RESUMO O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno de origem epitelial, cujo crescimento lento e invasivo acomete os maxilares de indivíduos adultos (3ª e 4ª década). Em grandes proporções pode comprometer a vida e, mesmo tratado cirurgicamente, apresenta altas taxas de recidiva. Como em outras neoplasias, a tumorigênese do ameloblastoma têm sido estudadas in vitro. Entretanto, as linhagens derivadas de ameloblastoma humano rapidamente atingem o estágio de senescência o que inviabiliza muitos estudos, comprometendo o entendimento dos diversos mecanismos tumorais. A imortalização de células é uma alternativa para solucionar estes entraves metodológicos. Dentre os métodos de imortalização mais utilizados estão o hTERT e fragmentos E6/E7 de HPV16. O objetivo deste trabalho é analisar e comparar as alterações gênicas em duas linhagens celulares de ameloblastoma imortalizadas com métodos distintos (hTERT e HPV16-E6/E7), empregando análise transcriptômica para verificar qual o método de imortalização tem menor influência na expressão gênica. Para tal, mapeou-se os principais genes do ciclo celular, assim como as possíveis mudanças gênicas ocasionadas pelo processo de imortalização celular. Verificou-se que o método de imortalização por HPV16-E6/E7, se comparado com o método hTERT e a linhagem não imortalizada, obteve o maior número de genes modificados no ameloblastoma. Palavras-chave: Ameloblastoma; Transcriptoma; Imortalização celular