DESEJOS E ASPIRAÇÕES DOS CONSUMIDORES DE PLANOS DE SAÚDE PROF.ª DRA. ANGÉLICA CARLINI UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 2013 ALGUNS ASPECTOS RELEVANTES DO DIREITO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO 2 É marcado por princípios de Direitos Humanos. A Constituição Federal de 1988 adotou a proteção integral a dignidade da pessoa humana. Constituição Federal é social democrata em um mundo que se tornou agressivamente neoliberal. O BRASIL E O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL 3 Estado do Bem Estar Social – cidadãos tem direito a prestações públicas (saúde, educação, moradia = mínimo existencial). Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa – Estado do Bem Estar Social foi realidade. No Brasil – nunca foi realidade e não será! Consequências – baixa cidadania e fortalecimento do “Estado populista” que dá acesso a direitos sociais em troca de alguma coisa (votos). Cidadania brasileira se esgota no voto!? SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA 4 Sociedade de Risco – uso intensivo da tecnologia para todos os setores da vida social. Sociedade Hipercomplexa – os papéis sociais não estão tão bem definidos como no passado. Sociedade Hiperconsumismo ou consumo excessivo. Que ética pretendemos construir nessa sociedade? A Ética é possível num mundo de consumidores? Zigmunt Baumann SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA 5 Sociedade individualista e do espetáculo. Sociedade que imagina que pode comprar tudo: segurança, conforto, bem estar, felicidade, amor, sexo, amizade e saúde! Sociedade da vitimização e com baixa resistência a frustrações. Sociedade despolitizada e com dificuldade para pensar o coletivo. CONTRATOS DE SAÚDE SUPLEMENTAR 6 • São complexos, envolvem uma grande quantidade de • • • • participantes. São firmados individualmente e se sustentam em uma mutualidade. Dependem da boa-fé e da veracidade de uma grande quantidade de participantes, com interesses por vezes conflitantes. Possuem estrutura jurídica, finalidade econômica e são regidos por ações médicas! O diálogo entre os vários participantes nem sempre é qualificado, objetivo e claro. CONTRIBUIÇÕES PARA A REFLEXÃO 7 • Conceito de saúde – é político, social, econômico e até biológico, mas não se restringe apenas a elementos da ciência da saúde. • O estudo de história da medicina demonstra que os médicos construíram conceitos de saúde a partir de aspectos científicos, econômicos, sociais e políticos, principalmente para conseguirem ter a exclusividade do diagnóstico e da escolha dos tratamentos de saúde. • Tratar da saúde é um ato de autoridade! RECURSOS FINITOS PARA A SAÚDE 8 No sistema público e no privado mesmo em países desenvolvidos Em todos os países do mundo são encontradas dificuldades para equilibrar as múltiplas necessidades da população e a escassez de recursos A falência dos sistemas público e privado não interessa a ninguém RECURSOS FINITOS PARA A SAÚDE 9 É preciso enfrentar a questão de que todo direito tem custo e que perante o Judiciário ocorre uma competição por recursos escassos na área de saúde O custo do direito pode afetar toda a sociedade, inclusive os que não pagam planos de saúde e nem contribuem para a saúde pública JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE 10 No âmbito público – judicialização substitui a luta pela implantação de políticas públicas A construção e execução de orçamento ficam em segundo plano No âmbito privado – acirra os conflitos entre contratantes, afastando outras formas de solução Em ambos os casos – ignora os limites dos recursos econômicos. SOLUÇÕES POSSÍVEIS 11 Liberdade e responsabilidade médica pela administração de recursos públicos e privados Análise do consentimento do paciente e/ou da família para a realização do tratamento e/ou da aplicação de medicamentos O médico precisa fornecer informações compreensíveis sobre o tratamento sugerido, principalmente sobre possíveis danos, benefícios e qualidade de vida. SOLUÇÕES POSSÍVEIS 12 A sociedade precisa entender que os direitos fundamentais não são declarados para que o cidadão disponha deles livremente. Ele pode e deve dispor de direitos fundamentais, mas como membro de uma comunidade, o que implica agir em conformidade com o interesse público. Não existem direitos absolutos nem no plano público e nem no plano privado. PARA CONCLUIR 13 No seguro saúde o papel do corretor de seguro é fundamental para mediar a expectativa do consumidor e a realidade do contrato. O contrato de seguro saúde não realiza todos os desejos do consumidor! E nem pode porque não se trata de financiamento individual mas de sustentação por meio da mutualidade. É venda consultiva que precisa alertar para as restrições legais e contratuais. PARA CONCLUIR 14 O corretor de seguros precisa conhecer profundamente o sistema de saúde privada, o papel da ANS, as previsões do rol da ANS, as causas de judicialização, o papel das ouvidorias, os números do setor. Saúde suplementar é essencial no Brasil e não pode ser tratada de forma negligente. Trabalhar para a construção de uma sociedade em que deveres se equilibrem com direitos. E antes que me digam que eu sou utópica...... 15 O sonho encheu a noite Extravasou pro meu dia Encheu minha vida E é dele que eu vou viver Porque sonho não morre. Adélia Prado Mineira de Divinópolis MUITO OBRIGADA 16 [email protected] 19 3255-1878 19 9265-4000