Stephan Hinrichs, 31 anos, Alemanha Antes de começar meus

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Stephan Hinrichs, 31 anos, Alemanha
Antes de começar meus estudos no Brasil, participei de um curso sobre o país. O professor
brasileiro deu uma visão geral sobre a economia, a sociedade e a cultura e nos proporcionou o
acesso a vários artigos sobre a evolução do país nos últimos anos e sobre os programas
sociais, como o "Bolsa Família".
Além disso, antes da nossa partida, um dos meus colegas de classe - nascido e criado no Rio
de Janeiro - fez uma apresentação sobre a cidade. Ele mencionou a beleza como um dos
desafios da cidade e chamou o Rio de “Cidade Maravilhosa" e eu estava animado para
construir a minha própria imagem.
Após minha chegada ao Rio de Janeiro, fiquei profundamente impressionado com o tamanho
da cidade, seu litoral e a vitalidade das pessoas. No entanto, eu sabia que o Rio é mais do que
as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon e a vida noturna na Lapa.
Meu conhecimento sobre as comunidades foi muito limitado e afetado, principalmente, pelo
filme "Cidade de Deus", e por outros documentários na mídia. Devido à minha experiência em
outros países, eu estava consciente de que a imagem transmitida pelos meios de comunicação
nem sempre mostra toda a situação, e por isso sou muito grato à Fundação Dom Cabral (FDC)
e à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) por terem me dado a oportunidade de desenvolver a
minha própria impressão sobre o Rio.
A visita à comunidade do Alemão me impressionou profundamente. O tamanho das
comunidades não é comparável com o que já vi em outros países até o momento e o fato de
que uma guerra aconteceu na comunidade a menos de cinco anos atrás, me causou arrepios.
Tenho certeza de que conversar com os policiais e com os moradores melhorou o meu
entendimento sobre a situação na comunidade.
É visível que os moradores se desenvolveram e abriram todo tipo de empresas, tais como
varejo, restaurantes, marcas de roupa, e que os bancos se adaptaram às circunstâncias nas
comunidades e estão dispostos a apoiar boas ideias de negócio, oferecendo créditos.
No entanto, a desigualdade na sociedade brasileira ainda é grande e parece ser um longo
caminho a ser percorrido, mas a paixão do Comandante e dos policiais da UPP pelo trabalho
que está sendo desenvolvido para assegurar a estabilidade na comunidade, bem como o
pensamento do jovem empresário que conheci no Alemão, me permitem enxergar, de forma
positiva, o futuro desenvolvimento da região.
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