1. PLANO REAL A análise das causas da queda da inflação no período 1995/1998 no Brasil está ligada à combinação dos seguintes elementos, exceto: a) a fase de transição representada pelos quatro meses de convivência da população com a URV (Unidade Real de Valor). b) o papel de âncora cambial como balizador de expectativa. c) o excepcional nível de reservas cambiais. d) as baixas taxas de juros praticadas durante toda a segunda metade da década de 1990. e) o maior grau de abertura da economia. Comentario: D A inflação constituía como um dos fatores de desagregação da macroeconomia e precisava ser debelada, já que os planos anteriores haviam fracassado. Isso aconteceu com os planos cruzados I e II, Plano Bresser; Planos Collor I e II. Aquela época estava claro que era preciso mais de que um choque heterodoxo para conter um fluxo inflacionário. A consistência do Plano Real estava em debelar fatores de risco e para isso era preciso: arrochada política fiscal, controle rígido orçamentário, resgate da confiança internacional, honradez com os compromissos com os credores internacionais, detalhada programa de privatização e talvez o mais difícil de todas as tarefas estabilidade cambial. O PLANO DE AÇAO IMEDIADA, primeira fase do Plano real. O diagnostico era que a economia estava sadia, porem, o governo estava doente, endividado e era preciso encaixá-lo numa nova ordem orçamentária cujo principio seria rigidez no gasto publico. “A reorganização financeira e administrativa do setor público tem implicações que vão muito além do econômico. É uma tarefa de salvação nacional e um desafio político que pode ser resumido nos seguintes termos: - O Brasil só consolidará sua democracia e reafirmará sua unidade como Nação soberana se superar as carências agudas e os desequilíbrios sociais que infernizam o dia-a-dia da população; - A dívida social só será resgatada se houver ao mesmo tempo a retomada do crescimento auto-sustentado da economia; - A economia brasileira só voltará a crescer de forma duradoura se o país derrotar a superinflação que paralisa os investimentos e desorganiza a atividade produtiva; - A superinflação só será definitivamente afastada do horizonte quando o governo acertar a desordem de suas contas, tanto na esfera da União como dos Estados e Municípios; - E as contas públicas só serão acertadas se as forças políticas decidirem caminhar com firmeza nessa direção, deixando de lado interesses menores. “Plano de Ação Imediata” “A balança comercial acusou déficits nos últimos meses como consequência da rápida abertura ocorrida na economia brasileira, a partir do final do ano passado. As importações maciças de bens de consumo duráveis, principalmente de automóveis, tiveram um impacto negativo no movimento do comércio externo do país. Medidas foram tomadas pelo Governo para frear esse movimento e espera-se que o comportamento da balança comercial seja revertido a curto prazo” Nesse trecho percebe-se preocupação os problemas Balança Comercial, componente importante para a Balança de Pagamentos. A alta política de juros era necessária para conter a expansão do consumo e frear a demanda agregada resultando em redução da pressão inflacionaria . “Então tivemos no Plano Altas Taxas de Juros” 2. ESAF - O ajuste fiscal necessário para dar suporte às políticas macroeconômicas, durante a segunda metade dos anos 90, foi resultado dos seguintes fatores, nos quais não se inclui (em): a) o incentivo ao uso dos precatórios pelos estados e municípios. b) um corte nos investimentos públicos, com consequências negativas importantes para a qualidade da infraestrutura e dos serviços públicos. c) condições mais rígidas aplicadas à expansão da dívida pública estadual, após as negociações realizadas em 1997/1998. d) a implementação do programa de privatização, que liberou o governo dos subsídios e empresas estatais ineficientes. e) um importante aumento das receitas no nível federal por meio das contribuições sociais não compartilhadas por estados e municípios, as quais foram responsáveis pelo aumento da carga tributária Resposta A – ao incentivar a emissão de precatórios – títulos para pagar – dividas trabalhistas – ocorrera endividamento do Estado ou dos município o que em tese contraria o esforço do governo em conter o grau de endividamento e sanear as contas dentro de uma nova realidade de austeridade orçamentária. A recuperação das finanças públicas não é uma mera questão de gastar menos e arrecadar mais. Ela envolve uma ampla reorganização do setor público e de suas relações com a economia privada, incluindo: I) corte e maior eficiência de gastos; II) recuperação da receita tributária; III) fim da inadimplência de Estados e Municípios em relação as dívidas com a União; IV) controle e rígida fiscalização dos bancos estaduais; V) saneamento dos bancos federais; VI) privatização. 3.Consta na Lei n. 8.884/1994, de Defesa da Concorrência, que caracteriza infração à ordem econômica acordar práticas de preços, quantidades, condições e outras práticas de venda com as concorrentes. Entre as principais condutas anticoncorrenciais não se inclui a (o): a) formação de cartel. b) “dumping”. c) venda casada. d) política de preços predatórios. e) liberação de preços de revenda. Resposta E: Comentário: com a abertura do mercado, a competitividade é estimulada e todas as praticas que concorram contra isso são sempre consideradas como desleais: CARTEL: Associação ou conluio de empresas a fim de majorar o preço da revenda a fim de garantir níveis de lucros mais expressivos. DUMPING: Considera-se que há prática de dumping quando uma empresa exporta para o Brasil um produto a preço (preço de exportação) inferior àquele que pratica para o produto similar nas vendas para o seu mercado interno (valor normal). Desta forma, a diferenciação de preços já é por si só considerada como prática desleal de comércio. DUMPING => PREÇO DE EXPORTAÇÃO < VALOR NORMAL Exemplo: Se a empresa A, localizada no país X, vende um produto neste país por US$ 100 e exporta o mesmo produto para o Brasil, em condições comparáveis de comercialização (volume, estágio de comercialização, prazo de pagamento), por US$ 80, considera-se que há prática de dumping com uma margem de US$ 20. VENDA CASADA: atrelar a venda de um produto a outro de forma desleal, sem que consumidor tenha conhecimento que esteja adquirido dois produtos: ex: um fogão + um seguro estendido. PREÇOS PREDATORIOS: prática desleal que como objetivo criar dificuldades ao concorrente, levando inclusive a falência 4. O Plano Real teve início em fevereiro de 1994 com a publicação da Medida Provisória 434 que instituía a Unidade Real de Valor (URV), que reajustava preços e salários em Cruzeiros Reais à moeda vigente. A URV possuía qual das funções da moeda? a) Meio de troca. b) Unidade de conta. c) Reserva de valor. d) Curso forçado. e) Identidade nacional. 5. A recuperação das finanças públicas não é uma mera questão de gastar menos e arrecadar mais. Ela envolve uma ampla reorganização do setor público e de suas relações com a economia privada, incluindo: a) corte e maior eficiência de gastos e recuperação da receita tributária; b) Perdão da dívida dos Estados e Municípios em relação as dívidas com a União; c) Desregulamentação do sistema bancário a fim de fomentar os ativos dos bancos estaduais; d) saneamento dos bancos federais e empréstimos sem contrapartida aos governos Estaduais e) privatização. RESPOSTA: A COMENTARIO COM BASE NO PAI: A verdade orçamentária supõe que o Executivo e o Legislativo atuem juntos com transparência e realismo para eliminar o déficit público, não pela repressão, mas pela supressão de fontes de gastos. Essa é uma tarefa espinhosa, mas incontornável para sairmos da ficção e elaborarmos um orçamento que seja o retrato fiel das prioridades do País e que seja efetiva e inteiramente executado. Para tanto, as seguintes medidas estão sendo desde logo submetidas ao presidente Itamar Franco: 1. Corte do equivalente a 6 bilhões de dólares das despesas no orçamento de 1993, abrangendo todos os ministérios. Caberá a cada ministério, dentro das prioridades definidas pelo presidente Itamar Franco, e ouvido o Congresso Nacional, definir onde e o que cortar na respectiva área. Um projeto de lei de reprogramação orçamentária, fruto desse entendimento, será submetido ao Congresso até o dia 30 de junho próximo. 2. Enquanto a nova lei não for sancionada, esse corte será implementado através de cotas trimestrais de despesa por ministério, para compatibilizar o fluxo de despesas com a receita efetivamente arrecadada. 3. Elaboração de uma proposta orçamentária para 1994 baseada numa previsão realista da receita. Isto permitirá ao Executivo se comprometer com a execução efetiva da despesa autorizada, definida também de forma realista e transparente. 4. Fazer gestões junto ao Senado para a rápida tramitação do projeto de lei, já aprovado pela Câmara, que limita em 60 por cento a participação dos salários do funcionalismo na receita corrente da União, assim como dos Estados e Municípios. 5. Envio ao Congresso de projeto de lei complementar prevista no parágrafo único do artigo 23 da Constituição, fixando as normas de cooperação da União com os Estados e Municípios. Essa lei definiria claramente os programas em que o Governo Federal não pode atuar direta ou indiretamente, por caracterizarem ações típicas de responsabilidade dos outros níveis de governo, bem como, os limites da participação da União nas áreas em que a competência constitucional e concorrente. Nesses casos só receberão ajuda os Estados e Municípios que estejam adimplentes com a União e suas entidades. Recuperação da receita Mesmo com cortes drásticos de gastos, a aprovação da lei de regulamentação do IPMF pelo Congresso até o final de junho é imprescindível para o esforço de equilibrar as contas do Governo Federal em 1993/94. O IPMF é uma solução precária, embora imprescindível diante da dramaticidade da crise fiscal. A verdade tributária, contrapartida do orçamento realista, só se estabelecerá a partir de uma ampla reforma dentro da revisão constitucional. O governo se empenhará em agilizar esse processo municiando o Congresso de informações e sugestões que permitam votar um novo sistema fiscal e tributário ainda neste ano para vigorar já em 1994. 6. A privatização é um passo necessário nessa mudança de ramo do Governo Federal. Mas é também um imperativo do equilíbrio financeiro. De 1982 a 1992, o Tesouro Nacional aportou recursos no equivalente a 21 bilhões de dólares às empresas incluídas no atual programa de privatização. Só no setor siderúrgico foram perdidos 12 bilhões de dólares. E, mesmo depois de saneadas, em 1987, praticamente todas as empresas desse setor voltaram a se endividar. Com relação ao processo de privatizações marque a alternativa correta. a) Embora fundamental para a teoria do Estado Mínimo, não se sustentava quanto à tese de equilíbrio das contas públicas, já que o ágio arrecadado não teve tanta significância para o equilíbrio do balanço de pagamentos. b)As empresas estatais que permaneceram em mãos do governo não serão enquadradas em critérios estritos de realismo orçamentário e austeridade. Terão suas justas tarifas e preços, mas deverão dar conta de sua política salarial, de sua eficiência operacional, e terão de ajustar seus programas de investimentos às prioridades do governo. c) As empresas públicas criadas no Brasil a partir do pós-guerra cumpriram um papel fundamental na industrialização do país. Hoje cabe ao governo reestruturar-se para potencializar sua ação em outras áreas: os programas de saúde, educação, alimentação, habitação de que o país carece para resgatar sua dívida social: infraestrutura, ciência e tecnologia, justiça e segurança, defesa da moeda nacional e do equilíbrio dos mercados, expansão do comércio exterior. d) Concluir rapidamente a privatização de empresas dos setores siderúrgicos, petroquímico e de fertilizantes, conforme o programa já definido, porém isentar os setores elétricos e de transporte ferroviário, em razão de suas condições estratégicas. e) o empenho do governo na rápida aprovação pelo Congresso do projeto de lei que amplia a possibilidade de participação do capital estrangeiro nas privatizações, eliminando os entraves ainda existentes não se revelou como necessário, pois as empresas nacionais seriam indutoras do processo de privatização em virtude do forte nacionalismo monetário. RESPOSTA D O PAI – Programa de Ação Imediata Privatização- ( PAI) As empresas públicas criadas no Brasil a partir do pós-guerra cumpriram um papel fundamental na industrialização do país. Hoje cabe ao governo reestruturar-se para potencializar sua ação em outras áreas: os programas de saúde, educação, alimentação, habitação de que o país carece para resgatar sua dívida social: infra-estrutura, ciência e tecnologia, justiça e segurança, defesa da moeda nacional e do equilíbrio dos mercados, expansão do comércio exterior. A privatização é um passo necessário nessa mudança de ramo do Governo Federal. Mas é também um imperativo do equilíbrio financeiro. De 1982 a 1992, o Tesouro Nacional aportou recursos no equivalente a 21 bilhões de dólares às empresas incluídas no atual programa de privatização. Só no setor siderúrgico foram perdidos 12 bilhões de dólares. E, mesmo depois de saneadas, em 1987, praticamente todas as empresas desse setor voltaram a se endividar. O fato é que a maioria das empresas públicas foi presa de um verdadeiro conluio entre interesses corporativos, políticos e econômicos. De público só lhes restou o nome e o ônus para o Erário, que não suporta mais a conta do descalabro nem tem, por outro lado, como bancar os investimentos necessários em muitas dessas empresas. As diretrizes a seguir obedecem ao propósito geral de acelerar e ampliar as fronteiras do processo de privatização. 1. Concluir rapidamente a privatização de empresas dos setores siderúrgicos, petroquímico e de fertilizantes, conforme o programa já definido; 2. Dar início à privatização dos setores elétrico e de transporte ferroviário; 3. Simplificar e acelerar o processo de venda das pequenas participações do governo em empresas, que estão concentradas no Banco do Brasil e no BNDES; 4. No caso das empresas com perspectivas de rentabilidade, vender o controle acionário mas preservar em mãos do Tesouro parcela das ações preferenciais, para que o patrimônio público se beneficie com a valorização da empresa graças a gestão privada; 5. Permitir que os créditos dos trabalhadores em fundos socias sejam usados como moedas de privatização; 6. Reafirmar o empenho do governo na rápida aprovação pelo Congresso do projeto de lei que amplia a possibilidade de participação do capital estrangeiro nas privatizações, eliminando os entraves ainda existentes; 7. Permitir a troca de parte da dívida vencida e não paga das empresas estaduais e municipais de energia elétrica e saneamento para com a União por participações em seu capital, que depois poderão ser vendidas em programas estaduais de desestatização (projeto de lei); 8. Promover a troca dos títulos recebidos pelo alienante ou sucessor na venda de suas participações acionárias, por títulos públicos especiais de longo prazo, a fim de equacionar o problema patrimonial decorrente do aceite daqueles títulos por parte das controladoras (projeto de lei); 9. Transferir as empresas a serem privatizadas da esfera de controle dos respectivos ministérios para o Ministério da Fazenda, de modo a facilitar o processo de privatização (projeto de lei); 10. Fortalecer os mecanismos de defesa da concorrência de modo a evitar que sejam criados oligopólios ou monopólios em setores em que a concentração excessiva do capital é indesejável do ponto e vista econômico social (projeto de lei); 11. Publicação na imprensa oficial das avaliações feitas por consultorias independentes; 12. O produto da venda de ações de estatais constará obrigatoriamente do orçamento e dos demonstrativos do Tesouro (projeto de lei); 13. Criação de um Fundo de Privatização com os recursos em cruzeiros da venda de empresas estatais arrecadados pelo Tesouro (projeto de lei). As empresas estatais que permanecerem em mãos do governo serão enquadradas em critérios estritos de realismo orçamentário e austeridade. Terão suas justas tarifas e preços, mas deverão dar conta de sua política salarial, de sua eficiência operacional, e terão de ajustar seus programas de investimentos às prioridades do governo. 14. Retomar e fortalecer em conjunto com o Ministério do Planejamento a ação normatizadora da Sest, para que coordene de forma efetiva o cumprimento das determinações do governo no que se refere a política salarial, contribuições aos fundos de pensão, distribuição de dividendos e prioridades de investimentos; 15. Determinar ao tesouro o bloqueio das contas das estatais inadimplentes que não estejam tomando providências para pôr em dia suas obrigações. 7. O PAI – Programa de Ação Imediata – foi um conjunto de medidas econômicas elaborado em julho de 1993, que “preparou a casa” para o lançamento do Plano Real um ano depois. Nessa época, o presidente era Itamar Franco, sendo que Fernando Henrique Cardoso já era o Ministro da Fazenda. Com relação ao Plano real, marque a alternativa correta. a) O Plano passou por 4 fases: O Programa de Ação Imediata, a criação da URV (Unidade Real de Valor), a implementação da nova moeda, o Real e o sistema de políticas de metas inflacionárias. b) O Programa de Ação Imediata apontou as seguintes necessidades: Corte de gastos públicos – de aproximadamente 6 bilhões de dólares no orçamento de 1993, em todos os ministérios.- Recuperação da Receita – através do combate a evasão fiscal, inclusive das grandes empresas.- Austeridade no relacionamento com Estados e Municípios – através do corte de repasses inconstitucionais, forçando Estados e Municípios a equilibrarem seus gastos através de cortes. c) As políticas cambiais frustradas elevaram o nível da inflação, provando a ineficiência dos cortes orçamentários e o fracasso estrutural do plano real em 1999 quando começou uma crise na Ásia. d) A política de redução de juros, como forma de fomentar o crescimento econômico, provocou forte desequilíbrio nas contas públicas. e) Todo o programa tinha como base as políticas cambial e monetária. A política cambial foi utilizada como instrumento de controle dos meios de pagamentos (saldo da balança comercial, de capital e de serviços), enquanto a política monetária regulou as relações comerciais do país com os demais países do mundo. RESPOSTA B CRISE MUNDIAL 1. A turbulência econômica que sacode os mercados mundiais desde 2008 mostra agora sua força na Europa. Iniciada com quase falência da Grécia, a crise expande-se e espalha desconfiança quanto à capacidade financeira de outros países, a exemplo de Espanha, Portugal, Irlanda e Itália. No que se refere às implicações desse quadro de instabilidade econômica, assinale a alternativa correta. A) Todos os dados hoje disponíveis indicam que o encaminhamento para a solução definitiva da atual crise culminará na dissolução da União Europeia. B) A presente crise europeia deixa claro não haver futuro para os blocos econômicos, regionais ou continentais, no atual cenário da globalização. D) Para evitar o colapso da moeda comum, o acordo para salvar o euro envolve a adoção de medidas rígidas, assentadas no controle dos orçamentos. E) A pujança das economias alemã e francesa impede que haja algum tipo de conexão entre a atual crise da zona do euro e as demais regiões do mundo. C) Ao ferir profundamente a credibilidade do euro, a crise atinge a totalidade dos integrantes da União Européia, já que todos eles adotam a moeda comum do bloco. RESPOSTA D Novas medidas de austeridade, alem daquelas: redução dos salários, demissão de funcionários públicos, ajustes no sistema previdenciário, redução nos investimentos em áreas sociais, aumento dos tributos e arrocho monetário. “ Prevê-se que Merkel manifeste o seu apoio às novas medidas de austeridade, exigidas pelos credores internacionais em troca da concessão de uma nova parcela da ajuda financeira. Em paralelo, e na sequência de incidentes cada vez mais violentos com a polícia, ou aos crescentes confrontos entre neonazis, anarquistas e imigrantes, as principais confederações sindicais gregas (GSEE e ADEDY) emitiram um comunicado conjunto no qual afirmam que “as proibições policiais, a violência policial, as prisões de grevistas e de líderes sindicais são destinadas a reverter os direitos democráticos dos gregos". 2.. As características marcantes do atual estágio da economia mundial, comumente chamado de globalização, incluem a A) capacidade de produção ainda limitada em face dos baixos índices de desenvolvimento científico e tecnológico. B) vigorosa regulamentação da economia e estímulo à presença cada vez maior do estado na direção de empresas. C) tendência ao protecionismo como forma de reduzir a presença dos países mais ricos no comércio internacional. D) concentração das cadeias produtivas em países economicamente mais sólidos, apesar dos custos de produção maiores. E) crescente interdependência entre os atores econômicos mundiais, como governos, empresas e movimentos sociais. RESPOSTA E : Teoria da Integração entre os atores do mercado mundial. 3. . Sabe-se que, de todos os países considerados emergentes no cenário econômico mundial contemporâneo, um deles apresenta excepcionais taxas anuais de crescimento e mercado consumidor em expansão, até mesmo por tratar-se da maior população do planeta. Assinale a opção que identifica esse país. A) Indonésia B)Brasil C)Japão D) Noruega E) China RESPOSTA E 4. Depois de longo processo de maturação, a União Europeia (UE) foi criada e é hoje o maior bloco econômico mundial. Entre os problemas evidenciados pela atual crise que envolve a UE, um dos mais graves é o que atinge países como Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda, caracterizado pela existência de significativos déficits orçamentários. Em suma, esse tipo de déficit pode ser entendido como a A) exportação sempre superior à importação, que gera desequilíbrio. B) diferença entre o que o país gasta (mais) e o que ele arrecada (menos). C)excessiva valorização do euro ante o dólar, que leva à inflação. D)recusa do país em aceitar as normas gerais da UE, enfraquecendo-a. E) ampliação descontrolada do número de desempregados no país. RESPOSTA B 5. A economia mundial experimentou, nos últimos seis anos, um período de prosperidade rara. A guerra no Iraque e a conseqüente alta no preço do petróleo não tiveram força suficiente para deter a velocidade de crescimento das economias, em especial a dos países emergentes. Antes, fontes de dor de cabeça para seus cidadãos e para o mundo, gigantes como a China e a Índia abraçaram o que a economia capitalista globalizada tem de melhor, a capacidade de produzir riqueza, e incorporaram bilhões de pessoas ao mercado consumidor. A globalização produziu ganhadores e perdedores, solidez e fragilidade. A maior de todas as fragilidades da globalização é justamente o que lhe dá sustentação, a simultaneidade de processos e a interligação instantânea dos mercados, via Internet. Essa situação propiciou o aumento da produção e o barateamento dos produtos, dando chance aos países de crescer rapidamente sem despertar o dragão inflacionário. Com relação ao tema, marque a alternativa correta. A) Na atualidade, um dos clássicos sintomas de crise ou de instabilidade financeira é o comportamento volátil das bolsas de valores, que, em escala planetária, tende a expressar a insegurança dos investidores. B) Uma das inovações trazidas pela globalização é o caráter autônomo da economia, ou seja, instabilidade políticas ou confrontações bélicas deixaram de exercer influência sobre os mecanismos de produção, circulação e fixação de preços das mercadorias. C) China e Índia, citadas como exemplos marcantes de países emergentes na atualidade, creditam parcela significativa de seu êxito ao fato de terem promovido reformas políticas que as levaram a adotar o modelo de democracia ocidental. D) Ainda que China e Índia tenham ampliado consideravelmente a capacidade produtiva e incorporando bilhões de pessoas ao mercado consumidor, como assinalado no texto, se pode afirmar que a globalização ocorra de maneira simétrica, reduzindo as desigualdades entre os países. E) O fato de um país poderoso entrar em crise econômica e arrastar consigo os demais parceiros é risco real trazido pela globalização situação desconhecida nas etapas anteriores da evolução histórica do capitalismo. RESPOSTA A 6. O lado negativo da integração é que a queda de um grande parceiro pode arrastar todos os demais. Foi esse o perigo que o mundo correu e corre quando a economia que responde por 25% de toda a riqueza planetária, os Estados Unidos da América (EUA), escorregou feio em uma casca de banana que, paradoxalmente, estava à vista de todos havia muito tempo. Com relação a crise econômica mundial, marque a alternativa correta. A) Na atual realidade econômica mundial, mais do que qualquer outra época, crescimento e inflação não são faces da mesma moeda, ou seja, são temas independentes em matéria econômica. B) A “casa de banana” aludida no texto, referindo-se à atual crise norte-americana, relaciona-se à concessão irrestrita de crédito – sobretudo imobiliário – a consumidores que se mostraram sem condições de pagar como fator relevante para o desencadeamento de uma crise que afeta apenas a economia americana, sendo os emergentes isentos. C) Uma das principais razões que explicam a formação dos atuais blocos econômicos, entre os quais se situam a União Européia e o Mercado Comum do Sul, é o fato de oferecerem aos seus integrantes condições mais favoráveis de inserção no competitivo mercado global. D) A solução para crise europeia indica o fim da zona do euro como caminho principal. E) As austeridades fiscais devem, nos próximos anos, ficarem restritas a União Européia, já que a crise concentra-se principalmente entre os membros do bloco. 7. Diante do aprofundamento da crise internacional, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, fez previsão sombria acerca do desempenho da economia global neste ano. Segundo sua estimativa, o Produto Interno Bruto (PIB) de todos os países somados encolherá entre 1% e 2% em 2009. Correio Braziliense, 13/3/2009, p. 14 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se seguem, relativos aos aspectos mundiais e brasileiros da crise econômica mundial. 1 O Brasil apresenta-se imune à crise, não tem seu PIB abalado pelo atual momento econômico mundial e tem sinais de elevado crescimento econômico para 2009. 2 O Japão, segunda economia do planeta, que já conheceu no passado momento recessivo, prepara-se para impacto duro da crise internacional sobre o seu crescimento. 3. Os países emergentes da Ásia, como a China e a Índia, não manifestam preocupações com a crise do capitalismo, pois seguem com índices de produção e ampliação expressiva dos seus mercados internos. 8.O G20 foi criado em 1999, ao final de uma década marcada por turbulências na economia (na Ásia, no México e na Rússia). Além de resposta a essas crises, a formação do grupo foi uma forma de os países ricos reconhecerem o peso dos emergentes, que se mostraram capazes de ameaçar os mercados com suas instabilidades. O G7 - bloco de nações mais desenvolvidas do planeta, que agrega agora a Rússia - já se reunia para falar de economia desde 1975. Mas, com os distúrbios da década de 1990, passou a abrir a discussão a países em desenvolvimento. Em 1998, reuniões mais amplas que as do G8, com até 33 países, deram início à inserção dos emergentes na conversa. O movimento resultaria na formação do G20. Sobre os blocos contemporâneos e as economias emergentes, marque a alternativa correta a) Fora do G-20, a União Europeia apresenta dificuldades para controlar o deficit fiscal dos membros em especial aqueles da zona do euro. b) Os países que compõem o grupo, entre eles Indonésia, respondem juntos por 50% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. c) A guerra cambial e os efeitos colaterais do fraco desempenho da economia americana não são fontes de preocupações para países emergentes, como China e Índia. d)A crise dos anos 90 e o tênue desempenho da economia na década seguinte neutralizou os esforços do G-20 em garantir estabilidade fiscal aos países membros do grupo. e)O expressivo crescimento das economias emergentes e o abalo das economias centrais reforça a tese de aumento da representatividade de países como Brasil no grupo. RESPOSTA E 9. O Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertaram ontem sobre a ameaça de recessão nas economias desenvolvidas e criticaram os países emergentes que cedem às tentações protecionistas. Durante reunião das duas instituições, em Washington, o presidente do BM, Robert Zoellick, citou especificamente as nações de Ásia e América Latina como as que podem adotar barreiras alfandegárias aos produtos externos. Líderes de todo o mundo estão reunidos na sede do FMI e do BM para discutir a situação econômica mundial. "Não tomem decisões estúpidas, não deixem que o mundo mergulhe no protecionismo, é preciso manter o foco no crescimento em longo prazo", disse Zoellick. Com relação ao tema marque a alternativa correta. a) No atual cenário econômico, as preocupações mais urgentes são com as economias emergentes que em curto prazo crescerão em ritmo mais lento que as economias centrais. b) O protecionismo econômico tem sido tolerando pela OMC e inclusive indicado como uma prática legal dentro das atuais regras para o comércio internacional. c) A crise atual registra como reflexo uma rápida volatilidade cambial, registrando o dólar sensível valorização frente as demais moedas. d) Crise fiscal exige ajustes severos, porém é da natureza dessas crises a restrição ao país de origem do problema. e) A rápida valorização do dólar registrado pelos mercados ratifica a atual solidez da economia americana. RESPOSTA C 10.. Julgue os itens que se seguem relativos à atualidade brasileira e marque a alternativa correta. I - A presidenta Dilma Rousseff foi escolhida, pela Organização das Nações Unidas, para fazer o discurso de abertura da sua Assembleia Geral anual, como reconhecimento da atuação das tropas do Brasil na Força de Paz da organização no Haiti. II - A desigualdade entre os brasileiros no período de 2004 a 2009 diminuiu. III - O Brasil tem superávit na balança comercial com a China, predominando os produtos primários nas exportações brasileiras para esse país. IV - A política nacional de combate ao consumo de entorpecentes conseguiu restringir o consumo de crack aos grandes centros urbanos da região Sudeste. V- Ao fim do governo Lula, já era sensível uma pressão inflacionária, em razão também da forte expansão do crédito e dos registros positivos do varejo. Além disso, a crise europeia e a lenta recuperação estadunidense obrigaram, no plano interno, a adoção de medidas, como cortes no orçamento e redução dos gastos públicos com pessoal. a) Estão certos itens I, II, III e IV. b) II, IV e V. c) I, IV e V d) II, III e V e) Todos itens estão certos. RESPOSTA D 11. Com relação a crise financeira mundial, marque a alternativa incorreta: a) A ausência de solução definitiva para a crise europeia, as perspectivas de desaceleração na China e os riscos à sustentabilidade do crescimento da economia dos EUA se traduziram, no decorrer do segundo trimestre do ano, em elevada volatilidade e aversão ao risco nos mercados financeiros. b) Esse cenário, que incorpora recuo dos preços das commodities, perda de vigor do comércio internacional e diminuição de riqueza nos mercados acionários, se traduz em dificuldade na rolagem da dívida soberana de países do bloco europeu que apresentam desequilíbrio fiscal. c) Nas economias maduras, os elevados riscos para a estabilidade financeira, em ambiente de políticas de austeridade fiscal, têm provocado a manutenção de taxas de juro em mínimas históricas. d) O PIB da Área do Euro registrou estabilidade no primeiro trimestre de 2012, em termos anualizados, ressaltando-se as contrações observadas na Itália, 3,2%;.na Espanha, 1,3%; em Portugal, 0,3%; e na Grécia, 6,2. e) Na China, o PIB registrou retração interanual de 8,1% no primeiro trimestre de 2012, ante 8,9% no último de 2011, desaceleração decorrente, em grande parte, da perda de dinamismo do setor externo. 12. Marque a alternativa incorreta: a) O recrudescimento da crise fiscal europeia e a desaceleração do crescimento em importantes economias emergentes não interferem na atual composição dos preços internacionais das commodities. Isso se explica, em parte, pela forte expansão dos consumos domésticos em países emergentes b) A trajetória recente dos principais indicadores econômicos sugere a ampliação, geográfica e temporal, das perspectivas de crescimento moderado da atividade nos diversos blocos econômicos. c) Nas economias emergentes, onde prevalece, de modo geral, o dinamismo da demanda doméstica, o espaço para emprego de políticas antecíclicas tem conferido flexibilidade de atuação aos respectivos governos. d) Na Área do Euro, a ausência de solução definitiva para a crise projeta cenário de instabilidade nos mercados e de recuo do PIB em 2012. e) A moderação da atividade na economia chinesa e a desaceleração do volume de comércio internacional constituem fatores de contenção da atividade nas economias emergentes, sobretudo nas exportadoras de commodities. RESPOSTA A