4 - Contato - Academia do Psicólogo

Propaganda
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Objetivos de Aprendizagem:
Após estudar este módulo, você deverá estar capacitado para:

Entender as diferenças básicas entre o conceito de marketing e
propaganda;

Definir o que se chama de marketing de um passo, exemplificando
situações;

Definir o que se chama de marketing de dois passos, exemplificando
situações;

Compreender e utilizar o conceito de satélites de valor;

Entender o que significa “presença online” na prática;

Compreender os elementos que compõem um webiste que gere
autoridade;

Elaborar o mapa de seu website para dar suporte ao trabalho de design;

Elaborar os textos institucionais de seu website

Expor-se com mais confiança para alcançar seus objetivos
O que veremos adiante:

Conceito de marketing versus propaganda

Marketing gravitacional

Satélites de Valor

Presença Online

Website Institucional x website de autoridade

Mapa do Site

Exposição e conforto diante do público
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Aplicabilidade prática
Eis que chega o momento de começarmos a organizar o aprendizado do curso em
uma interface lógica e funcional, com o intuito de nos apresentarmos ao mundo.
Na verdade, você vai se apresentar ao mundo com seu nicho, eu já me apresentei.

Já falamos de posicionamento, de bases de competência e de criação de produtos
e serviços. A pergunta natural agora é: como fazer para que as pessoas venham
até você e utilizem estes serviços?
E é disso que começaremos a falar aqui.
Neste módulo vamos tratar de entender um conceito chave para atrair as pessoas
em sua direção, que é o que eu chamo de “marketing gravitacional”. Também
falaremos sobre o elemento que é a base a partir da qual você vai desenvolver
sua credibilidade junto ao mercado: seu website.
Se você estava querendo saber em que momento do curso íamos realmente
começar a trabalhar o marketing de forma mais prática para você começar a
vender seus serviços, chegou a hora.
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Quando ainda morava em Governador Valadares e fazia faculdade de psicologia,
eu tinha um amigo que costumava repetir de vez em quando o seguinte ditado:
“Quem não é visto não é lembrado”.
Ele não era psicólogo, e também nunca se interessou especificamente por
empreendedorismo, mas sua frase define perfeitamente a essência deste módulo.
Para ser um psicólogo independente e bem-sucedido – leia-se: vivendo bem da
profissão - além de escolher um bom nicho, tornar-se muito competente nele e
criar diferentes ofertas de produtos e serviços, você precisa de algo muito
especial:
Credibilidade.
E credibilidade se constrói, entre outras coisas, com visibilidade. Claro que não é
visibilidade conseguida de qualquer jeito, e vamos falar sobre a maneira certa de
consegui-la.
Mas o fato é:
Você tem que “aparecer” ;tem que aparecer da maneira certa, e mais, tem que
ficar totalmente confortável com isto.
Aliás, não custa repetir pela milésima vez:
“Sua ciência é a Psicologia, mas você está no negócio de reputação e
relacionamento.
E relacionamento, nessa lógica, nada mais é do que marketing bem feito.
Este modo de ver as coisas, na verdade, não vale somente para a Psicologia, e sim
para quaisquer áreas de serviço e profissionais liberais. Eu, por exemplo, fui
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consultor de empresas há alguns anos, e sabe qual era a parte mais complicada
do trabalho?
Conquistar clientes.
O trabalho em si, a entrega da consultoria, embora possa apresentar graus
diferentes de complexidade, costuma ser a parte mais fácil. Óbvio que há dores
de cabeça em alguns momentos, mas nada que se compare à “dor de cabeça” de
não ter clientes.
É importante entender isto, pois, para que as coisas aconteçam, o marketing deve
ser um elemento essencial de sua rotina, ocupando uma parte significativa de seu
tempo.
E outro ponto importantíssimo a entender: marketing é para sempre. Não é algo
que você faz uma vez ou outra, e sim uma atividade contínua e duradoura que
deve ser fortemente inserida em sua realidade profissional.
Por acaso você já consultou um profissional de educação física e ouviu que para
ter uma boa saúde você tem que malhar “para o resto da vida?”
Aqui é a mesma história.
É natural que, quanto mais maduro você ficar em sua ciência, em seu nicho e em
seu negócio, menos trabalho você terá para construir sua imagem. Mesmo assim
os esforços de marketing nunca param completamente.
Agora vejamos mais um aspecto a considerar na busca pelo sucesso:o volume de
trabalho.
Ao fazer este curso, ao escolher absorver o conhecimento aqui disponível, você
está incorporando a seu “arcabouço” uma série de conceitos e técnicas que
provavelmente são novos para você.
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E para fazer com que estes conceitos e técnicas sejam aplicados à realidade, você
vai ter, pelo menos numa fase inicial, muito trabalho. Aliás, em algum momento
deste curso é possível que você tenha parado, respirado fundo e pensado:
“Nossa, colocar isso tudo em prática vai dar um trabalho enorme”.
Pois estou aqui para te dizer uma coisa: vai mesmo. Mas é por um período
específico tempo.
Eu não quis falar demais, no início do curso, sobre esta quantidade de “trabalho”,
pois todo mundo já começa ansioso o suficiente e essa carga adicional seria
totalmente desnecessária.
Mas agora que você já avançou e enxerga o sistema com mais clareza, posso falar
de maneira mais aberta sobre isso.
Você vai trabalhar muito. Mas é muito mesmo.
Só que não para sempre.
O esforço maior é principalmente no início, na largada. Depois, a tendência é que
as coisas se ajeitem e você possa trabalhar menos do que provavelmente trabalha
hoje, e ganhando muito mais. Este é o caminho natural.
O que você está aprendendo nestes três meses de curso vai exigir de você, no
primeiro ano, muita dedicação.
Definir seu nicho, sua proposta de valor, estudar bastante sobre ele, criar seus
produtos e serviços, fazer um novo website, escrever artigos, gravar vídeos, tudo
isso vai demandar que você dê uma “acelerada” muito bem dada.
A fase inicial, e é preciso entender isto para não desanimar, é a que exige mais
esforço entre todas. Portanto, prepare-se para passar ao menos oito meses em
uma jornada bastante intensa de criação, adaptação e correção de rumos, até o
barco começar a navegar suavemente.
Com estes pontos esclarecidos, vamos voltar ao assunto principal deste módulo,
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A pergunta que será respondida nas próximas páginas é a seguinte:
“Como você pode se estruturar, do ponto de vista psicológico e prático, para
atrair as pessoas de forma que conheçam seu trabalho e confiem nele?”
Comecemos.
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Pois é, aqui está você fazendo um curso para aprender a aplicar técnicas de
marketing em sua realidade de psicólogo e ter mais sucesso profissional com isso.
Mas me diga uma coisa: você realmente sabe o que é marketing?
Estou perguntando porque, muita gente que pensa saber, na verdade têm ideias
bastante limitadas sobre o assunto. A realidade é que grande parte das pessoas
por aí confunde marketing com propaganda.
E os dois conceitos são muito diferentes.
A propaganda, que pode se manifestar através de comerciais, outdoors,
panfletos, chamadas televisivas e até folders, é uma parte do marketing. Uma
parte bastante importante, é verdade, mas apenas uma parte.
Tem gente que também acha que fazer marketing é vender algo para um
determinado público. E acredite, não é isso.
Então o que é marketing afinal de contas?
Existem dezenas de definições, mas uma das que mais me agrada e que nos serve
muito bem aqui é a do famoso autor Philip Kotler.
Diz ele:
“Marketing é o processo social pelo qual indivíduos e grupos obtém o que eles
precisam e desejam através da criação e compartilhamento de valor uns com os
outros”.
Bastante interessante, não é?
Na verdade, parece psicologia pura. E é.
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Fazer bom marketing é necessariamente influenciar o comportamento e a
percepção dos outros a respeito de algum determinado assunto. Não é manipular
as pessoas de forma inescrupulosa para comprarem aquilo de que elas não
precisam ou que não desejam. Isto seria fazer um mau uso do marketing.
O marketing ético e consciente consiste em apresentar às pessoas, de maneira
entusiástica e estratégica, bons motivos pelos quais elas poderiam se beneficiar
de alguma situação, produto ou serviço.
Mas vamos aprofundar.
Embora a definição do professor Kotler seja pertinente, ela está um pouco
acadêmica demais. Vejamos então algumas outras formas interessantes de
entender o que é marketing:
• Marketing é uma prática e um estado de espírito. – Trata-se de um jeito de se
comportar, que muitas vezes é inerente ao ser humano. Dentro desta
perspectiva, fazer marketing é algo que está na intuição de todas as pessoas.
• Marketing é criar e agregar valor aos produtos e serviços que temos. – Esta
definição está relacionada ao conceito de melhoria contínua. Toda vez que você
melhora algo em um produto ou serviço seu, isto é uma forma de fazer
marketing.
• Marketing é praticar e aprofundar o relacionamento com os clientes. – Se eu
tivesse que ficar com uma das formas simplificadas de entender marketing, seria
essa.
Está na essência do marketing manter uma relação de longo prazo com as
pessoas que serão beneficiadas por um determinado produto ou serviço. Isto é
tão importante que até deu origem a uma área específica do marketing, chamada
marketing de relacionamento.
• Marketing é descobrir sutilezas e fazer a diferença para o consumidor – Também
é uma definição bonitinha e simpática, e tem a ver com o conceito de “persona.”
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Quando você olha com atenção para seu cliente e descobre formas de ajudá-lo,
está sem dúvidas fazendo marketing.
Mas por que tantas definições?
Porque, como sabemos, o ser humano é complexo e há diferentes pontos de vista
sobre quase qualquer assunto na face da terra. A famosa subjetividade em cena.
Você pode até ter seu conceito particular de marketing se quiser, desde que
entenda que seus objetivos são sempre os mesmos:
Criar credibilidade.
E afinal, qual a diferença entre marketing e propaganda?
Eis aqui:
Propaganda: um anúncio pago e não pessoal com uma mensagem persuasiva de
uma determinada marca; a apresentação ou promoção de produtos dessa marca
para os consumidores já existentes ou clientes em potencial.
Marketing: O planejamento sistemático, a implementação e o controle de uma
mistura de atividades de negócio que tem como objetivo unir compradores e
vendedores para trocas ou transferências igualmente vantajosas de produtos e
serviços. (Esta é mais uma das definições possíveis).
Entendeu como o conceito de marketing é muito mais amplo que o da
propaganda?
A propaganda está para o marketing, como a psicoterapia está para a psicologia.
O que se chama de marketing é um corpo de conhecimento extremamente amplo
e rico do qual a propaganda é apenas uma ferramenta.
E sabe por que estou dando tanta atenção a esta diferenciação?
Por que você, como psicólogo, precisa fazer muito marketing, mas não precisa
fazer muita propaganda.
A razão é que você trabalha com um serviço intelectual, e este tipo de serviço
“vende” melhor a partir de uma abordagem menos direta e mais profunda que a
da propaganda tradicional. É algo mais sutil, mais leve, mais inteligente, e que
respeita muito mais o cliente.
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E respeito é uma palavra chave aqui.
Acredite em mim: se em algum momento seus clientes se sentirem
desrespeitados ou invadidos, você já era.
Para entender melhor esta questão de respeito, veja, por exemplo, o caso do
marketing de interrupção, no qual a propaganda é usada fortemente:
Lá está você, feliz da vida, assistindo sua novela, seu filme, seu seriado e de
repente... te interrompem. Tiram do ar seu programa, na cara dura, e começam a
te exibir, sem mais nem menos, anúncios.
Anúncios!
É como se te dissessem: pare de assistir o que você quer e veja AGORA o que
temos a te oferecer.
Funciona?
Claro que sim. Se não funcionasse não seria tão famoso.
Mas é um método caro, antigo e de certa forma ultrapassado. Definitivamente
não é uma forma muito inteligente de se vender serviços intelectuais.
É por isso que colocar uma moça ou rapaz na esquina, panfletando para você, não
costuma gerar grandes resultados. É que quando você está caminhando na rua e
te param para te entregar um folheto, é interrupção também.
Ninguém gosta de ser interrompido. As pessoas, no máximo, toleram. Apenas em
algumas situações muito específicas este tipo de marketing pode ser usado, mas
falaremos disso depois.
Por enquanto, a forma que proponho para você fazer seu marketing é
completamente diferente desta, e está baseada em uma técnica e um conceito.
A técnica é conhecida como marketing de dois passos, e o conceito é o que se
chama marketing gravitacional
Vamos falar primeiro do:
Marketing de dois passos
Quando eu era criança, entre os meus 7 e 11 anos, costumava passar uma parte
das férias de verão na fazenda de meu avô. Os dias na fazenda eram divertidos, e
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uma das coisas que costumávamos fazer de manhã bem cedo era desenterrar
minhocas para ir pescar.
Íamos lá eu, meu irmão, algum primo que estivesse junto e meu pai, que levava
sempre um vidrinho com farelos de pão.
Assim que as minhocas estavam na lata e as varas preparadas para começarmos,
meu pai pedia silêncio e iniciava o ritual. Um pouco de farelo aqui, um pouco ali, e
mais silêncio. De repente, pequenas bolhas na água e uma considerável multidão
de peixes visivelmente animados.
Só então a pescaria começava.
Quando colocávamos os anzóis na lagoa, quase que imediatamente os peixes
começavam a morder a isca, e não demorava muito, estavam fisgados.
Na verdade, era tão fácil que às vezes perdia a graça.
Vim a descobrir, apenas depois de adulto, que existe um nome técnico para isto
que meu pai fazia. Chama-se “ceva”. É uma estratégia utilizada por quem pratica
pesca esportiva para atrair o peixe até isca. Existem até sites ensinando a fazer
cevas especiais, de tão sério que é o negócio.
O princípio é muito simples: você oferece aos peixes algo interessante para eles,
isso cria um bafafá no fundo da lagoa, e de repente temos peixes e mais peixes
nadando em direção à novidade.
Por quê? Porque eles adoram. E o melhor de tudo: é de graça!
E é aí que mora o segredo da coisa. Tem que ser bom, e tem que ser de graça.
Este é o princípio do marketing de dois passos
O chamado marketing de dois passos é uma técnica muito simples, poderosa e
eficaz para se vender produtos e serviços. E funciona tão bem assim por ser
baseada em um princípio valorizado por todos os seres vivos.
Reciprocidade.
Gere valor e o valor volta para você.
É um sistema totalmente baseado na relação “ganha ganha” entre você e seu
potencial cliente, e projetado para construir aquilo que é mais importante para
qualquer produto ou serviço: credibilidade.
Funciona assim:
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Você produz e entrega algo de real valor para as pessoas – sem cobrar nada - para
que elas conheçam o que você tem a oferecer, e só depois – de maneira
totalmente honesta e transparente – você oferece seus serviços a elas.
E o melhor, às vezes você nem vai precisar oferecer, porque se a entrega de valor
for bem feita, elas mesmas vão te procurar para comprar seus serviços.
De certa forma, é o mesmo princípio da ceva na pescaria.
Só que ao contrário do pescador, que deseja “fisgar o peixe” para colocá-lo na
panela (um destino não muito bom), seu desejo é despertar o interesse do
potencial cliente para oferecer algo que seja muito positivo para ele.
E muita atenção a este ponto:
Tem que ser positivo. Tem que ser bom. Tem que ser de graça. E você TEM que se
importar de verdade com a pessoa para quem está oferecendo o valor.
Se não for assim, não dá certo.
O marketing de dois passos é um método que não se sustenta caso você esteja
tentando vender um produto ou serviço no qual não acredita, ou se estiver
querendo “empurrar” algo nas pessoas.
Isso acontece por que o próprio jeito de fazer o marketing de dois passos já
evidencia para o cliente suas intenções.
Dificilmente algum charlatão vai longe com este processo, pois ele exige
transparência, caráter, e muita dedicação de quem o pratica.
Mas antes de continuarmos, pense comigo:
Se existe algo chamado marketing de dois passos, é porque deve existir também o
marketing de UM passo. Correto?
Corretíssimo.
Então conheça rapidamente:
O Marketing de um Passo
Sabe quando você está passeando pela rua, num dia agradável, e ouve assim:
“Picolé, picolé!” Ou quando caminha pelo centro da cidade e os ambulantes vêm
em sua direção oferecendo serviços?
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Pois é. Marketing de um passo.
A maioria dos anúncios que você lê e dos comerciais de televisão que você assiste,
utilizam este método. Grande parte das pessoas que tentam te vender
qualquer coisa, também age nesta lógica.
Atenção: nem sempre o marketing de um passo significa que você será
interrompido, embora isto seja comum em algumas de suas variações.
Mas o fato é: o marketing de um passo é BEM famoso.
Neste estilo de marketing, o que eu faço é dizer o seguinte:
“Ei, olhe, eu tenho aqui um produto/serviço muito legal, e se você comprar ele de
mim vai ficar muito satisfeito”.
E sim, dá resultados.
Muitas vezes você está andando pela rua, e ao ver o carrinho de picolé você pára
e compra um para se refrescar. Se você estiver com fome e passar pelo anúncio
de um belo prato na porta de um restaurante, é bem possível que dê uma
paradinha para almoçar por ali.
O marketing de um passo funciona sim senhor, só que tem um detalhe:
Ele é muito menos eficaz e certeiro do que o marketing de dois passos.
E a razão é simples:
O marketing de um passo pede às pessoas que comprem algo ANTES de
estabelecer uma relação de confiança verdadeira e profunda com elas.
A principal diferença é: no marketing de um passo você paga primeiro e
experimenta depois. Uma aposta arriscada, não acha? Especialmente se você
ainda não conhece o produto ou serviço.
No fundo você sabe desse risco, e naturalmente seus instintos buscam minimizálo. Tanto é que, quando está na praia e vai comprar algum pastel, você
provavelmente olha muito bem para o aspecto do vendedor e da apresentação do
produto para julgar se aquilo te passa “confiança”.
Já no marketing de dois passos, a coisa é diferente.
Em vez de pagar para conhecer o produto (ou serviço), o que você faz é conhecer
um pouco para, só então, decidir se vale a pena pagar. Neste caso, a oferta de
valor é degustada antes mesmo de você fazer qualquer aquisição.
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Aliás, se você analisar bem, vai ver que é uma estratégia que usa a mesma lógica
do conceito da “estante de ofertas” que apresentei, mas agora com o elemento
gratuidade envolvido.
Uma pessoa pode começar a “subir” por sua estante, não através de um produto
de baixo investimento financeiro, e sim através de um produto totalmente
gratuito.
A lógica é simples: no marketing de dois passos o cliente recebe muita amostra
grátis antes de comprar alguma coisa.
Você experimenta e, se gostar, paga para ter mais do que experimentou.
Esta forma de marketing é tão poderosa e interessante, que cada vez mais as
empresas estão migrando para ela.
Um pequeno exemplo do marketing de dois passos são as oportunidades de
degustação que acontecem freqüentemente nos supermercados mais chiques.
Dependendo do supermercado, você até almoça de graça num sábado de manhã,
de tanta bebida e guloseima que te dão.
Sabe o que é aquilo? Farelo de peixe. (Metaforicamente falando, é claro)
O princípio é o mesmo da ceva. Atrair as pessoas e deixá-las saborear um pouco
do produto, esperando que sejam fisgadas e comprem mais. Deixá-las
experimentar o valor, ao vivo e a cores, para que possam construir sua própria
percepção sobre ele e tomar a decisão.
Uma sacada genial.
Mas se você pensar bem, não deixa de ser uma aposta arriscada também, já que
há o risco de as pessoas não gostarem do que está sendo oferecido. Só que ao
mesmo tempo é um ENORME atestado de autoconfiança, segurança e
transparência.
Falemos a verdade: se eu te deixo experimentar um pouco do meu
produto/serviço “antes” de você comprar, é por que eu realmente acredito na
qualidade dele. E isto soa como música aos ouvidos de qualquer cliente. Pois eles
têm a tranqüilidade de estarem pagando por algo cuja qualidade, pelo menos em
parte, já pôde ser atestada.
Por exemplo, eu não sei como você veio parar neste curso, mas muita gente
tomou a decisão de se inscrever após analisar o módulo introdutório que foi
disponibilizado, adivinhe só como: de graça.
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Agora outro ponto chave:
A sua grande vantagem em ser psicólogo é que, diferentemente do vendedor de
picolé e das empresas que oferecem degustação no supermercado, você trabalha
com um produto inesgotável.
Seu conhecimento.
E isto faz com que o marketing de dois passos seja muito mais fácil para você.
A maravilha de se trabalhar com conhecimento é isso: você pode deixar as
pessoas experimentarem o quanto elas quiserem, que o conhecimento
ainda continua com você.
Por exemplo: se eu fizer uma palestra mil vezes, eu não só continuo com meu
conhecimento, como experimento também um grande aumento nele.
Afinal, depois de fazer mil palestras, eu serei um palestrante BEM mais
experiente.
Consegue entender a mágica?
É como se o vendedor de picolé deixasse todo mundo experimentar um picolé de
graça, e no fim do dia o carrinho dele estivesse com mais picolés do que antes.
Seu conhecimento não acaba quando você o oferece para as pessoas. Pelo
contrário, ele aumenta!
Por isso você não deve ter medo de aplicar totalmente o marketing de dois
passos. O apelo dele é universal e você não tem nada a perder.
É algo que funciona para pescadores, para supermercados, para vendedores de
picolé, e adivinhe:
É perfeito para psicólogos
Imagine a seguinte situação:
Você decidiu que vai trabalhar com aprendizagem infantil, este vai ser seu nicho.
Você se apaixonou pelo tema, estudou bastante, ganhou confiança, criou alguns
produtos e serviços e sabe que pode melhorar muito o desempenho de crianças
com problemas de aprendizagem.
Então você faz alguns cartões – muito bonitos por sinal – e começa a entregar
eles para mães nas portas das escolas, abordando-as ativamente e falando que se
o filho dela tiver problemas de aprendizagem, você tem a solução.
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Absurdo, não é? (Se você não acha isso absurdo, pare de estudar e me ligue com
urgência.)
Preste atenção:
O que você tem para vender é um serviço intelectual e de alto valor agregado.
Não é empada, nem carro, nem picolé, nem roupa da moda.
Você vende um serviço que costuma ser personalíssimo, e que em sua forma mais
tradicional – a psicoterapia - potencialmente representa inúmeros riscos para seu
consumidor. Afinal, quem gosta de expor detalhes de sua vida particular e ainda
pagar?
Por isso você precisa fazer muito mais do que vender. Você precisa “ser
comprado”. Em suma: não aborde as pessoas, crie condições para que
ELAS abordem você.
Vamos a mais um dos meus casos. Este é curtinho:
Assim que me graduei em psicologia, decidi que, além de fazer alguns
atendimentos clínicos, eu me dedicaria também à consultoria empresarial.
E a verdade é que dois anos depois de formado eu já estava quase que
totalmente na consultoria, pois era um trabalho que me agradava mais do que a
clínica psicológica. E foi no mundo dos consultores que eu aprendi o princípio do
“não venda, seja comprado”.
Até pouco tempo atrás eu prestava consultoria, e tinha sempre um número muito
satisfatório de clientes.
Mas veja bem: geralmente eu não ligava para a empresa das pessoas oferecendo
consultoria, e também não fazia centenas de cartões e panfletos para serem
distribuídos por aí.
Não é assim que funciona.
O que eu fazia era oferecer algo que fizesse com que as pessoas “soubessem” a
meu respeito, conhecem minhas ideias, confiassem em minha competência
e procurassem meus serviços. No máximo, trabalhava minha rede de
relacionamentos, pedia referências, e quando abordava alguma empresa
ativamente, era através de alguém que havia me recomendado.
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Eu não aparecia do nada simplesmente oferecendo algo, como se fosse um
vendedor de pamonha. Em outras palavras, eu construía minha reputação,
prioritariamente, através do marketing de dois passos.
E é exatamente isto que você precisa fazer.
Criar e oferecer gratuitamente amostras dos seus produtos e serviços para que as
pessoas possam “experimentar” e pedir mais - desde que elas gostem, é claro.
É como se, dentro de sua estante de ofertas houvesse uma prateleira chamada
“amostras grátis”, na qual as pessoas poderiam degustar um pouco do que você
tem a oferecer, sem precisar desembolsar qualquer dinheiro para isto.
O marketing de dois passos é, sem dúvidas, a melhor forma de conseguir ser
comprado como psicólogo, e você deve sempre se focar nele.
Entendido até aqui?
Então agora vamos falar de um conceito muito mais abrangente e poderoso do
que o marketing de dois passos, que vai te ajudar a construir um campo de
atração contínuo para seus possíveis clientes.
Preste muita atenção, pois este conceito precisa permear toda a sua prática
profissional a partir deste momento. O nome dele é:
Marketing Gravitacional
A expressão “marketing gravitacional” não foi criada por mim. É um conceito que
aprendi com consultor norte americano Alan Weiss, do qual já falei aqui.
De certa forma, o marketing gravitacional pode ser entendido como um conjunto
de ações que cria uma série de caminhos que trazem as pessoas até você. A
junção destes caminhos gera uma espécie de campo gravitacional à sua volta,
fazendo com que potenciais clientes e até mesmo parceiros sejam
constantemente atraídos para suas ofertas.
Cada um destes caminhos é representado por um “satélite” que orbita em volta
de você. São estes satélites que vão capturar a atenção das pessoas e gerar a
gravidade desejada.
Eu sei que está parecendo aula de física, mas daqui a pouco tudo fica mais claro.
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Aliás, por falar em exatas, sou péssimo em matemática, mas esta equação aqui é
bem fácil de entender:
Amostras de valor+ Estante de ofertas +Ações Planejadas = Marketing
Gravitacional
Vamos ver rapidamente cada um destes pontos:
Amostras de valor: é tudo aquilo que você oferece gratuitamente para entregar
valor para seu público e construir sua reputação. E-books gratuitos, artigos,
colunas em sites, vídeos, podcasts, palestras, workshops, newsletter,
Note que, embora existam aqui palestras, workshops e e-books, neste caso eles
precisam ser feitos gratuitamente, como forma de se divulgar e criar – olha que
palavra bonita da psicologia - awareness.
Estante de ofertas: você já conhece bem o conceito, mas vamos rever: Na estante
estão suas ofertas de produtos e serviços que são pagas. Elas também servem
como um elemento criador desta gravidade que traz as pessoas até você.
Geralmente, os produtos que alcançam escala – sendo vendidos para muitas
pessoas - como e-books, treinamentos, workshops e palestras pagas, tendem a
gerar este efeito.
Um dos melhores produtos para gerar “gravidade” em direção a você, por
exemplo, é a publicação de um livro através de uma editora. Não sei se você sabe,
mas os autores não costumam ganhar muito dinheiro com livros, o verdadeiro
benefício está na imensa credibilidade que eles geram. Eu que o diga.
Ações Planejadas: aqui entram algumas iniciativas que você pode tomar
ativamente como forma de aumentar sua visibilidade, como, por exemplo, fazer
networking, participar de grupos e associações, participar entrevistas no rádio
e/ou tv, envio de pautas e press releases. Enfim, é você mostrando sua cara,
aparecendo.
Quando você combina todos estes esforços, oferecendo amostras,
disponibilizando formatos de produtos e serviços e executando algumas ações
planejadas, você está estabelecendo à sua volta este campo gravitacional, que
traz as pessoas até você.
Na Academia do Psicólogo, por exemplo, vários parceiros chegaram até mim
desta forma. Palestras já foram vendidas por causa disso, e até você está fazendo
este curso por causa desta “gravidade”.
Afinal, por acaso eu te liguei para oferecer alguma coisa?
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O marketing gravitacional é um conceito macro e bem abrangente. Não é
exatamente uma técnica específica que você vai usar, e sim uma maneira
estratégica de observar a realidade à sua volta e agir sobre ela.
O importante a perceber aqui é: quanto mais produtos e serviços você cria,
quanto mais parcerias você faz, quanto mais exposição consegue, maior e mais
forte torna-se o seu campo gravitacional. E quanto maior este campo
gravitacional, mais pessoas serão atraídas.
A verdade é que este conceito é tão forte e poderoso, que até um generalista
consegue se tornar uma referência trabalhando com ele.
O italiano Contardo Calligaris, que vive em São Paulo, é um exemplo vivo do que
estou falando. Ele é um psicanalista que não tem nenhum nicho definido, não é
associado a nenhum público específico, e vive com o consultório lotado.
A questão é que ele escreve tanto, dá tanta entrevista, faz tanta palestra, aparece
em tanto lugar diferente, que criou uma espécie de “aura” em torno de seu nome
a ponto de várias pessoas ficarem atraídas por ele. Quer dizer, alguns podem
chamar de aura, eu chamo de “campo gravitacional”, e dos bons.
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Escolhendo seus satélites de valor:
A esta altura você deve ter notado que a roda do marketing gravitacional tem
diversos tipos de elementos.
Estes elementos são o que chamaremos aqui de “satélites”.
Uso a nomenclatura “satélites” justamente para evidenciar que são amostras que
orbitam em torno de você, fortalecendo seu campo gravitacional.
A pergunta é: você precisa lançar todos estes satélites? (e-book, artigos, vídeos,
posts, podcasts, livro impresso, palestra). Precisa usar todas as opções de
amostras que já vimos?
Não, não precisa.
Talvez você nem mesmo se sinta confortável com algumas destas formas de se
divulgar, e tudo bem com isto. Agora, se você não se sente confortável com
nenhuma delas, a coisa complica.
Por exemplo, talvez você não queira fazer palestras gratuitas, ou fazer parte de
associações, nem mesmo desenvolver parcerias, mas você pode publicar um e-
book, fazer sua newsletter e ter um workshop que você vende a um preço bem
acessível para se divulgar.
Claro que se você quiser e puder lançar todos estes satélites, seu campo
gravitacional vai ficar extremamente forte, mas tudo bem em escolher apenas
alguns.
De qualquer forma, há pelo menos dois tipos de satélites que eu creio que você
não deve negligenciar:
Artigos e vídeos.
Mas nós vamos falar mais disto quando entrarmos no mérito daquele que é o
maior de todos os satélites dentro de seu campo gravitacional: seu Website.
Aguarde e confie.
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Agora que já nos aprofundamos um pouco no conceito de marketing e falamos de
algumas importantes nuances e perspectivas, é hora de darmos atenção especial
a um aspecto fundamental de toda a sua estratégia:
A internet.
Você se lembra das listas amarelas que existiam antigamente – sua mãe se lembra
- nas quais as pessoas procuravam por serviços e até mesmo lojas de produtos?
Ela mudou de nome há pouco menos de 20 anos, e além de estar muito mais
abrangente, agora é multicolorida também.
Chama-se Google.
Sua total atenção para esta afirmação, por favor:
A internet não é uma mídia, ela é um ambiente.
As pessoas não estão na internet simplesmente para ler ou procurar informações,
elas estão lá interagindo, vivendo, tomando decisões, fazendo escolhas.
Não é um mundo virtual, é o mundo real mediado por computadores.
E dentro deste mundo, deste gigantesco universo, o todo poderoso Google reina.
A razão para seu reinado é simples: ele filtra e cataloga respostas pertinentes para
praticamente todas as perguntas da espécie humana.
Hoje em dia, e cada vez mais, no futuro, as pessoas usarão a internet como
ferramenta de suporte para conduzir suas vidas. Na verdade, ela é tão importante
que até já refizeram a escala de Maslow com a palavra “Wi Fi” abaixo das
necessidades fisiológicas. (Lógico que é uma piada).
Resumo da ópera: você precisa estar na internet, e precisa estar lá de maneira
forte. Muito forte.
De fato, eu proponho que todas as suas ações de marketing e construção de
credibilidade comecem na web.
E o motivo é óbvio: ela facilita IMENSAMENTE sua vida.
26
Se eu tiver que usar uma expressão para designar o que significa a existência da
internet para o desenvolvimento de um negócio como o seu, seria esta: um
sonho.
Por exemplo, este curso que você está fazendo foi completamente construído em
cima da realidade web.
Não só a operacionalização das coisas através de e-mails e dos arquivos de texto,
como este e-book. É tudo mesmo. O conceito pedagógico, a conquista do público,
as vendas, a interação, absolutamente todos os aspectos relacionados a este
curso tem como requisito essencial a existência da web.
Na verdade, a maioria das estratégias que você está aprendendo neste curso – e
que vão te trazer resultados também fora da internet - seriam muito difíceis de
aplicar se estivéssemos ainda nos anos 1980.
Algumas, de fato, seriam impossíveis de serem explicadas, pois nem mesmo seu
conceito existiria.
Por isso, comemore.
Nunca foi tão simples se construir uma reputação quanto hoje, e nenhum meio é
tão barato e tão eficaz para divulgar seu conhecimento quanto a internet. Ela está
além dos mais megalomaníacos sonhos que qualquer ser humano poderia ter até
30 anos atrás.
E no mundo da internet uma expressão define muito bem o que você precisa ter
para construir sua reputação e atrair clientela.
Presença Online
De maneira bem direta, podemos dizer que presença online é como você, sua
imagem, seus produtos e serviços vão se apresentar no ambiente online. A
presença online é o que vai criar seu marketing gravitacional na internet.
Alguns especialistas da área dizem que presença online é a criação e
administração de seu avatar virtual, e que se trata de uma série de técnicas para
transferir para o ambiente online seu jeito de ser, suas nuances, sua
personalidade.
A construção de uma boa presença online se dá através de vários elementos –
vários satélites online - e o assunto é tão vasto que daria para escrever um livro
inteiro sobre ele. Por isso, neste módulo vamos falar apenas de um GRANDE
satélite muito poderoso para a construção de sua presença:
27
Seu website: o mais importante satélite
Você deve ter notado que eu nem listei o website quando falei rapidamente dos
satélites no módulo anterior. É que ele é tão importante que prefiro tratá-lo de
maneira especial.
Talvez você encontre algumas pessoas por aí dizendo que “você não precisa de
um website” e que uma página no Facebook ou em outras redes sociais, basta.
Não basta.
As redes sociais podem sim, te dar uma boa projeção e criar muita “gravidade”,
mas se você quer ter um negócio sólido, profissional e duradouro, faça um BOM
site.
Entendido?
Então sigamos.
Várias pessoas têm estado ansiosas a respeito desta parte, por considerarem que
o site é uma de suas principais ferramentas para ter sucesso no mercado.
E como eu já disse, elas estão completamente certas.
Seu website é como se fosse sua “casa” profissional na web. É nele que você vai
se organizar para operacionalizar e aplicar uma série de conceitos e técnicas
aprendidas neste curso.
Nicho, proposta de valor, estante de ofertas, marketing de dois passos, marketing
gravitacional, toda esta enorme mistura de conceitos e práticas que você
aprendeu até aqui, terá como principal vetor de operacionalização seu website.
É ele que tangibiliza, concentra e organiza o trabalho.
Trocando em miúdos: seu site é seu quartel general, o ponto de partida para
grande parte de suas ações de empreendedorismo e marketing.
Trate-o com muito carinho.
Agora, antes de continuarmos, dois esclarecimentos pertinentes:
O primeiro é que você não vai aprender aqui todo o conhecimento técnico para
montar um site. Seria impossível fazer isto em um tópico. O volume de
informação necessário é muito grande. (Na verdade há cursos específicos para
isso)
O que você vai aprender aqui é a conceber, estrategicamente, seu website.
28
Não vamos falar de programação, configuração e aspectos técnicos de layout. No
entanto, caso você se decida por fazer seu website por conta própria, ou mesmo
contratar alguém para isto, as informações aprendidas aqui serão extremamente
úteis.
De certa forma, aqui você vai aprender construir mentalmente seu site, para
facilitar sua vida quando você for transformá-lo em realidade.
O segundo esclarecimento, é que mesmo se você tiver impresso este documento,
recomendo que faça a leitura próximo a um computador. É que em alguns
momentos vou sugerir que você entre na web.
Tudo claro? Então vamos a alguns conceitos chave para esquentar.
Primeira coisa:
a) Construa um site de autoridade
Eu vivo falando sobre este tal site de autoridade. Mas antes de vermos o que é
um, vamos falar sobre o que não é um site de autoridade.
Durante um tempo eu tive um site cujo domínio era www.brunosoalheiro.com.br.
Este site, que não existe mais, foi feito em 2013, e na época, como eu ainda era
um palestrante “generalista”, eu não havia pensado profundamente nesta
questão.
Se você navegasse por lá, iria ver que era um site bem feito, tinha imagens
bonitas, mostrava os serviços claramente, falava um pouco de mim, mas havia um
grande problema.
Ele não tinha um foco claro.
Era um site institucional. Quase um outdoor virtual.
A comunicação não estava orientada para nenhum público específico, e o mais
grave, não havia conteúdo nem mesmo atualização.
Se você entrasse no site num intervalo de meses, iria ver a mesma coisa. Não
existia atualização de conteúdo. Era o famoso “site vitrine”.
Você poderia até argumentar que o fato de o site ser bonito – e era bonito
mesmo – me conferia certa autoridade. Sim, isso é verdade, mas o conceito de
site de autoridade é bem diferente, e vamos ver isso logo ali na frente.
O importante é perceber que um website, independentemente de ser ou não
bonito, não pode ser apenas um folder com algumas páginas.
29
O grande problema com o site de muitos psicólogos, é que eles não são sites que
oferecem conteúdo útil. O que há para ler é apenas o descritivo dos serviços, no
clássico modelo do marketing de um passo.
Mas agora vamos ver um exemplo de site de autoridade, que me foi
extremamente útil por muito tempo, o “Psicólogo Empreendedor”.
Hoje o site não existe mais, pois com a criação da academia do Psicólogo, ficaria
muito complicado alimentar os dois projetos. Mas você pode acessar o site,
especificamente para fins de estudo:
Para isso, vá em:
http://psicoemp.wpengine.com/
Digite o nome de usuário: psicoemp
Digite a senha: fe3fb725
Pronto? Então vamos.
Eu sei que você provavelmente já conhece o site, mas neste momento quero
pedir que você o analise com um olhar crítico.
Perceba que toda a comunicação é feita para um público específico: os
Psicólogos. Tanto que, pelos meus relatórios do Google, grande parte das pessoas
que chega ao site se engaja e passa vários minutos nele.
Quando um psicólogo em busca de informação sobre carreira encontra o site, ele
realmente percebe que aquilo ali foi feito “para ele”. Não há palestras disso e
daquilo, nem temas diferentes para diferentes tipos de pessoas e negócios.
É tudo focado neles.
Mesmo que os serviços variem, todos estão orientados para um mesmo público.
Outro aspecto fundamental: 90% do que está no site é conteúdo útil aos
psicólogos.
Existem as áreas em que ofereço serviços, falo sobre mim, a página de contato –
assim como em um site institucional - mas a maior parte é composta de artigos
para os psicólogos, e em breve teremos também uma parte só com os vídeos.
São estes artigos e vídeos que ajudam a “sanar as dores e realizar os sonhos” da
minha persona, e é isto que constrói neles a credibilidade necessária.
30
Geralmente, quando as pessoas entram em um site de autoridade, elas ficam
extremamente gratas, pois é como se ele fosse “tudo aquilo que elas estavam
procurando para resolver o problema delas”.
Quando bem feito, ele gera aquela sensação de “achei”!
O leitor tem a sensação de ter encontrado uma das melhores, senão a melhor
fonte de conteúdo a respeito daquele tema na web.
Tem que ter muito conteúdo, e conteúdo de qualidade.
Compreenda o seguinte: as pessoas não entram em seu site por causa de você,
elas entram por causa delas. Elas querem encontrar respostas, mesmo que
parciais, para suas dores e angústias.
E para que encontrem, que gostem, que queiram voltar, você precisa disponibilizar
conteúdo de valor.
Por último, temos também o aspecto atualização: Você não precisa inserir
conteúdo em seu site todo dia, mas é bom que, pelo menos de 15 em 15 dias
você tenha um artigo ou vídeo novo. E o motivo para isto é que se as pessoas
forem muitas vezes ao seu site sem que nada tenha mudado, elas vão parar de ir.
Simples assim.
E por falar em simples, vamos a outro conceito chave.
b) Seja Simples
Não sei você se lembra daqueles sites em linguagem “flash” dos anos 90, que
tinham cores, música, letras mirabolantes voando e ícones animados. Era um
verdadeiro samba do crioulo doido.
Se você lembra, esqueça agora.
Seu site tem que ser o mais simples e limpo possível.
Quando alguém chegar lá, é preciso que a pessoa tenha uma experiência
visualmente “leve” e encontre rapidamente o que está buscando, sem ter que
perder tempo ou quebrar a cabeça.
Mas atenção, quando eu falo simples eu não quero dizer feio ou “pobre”
visualmente.
O que quero dizer é que os elementos têm que estar bem organizados, com bom
espaçamento, e aquilo que se chama em design de “área de respiro”.
31
As áreas de respiro são simplesmente os espaços em branco no site, as áreas
livres, que fazem tudo parecer mais leve e evita a sensação de “amontoado”. Um
bom equilíbrio entre imagens, textos e área de respiro vai aumentar muito o
engajamento do seu público.
Já é inclusive provado, através de estudos científicos, que uma boa quantidade de
áreas em branco cansa menos o leitor e aumenta drasticamente sua capacidade
de compreensão e engajamento.
Coloque o que for preciso, mas não mais do que isso.
c) Design Profissional
Isto tem tudo a ver com simplicidade.
Muita gente confunde design com estética. A estética é sim, uma parte
fundamental do design, mas não é tudo.
Steve Jobs tem uma frase perfeita sobre esta questão:
“Design não é só como se parece, é como funciona”.
Por exemplo, quando um novo carro é encomendado a um designer, ele não
pensa só no aspecto da beleza visual, mas também na usabilidade, na praticidade,
na funcionalidade.
Um design profissional, além de deixar seu site muito mais atraente e gerar
credibilidade, precisa fazer com que a experiência de navegação seja gostosa, fácil
e intuitiva.
Existe toda uma ciência por trás disso, e não dá para entrar em detalhes aqui, mas
cada elemento no site tem um lugar determinado. As chamadas, os botões, até a
combinação de cores é importante, não somente pelo aspecto estético, mas pela
influência que o conjunto vai ter na experiência de navegação.
Por isso eu costumo insistir para que você contrate um web designer profissional.
Eles são profissionais que estudaram muito sobre isto, e estão bastante
capacitados para transformar sua ideia em um website que, mais do que lindo,
seja extremamente funcional.
Querer dispensar um designer para fazer o site você mesmo, equivale a um
designer querer dispensar o psicólogo para resolver uma questão emocional por
si mesmo.
Funciona, mas pode demorar mais e os resultados não serem tão bons.
32
Mas se ainda assim você quiser fazer o seu, a melhor forma é observar outros
sites e, na medida do possível, fazer igual.
Agora, para facilitar mais sua vida, vamos fazer uma análise relâmpago do site
Psicólogo Empreendedor, no que se refere à aplicação dos conceitos acima e
outros mais.
Atenção: existem vários templates e modelos de sites para você se inspirar. O
importante é você perceber a lógica dos pontos que vou abordar, para garantir
que, qualquer que seja o “modelo” do seu site, ele respeite estas regras.
O ideal é que você leia esta parte tendo acesso ao site, para fazer as observações
de maneira mais clara.
Após entrar no site, note que:
1. O site é de autoridade por que está focado em um nicho claro e possui
muito conteúdo.
2. O site é simples. Embora ele seja visualmente impactante, note que o
menu - em laranja - é limpo, há muita área de respiro e as coisas não se
amontoam.
3. O site tem um design profissional, a paleta de cores é harmônica, os
artigos são colocados em destaque na home, os serviços são fáceis de
achar, e estão também em botões grandes e retangulares lá embaixo. As
cores combinam quente e frio, num visual claro, mas ao mesmo tempo
aconchegante, o que faz com que o leitor, em geral, queira ficar ali.
4. Na home (página principal) você pode ver algo como um grande “outdoor”
que alterna entre a chamadas diferentes. Esta parte se chama slider, e ela
pode ser usada sempre que eu quiser anunciar alguma novidade de forma
mais impactante.
Mas veja, eu não estou dizendo que tenho o site perfeito. Com certeza tudo pode
ser melhorado. Mas ele com certeza cumpre os requisitos para ser um site de
autoridade que oferece uma experiência agradável e rica para o leitor.
É justamente o conjunto de conteúdo + beleza + funcionalidade que vai fazer com
que seu site seja percebido como sendo de “alto valor” por seu público alvo.
Bem, agora que falamos de conceitos chave, vamos nos aprofundar mais, por que,
como diz o ditado: detalhe pouco é bobagem.
33
1) Mapa Geral do Site
Seu site não é construído a esmo. Ele obedece a uma estrutura, uma lógica.
Lembra-se do conceito de “outline” do qual falamos no módulo anterior? É mais
ou menos a mesma coisa.
Para começar a elaborar seu site, você precisa partir do geral para o específico.
Esta outline, aqui é chamada de: mapa do site
E é a primeira coisa que você precisa conceber.
Se quiser ver o mapa do site Psicólogo Empreendedor, vá até a página principal,
role a tela até o fim e veja lá, num grande rodapé.
De qualquer forma vou reproduzi-lo aqui:

HOME

SOBRE

ARTIGOS

+ COMPETENCIAS

+EMPREENDEDORISMO

+ ENTREVISTAS

+ POSICIONAMENTO

SERVIÇOS

CONSULTORIA

PALESTRAS

CONTATO
Note que as partes em negrito são as principais, e que as que não estão em
negrito são as sub-áreas.
Por exemplo, no menu principal você só vai ver artigos, mas se passar o mouse
por cima você vai ver as categorias de artigos, que tem o + na frente. Da mesma
forma, se você entrar em serviços, vai ver, internamente, palestras e consultoria.
Eu escolhi criar “categorias” para meus artigos, porque pretendo escrever muito
conteúdo, e o conteúdo se divide naqueles tópicos. Mas não é obrigatório ter
categorias internas.
34
Outra coisa: você não precisa saber sequer ligar o computador para fazer o mapa
de seu site. Tudo o que você precisa é de um papel, uma caneta e senso de lógica.
O mapa é o conjunto das partes que vai formar o todo. Se o site fosse uma casa, o
mapa mostraria todos os cômodos e como eles se interligam.
Para ilustrar, veja como poderia ser o site de um profissional cuja proposta de
valor é: “Ajudar jovens profissionais a serem mais organizados e produtivos”.

1- HOME

2- SOBRE

3- SERVIÇOS

ARTIGOS

+ PRODUTIVIDADE

+ ORGANIZAÇÃO

+ DISCIPLINA

4- CONTATO
Outro motivo para usar subcategorias é não poluir o menu principal com muita
coisa. Não dá para colocar horizontalmente todas as divisões de artigos e serviços,
especialmente se você tiver uma farta estante de ofertas.
Eu diria que um menu ideal não deveria ter mais que 6 itens principais, embora
tudo dependa do design.
Note que o menu do site Psicólogo Empreendedor tem apenas 5 itens principais,
e 2 deles tem subcategorias.
Importante: não há um jeito exato de fazer, o que você precisa é apenas garantir
a objetividade e clareza para quem vai navegar.
Ok, agora que já falamos do MAPA do site, vamos entrar em cada uma das áreas
principais do exemplo acima. Apenas não falaremos aqui dos artigos, pois
trataremos deles no próximo módulo.
35
Comecemos pela famosa:
2) HOME (Ou página inicial)
Sua home é a cara do seu site. A fachada. Se você não entendeu ainda, ela é
aquela página principal de todo site.
Ao contrário do que você talvez possa pensar, a home não é necessariamente a
primeira página que as pessoas vêem quando entram em seu site.
Isto por que muitas pessoas virão até seu site através do Google, e cairão direto
em algum artigo ou vídeo. Vamos supor, por exemplo, que você trabalhe com
“Orientação de carreira para profissionais maduros” e tenha um artigo chamado:
“Como se recolocar no mercado após os 50 anos”.
Muitas pessoas que procurarem por este assunto no Google, provavelmente
encontrarão seu artigo, e é através dele que elas entrarão em seu site, e não
através da home.
Mas isto não significa que a home é pouco importante.
É que se as pessoas gostarem do seu texto, elas provavelmente vão entrar na
home para saber mais sobre você. E é aí que você precisa causar uma boa
impressão.
De forma geral, sua home tem que ser uma espécie de hub, um ponto de
convergência para quase tudo que há dentro de seu site.
É lá que fica o menu principal com os serviços, a página de contato, suas
informações, e também é lá que o acesso a artigos, vídeos e newsletter fica bem
evidenciado.
A home é a “a página das páginas”.
Por isso vamos analisar um pouco cada elemento que a compõe, ainda tomando
como base o site Psicólogo Empreendedor.
2.1 Slider – Seu outdoor pessoal
Imagine que dentro de seu site você tenha uma espécie de outdoor que você usa
como quiser, trocando o anúncio sempre que tiver vontade.
36
Bem, isso existe, e o nome técnico é slider. É aquele grande painel que você vê lá
com a mensagem “Seja bem-vindo ao novo site”, e depois uma chamada para
minha palestra.
O slider serve justamente para chamar atenção para algum ponto especial. No
momento eu uso uma variação de 2 slides, para falar do novo site e da palestra,
mas posso mudar aquilo a qualquer momento, e usar até 3 slides se eu quiser.
Outra coisa legal é que o slider pode ser modificado a qualquer hora, e direcionar
o leitor para o que eu quiser dentro do site, dependendo de meus objetivos e
estratégia.
Por exemplo, na semana próxima ao dia do Psicólogo, eu posso colocar ali uma
bela homenagem a todos, e depois simplesmente tirar e voltar ao que estava
antes.
Prático, não é mesmo?
2.2 Chamadas de conteúdo:
A home tem uma característica especial, que é a de funcionar como um grande
mural.
Note que lá, muitos dos elementos internos são expostos de forma mais evidente
e chamativa, mesmo que já exista um caminho para eles através do menu.
Note, por exemplo, que os artigos do site podem ser facilmente acessados através
das categorias do menu principal, mas mesmo assim eles estão todos expostos lá
embaixo na home , em uma espécie de mosaico que vai sendo atualizado
automaticamente conforme um novo artigo seja colocado.
Mas se eu já tenho o acesso aos artigos lá em cima no menu principal, por que
colocar todos ali de novo?
Porque é chamativo, é bonito, e “agarra” o leitor assim que ele entra na home.
O leitor poderia sim, navegar pelo menu, mas quando ele olha aquela quantidade
de artigos ali, todos juntos, com imagens bonitas e tratando de temas do
interesse dele, isso tem muito mais apelo, não acha?
2.3 Chamadas de serviços
Mesma lógica.
Se você rolar para baixo dos artigos, verá que existem três grandes botões
retangulares, que apresentam a palestra, curso e consultoria.
37
Estes serviços, igualmente, podem ser acessados no menu, mas a ideia aqui é
valorizar e chamar a atenção para eles. Talvez o leitor não tenha clicado na parte
de serviços no menu, mas ao ver um grande botão escrito “consultoria” ele queira
dar uma olhada.
2.4 Rodapé
O rodapé não está só na home, e sim em todas as páginas, mas vamos falar logo
dele.
Embora dificilmente seja usado para navegação, ele ajuda a compor o cenário e
também leva para partes internas. No caso do “Psicólogo Empreendedor”, ele
puxa ali um texto da página “sobre”, mostra os últimos artigos, o mapa do site, e
ainda tem links para as redes sociais.
Além de dar um acabamento estético à base do site, ele é funcional. Você pode
clicar em artigos ou mesmo no mapa do site, que será redirecionado à área
interna escolhida.
Teste lá que você vai ver.
Resumo da home
A famosa home é uma das páginas mais importantes de seu site, pois é
responsável por sintetizar e apresentar os caminhos para as partes internas.
Mesmo que você tenha tudo muito claro em seu menu principal, cuide para que
elementos sejam repetidos de forma chamativa na home. Especialmente artigos
e vídeos, que são conteúdo de interesse do seu público, devem estar
evidenciados lá.
O slider, as chamadas de conteúdo e de serviços, são elementos fundamentais
para aumentar o engajamento de seus leitores e leva-los a fazer o que você
deseja: Conexão!
E agora vamos par um dos itens do menu principal do site, o famoso:
3) Quem sou eu (Ou sobre)
Esta é uma área de seu site na qual as pessoas geralmente passam pouco tempo.
Em geral, elas só vão ali uma vez, quando estão conhecendo seu site, para saber
mais sobre você.
38
Nas páginas empresariais tradicionais, esta página se chama “quem somos” ou
“sobre”, e tem o mesmo propósito: apresentar ao público quem está por trás do
site.
E aqui também vale o velho ditado que diz: a primeira impressão é a que fica.
Há basicamente duas formas de você se apresentar em seu site: Na primeira ou
na terceira pessoa do singular.
Eu prefiro a primeira pessoa, por que considero que é mais intimista e gera uma
maior conexão. A vantagem da primeira pessoa é que você conversa diretamente
com o leitor, sem intermediários, apresentando a si mesmo e sua história.
Mas a terceira pessoa não é necessariamente uma escolha ruim, e muitas pessoas
a usam. Quando bem feita, é uma apresentação que dá uma sensação de mais
pompa, mais glamour.
Não há aqui, novamente, uma formula mágica ou um jeito certo de se fazer. Você
precisa usar o bom senso, e a recomendação que faço é não ficar protocolar e
sério demais.
Não vá simplesmente colocar seu nome e credenciais, citando especializações.
Humanize-se. Fale de você, use um pouco de humor, apresente-se como uma
pessoa de carne e osso.
Um número razoável de pessoas diz gostar de meus artigos por que parece que
estão tendo uma conversa comigo. A lógica é a mesma ao criar suas páginas.
Converse com as pessoas, não apenas liste as coisas.
Apresentação em 1ª pessoa
Veja, por exemplo, um trecho da apresentação que uso em meu website. Está um
pouco longa demais, e eu devo reduzir, mas ela mostra um pouco do “espírito” da
coisa:
“Um mineirinho quase típico. Reservado, quieto, mas não tímido ou desconfiado,
muito menos indeciso. Aos 12 anos já sabia que seria psicólogo. Não entendia
exatamente o que era, mas achava muito chique ter um consultório e usar blusa
preta de gola rolê.
Assim que me graduei vivi a fase básica de megalomania e quis ser consultor,
escritor, inventor, orador, empresário, coach, visionário, vendedor de mexerica e
mais meia dúzia de coisas.
39
Depois de quatro anos de vários sucessos e outros tombos, entrei no carro e vim
parar na capital em busca de novas experiências. Mercado novo, vida nova, foram
seis meses atuando como consultor independente até que surgiu uma
oportunidade imperdível no mundo corporativo.
Por cinco anos trabalhei como Business Partner de Recursos Humanos em duas
multinacionais da área de projetos e obras de engenharia. Convivi
simultaneamente com profissionais de mais de 30 países e atuei em projetos
extremamente complexos em várias regiões do Brasil.
Falei muito hello, tomei muito café italiano e ouvi muito porca miséria, até que
um dia resolvi seguir o instinto e me dedicar à minha verdadeira
paixão: Desenvolver pessoas.
Vejamos alguns elementos relevantes desta apresentação:

História pessoal
Repare que eu começo contando um pouco de mim, falando de minhas escolhas
e do que me trouxe à psicologia. As pessoas querem saber quem é você, e sentir
que há um ser humano do outro lado, com uma história real, que pode até se
parecer com a delas.

Histórico profissional
Ao mesmo tempo, busco narrar também minha evolução profissional. Perceba
que o tom é todo conversacional. A ideia é mostrar minha experiência, mas sem
simplesmente listar friamente os lugares pelos quais passei.

Humor e auto-depreciação
Eu tento ser levemente bem-humorado, e para isso faço a piada comigo mesmo,
dizendo que eu estava meio perdido, que quis ser muita coisa, até encontrar
verdadeiramente meu caminho.
Fiz isso por dois motivos. O primeiro é que eu vivo fazendo piada comigo mesmo,
e o segundo é porque as pessoas se identificam, e gostam de quem saber rir de
suas próprias falhas. Talvez você possa achar que isso te diminui, mas acredite, o
efeito é apenas gerar mais proximidade.
Apresentação em 3ª pessoa
Ok, este acima foi um exemplo de texto em primeira pessoa. Agora veja este
exemplo de apresentação em terceira pessoa. Ela é de um palestrante e escritor
do qual gosto muito, chamado Mário Persona
40
“Mario Persona é palestrante, professor e consultor de estratégias de
comunicação e marketing e autor de vários livros de negócios. Há mais de dez
anos apresenta palestras, workshops e treinamentos de temas ligados a
comunicação, marketing, vendas e clima organizacional.Com seu estilo
inconfundível, o palestrante Mario Persona transforma grandes questões em
conceitos simples e de fácil compreensão para qualquer audiência.
Um fino senso de humor e talento de cronista, aliados à experiência empresarial,
lhe permitem extrair do banal o extraordinário e transformar "causos" corriqueiros
em analogias perfeitas para a vida, carreira e negócios”.
Note que a apresentação, embora seja mais sintética e na 3ª pessoa, também é
bastante humanizada e tem um tom leve. No site dele, este texto está ao lado de
uma foto em que ele está sorrindo, e o conjunto com certeza causa uma ótima
impressão.
Então, seja na 1ª ou 3ª pessoa, minha sugestão é que você mostre seu lado
humano ao se apresentar para seu público. Uma ótima forma de se inspirar é
procurando outros profissionais de sua área, ou as referências das quais falamos,
e observar como eles fazem.
Não tem mistério. Use sua criatividade e mostre quem você é.
Avancemos no menu, agora vamos para a aba “serviços”.
4) Serviços
Esta é a parte na qual você vai organizar suas “ofertas de valor” que tem um custo
financeiro para seu cliente. No meu caso, eu não tenho uma página dedicada aos
serviços em geral, e sim uma página para cada serviço. (todas centralizadas na
home)
Quando você passa o mouse por essa palavra – serviços - no menu geral ela
mostra cada serviço oferecido. Mas a lógica é a mesma, aqui é o lugar de mostrar
as experiências de crescimento que você elaborou para seu público.
Em outras palavras, é aqui que você vai colocar tudo aquilo que você imaginou
para sua estante de ofertas. A ideia é que cada serviço tenha uma página interna
que descreva o conceito, e principalmente, os benefícios.
Atenção: você não precisa desenhar uma estante em seu site e colocar lá os
produtos nas prateleiras. O conceito é metafórico – sempre é bom avisar - e as
41
ofertas podem estar organizadas da maneira que você quiser. O importante é ter
algumas diferentes opções para seu potencial cliente escolher.
Seu ponto de atenção deve ser sempre com o texto que apresenta seu produto
ou serviço, pois ele pode fazer muita diferença da decisão de quem está
pensando em te contratar.
Veja aqui embaixo o texto que uso para divulgar minha palestra. Note que uso
novamente a 1ª pessoa e um tom bem coloquial, também como se estivesse
conversando com o leitor.
Mas entenda, este é meu estilo, você não precisa fazer assim se não quiser. O que
eu recomendo é apenas não ser técnico e frio demais, por que assim você não faz
conexão.
“É o seguinte, além de todo o conhecimento objetivo e gratuito que você tem à sua
disposição por aqui, existe a possibilidade de você contratar – para sua faculdade,
colegiado ou grupo profissional – minha palestra sobre empreendedorismo em
psicologia.
A palestra dura cerca de 1h:15m, e foi totalmente construída em cima de
situações e exemplos reais. Nada de trolóló sem fundamento.
De modo resumido, mostro o caminho a ser percorrido por psicólogos que querem
se estabelecer como profissionais liberais, consultores, ou mesmo empresários do
conhecimento.
O que eu faço é ajudá-los a olhar a psicologia também como um negócio, e a fazer
a gestão de suas vidas profissionais de maneira segura e independente, sendo
muito bem recompensados por isto!
Tópicos

A formação do Psicólogo e o mercado de trabalho;

Sociedade: O que ela pensa do psicólogo?

Psicologia: uma ferramenta de desenvolvimento humano;

A Psicologia como um NEGÓCIO. (Do bem!);

Ética e responsabilidade na venda de serviços.

Definindo seu nicho de atuação;

Proposta de valor: O que você vai melhorar na vida das pessoas?;
42

Gerando autoridade e tornando-se referência;

Marketing de dois passos (não venda, seja comprado);

Construindo um mundo melhor para todos (inclusive para você).
Objetivo:
Complementar a formação científica dos psicólogos com conhecimento prático
sobre empreendedorismo, marketing, prospecção de clientes e gestão de carreira.
O profissional irá aprender a pensar sua profissão como um negócio. Trata-se de
transferência de conhecimento de maneira pragmática e objetiva.
Inspiração:
Quando me graduei em psicologia, pensava que o aspecto mais determinante
para meu sucesso seria o conhecimento técnico. Grande engano. O problema era
a alienação mercadológica em que eu vivia. Percebi que sabia fazer o trabalho,
mas não sabia me vender. Desde então, iniciei uma jornada incessante em busca
dos conhecimentos que me faltavam, até conseguir fazer de minha profissão um
negócio bem-sucedido.
Na verdade, deu tão certo que resolvi ensinar outros psicólogos a fazer o mesmo.
Quer saber mais sobre como contratar? Envie uma mensagem! ”
Lembra-se de quando falamos, no módulo 1, sobre a importância de evidenciar os
benefícios do seu trabalho?
Quando for escrever o descritivo de seus serviços, foque-se nisto. Não escreva
apenas duas ou três linhas. Procure envolver o leitor, falar do que ele vai obter, e
mostrar a verdadeira dimensão daquilo que você está oferecendo.
4 - Contato
A página “contato” não tem muito segredo, mas te dou uma sugestão: Evite
deixá-la fria e protocolar demais.
Esta página basicamente vai apresentar o formulário através do qual as pessoas
poderão escrever pra você, mas é bom dar uma humanizada, escrevendo algo
que possa gerar conexão.
Eis o texto de minha:
43
“Empreender é muito mais do que abrir um negócio. É olhar para a vida de
maneira mais curiosa e agir sobre a realidade com a convicção de que o futuro
pode ser construído.
Desde que aprendi o verdadeiro sentido desta palavra e comecei a aplicá-la em
minha vida, as transformações ocorreram de forma constante e duradoura.
E é isto o que desejo para você e sua carreira. Que o conteúdo deste site possa
realmente contribuir para seu sucesso como psicólogo. Eu o criei pensando nas
maiores dificuldades que os psicólogos enfrentam ao sair da faculdade.
Se quiser saber mais sobre meu trabalho, contratar algum serviço, elogiar o site ou
até fazer alguma crítica, fique à vontade.
Seu contato é mais que vem vindo!”.
Elementos estratégicos
Acompanhe comigo: Já falamos do mapa do site, da home, da página sobre, dos
textos dos serviços e da página contato.
Cobrindo estes pontos, de certa forma seu site está bem completo, mas ainda
faltam alguns elementos que o tornam realmente um gerador de negócios.
E é destes elementos que vamos falar agora. O primeiro deles é a famosa:
Recompensa digital
Todo mundo gosta de ganhar presentes, e com seu público alvo não é diferente.
Quando as pessoas chegam em seu site pela primeira vez, o simples fato de ele
ser bem feito e oferecer conteúdo já é o suficiente para construir alguma
credibilidade. Mas isso não é o bastante.
Uma vez que o leitor chega ao seu site e se interessa por algo, seu objetivo é
conseguir estabelecer um relacionamento com esta pessoa. (Eu já disse que este
é um negócio baseado em relacionamento?)
E para estabelecer esse relacionamento, a melhor forma é conseguir o e-mail dela.
Antigamente os sites tinham apenas um campo de “cadastre-se e receba as
novidades” para quem estivesse interessado, mas o fato é que algumas vezes as
pessoas não viam aquilo, ou não davam muita bola.
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Especialmente por causa de empresas que fazem spam, muita gente deixou de
participar destas listas. Aliás, quantos de nós não nos aborrecemos quando
alguém fica nos enviando e-mails a toda hora?
No entanto, seu site não é um site comum.
Ele é um site de autoridade e focado em um nicho; por isso ele é muito relevante
para seu público. E para tornar tudo ainda mais interessante, você decide dar um
“presente” para o leitor, em troca do e-mail dele.
A recompensa digital não é nada mais nada menos do que um “mimo” que você
faz para seu possível cliente, e deve ser algo prático que vá ajudá-lo de verdade.
Esta recompensa pode ser modificada de tempos em tempos, conforme você vá
desenvolvendo novos produtos e serviços.
No caso do Psicólogo Empreendedor, por exemplo, durante muito tempo, quando
você entrava no site aparecia um “pop-up”, que é uma mensagem na frente da
dela, oferecendo módulo introdutório do curso por e-mail.
Atualmente existe um “pop-up” lá, que leva até a página da Academia do
Psicólogo. E na página da Academia do Psicólogo eu ofereço, também
gratuitamente, um e-book sobre a “estante de ofertas”, que como você sabe, é
uma parte deste curso.
Desta forma, eu ao mesmo tempo:

Consigo o e-mail do leitor;

Entrego algo útil a ele;

Já divulgo, mesmo que indiretamente, meu trabalho com a Academia do
Psicólogo.
Além do que, há um forte efeito psicológico nisso. Quando você entrega uma
recompensa que seja verdadeiramente útil e interessante para seu leitor, ele fica
muito grato a você, e conseqüentemente, se torna muito mais predisposto a
comprar algo que você tenha a oferecer.
Mas enfim, por onde começar a “pensar” seu website?
A resposta é simples: pelo mapa e depois pelos textos institucionais (não estamos
falando de artigos ainda).
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Antes mesmo de sequer pensar em contratar um designer, você pode ter a lógica
e o conteúdo base de seu site praticamente montados.
E é isso que desejo que você entenda. Você pode até querer aprender a mexer
em alguma ferramenta básica para programar e montar o site, mas eu sugiro
gastar mais energia concebendo a lógica e criando os textos, e terceirizar a
execução técnica.
Um bom site é feito de conteúdo e forma.
Você cria o conteúdo, e contrata um designer para te ajudar na forma.
Isto vai te ajudar a conseguir uma boa relação custo benefício. É que se você já
tem os textos prontos, fica tudo mais fácil.
Agora um ponto delicado:
Muitas empresas que fazem sites podem querer criar os textos para você, mas eu
não recomendo.
Pense comigo: quem conhece seu público e seu negócio é você. E ninguém
melhor do que você para se conectar com eles através das palavras. Na pior das
hipóteses, mesmo que alguém escreva, é legal você olhar, sugerir, redirecionar.
Todos os textos e descritivos de serviço de meus sites foram feitos 100% por mim,
e vira e mexe eu dou uma relida em alguma parte para ver o que posso melhorar.
O bom da internet é isso, você pode colocar o texto e depois mudá-lo e melhorálo sempre que quiser, basta entrar no painel de controle para fazer isso.
Por isso, antes mesmo de imaginar quais cores seu site terá, quero sugerir que
você.
1- Crie o mapa do site
2- Crie o texto da página sobre
3- Crie o texto para pelo menos dois serviços
4- Crie o texto da página contato
(Não precisa fazer agora, os exercícios virão com um espaço para isso)
Comece criando o mapa e conteúdo de seu site, que depois, seja fazendo por
conta própria ou contratando uma empresa, tudo vai ficar bem mais fácil.
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Considerações finais sobre seu site
Pois é, talvez você esteja pensando aí: tudo bem, já entendi, mas eu continuo sem
saber como fazer para montar um site.
E é aqui que desejo convidar você para uma reflexão. Mesmo sendo repetitivo,
vou falar:
Em minha opinião, você não deveria gastar seu tempo e energia tentando
construir a parte técnica de um site. Todo o trabalho de programar, escolher
layout, configurar campos de captura de e-mail, construir o sistema automático
de lista, será melhor executado se feito por um especialista.
Não é obrigatório que você faça assim, mas eu recomendo bastante.
Se você puder, invista nisso, e use seu tempo para a parte estratégica, que é do
que falaremos, ainda mais, no próximo módulo.
Atividades como criar e alimentar uma página no Facebook, escrever artigos,
gravar vídeos e construir experiências (produtos e serviços) para seus clientes, são
mais estratégicas, e é algo que ninguém mais pode fazer.
As explicações dadas aqui sobre um site se focam exatamente nos aspectos
conceituais e estratégicos, de forma que, quando contratar alguém, você saiba
exatamente o que exigir.
Mas... Se ainda assim você realmente não puder investir e quiser construir seu
próprio site, a plataforma que indico é o https://br.wordpress.com/.
Trata-se da mais completa plataforma para se fazer isso, e ultimamente eles têm
simplificado muito as coisas.
Também fiz uma pesquisa novamente no famoso Wix (http://pt.wix.com/) e pude
ver que eles estão com mais funcionalidades e layouts bem legais.
De qualquer forma, se você decidir fazer por conta própria, não faria sentido
tentar te explicar por aqui. A razão é simples:
Estes dois sites têm tutoriais completos que orientam o passo a passo. Basta você
entrar lá e ir seguindo. Se fosse explicar aqui, eu apenas iria repetir o que está lá,
com a desvantagem de você não estar “fazendo” ao mesmo tempo em que
aprende.
Então ficamos assim.
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Embora o assunto website seja denso e exista muita coisa para aprender, as
orientações dadas neste módulo – junto com os exercícios que virão -são mais do
que suficientes para que você possa construir a parte conceitual de um
verdadeiro site de autoridade e conquistar o respeito e credibilidade de seu
público alvo.
Agora vamos para o último tópico deste módulo, pois eu quero te preparar
“psicologicamente” para aplicar as estratégias que veremos no módulo 5.
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Como você deve ter notado lá atrás no módulo 2, nem só de orientações técnicas
se faz um profissional, e agora é justamente a hora de falar de um assunto menos
técnico, mas nem por isso menos importante para seu sucesso.
É o seguinte, neste módulo você entendeu melhor o conceito de marketing e viu
dicas mais detalhadas sobre como montar, conceitualmente, seu site. O que estou
fazendo neste momento é te apresentar os conceitos e a estrutura básica para
começar a ganhar visibilidade.
É no próximo módulo que vamos ver formas realmente práticas de atrair as
pessoas, só que antes disso, é preciso refletir muito bem sobre o seguinte
aspecto:
Seu estilo. Seu jeito de ser.
A pergunta que eu tenho para você aqui é:
Você se sente à vontade se expondo?
Você fica totalmente à vontade com o fato de se promover, de ver sua cara
estampada num site, de divulgar seu trabalho, enfim, de fazer marketing de si
mesmo?
Pode parecer uma pergunta besta a essa altura do curso, mas não é. Note que eu
não estou perguntando se você “acredita “ no seu trabalho, como fiz lá atrás, e
sim se, mesmo acreditando, você fica à vontade se expondo.
Muita gente tem receio e se sente meio “esquisita” quando começa a se expor
para construir credibilidade.
Compreenda que quando as pessoas entrarem em contato com seu trabalho, elas
querem mais do que simplesmente informações e conhecimento. Elas querem ver
VOCÊ ali.
Sua personalidade, seu jeito, sua “alma”.
E para que isto aconteça, é preciso fazer uma coisa muito importante:
Ousar!
É clichê falar, mas tem sim, que sair da bendita zona de conforto.
Só quando ousa você realmente se entrega e deixa de ser apenas um repetidor de
conceitos para realmente colocar seu “toque pessoal” nas coisas que faz.
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Deixa eu colocar isso de outra forma:
Será que você consegue, em um texto, uma palestra, um vídeo, colocar sua
personalidade de maneira tranqüila e segura?
Grande parte do objetivo deste curso é te ensinar a construir uma marca forte em
volta de seu trabalho, e isto exige que você esteja totalmente disponível a se
expor.
Eu disse TOTALMENTE!
É um processo geralmente incômodo, e muitas pessoas levam tempo para se
acostumar. Mas é necessário.
Quando eu comecei a gravar meus primeiros vídeos, por exemplo, embora eu
conseguisse falar com lógica e me expressar bem, era como se EU ainda não
estivesse ali de verdade. Ao fazer os vídeos, eu estava tão “duro” que mal se via
minha personalidade, meu jeito.
Já na hora de escrever, eu tinha um pouco mais de facilidade, pois é algo que
sempre gostei de fazer, mas mesmo assim alguns artigos, no início da minha
carreira, eram mais textos informativos do que realmente a expressão de quem
eu sou.
A questão central é: você precisa colocar a alma no que faz. E para isto, é preciso
perder os receios.
A primeira vez em que olhei a home do meu site e vi minha foto, fiquei
completamente estupefato. Embora eu estivesse empolgado e feliz, havia um
pouco de vergonha, uma sensação desconfortável de que as pessoas iam me ver,
iam me julgar, me avaliar.
A palavra exata, na verdade, nem é vergonha: É inadequação.
Eu me sentia inadequado.
E muita gente se sente assim.
Frente à possibilidade de terem que escrever, gravar vídeos e dar entrevistas,
comportando-se como uma autoridade, algumas pessoas ficam desconcertadas.
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O lado bom é que eu tenho uma solução para isso. Só que ela não é exatamente
científica:
Exponha-se até passar
Não tem jeito, você só aprende a se expor, se expondo.
É igual aprender a dançar. No início você fica meio sem graça, faz uns movimentos
duros, erra um pouco, corrige e se atrapalha até dominar os passos. Mais tarde,
quando você se acostuma com o ritmo e fica totalmente à vontade, começa
inclusive a criar suas próprias variações dos passos.
E é quando começa a criar seus passos que sua personalidade aparece.
Especialmente se você tiver uma personalidade mais reservada, ao começar seus
esforços de marketing, você vai demorar um pouco para “gostar da coisa” de
verdade e se soltar.
Não encare isso como um sinal para parar. Pelo contrário, continue que você se
acostuma.
E tenha certeza de uma coisa: pior do que está não fica.
Agora vamos entender outro requisito fundamental para você conseguir se expor
de forma totalmente “sem vergonha”, no bom sentido é claro.
Respeite seu estilo
Eu não sou o único profissional a trabalhar o desenvolvimento de carreira de
psicólogos no Brasil. Além de mim, há outros profissionais fazendo isso, e um dos
que mais respeito é o Bruno Rodrigues, do Marketing para Psicólogos.
Pois então; se você já viu muitos vídeos meus e do Bruno Rodrigues, ou leu textos
dos dois, deve ter percebido que temos estilos completamente diferentes.
Creio que nós dois conseguimos colocar nossa alma e nossa personalidade no que
fazemos, e é por isso mesmo as diferenças de estilo ficam tão evidentes.
Eu tendo a ser uma pessoa mais acelerada, sou mais sarcástico, mais crítico e
direto ao ponto, o Bruno já é mais dócil, acolhedor, mais tranqüilo. Ele é objetivo
também, mas de uma maneira diferente.
Para falar a verdade, eu até acho o jeito dele muito mais simpático do que o meu,
mas eu vou fazer o quê?
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Eu tenho este jeito, esta personalidade.
Guarde estas palavras:
A pior coisa que você pode fazer ao projetar sua imagem é tentar criar algo que
seja muito diferente de você.
Então, se você é uma pessoa espontânea, barulhenta e divertida, seja assim. Mas
se você é uma pessoa mais centrada, reservada, e séria, sem problemas.
Logicamente, você deve investir sempre em melhorar suas habilidades de
expressão oral e escrita, mas sempre tendo o cuidado de respeitar seu estilo. Se
você não fizer isso, fica forçado.
Já viu uma pessoa que não é engraçada tentando ser engraçada? É ridículo.
Eu consigo colocar humor em algumas situações, mas de uma maneira muito
velada e um pouco debochada, só que eu não sou, nem de longe, uma pessoa
engraçada. E se eu tentar ser, provavelmente vou gerar a famosa “vergonha
alheira”.
Acredite em mim, se o seu conteúdo for pertinente e você ficar à vontade com
seu jeito de ser, as pessoas vão gostar. Óbvio que haverá quem não goste. Muita
gente me acha seco e até arrogante às vezes.
Mas se nem Freud agradou a todos, por que logo eu iria?
Por mais estranho que possa ser seu jeito, encontre uma forma de se comunicar
que esteja totalmente alinhada a ele.
Vá por mim que dá certo.
Não tenha medo de emitir opiniões
Eu disse ali em cima, mas vou reforçar:
Por mais bem-intencionado que você seja, algumas pessoas simplesmente não
vão gostar de você.
E tem mais: quanto mais popular você se tornar, mais pessoas que não gostam de
você vão aparecer. Elas vão surgir das nuvens, sair de bueiros, brotar da terra, cair
das árvores e se erguer das profundezas do mar.
Isto acontece por um motivo simples: nem todos nós temos as mesmas opiniões e
gostos.
Então é o seguinte:
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Quando você começar a se expressar, especialmente se tiver opiniões e ideias que
saiam da “cartilha” tradicional, você vai ser alvo de pessoas que pensam
diferente. Algumas serão gentis em discordar, outras mais ríspidas, e há até quem
chegue a te ofender.
E é AQUI que estão dois segredos fundamentais:
O primeiro é: não se abale.
Você não pode atribuir sua segurança e auto-estima à opinião das pessoas. Claro
que você fará o melhor para agradá-las. Mas se mesmo assim não gostarem,
releve. Sempre haverá pessoas te apoiando, e é nelas que você deve se
concentrar.
E o segundo segredo, tão importante quanto o primeiro:
Você jamais deve procurar deliberadamente entrar em confronto com quem te
critica. Mas também não deve, nunca, em hipótese alguma, ter medo de dizer o
que realmente pensa, ou recuar diante de uma provocação. (A não ser que se
prove, factualmente, que você estava enganado).
Uma das características mais marcantes das “autoridades” é que elas exalam
segurança. Sabem do que estão falando, conhecem o assunto a fundo e
sustentam suas posições.
Você deve, de preferência, ser gentil em tudo que fala e escreve, mas sem deixar
de ser autêntico. Não escreva ou fale com o objetivo de ser “gostado”
simplesmente. É claro que você quer que as pessoas gostem de você, mas não a
ponto de deixar suas convicções e seu estilo de lado.
E agora, a razão maior para você perder a vergonha de fazer marketing, se expor,
escrever, palestras, dançar, sapatear ou seja lá o que for:
Lembre-se de que é por uma boa causa
Eu disse isto no primeiro módulo, mas vale a pena repetir: seu objetivo principal
não é ganhar dinheiro, é ajudar as pessoas a melhorar algum aspecto de suas
vidas.
Como psicólogo você tem o privilégio de poder proporcionar bem-estar às
pessoas e ver a vida delas transformadas. É claro que você quer a grana, mas ela é
uma conseqüência.
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Você já deve ter ouvido a frase:
“Quem tem por que viver suporta quase qualquer como”.
O que eu quero dizer com isto, é que não é simplesmente por você que é preciso
se expor. Nem mesmo pelo dinheiro. ´
É pelas pessoas cujas vidas você quer transformar.
Entenda que quanto mais você se expuser, quanto mais pessoas sua mensagem
alcançar, mais vidas serão transformadas para melhor.
A motivação para enfrentar o julgamento público não é algo egoísta ou
mesquinho, e sim a vontade legitima de ajudar as pessoas a vencerem suas dores
e alcançarem seus sonhos.
E sem hipocrisias aqui: você não é um santo nem um demônio. É um ser humano.
Quer grana, quer uma vida próspera, quer viver bem. Mas ao mesmo tempo você
quer fazer isto ajudando legitimamente a seu público alvo.
É esta compreensão maior que vai lembrá-lo de que isto tudo não se resume a um
jogo capitalista em busca de dinheiro. É muito mais que isso. É um propósito de
vida transformado em um negócio do bem que tem o potencial de mudar para
melhor a vida de muitos seres humanos.
Tenha isto em mente da próxima vez em que a vergonha te cutucar, e você vai ver
que ela fica minúscula frente a um propósito de vida tão grande.
Estamos agora entrando na reta final do curso, e os sentimentos e sensações que
você tem podem ser confusos.
É possível que você tenha a sensação de que aprendeu muita coisa, mas que ao
mesmo tempo está tudo embaralhado em sua cabeça.
Se for este o caso, pode relaxar. É algo totalmente esperado.
Isto por que você está recebendo uma enxurrada de informações e conceitos,
mas eles ainda não estão organizados em um plano de ação.
Por enquanto, não fique sofrendo caso esteja com a sensação de ainda “não
dominar tudo”. O passo a passo para agir ficará mais claro até o final do curso.
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Empenhe-se em começar a construir, mesmo que nos bastidores, tudo aquilo que
você já identificou como necessário.
E não é pouca coisa.
Criar seus produtos, seus serviços, seu e-book, fazer o descritivo de cada um para
colocar no seu site, criar o mapa do site, os textos das páginas. Tudo isto já pode
ir sendo feito, e você já tem informações para te orientar nisso.
Mesmo que você já tenha um site, talvez valha a pena reavaliá-lo sob a luz de
novos conceitos.
Se você por acaso ainda não fez os exercícios enviados nos módulos anteriores,
faça também. Por mais simples que sejam, eles podem te ajudar a organizar os
pensamentos e ter mais clareza sobre como construir tudo.
Não espere o curso acabar para colocar a mão na massa!
Comece hoje mesmo a trabalhar no conceito de seu site, pois
independentemente de você fazê-lo sozinho ou contratar alguém para isto, a
parte estratégica é você quem precisa criar.
Um grande abraço, e nos vemos nas aulas e exercícios.
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