INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI
SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATI
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
ISMAEL DE ALBUQUERQUE LOPES
CUIDADOS DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR PARA PREVENÇÃO DE
LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
TERESINA–PI
2016
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ISMAEL DE ALBUQUERQUE LOPES
CUIDADOS DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR PARA PREVENÇÃO DE
LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Trabalho de Conclusão de Curso Artigo
Científico apresentado à coordenação do
curso de Mestrado em Terapia Intensiva,
Ministrado pela Sociedade Brasileira de
Terapia Intensiva, em cumprimento às
exigências para a obtenção do título de
Mestre em Terapia Intensiva.
Orientador: Prof. M.e Marttem Costa de
Santana
TERESINA–PI
2016
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ISMAEL DE ALBUQUERQUE LOPES
CUIDADOS DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR PARA PREVENÇÃO DE
LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Terapia Intensiva, do Instituto
Brasileiro de Terapia Intensiva, servindo
como um dos requisitos para obtenção do
título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientador: Prof. M.e Marttem Costa de
Santana
Aprovada em 26 de Junho de 2016
BANCA EXAMINADORA
Prof.º M.e Marttem Costa de Santana
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Presidente (Orientador)
Prof.º Dr. Douglas Ferrari
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Examinador
Prof.º Dr. Edilson Gomes de Oliveira
Membro Externo - Universidade Federal do Piauí – UFPI
Examinador
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AGRADECIMENTOS
Meus agradecimentos a Deus, sem Ele seria impossível realizar esse trabalho.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional. À Instituição pelo ambiente
criativo, instigante е amigável proporcionado. Ao meu orientador, pelo empenho
dedicado à elaboração deste trabalho. A todos que direta оu indiretamente fizeram parte
dа minha formação, о mеu Muito Obrigado.
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CUIDADOS DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR PARA PREVENÇÃO DE
LESÃO POR PRESSÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Ismael de Albuquerque Lopes1
RESUMO
As Lesões por Pressão (LPP) são conceituadas como lesões cutâneas ou de partes
moles, que podem ser superficiais ou profundas, de causa isquêmica, secundária a um
tipo de pressão contínua externa, tradicionalmente localizada em uma região com
proeminência óssea, é uma das complicações que podem surgir em pacientes internados
na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por causa da contínua exposição a fatores de
riscos, tais como dificuldade de mobilidade e longos períodos de internação. Sabendo
da magnitude do problema, que afeta diretamente o paciente criticamente enfermo, seus
familiares e a própria instituição, é necessário que a equipe interdisciplinar atue no
intuito de prevenir a formação das LPP. Uma variedade de fatores predispõe um
paciente à formação de lesão por pressão como: percepção sensorial prejudicada,
mobilidade prejudicada, alteração no nível de consciência, atrito, fricção e umidade. A
presente pesquisa relata informações quanto à prevenção das lesões por pressão, como
inspeção periódica da pele; higiene corporal; utilização de lençol móvel; elevação de
membro e; mudança de decúbito, oferecendo subsídios para uma melhor assistência aos
pacientes e servindo também como fonte de informações para futuras pesquisas.
Palavras- chave: Unidade de Terapia Intensiva Lesão por pressão. Prevenção.
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Enfermeiro Bacharel em Enfermagem pela Universidade Estadual do Piauí – Parnaíba – PI
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CARE OF THE INTERDISCIPLINARY TEAM TO PREVENT PRESSURE
DAMAGE TO THE INTENSIVE CARE UNIT
ABSTRACT
Pressure Damage (PD) are conceptualized as skin lesions or soft tissue, which
can be superficial or deep, of ischemic cause, secondary to a kind of continuous external
pressure, traditionally located in a region with bony prominence, is one of the
complications that can be developed in patients admitted to the Intensive Care Unit
(ICU) because of continuous exposure to risk factors such as difficulty of mobility and
long periods of hospitalization. Knowing the magnitude of the problem, which directly
affects the critically ill patient, their family and the institution itself, it is necessary for
health professionals to act in order to prevent the formation of the PU. A variety of
factors predispose a client to the formation of pressure ulcers as impaired sensory
perception, impaired mobility, change in level of consciousness, friction and humidity.
This research reports information regarding the prevention of pressure injuries such as periodic
inspection of the skin; body hygiene; Use movable table; and lifting member ; changing positions,
offering subsidies for better patient care and serving as a source of information for
future research.
Keywords: Intensive Care Units Pressure Damage. Prevention.
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1. INTRODUÇÃO
As UPP são consideradas um problema de saúde multifatorial, com custo
elevado, podendo ocorrer nos diversos ambientes de cuidados à saúde. Essa lesão vem
sendo apontada como indicador de problemas na qualidade da assistência à saúde,
gerando interesse nas investigações de sua incidência e prevalência, além de representar
uma preocupação aos profissionais de saúde. (MALAGUTTI, 2011).
Considerando-se que o custo do tratamento das UPP é alto e que a sua incidência
é atualmente um dos indicadores de qualidade da assistência institucional, medidas para
a prevenção de seu desenvolvimento são de extrema importância na prática clínica. Por
essa razão, escalas de avaliação de risco para UPP têm sido elaboradas por diversos
autores em todo mundo. (PADILHA et al., 2010).
As lesões cutâneas na UTI causado por UPP caracterizam uma diminuição da
mobilidade, sendo esta imobilidade um dos grandes fatores de risco para os pacientes
hospitalizados, haja vista que, as UPP aumentam a morbidade e mortalidade, o tempo e
o custo da internação, reduzindo a qualidade de vida dos pacientes. (FERNANDES;
CALIRI; HAAS, 2008).
A prevalência e incidência da úlcera por pressão apresentam-se elevadas nos
tratamentos agudos e de longo prazo de clientes hospitalizados ou acamados, e podem
se desenvolver num período de 24 horas ou espaçar cinco dias para a sua manifestação.
(GOULART et al., 2011).
Sabendo da magnitude deste problema de saúde pública, é importante que os
profissionais intensivistas desenvolvam uma assistência técnica de qualidade afim de
que possa prevenir esse problema com maior clareza e qualidade. Diante do fato surgiu
tal indagação: Quais os cuidados da equipe interdisciplinar frente ao paciente crítico
com risco para desenvolvimento das LPP?
A presente pesquisa tem como objetivo investigar, em estudos científicos, os
cuidados da equipe interdisciplinar voltada à prevenção das lesões por pressão em
pacientes internados em unidades de terapia intensiva.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
No Brasil, as feridas cutâneas têm representado um sério problema de saúde
pública, pois estas têm acometido uma parcela grande da população independente do
sexo, idade ou etnia. O rompimento da integridade da pele decorrente de agressões
provenientes de fatores patológicos intrínsecos e extrínsecos pode levar o ser humano à
incapacidade funcional, o que acarreta em onerosos gastos públicos e déficit na
qualidade de vida do indivíduo. (MORAIS; OLIVEIRA; SOARES, 2008).
Segundo Medeiros et al. (2009), o perfil epidemiológico constitui-se de
características individuais e populacionais que levarão aquela pessoa a desenvolver a
lesão. A maioria dos portadores de UPP é idosa, com doenças crônico-degenerativas
como hipertensão arterial e diabetes mellitus, presença de incontinência urinária e uso
de antibióticos.
O paciente hospitalizado, geralmente, apresenta comprometimento de sua
condição de saúde, por isso necessita de cuidados dirigidos aos problemas de ordem
fisiológica, psíquica, espiritual e social, numa perspectiva integralizada. A busca pela
melhoria da qualidade da assistência prestada a esses pacientes não depende unicamente
dos avanços tecnológicos e científicos, mas principalmente da utilização do
conhecimento dos profissionais que os assistem. (PADILHA, 2010).
Recentemente a NPUAP substituiu o termo úlcera por pressão para lesão por pressão. A
mudança da terminologia descreve com mais precisão as lesões de pressão para as pele intacta e
ulcerada. Além da mudança de terminologia, números árabes agora são utilizados nos nomes
das fases, em vez de algarismos romanos. O termo "suspeita" foi retirado da etiqueta de
diagnóstico de ferimento profundo do tecido. (NPUAP, 2016).
Lesões por pressão são encenadas para indicar a extensão do dano tecidual. Os estágios
foram revistos com base em perguntas recebidas pelo NPUAP de clínicos que tentam
diagnosticar e identificar o estágio de lesões por pressão. Segue abaixo o Quadro 1 contendo o
estadiamento das LPP vigente.
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Quadro 1 – Estadiamento das Lesões por Pressão segundo NPUAP
ESTADIAMENTO DAS LPP
ESTÁGIO 1
DESCRIÇÃO
Eritema não branqueável da pele intacta.
Pode aparecer de forma diferente em pele
pigmentada. Alterações na sensação,
temperatura, ou a firmeza podem ser visuais.
ESTÁGIO 2
Perda de pele de espessura parcial com
derme exposta. O leito da ferida é viável,
rosa ou vermelho, úmido, e também pode
apresentar como uma bolha intacta ou
rompida.
ESTÁGIO 3
ESTÁGIO 4
LPP NÃO CLASSIFICÁVEL
Perda de pele de espessura total. Tecido
adiposo é visível, tecido de granulação e
epíbole (bordas da ferida laminados) estão
presentes. A profundidade do dano tecidual
varia conforme a localização anatômica.
Perda de pele de espessura total e perda
tissular. Fáscia exposta ou diretamente
palpável, músculo, tendões, ligamentos,
cartilagem ou osso. Escara pode ser visível.
Perda de pele de espessura total e perda
tissular na qual a extensão do dano não pode
ser confirmada porque está encoberta pela
escara.
LPP TISSULAR PROFUNDA
Descolamento vermelho escuro, marrom ou
púrpura, persistente e que não embranquece.
LPP RELACIONADA A
DISPOSITIVO MÉDICO
Uso de dispositivos criados e aplicados para
fins de diagnósticos e terapêuticos. A LPP
resultante geralmente apresenta o padrão ou
forma de dispositivo.
LPP EM MEMBRANA DE MUCOSA
Encontrada quando há histórico de uso de
dispositivos médicos no local do dano.
Devido à anatomia do tecido, essas lesões não
podem ser categorizadas.
A lesão ocorre como um resultado da intensa pressão e/ou prolongada ou de pressão em
combinação com cisalhamento. A tolerância do tecido mole para a pressão e cisalhamento
também podem ser afetados pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e condição do
tecido mole. (NPUAP, 2009).
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3. MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa do tipo revisão de
literatura, através de referências teóricas encontradas em livros, revistas, artigos e
literaturas afins, com o objetivo de conhecer e analisar as contribuições sobre
determinado assunto. O estudo descritivo reuniu informações que possibilitam averiguar
condições a ações do objeto em estudo para melhor planejar e proporcionar as práticas
de saúde. (CERVO; BERVIAN, 2006).
As revisões de literatura não costumam apresentar dados inéditos, porém há de
se frisar que estudos e dados publicados no passado podem servir de base para
pensamentos e principalmente o desenvolvimento de ações futuras, contribuindo para o
desenvolvimento de reflexões e novos olhares sobre uma mesma problemática, estando
aí a sua principal contribuição. (PRESTES, 2005).
A coleta dos textos foi realizada no período de fevereiro a abril de 2016 através
de leituras sucessivas e fichamentos de 15 artigos selecionados que, em seguida, foram
analisados e confrontados com a literatura pertinente.
Após a seleção dos dados o material foi analisado criticamente para extrair
reflexões sobre a temática em pauta, os resultados foram descritos textualmente,
obedecendo a uma sistematização para uma melhor compreensão dos aspectos
analisados e obtenção do objetivo proposto.
Tal análise foi pautada nos tópicos presentes na guia para análise de
informações, onde foram avaliados os pontos de concordância e divergência entre os
autores selecionados. Após a concreta intensificação das defesas dos autores, foram
realizadas descrições que possibilitarão reflexões acerca do tema.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Uma lesão por pressão está localizada nos danos à pele e/ou tecido mole subjacente
geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada com um dispositivo médico ou outro.
A lesão pode apresentar pele intacta ou uma úlcera aberta e pode ser doloroso. (NPUAP, 2016).
No Brasil, esse agravo acomete diversos setores do ambiente hospitalar, dados
estes confirmados no estudo de Rogenski e Santos (2005) que mostrou uma incidência
de 42, 64% na UTI; 39,47% em Unidade Cirúrgica; e 29,63% em Unidade Semi-
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intensiva, sendo bem evidenciado assim, que o maior número de casos acomete
pacientes críticos, os quais tem maior risco de morte.
As medidas preventivas são consideradas de grande importância nas práticas
clínicas, visto as repercussões geradas tanto pelos custos e por serem reconhecidas
como indicadores de qualidade da assistência. Por estas razões, escalas de avaliação de
risco têm sido elaboradas por vários autores no mundo. As mais utilizadas foram de
Norton, Walterlow e Braden. (PADILHA et al., 2010).
A Escala de Braden é atualmente o mais extensivamente testado como
instrumento de avaliação de risco de uma UPP. Apesar de ter sido não desenvolvida
especificamente para pacientes criticamente enfermos, que apresenta especificidade e
sensibilidade para essa população, é uma ferramenta eficaz que auxilia o profissional no
processo de decidir sobre quais medidas preventivas devem ser adotadas, de acordo com
o risco de cada paciente, sendo que esta oferece seis avaliações, através da sua subescalas: 1 – sensorial/percepção; 2 – umidade, 3 – atividade; 4 – mobilidade; 5 –
nutrição; 6 – fricção/cisalhamento (FERNANDES, 2000).
A Escala de Braden foi citada por 13 autores nesta revisão, sendo a mais bem
definida operacionalmente, com alto valor preditivo para o risco de desenvolvimento de
UPP, permitindo uma avaliação dos vários fatores como umidade, percepção sensorial,
atividade física, mobilidade, nutrição, fricção e cisalhamento. (MIYAZAKI ; CALIRI,
2010).
O diagnóstico de risco é de grande importância, pois orienta as ações de
prevenção da UPP por meio de cuidados específicos ao paciente, orientação e educação
profissional. SILVA (2010) enfatiza que a avaliação do aspecto multifatorial da
ocorrência de UPP deve ser considerada, pois essa condição não ocorre apenas por um
determinado fator de risco, mas pela relação dos diversos fatores com o paciente, o que
reforça a importância da aplicação de um instrumento validado de coleta de dados.
As estratégias de prevenção da UPP incluem alguns elementos chaves que
consistem em: avaliar o risco do paciente para UPP na admissão em qualquer serviço de
saúde e a reavaliação periódica; realizar tratamento precoce ao detectar anormalidades;
e educar profissionais de saúde, pacientes, familiares e cuidadores. (RANGEL e
CALIRI, 2009).
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O EPUAP (2009) recomenda a avaliação deve ser documentada no prontuário do
paciente, para assim dar um bom seguimento no trabalho da equipe, pois a fricção e o
cisalhamento são fatores extrínsecos de grande incidência diante dos casos de LPP.
Para Gomes et al. (2011), a pressão é o principal causador das úlceras, porém
outros fatores também podem contribuir para a sua formação, dentre eles estão os
fatores intrínsecos e extrínsecos. Dessa forma, os cuidados da equipe multidisciplinar e
sua profilaxia são de extrema importância na qualidade da assistência. Segue abaixo os
quadros 2 e 3 onde incluem os fatores de risco e medidas preventivas de acordo com o
autor supracitado.
Quadro 2 – Fatores intrínsecos e medidas preventivas da equipe interdisciplinar
Fatores Intrínsecos
Imobilidade/mobilidade reduzida
Déficit sensorial
Idade avançada
Desidratação/desnutrição
Medidas Preventivas
Inspeção da pele, especialmente áreas
susceptíveis como proeminências ósseas,
a cada mudança de decúbito por
Enfermeiros e Fisioterapeutas e realização
de atividade motora para evitar atrofia
muscular por Fisioterapeutas.
Avaliação
médica
neurológica
e
classificação da dor para registro da
limitação de sensibilidade, principalmente
em proeminências ósseas.
Realização de higiene corporal e aplicação
de loção hidratante (óleo de girassol),
manutenção da pele seca, utilização de
fralda descartável e realização da troca a
cada eliminação urinária e/ou fecal.
Dieta apropriada por Nutricionista
conforme situação fisiológica e tratamento
individual, evitando perda de peso,
redução de massa tecidual, atrofia
muscular e diminuição da tolerância
tissular.
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Quadro 3 – Fatores extrínsecos e medidas preventivas da equipe interdisciplinar
Fatores Extrínsecos
Pressão
Umidade
Força de cisalhamento
Atrito
Medidas Preventivas
Mudança de decúbito conforme indicação
clínica da equipe interdisciplinar, elevação
de calcâneos com uso de coxins e
manutenção de posicionamento adequado
(cabeceira a 30º graus).
Manter pele seca, realização de higiene
corporal adequada e utilização de fralda
descartável e realização da troca a cada
eliminação urinária e/ou fecal.
Posicionamento adequado do paciente no
leito (cabeceira a 30º graus), utilização de
lençol móvel (travessão) e manter pele
hidratada.
Manutenção da pele seca e de lençóis
limpos e esticados; utilização de lençol
móvel (travessão) para movimentação do
paciente de forma adequada.
Dos artigos revisados, todos recomendam a mudança de decúbito, para a redução
da pressão, fricção e cisalhamento. Alguns autores estabelecem um cronograma de
reposicionamento, com horários por escrito baseado no risco do paciente para
desenvolver UPP. A frequência dos posicionamentos, será determinada pela tolerância
dos tecidos, pelo seu nível de atividade e mobilidade, pela sua condição clinica global,
pelos objetivos globais do tratamento e pela avaliação da condição individual da pele.
(LISBOA, 2010).
Fricção e cisalhamento também foram citados como importantes fatores de risco
associados à UPP. Uma forma de evitar este tipo de problema é o uso de lençol móvel
para elevar, movimentar ou fazer transferência do paciente por duas pessoas, evitando
arrastá-lo no leito. Já outra forma é manter a cabeceira do leito em um ângulo menor
que 30º, pois evita pressões na região sacral e no cóccix. (SILVA et al., 2010).
A pele exposta a umidade, por incontinência urinária ou fecal e transpiração, fica
mais suscetível a lesões por fricção, irritações e colonização de microorganismo. O uso
de barreiras tópicas protetoras, fraldas descartáveis, absorventes, coletores de urina, ou
sondagem vesical, foram relatadas como medidas preventivas para minimizar a ação da
exposição da pele a umidade. (FERNANDES; CALIRI, 2008).
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É importante lembrar que a massagem ou a esfregadura na prevenção das UPP
não é recomendada, pois, se a pele estiver muito seca ou muito úmida, corre-se o risco
de lacerações e desenvolvimento de uma UPP. As intervenções como o ato de aplicar
hidratante e realizar a inspeção da pele reflete o processo de estar atento e identificar
precocemente fatores de risco. (SOUZA; SANTOS; SILVA, 2006).
De acordo com SILVA
et al. (2011), a etiologia das UPP, e a nutrição
inadequada ou a má nutrição compromete todo sistema corporal, levando a uma perda
de peso, podendo atrofiar a musculatura e ocasionar a redução da massa tecidual,
podendo ainda ocasionar uma diminuição da tolerância tissular á pressão a qual o tecido
é submetido.
É importante durante o tratamento a autodisciplina e a participação do cliente,
acrescentando-se exercícios ativos e passivos, reposicionamento a cada duas horas, uso
de colchão apropriado, movimentação adequada, nutrição específica e higiene corporal.
(FONSECA, 2006).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sucesso da prevenção da LPP depende dos conhecimentos e habilidades dos
profissionais de saúde sobre o assunto. Entretanto, torna-se necessário compreender os
fatores individuais e institucionais que influenciam o conhecimento e o uso das
evidências pelos profissionais, de forma que estratégias possam ser planejadas e
utilizadas nas instituições.
Os cuidados para com o cliente com úlcera por pressão é essencial e
imprescindível para um bom prognóstico, visto que por ser um importante problema
encontrado no ambiente hospitalar é necessário que se trabalhe ações que contribuam
para o bem estar do indivíduo acometido por tal agravo, é sabido que a maioria dos
casos de indivíduos acometidos por lesões por pressão são pessoas internas em UTIs ou
que sofrem de algum tipo de patologia que impeça movimentação corporal.
É importante enfatizar a revalidação do protocolo de prevenção das LPP, como
uma alternativa adicional para prevenir o surgimento das lesões em pacientes acamados
em unidades de terapia intensiva. O protocolo deve conter informações relativas à
identificação do cliente; escala de avaliação para paciente crítico, quanto as LPP;
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quadro demonstrativo das áreas suscetíveis às lesões; registro das modificações da pele
e; seguindo os estágios das LPP.
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