TÍTULO: ENDOCARDITE INFECCIOSA SECUNDÁRIA A SEPSE

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TÍTULO: ENDOCARDITE INFECCIOSA SECUNDÁRIA A SEPSE: UMA REVISÃO DA LITERATURA
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: BIOMEDICINA
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
AUTOR(ES): MARCUS VINICIUS DO NASCIMENTO OLIVEIRA
ORIENTADOR(ES): BIANCA CESTARI ZYCHAR
RESUMO
A sepse é a principal causa de morte nas UTIs fazendo desta patologia um
problema de caráter mundial e grande impacto na saúde pública. Esta
patologia é caracterizada por inflamação na tentativa de eliminar o agente
infeccioso, através de um processo sequencial, desencadeando liberação de
diversos mediadores inflamatórios, potencializando ainda mais este quadro.
Os fatores determinantes para má evolução e óbito não são totalmente
compreendidos. A Endocardite Infecciosa (EI) caracterizada por lesão
endotelial inicial pode evoluir para estenose e insuficiência cardíaca. Desta
forma, o objetivo deste trabalho foi relacionar os aspectos gerais da EI
decorrente a sepse. Para tanto, foi realizada uma revisão da literatura nos
banco de dados Scielo e Google Acadêmico sobre o referido tema. Cabe
ressaltar que este estudo está em andamento, mas já é possível observar sua
relevância, uma vez que mesmo diante de campanhas de conscientização e do
avanço científico e tecnológico dos últimos anos a EI representa altos índices
de mortalidade nas UTIs brasileiras.
Palavras-chave: sepse, endocardite, infecção, bacteremia.
1. Introdução
A sepse é um grave problema de saúde pública, anualmente são
registrados cerca de 400.000 casos de sepse no Brasil o que leva a ocupação
de 15% dos leitos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), e cerca de 60%
dos pacientes acometidos de sepse vão há óbito no período de tratamento 1.
A sepse consiste em uma inflamação generalizada causada por uma
infecção sistêmica por meio de agentes como vírus, fungos e principalmente
bactérias, a inflamação age com o objetivo de eliminar tais agentes, e por
existir uma resposta exacerbada pode ocasionar a Síndrome de Disfunção
Múltipla de Órgãos (SDMO) 2-4.
Em pacientes que devem ser submetidos a uma monitorização
hemodinâmica ou a administração de medicamentos de forma parenteral é
comum que haja a implantação de cateter, o que possibilita a entrada de
agentes infecciosos na circulação caracterizando uma bacteremia capaz de
ativar cascata de coagulação e exacerbada resposta imune inflamatória 5-7.
Diante deste quadro, pode ocorrer adesão destes microrganismos no
endocárdio, a partir dos movimentos cardíacos. Mas precisamente na sístole
haverá uma grande quantidade de sangue infectado no coração e no momento
da diástole o sangue contaminado será ejetado através das artérias o que
ocasionará a aderência desses agentes infecciosos nas valvas cardíacas
formando vegetações caracterizando então uma endocardite infecciosa (EI)
decorrente a um quadro de sepse 5-7.
2. Objetivo
O presente trabalho tem como objetivo relacionar os aspectos
fisiopatológicos da endocardite infecciosa decorrente a sepse, além de informar
prognósticos e dados epidemiológicos.
3. Metodologia
Foi realizada revisão sistemática de artigos completos, nos idiomas
português e inglês dos bancos de dados do PubMed, Google Acadêmicos,
Scielo e Lilacs cujo assunto relacionados EI secundário a sepse.
4. Desenvolvimento
Como dito anteriormente, a sepse consiste em uma inflamação
generalizada e pode ser dividida em 3 fases: sepse leve caracterizada pela
presença de agente infeccioso na corrente sanguínea; sepse grave,
relacionada com a SDMO; e por fim o choque séptico que é caracterizado pela
hipotensão 9.
A despeito da sepse, é grande a quantidade de óbitos, devemos
considerar também o alto custo que esta patologia gera, estima-se que no
Brasil diariamente em média se gasta U$ 1.028 para o tratamento da sepse,
países como Nova Zelândia, Alemanha e Estados Unidos adotaram medidas
eficazes de políticas de saúde com diminuição de casos de sepse, porém em
nosso país o número é alto e não apresenta redução significativa, com
letalidade de 67,4% maior do que em países como a Malásia com 66,1% 15.
A presença de qualquer agente infecioso no endotélio ou válvulas
cardíacas, apresenta um quadro clinico variado e com progressiva lesão
endotelial inicial podendo progredir em lesões valvares do tipo estenose e
insuficiência cardíaca.
5. Resultados preliminares
Foram selecionados para este trabalho 9 artigos, 2 livros e 4 bibliotecas
virtuais exclusivas da área da saúde com aspectos referente a Endocardite e a
Sepse, sua fisiopatologia e dados epidemiológicos. Cabe ressaltar que este
trabalho ainda está em andamento e novas considerações devem ser incluídas
neste trabalho de revisão.
6.
Os autores destacam que maior parte dos quadros de EI está
relacionada a pacientes imunodeprimidos, pacientes da UTI, com dispositivos
invasivos
10-11
. Porém também pode ocorrer em procedimentos dentários,
devido profilaxia inadequada, seguida de translocação de bactérias presentes
na boca para a região do coração12.
Ainda a EI secundária a sepse possui um alto risco de morbidade e
mortalidade. Com elevada incidência - 15.000 a 20.000 casos novos ao ano
13
.
Sendo a Staphylococcus aureus mais envolvida neste processo, cerca de 70%,
destes 25% evolui a óbito decorrente comprometimento da valva cardíaca 5.
Diante do tema exposto, fica clara a relevância deste tema, a
implementação de novos protocolos gerenciados nas redes de saúde, bem
como o entendimento da fisiopatologia da sepse são de extrema importância
para evitar a incidência desta doença.
6. Fontes consultadas
1. Silva E, Machado F. Sepse: conceito e epidemiologia. 2016. ILAS;
2. Marcelo Maia. Sepse: sintomas tratamento e causas. 2012. Disp em
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sepse;
3. Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS). http://www.ilas.org.br Acesso 16 de julho
de 2016;
Viana R, Machado F, Souza J. Sepse, um problema de saúde pública: a atuação e
colaboração da enfermagem na rápida identificação e tratamento da doença /
Conselho Regional de Enfermagem. – São Paulo: COREN-SP, 2016. ISBN 978-8568720-03-5;
5. Bub G, Vilela J, Freitas C, Cardoso M, Baffa A, Teixeira C, Teixeira M, Carvalhal S.
Sepse secundária a endocardite bacteriana em pacientes com cateter venoso central:
Relato de caso com necropsia. Rev. Ciênc. Med., Campinas 2002.
6. Lorosa P. Atlas de Anatomia Humana Básica 2º edição São Paulo 2012 ISBN 978-858116-002-3;
7. Centro de oncologia Rede Dor http://centrodeoncologiador.com.br/noticias/catetervenoso/ Acesso em 19 de julho de 2016;
Heikin C, Coelho J, Paganella M, Siqueira R, Dias F. Sepse: uma visão atual. 2009;
8. Silveira L, Dessote C, Dantas R, Matiolo M, Stabile A. Qualidade de vida
relacionada à saúde em sobreviventes à sepse. 2015;
9. Pinheiro P. Endocardite Bacteriana: Sintomas, Causas e Tratamento. 2015 disponível
em http://www.mdsaude.com/2009/08/endocardite.html (acesso em 21 de agosto de
2016);
10. Senior JM, Gándara – Ricardo JA. Endocarditis infecciosa. Iatreia. 2015 OctDic;28(4):456-71. DOI 10.5733/udea.iatreia.v28n4a11;
11. Bruno M. Endocardite Bacteriana em Medicina Dentária. Revista da Faculdade de
Ciências da Saúde. Porto. ISSN 1646-0480. 4 (2007) 158-167;
12. Gutierrez P, Calderaro D, Caramelli B. Diagnosis and management of infective
endocarditis and its complications. Circulation 1998;98:2936-48. Rev Assoc Med Bras
2004; 50(2): 109-26;
13. Ibide N, Faria R, Rosine I, Viana P. Infective Endocarditis: Patophysiology, Diagnosis
And Epidemiology. Faculdade Guanambi 2015;
14. Machado F, Souza P. Sepse: Um Problema de Saúde Pública. Instituto Latino
Americano da Sepse. Conselho Federal de Medicina 2015. ISBN 978-85-87077-40-0.
4.
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