Asma - BVS SMS-SP

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Asma
Infantil
Sueli T T Siya
Epidemiologia da Asma
 Elevada morbidade e mortalidade
 Doença mais comum na infância
 300 milhões de casos no mundo
 250.000 mortes/ano
5% dos atendimentos no PA são de asma
2,3% são hospitalizados
4ª causa de internação no SUS
Hospitalizações: quase 174.000 em 2011
Óbitos: 2520/ano
 2 a 3 óbitos/dia
Definição
Asma-
É uma doença inflamatória crônica
caracterizada por hiper-responsividade brônquica
e obstrução variável do fluxo aéreo, que leva a
episódios recorrentes de sibilos,tosse opressão
torácica e dispneia, reversível espontaneamente
ou com o tratamento.
Complexa interação genética/exposição
ambiental
Inflamação crônica dos brônquios,com risco de
exacerbação
Causas que induzem ao broncoespasmo
Alergenos inalatorios
Infecção por vírus respiratórios
Poluentes atmosfericos
Polem/Sazonal
Exercicio físico
Mudanças climáticas
Alimentos(APLV)
Aditivos
Drogas
Stresse emocional
Rinite Alergica
Sinusite
Polipose nasal
Refluxo gastroesofagico
GESTAÇÃO ?
MENSTRUAÇÃO ?
Broncocosntrição
ALÉRGENOS
Inflamação
IgE pelos mastócitos
NÃO
ALÉRGENOS
Reflexos neurais
Contração Muscular Lisa
V.A
Edema + Muco
Insuficiência respiratória
Obstrução aérea
Crise Asmática Grave
 do trabalho respiratório
 Troca gasosa ineficaz
 Exaustão dos músculos respiratórios
Lembrar
“ Nem tudo que sibila é asma”
“Nem toda asma sibila”
Exacerbação leve
Caracterizadas por:
 Sintomas
persistentes
com
necessidade
de
medicação de resgate
 Sem sinais de gravidade (retrações, Batimentos de
asas do nariz, fala entecortada, cianose)
 Paciente sem fator de risco para asma quase fatal
Local de tratamento:
 Unidade Básica de Saúde ou consultório
 Plano de ação domiciliar
Exacerbação moderada/grave
Caracterizadas por:
 Sintomas de tosse e sibilância, com dispnéia
 Sem resposta a tratamento de resgate
 Sinais de gravidade
 retrações, batimentos de asas do nariz, fala
entrecortada, cianose
 Paciente com história de asma aguda grave
Local de tratamento:
 Pronto-atendimento hospitalar
 Plano de ação hospitalar
Coloca em risco a vida do paciente
Exacerbação da Asma
Evidência de obstrução brônquica
Constricção toracica
Dispneia progressiva
Deterioração progressiva aguda/subaguda
Sintomas Persistentes,tosses produtivas
 Sibilância
 Fluxo expiratorio
 Extrategia -inicio precoce ao tratamento
 Necessidade de tratamento (prescrição de
receita)
Determinação -
gravidade da obstrução do fluxo
aéreo na Asma Aguda
 Pico de fluxo Expiratório (PFE)
 Volume Expiratório forçado
primeiro segundo (VEF1 )
(Espirometria)
no
Avaliação da gravidade
 Intubação e ventilação mecânica prévia
 Acidose respiratória sem necessidade de
intubação
 Duas ou mais hospitalizações por asma no último
ano
 Hospitalização no último mês
 Tratamento crônico com corticóide no último ano
 Suspensão recente da corticoterapia
 Tratamento médico inadequado
 Má aderência ao tratamento e problemas
psicológicos ou psicossociais
Avaliação Funcional
(SPO2) saturação do oxigênio de pulso
Risco de Insuficiência < 33%
SPO2 < 92 % - fazer gasometria
Gravidade da limitação do fluxo aéreo
 frequencia cardíaca maior que 120 batimentos/
minuto
frequencia respiratória maior que 30
movimentos/minuto
 pulso paradoxal maior que 12 mm Hg
 incapacidade de falar
 fala monossilábica
 uso da musculatura acessória da respiração
 sudorese, tórax silencioso
Cianose e alteração do sensório
Todos os pacientes SPO2 < 92% devem
ser tratados.
1) Cânula Nasal – fluxo 2 a 3 l/min a
4 a 5 l/min
Mantendo a oximetria acima de 95%
para cardíacos e gestantes.
INALATÓRIA X NEBULIZADORES
Inalatória – tremor, palpitação
absorção sistêmica
Nebulizadores – paciente graves sem
coordenação motora
Classificação
Broncodilatador
Grupo
Simpaticomiméticos
Representante
- Curta duração
Salbutamol (Aerolin)
fenoterol
(Berotec)
terbutalina (Bricanyl)
Salmeterol (Serevent)
- Longa duração Formoterol (alenia)
-Outros
Adrenalina
efedrina
Xantinas
Teofilina, aminofilina
Parassimpaticolíticos
Ipratrópio (atrovent),
oxitrópico, tiotrópico,
atropina
Antiinflamatório Corticosteróides
Hidrocortisona, budesonida,
prednisona, beclometasona,
metilprednisolona
Cromonas
cromoglicato sódico e
nedocromil
Antagonistas de leucotrienos
Zileutono, zafirlucast,
monteculast, pranlucast
Clínica Inicial
Broncodilatadores
β 2 - agonistas inalatórias define manejo
e conduta para o tratamento
Fármacos -utilizados
 β2 – agonista de ação curta
 Corticóide oral
 Brometo de ipratrópico
Teofilina
 Outros
β2 – agonista de ação curta
 Primeira escolha
 Salbutamol Spray (100mcg/jato)
com espaçador
1-2 jatos, 20/20 min, na primeira hora
Podendo chegar a 4 jatos
Após primeira hora, 1-2 jatos, de 4/4
horas
Intravenoso X V.O
Situações especiais
jovens < 40 anos
Corticóide- oral/intravenoso
O atraso ou a não administração deste,é citado como
fator de risco à morte, e aumento de internação.
 Prednisona-1 mg/kg/dia, VO,até 6/6h
Manutenção-1x dia por 3 a 5dias
Não é necessária retirada lenta
Hidrocortizona-2-3mg/kg EV até 4/4hs
Metilprednisolona 60-125mg EV até 6/6hs
O uso do corticoide inalatorio (fluticasona) em asma
aguda emergencial ainda é discutivel.
Sempre associado ao β2 – agonista de ação curta
Anticolinergicos
Brometo de ipratrópio
Mais lentos,menos potente, que os beta²agonistas
O uso associado não aumenta os efeitos colaterais
Nebulização-0,25mg a 0.50mg/ml a cada 20’
Spray-0,020mcg/jato (4-8)jatos a cada 20’
 Exacerbação leve: sem indicação
Exacerbação moderada-grave
Na ausência inicial de resposta a β2- agonistas de
ação curta
Tratamento da exacerbação leve domicílio
• Salbutamol spray (com espaçador)
• 1-2 jatos
• 4/4 horas
• Prednisolona VO (considerar)
• 1mg/kg/dia
• 3-5 dias
Tratamento da exacerbação
moderada/leve - PS ou Hospital
Paciente Internado
• Salbutamol (1-1, 2-2, 3-3, 4-4, 6-6 h)
 Corticóide sistêmico
 Prednisolona: 1 mg/kg/24h, VO (até 40 mg/dia)
Metilprednisolona: 2 a 4 mh/kg/24h, IV
 Oxigenoterapia (manter SatO2 >94%)
Outro fármacos
Tratamento da exacerbação
moderada/leve - PS ou Hospital
Alta para casa
 Sem O2 - sat > 95%
 Corticóide oral – 3-5 dias
 Manter salbutamol conforme necessidade
 Tratamento de controle
 Reforçar CI, ou
 Aumentar a dose do CI, ou
 Associar β2 - agonista de ação prolongada ao CI
 Reforçar as medidas educativas e
acompanhamentos médico
β2- agonistas de ação curta
Segurança
SALBUTAMOL
X FENOTEROL
Segurança
 Salbutamol apresenta menos
colaterais do que o fenoterol
efeitos
Aumento da mortalidade na asma com uso
do fenoterol na Nova Zelândia (década de
90)
Retirado do mercado na Nova Zelândia,
Japão, EUA e Austrália
E o que dizem os Consensos?
SBPT, 2006
 Não menciona evidências de associação
do fenoterol com risco de asma fatal e
não há orientação de restrição ao uso do
fenoterol.
 Utiliza o termo β2 - agonista de ação
curta em todo o documento
British Thoracic Society, 2009
 Não menciona as evidências sobre a
associação de fenoterol com risco de
asma fatal
 No momento, apresenta o salbutamol/
terbutalina como únicas alternativas de
uso de β2 - agonista de ação curta em
todo o documento. O fenoterol não é
mencionado em nenhum momento como
alternativa de prescrição.
Sulfato de Magnésio
da taxa de internação
Melhora a função pulmonar/asma grave
Com VEF 1< 25%
Dose – 2g (4ml de sulfato de magnésio a 50%)
Diluída em 50 ml de soro fisiológico e administrada
em 20 min, podendo ser repetido em 20 min.
Aminofilina
Associado ao uso de β2 - agonistas inalatórias
não
a taxa de melhora, nem a internação.
o efeito colaterais– Palpitações, arritmias,
e vômitos.
Usado em alguns casos que não respondem
ao manejo inicial.
Heliox
(mistura de Hélio + Oxigênio)
o tratamento respiratório
a resistência nas vias aéreas
exaustão respiratória
Porém NÃO na Asma Aguda/Emergencial
Opções terapêuticas
(Limitadas)
Montelucaste intravenoso
Zafirlucaste VO
Levalbuterol nebulizado
Sulfato de magnésio isotônico nebulizado
Rastreamento das complicações
 Pneumotórax
 Pneumomediastino
 Pneumopericardio
 Atelectasia
 Intoxicação por xantina
Hiperglicemia
 Hipopoteriemia
Candidatos à internação
 PFE e VEF1 < 50% após tratamento
UTI
Deteriorização progressiva após o tratamento
 Hipoxemia SPO2 < 90%
Hipercapnia
Intubação Endotraqueal
?
PCR
Alteração do estado mental
Exaustão progressiva
Diagnóstico Diferencial de Asma Aguda no Adulto
Vias aéreas Superiores
Vias aéreas inferiores
Outras
Edema de laringe
Aspiração
Insuficiência cardíaca
esquerda
Corpo estranho
Corpo estranho
Carcinóide
Neoplasia
Neoplasia
Embolia pulmonar
Estenose traqueal
Estenose brônquica
Pneumonias eosinofílicas
Paralisia de cordas vocais
Exacerbação da DPOC
Reações alérgicas ou
anafiláticas
Disfunção de cordas vocais
Pneumonia
Exposição a fumaça ou
vapores tóxicos
Envenenamento por
organofosforado
Refluxo gastroesofágico
Bibliografia
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Dean AG e al. Epi Info, version 6: a word processing, database and statistics program for
epidemiology on microcomputers. Center of Disease Control and Prevention. Atlanta, Georgia, USA.
1994.
As aulas Evento/ Médico 2013 serão disponibilizados na rede:
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