Nilson Antônio Pinto PROJETO: “A VEZ DO MESTRE .”

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Nilson Antônio Pinto
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
PROJETO: “A VEZ DO MESTRE .”
TEMA: TERCEIRA IDADE
Rio de Janeiro
Agosto de 2001
A todos os pacientes da terceira idade
que irradiam alegria, confiança, força,
fé, determinação em cada vitória obtida.
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Agradecimentos
Aos meus pais:
Jurandir Ferreira Pinto e Maria José Vieira Pinto ( in memórian ), pela vida e educação
que me foram dadas.
Ao casal Sr. Walter e Sra Cordecy por mostrarem sempre que existe uma luz no final do
túnel. Muito obrigado!!
À Vera Alcoforado que acreditou no meu potencial, sem mesmo pensar duas vezes. Vera
guardarei e farei o possível para jamais decepcionar você, conte comigo.
À amiga e irmã Fabíola, por tudo que vivemos juntos . Se você vier para o que der e vier
comigo...
À minha grande amiga a Vilma Pequeno Terapeuta Ocupacional pelo grande exemplo de
simplicidade, confiança, sabedoria e fé no que faz. Ora firmemente pela sua recuperação o mais
rápido possível. Amo você!!
À amiga e super mãe Lucia pelo apoio em todos os momentos difíceis e alegres. Obrigado
vózinha e Marluce, que indiretamente me apoiaram.
Ao amigão Clei embora estarmos afastados no momento, tenho certeza que estamos juntos
em espírito, pois, matéria é pouco diante de um grande espírito. Obrigado por você existir....
Ao grande amigo Rô que jamais deixamos de ser amigos, embora muitos tentaram nos
separar, mas felizmente nosso amor de irmão foi maior .Conto com você e você pode contar
sempre comigo, ok !!!!!
Aos amigos de formação acadêmica Regina, Margleide, Solange, Elizabeth, Nilza, Julia,
Katia pela forca que me deram durante o período de Universidade.
À turma da Pós Graduação pelos momentos vividos. Valeu pessoal...
Aos professores Marcos Vinícius, Selminha e Jane por serem maravilhosos.
Aos meus supervisores Woshington, Conceição e Magda que me apoiaram durante todo o
período de estágio. Ficarei eternamente grato, obrigadão!!!
Meus mais sinceros agradecimentos.........
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SUMÁRIO
I. Resumo.....................................................................................................................5
II. Introdução...............................................................................................................6
III. Desenvolvimento..................................................................................................11
IV. Conclusão.............................................................................................................15
V.Bibliografia............................................................................................................18
Anexos.......................................................................................................................20
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I. RESUMO:
Várias são as questões preocupantes à respeito da ociosidade na Terceira Idade
Neste trabalho, o autor descreve uma das mais frequentes causas, que levam o paciente
geriátrico à ociosidade “falta de credibilidade” que a própria sociedade impõe, desvalorizando
todo um passado que outrora teve grande importância para cada um dos pacientes.
Com trabalho realizado em Casa de Saúde Gerátrica, propõe-se atividades à serem
desenvolvidas por Terapeutas Ocupacionais, numa prática holística. Descreve-se a necessidade
de conhecimento científico para o Terapeuta, acerca do processo de envelhecimento relacionado
às práticas, evitando-se assim as astrogenias. Relata que, os problemas mais relevantes, vividos
pelos idosos, além das doenças do envelhecimento, dos distúrbios e transtornos que impactam a
qualidade funcional da vida, a solidão e as perdas dos amigos ainda são as mais sentidas. O
isolamento e a solidão contribuem para a depressão. A atividade e a socialização devem ser parte
integrante para qualquer prática terapêutica bem sucedida; conclui-se que as atividades do
Terapeuta Ocupacional na assistência ao idoso se baseia na avaliação do seu estado funcional, na
prevenção das incapacidades e na proteção da independência e autonomia dos idosos. Faz
menção a necessidade mudanças na melhoria de sua assistência e no preparo do homem para o
seu envelhecimento e de seus semelhantes, como sendo as únicas formas de se alcançar uma
qualidade de vida na Terceira Idade.
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II. INTRODUÇÃO:
Embora muitos ainda associem o passar dos anos ao acumulo de doenças, teremos que
conviver com inúmeros problemas de saúde e limitações com o avançar da idade, os atuais
conceitos científicos demonstram que o processo natural de envelhecimento não é um fator
impeditivo para a maioria das atividades cotidianas de um adulto em qualquer idade, e que as
verdadeiras responsáveis pelas deficiências e disfunções atribuída à velhice são as doenças, que
podem ser prevenidas e/ ou tratadas eficientemente na maior partes das vezes. O conhecimento
desta realidade pode mudar completamente nossa atitude. Ao invés de nos lamentarmos por estar
envelhecendo, de buscarmos obstinadamente as “modernas fontes de juventude” ou de tentarmos
disfarçar os efeitos aparentes do passar dos anos, deveríamos estar atentos aos verdadeiros
inimigos da saúde em qualquer idade: os fatores determinantes e predisponentes das doenças.
Devemos lembrar, porém, que a ausência de doenças não significa obrigatoriamente a presente de
saúde. A Organização Mundial de Saúde ( OMS ), já a muito tempo definiu saúde como um
estado de bem estar biopsíquico-social, ou seja, um estado de
equilíbrio entre todos os
determinantes físicos e emocionais do ser humano. Sabemos, porém, que inúmeras são as pessoas
que, por vários motivos, não se encontram neste estado de bem estar e, por outro lado, não
apresentam nenhuma doença classicamente definida que justifica esta condição. Entretanto, são
muitos os exemplos de portadores de doenças bem tratadas e bem controladas que apresentam
desempenho adequado, independente das enfermidades que possui, ou dos tratamentos que
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realiza. Este modo atual; de entender saúde nos permite almejar um presente e um futuro de
maneira muito mais otimista. Isto, porém uma responsabilidade direta. Dificilmente atingiremos
este estado de equilíbrio sem nos esforçarmos objetivamente por isto. Muitos são os cuidados a
serem tomados e quanto mais precocemente dermos atenções a eles, mais eficientes serão nossas
atitudes. Isto quer dizer que podemos cuidar do nosso envelhecimento desde idades mais
precoces. Em verdade com o avançar da idade nos tornamos mais propensos a desenvolver
doenças crônicas. Em parte por alterações orgânicas
próprias do envelhecimento, mas
principalmente, por hábitos inadequados que, durante toda a vida, prejudicaram nossos
determinantes básicos da saúde. Infelizmente, porém, a maioria das pessoas só se lembra de
cuidar das doenças que já produziram sintomas, ou seja, que já estão instaladas e
conseqüentemente só poderão na melhor das hipóteses, ser controladas ou atenuadas. Loucos são
porém aqueles que, na fase adulta, preocupam-se com prevenção, e esta é, sem dúvidas a nossa
melhor arma para atingir o envelhecimento saudável. Mesmo aqueles que acreditam na sua
importância muitas vezes utilizam métodos pouco eficientes, onerosos e por vezes enganosos, ao
invés das regras básicas de saúde, reconhecidamente efetivas.
Em algumas clínicas geriátricas, os pacientes são agrupados segundo a sua capacidade
funcional. Na admissão, a ênfase recai sobre o tratamento e a avaliação médica, e cuidados da
enfermagem. Nesse caso o paciente assume um papel passivo. A etapa seguinte proporciona uma
participação ativa, sendo iniciada logo que o paciente seja capaz de reagir. A terapia ocupacional
começa e o objetivo é um estímulo e encorajamento brando, um pouco de movimento nas
atividades, e acima de tudo a prevenção da apatia ( Ociosidade) e depressão. Após a volta da
flexibilidade razoável começa um programa de AVD ( Atividade da Vida Diária ), com a Terapia
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Ocupacional Aplicada a qualquer capacidade específica, mental ou física em uma base individual
ou de grupo.
Neste caso são usadas atividades energéticas que possam causar ânimo, criando em dado
paciente reação de auto-estima, deixando de lado a ociosidade para viver momentos prazerosos.
A Terapia Ocupacional torna-se predominante para que possam criar através das atividades
sua independência, tornando-se mínimo o trabalho da enfermagem.
Quando se fala em pacientes idosos, o fator mais importante é a abordagem ao indivíduo,
necessitando usar com cuidado a abordagem caso queira se obter a sua cooperação. De início a
maioria dos pacientes arranjará desculpas, é necessário ganhar a confiança do mesmo. Quando
percebemos que o paciente está confuso, é de extrema importância que tomemos certas decisões
por si mesmo. Existe uma grande necessidade dos idosos encontrar ouvinte que concorde com
ele.
Em geral a maioria dos pacientes geriátricos sentem grande necessidade de retornar ao lar,
trabalhar, embora isso seja às vezes impossível. O Terapeuta Ocupacional tem uma grande
parcela de responsabilidade em despertar interesses dos pacientes, fazendo que os mesmos
compreendam o objetivo de cada atividade realizada.
Com a gradativa diminuição da força física e dos impulsos sexuais a pessoa perde parte de
sua emotividade, não podendo compreender muitas das reações de pessoas mais jovens.
Segundo HOLLINGWORTH ( 1971 ), a vida afetiva tende a diminuir consideravelmente.
Também pode ocorrer um regressão do comportamento emocional do idoso, ficando ele
normalmente negativista, com freqüentes acessos temperamentais e em muitas vezes com
comportamentos infantis.
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Muitos velhos possuem doenças imaginárias e sentem dores que na maioria das vezes
realmente não possuem.
O idoso precisa saber aceitar a sua idade para não acarretar problemas aos membros de sua
família e a ele mesmo. Geralmente, com o avanço da idade, a individualidade do idoso é perdida
e ele, às vezes, torna-se incapaz de ser responsabilizar pelos seus atos, sendo então tratado pelos
amigos, que ainda conservam sua lucidez, como se fosse uma criança.
Normalmente, os idosos tornam-se irritáveis, excêntricos, briguentos devido ao medo, ao
aborrecimento, a desilusão e a outras emoções igualmente desagradáveis. O velho, ao contrário
do que muitos pensam, geralmente, não é amante da paz e passivo, preferindo ser agressivo para
encobrir sua limitações e seu sentimento de rejeição.
Segundo POLLAK ( 1973 ), isto é devido a mudanças nas capacidades e funções físicas e
mentais e, também as limitações e frustrações impostas pelo meio ambiente a pessoa idosa,
mesmo se este meio for o mais favorável possível, o pesquisador duvida que deixa de ser
desagradável.
GERDINE ( 1974 ), entrevistou um grupo de pessoas com a idade média de 70 anos e
constatou que os velhos possuem consciência que seu maior defeito é a irritabilidade, sendo que
logo a seguir vem a impaciência e o temperamento.
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Aprendemos, que o paciente idoso é propenso a osteoporose, fraturas de fêmur são comuns,
artrose, reumatismo, parkinson, derrames (ave )... Então o Terapeuta Ocupacional, como outros
profissionais, sabem atuar.
O interesse pelo assunto abordado ( Terceira Idade ), surgiu pela dificuldade de encontrar
no nosso meio acadêmico, e fora dele, Terapeutas com disposição de atuar no setor geriátrico,
visto que muitos vêem de forma final à vida, esquecendo de que este final um dia teve um
começo e é através desta conclusão que devemos tomar consciência da grande importância do
Terapeuta Ocupacional, criando atividades que possam manter a vivacidade dos pacientes
podendo os mesmo reagirem contra o grande incomodo e comodismo da ociosidade, motivandolhes para viver o cotidiano, melhorando a qualidade de vida.
O presente trabalho foi realizado em Casa de Saúde Geriátrica, em Jacarepaguá RJ.
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III. DESENVOLVIMENTO:
III.1. Justificativa
Diante das perspectivas de sermos um país com predomínio populacional de pessoas na
Terceira Idade no início do milênio, faz-se necessário um programa que atenda as
necessidades dessas pessoas e isso só poderá ocorrer quando a sociedade se conscientizar
de que a velhice não nos torna apenas consumista, dependente, improdutivo; e sim,
indivíduos com potencialidades, conhecimento e sem oportunidades de utilizá-lo para o
bem da humanidade e para si mesmo. Tais fatos tornam necessária uma mudança na
política de assistência ao idoso, na filosofia do mercado de trabalho e na própria família,
elemento central da sociedade, que atende a esses objetivos.
Percebemos que no próprio meio acadêmico, nas Universidades, no currículo básico não
nos aprofundamos em estudar o processo de envelhecimento em todos os sus aspectos, não
só o tão falado físico, mas o envelhecimento social e psíquico, os mais mutiladores para os
idosos.
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Ser excluído do convívio familiar porque está caducando, esclerosado, surdo, lento
demais.. ë comum ouvirmos palavras assim, talvez até tenhamos falado um dia. O que
aprendemos para ajudar essa faixa etária a romper as barreiras do preconceito e se inserida
na sociedade, com respeito e admiração? Quase nada.
II.2. “Proposta de atividades que lhes motivem o cotidiano, melhorando-lhes a qualidade de
vida”
Diferentemente da arte que busca o universal, a Terapia Ocupacional procura, com
atividades livres e criativas, o particular - fenômeno da construção pessoal da cada
indivíduo particularmente.
Conforme observado, nossos pacientes acabam perdendo a seletividade na execução de
realizarem atividades, pois a coletividade acaba fazendo da rotina uma obrigação. Com
base nesta observação a Terapia Ocupacional propõe a criar atividades, utilizando um
espaço físico real e adequado para conquista dos objetivos que está sendo oferecido. As
atividades possuem seqüência de execução mais elaborada à serem desenvolvidas pelos
pacientes com capacidade de responder à tal estimulo, e que ao mesmo tempo, demandam
potencial para além das propostas oferecidas, podendo assim criar melhores condições na
sua atividade de vida diária e prática; a qual chamamos de AVD e AVP.
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Esta proposta tem como objetivo otimizar o tratamento com atividades livres e dirigidas,
podendo possibilitar melhores em seu quadro clinico, promovendo sua auto estima,
conseqüentemente gerando renda para ser revertida no próprio setor ( Terapia
Ocupacional).
Os objetivos básicos, de todas as instituições, continuam sendo a manutenção do idoso
em seu lar, com sua plena capacidade e independência, junto à família. Para tal,
necessitamos buscar as alternativas que melhor proporcionem estes objetivos. A Terapia
Ocupacional encontra, ai, um caminho longo e complexo de ações a serem trabalhadas com
esta faixa etária. É possível desenvolver programas de baixo custo e de grandes resultados.
São terapias que proporcionam a criação de condições para o aumento da capacidade
funcional e emocional do idoso, não esquecendo de que o respeito as crenças, interesses e
vida particular são importantes para uma boa aceitação por parte dos pacientes.
O trabalho tem como objetivo, visar muito mais, a socialização e a performance do
idoso para enfrentar a vida. As práticas Terapêuticas têm grandes funções neste contexto.
As AVDs são atividades priorizadas para uma independência no idoso. As atividades
lúdicas e sociais são importantes para o resgate da identidade perdida com a idade
avançada, associada com descrenças, desestímulos e perdas. A possibilidade de
desenvolverem atividades laborativas proporcionam o resgate da cidadania, o direito de
retornar as lutas, a vida digna e a independência, o direito de uma aposentadoria que
possibilite a manutenção de um padrão de vida digno.
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Visto todas as questões nas necessidades do bem estar do idoso, procuramos dentro dos
objetivos terapêuticos um espaço livre, onde todos os pacientes possam ir e vir, delimitando
cada necessidade adquirida individualmente.
Contamos com um espaço físico real, apresentando ambiente agradável, com todas,ou
quase todas as regras exigidas para realizarem as atividades. O ambiente sendo agradável
podemos notar através dos próprios pacientes que as atividades estão sendo benéficas.
As atividades são variadas cada um adequa-se a que lhe faz sentir-se melhor, ajudando
na manutenção funcional e mental, buscando melhoras na sua vida diária. Procuramos
sempre mostrar a necessidade de respeitar os limites de cada um, para haja compreensão,
respeito e podendo sempre estar promovendo sua auto-estima.
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IV. CONCLUSÃO:
O estudo da Terceira Idade vem se comprometendo com pesquisas que objetivem o
alcance da longevidade ativa e saudável, onde a qualidade de vida e o bem-estar do idoso
possam ser assegurados.
Um dos grandes trabalhos dos Terapeutas Ocupacionais na assistência ao idoso baseia-se
na avaliação do estado funcional, junto ao clínico e outros profissionais, na prevenção das
incapacidades e na proteção da independência e autonomia dos idosos (atenção primária ).
O cuidado com o idoso deve maximizar a sua permanência em casa, na comunidade.
Buscando a instituição quando exaurirem os esforços anteriores;
A institucionalização é, segundo GUIMARÃES ( 1996 ), uma condição indissociável da
velhice, mesmo assim esforços devem ser tomados para que se mantenham os idosos em
seus lares, mesmo os com grau elevado de dependência.
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O conhecimento da história desses idosos, seus anseios, aflições, prazeres revividos e o
acompanhamento dos cuidados com a sua saúde são a amálgama para a construção de uma
relação que se enriqueça com os significados da afeição. Esses que afloram nos encontros
entre pessoas que se mobilizam e operam suas ações, a partir do que se dá, no sentir antes
mesmo do falar. Nessa relação, de apelo à nossa humanidade, podemos então, produzir um
conhecimento que evoque a internalização do saber em nós já processado.
Observa-se que muitos pacientes chegam a clinica sem nenhum estímulo, com sua autoestima baixa. Percebemos que a negação da doença sempre está muito presente nos
discursos proferidos pelo mesmo. Com relação as atividades realizadas no setor de Terapia
Ocupacional, podemos ter certeza e acreditar que existe grandes mudanças no quadro
clínico, conseguindo promover melhoras na auto-estima, criando possibilidade de uma nova
vida, dando chance a si mesmo. O resultado é muito gratificante, pois, perceber mudanças
no comportamento do paciente e acreditar que objetivo da atividade teve resultado, nos
engrandece de forma a dar mais credibilidade a quem merece - todos os nossos idosos.
Eis uma nova postura ética: idosos e moços assumem um modo novo de apresentar-se no
convívio humano. Espontâneos na singularidade da sua diferença, arranjam-se na
complementaridade e tecem, juntos, a trama de uma existência em comum, onde e quando
dignidade e respeito são os pilares do social.
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Necessitamos um lugar onde, ao chegar, já apontamos para um outro por alcançar,
recorrendo-se a sabedoria da experiência dos idosos harmoniosamente conjugada ao
conhecimento produzido e operado pelos profissionais. É uma nova perspectiva para nós,
Terapeutas. Procurar juntos, este lugar, buscar o domínio do saber com inteligência, para o
progresso social da humanidade.
A dignidade na realização das atividades transforma cada paciente na sua mais alta
nobreza. Atividades em grupo que visam expressar sem temor e podendo desenvolver suas
funções percepto cognitivas, todos ficam livres para moldar o tipo de atividade que possa
suprir suas necessidades e transformações interiores.
O objetivo deste trabalho está sendo de grande valor, pois, podemos ver e sentir na
mudança de cada paciente a vontade de sempre querer aprender mais e contudo podemos
acreditar e dar credibilidade a quem sempre vive excluído da sociedade ( os idosos ).
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V. BIBLIOGRAFIA:
FINGER, Jorge Augusto Ortiz. Terapia Ocupacional - SP ( 1986 ) Ed. Sarvier
MORRISON, Mac Caul Mirrey - Terapia Ocupacional em Reabilitação - SP ( 1978 ) Ed.
Santos.
BASTOS, O Adoecer e Morrer. Jornal Brasileiro de Psiquiatria - SP,v.32, p.211-218, (
1983 )
BEAUVOIR, Simone. A velhice. RJ- Nova Fronteira ( 1990 )
BOECHAT, N. S. Institucionalização. Arquivos de Geriatria e Gerontologia - RJ, n.0,
p. 58 ( 1996 )
CASTELO BRANCO, G. Pensamento e vida. In Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia RJ. Jornadas, RJ, p. 57-8, ( 1994 ).
18
CERQUEIRA, Luiz. Psiquiatria Social. RJ. Atheneu ( 1998 ).
GUIMARÃES, Renato M. Prevenção das doenças associadas ao envelhecimento.
Arquivos de Geriatria e Gerontologia, RJ - v.1, n.0, p.14, ( 1996 ).
VERAS, R. P. País jovem com cabelos brancos. A saúde do idoso no Brasil. RJ.
Relumé-Dumará, (1994).
INTERNET, http://saudegratuita.com.br - Mai/2001.
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ANEXOS:
Foto 1. Atividades realizadas no setor de Terapia Ocupacional
Foto 2. Atividade extra na I Feira de Artes
Fotos 3, 4 e 5. Atividade Comemorativa: Festa Junina 2001
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