LIDERANÇA FEMININA SUA IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO SOCIAL A liderança sempre foi um importante tema no processo de gestão das empresas, sejam elas dos setores primários, secundários ou terciários, devido ao importante papel que os líderes desenvolvem na condução e motivação das pessoas executarem suas tarefas, a fim de alcançarem os objetivos organizacionais. Liderar não é tarefa simples, exige paciência, disciplina, humildade, resiliência, facilidade em comunicar-se, flexibilidade, respeito com as pessoas e compromisso com as metas propostas pela organização. A liderança contemporânea é uma liderança humanizada, onde o respeito pelo indivíduo está em foco e onde o papel do líder pesa mais do que o papel do gerente. Para a nova geração de líderes, alcançar o sucesso nas organizações estará cada vez mais relacionado à sua capacidade de equilibrar as relações humanas e o desempenho corporativo. Isso significa que o líder deve começar a se perguntar quais valores fundamentais são os mais importantes, que o motivam, que formam a sua visão, que dão propósito e significado na sua liderança. Com o impacto da globalização no mundo o mercado tornou-se mais exigente e competitivo, fazendo com que as empresas através de um planejamento estratégico fossem capazes de dar respostas às demandas do novo mercado. Nesse cenário, o capital humano torna-se o bem mais valioso das organizações, obrigando-as a investirem em líderes de qualidade, pois a capacidade intelectual de uma liderança tem papel fundamental para o sucesso e realização das metas e objetivos da empresa, afinal, são as pessoas que criam, inovam e sabem usar os recursos necessários. Valores e crenças aparecem com muita evidência na gestão de pessoas. Nesse contexto, a liderança da mulher vem ganhando cada vez mais espaço, principalmente nas organizações do terceiro setor, onde a preocupação com o individuo é fundamental, identificando as suas necessidades, motivando-os a realizarem seus sonhos, promovendo a união e a cooperação, destacando a capacidade feminina de flexibilidade e ampla visão sobre o sistema gerencial. Discutir liderança feminina em pleno século XXI parece ultrapassado, mas apenas agora as mulheres começam a ser reconhecidas como líderes eficazes, não apenas para as organizações como também para toda sociedade, pois a participação da mulher no contexto do trabalho e os reflexos de sua maneira de pensar, agir e sentir sobre os fenômenos evidenciados no cotidiano da vida diária atingem uma dimensão bem maior do que se imagina. Historicamente, a liderança tem sido prerrogativa masculina, porém é muito provável que características femininas de gestão, como cooperação, colaboração, persistência, flexibilidade, humildade, suportar condições impróprias, criatividade, estabilidade emocional, sejam tão importantes quanto ao serem comparadas com o estilo masculino, principalmente em ambientes organizacionais contemporâneos, onde a qualidade do relacionamento humano é altamente valorizada. Esta claro que nas organizações atuais líderes homens e mulheres podem contribuir de maneiras diferentes e agregar resultados também diferentes. A liderança feminina pode ser vista como interativa, colaborativa, democrática e fortalecedora de pessoas, enquanto a masculina como comando-controle, envolvendo assertividade em autoridade e acumulação de poder. Estudos mostram que homens em geral, são inclinados a desenvolverem estilos de liderança antigos, mais orientados para as tarefas e para as organizações (autocrático), enquanto as mulheres focam em uma liderança de mudanças, de quebra de paradigmas, de forma de não tomar o poder nas mãos, mas sim compartilhar o poder, principalmente nos processos decisórios (democrático). A conceptualização teórica sobre liderança tem evoluído acentuadamente, destacando-se principalmente as noções de liderança transformacional e transacional. Liderança transformacional pode ser definida como a liderança por pessoas que introduzem mudanças na sociedade ou nas organizações, provocando motivação, comprometimento e participação dos liderados, resultando na transformação de todo grupo em torno de novos objetivos. A liderança transacional caracteriza-se por apenas compatibilizar e harmonizar os objetivos dos liderados, através de simples troca e na base de coordenação de interesses e negociação de conflitos. Ambos os processos são necessários, dependendo do contexto: a liderança transformacional é mais adaptada a tempos de mudança ou na fundação das organizações, enquanto a transacional é mais indicada para períodos de evolução lenta e ambientes organizacionais estáveis. Estudos realizados sugerem que o líder feminino adote o estilo predominantemente transformacional e o líder masculino um estilo marcadamente transacional. O equilíbrio entre as características da sensibilidade feminina e a assertividade masculina deve estar presente nas empresas contemporâneas e em seus líderes, independente do gênero e o estilo a ser adotado, com o objetivo de alcançar o sucesso organizacional. Diante do exposto, fica muito evidente o crescimento e a participação do perfil feminino de liderar nas organizações contemporâneas, levando as mulheres a ocuparem um grande espaço no mercado de trabalho. Porém, esse espaço é predominantemente no mercado laboral, pois ao nível de cargos de gestão essa evolução tem sido modesta. De acordo com o Sebrae nos últimos dez anos, o número de mulheres que comandam pequenos negócios no Brasil aumentou 21,4%, enquanto que os índices de homens foi de 9,8%. Outro número do Sebrae aponta que 52% dos novos negócios com menos de três anos e meio de atividade têm mulheres no comando. Na outra ponta da pirâmide econômica no segmento das grandes empresas, as mulheres representam somente 0,2%. Atualmente uma em cada quatro famílias brasileiras é chefiada por mulheres. Em que pesem as conquistas já auferidas pelas mulheres e movimentos sociais feministas, a realidade evidencia que fatores culturais baseados no patriarcado, privilegiando e valorizando mais os homens, para colocar em segundo plano as mulheres e suas contribuições, são tão fortes, que passados décadas e apesar de muitas vitórias no que se refere à obtenção de leis favoráveis as mulheres e a visibilidade do papel fundamental que elas desempenham na sociedade, a tão equidade de gênero ainda não aconteceu. Dentro do movimento leonístico, também se procura essa equidade de gêneros, assim a nossa associação vem trabalhando para que no ano do Centenário (2017) possamos alcançar essa meta. Esse texto foi escrito no intuito de incentivar e motivar os dirigentes leonísticos a trabalharem para o aumento do número de companheiras leão dentro do quadro associativo dos clubes, fazendo-as ocuparem cada vez mais cargos diretivos, confiando na força e na capacidade da liderança feminina. IPDG CL Eduardo Jacob Distrito LC 3 Educação, Forma, Transforma e Integra AL 2013-2014