AULA 1 – NOÇÕES DE PSICOLOGIA Psicologia é uma ciência que estuda o comportamento humano e animal e os processos mentais (razão, sentimentos, pensamentos, atitudes). O corpo e a mente são estudados pela psicologia de forma integrada e não separadamente. O psicólogo busca compreender o comportamento e o pensamento das pessoas que possuem algum tipo de problema ou distúrbio psicológico. Este profissional utiliza métodos e processos comparativos e analíticos. O objetivo final é a saúde mental do indivíduo para que este possa ter uma boa qualidade de vida. A psicologia atua, muitas vezes, integrada a outras áreas como, por exemplo, medicina, pedagogia, sociologia e antropologia. Existem várias escolas de pensamentos (sistemas) na área de psicologia. Cada uma delas possui seus próprios métodos e processos de atuação. As principais são: Behaviorismo, Funcionalismo, Estruturalismo, Gestalt, Psicanálise, Humanismo, Psicologia Analítica e Psicologia Transpessoal. Compromisso do psicólogo Saúde Mental do Trabalhador Psicologia Organizacional Duas posições: 1. Estudo do comportamento humano dentro da empresa. 2. Estudo do comportamento de toda e qualquer pessoa ou grupo de pessoas que forme o ambiente no qual a empresa está inserida. Ex: Clientes, fornecedores, consumidores, etc. Duas linhas de trabalho: 1. Criação de condições de trabalho mais favoráveis ao homem. Ex: Planejamento de trabalho; exame de condições físicas e ambientais; formação de grupos de tarefas; estudo de sistemas de comunicação; etc. 2. Diagnóstico a nível individual de personalidade e suas consequências em termos de comportamento. Ex: Entrevistas; psicotécnico; dinâmicas de grupo; aconselhamento de pessoal; etc. Psicologia e a prevenção de acidentes CONDIÇÕES INSEGURAS Podem ser eliminadas pela conscientização do empresariado e aprimoramento dos mecanismos materiais de segurança da empresa. ATO INSEGURO 1. O homem NÃO PODE comportar-se de maneira diferente; 2. O homem NÃO SABE comportar-se de maneira diferente; 3. O homem NÃO QUER comportar-se de maneira diferente; Contribuições da Psicologia do Trabalho à Segurança do Trabalho SELEÇÃO DE Orientar o trabalhador em função de suas peculiaridades: características de acidentabilidade, tais como, PESSOAL comprometimentos sensoriais e/ou motores; alcoolismo; distância muito grande entre casa e trabalho; etc. (O homem NÃO PODE comportar-se de maneira diferente; adequada) TREINAMENTO E (O homem NÃO SABE comportar-se de outro modo) FORMAÇÃO 1. Treinamento Operacional PROFISSIONAL 2. Treinamento em atividades de recuperação do sistema; 3. Formação de uma atitude de segurança entre operários. Treinamento Operacional - Executar as tarefas corretamente. Treinamento de Recuperação do Sistema - Executar tarefas imprevistas; não habituais. Formação de Atitude - Conscientiza e mudar hábitos dos operários e chefias em relação ás regras de segurança. - Estratégias: palestras, filmes, dinâmicas de grupo, dramatização, campanhas de seguranças, etc. PROPAGANDA Relacionada à motivação e formação de atitude favorável ás normas de segurança. Tais como: DE SEGURANÇA 1. FILMES E PALESTRAS: Motiva o pessoal e transmite conhecimento. 2. DISPUTAS ENTRE SETORES POR PEQUENOS ÍNDICES DE ACIDENTE: Motiva, mas pode criar competitividade negativa. 3. SEMANA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES: Motivação, mas que tem que ser permanente. ERGONOMIA CONCEPÇÃO de sistemas altamente confiáveis (máquinas e ferramentas bem concebidas). MANUTENÇÃO do sistema envolvendo controle dos equipamentos e máquinas e controle do elemento humano (pessoal; equipes; relações interpessoais). AULA 2 - PROCESSOS BÁSICOS DO COMPORTAMENTO Comportamento Humano: objeto da Psicologia O comportamento, para a ciência, inclui uma ampla escola de atividades: Atividades que são observáveis e registráveis Ex: Andar; ligar uma máquina; etc. Processos fisiológicos Ex: Batidas do coração. Processos conscientes de percepção, sensação e pensamento Ex: Sensação dolorosa de um choque. Os comportamentos são respostas, eficientes (adequadas) ou não, a agentes externos (estímulos). Tipos de Comportamento Tipo COMPORTAMENTO RESPONDENTE ou CLÁSSICO (REFLEXO) Pensador Ivan Pavlov Características Resposta imediata e involuntária do organismo a um estímulo qualquer. Ex: Luz – contração da pupila. Experiência Pavlov fez uma experiência envolvendo um cão, uma campainha e um pedaço de carne. O fisiologista percebeu que quando o cão via o pedaço de Importância O condicionamento clássico foi importante no sentido de explicar a associação de um estímulo a outro. Assim, esse tipo de condicionamento é importante para explicar a associação COMPORTAMENTO OPERANTE (VOLUNTÁRIO) Burrhus Frederic Skinner Todas as respostas que têm um efeito sobre o mundo ao redor. Ex: Dar uma ordem ao empregado. O conceito-chave é o de condicionamento operante, que ele acrescentou à noção de reflexo condicionado, formulada por Pavlov. Os dois conceitos estão essencialmente ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano. carne, ele salivava, o que foi chamado de reflexo nãocondicionado. Pavlov também começou a tocar a campainha (estímulo neutro) quando ia mostrar o pedaço de carne. Rapidamente o cão passou a associar a carne com a campainha, salivando também toda vez que ela era tocada. Essa reação a um estímulo neutro foi chamada de reflexo condicionado. O reflexo condicionado é uma reação a um estímulo casual. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. É o caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome. A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento operante é que o primeiro é uma resposta a um estímulo puramente externo; e o segundo, o hábito gerado por uma ação do indivíduo. No comportamento respondente (de Pavlov), a um estímulo segue-se uma resposta. No comportamento (positiva ou negativa) que um consumidor faz de uma marca, por exemplo. O condicionamento clássico também possibilita o entendimento de coisas comuns do nosso dia-a-dia, como o barulho de um despertador, que por si só não significa nada, mas nós relacionamos aquele barulho ao objetivo de se acordar em um determinado momento. O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento - um processo que Skinner chamou de modelagem. O instrumento fundamental de modelagem é o reforço - a consequência de uma ação quando percebida por quem a pratica. Para o behaviorismo em geral, o reforço pode ser positivo (uma recompensa) ou negativo (ação que evita uma consequência indesejada). “No condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de tornar uma resposta mais provável, ou melhor, mais frequente. operante (de Skinner), o ambiente é modificado e produz conseqüências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante. Behaviorismo Gestalt Behaviorismo é um termo genérico para agrupar diversas e contraditórias correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o comportamento, mesmo que com diferentes concepções sobre o que seja o comportamento. A palavra inglesa behaviour (RU) ou behavior (EUA) significa comportamento, conduta. Os behavioristas de orientação positivista trabalham com o princípio de que a conduta dos indivíduos é observável, mensurável e controlável similarmente aos fatos e eventos nas ciências naturais e nas exatas. Gestald KURT KOFFKA o cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma interação entre os elementos, em determinado momento, através de princípios de organização perceptual. Sendo assim o Aplicação do Behaviorismo: Educação, Treinamento de Empresas, Psicologia Clínica. Inovação no campo da percepção. A percepção se faz a partir do todo. Percebe-se a forma global e depois se vai às partes. A totalidade do que se percebe de um fato, de uma paisagem, é diferente da soma das partes. O USO NA ADMINISTRAÇÃO Projeto de um novo produto; propaganda; etc • Percepção Busca de fechamento, simetria e regularidade. • Boa-forma cérebro tem princípios operacionais próprios, com tendências autoorganizacionais dos estímulos recebidos pelos sentidos. todo são as partes relacionadas entre si. OBJETIVO: Visão global do comportamento. As pessoas se comportam a partir de determinada configuração (Gestalt) dos estímulos, formando o processo total. >>> Estrutura de campo. Psicanálise Alcançada pelo equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade. • Figura-fundo Quanto mais clara estiver a forma (boa-forma), mais clara será a separação entre figura e fundo. Ex: figuras ambíguas. MEIO AMBIENTAL • Meio Geográfico Meio físico. • Meio Comportamental Interação do indivíduo com o meio físico permeado pela interpretação. • Campo Psicológico Campo de forças que busca a boaforma. PRINCÍPIOS Lei da Semelhança A lei da semelhança dita que eventos que são similares se agruparão entre si. Lei da Proximidade Elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo. Lei da Continuidade Essa lei dita que pontos que estão conectados por uma linha reta ou curva, são vistos de uma maneira a seguirem um caminho mais suave. Em vez de ver linhas e ângulos separados, linhas são vistas como uma só. Lei da Pregnância É chamado também de lei da simplicidade. Ela dita que objetos em um ambiente são vistos da forma mais simples possíveis. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada. Lei do Fechamento Elementos são agrupados se eles parecem se completar. Ou seja, nossa mente ver um objeto completo mesmo quando não há um. Psicanálise Sigmund Freud Freud acreditava que seus problemas originaram-se de uma não aceitação de tais acontecimentos em sua vida, sendo assim, reprimindo seus desejos no inconsciente, nascendo daí uma fantasia. O método básico da Psicanálise é o cliente numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente: sonhos, esperanças, desejos, fantasias, como também as experiências vividas nos primeiros anos de vida em família. Geralmente o analista simplesmente escuta, fazendo comentários somente quando no seu julgamento profissional Teoria do Aparelho Psíquico CONSCIENTE X INCONSCIENTE A mente humana pode ser dividida em duas partes: a consciente e a inconsciente, sendo que proporcionalmente o consciente ocupa uma parte insignificante. Podemos vincular a mente consciente com nossa atenção, isto é, estamos conscientes quando estamos atentos ou focalizamos alguma coisa em especial. Na mente se instalam nossos pensamentos, porém, utilizamos menos de 5% do nosso potencial mental. O consciente PSICANÁLISE X COMPORTAMENTO NO TRABALHO • Conteúdos conscientes úteis na compreensão de certas inadaptações das pessoas no trabalho Explicação do esquema: Uma empresa apresenta um “funcionário problema”, com isso, esse empregado gera dificuldades de relacionamento, queda da produtividade e acidentes. O chefe desta pessoa não se interessa em saber qual é a essência do problema do funcionário, então, aplica como consequência a esse comportamento a punição ou as férias. Podendo muitas vezes agir erradamente na sua visualiza uma oportunidade para que o cliente tome conscientes os conteúdos reprimidos que precisam ser esclarecidos. Escutando seu cliente o analista tenta manter uma atitude de neutralidade. Uma postura de nãojulgamento visando criar um ambiente seguro. Tendo como propósito descobrir as necessidades, complexos, traumas e tudo aquilo que perturba o equilíbrio emocional do indivíduo e que se encontra recalcada (afastada e presa) no inconsciente, visando a reeducação afetiva da pessoa, por meio da conscientização dos motivos que a levam a ter determinados comportamentos ou sintomas. A análise consiste essencialmente na evidenciação do significado inconsciente das palavras, ações e produções imaginárias (sonhos, fantasias, etc.) de um indivíduo. tem a função de organizar, julgar, decidir, discernir, raciocinar, dividir, multiplicar, etc. No inconsciente são gravadas nossas memórias, a qual chamamos de programas internos. O inconsciente possui uma linguagem própria, muitas vezes fala através de metáforas e não faz diferença entre o real e o imaginário. A base lógica para a instalação de uma nova memória é a união de uma forte emoção a um pensamento qualquer, útil ou não. ID O ID é o que está anterior ao inconsciente, seria a parte mais primitiva, o ID age conforme as manifestações do princípio de prazer, ou seja, sua função é a obtenção de satisfação a qualquer preço, sem noção alguma de juízo, valor, moralidade, bem ou mal. EGO EGO tem uma função intermediária, o que pode gerar conflito no interior da personalidade humana, uma vez que ocupa uma posição difícil, sendo pressionado por forças insistentes e opostas. Ele tem a função de adiar a satisfação imediata exigida pelo ID, agir sobre o meio para aliviar as decisão, simplesmente pelo fato de não ter avaliado o problema mais a fundo. tensões do ID, e ainda confrontarse com as regras e a moralidade do SUPEREGO. SUPEREGO O SUPEREGO é inconsciente, faz a censura dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao ID, impedindo o indivíduo de satisfazer plena-mente seus instintos e desejos. É o órgão da repressão, particularmente a repressão sexual. Manifesta-se á consciência indiretamente, sob a forma da moral, como um conjunto de interdições e de deveres, e por meio da educação, pela produção da imagem do "Eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa. TEORIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DE FREUD O desenvolvimento da personalidade é explicado por Freud pela evolução da forma como a pessoa procura obter prazer – a sexualidade – que na infância (sexualidade infantil) é sobretudo auto-erótica (dirigida a si mesma), e só a partir da adolescência passa a ser essencialmente voltada para os outros. Freud enfatiza uma seqüência de estágios no desenvolvimento: • Estádio oral (até 1 ano) A zona erógena é a boca (prazer em mamar, pôr objetos na boca…); com o desmame surge o conflito entre o que deseja e a realidade. O Id (pulsões inatas) existe desde o nascimento. Começa a formarse o Ego pela consciência das sensações corporais. • Estádio anal (1-3 anos) A zona erógena é a região anal (prazer em controlar a retenção e expulsão das fezes); sentimentos ambivalentes – conflito – o controlo fecal induz dor e não só prazer e há um desejo de ceder e, em simultâneo, de se opor às pressões sociais para a higiene. • Estádio Fálico (3-5 anos) A zona erógena é a região genital; a sexualidade deixa de ser exclusivamente auto-erótica e dirige-se aos pais, concretizada no Complexo de Édipo (atração pelo progenitor do sexo oposto e agressividade perante o progenitor do mesmo sexo, visto como rival). Este conflito é ultrapassado quando a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo. As proibições e normas impostas no Complexo de Édipo são interiorizadas, dando origem à formação do Superego. • Estádio de latência (6-11 anos) Há uma diminuição da expressão da sexualidade, mas a problemática do Complexo de Édipo permanece oculta, sem se manifestar. É neste estádio que ocorre a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente as experiências que a perturbaram no estádio fálico. É uma forma de defesa. A criança concentra a sua energia nas aprendizagens escolares e sociais. • Estádio genital (a partir da adolescência) A sexualidade passa a ser dirigida aos outros e à consumação do ato sexual. A problemática do Complexo de Édipo, latente na fase anterior, é reavivada e vai ser definitivamente resolvida pelo luto das imagens idealizadas dos pais. Mecanismos de defesa: Ascetismo (negação do prazer, controlo das pulsões sexuais através de disciplina e isolamento) e Racionalização (o jovem procurar esconder os aspectos emocionais do processo adolescente, interessando-se por atividades do pensamento onde coloca toda a sua energia). AULA 3 – ESTUDO DA PERSONALIDADE Definição Psicológica do Termo Abrange a totalidade da constituição psicológica do indivíduo: traços, habilidades, crenças, atitudes, valores, motivos, temperamento, caráter. Personalidade é a maneira peculiar pela qual os traços, valores, habilidades e motivos se organizam na pessoa. A personalidade se mostra através de tudo aquilo que a pessoa é capaz de produzir ou de ser. Desempenho no trabalho: 1. Pessoas nasceram diferentes (variáveis inatas) 2. Experiências de vida diferentes (adquiridas). Conteúdos da personalidade Conteúdo intelectual Substrato moral Temperamento Hábitos Resultante da inteligência e da cultura Resultante das disposições íntimas. (caráter) Reações emocionais e estados de humor. Ex: Extrovertido, introvertido, ativo, apático, sensível, etc. Resultantes de condicionamentos que levam às ações automatizadas. Podem ser motores, emocionais (mania de se queixar, etc.), psíquicos (Criticar, mentir, etc.) Tem relação com o tipo de educação que a pessoa teve e com a espécie de vida que levou. Conflitos de Personalidade Deslocamento Identificação Ansiedade Energia instintiva transferida de um objeto para outro. Incorporar características de personalidade e valores de outra pessoa, principalmente figuras parentais do mesmo sexo. Percepção de sinais de ameaça (real ou não) Mecanismo de Defesa (INCONSCIENTE) Mecanismos de defesa de empregados para reduzir a ansiedade. PROJEÇÃO SUBLIMAÇÃO Atribuir aos outros sentimentos que são nossos. Ex: atribuir ao chefe a culpa pelo fracasso por falta de orientação - Persecução Uso da energia sexual recalcada em atividades artísticas, religiosas, etc. Ex: Agressão → Box REPRESSÃO Transferir para o inconsciente estados emocionais de frustração que incomodam e doem. Ex: Um acidente REGRESSÃO RACIONALIZAÇÃO Volta a níveis infantis de reação quando ocorrem fracassos intensos e repetidos. Explicações racionais acerca dos nossos fracassos. Ex: A morte de uma pessoa querida “Foi melhor assim”. Dificuldade em resolver problemas. Motivação/Frustração “Por que “Fulano” se comporta dessa maneira, em tal situação?”. • O dinamismo é a principal característica da personalidade normal. • A estagnação leva a suspeita da normalidade da personalidade. Estímulo necessidades = gratificação Estímulo necessidades = frustração Um homem totalmente satisfeito em suas necessidades tenderia à inércia. Certa dose de insatisfação de necessidades é o que caracteriza a saúde física e mental, pois mobiliza energias a serem usadas no crescimento pessoal. MOTIVO: Fator que dá início dirige e integra um comportamento específico. MOTIVO NECESSIDADES INCENTIVOS INCENTIVOS: Objetos ou condições do ambiente que estimulam o comportamento. INCENTIVOS PRÉMIOS Aumentam a frequência da resposta PUNIÇÕES a resposta diminui de frequência Ciclo Motivacional com e sem Satisfação da Necessidade A partir da Teoria das Relações Humanas, todo o acervo de teorias psicológicas acerca da motivação humana passou a ser aplicado dentro da empresa. Verificou-se que todo comportamento humano é motivado. Que a motivação, no sentido psicológico, é a tensão persistente que leva o individuo a alguma forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais determinadas necessidades. O organismo humano permanece em estado de equilíbrio psicológico (equilíbrio de forças psicológicas, segundo Lewin), até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade. Essa necessidade provoca um estado de tensão em substituição ao anterior estado de equilíbrio. A tensão conduz a um comportamento ou ação capazes de atingir alguma forma de satisfação daquela necessidade. Equilíbrio Interno ► Estímulo ou Incentivo ► Necessidade ► Tensão ► Comportamento ► Satisfação Porém o ciclo motivacional, a necessidade nem sempre pode ser satisfeita. Pode ser frustrada, ou ainda pode ser compensada (ou seja, transferida para outro objeto, pessoa ou situação). No caso de frustração da necessidade, no ciclo motivacional, a tensão provocada pelo surgimento da necessidade elabora uma barreira ou um obstáculo para sua liberação. Quando não é encontrada a saída adequada, a tensão, represada no organismo, procura um meio indireto de saída, seja por via psicológica (agressividade, descontentamento, apatia, tensão emocional, indiferença) seja por via fisiológica (tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas ou digestivas). Outras vezes, a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas transferida ou compensada. Isso se dá quando a satisfação de uma outra necessidade reduz ou aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita. Hierarquia das Necessidades (A.Maslow-1967) A hierarquia de necessidades de Maslow é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto realização. Politica de Administração de R.H. 1. Seleção de Pessoal - Nível motivacional do candidato - Possibilidade de atendimento empresarial 2. Treinamento ou Remanejamento de Pessoal - Avaliação do nível motivacional dos empregados pelos supervisores (entrevistas; avaliação de desempenho; etc.) - Estatística dos motivos da demissão voluntária ou não. O conhecimento acerca do processo motivacional humano é fundamental para a condução das pessoas e equipes de trabalho, no sentido de evitar frustração e de encontrar soluções para o alcance dos objetivos individuais. Condicionamento Há dois tipos básicos de condicionamento: condicionamento clássico (respondente) e condicionamento operante. • Um estímulo simples, por associação, pode ocasionar várias respostas encadeadas, que por repetição tornam-se hábitos, costumes e maneiras de ser. Condicionamento. • As respostas encadeadas podem ser separadas. Descondicionamento. Condicionamento Respondente Resposta imediata e involuntária do organismo a um estímulo qualquer. Ex: S neutro = barulho da máquina→ S eliciador = dor do machucado → R = suor Os estímulos são desencadeadores da resposta. Condicionamento Operante Todas as respostas que têm um efeito sobre o mundo ao redor. Ex: Máquina de cortar com botão de segurança Negativo (punição do chefe) R→S Positivo (elogio do chefe / aumento de produção) O estímulo é reforçador da resposta. • Reforço positivo = fortalece o comportamento • Reforço negativo = enfraquece o comportamento • Extinção = suspensão do reforçamento Punição Apresentação de um estímulo aversivo faz com que a resposta diminua de frequência. Desaconselhável 1. O comportamento volta na ausência do estímulo aversivo; (evitação) 2. O indivíduo associa o estímulo aversivo a outros estímulos que acontecem simultaneamente. (aversão à máquina, ao chefe, etc.). 3. A punição tem também outro efeito: agressão. Princípios do Condicionamento GENERALIZAÇÃO DISCRIMINAÇÃO REFORÇAMENTO EXTINÇÃO Estímulos semelhantes ao que originalmente foi condicionado produzem a mesma resposta. Processo inverso da generalização. Requer respostas diferentes a estímulos diferentes. Por exemplo, um menino precisa aprender que se bater num coleguinha que o tenha batido primeiro será “elogiado” em casa, porém se bater no pai quando este o disciplinar com uma palmada não será apreciado. Fortalecimento e grau de generalização do condicionamento. Eliminação de comportamentos inadequados por retirada de reforço positivo. AULA 4 – COMPORTAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES Grupos de Trabalho Grupo: duas ou mais pessoas em interação que buscam alcançar um objetivo comum. O êxito ou fracasso do grupo dependerá das atividades de cada membro. Interação Grupal: tentativa de harmonizar as diferenças individuais para alcançar o objetivo. É avaliada através da realização do grupo. Laços reforçadores de união/Laços destruidores da eficácia: motivos psicológicos (simpatia/antipatia); motivos sociais (atitudes comuns ou não). Desenvolvimento da Flexibilidade de Comportamento Dependente: 1. Melhor conhecimento de si próprio (defesas, frustrações, etc.) 2. Melhor compreensão do outro (sem estereótipos) 3. Melhor convivência em grupo (papéis funcionais e bloqueadores) 4. Desenvolvimento de aptidões para um relacionamento mais eficiente com os outros: como ouvir; como elogiar; como avaliar; e como disciplinar. Tipos de Grupos nas Organizações Grupos Formais: criados para realização de tarefas relacionadas aos objetivos organizacionais. Dois tipos: 1. Comissão: de longa duração, criada para realizar tarefas específicas; 2. Força-Tarefa ou Equipe de Projeto: temporária, formada para resolver um problema específico. Grupos Informais: surgem da interação social entre membros da organização. O engajamento é voluntário e baseado em atração interpessoal. Características dos Grupos Papéis de Liderança 1. Líderes formais e informais: representam dois papéis básicos: (a) Papel de Tarefa: direção do grupo para realização de atividades; (b) Papel de Formação e Manutenção do Grupo: atendimento das necessidades do grupo. 2. Normas do Grupo: regras de conduta. Ajudam a alcançar os objetivos. 3. Coesão: grau de solidariedade e positividade dos membros em relação ao grupo e entre si. Traduz em: atitudes e objetivos semelhantes, sistema de recompensa adequado e boa interação grupal. Estrutura do Grupo Estratificação Social: hierarquia de valores e papéis sociais (funções dentro do grupo). Na estrutura de um grupo, estabelecemse: (a) Normas do grupo; (b) Relações entre os membros e destes com a liderança; (c) Padrões de conduta; (d) Sistemas de recompensa e punição; (e) Sistema de comunicação. Sistema de status num grupo: STATUS = Medida de prestígio pessoal dentro do grupo. Crescimento Grupal Intercomunicação entre os membros Objetividade do grupo para o seu próprio Funcionamento Responsabilidade de todos os membros quanto a Integração satisfatória de ideologias, necessidades e objetivos individuais com ideologia, normas e objetivos do grupo Coesão grupal adequada para permitir Habilidade do grupo de se informar, pensar e decidir criativamente acerca de seus problemas. (a) Canismos da comunicação: vocabulário; regras de procedimentos; etc. (b) Liberdade de expressão. (a) Habilidade de coletar e usar processos adequados de informações sobre si mesmo. (a) Compartilhar funções de liderança; (b) Desenvolver sensibilidade mútua a necessidades e estilos de participação dos membros; (c) Distinguir entre papel funcional dos membros e características de personalidade. (a) Assimilação de novas ideias; (b) Persistência nos objetivos a longo prazo; (c) Incorporação de novos membros; (d) Aprendizagem decorrente de experiências fracassadas e fixação de objetivos possíveis; (e) Benefício de experiências bem-sucedidas; (f) utilização construtiva de conflitos. Habilidade do grupo para detectar e controlar ritmos do metabolismo grupal, tais como: fadiga; tensão; atmosfera emocional Habilidade do grupo para criar novas funções quando necessário. Tensão e Conflito Grupal Os grupos de trabalho são compostos por diferentes pessoas, podendo gerar entre elas algumas discordâncias, discussões, tensões, insatisfações e conflitos. O conflito, em si, não é patológico nem destrutivo, depende de sua intensidade e forma como é tratado. O conflito tem funções positivas, evita a estagnação; estimula o interesse e a criatividade; descobre os problemas e demanda sua resolução. O conflito é a raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais. Resolução Criativa do Conflito • Pensamento criativo: motivação para resolver o problema; disponibilidade de ideias diversificadas + ambiente sem pressões nem ameaças. • Solucionadores criativos: inteligência; experiências diversificadas; habilidade de jogar com ideias; preferência pelo novo e pelo complexo; independência no julgamento + ambiente que valoriza originalidade e inovação e intercâmbio de ideias. Chefia x Liderança CHEFE Alguém que exerce o poder de mando em virtude de uma autoridade oficial ou não. LÍDER Pessoas que, graças à própria personalidade e não a qualquer questão administrativa, dirige um grupo com a colaboração dos seus membros. Chefia: exercício do poder de mando. Chefe: pessoa investida de autoridade para conduzir outras pessoas em serviço. A chefia é basicamente uma função administrativo sendo o chefe, consequentemente, um administrador. Atribuições: (a) Previsão: Planejamento: programa de ação direcionado para os objetivos; (b) Organização: envolve elementos físicos e humanos (coloca cada coisa no seu devido lugar); (c) Comando: faz o pessoal funcionar; (d) Coordenação: harmonia as atividades; (e) Controle: avalia em tempo útil o que vai acontecendo. Responsabilidade: (a) Pela efetivação da produção em termos de volume, qualidade e custo; (b) Pela segurança, saúde e condições físicas dos subordinados; (c) Pela cooperação com os superiores, colegas de direção e os próprios subordinados; (d) Pela manutenção de registros e relatórios. Liderança: atividade de influenciar pessoas a cooperar na realização de um objetivo. Líder: Pessoas que dirige qualquer ação, opinião ou movimento. Estilos de Liderança • Democrática: o líder atua de acordo com a opinião geral, mas esclarece e orienta. Boa atmosfera, integração grupal e maior rendimento do trabalho; • Autocrática: o líder impõe ao grupo sua vontade. Atmosfera tensa, divisão grupal e reações contraditórias (agressividade e conformismo); • Liberal: o líder só faz o que o grupo quer. Atmosfera de anarquia e desintegração grupal; • Carismática: o líder fascina os membros do grupo; • Inspirativa: o líder se transforma em um símbolo que os outros procuram imitar; • Reformista: o líder é contra o estabelecido; catalisando apoio dos descontentes. Reuniões Antes a) Agendar os assuntos (defini-los e sequenciá-los); b) Convocar os participantes; c) Informá-los sobre a agenda da reunião (a fim de que articulem antes suas contribuições); d) Organizar o local da reunião. Durante a) Fala de abertura; b) Encaminhamento da discussão; c) Registro das conclusões. Cabe ao líder conciliar divergências, corrigir e/ou conter comportamentos individuais negativos. Qualidades: • Bom humor; • Inteligência; • Racionalidade; • Honestidade; • Competência; • Entusiasmo; • Criatividade; • Saúde. Avaliação de Desempenho Princípios a serem adotados: • Julgar performance e não personalidade: • Julgamento frio e inalterável. Sem impulsos emocionais e sem modificar critérios; • Julgar sempre a produtividade e não a produção. Atribuir valor a: • Qualidade do trabalho; • Quantidade do trabalho • Segurança na execução do trabalho • Zelo na execução do trabalho • Pontualidade • Assiduidade Comunicação no Trabalho Noções Básicas de Comunicação A comunicação acontece quando duas ou mais pessoas são comuns, ou seja, têm os mesmos interesses. Então, a mensagem flui entre elas. Barreiras da Comunicação • Filtragem: a mensagem é recebida apenas em parte; • Ruído: a mensagem é distorcida ou mal interpretada; • Bloqueio: mensagem não captada; comunicação interrompida; • Emoção: distorce a comunicação. Obstáculos Sutis • Percepção: influenciada por preconceitos e estereótipos; • Competição: cortar a palavra do outro; • Frustração: impede que se ouça o que está sendo dito; • Projeção: coloca nos outros ideias que são nossas; • Inibição: o receptor se distrai do emissor e vice-versa. Processo de Comunicação Comunicação: é o ato de transmitir e receber impressões, ideias, sentimentos e imagens. Objetivo: afetar o comportamento das pessoas. Elementos Necessários à Comunicação • Emissor: quem transmite a mensagem. • Receptor: quem recebe a mensagem • Mensagem: o que deve ser comunicado. • Canal: meio pelo qual a mensagem é transmitida. Feedback: é o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a melhorar seu desempenho no sentido de atingir seus objetivos. Consiste na formação verbal ou não-verbal, dirigida a outra pessoa ou grupo, tornando-os ciente do efeito de sua conduta. Ex: “Eu quero um feedback” é o mesmo que dizer: “eu quero saber se você gostou ou não de determinada coisa.” Treinamento em Comunicação Como melhorar a comunicação Utilizando o feedback Verificando o desempenho através da comunicação com outras pessoas e modificando-o. Critérios para tornar o “feedback” mais útil e eficiente (a) O “feedback” é mais descritivo que avaliativo. (b) Deve ser específico e não geral. (c) Dirigir-se ao comportamento que pode ser modificado. (d) Deve ser solicitado e não imposto. (e) É preciso oferecê-lo em momento oportuno. (f) Deve ser comprovado. Sabendo ouvir Distinguindo os vários conteúdos da comunicação, como: (a) Conteúdo Latente: precisa de sensibilidade para ser entendido. (b) Conteúdo Lógico: informativo. (c) Conteúdo Psicológico: afetivo; emocional. (d) Conteúdo Manifesto: aparente Colocando-se no mundo do recebedor Adaptação da mensagem ao vocabulário, interesse e valores do receptor. Desenvolvendo a empatia Colocar-se no lugar dos outros e compreender o que sentem e estão procurando dizer. Usando a comunicação face a face • Oportunidade de perceber além da mensagem; • Inter-relação mais fácil e completa; • Maior proximidade entre as pessoas. Distinguir o momento oportuno da mensagem ser enviada Usar mensagens simples, diretas e sem rebuscamento Tipos de Comunicação A comunicação varia de acordo com os instrumentos utilizados, com as pessoas e com os objetivos. Os instrumentos: Verbal Linguagem verbal e oral Comunicação Não-verbal Postura Silêncio Expressões faciais Gestos Os objetivos: Consumatória = espontânea Comunicação Instrumental = utilitária Consumatória: o outro é percebido como um sujeito com quem se deseja comunicar. Objetivo: troca com o outro. Instrumental: o outro é percebido como um objeto a explorar, seduzir ou enganar. Comporta segundas intenções. A troca com o outro é procurada, preparada e estabelecida para fins de manipulação. Objetivo: Assegurar certos ganhos e satisfazer alguns interesses. Ex: Mensagens publicitárias, propaganda política. Comunicação eficaz: uma comunicação se torna eficaz, desde que: • O contato psicológico se estabeleça em profundidade; • Consiga-se integrar comunicação verbal e não-verbal; • As comunicações intragrupos sejam abertas, positivas e solidárias; • A comunicação se estabeleça de pessoa a pessoa para além das máscaras, dos status e das funções; • As comunicações humanas sejam consumatórias (isto é, encontros de sujeito a sujeito) e menos instrumentais (isto é, manipulações do outro). Níveis de Comunicação • Interpessoal: como as pessoas se relacionam com as outras, suas intenções e expectativas. • Intrapessoal: o que se passa dentro da pessoa no processo de comunicação. • Organizacional: estuda a rede de sistemas de dados, informações, fatos que ligam entre si os membros da organização e fornecem os meios pelos quais a empresa se relaciona com o meio. • Tecnológico: diz respeito à tecnologia da comunicação, isto é, os aparelhos, o equipamento. Programas formais para gerar, armazenar, processar, traduzir, distribuir e exibir dados. Comunicação Organizacional Fatores • Canais Formais de Comunicação: mecanismos usados pelas empresas para veicular informação. a) Aspecto Positivo: Atingem as diversas áreas da empresa e padronizam a circulação de mensagens. b) Aspecto Negativo: Podem inibir o fluxo livre de informação entre os diversos níveis da organização. • Estrutura de Autoridade: diferenças de “status” e poder determinam quem irá se comunicar “confortavelmente” com quem. Redes de Comunicação Conjunto de canais, dentro da empresa, através dos quais a comunicação se processa de forma rígida ou flexível (centralizada ou descentralizada). Sentido da Comunicação Comunicação Vertical: comunicação para cima e para baixo na cadeia de comando da organização. a) Comunicação de baixo para cima: fornece informações aos níveis superiores sobre o que acontece nos níveis mais baixos. b) Comunicação de cima para baixo: parte da alta administração e desce através de níveis gerenciais até administração e desce através de níveis gerenciais até os trabalhadores de linha e ao pessoal que não ocupa cargos de supervisão. Será filtrada, modificada ou interrompida a cada nível hierárquico, podendo acarretar confusão e desinformação, prejudicando a realização das tarefas. Comunicação lateral e informal: ocorre entre os departamentos, seguindo o fluxo do trabalho, sendo um canal direto para a coordenação e a solução de problemas. Favorece os relacionamentos interpessoais informais. Pode ser verídica ou não. Histórico Estudos Iniciais • Foco: características de personalidade dos líderes. Escola Clássica da Administração • Foco: Autoridade derivada do cargo que o indivíduo ocupa. • Função do Líder: Estabelece e impõe critérios de realização, a fim de atender aos objetivos da organização. Relações Humanas • Foco: Comportamento interpessoal entre líderes e liderados Atualmente • Foco: Social (grupos) • Função do Líder: Exercer influência interpessoal numa dada situação, dirigida através do processo de comunicação para a realização de um ou mais objetivos. Teorias 1. Teoria de Traços de Personalidade Traços físicos, intelectuais, sociais, etc. 2. Teoria de Estilos de Liderança Padrões de comportamento A liderança autocrática gera maior produção, tensão, frustração e agressividade. A liderança liberal não gera grandes produções, mas sim individualismo, desagregação, agressividade e pouco respeito à liderança. A liderança democrática é um meio termo entre as anteriores, proporcionando produção e satisfação, ou seja, produção com qualidade, não quantidade. Liderança Cada pessoa é única - Tem seus objetivos, necessidades, talentos, habilidades e características de personalidade. Função da Liderança: administrar as diferenças individuais, integrando as necessidades do indivíduo às necessidades da organização. Tarefas X Pessoas: a grade gerencial de Robert Blake e Jane Mounton é uma teoria comportamental de liderança. Ela foi uma evolução da teoria de Tannenbaum e Schmidt (Veremos mais a frente), pois questionou esta visão antagônica (ou era focada em pessoas ou tarefas, e não nas duas). Para Blake e Mounton, tanto a preocupação com as pessoas e com a produção são fundamentais para se alcançar um bom resultado. Eles montaram a grade gerencial baseada nas duas dimensões comportamentais: preocupação com a produção (por isso chamada visão bidimensional do estilo de liderança), conforme podemos ver no gráfico abaixo. Cada uma das dimensões é avaliada por meio de uma escala de 1 a 9, contendo 81 posições para o estilo de liderança. As cinco posições chaves que Blake e Mounton identificaram foram: • Líder negligente ou liderança empobrecida (1.1): o líder se esforça minimamente para fazer o trabalho e justificar sua permanência na posição. O líder é basicamente ausente. • Líder-tarefa (9.1): o líder se preocupa com a eficiência na produção, mas pouca preocupação com a motivação e o desenvolvimento dos funcionários. Todo o foco se concentra nos resultados. É a liderança na base do “chicote”. • Líder-pessoa ou clube de campo (1.9): toda a preocupação com as necessidades dos funcionários e em proporcionar um ambiente agradável, sem se preocupar muito com a eficiência e eficácia da produção. Neste tipo de liderança, existe pouca pressão por resultado. • Líder meio-termo (5.5): o líder mantém sua eficiência da produção razoável e um moral satisfatório. • Líder-equipe (9.9): segundo Blake e Mouton, esse é o estilo mais eficaz para uma organização. O líder se esforça tanto para obter eficiência na produção, como em manter seus funcionários motivados e em constante desenvolvimento. Teorias Contingenciais (Tannenbaum, Schimidt e Fiedler) Foi o primeiro modelo proposto, sendo publicado em artigo na revista Harvard Business Review, no ano de 1.958. Neste artigo, os autores descreveram que administradores deviam ter conhecimento de três fatores antes de liderar: O primeiro fator trata-se das forças que atuam no administrador, ou seja, um líder deve ter conhecimento amplo de seus valores pessoais, inclinações, sentimentos de segurança e principalmente confiança nos seus subordinados. O segundo fator refere-se ao conhecimento e à experiência do empregado, sua prontidão para assumir responsabilidades, seu interesse pela tarefa e seu entendimento das metas da organização, sendo estas chamadas de forças que atuam no subordinado. O último fator inclui o estilo de liderança valorizado pela empresa, o trabalho em grupo, o problema e o tipo de informação para resolvê-lo e o tempo que o administrador dispõe para tomar a decisão. Liderança Eficaz Num ambiente em constante mutação e de elevado grau de competição, as empresas precisam de líderes eficazes e com as seguintes características: Focalização nos Objetivos Levar em conta tanto os objetivos organizacionais como os individuais de cada membro da equipe. Autoconfiança Confiança em si próprio e nas capacidades e habilidades do grupo. Habilidade no Relacionamento Humano Harmonizar a equipe para a execução da tarefa. Criatividade e Inovação Não apenas com relação a novos produtos e serviços, mas também a novas formas de atuar, nova cultura e novos desafios. Flexibilidade Diferentes comportamentos para diferentes situações, demonstrando predisposição a negociações e mudanças quanto aos objetivos e meios. Tomada de Decisão Estabelecer prioridades e racionalizar o tempo. Times de Trabalho: é através da equipe que o líder obtém a execução das tarefas e a produção de bens e serviços, administra os recursos materiais e financeiros, assim como atinge os objetivos organizacionais. Grupo: duas ou mais pessoas em integração que buscam alcançar um objetivo comum. O êxito ou fracasso do grupo dependerá das atividades de cada membro. Integração Grupal: tentativa de harmonizar as diferenças individuais para alcançar o objetivo. É avaliada através da realização do grupo. Normas do Grupo: regras de conduta. Ajudam a alcançar os objetivos. Coesão: grau de solidariedade e positividade dos membros em relação ao grupo e entre si. Traduz em: atitudes e objetivos semelhantes, boa interação grupal, etc. Vantagens do Trabalho em Equipe: • Maior aprofundamento na abordagem dos problemas; • Maior diversificação de ideias; • Motivação e criatividade no trabalho. Desenvolvimento de Equipes: • Definir claramente e conjuntamente os objetivos; • Descentralizar as decisões; • Buscar a resolução criativa de conflitos; • Definir claramente o que se espera de cada um, no desempenho de suas funções; • Avaliar periodicamente os resultados; • Estimular a criatividade; • Manter os canais de comunicação abertos; • Estimular o feedback sobre o comportamento da equipe. AULA 5 – PROCESSOS DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL Recrutamento: conjunto de procedimentos que visa atrair candidatos qualificados para ocupar cargos dentro da organização. Função: Suprir a seleção de matéria-prima básica (candidatos). Meios de recrutamento Tipo Recrutamento Interno Recrutamento Externo Definição Empresa procura preencher a vaga com o remanejamento de seus empregados. • Promoção (movimento vertical); • Transferência (horizontal); •Transferência com Promoção (diagonal). Vantagens • Rápido e Econômico: evita despesas com anúncios; custo de admissão; etc. • Segurança: a empresa já conhece o candidato. • Fonte de motivação para os empregados. • Aproveita os investimentos da empresa em treinamento de pessoal. Empresa procura preencher a vaga com • “Sangue novo” e experiências candidatos externos atraídos pelas técnicas novas para a organização. de recrutamento. • Aproveita os investimentos em preparação e desenvolvimento de pessoal feito por outras empresas ou pelos próprios candidatos. Desvantagens • Exige potencial de crescimento e motivação dos empregados. • A organização tem que oferecer oportunidade de crescimento no momento certo (frustração = apatia e desinteresse) • Demorado e caro • Menos seguro (a empresa não conhece o candidato) Técnicas de Recrutamento: métodos através dos quais a organização divulga a existência de uma oportunidade de trabalho junto ao mercado de recursos humanos. Principais Técnicas: • Consulta aos arquivos de candidatos (baixo custo e rápido); • Apresentação de candidatos por parte de funcionários da empresa (baixo custo, rápido e alto rendimento); • Cartazes ou anúncios na porta da empresa (sistema usado para cargos de baixo nível); • Contatos com sindicatos e associações de classe (esquema residual – baixo custo); • Contatos com escolas, universidades, CEEE; • Viagens de recrutamento em outras localidades; • Anúncios em jornais e revistas (Técnica mais eficiente); • Agências de recrutamento (RH para comércio e indústria – cara, mas compensado pelo tempo e rendimento); • INTERNET (recepção de Curriculum Vitae de candidatos). Técnicas de Seleção Entrevistas Individuais ou grupais; Dirigidas ou não-dirigidas • Provas de Conhecimentos ou Capacidades Gerais: Cultura geral; línguas, informática, etc. Específicos: Cultura profissional, conhecimentos técnicos. • Testes Psicométricos o Inteligência: Geral: INV; RAVEN; G - 36; D-48. Específico: Abstrata; numérica; verbal; especial; social. o Teste de personalidade: Projetivos: TAT; RORSCHARCH; árvore (htp) Inventários: Motivação; frustração; interesse. • Técnicas de simulação: • Psicodrama • Dramatização. Seleção e Investimento Útil para a empresa 1. Suprime o problema de rotatividade da mão-de-obra; 2. Encurta o tempo de treinamento e de formação profissional do recém-admitido; 3. Aumenta o rendimento do trabalhador, melhorando a qualidade da produção e diminuindo o desperdício de material; 4. Minimizar o número de acidentes de trabalho; 5. Psicologicamente, evita desajustes entre exigências do cargo e as características do indivíduo, minimizando comportamentos inadequados responsáveis por atos inseguros durante o trabalho; 6. Contribui para o processo motivacional do indivíduo, pois o homem que trabalha na função adequada a ele mesmo, é um homem satisfeito. Treinamento O que é: esforço planejado e organizado para ajudar as pessoas a desenvolverem suas capacidades. Objetivos: • Aprender o método certo de trabalho; • Alcançar um bom desempenho de trabalho; • Adquirir capacidades que poderão ser úteis para possíveis ocupações futuras. Finalidades: • Aperfeiçoar o conhecimento e as habilidades de trabalho. Ex: Organização; liderança; etc. • Receber informações; • Motivação atitudes. Ex: Aumentar a motivação; desenvolver sensibilidade. Programação: • O que? Quais habilidades, conhecimentos e atitudes devem ser treinados? • Quem? Quem deve ser treinado? • Como? Como deve realizar-se o treinamento? • Onde e quando? Onde e quando deve realizar-se o treinamento? • Por que? Por que se deve realizar o treinamento? Execução Métodos de treinamento: 1. Preleção: aula e conferência (passividade o aluno); 2. Demonstração (workshop; oficina): treinamento que envolve algum tipo de equipamento; 3. Filmes, slides: dificulta o feedback imediato. Deve ser complementado com debates, discussões em grupo, etc. 4. Simulação: desempenho de papéis relacionado ao trabalho que envolva relações humanas; 5. Rodízio de posições: amplia os conhecimento do aluno; 6. Treinamento da sensitividade 7. Jogos de empresa (bussines games) Função do Técnico de Segurança do Trabalho na Área de Recursos Humanos Além de promover o treinamento dentro do ambiente de trabalho, o técnico visa a saúde, segurança e qualidade de vida de todos os funcionários. Elabora ginásticas laborais, campanhas de vacinação, incentivo à prática de esportes com participação em jogos e eventos esportivos, além de coordenar trabalhos de atualização do PPRA, PCMSO e CIPA (Comissão Interna de Prevenção à Acidentes).