UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CURSO DE LICENCIATURA GEOGRAFIA A DISTÂNCIA GEOGRAFIA AGRÁRIA Professora: Marceleuze Tavares Aula 04: História dos conflitos sociais no Campo A questão agrária ainda hoje constitui um problema a ser resolvido pelo Governo e pela sociedade civil brasileira. A herança histórica da concentração de terras em poder de poucos grandes proprietários, foi determinante para que o uso da terra e as relações de trabalho instaladas dessem origem à acumulação de riqueza por uma pequena minoria, em detrimento da grande maioria dos trabalhadores rurais, sem acesso aos meios de produção – no caso a terra. O modelo de colonização brasileira, expropriou terras indevidas, importou e reduziu à escravidão grupos étnicos africanos e explorou trabalhadores na cidade e no campo (principal área de atividades econômicas neste período histórico). Os movimentos reivindicatórios por melhores condições de trabalho, em grande parte sem consciência social ou direção política, podem ser divididos em duas grandes vertentes no Nordeste: a) O fanatismo: Canudos, a Guerra do Condestado, Padre Cícero de Juazeiro; b) O Cangaceirismo: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e principalmente Lampião; Estes movimentos foram típicos do final do Século XIX ao início do Século XX. A partir da segunda metade do Século XX, movimentos de trabalhadores rurais assumem reivindicações de justiça social e direito à terra. Recebem influência política e definem objetivos. Numa seqüência temos as Ligas Camponesas, os Bóias-frias e o Movimento dos Trabalhadores sem Terra. Suas lideranças foram reprimidas e perseguidas pelos latifundiários e pelos governos. O MST é reconhecido e institucionalizado em 1985. Recomendação de Atividade: a) Analise o mapa (Figura 02) que está na página 03 do fascículo 04. b) Analise o gráfico (Figura 03) comparando com a leitura dos parágrafos 01 e 02 da página 06. c) Procure assistir aos filmes Guerra de Canudos e Cabra marcado para morrer. Ler: SILVA, J. G da. A questão agrária: Introdução. Pág. 07 a 22. (1980)