Epidemiologia Vegetal Determinantes de eventos

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23/11/2010
Epidemiologia Vegetal
Etiologia é o estudo da doença, que envolve a relação
ciclo patógeno-hospedeiro-ambiente
Epidemia é o aumento da doença numa população de plantas em intensidade e/ou
extensão, isto é, um aumento na incidência-severidade e/ou um aumento na área
geográfica ocupada pela doença
Endemia tem conotação geográfica, ou seja, ocorrência da doença em determinada
área (local) e é caracterizada por não estar em expansão
Epidemiologia vegetal: "O estudo da distribuição e determinantes de eventos relacionados à
sanidade vegetal em populações específicas e a aplicação deste estudo para o controle dos
patógenos, visando a qualidade e a quantidade de produtos agrícolas”
Epidemiologia vegetal: "O estudo da distribuição e determinantes de eventos relacionados à
sanidade vegetal em populações específicas e a aplicação deste estudo para o controle dos
patógenos, visando a qualidade e a quantidade de produtos agrícolas”
Estudo: Se refere a sistematização do conhecimento. Incluindo vigilância, observação, testes,
pesquisa analítica e experimentos.
Distribuição: Se refere a quantificação da existência e ocorrência dos eventos relacionados à
doença e a caracterização deles quanto ao tempo, lugar e tipo de hospedeiros afetados
Determinantes de eventos relacionados à sanidade vegetal: Se refere a todos os fatores
físicos (ambiente), biológicos, culturais (manejo, sistema de cultivo, culturas de sucessão, entre
outros) que favoreçam o agente fitopatogênico
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Epidemiologia vegetal: "O estudo da distribuição e determinantes de eventos relacionados à
sanidade vegetal em populações específicas e a aplicação deste estudo para o controle dos
patógenos, visando a qualidade e a quantidade de produtos agrícolas”
População específica: Se refere a uma população específica de hospedeiro com características
bem definidas
Para o controle dos patógenos: Se refere à prevenção e controle da doença
Qualidade e quantidade de produtos agrícolas: Se refere à produção, produtividade e
aspectos de interesse comercial (qualidade)
Epidemiologia vegetal:
estudo da população de patógenos, população de hospedeiros e populações de lesões +
AMBIENTE , visando o controle
Objetivo da epidemiologia?
• Conhecimento do desenvolvimento da doença
• Controle da doença: químico, biológico, cultural ou resistência (melhoramento
genético), atualmente MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS
ETAPAS DA EPIDEMIOLOGIA
Descrever
Explicar
Controle: qual o melhor?
Avaliar: quantas vezes? Quando?
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Início da epidemiologia
Mortes por cólera (x 10mil habitantes),
segundo o nível do mar,
Londres (1848-1849)
Mortes por cólera (x 10mil habitantes), segundo
a fonte de água, Londres (1854)
Nível do mar (m)
Mortes por 10 mil
hab.
<20
120
Fonte 1
1263
20-40
65
Fonte 2
98
40-60
34
Fonte 3
1422
340-360
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Abastecimento de
água
Óbitos por cólera
Estudo de caso: Ocorrência e epidemiologia de Mycosphaerella no sul do Brasil, em
eucalipto
Descrever
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Estudo de caso: Ocorrência e epidemiologia de Mycosphaerella no sul do Brasil, em
eucalipto
Descrever e
explicar
(levantar
hipóteses)
Descrição das principais espécies de Micosphaerella
Descrição pelo tipo de lesões foliares
Descrição das estruturas reprodutivas e assexuadas
Determinação do padrão de germinação dos ascosporos
Descrever a distribuição geográfica
Estudo de caso: Ocorrência e epidemiologia de Mycosphaerella no sul do Brasil, em
eucalipto
Avaliar
Fazer o levantamento epidemiológico: estudo das populações
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Estudo de caso: Ocorrência e epidemiologia de Mycosphaerella no sul do Brasil, em
eucalipto
Descrever e
explicar
(levantar
hipóteses)
•Patógeno causa grande quantidade de manchas foliares
•Desfolha precoce em plantas juvenis
•Desfolha pode ocorrer até o 4º ano da planta
•Diminuição da incidência e severidade em plantas adultas
•Correlação com a origem de materiais
•Lundquist (1987)
% de perda de volume de madeira (m3)
Estudo de caso: Ocorrência e epidemiologia de Mycosphaerella no sul do Brasil, em
eucalipto
60
50
40
30
20
10
0
0
20
40
60
80
100
Severidade (% de área foliar necrosada)
Plantas apresentaram, em
média, perda de 15 a 17% de
volume de madeira
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Estudo de caso: Ocorrência e epidemiologia de Mycosphaerella no sul do Brasil, em
eucalipto
Controle
Não há controle descrito na literatura
Controle químico? Fungicidas??
Controle biológico?
Melhoramento genético?
Exemplo de estudo de epidemiologia da FERRUGEM DA SOJA
Qual é a região que servirá de
inóculo primário??
Qual a principal forma de
disseminação?
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23/11/2010
Exemplo de estudo de epidemiologia da FERRUGEM DA SOJA
Qual o efeito da irradiação solar sobre a germinação do esporo do fungo
Puccinia, agente causal da ferrugem da soja?
Em qual região da planta vai ocorrer maior incidência da ferrugem??
Exemplo de estudo de epidemiologia da FERRUGEM DA SOJA
Como você explicaria a ocorrência de sintomas de ferrugem nas folhas de
baixo da soja??
Menor temperatura?
Menor exposição à radiação solar?
Maior umidade?
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Severidade final da ferrugem asiática (%)
Exemplo de estudo de epidemiologia da FERRUGEM DA SOJA
Precipitação acumulada em 30 dias
posteriores a detecção da doença
Média de temperatura mínima diária
em 30 dias posteriores a detecção da
doença
Como você explicaria o aumento da doença (ferrugem) com o aumento da precipitação?
E o que ocorre na seca?
• Prolonga a área de molhamento?
• Promove a dispersão e a deposição de esporos?
• Abaixa a temperatura no dossel?
• Favorece a germinação dos esporos?
Epidemia vegetal
Processo monocíclico = 1 ciclo de infecção
Planta
Patógeno
1 lesão
Processo policíclico = vários ciclos de infecção
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Ciclos de infecção
Sobrevivência do esporo
Período de incubação
Dispersão
Período latente
Deposição
Germinação
Apressório
Penetração
Colonização
Sintomas (lesões)
Maturação
Liberação
Morte da lesão
Período infeccioso
Esporulação
Epidemia – vários ciclos de infecção (policiclos)
Doenças de juros simples: esporos produzidos não servem de fonte de inóculo
para o mesmo ciclo de cultivo, ou seja, só ocorre um ciclo por cultivo.
Ex: Doenças de solo
Doenças de juros compostos: plantas infectadas durante o cultivo servirão de
fonte de inóculo para novas infecções durante o mesmo ciclo, ou seja, ocorre mais
de um ciclo por cultivo.
Ex. Ferrugem do trigo (1 geração a cada 10 dias)
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Demonstração de rendimentos por juros simples e compostos.
Capital inicial = R$ 100,00
Taxa de rendimento mensal = 10%
Tempo – meses
Juros simples
Juros compostos
1
110
110
2
120
122
3
130
135
58
680
33.029
59
690
36.503
60
700
40.343
Exemplos
Murchas
Fusarium oxysporium
Verticillium spp
Podridões de raízes
Sclerotinia scleorotium
Característica
Ferrugem
Antracnose
1 ciclo de infecção/cultivo
Vários ciclos de infecção/cultivo
Epidemia – vários ciclos de infecção (policiclos)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
2
Esporulação 7
Liberação
Dispersão
Deposição
Germinação 6
Penetração
Colonização
3
Proporção de doença
1
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
0
5
4
Monociclo (ciclo de infecção)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tempo (dias)
Policiclo (cadeia de infecção)
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Incidência = %
(freqüência) de
plantas doentes ou partes de plantas
doentes em uma população ou
amostra
•Pode ser utilizada na elaboração de
curvas de progresso da doença
•Estágios iniciais da doença
• Doenças sistêmicas: viroses e
murchas
• Podridões de frutos (1 ciclo/cultivo)
Severidade = % da área ou do volume do tecido coberto
por sintomas
• Recomendado
para
doenças
foliares:
ferrugem, míldio, oídio, manchas
• Quantificar o número de lesões, tamanho, área, formato
• Chaves descritivas, escalas diagramáticas e análises por
imagem
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Chaves descritivas para avaliação de doenças
Para requeima da batata
Nota
Grau de intensidade de doença
0
Sintomas ausentes no campo
0,1
Algumas plantas afetadas, até 1 ou 2 lesões em um raio de 10,6 m
1,0
Até 10 lesões por planta
5,0
Ao redor de 50 lesões por planta ou até 10% dos folíolos atacados
25
Quase todos os folíolos afetados, plantas ainda normais
50
50% da área destruída, campo parece verde manchado de marrom
75
75% da área destruída, campo sem predominância da cor verde ou marrom
95
Apenas algumas folhas verdes no campo
100
Todas as folhas mortas, secas
Problema: baixa precisão; chaves mal elaboradas com erros graves
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Escalas diagramáticas para avaliação de doenças
Problema: acuidade visual x precisão
Escalas diagramáticas para avaliação de doenças
Problema: somente para sintomas contrastantes entre tecido
sadio e doente
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Qual o objetivo do estudo da taxa de infecção na cultura?
Analisar o grau de infestação
Época para iniciar o controle, visando a redução do inóculo inicial
Determinação de sistemas de previsão e de aviso (simulação)
Determinação do dano econômico – definir o controle (época, intensidade e método)
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