SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA-SOBRATI MESTRADO PROFISIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO NA UTI ADULTO BRASÍLIA – DF 2013 PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO NA UTI ADULTO ORIENTADOR: DOUGLAS FERRARI Médico Intensivista, Docente Universitário, Mestre e Doutor em Terapia Intensiva. Idealizador do conceito interdisciplinar e amplo no tratamento do paciente crítico. Dedica-se integralmente a publicações cientificas e a especialidade. Educador, coordena os centros formadores de especialidades em terapia intensiva. Presidente fundador da SOBRATI e editor da Revista Intensiva. Presidente do IBRATI (Instituto Brasileiro de terapia Intensiva) MESTRANDO: ÉDER ALVES MARQUES Enfermeiro, MBA em Auditoria em Saúde, Mestrando em Terapia Intensiva – SOBRATI. Coordenador do Serviço de Enfermagem MedPrime. Enfermeiro assistencial do PSO e UTI do Hospital Anchieta. Docente de Enfermagem e Pós-Graduação. ÉDER ALVES MARQUES PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO NA UTI ADULTO Tese para conclusão de Mestrado Profissionalizante em Terapia Intensiva, apresentado a SOBRATI – Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, como artefato dos requisitos para obtenção do Titulo de Mestre. BANCA EXAMINADORA ________________________________ ________________________________ ________________________________ PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO NA UTI ADULTO Éder Alves Marques1 Douglas Ferrari2 RESUMO As lesões cutâneas na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTIA), são caracterizadas por uma pressão não aliviada, de forma que há uma necessidade da equipe multidisciplinar avaliar e prevenir as úlceras de pressão (UPP) através de protocolos adotados pela instituição. A pesquisa teve como objetivo analisar os protocolos existentes para avaliar as UPP. A metodologia utilizada foi com pesquisas em científicos como Biblioteca Virtual, Lilacs, Scielo e publicações em revistas, sendo as palavras chaves: Protocolo de Lesão, Úlceras de Pressão e UTIA, o presente estudo é uma revisão literária que pretende comparar os artigos analisado de diferentes formas e fazer os cruzamentos das informações encontradas. Conclui-se que, com um protocolo existente a equipe pode atuar de forma contínua e sistematizada, sem desalinhar a assistência prestada ao doente, e ajustando conduta preventiva das lesões cutâneas. Palavras-Chave: Protocolo de Lesão, Úlceras por Pressão e UTI Adulto. ABSTRACT Skin lesions in the Adult Intensive Care Unit (AICU), are characterized by unrelieved pressure, so that there is a need for multidisciplinary team assessment and prevention of pressure ulcers (PU) by protocols adopted by the institution. The research aimed to analyze existing protocols to assess the PU. The methodology used was to research on scientific and Virtual Library, Lilacs, SciELO, MEDLINE and publications in magazines, being the key words: Injury Protocol, Pressure Ulcers and AICU, this study is a literature review that examined the items you want to compare different forms and make the crossings of the information found. It is concluded that with an existing protocol team can act continuously and systematically without misalign the assistance provided to the patient, and adjusting the preventive skin lesions. Key Words: Injury Protocol, Pressure Ulcers and Adult ICU 1 Enfermeiro, MBA em Auditoria em Saúde, Mestrando em Terapia Intensiva – SOBRATI. 2 Médico Intensivista, Professor Universitário, Mestre e Doutor em Terapia Intensiva INTRODUÇÃO A derme tem a função de barreira de proteção no corpo humano com vistas a impedir a perda demasiada de líquidos, proteger contra ação de agentes microbianos, conservar a temperatura corpórea, armazenar vitamina D quanto há exibição dos raios solares, atuar como órgão do sentido (BRUNNER & SUDDARTH, 2005). Para Hess (2002), a lesão na derme, mucosas ou órgãos anexos, traz prejuízo de suas funções básicas. As lesões podem ser causadas por fatores extrínsecos como as incisões cirúrgicas, acidentais por corte ou traumas, ou também por fatores intrínsecos, como as feridas por infecção, as úlceras, as causadas por alterações vasculares, defeitos metabólicos ou neoplasias. A úlcera por pressão (UPP) pode ser conceituada como qualquer lesão causada por uma pressão não aliviada, ou seja, um cisalhamento que resulta em necrose na derme ou epiderme nas regiões das proeminências ósseas (MEDEIROS, LOPES, JORGE, 2009). As lesões cutâneas na UTI causado por UPP caracterizam uma diminuição da mobilidade, sendo esta imobilidade um dos grandes fatores de risco para os pacientes hospitalizados, haja vista que, as UPP aumentam a morbidade e mortalidade, o tempo e o custo da internação, reduzindo a qualidade de vida dos pacientes (FERNANDES; CALIRI; HAAS, 2008). A equipe de enfermagem deverá ser capacitada para avaliar o cliente que apresenta um risco de desenvolver uma úlcera e ter suas intervenções. Uma das medidas preventivas de UPP, é utilizar algum protocolo que faça a comparação da evolução da ferida e através dos resultados, vai modificando a assistência, um exemplo é a escala preditiva de Braden, a mesma proporciona um protocolo de atendimento, o qual visa diagnosticar e intervir nas UPP, para que haja uma avaliação da assistência prestada (SOUSA; SANTOS; SILVA, 2006). O protocolo de lesões cutâneas visam o avanço no conhecimento científico e tecnológico, proporcionando melhorias onde o maior beneficiado será o usuário, e aos profissionais funcionalidade e agilização no curativos, esses protocolos são 5 importantes ferramentas para a continuação da instrumentalização dos profissionais de saúde (NEGELISKII, 2006). Estrutura da pele humana. A pele é o maior órgão do organismo humano, no adulto abrange uma área total de 2m, com peso estimado de 2,7kg, recebendo um fluxo sanguíneo de 1/3, as funções vitais visa a manutenção dos mecanismos de proteção contra doenças (GARDNER et. al, 1998). A pele é o maior órgão do corpo, representado 15% de seu peso. Trata-se do manto de revestimento do organismo, que isola os componentes orgânicos do ambiente externo. Sua complexa estrutura de tecidos, de várias naturezas, está adaptada a exercer diferentes funções, tais como proteção termo-regulação e percepção entre outras (SILVA, 2007,p.67). Fig.1 – Diagrama da Pele Humana Fonte: http://pt.wikibooks.org/wiki/Ficheiro:DiagramaPeleHumana.jpg 6 A epiderme é um tecido epitelial bem estratificado, formado por várias camadas justapostas, na medida em que ocorre o envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, a queratina, haja vista que, as células mais superficiais ficam cobertas de queratina, e quando morrem constitui um revestimento persistente ao atrito e impermeável à água, essa camada é conhecida como queratinizada ou córnea (GUYTON, 2000). A derme é a parte funda da pele, com tecido conjuntivo denso aleatório com fibroblastos, células adiposas e macrófagos. O colágeno compõe-se como a principal fibra, mas também encontram fibras de elastina e de reticulina. A derme fica responsável pela fora estrutural da pele, fundamentada pela dermereticular e a dermepapilar, e ambas com boa vascularização, promovendo excreção e regulação da temperatura corpórea (WILLIAMS et al. 1998). A hipoderme também conhecida como tecido subcutâneo, fica localizada sob a derme, é um tecido conjuntivo com fibras de colágeno e de elastina. As células da hipoderme são os fibroblastos, as células adiposas e os macrófagos, haja vista que, o tecido subcutâneo faz a junção entre a pele e as estruturas subjacentes (SILVA, 2004). Úlcera por Pressão Uma úlcera de pressão é uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção (EPUAP; NPUAP, 2009). Para Braden e Bergstrom (1987), úlcera de decúbito refere-se às lesões profundas sobre as proeminências ósseas devido ao confinamento procrastinado no leito, já úlcera por pressão é definido como uma lesão em qualquer superfície da pele que ocorre como resultado de pressão, podendo ser causada pela compressão do tecido corporal sobre a superfície do colchão, cadeira ou aparelho gessado (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1987). Os autores Potter e Perry (1996); Campedelli e Gaidzinski (1987); afirmam: 7 “a pressão exercida por uma força perpendicular à pele, resultante da ação da gravidade, ocasiona a oclusão do fluxo sanguíneo do paciente que fica em uma mesma posição no leito. A pressão maior que 25 mmHg oclui o fluxo sanguíneo dos capilares dos tecidos moles, causando hipóxia que, se não for avaliada a tempo, evolui para eventual necrose.” Para Rangel e Caliri (2009), a UPP é classificada em quatro estágios e as descrições dessa classificação são importantes para permitir a documentação e a comunicação entre os profissionais sobre os resultados da avaliação do estado da ferida. Estadiamento da UPP, uma classificação proposta por NPUAP, 2007 vejam abaixo: UP em estágio I se caracteriza por pele intacta com hiperemia, comumente sobre proeminência óssea. A pele de cor escura pode não apresentar esbranquecimento visível e sua cor pode diferir da pele ao redor. UP em estágio II é a perda parcial da camada dérmica, caracterizada como úlcera superficial com o leito de coloração vermelho pálida, sem esfacelo. Pode apresentar-se ainda como uma bolha preenchida com exsudado seroso, intacta ou aberta rompida. UP em estágio III se caracteriza pela perda de tecido em sua espessura total, onde o tecido subcutâneo pode estar visível, sem exposição de osso, tendão ou músculo. Esfacelo pode estar presente sem prejudicar a identificação da profundidade da perda tissular. UP em estágio IV é a perda total de tecido com exposição óssea, de músculo ou tendão. Pode haver presença de esfacelo ou escara em algumas partes do leito da ferida. 8 Figura 2 – Úlcera por Pressão – 4 estágios. Fonte: Adaptado de www.npuap.org/resources.htm, acesso em 26/03/2013 A UPP é considerada uma lesão crônica podendo ser de longa duração e reincidente, de cicatrização complexa, mesmo com a assistência prestada com qualidade por profissionais de saúde, no que tange a vida, não é ameaçadora, mas é uma dificuldade para os indivíduos acometidos, além do desconforto e ocasiona aumento de dias de permanência no hospital, distanciando do convívio familiar. Levando em consideração à necessidade de tratamentos cirúrgicos e fisioterápicos, podendo afetar a auto imagem e estima dos pacientes, podendo corroborar problemas emocionais, psicossociais e econômicos. 9 Protocolo de Avaliações de Úlcera por Pressão em UTI ADULTO Escalas de avaliação do risco para úlcera por pressão A escala de NORTON consiste de cinco fatores de risco: condição física, estado mental, atividade, mobilidade e incontinência. Observa-se que Norton não contempla a fricção e o cisalhamento, a idade do paciente e as condições da pele, tais como textura e umidade, citados na literatura como fatores de risco no desenvolvimento de úlceras de pressão (SILVA, 1998). A escala de GOSNELL, nada mais é do uma fez uma adaptação da escala de Norton, onde acrescenta a nutrição e retira condição física. Utiliza também variáveis adicionais, tais como temperatura corporal, pressão sanguínea, cor e aparência geral da pele, medicação e diagnóstico médico, embora não as tenha incluído na pontuação. A visão de Gosnell em adiciona fator de risco nutrição, pois a deficiência nutricional é um fator preponderante no desenvolvimento de úlceras de pressão (SILVA, 1998). A escala de WATERLOW é muito utilizada nos hospitais do Reino Unido, possui mais fatores de risco do que a de Norton e a de Gosnell, levando em consideração: constituição/peso para altura, continência, áreas visuais de risco/tipo de pele, sexo/idade, mobilidade, apetite, má nutrição dos tecidos, débito neurológico, cirurgia de grande porte/trauma e medicação, considerando como risco especial (SILVA, 1998). A escala de BRADEN é bastante utilizada nos hospitais dos Estados Unidos da América, a mesma é composta por seis subescalas: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição, fricção e cisalhamento. Ao fazer uma análise das escalas descritas, verificou-se que a de Braden é a que está melhor definida operacionalmente, com algumas adequações (SILVA, 1998). Sabe-se que a úlcera por pressão embora seja negativo nos serviços de saúde, continua sendo um problema subestimado pelos profissionais, e ocorre com frequência em pacientes internados em unidade de terapia intensiva, estabelecendo uma necessidade de avaliações urgentes para mudar estas ocorrência. A falta de 10 conhecimento, associado ao uso de práticas inadequadas pelos profissionais, coopera para a manutenção desta condição. A utilização de protocolos leva os profissionais a busca de recursos adequados (FERNANDES; CALIRI; HAAS, 2008). Na Taxonomia I da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) não está inserido o diagnóstico de enfermagem úlcera de pressão. Dessa forma, considera-se que ele está implícito no diagnóstico integridade da pele prejudicada – “estado no qual o indivíduo apresenta alteração na integridade da pele”; ou seja, diagnóstico potencial para integridade da pele prejudicada, condição em que o doente apresenta risco de sofrer uma alteração na continuidade na pele. European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP) e a American National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), desenvolveram um guia de referência rápida, que sumariza as linhas de orientação baseadas na evidência na prevenção e tratamento das úlceras de pressão, para que possa ser usadas pelos profissionais de saúde em todo o mundo, registros exibem a utilização do guideline em 63 países e 6 continentes (EPUAP; NPUAP, 2009). O protocolo de lesões cutâneas visam o avanço no conhecimento científico e tecnológico, proporcionando melhorias onde o maior beneficiado será o usuário, e aos profissionais promovem funcionalidade e agilização no curativos, esses protocolos são importantes ferramentas para a continuação da instrumentalização dos profissionais de saúde (NEGELISKII, 2006). CONSIDERAÇÕES FINAIS Vale destacar que as escalas de risco são protocolos, ocasionando benefícios na avaliação sistemática do paciente, cabendo a equipe de enfermagem seguir este protocolo nas medidas preventivas cabíveis quando o paciente é apreciado de risco. Uma avaliação deve ser adequada e não ocasional, a sua aplicação não deve ser unicamente na admissão do paciente, mas sempre que necessário. A utilização dos protocolos na avaliação dos pacientes, demonstraram que pacientes que foram avaliados como sendo de risco não desenvolveram úlcera de pressão, enquanto outros, avaliados como não sendo de risco, a desenvolveram. 11 Conclui-se que a utilização de protocolos de avaliação de lesão cutânea é importante para predizer a probabilidade de desenvolvimento de úlcera de pressão pois, a comprovação dessa possibilidade de natureza causal tem grande valia, haja vista que, avaliadas as causas, há melhores chances para a prevenção e domínio. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRADEN, B., BERGSTROM, N. A conceptual schema for the study of the etiology of pressure sore. Rehabilitation Nursing, vol.12, n.1, p.8-12,1987. BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara, 2005. CAMPEDELLI, M. C., GAIDZINSKI, R. R. Escara: problema na hospitalização. São Paulo: Ática. 1987. 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