Romero 07-10 -MODIFICADO

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AFECÇÕES CIRURGICAS DO BULBO OCULAR
Eqüinos tem um grau de visão muito grande (visão periférica ampla), sendo o único ponto cego a cauda
Estruturas
 Pálpebra superior
 Pálpebra inferior
 3º pálpebra
 Córnea
 Esclera
 Região limbo (transição de córnea e esclera)
 Cristalino
 Iris
 Retina
 Nervo óptico
 Câmara anterior (humor aquoso)
 Câmara posterior (humor vitrio)
 Porpura Negra
 Musculatura (sustentação e movimentação do olho)
Os: Cristalino e pupila: espaço formado pela Iris
Afecções do bulbo ocular
 Ulcera córnea
o Superficial
o Profunda
 Laceração de córnea
 Neoplasia
o Sarcóide Peri ocular
o Neoplasia de 3º pálpebra
 Entropio
 Enucleação
ULCERA DE CORNEA
É a mais comum e mais importante
Causas:
 Infecções fungicas
 Infecções bacterianas
 Trauma
Diagnostico
 Muito importante ser precoce, pois quando crônica é mais complicado a cicatrização
 É feito através dos sinais clínicos
o Muita dor no olho (córnea é inervada)
o Olho fechado ou piscando muito
o Midriase
o Lacrimejamento
o Alterações no globo ocular
 ATENÇAO: Às vezes um simples lacrimejamento pode ser indicio de problemas
 Cora com Fluoresceina
o Esse colírio tem afinidade por estroma
o Se lesão expondo estroma vai corar (esverdeado)
o Se lesão muito profunda ou muito superficial não vai corar
ATENÇÃO:
Nunca usar Corticóide, pois vai retardar a cicatrização, podendo a lesão evoluir e ter perfuração do olho

Camadas da Córnea
 Epitélio
 Membrana Basal
 Estroma
Membrana de Decemêt (esta em contato com o humor aquoso)
 Epitélio fino
Quando Superficial: Lesão no epitélio e membrana basal
Quando profunda: Lesão no estroma
Descemetocele:
 Lesão chega na membrana de Descemêt
Pode ocorrer Sinéquia anterior (aderência da Iris na córnea) – É um mecanismo de defesa para
evitar perfuração da córnea
Ceratomalacea: Lesão superficial com formação de área gelatinosa


Foto: Ulcera em estagio inicial
Ainda tem área de córnea transparente, com partes integras, conseguindo avaliar outras
estruturas.
 Muito importante intervir rápido para não evoluir, podendo perfurar
 Tratamento:
o
o Antibiótico
o Antiinflamatório não esteroidal
o Atropina!!!
Técnicas cirúrgicas para proteger a lesão
Foto: Ulcera mais avançada
 Deposição de malha de fibrina e áreas de granulação
 Olho todo amarelado caracterizando Hipópio (pus na câmara anterior)
A córnea é a vascular e está com uma ferida, precisa que a vascularização chegue para combater a
infecção e ocorra a cicatrização
Foto: Mesmo animal que estava com hipópio
 Diminuição da infecção (diminuição do pus)
 Anexos do globo ocular e pálpebras superiores e inferiores com aspectos melhores
 Área central da lesão avermelhada (tecido de granulação) sinal de cicatrização
PS: Cuidado, pois a Sinéquia anterior tem o mesmo aspecto do tecido de granulação
Ideal fazer tratamento preventivo, caso seja prolapso de Iris

Foto: Ulcera superficial
Corado com Fluoresceina mostra áreas esverdeada
 Verifica o tamanho e aspecto da lesão
 Sem corar às vezes não percebe a lesão
Ulcera muito crônica
 Esta com dificuldade de cicatrizar
 Faz Ceratotomia em grade
o Com uma agulha de ponta fina debrida essa ulcera, fazendo cortes em grade
o Na verdade esta agredindo a lesão para re- agudizar para ter uma cicatrização mais
rápida
Foto:
 Aumenta à vascularização na esclera, para auxiliar no combate á infecção e ocorrer à
cicatrização
 Mostra a diferença de uma câmara para outra. Uma está mais opaca que a outra,
provavelmente deposição de fibrina

PS:
Às vezes um simples lacrimejamento pode ser sinal de ulcera
 Deve corar para certificar

Muitos tratamentos dão para ser feito a campo, com anestesia local e sedação
 Porem se for inicial

Tratamento clínico
Sistema de lavagem do bulbo ocular
 Flap de 3º pálpebra
 Tarsorrafia
 Pedículo conjuntival
 Sistema de lavagem
o Lavagem mecânica do olho
o Feito bloqueio supra orbitário com anestésico local (perder a sensibilidade)
o Com um cateter ou cânula ou agulha 40x16 perfura a pálpebra superior em 2 pontos,
em região de Fornix palpebral (para não machucar o globo ocular)
o Passa a sonda ou escalpe por essa cânula
o A sonda ou escalpe deve estar todo furadinho para passar a solução de lavagem
o Fixa essa sonda com esparadrapo ou superponder ou sutura no chanfro, e leva até a
crina onde também é fixada
o Deixa essa sonda por 7 a 12 dias (tempo para controlar a infecção)
PS:
 Coloca a sonda quando o animal é muito bravo ou esta com muita dor e não
permite a lavagem sem a sonda
 Também a sonda ajuda o animal a acostumar com a manipulação no olho
 Flap de 3º pálpebra
o Feito para proteger a lesão e ter um aporte sanguíneo na lesão
o É suturado a 3º pálpebra na pálpebra superior recobrindo toda a córnea (não pode ficar
nenhum espaço)
o Apenas 3 pontos são suficientes, sendo que o 1º ponto na comissura caudal
o A sutura deve estar em região de fornix palpebral (para não machucar a córnea)
o Deve ser colocado captos em cada ponto para proteger a pele (não cortar)
o Tem boa aceitação pelo animal pois consegue piscar e movimentar o olho
o
 Tarsorrafia
o É a sutura da pálpebra superior na inferior
o Deve fazer pontos captonados para não cortar a pele
Animal não aceita muito bem, pois não consegue piscar (briga com a sutura)
Tanto o Flap de 3º pálpebra como a Tarsorrafia são usados em casos:


Ulcera profunda
Prolapso de Iris
 Perfuração

Pedículo conjuntival
É um flap na conjuntiva da esclera
Sutura esse pedículo sobre a lesão
o Faz ponto simples separado
Só pega a córnea, cuidado para não perfurar a câmara anterior
o Usado:
 Laceração
 Ulcera profunda
 Prolapso de Iris
o
o
o
Todas as técnicas têm seus riscos
 Flap de 3º pálpebras: às vezes dá para fazer em pé
Tarsorrafia: usa quando a 3º pálpebra esta muito inflamada
 Pedículo conjuntival: só em centro cirúrgico...

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
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 Afecções Cirúrgicas do Globo Ocular -pb.ppt (10547 KB)
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