Informativo ASTHEMG- Barbacena Filiada Rua Domingos Vieira, 587, sala 817, Santa Efigenia, Belo Horizonte. Telefone: 3241-5266 – www.asthemg.org.br. ASTHEMG denuncia situação precária em Hospital de Barbacena Descaso da Fhemig coloca em risco a saúde do trabalhador e prejudica a qualidade do alimento servido aos pacientes. Equipamentos estragados e muita ferrugem nos utensílios usados para preparar comida de pacientes e funcionários do CHPB e HRB. Panelas enferrujadas, fogões que não funcionam, paredes rachadas, material danificado, fios desencapados, são problemas encontrados no Serviço de Nutrição e Dietética (SND) do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB). A ASTHEMG esteve na unidade e verificou a situação degradante que se encontra a cozinha que prepara toda a alimentação servida aos pacientes e funcionários da unidade. O diretor do CHPB, que retornou ao cargo há dois anos, solicitou varias vezes a reforma, pois última foi feita por ele em 1990. Inclusive ele encaminhou um relatório à Fhemig falando da necessidade e urgência da obra, mas até agora nada foi feito. Quem entra no SND se depara com um cenário desolador. No local onde são preparadas mais de 66 mil refeições por ano, servidas no CHPB e no HRB, não apresenta a menor estrutura. O setor está com o chão quebrado; os panelões soltam tanto vapor que é necessário um rodo para rapar a água que acumula no chão da cozinha; as pias estão enferrujadas e furadas; o teto está descascando e os ralos estão com as grades de escoamento cheias de ferrugem. Para minimizar o problema, funcionários amarraram arames prendendo as grades no chão, mas o risco é grande porque se alguém pisar nestas grades ela podem se romper e provocar acidentes graves, como queimaduras e lesões. Além disso, as prateleiras, feitas pelos trabalhadores da unidade, estão estragadas. O caminhão que distribui os alimentos não comporta de maneira adequada as vasilhas que acondicionam os alimentos. Por ser muito antigo, fabricado em 1979, ele não é climatizado, podendo estragar a comida mais rápido, já que a distância entre uma unidade e outra é de cerca de 4 km. sanitários e dois chuveiros para atender as funcionárias. No masculino tem apenas dois vasos e um chuveiro para dez pessoas. Das 16 chamas do fogão apenas cinco funcionam Com equipamentos desgastados, os que foram adquiridos no ano passado não estão dando conta de atender a demanda. Vários deles como a câmara frigorífica, não funcionam há anos. Panelões, fornos e fogões não comportam mais manutenção e precisam ser trocados. A situação das panelões é o mais grave, pois com o vazamento, elas podem explodir e queimar os cozinheiros. A energia utilizada no vapor do SND é produzida por uma Caldeira, comprada em 2003, funciona precariamente e apresenta risco. De acordo com o parecer do Núcleo de Gestão Ambiental da Fhemig, que vistoriaram o local nos dia 10 e 11 de setembro, é necessário construir diques que contenção do óleo para evitar vazamentos. A direção do CHPB deseja que seja estudada uma nova forma para produzir o vapor do setor. Os banheiros são outro problema, todos apresentam mofo e trincas nas paredes, no feminino há apenas três vasos Trabalhador prejudicado - Quem sofre mais com essa situação é o servidor, tendo que trabalhar nestas péssimas condições para atender as demandas num ambiente completamente insalubre. Acidentes têm virado rotina, por causa dos furos e ferrugem de pias e panelas, os funcionários que lavam as vasilhas ficam molhados com a água que pinga e ainda correm risco constante de se cortarem. Admitindo essa condição vergonhosa, o Relatório de Inspeção de Segurança do Trabalho da Fhemig, afirma claramente que os funcionários correm risco de sofrer sobrecarga muscular ou até mesmo de desenvolver doenças mais graves como Lesões por Esforço Repetitivo (LER), pois muitas carregam panelas que pesam até 86 kg. Um exemplo é o servidor que sofreu uma queimadura ao transportar manualmente uma panela de sopa e precisou ficar ficou afastado por 45 dias. Também tem o caso do funcionário terceirizado que perdeu um dedo na blindagem do caminhão. O problema já virou questão de saúde pública e agora a ASTHEMG exige providências imediatas.