações
Animais NÃO imuno
competentes –
Imunotolerância
Infecção persistente
Animais imuno
competentes
Anticorpos
Infecção Persistente
Fetos não imuno-competentes:
– Imuno-tolerantes e persistentemente virêmicos.
Disseminam vírus a leitegada e ao meio ambiente
Viremia persistente
– Porco doméstico: 90 dias ( máximo: 11 meses)
– Javalis: até 39 dias
PSC “late onset” estabelecimento tardio
– Somente os persistentemente infectados
– clinicamente normal, sobrevivem alguns meses e morrem da
infecção.
PSC persistente em javalis
PSC persistente: retardo de crescimento
Características de surtos
europeus
Mortalidade variada
Extinção espontânea
Persistência
Surtos recentes:
França, Alemanha e Itália
Mortalidade variada
Picos Mortalidade
Extinção espontânea
Extinção: Decréscimo nas taxas de infecção
Soro-conversão – adultos
2 anos: isolamento viral cessou
Anticorpos neutralizantes – jovens
3 meses - circulação vírus
Re-ocorrência da infecção: falha na detecção de
baixas taxas de infecções
Itália: Sardenha - PSC endêmica
Javalis e porcos de vida livre
Infecção em baixas taxas
Não existe tendência sazonal ou temporal
Foco limitado a áreas: até 10 mil hectares
Não se expande em ondas epidêmicas
– barreiras naturais?
Tamanho da população e duração do surto
– Morte em meses – foco menor
– Renovação da população: novos animais
susceptíveis –
– Persistência viral - Jovens sustentam a infecção
Manejo de javalis de vida livre:
Qual a estratégia?
Sacrifício dos animais, caça?
Pressão da caça
– Ineficaz para controlar a densidade
populacional
– Contra-produtiva: redução na competição
intra-específica
Efeito paralelo: aumento da área habitada
OBS: Aumento da caça na Europa: não reduziu a
população de javalis
Manejo: qual a estratégia?
Oferta de alimentos - Vacinação
Aumento na oferta de alimentos:
– Efeito Positivo: mantém os animais no sítio do foco –
sem dispersão da doença
– Efeito Negativo: atrai animais – aumenta o contato
Vacinação: ainda discutível
Experiência alemã (Kaden et al.): “blisters” bolhas
com vacina viva atenuada cepa china
– Sucesso nos adultos; ineficaz nos jovens
– Dificuldade de diferenciação de anticorpos
Estratégia complementar
Estratégias sugeridas de controle
Avaliar cada foco particularmente
Incluir na equipe: especialistas em epidemiologia de
animais de vida livre
Delinear o foco de infecção com precisão
– Marcação da área, Delinear grupos
– Registrar as sub-populações que habitam a área
Acompanhar o decréscimo na taxa de infecção
– “Despopular” (medida temporária)
– Vacinação emergencial
Medidas diretas: banir a caça imediatamente
Alimentação artificial: só para limitar a movimentação
Modelo Matemático - PSC em Javali
Explorar fatores epidemiológicos e demográficos
Estimar as taxas de transtornos e eficácia das
estratégias de controle
Modelos disponíveis baseados nos processos
dependentes da densidade populacional
– Disseminação do vírus dentro população
Taxa de reprodução/novos infectados
– Evolução no tempo e no espaço:
número animais suscetíveis
Limite específico de densidade que leva ao redução da taxa de
infecção
– Densidade populacional para as estratégias de controle:
vacinação, esvaziamento, etc.
Conclusões 1
Javali e Porcos ferais
– Suscetíveis ao vírus – Morrem de PSC
– Transmitem a PSC
Risco epidemiológico
Reservatórios naturais do vírus?
Ainda não foi comprovado
– Informações sobre origem de foco – Erros
– Interferência humana
– Erradicação da PSC animais domésticos
/Desaparecimento da infecção em javalis
Conclusões 2
Transmissão javali – porco doméstico
– Carcaças infectadas
– Contato entre suídeos em vida livre ou em
propriedades com restrição inadequada (fácil acesso)
Infecção voluntária não se sustenta (auto-limitante)
Persistência
– Transmissão: javali-javali (Laddomada, 1994)
– Tamanho da população afetada, densidade e idade
– Quantidade de jovens
Referências
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Begon et al. 1999. Proc. Royal Soc. Lond.B, 266: 1939-1945.
Christy, et al. 2009. J. Wildlife Disease, 45 920: 422-429.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Centro de Pesquisa
Agropecuária do Pantanal- Boletim 28 - ISSN 1517-1981- Dezembro, 2002
EUROPEAN COMMISSION XXIV Scientific Health Opinions
XXIV/B3/R09/1999: 49p.
Laddomada 2000. Vet. Micro, 73: 121-130
Mangini et al. Anais do
Mauro, R. 2002. Estudos Faunísticos na EMBRAPA Pantanal. Arq. Zootenia,
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Nettles et al. 1989. J. Wildlife Disease, 25 (1): 61-65
Nuvital. Craição de javalis. Online; www.nuvital.com.br
Paton & Greiser-Wilke. 2003. Res. Vet. Sci., 75:169–178
Ribeiro & Souza 1988. Globo Rural: 62-72.
USDA 2006. Feral/Wild Pig. Agriculture Information Bulletin n.799
Vilcek & Nettleton. 2006. Vet. Micro. 116:1-12.
Obrigada!
Tânia R. P. Freitas, PhD
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