SUBSÍDIO DE REUNIÃO PARA A PASCOM Mês de julho de 2014 ORAÇÃO Dirigente: Em nome do Pai, sopro comunicador da Vida, do Filho, comunicação plena do amor e do Espírito Santo, propagador da Boa Notícia... Todos: É que nos tornamos, na força da comunicação trinitária, comunidade cristã. Canto: Se calarem a voz dos profetas, a pedras falarão. Se fecharem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão… Muito tempo não dura a verdade nestas margens estreitas demais. Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais… Texto bíblico: Paulo no Areópago de Atenas (At 17, 15-33) TEXTO DE ESTUDO (Retirado do estudo da CNBB – A Comunicação na Vida e missão da Igreja no Brasil) O Mistério do Ser Humano e a Comunicação Social Colocando o mundo e o homem como “outro de si”, Deus institui a possibilidade de um autêntico diálogo entre o criador e a criatura que atinge seu auge na encarnação. Deus realiza aqui um salto comunicativo de qualidade: em seu filho, Jesus de Nazaré, não dialoga através de um anúncio invisível, sob a tenda da reunião dos sábios ou no templo da antiga aliança, mas com a presença pessoal do seu Verbo eterno, o Filho Amado, que precisa ser escutado e seguido. Na sua pregação, Jesus realiza, anuncia, dialoga, discute, cala. Está atento a contextos, níveis e instrumentos diversos de comunicação. A Igreja nasce do evento comunicativo do Filho Unigênito, o Verbo Encarnado, que habita entre os homens e reúne os discípulos por força da escuta da sua Palavra e da Palavra do Pai, enviando-os, então, como suas testemunhas e anunciadores entre as pessoas. A “comunhão”, da qual a Igreja vive, atualiza-se mediante processos que implicam um dizer (anúncio) e um fazer (celebração e relações). Acomunhão não somente está no princípio da comunicação, mas é também o seu resultado. A Igreja não é somente um lugar de transmissão de fé, isto é, não é um simples “emissor”. Guardiã fiel da Palavra, antes de tudo, a Igreja é chamada a pôr-se em “religiosa escuta”da Palavra. A evangelização consiste na comunicação dessa Palavra a partir da fragilidade e da mutalidade da linguagem dos homens. Os sacramentos realizam aquilo que anunciam verbalmente e se tornam de tal maneira lugares de profunda comunicação entre o mistério de Deus e a experiência humana. A inculturação da fé nos tempos midiáticos A comunicação como experiência de vida representa o primeiro degrau da compreensão do que sejam as relações de comunicação na perspectiva evangélica. De nada valem tecnologias e complexos projetos pastorais de comunicação se não estiverem embasadas no propósito de unir as pessoas e de criar oportunidades de expressão, fortalecendo redes de convivência e de ação. No caso, a existência da comunidade testemunhando fraternidade é o primeiro conteúdo comunicativo pedido aos cristãos, a primeira mensagem a ser anunciada. Para prosseguir a sua missão neste novo contexto cultural, requer-se da Igreja, que existe para evangelizar, uma “conversão pastoral”. Essa conversão exige que vá para além de uma pastoral de mera conservação, para uma pastoral decididamente missionária. Na era da mídia, a paróquia também é obrigada a redefinir sua fisionomia. Adotar, de um lado, a atitude testemunhal de uma comunicação dialogante, respeitadora do interlocutor e do outro saber servir-se de modo adequado dos instrumentos facilitadores da informação são os dois princípios básicos próprios da Pastoral da Comunicação. Estar atento ao cotidiano, à história pessoal de cada interlocutor, incluindo suas experiências com a mídia. Entre as estruturas de uma comunidade paroquial, sugere-se a criação de um centro de comunicação que ocupe lugar de relevo. Deve ser incrementado pela comunidade, investindo em algum material de comunicação (central de internet, material para a realização de jornais, boletins, material de áudio e vídeo etc.). É importante que a comunidade tenha consciência do valor e da necessidade de investir na aquisição e manutenção do material de comunicação, necessário ao funcionamento do centro. Planejamento da PASCOM É recomendável que o processo seja participativo; A hierarquização do trabalho de planejamento em planos, programas e projetos oferece a perspectiva da construção de uma visão das prioridades a serem alcançadas. Algumas ações: Evitar que [lideranças pastorais] sejam apenas “usadas” para ampliar a mensagem da Igreja; Estudar os documentos oficiais da Igreja; Compreender o significado da nova cultura da comunicação; Criar um clima de sinergia; Estimular o espírito de colaboração entre as pastorais; Atualização e revisão dos métodos no ensino da catequese; Formar comunicadores para que atuem na área da PASCOM; Desenvolver um programa para a comunicação com famílias; Promover o acesso a publicações católicas; Marcar a presença nos meios de comunicação locais; Garantir a celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais. Garantir os recursos humanos e econômicos necessários para o desenvolvimento dos projetos de comunicação. É aconselhável fazer o planejamento envolvendo todas as coordenações e pastorais. PARA CONVERSAR - O que mais chamou minha atenção do texto refletido? Como está a PASCOM em nossa Paróquia? O que já fizemos? O que ainda nos é possível? Quando e como podemos realizar um planejamento da PASCOM?