ESPORÃO LINGUAL: Conhecer ou ignorar? LINGUAL SPUR: To know or not to know? Ana Maria Parizzi* Flávia Tavares Villar** n RESUMO Este artigo foi escrito com o intuito de informar aos profissionais afins, principalmente aos fonoaudiólogos, sobre o uso do esporão lingual, nos casos de mordida aberta anterior, como meio de eliminar o mau hábito oral. O esporão é um aparelho fixo, com um arco lingual, onde são soldados prolongamentos pontiagudos, cujas pontas são evertidas no sentido lingual. O aparato tem como objetivo reverter o mau hábito através da reeducação pelo seu próprio funcionamento de arco reflexo. Através de pesquisa bibliográfica e entrevista com ortodontistas de Belo Horizonte, observamos que o esporão lingual recebe um estigma de tortura criado pela sua conformação. Desta forma, sugerimos uma modificação em sua estrutura, transformando-o em um aparelho mais aceitável, sem perder sua eficácia. UNITERMOS: esporão lingual, mordida aberta anterior, hábito deletério. n SUMMARY The purpose of this article is to inform especifics professionals, mainly speech terapyst, about using lingual spur, in cases of anterior open bite, to eliminate a deleterious oral habit. Lingual spur is a fixed appliance, with a lingual bow, where sharp-pointed prolongations are fixed in the tongue direction. The main objective of this appliance is to extinguish a deleterious habit producting a proper reflex arc. Through studies and interview with orthodontists of Belo Horizonte, it was observed that lingual spur is seen as a way of torture, created for its own shape. It’s suggested to change it’s structure, transforming it to an appliance more aceptable, but effective. KEY WORDS: lingual spur, anterior open bite, deleterious habit. * Fonoaudióloga Especializanda em Motricidade Oral pelo CEFAC – Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica. ** Fonoaudióloga Pós-Graduada em Distúrbios da Comunicação pela Faculdade Metodista Izabela Hendrix – MG (1995). Especialista em Motricidade Oral pelo CEFAC – Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica (1997). Orientação: Profa. Dra. Mirian Goldenberg. 81 REVISTA CEFAC: ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA EM FONOAUDIOLOGIA nas e cartilagens) do osso, enviadas pelo agregado de tecidos moles, faz com que o osso se desenvolva até a sua estrutura morfológica definitiva e ocupe o local que deve. Dentro da tipologia facial, é sabido que indivíduos com características genéticas de face longa, sujeitos a efeitos ambientais, como maus hábitos orais, têm mais tendência a alterações oclusais, como por exemplo, mordida aberta anterior (PROFFIT, 1995). Crianças, às vezes, desenvolvem hábitos orais deletérios, contudo, o efeito desse hábito no tecido duro e mole depende da freqüência, intensidade e duração. PETRELLI (1992) diz que, dessa forma, as pressões exercidas pela postura da língua e dos lábios em repouso são mais significativas e atuantes no desenvolvimento das deformidades oclusais do que aquelas exercidas durante a fala, deglutição e mastigação. Apesar de ser possível deformar o alvéolo e a dentição, durante os anos, no período da dentição temporária com hábitos intensos, a maioria dos clínicos concorda que a intervenção, geralmente, não é indicada até aproximadamente 5 anos de idade. Se o mau hábito não cessar espontaneamente, utiliza-se recursos simples como uma conversa, segundo ENLOW (1993). As mordidas abertas associadas com maus hábitos em crianças com relação normal dos maxilares, freqüentemente se resolvem após remoção do hábito e os dentes permanentes remanescentes irromperem (ENLOW, 1993). No passado, pensava-se que a língua, ao realizar o movimento de deglutir, causava mordida aberta anterior, mas na verdade a língua que se projeta ao deglutir é apenas uma adaptação à mordida aberta e não a sua causa. Isso é confirmado por PETRELLI (1992), que observou existir uma relação morfológica anormal nesse caso e, portanto, um fenômeno de adaptação. Assim, só há melhora da projeção da língua quando a mordida já está quase fechada. Ao contrário, fica difícil a automatização do posicionamento correto da língua em repouso ou durante a fonação. Pode haver até um controle da postura em situação voluntária, mas não há automatização do padrão. Seria aí a melhor atuação do esporão lingual. Seu uso, segundo BICALHO & JUNQUEIRA (1997), é reeducador pelo seu próprio funcionamento de arco-reflexo. Há elevação da ponta e posteriorização da língua, mantendo-se a função. Produz-se um reflexo mais adequado, revertendo o hábito deletério. O paciente automatiza a postura correta da língua com mais rapidez, com conseqüente fechamento também mais rápido da mordida. SANSEVERINO (1996) reforça que, se a forma está alterada, não adianta adaptar a função. E uma vez adaptada a forma, a função deve adaptar-se ou podem haver recidivas. Tendo em vista a falta de conhecimento quanto ao uso do esporão lingual, especialmente entre nós, fonoaudiólogos, tomamos a iniciativa de escrever um artigo informativo sobre esse assunto. Descobrimos uma bibliografia escassa e pouco esclarecedora. Procuramos, então, profissionais competentes em Belo Horizonte que, por trabalharem com esporão lingual, têm grande experiência e puderam enriquecer em informações e conhecimentos nosso artigo. Este trabalho propõe tentar esclarecer o objetivo ortodôntico em aplicar a técnica do esporão lingual, nos casos de mordida aberta anterior, como meio de eliminar o mau hábito oral. Ao percebermos que a técnica do esporão lingual, no trabalho ortodôntico era considerada como TORTURA e que esta estigmatização poderia estar camuflando os verdadeiros efeitos do aparelho, coube-nos indagar aos ortodontistas de Belo Horizonte, que utilizam dessa técnica, objetivando esclarecer o que é o esporão lingual, quando, por que e como é usado. Acreditamos que o uso do esporão lingual seja capaz de eliminar hábitos deletérios, porém, uma modificação em sua estrutura poderia amenizar o estigma de TORTURA criado pela sua conformação. O esporão é um aparelho fixo, com um arco lingual onde são soldados quatro prolongamentos pontiagudos — um para cada incisivo — cujas pontas são evertidas no sentido lingual. O mais usado é o inferior e o objetivo é reverter o mau hábito pela produção de um reflexo mais adequado (BICALHO, 1997). A sugestão que propomos, observando as necessidades fonoaudiológicas de manter a fisiologia da mastigação, deglutição e fala “adequada” durante o uso, seria o uso do arco lingual com prolongamentos não-pontiagudos, colocados inferiormente (grade inferior). Seria mais confortável, aceitável e eficaz no impedimento ao efeito lingual durante seu uso, no fechamento da mordida aberta. Pensamos que a estigmatização criada a respeito do uso do esporão lingual ocorra por falta de conhecimento dos profissionais que atuam nessa área. O desinteresse sobre esse assunto traz o profissional à comodidade de ignorá-lo e ainda, criticá-lo, limitando seus recursos em tratamentos menos adequados. Tentaremos correlacionar conhecimentos de crescimento craniofacial, tipo facial e mordida aberta com o uso do esporão lingual. ENLOW (1993) afirma que o processo geral de crescimento esquelético apresenta como funções gerais: posicionar, estruturar e constituir cada osso e todas as suas partes regionais, de modo que elas possam desempenhar todas as várias funções inerentes ao osso. As informações FUNCIONAIS para os tecidos conjuntivos osteogênicos (membra- 82 ESPORÃO LINGUAL: CONHECER OU IGNORAR? dicionamento de reflexos para produzir condições funcionais mais favoráveis para o crescimento esquelético craniofacial e o desenvolvimento da oclusão. A fim de eliminar não apenas o hábito de projeção lingual, mas também o de sucção digital, NAKAJIMA (1985) aconselha bandar os caninos INFERIORES e inserir, em um arco lingual, esporões em forma de U, sem polir os cravos, para não perder a eficácia. PETRELLI (1992) discorda do uso de esporões pontiagudos, considerando-os aparelhos agressivos na tentativa de eliminar hábitos. Acredita ser um método obsoleto, preocupando-se com o emocional do paciente. TENTI (1993) utiliza o esporão lingual sobre os incisivos INFERIORES e SUPERIORES e explica ao paciente que o aparelho não constitui uma punição, mas apenas um recurso para lembrá-lo de manter a língua no palato durante a fonação e a deglutição. A deglutição correta é ensinada alguns dias antes. Exercícios para corrigir a deglutição, geralmente são descritos para serem realizados regularmente; como o paciente, em geral, não segue esta recomendação, aplica-se o esporão. FIGUEIREDO (1997) segue a linha do não uso do esporão lingual. Considera que existem outros aparelhos esteticamente melhores, mais confortáveis para o paciente e que lesionam menos a mucosa lingual. Utiliza, nos casos de mordida aberta com interposição de língua, a grade palatina no arco SUPERIOR ou a grade lingual no arco INFERIOR. Para eliminação de maus hábitos, como sucção digital e chupetas, faz uso da mesma grade conjugada a outros aparelhos, ou utiliza outros tipos de mecânica fixa ou removível (disjuntores, quadriélix, placas com acessórios etc.) que impeçam o hábito ao mesmo tempo que interceptem o desenvolvimento de maloclusões incipientes, proporcionando correções da interposição e função lingual, melhora da fonação, da deglutição, da forma e do relacionamento dos arcos dentários, e equilíbrio dos tecidos peribucais. Considera, ainda, que a eficácia da grade palatina ou lingual é a mesma do esporão, sendo colocada o mais cedo possível, em torno dos 5 ou 6 anos, durante 6 a 12 meses. Acredita ser a grade lingual mais aceita pelos pais e pacientes. Nega recidivas nos casos de maus hábitos “comuns”, pois são corrigidos principalmente em crianças, desde que o tratamento seja bem elaborado – diagnóstico, prognóstico e correção – coadjuvado à colaboração do paciente e dos pais. Relata que a musculatura peribucal normalmente se adequa na criança, e que corrigida a forma, a função se normaliza; excetuando-se alguns casos em que se necessita da assessoria mioterápica. Quando não ocorre o restabelecimento das funções adequadamente, com permanência da interposição lingual e/ou alteração da fala, faz-se indicação Ela utiliza o esporão de NAKAJIMA até o fechamento da mordida e encaminha para o trabalho funcional caso o hábito persista. Têm a mesma conduta BICALHO & JUNQUEIRA (1997). As recidivas nos casos de mordida aberta, com o uso do esporão lingual, são quase inexistentes. Quando ocorrem, estão relacionadas ao tipo facial, ao crescimento, à genética e aos pacientes que apresentam problemas neuromotores. Estes necessitam de maior tempo de uso do esporão lingual, acredita BICALHO (1997). A ortodontia se concentra na manutenção dos padrões normais, na prevenção e na intercepção dos desvios da normalidade que possam ocorrer ao longo do crescimento e desenvolvimento do indivíduo. Quando a manutenção, a prevenção ou a intercepção não forem feitas e o desvio continuar, serão necessárias condutas corretivas. Um fator importante que pode comprometer o resultado final da ortodontia é a presença de um mau hábito oral. Os hábitos orais são definidos como sendo prováveis de determinar direta ou indiretamente desvios na morfologia dentoalveolar. Descobrir um hábito simplesmente não tem significado clínico se não se sabe sua origem, implicação e conseqüência (MORESCA & PERES, 1992). Existem vários métodos para eliminar hábitos deletérios. Falaremos sobre o mau hábito de projeção lingual, por ser o mais encontrado em mordidas abertas, e sobre o uso do esporão lingual para corrigi-lo. Mostraremos ainda as divergências existentes entre autores quanto à forma de eliminação deste hábito oral. Antes de tratar qualquer hábito, MOYERS (1991) alerta sobre o papel de toda a musculatura no desenvolvimento normal de toda oclusão e todos os hábitos na etiologia da maloclusão. Preocupa-se com o controle do hábito, pois é nocivo à oclusão, porém não o controla em regime rigoroso. Nos casos de interposição lingual, ele aplica três procedimentos em seqüência para eliminá-lo. Conscientiza o paciente da nova forma de deglutir, transfere o controle do novo padrão de deglutição ao subconsciente e reforça esse novo reflexo. Esse reforço, SEMPRE necessário, é feito através da colocação de afiados e pequenos esporões em um arco lingual SUPERIOR. Como proteção, a língua é retirada da posição anormal e posicionada adequadamente durante a deglutição. As três fases devem ser respeitadas e nunca colocar o esporão antes das duas primeiras fases para não traumatizar o paciente. Segundo MOYERS (1991), apesar dos melhores esforços clínicos, uma recaída parcial é observada em alguns casos. Dessa forma, o autor nos alerta que o tratamento dos problemas clínicos que tem seu local etiológico primário no sistema neuromuscular e, portanto, na área de atuação fonoaudiológica, deve envolver o con- 83 REVISTA CEFAC: ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA EM FONOAUDIOLOGIA estes irrompem sem problemas. Desta forma, ocorre uma modificação na alimentação sensorial do cérebro, permitindo uma nova resposta motora (função e posição normal da língua). Esta resposta pode chegar a ficar permanentemente impressa no cérebro se os esporões permanecerem por tempo adequado, no mínimo um ano, evitando assim as recidivas. A terapia fonoaudiológica, para JUSTUS (1976), só funcionaria se houvesse mais conhecimento por parte do profissional, colaboração do paciente e dos pais na realização dos exercícios diários e, principalmente, se não fosse tão difícil modificar voluntariamente uma atividade reflexa fundamental, como é o caso da deglutição. JUSTUS (1976) prefere usar os esporões soldados a um arco palatino a usá-los nos incisivos. No arco, os esporões podem ser colocados independentes da erupção e posição correta ou não dos incisivos; o número de esporões pode variar ao longo do arco palatino. Bandar os incisivos para inserir os esporões tem a desvantagem de ser antiestético e de acumular placas dentobacterianas. O esporão lingual será contra-indicado, diz JUSTUS (1976), se o paciente for imaturo para compreender o sistema do aparato (menos de 4 anos, geralmente) e não estiver motivado o bastante para eliminar tal hábito. Não é indicado para pacientes que estejam passando por problemas emocionais, que se encontrem com inflamação aguda de amígdalas e adenóide, pacientes em tratamento de fala e/ou linguagem (recomenda-se esperar que se termine o programa ou pedir que cancele e retorne após retirada do esporão) e portadores de macroglossia. Analisando e observando estas condutas, percebemos que teorias antigas são mantidas e utilizadas sem muitas modificações. O trabalho conjunto da musculatura e da mecânica corretiva está longe de ser o ideal, talvez pela falta de conhecimento ou troca de informações das áreas interessadas neste assunto: Fonoaudiologia e Ortodontia. É cada vez mais necessário definir diagnósticos e obter resultados mais rápidos e melhores, principalmente quando se trata de problemas relacionados à oclusão dentária e musculatura orofacial, os quais só serão solucionados quando os profissionais afins perceberem a importância de escutar e questionar, adquirindo conhecimentos atualizados de áreas correlatas. Pensando sobre tudo que foi visto e ouvido, acreditamos que uma modificação na estrutura do esporão, transformando-o em um aparelho mais aceitável, sem perder sua eficácia, seria uma solução para agradar “gregos e troianos” ou “fonos e ortos”. Sugerimos inserir um arco INFERIOR, pois não influenciaria nas funções de fala e deglutição; com prolongamentos não-pontiagudos, o que amenizaria o estigma de TORTURA e, principalmente, impediria fonoaudiológica – importante para a obtenção das funções bucais adequadas, a estabilidade e a longevidade do tratamento ortodôntico. JUNQUEIRA & BICALHO (1997) utilizam o esporão lingual no arco INFERIOR. Os prolongamentos pontiagudos não encostam nos incisivos para não impedir a movimentação dos dentes e a boa higiene. Este aparato é utilizado nos casos de mordida aberta anterior por hábito inadequado da língua, uso de chupeta ou sucção digital, mais freqüentemente. JUNQUEIRA (1997) utiliza ainda o esporão lingual em pacientes com mordida aberta lateral. Ambos concordam que a idade ideal é o mais cedo possível, em torno dos 4 ou 5 anos. BICALHO (1997) não vê contra-indicação para utilizar o esporão lingual em criança, adulto ou adolescente e, até mesmo, em casos de deficiência mental. Ressalta a colaboração do paciente. Relatam que a aceitação dos pacientes, geralmente, é positiva, dependendo do emocional dos mesmos. Antes de colocar o esporão lingual há uma orientação aos pais e aos pacientes sobre a conduta do uso do aparelho, como é feito, para que será utilizado e seus benefícios. Sendo realizada uma boa orientação, o aparato é bem aceito. O tempo de adaptação do aparelho é de uma semana. No início “espeta” a língua forçando o paciente a retraí-la, promovendo o seu direcionamento correto, elevando sua ponta. Desta forma há manutenção adequada das funções de fala e deglutição, sendo este o objetivo do aparelho. O esporão é mantido até que se feche a mordida, em tempo mínimo de seis meses. Após o fechamento, tem-se a opção de retirá-lo ou não, de acordo com o andamento do trabalho ortodôntico. A eficácia do esporão lingual é excelente, acredita BICALHO (1997), desde que bem indicado: bom diagnóstico, bom planejamento, bom uso. Sendo este aparato um reeducador, a língua não produz mais seu efeito deletério. Eles reforçam que as recidivas são reduzidas, salvos em casos já ditos (tipo facial, genética, crescimento). Porém, JUNQUEIRA (1997), ao observá-las, recoloca o esporão lingual. Quanto à indicação de fonoterapia, somente tomam essa conduta após o fechamento da mordida aberta e a retirada do esporão. JUNQUEIRA (1997) solicita uma avaliação miofuncional. BICALHO (1997) indica, quando necessário, observar outras alterações, como permanência da interposição lingual na fala. JUSTUS (1976) afirma que o melhor método para o tratamento da mordida aberta associada ao hábito de projeção lingual é o esporão lingual. Com a colocação desse aparato, cria-se um novo ambiente bucal, a língua fica impedida de tocar no esporão e nos dentes e, conseqüentemente, 84 ESPORÃO LINGUAL: CONHECER OU IGNORAR? MOYERS, R. — Ortodontia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1991. MORESCA, C. & FERES, M. — Hábitos viciosos bucais. In: PETRELLI, E. — Ortodontia para fonoaudiologia. Curitiba, Louvise, 1992. pp. 165 -76. NAKAJIMA, E. — Atlas de ortodontia. São Paulo, Santos, 1985. PETRELLI, E. — Ortodontia para fonoaudiologia. Paraná, Lovise, 1992. PROFFIT, W. & FIELDS, H. — Ortodontia contemporânea. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995. SANSEVERINO, N. — Anotações em aula de especialização do curso de motricidade oral. Belo Horizonte, CEFAC, 1996. SICHER & DUBRUL — Anatomia oral. São Paulo, Artes Médicas, 1991. TENTI, F.V. — Atlas de aparelhos ortodônticos e removíveis. São Paulo, Santos, 1993. TOMÉ, M.; FARRET, M.; JURACH, E. — Hábitos orais e maloclusão. Tópicos em Fonoaudiologia 3: 97-109, 1996. o efeito deletério da língua. Seria uma GRADE INFERIOR (já usado por alguns ortodontistas de BH — com bons resultados). Sabendo que o aparato, desta forma, perde o efeito de arco-reflexo reeducador pois, não havendo as esporas, não há mais a retirada da língua após o estímulo doloroso. Provavelmente seria necessário a terapia miofuncional para automatizar essa postura adequada da língua. Sugerimos que seja feita uma investigação com esse tipo de “GRADE INFERIOR” em pacientes portadores de mau hábito oral — projeção lingual — associado à mordida aberta, com o intuito de somarmos resultados mais concretos. n BIBLIOGRAFIA BIANCHINI, E. — A cefalometria nas alterações miofuncionais orais: diagnóstico e tratamento fonoaudiológico. São Paulo, PRÓ-FONO, 1993. DOUGLAS, C. — Tratado de fisiologia aplicado às ciências da saúde. São Paulo, Robe Editorial, 1994. ENLOW, D. — Crescimento facial. São Paulo, Artes Médicas, 1993. JUSTUS, R. — Tratamiento de la mordida abierta anterior: un estudio cefalometrico y clinico. Simposio Clinico Ortodoncia. Revista Adm., nov/dic, 1976. pp. 17-40. KRAKAUER, L.H. - Alterações de funções orais nos diversos tipos faciais. Tópicos de Fonoaudiologia 2: 147-53, 1995. MARCHESAN, I. — Motricidade oral. São Paulo, Pancaste, 1993. MARCHESAN, I.Q. et al. — O tratamento fonoaudiológico nas alterações do sistema estomatognático. Tópicos em Fonoaudiologia, 1:83-6, 1994. n ENTREVISTADOS ❑ Marília Inês Figueiredo Ortodontista Especializada pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, 1994. ❑ José Eymard Bicalho Ortodontista Especializado pela Pontifícia Universidade Católica de MG, 1993. ❑ Tarcísio Junqueira Pereira Ortodontista Especializado pela Pontifícia Universidade Católica de MG, 1991. Endereço: Rua dos Guajajáras, 2.253, ap. 404 Barro Preto - Belo Horizonte - MG 30180-101 Tel.: (31) 295-4017 Fax: 274-7961 85