Patologia: GLAUCOMA EM CAES E GATOS O que é: Glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira. 1. Glaucoma primário: uma doença hereditária e é visto mais frequentemente em Cocker Spaniel, Basset Hound, Beagle, Chow Chow, Samoieda, Shar Pei, Huskie entre outros. Nesse caso há um “defeito” na drenagem do humor aquoso, aumentando a pressão intraocular. Os sintomas geralmente aparecem em um dos olhos e depois pode atingir ambos, levando então a cegueira. Anormalidade hereditária do ângulo iridocorneano (canal de circulação do humor aquoso); Bilateral, mas pode estar presente de forma unilateral; Redução ou impedimento da drenagem do humor aquoso devido à diminuição ou fechamento do ângulo iridocorneano. 2. Glaucoma secundário: ocorre nos cães quando algo impede a drenagem do humor aquoso, normalmente associado a luxação de cristalino, cirurgias de catarata, inflamações de estruturas dos olhos como uveíte, câncer nos olhos, traumatismos oculares entre outros. Ocorre elevação da PIO devido a afecções intraoculares preexistentes ou concomitantes formam barreira física que obstrui a drenagem do humor aquoso . Consequências patológicas: 1. 2. 3. 4. 5. Perda progressiva de sensibilidade e função; Morte das células ganglionares da retina; Perda de axônios do nervo óptico Escavação da cabeça do disco óptico; Redução progressiva dos campos visuais e da visão. Etiologia (estudo da causa): vários fatores podem ocasionar a doença, um deles é o aumento da pressão intra-ocular (PIO). Um líquido claro e transparente chamado humor aquoso, circula dentro do olho continuamente nutrindo as estruturas internas do órgão. Se o sistema de drenagem do olho entope, a pressão intra-ocular aumenta e, com o tempo, pode causar danos irreversíveis ao nervo óptico. O glaucoma não significa pressão intra-ocular elevada. Muitos portadores da doença podem apresentar a pressão intra-ocular normal nos exames de rotina e, ainda assim, demonstrarem perda de campo visual. Sintomas/ Sinais Clinicos: Edema na córnea sem causa aparente; Anormalidades da pupila ou da posição da lente; Uveíte anterior crônica; Déficit visual (MILLER, 2012). Comumente: paciente expressa dor ao esfregar os olhos contra o solo ou patas; Casos crônicos (dor não é tratada) : sinais de timidez (se esconde atrás de móveis), apatia e, em alguns casos, agressividade; Muitos animais compensam o desconforto ocular e não demonstram sinais de dor (SLATTER, 1990). Diagnostico: 1. Sugerido através das semiotécnicas clínica e oftálmica associadas ao histórico e a raça; 2. Tonômetros de aplanação: Utilizados com o paciente em diversas posições; Estimam a pressão intraocular através da mensuração da força (exigida para aplanar a área constante da córnea); Após o contato corneano, produz um sinal que é amplificado, digitalizado e passado através de um chip microprocessador; A leitura da pressão é exibida em uma tela de cristal líquido. Tratamento: 1. Considerado uma emergência ocular; 2. Objetivo maior da terapia é abortar o dano ao nervo óptico reduzindo a PIO; 3. Alguns casos de glaucoma SÃO manejados com medicamentos, mas na maioria deles, tratamento definitivo é cirúrgico. 4. Medicamentos: a. Pilocarpina, carbacol: reduz a produção do humora aquoso b. Colinergicos e Analogos das prostaglasndinas: aumentar a drenagem do humor aquoso c. Corticoides subconjutivais são recomendados como advantes da terapia tópica ou sistêmica. 5. Cirurgico: a. Vias alternativas de drenagem para dentro ou fora do olho: iridencleise, trepanação corneoscleral, ciclodiálise, iridencleise combinada com ciclodiálise, esclerectomia posterior e shunts da câmara anterior. b. Cirurgias que diminuem a taxa de formação de humor aqu ciclocriotermia, ciclodiatermia, gentamicina intravítrea e citofotocoagulação transescleral. 6. MAIS USADO: associação de fármacos + processo cirúrgico, com cirurgias que diminuem a taxa de formação de humor aquoso destruindo parte do corpo ciliar: ciclocriotermia, ciclodiatermia, gentamicina intravítrea e citofotocoagulação transescleral. Prevenção: Se o seu cão de estimação tem uma predisposição genética para a doença, você não pode fazer nada para impedi-lo. Caso contrário, a doença pode ser evitada através regularmente recebendo olhos do seu cão marcada para a pressão intra-ocular por um especialista em oftalmologia. Há apenas uma maneira de diagnosticar o glaucoma precocemente - usando um pequeno aparelho chamado tonômetro que mede a pressão intraocular. É um teste simples e pode ser feito no consultório veterinário. As vezes é necessário o uso de um colírio anestésico, mas a maioria dos animais tolera bem o exame que consiste em encostar levemente a ponta do aparelho na córnea medindo a pressão intraocular. O teste leva menos de 30 segundos e é extremamente confiável. Patologia: CATARATA EM CAES E GATOS O que é?: doença ocular que provoca uma opacidade no cristalino, e o cristalino dos cachorros é uma lente biconvexa com pouca capacidade de distinção visual variável, ou seja, tem pouca capacidade de focar objetos a distâncias variadas. A catarata em gatos ocorre com menos freqüência e está relacionada principalmente com o envelhecimento, inflamações intra-oculares ou diabetes. Consequências patológicas: A lente canina e felina, assim como a do ser humano , é um tecido (formado por células) que, quando está em seu estado normal, tem a função de convergir os raios luminosos que a atravessam para produzir uma imagem em foco na retina. A morte ou desnaturação dessas células leva à perda da transparência do tecido da lente, gerando então uma opacidade que bloqueia a passagem da luz e, por conseguinte, a visão. Etiologia (estudo da causa): defeitos genéticos, as inflamação intra-oculares, as doenças da retina, os traumatismos, a diabetes e a senilidade. E as raças que possuem uma tendência e uma pré-disposição hereditária a desenvolverem a catarata são Beagle, Cavalier, Cocker Spaniel, Golden Retriever, Husky Siberiano, Labrador Retriever, Pastor Alemão, Pointer, Poodle Toy e Miniatura, Schnauzer Miniatura, entre outros. Sao classificadas quanto a etiologia (causa), idade do paciente no momento do diagnostico, localização e estagio da maturação. 1. Etiologia: grande maioria tem caracter hereditário, e essas são invariavelmente bilaterais, mas raramente simétricas quanto a opacificação. Nos gatos são comumente associadas a uveites, cristalino luxado e outras doenças. Condições clinicas que desencadeiam cataratas são: diabetes melitus, galactosemia, hipocalcemia, uveite, tirosinemia, choque elétrico, trauma, exposição a radiação, contato com substancias toxicas, tumores intra-oculares (melanoma maligno do corpo ciliar), cuprismo e dermatite atopica. 2. Idade: a. Congênita: opacificaçao já presente ao nascer, e pode ser hereditário (raças pre-dispostas) ou anormalidade sistêmica sofrida pela mae na gestação (principalmente no inicio da gestação). b. Juvenis: caracter hereditário, em animais de ate 2 anos (depende da raça) c. Adulto: caráter hereditário, em animais de 2 -6 anos. d. Senil: acima de 6 anos 3. Localização da Opacificação: a. Capsulares: ficam na capsula anterior ou posterior do cristalino. Causa mais frequente é ruptura traumática do globo ocular, em cães geralmente por arranhaduras de gatos do mal. Normalmente não são progressivas. b. Subcapsulares: ficam imediatamente abaixo da capsula anterior/ posterior do cristalino. Congenitas ou causadas por traumas ou contato com substancias toxicas. Se for centralizada é chamada também de polar. c. Corticais: ficam no córtex do cristalino. Bem comum em cães, associadas a diabetes melitus, atrofia retiniana progressiva ou exposição a toxinas. Normalmente progressivas. d. Nucleares: ficam no núcleo do cristalino. Geralmente congênitas e sem déficit visual. Maioria bilateral e não progressiva. As verdadeiras geralmente são confundidas com um fenômeno senil, denominado esclerose nuclear do cristalino. e. Equatoriais: ficam na periferia do cristalino. Para ver, é necessário promover a midríase completa. Normalmente progressivas. 4. Estagio de Maturação: importante para determinar a velocidade de evolução, é medido em graus de percentual (0 a 100%) a. Incipiente: aparece na forma de pequenos pontos ou vacúolos no córtex ou núcleo do cristalino, sem comprometimento visual. Fica abaixo de 10% em relação a cristalino saudável. b. Imatura: mais abrangente, já que vai de 10 a 80%. Tem aspecto inchado, e pode ou não comprometer a visão , e o reflexo tapetal ainda é observado. c. Madura: envolve quase toda a lente e o reflexo tapetal é impedido. Tem aspecto leitoso em sua totalidade. Compromete o aspecto visual, com mais de 80% de evolução. d. Hipermatura: fibras do córtex do cristalino completamente opacos e iniciando processo de liquefação. Pode vazar para câmara anterior e causar inflamação na íris e corpo ciliar. Devido a liquefação, o núcleo pode mover-se ventralmente dentro da capsula por ação da gravidade. Sintomas/ Sinais Clinicos: opacificação do cristalino Diagnostico: O exame oftalmológico é a melhor forma de identificar a catarata canina. A catarata canina possui um diagnóstico baseado em: 1. histórico completo (através de informações relatadas pelo dono); 2. exame sistêmico (geral) e oftálmico do paciente; 3. aplicação de testes diagnósticos. Trata-se de um procedimento geral para doenças oculares, em que também ocorrem testes com a finalidade de medir a produção da lágrima (teste de Schirmer), verificar a existência de lesões na córnea (úlceras - flurosceina) e mensurar a pressão intraocular (tonometria). O diagnóstico acurado e precoce da catarata canina permite estabelecer um tratamento adequado, tornando melhor seu prognóstico. Tratamento: é exclusivamente cirúrgico. Não existem comprovações científicas de que o tratamento clínico da catarata possa retardar o desenvolvimento da catarata canina e nos demais animais. Como a cirurgia é realizada por facoemulsificação (ultra-som) os melhores resultados são em cataratas imaturas, ou seja, bem iniciais. Mas cataratas maduras também podem ser operadas. Prevenção: Não há como prevenir o aparecimento da catarata, mas podemos diminuir a sua incidência não reproduzindo animais afetados. As complicações sim podem ser prevenidas e quanto antes diagnosticarmos a catarata melhor. É importante uma avaliação oftálmica de rotina, principalmente nas raças predispostas. Mas não esqueça que as demais raças e nossos queridos amigos “vira-latas” não estão livres de alterações oftálmicas. Patologia: CONJUTIVITE BACTERIANA POR PSEUDONOMAS O que é? É uma inflamação da conjuntiva. A conjuntiva são as mucosas das pálpebras, têm uma coloração rosada clara com a função de proteger os olhos. 1. Barreira Natural 2. Proteção Mecânica do Globo Ocular 3. Rápida Renovação Celular (5-7 dias) Conjutivite: 1. Uni ou Bilaterais a. Primária b. Secundária à outras doenças 2. Problemas oftálmicos + frequentes a. Normalmente auto-limitante b. Nem sempre requer tratamento Consequências patológicas: o cachorro com conjuntivite tenderá a coçar os olhos , na intenção de aliviar a coceira e durante este processo, pode acabar machucando as pálpebras. Podendo ocasionar uma úlcera de córnea e uveíte que é uma inflamação na íris. Contato com alérgenos alimentares, pólen ou perfumes também podem levar a uma sinusite e inflamação das membranas mucosas do olho. Etiologia (estudo da causa): Agentes patogênicos mais comuns: 1. Cocci Gram-Positivos a. Staphylococcus (mais comum) b. Streptococcus 2. Cocci Gram-Negativos a. Pseudomonas aeruginosas: i. Oportunistas (atacam em momentos de imunossupressão); ii. Acomete os homens e animais (otite, cistite, laminite, pneumonia, enterites, conjuntivite, septicemia entre outras.); Sintomas/ Sinais Clinicos: Inchaço, vermelhidão, corrimento, edema, fotofobia, dificuldade em abrir os olhos, e piscar são sintomas da conjuntivite em cães, estes sintomas não devem ser ignorados porque a conjuntivite pode levar a problemas mais sérios e como já comentamos anteriormente, até cegueira. Diagnostico: 1. 2. 3. 4. Anamnese Exame oftalmológico Exame físico geral Laboratorial a. Cultura bacteriana b. PCR Tratamento: 1. Compressas quentes e úmidas 2. Lavagem dos olhos Prevenção: Não existe nenhum método para deixar o seu cãozinho livre de qualquer doenças nos olhos ou qualquer outra, o que podemos fazer e minimizar os riscos e manter a higiene do nosso amiguinho em dia. Patologia: UVEITES O que é? É a inflamação de uma ou mais estruturas que compõem o trato uveal (íris, corpo ciliar e a coroide), ou outras estruturas internas do globo ocular. A íris é o obturador que controla o tamanho da pupila. O corpo ciliar produz o fluido que alimenta as estruturas em frente da lente e mantém a pressão intraocular. Classifica-se em: 1. Anterior - inflamação localizada na íris, corpo ciliar ou ambos 2. Intermediaria - inflamação primária do corpo ciliar, coróide e retina periférica 3. Posterior - inflamação primária da coróide Consequências patológicas: A uveíte não controlada irá resultar em aderências (sinéquias) e interrupções de fluxo do humor aquoso no interior do olho. Isso geralmente resulta em glaucoma secundário causando perda de visão e dor crônica. Etiologia (estudo da causa): Podem ser exógenas ou endógenas 1. Exógenas: a. Traumáticas (Lacerações corneanas, perfuração ocular, queimaduras químicas e físicas e corpos estranhos intraoculares). 2. Endógenas: a. Infecciosa (toxoplasmose). b. Autoimune (artrite reumatóide, espondiloartropatia). c. Tumorais (Metástases ou tumores primários oculares). Sintomas/ Sinais Clinicos: 1. 2. 3. 4. 5. Dor ocular e ao redor dos olhos. Fotofobia. Edema palpebral e vermelhidão próxima da córnea. Vasos sanguíneos salientes nas bordas da íris. Diminuição de pressão intra ocular. Diagnostico: Estabelecer o diagnóstico diferencial uma vez que as uveítes, quando não tratadas, podem comprometer a visão definitivamente. É uma afecção comum em cães e gatos e as doenças infecciosas estão entre as suas principais etiologias. Isso mostra a importância em estabelecer o seu diagnóstico pesquisando a presença de doença infecciosa. Dentre as doenças primarias que podem desencadear a uveite temos: toxoplasmose, a leishmaniose, a leucemia viral felina (FeLV), a imunodeficiência viral felina (FIV), a peritonite infecciosa felina (PIF), a hepatite infecciosa canina, a criptococose, a histoplasmose, a coccidioidomicose, a blastomicose, a prototecose, a erliquiose, a febre maculosa das montanhas rochosas, a hemobartonelose e a brucelose. Tratamento: 1. 2. 3. 4. Corticoides Antibióticos Imunossupressores Colírio que dilatam a pupila Prevenção: bom manejo alimentar e vacinal contribui para a prevenção de algumas afecções oculares de origem inflamatória e secundaria. Patologia: ENTROPIO E ECTROPIO O que é? Entropio e Ectropio são alterações palpebrais que causam muito desconforto aos animais. Denominamos Entropio, a condição de inversão da pálpebra, que passa a tocar a superfície corneana, criando áreas de atrito. Chow Chow, Sharpei , Golden Retrivier, Poodle, Shitzu, Lhasa Apso, Pug e gatos Persa são as raças que mais comumente apresentam entropio, variando as áreas de contato com a córnea. No ectrópio temos a eversão palpebral, ou seja, a pálpebra com sua borda interna voltada para a direção contrária ao olho. Esta condição ocorre comumente nas raças Cocker Spainel , São Bernardo, Mastim Napolitano, Fila Brasileiro, etc. 1. Entrópio: inversão para dentro do bordo palpebral. Pode afetar tanto a pálpebra superior como a inferior. As pestanas ou os pêlos (a pálpebra inferior do cão não tem pestanas) em contato permanente com a córnea, irritam-na, provocando um lacrimejar constante. Pode ser congênito, reflexo ou adquirido: 2. Ectoprio: É a má-formação inversa do entrópio. O bordo palpebral, virado para o exterior, deixa de proteger a conjuntiva. O ectrópio afeta apenas a pálpebra inferior. Pode ser congênito ou adquirido. Consequências patológicas: todas as conseqüências ao nível da conjuntiva e da córnea, ligadas à irritação, como a queratite, conjuntivite, vemelhidão. Etiologia (estudo da causa): 1. Entropio: pode ter origem congênita, reflexo ou adquirido: a. Congênito: encontra-se em numerosas raças, em particular no Chow Chow, Shar Pei, Braco Alemão, Cocker inglês e americano, Bulldogue e Labrador, entre outras. Tendo em vista o caráter racial bem marcado desta doença, atribui-se uma origem possivelmente genética. b. Reflexo: também chamado espástico, é conseqüência de uma violenta dor ocular que provoca um blefaroespasmo, isto é, uma contração do músculo orbicular das pálpebras, causador do fechamento do olho. Pode ser devido a uma úlcera da córnea, à presença de um corpo estranho no olho, a uma queratite ou a uma conjuntivite crônica. c. Adquirido: mais raro, costuma ser conseqüência de uma cirurgia palpebral mal feita ou o prolongamento de um entrópio reflexo que se tornou irreversível. 2. Ectropio: pode ser congênito ou adquirido. a. Congênito: observa-se principalmente em cães de pele mole, como o São Bernardo, Cocker e o Mastim Napolitano. Além do característico olho triste, os sintomas clínicos são um lacrimejar unido ao fato de a pálpebra inferior não chegar a reter a película lacrimal e a vermelhidão da conjuntiva permanentemente exposta às agressões do meio exterior. b. Adquirido: é consequência de uma cicatriz que repuxa sobre a pálpebra inferior, quer seja devido a um traumatismo, quer por causa de uma sobrecorreção numa intervenção cirúrgica de entrópio. Sintomas/ Sinais Clinicos: Os sinais clínicos do Entropio são lacrimejamento, desconforto ocular, secreção e muitas vezes, esta associado à úlceras de córnea que causam muita dor ao animal. Pode inclusive, haver perfuração ocular ou lesões crônicas trazendo déficit visual. Há também inversão do bordo palpebral, blefaroespasmo (contração das pálpebras). O Ectrópio proporciona a exposição da conjuntiva, que exposta, fica susceptível a inflamações, infecções bacterianas e acumulo de secreção, o que incomoda em muito o proprietário. Diagnostico: Tanto entrópio quanto ectrópio tem diagnóstico visual, não necessitando de aparelho específico para isso. Um colírio anestésico pode ser usado para classificar o quadro presente. Em qualquer caso, o diagnóstico diferencial do entrópio reflexo torna-se difícil de estabelecer. Na verdade, é sempre delicado determinar o processo primitivo que deu origem ao entrópio: lesões conjuntivas ou corneanas ou então inversão da pálpebra, podendo as primeiras serem conseqüências da segunda e vice-versa. Assim, torna-se difícil tomar a decisão de operar ou não. Tratamento: Entrópio: somente pode ser corrigido pela cirurgia. Todas as técnicas conhecidas têm, por objetivo, corrigir a inversão do bordo palpebral a fim de evitar traumatismos causados à conjuntiva e à córnea pelas pestanas e pêlos. 1. Método Suave : Aplicado, especialmente, aos cães jovens, pois pode-se esperar que o esticamento da pele melhore durante o crescimento e desapareça a anomalia. É o que ocorre, principalmente, ao Shar Pei, cujas pregas diminuem na idade adulta. Neste caso, procede-se à aplicação de pontos de sutura intrapalpebrais, para manter o bordo da pálpebra distante da córnea. Esta intervenção costuma ser praticada com anestesia local. 2. Método Forte: Consiste em recortar pedaços ne pele e depois esticar a pálpebra com vários pontos de sutura para colocá-la de novo em seu lugar. Realizada, necessariamente, com anestesia geral, esta delicada operação exige um instrumental de pequenas proporções. Nos casos graves, torna-se indispensável fazer várias correções cirúrgicas sucessivas que necessitm de outras intervenções. Se tudo correr bem, ao final de mais ou menos 2 semanas, verifica-se a regressão total dos sintomas. Durante a fase de cicatrização, coloca-se no cão um colar de proteção para evitar que se machuque ao se coçar. A necessidade de se recorrer a esta técnica depende de fatores tão diferentes como a raça e a gravidade e a posição da anomalia da pálpebra. Ectropio: A intervenção cirúrgica só se impõe realmente em caso de doença grave. A maioria dos animais acostuma-se a viver com um ectrópio leve. A operação, realizada com anestesia, consiste em elevar a pálpebra inferior por diversos processos. As suturas de pequeno tamanho, frágeis, devem ficar protegidas durante o tempo de cicatrização. Nos casos complicados, podem coexistir entrópico e ectrópio, em particular no São Bernardo e no Dogue Alemão: é o que se chama de 'olho de diamante', cuja correção cirúrgica se torna particularmente difícil. Prevenção: não há..nada nada nada nadaaaaaaa Patologia: CILIOS ECTOPICOS O que é? são cílios que crescem no lugar errado ou na direção errada (distriquíase), ou seja, na parte interna da pálpebra e que começam a machucar a córnea. É mais comum no meio da pálpebra superior. O problema é mais comum em cães do que gatos e afeta mais comumente cães jovens. Cílios ectópicos podem ser encontrados em qualquer raça, embora pareça ser mais comum no Dachshund, Lhasa Apso, Pastor de Shetland, Shih Tsu, Golden Retriever, Bulldog Inglês, Boston Terrier e Pug. Consequências patológicas: Como o cílio tem um crescimento contínuo, é normal que o problema vá piorando com o passar do tempo, podendo, com essa evolução, causar uma lesão importante na córnea, como uma úlcera de córnea. Etiologia (estudo da causa): Sintomas/ Sinais Clinicos: A ocorrência de uma úlcera superficial da córnea, na metade superior do olho, de um cão com menos de um ano de idade é muito suspeito para cílio ectópico, particularmente, se outras causas comuns de úlceras de córnea não estão presentes. Diagnostico: Identificação dos cílios é feita através de inspeção visual do olho com auxilio de uma lupa. O cílio pode ser muito difícil de identificar em alguns cães, dependendo da cor da pálpebra e da cooperação do cão que deve ficar quieto para a inspeção. Sedação profunda ou anestesia pode ser necessário para uma análise aprofundada da pálpebra. Tratamento: Podemos fazer a remoção com auxílio de uma pinça no animal sedado ou anestesiado, mas, muitas vezes, é necessário uma cirurgia para remover o cílio e sua raiz, pois pode voltar a crescer no mesmo lugar que foi retirado. Prevenção: não há.