epidemiologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
Fitopatologia II
Epidemiologia de doenças
de plantas
Profª. Renata S. Canuto de Pinho
EPIDEMIOLOGIA
Mudança na intensidade da doença em uma
população do hospedeiro, no tempo e no
espaço.
(Campbell & Madden, 1990; Madden et al., 2007)
Mudança na intensidade da doença no
tempo
Mudança na intensidade da doença no
espaço
EPIDEMIOLOGIA
Estudo de populações de patógenos em populações de
hospedeiros e da doença resultante desta interação, sob
a influência do ambiente e a interferência humana.
(Kranz, 1974)
PATÓGENO
DOENÇA
HOSPEDEIRO
AMBIENTE
Utilidades de Epidemiologia
• Caracterização de epidemias
• Determinação das perdas e danos
• Previsão e análise de risco de doenças
• Comparação de medidas de controle
• Desenvolvimento de estratégias de manejo
Definições:
Epidemia – refere-se a um aumento da doença numa
população de plantas em intensidade e/ou extensão, isto é,
um aumento na incidência-severidade e/ou um aumento na
área geográfica ocupada pela doença.
Endemia – doença sempre presente numa determinada área
e caracteriza-se por não estar em extensão, também implica
num balanço próximo de neutro entre os processos de
infecção e remoção.
Pandemia – epidemia que ocupa uma área extremamente
grande, de tamanho quase continental.
TIPOS DE EPIDEMIA
Epidemia poliética
Epidemia que necessita de anos para mostrar
significativo aumento na intensidade da doença.
Epidemia explosiva
Aumento rápido da intensidade da doença numa
população de plantas.
TIPOS DE EPIDEMIA
Epidemia tardívaga
Aumento lento da intensidade da doença numa
população de plantas.
Epidemia cíclica
Surto epidêmico de uma doença normalmente
endêmica que ocorre periodicamente.
EPIDEMIOLOGIA E BIOLOGIA
Definições importantes:
Ciclo de Infecção
 Tem início a partir do primeiro contato entre patógeno e
hospedeiro e termina na morte da lesão.
 É um processo recorrente que é dividido em até três
períodos constituídos de vários estágios do ciclo: incubação,
latente e infeccioso.
Período de incubação
Tempo, em horas ou dias, desde a deposição do inóculo
no sítio de infecção até o surgimento dos primeiros
sintomas
Período latente
Tempo, em horas ou dias, desde a penetração do
patógeno no hospedeiro até a sua esporulação em
lesões
Período infeccioso
Tempo, em horas ou dias, em que uma lesão
permanece produzindo inóculo ou esporulando.
Períodos do ciclo infeccioso
Processos Epidemiológicos
Monocíclico
Quando há somente um ciclo de infecção pelo
patógeno na planta.
Policíclico
Quando ocorrem vários ciclos de infecção (ou
monocíclicos), por ciclo de produção da cultura.
Classificação epidemiológica de doenças
segundo Vanderplank (1963)
Doenças de juros simples - Monocíclicas
A taxa de infecção é comparável ao juro simples de capital. O
capital que rende os juros não muda, será sempre com base no
capital inicial.
Doenças de juros compostos - Policíclicas
A taxa de infecção é comparável ao juro composto de
capital. Os juros rendem juros que são adicionados ao
capital.
Analogia com juros simples
Analogia com juros compostos
Doenças Monocíclicas
Exemplos: carvões, murchas e podridões radiculares
Doenças Policíclicas
Exemplos: oídios, ferrugens, míldios e manchas foliares
Quantificação de doenças de plantas
Porquê quantificar doenças?
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Estudo de medidas de controle da doença
Construção de curvas de progresso da doença
Conhecimento sobre a importância e distribuição da doença
Tomada de decisão sobre necessidade de controle
Estimativas dos danos provocados pela a doença
Problemas na quantificação de doenças
de plantas
 Falta de treinamento dos avaliadores
 Falta de padronização nos métodos utilizados
Definições na quantificação de doenças
de plantas
 Intensidade: termo geral, utilizado para designar quantidade de
doença, sem especificar a unidade avaliada ou o procedimento
adotado
 Incidência: porcentagem ou proporção de plantas doentes ou
partes de plantas doentes em uma amostra ou população
 Severidade: porcentagem ou proporção da área ou do volume de
tecido da planta coberto por sintomas da doença
 Prevalência: porcentagem de campos com plantas doentes em
uma área geográfica definida
 Fitopatometria: parte da Fitopatologia que estuda a quantificação
de doenças de plantas
Etapas na quantificação de doenças de
plantas
 Determinação do estádio fenológico da planta
 Avaliação da intensidade da doença
 Amostragem da unidade que possui o tecido doente
FENOLOGIA
É a parte da botânica que estuda vários fenômenos
periódicos das plantas, como a brotação, a floração e a
frutificação, marcando-lhes épocas e caracteres.
O estádio de desenvolvimento da cultura e o órgão da planta
amostrado devem ser bem definidos em qualquer tipo de
levantamento amostral que visa à quantificação da
intensidade de doenças.
Diagrama padrão dos estádio de desenvolvimento de
cereais baseado na escala de Feekes e ilustrado por
Large (1954)
Métodos de quantificação de doenças
de plantas
Métodos de quantificação de doenças
de plantas
Métodos diretos de quantificação de
doenças de plantas
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Estimativa da incidência
Estimativa da severidade
Medições eletrônicas
Estimativa da prevalência
Análise de imagens de vídeo por computador
Sensoriamento remoto
Quantificação da incidência
Quantificação da incidência
Quantificação da severidade
Quantificação da severidade
Quantificação da severidade
Quantificação da severidade
Quantificação da severidade
Quantificação da severidade
Quantificação da severidade
Características desejáveis de um bom avaliados
Programas computacionais disponíveis
para treinamento de avaliadores e para
quantificação da intensidade de doença
• Severity.Pro
• Quant
Métodos indiretos de quantificação de
doenças de plantas
• Determinação da população do patógeno.
• Para casos em que não se tem visualização clara dos
sintomas ou ocorre apenas redução do vigor e
produtividade.
• Exemplos: viroses e doenças causadas por nematoides.
Quantificação de vírus
Quantificação de nematoides
Quantificação de estruturas no ar
Estimativa indireta
Quantificação de estruturas no ar
Estimativa direta
Sensoriamento Remoto
• Fotografias aéreas – filmes coloridos infravermelhos e
câmeras
digitais
capazes
de
captar
diferentes
comprimentos de onda podem ser utilizados na avaliação
de doenças por permitirem a distinção entre tecidos sadios
e sintomáticos.
• Radiômetros – quantificam a radiação refletida pelas
plantas por meio de sensores colocados a distância de 1 a
1,5 m acima do dossel. Pela refletância das folhagens é
estimado a quantidade de doença.
Amostragem
• Amostragem ao acaso – é recomendada principalmente
para doenças que se distribuem de maneira uniforme.
• Amostragem sistemática – as amostras são coletadas de
maneira sistemática.
• Tanto a amostragem ao acaso quanto a sistemática podem
ser feitas em estratos, sendo denominadas de amostragem
estratificada.
Modelos de técnicas de amostragem
Tamanho da amostra
• Objetivo do levantamento
• Modelo de dispersão da doença
• Disponibilidade de tempo e recursos
• Nível de acurácia e precisão desejados
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