Assessoria de Comunicação e Pastoral da Comunicação Tendo em vista a potencialidade da comunicação no serviço à ação evangelizadora, hoje mais do que nunca, faz-se essencial a utilização dos meios de comunicação social por parte da Igreja, assim como a inserção desta no ambiente (e cultura) gerada por tais meios. A Pastoral da Comunicação e a Assessoria de Comunicação são duas ferramentas que colaboram para isso. Mas, não se caracterizam como dois pólos distintos, e sim como estruturas complementares, que agem com a mesma missão: anunciar o Evangelho, divulgar os projetos e ações da Igreja, respondendo aos questionamentos da sociedade. Dentro de uma estrutura de comunicação na Igreja, a Pascom e a Assessoria de Comunicação têm cada qual suas atividades distintas, mas, muitas vezes a atuação de ambas se aproxima, tornando-se um trabalho em comum. Dessa forma, na prática, Pascom e Assessoria devem refletir aquilo que seus trabalhos têm como meta: usar a comunicação como forma de promover a comunhão. E, acima de tudo, tanto os integrantes da Pastoral quanto os da Assessoria de Comunicação devem ter em comum a vivência Cristã Católica – espiritualidade, vida sacramental. I. Assessoria de Comunicação: A assessoria de comunicação na Igreja é fundamental e não é preciso aprofundar o assunto, pois hoje, todas as instituições religiosas ou não, e pessoas públicas (neste caso bispos e padres) precisam estar em permanente comunicação com a sociedade. Por isso o assessor de comunicação é fundamental, assim como a figura do porta-voz, cujo cargo deva ser exercido por um sacerdote ou leigo nomeado pelo Bispo, que tenha, além de conhecimento, vivência cristã católica. Qualquer profissional de comunicação pode exercer o cargo de assessor de comunicação se o interesse for apenas pelo trabalho técnico. No entanto, na Igreja, não basta apenas ser um bom profissional, qualificado com diploma, título de doutor e outros mais, é preciso que este profissional tenha também visão pastoral, ou melhor, vida de Igreja. Assim, o assessor de comunicação cumpre o seu papel profissional, mas se envolve pastoralmente no trabalho, deixando de ser apenas o técnico para ser também o agente pastoral (discípulo/missionário). Pode-se tomar como exemplo os eventos de fim de semana: para um 1 profissional sem visão pastoral, essa atividade poderia feita como hora extra de trabalho, cumprindo apenas sua função de assessor. Para o desenvolvimento do trabalho de assessoria de comunicação na Igreja é fundamental que o profissional contratado tenha uma espiritualidade e participe dos sacramentos, pois para eficácia do trabalho não basta apenas conhecer é preciso vivenciar. Dentro desta visão, cabe ao assessor de comunicação: Estar próximo ao bispo, aos padres e aos departamentos da Cúria Diocesana para divulgar atos e mensagens oficiais, fazendo a ponte entre a Igreja e os diversos meios de comunicação; Procurar os meios para que a Igreja esteja presente nos meios de comunicação secular, seja através de entrevistas com seus membros ou com a distribuição de release sobre o trabalho desenvolvido; Cuidar dos meios de comunicações oficiais (site, revista, jornal, programas de rádio e TV) da Diocese e demais instituições ligadas a Igreja, diretamente como administrador ou acompanhando e orientando quem alimenta sites, blogs e as redes sociais. Esta atribuição se dá em função de ser ele quem deve informar ao bispo e ao padre responsável quando houver algum problema ou divulgação de informação que possa comprometer o trabalho e a imagem da Igreja. II. Pastoral da Comunicação A Pastoral da Comunicação é responsável por envolver todas as atividades da Igreja no ambiente comunicacional, estando atenta tanto ao público interno quanto ao externo, a fim de levá-los à maior comunhão e participação na vida da Igreja, e também os incentivando a ter uma presença ativa no ambiente da comunicação como promotores da ação evangelizadora. Esses públicos correspondem a: clero, pastorais, movimentos, fiéis, pessoas que estão afastadas da Igreja, mídia secular. Assim, a atuação da Pascom vai desde um trabalho de cunho jornalístico, com a divulgação de notícias, até atividades ligadas à publicidade, relações públicas, formação/educação. Para desenvolver bem essa missão, o agente pastoral não precisa necessariamente ser formado nessa área. Primeiramente, ele precisa ter uma vida de fé, amar a Deus e a Igreja e ter o desejo de colaborar com a Pascom. A formação do agente pode vir em seguida, para aperfeiçoar o trabalho do agente. Mas, a profissionalização não se trata de uma formação 2 acadêmica (ela pode, sim, acontecer, por parte do agente, uma vez que a pastoral também pode despertar o interesse dele pela área; mas não é necessária). Os agentes devem participar de cursos e encontros de formação técnica promovido pela pastoral. O objetivo é que o trabalho da Pascom, sem se distanciar de seu objetivo e princípio, seja realizado de forma profissional atendendo aos tempos atuais. Entre as atividades da Pascom estão: Fazer a cobertura dos eventos e divulgar as notícias da Igreja através dos diferentes meios de comunicação: mural, jornal, revista, rádio, TV, internet; Produzir conteúdos (vídeos, áudios, textos, imagens) de formação para os diferentes instrumentos de comunicação; Trabalhar em comunhão com as demais pastorais dando-lhes suporte na área de comunicação e realizando projetos em conjunto (por exemplo: Pascom e Liturgia preparando o folheto diocesano); Cuidar da unidade comunicacional da Diocese, Paróquia; Promover a capacitação dos agentes pastorais e demais pessoas no campo da comunicação, por meio de cursos, oficinas. III. Assessoria de Comunicação e Pastoral da Comunicação Como citado acima, Pascom e Assessoria não são duas áreas separadas, mas apenas uma – a comunicação – em busca de um único objetivo, que é anunciar Jesus. É uma ação realizada por profissionais e leigos que cumprem cada um seu papel, com as responsabilidades que o cargo impõe, mas comungando do mesmo ideal, a comunhão em Cristo. Entre os agentes da Pascom e os assessores de comunicação não deve haver um olhar de concorrência ou adversidade. Pelo contrário, o diálogo entre os dois deve ser permanente, na busca da ajuda mútua. O assessor conta com o apoio da Pascom na cobertura das atividades da Igreja e os agentes da Pascom contam com a ajuda do assessor para que seu trabalho chegue aos meios de comunicação seculares e para ter acesso às informações institucionais. Como exemplo, é possível citar a cobertura da Romaria da Diocese de Petrópolis ao Santuário Nacional de Aparecida, que nos últimos três anos foi realizada de forma conjunta pelo Assessor de Comunicação da Diocese e pelos agentes da Pastoral da Comunicação. As 3 tarefas foram divididas, a fim de que se realizasse o trabalho da forma mais completa possível, atendendo às demandas dos diferentes instrumentos de comunicação diocesanos (site, redes sociais, programa de TV e de rádio). Assim, cada um ficou responsável por uma atividade: fotografia, filmagem, entrevistas, atualização do site e das redes sociais e envio de matéria para imprensa. O resultado foi positivo com ambos (pastoral e assessor) cumprindo seu papel perante a Igreja e a sociedade. 4