PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO III SEMINÁRIOS INTEGRADORES – MÓDULO V INFECÇÃO CIRÚRGICA CASO I IDENTIFICAÇÃO: masculino, branco, 16 anos, natural e procedente de Porto Alegre. QUEIXA PRINCIPAL: dor na fossa ilíaca direita (FID) HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: iniciou com dor epigástrica há aproximadamente 5 dias atrás e que após algumas horas se localizou em FID, acompanhada de náuseas e inapetência. Procurou atendimento médico e foi diagnosticado gastrite aguda tendo recebido medicação analgésica e anti-emético via oral. A dor progrediu e iniciou com picos de febre (até 38Cº). REVISÃO DOS SISTEMAS: Geral: bom estado geral, magro, eutrófico,. Prostrado. Geniturinário: nega queixas. Demais: SP HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: ndn EXAME FÍSICO: Lúcido, coerente e orientado. Mucosas um pouco secas, coradas, anictéricas. Tax 37,9 Cº Pulso: 90 bpm TA: 110/70 mmHg. Abdômen: flácido, com dor e defesa na FID onde se palpa massa endurecida. Dor na FID à descompressão súbita. RHA diminuídos. EXAMES COMPLEMENTARES: Hematócrito 37% Hemoglobina 15% Leucócitos totais: 15.000 Bastões 6% Creatinina 1,0 mg% Glicose 85 mg%. Ultrassonografia abdominal: presença de segmento de alça fixa na FID, sem peristaltismo, em fundo cego, com paredes espessadas que pode corresponder a apêndice patológico. DIAGNÓSTICO: Apendicite aguda TRATAMENTO PROPOSTO: Apendicectomia a céu aberto CIRURGIA: Incisão de McBurney (oblíqua na FID). O apêndice encontrava-se “envelopado” por epiploon e apresentava áreas de necrose. O cirurgião dissecou e ressecou o apêndice doente, invaginando o coto com sutura em bolsa de tabaco. O Paciente estava recebendo Metronidazol e Ciprofloxacin que fora iniciado 1 hora antes da cirurgia. EVOLUÇÃO NO PÓS-OPERATÓRIO: Boa evolução nos primeiros 4 dias. No 5º dia de pósoperatório iniciou com febre (38cº). O abdômen apresentava-se flácido, indolor à palpação exceto na região da ferida operatória, com RHA presentes e o paciente já havia eliminados flatos e estava com VO liberada. Os pulmões estavam limpos. A ferida operatória não apresentava secreções, mas era dolorosa à palpação e não havia evidência de formação de crista cicatricial. CONTEÚDO PROPOSTO: 1. Como você classifica essa ferida? 2. Qual o sítio provável da febre/infecção? 3. Em função da resposta ao item 2, qual a conduta imediata? 4. Você solicitaria exames de imagem? 5. Você trocaria o regime antibiótico? CASO II Paciente de 32 anos, masculino, dá entrada na Emergência da PUC com informação de que foi mordido por um cachorro de rua na panturrilha D. a mais ou menos ½ hora atrás. O local da mordida apresenta sangue ressequido, sem sangramento ativo, com vários ferimentos perfurantes e pequenas áreas de laceração onde observa-se diminutos pedaços de tecido da calça. 1. Qual a conduta imediata? 2. Está indicada a sutura das lacerações? 3. Você iniciaria antibióticos? 4. Está indicada alguma forma de profilaxia?