1 Distúrbios do Córtex Adrenal As secreções adrenocorticais

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Distúrbios do Córtex Adrenal
As secreções adrenocorticais possibilitam o corpo se adaptar ao estresse de todas as espécies. A
capacidade de uma pessoa se adaptar ao estresse varia de pessoa para pessoa. Sem o córtex adrenal, um
estresse grave causaria insuficiência circulatória periférica, choque e prostração.
 Mineralocorticóides que estão envolvidos com a retenção de água e sódio e a excreção de potássio.
Ex.: aldosterona e desoxicorticosterona.
 Glicocorticóides que estão envolvidos com efeitos metabólicos, incluindo o metabolismo de
carboidratos. Ex.: cortisol e corticosterona. Eles acentuam a quebra metabólica das proteínas e
gorduras para o fornecimento de uma fonte de energia em períodos de jejum. Antagonizam a ação da
insulina. Afetam os mecanismos de defesa do corpo e influenciam o funcionamento emocional. Eles
também evitam as inflamações e inibem a formação de cicatriz. Na insuficiência adrenal os pacientes
podem ficar deprimidos ou ansiosos, enquanto com uma reposição excessiva eles tendem a ficar
eufóricos.
 Os hormônios sexuais secretados pelo córtex da supraadrenal são os andrógenos e estrógenos. A
insuficiência suprarenal pode resultar de doença, atrofia, hemorragia ou remoção cirúrgica da
suprarenal.
Insuficiência adrenocortical primária crônica (doença de Addison)
Causada por uma deficiência de hormônios corticais, resulta da remoção cirúrgica do córtex
suprarenal com adrenalectomia bilateral, ou sua destruição, geralmente resultante de atrofia idiopática ou
infecções tais como tuberculose ou histoplasmose. A secreção inadequada de ACTH (hormônio da
adrenocorticotrófico) pela hipófise resulta em insuficiência adrenal devida a estimulação diminuída do córtex
suprarenal. Os sintomas da insuficiência adrenocortical podem resultar em um súbito término de terapia
exógena de hormônios adrenocorticóides, o que suprime a resposta normal do corpo ao estresse.
Manifestações Clínicas
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Fraqueza muscular, fadiga;
Anorexia, emaciação (emagrecimento pronunciado, estenoação);
Sintomas gastrointestinais;
Pigmentação escura da pele;
Hipotensão;
Hipoglicemia, sódio sérico baixo e potássio sérico alto;
Nos casos graves, a perturbação do metabolismo de sódio e potássio pode ser acentuada pela depleção do
sódio e água, e uma desidratação grave e crônica.
À medida que a doença progride, ocorre uma aguda hipotensão e o paciente desenvolve crise adsoniana,
que é uma emergência médica marcada por cianose, febre, e os sinais clássicos de choque: palidez,
apreensão, pulso rápido e fraco, taquipnéia e hipotensão. Além disso, o paciente pode queixar-se de
cefaléia, náuseas, dor abdominal e diarréia, e mostrar sinais de confusão de desassossego.
O diagnóstico da doença de Addison é confirmado por resultado de testes laboratoriais –
hipoglicemia e hiponatremia, hipercalcemia e leucocitose. O diagnóstico definitivo é confirmado pelos níveis
baixo de hormônios adrenocorticais no sangue ou na urina.
Diagnóstico de Enfermagem
 Proteção ineficaz, relacionada com a redução da capacidade de produzir e liberar hormônios do córtex
suprarenal nas quantidades necessárias;
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Risco para infecção relacionado com a supressão da resposta inflamatória causada por tratamento
corticóide;
Déficit de conhecimentos relacionado com a compreensão inadequada da hipofunção suoprarenal e do
tratamento corticóide;
Déficit de volume de líquido relacionado a inadequada ingestão de líquido e perda secundária a secreção
inadequada de hormônio suprarenal.
Síndrome de Cushing
É o aposto da doença de Addison, com suas características clínicas refletindo a atividade
adrenocortical excessiva. A síndrome pode resultar de administração excessiva de cortisona ou ACTH, ou
hiperplasia do córtex suprarenal. A lesão básica responsável pela síndrome de Cushing pode ser um tumor da
hipófise que produz ACTH e estimula o córtex suprarenal a aumentar sua secreção hormonal.
Manifestações Clínicas
Os sinais e sintomas são primariamente resultantes de uma secreção desregulada de glicorticóides e
andrógenos, embora também possa ter uma secreção alterada de minerolocorticóides.
 Obesidade tipo central, com uma “corcova de búfalo” no pescoço em áreas supraclaviculares, um tronco
pesado, e extremidades relativamente finas;
 Pele afinada, frágil e facilmente traumatizável;
 Desenvolvem-se equimoses e estrias;
 Fraqueza e prostração;
 Sono é perturbado;
 Osteoporose devido a um excessivo catabolismo de proteína produzindo perda muscular;
 Cifose, dor nas costas e fraturas de compressão nas vértebras;
 Retenção de sódio e água, contribuindo para hipertensão e ICC comumente vistas nesta síndrome;
 “face de lua” e pode ter um aumento da oleosidade da pele e acne;
 aumenta da suscetibilidade a infecções;
 hiperglicemia e diabetes manifesto;
 cicatrização lenta de pequenos cortes e contusões;
 nas mulheres de todas as idades pode ocorrer virilização como resultado de um excesso de andrógenos.
Há um excessivo crescimento de pêlos na face (hirsutismo), atrofia das mamas, término da menstruação,
aumento do clitóris e a voz fica mais grossa. A libido é perdida nos homens e nas mulheres;
 alterações no temperamento e atividade mental. Ocasionalmente pode desenvolver uma psicose. São
comuns sofrimento e depressão.
Ao diagnóstico os indicadores dessa síndrome incluem um aumento de sódio sérico e dos níveis de
glicose sérica, e uma redução da concentração sérica de potássio, uma redução no número de eosinófilos no
sangue. Um nível urinário de cortisol de 24 horas é o mais preciso teste de funcionamento suprarenal.
Diagnóstico de Enfermagem
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déficit de auto-cuidado relacionado a fraqueza, a fadiga, a perda muscular e a alterações dos padrões do
sono;
integridade da pele prejudicada relacionada a edema, cicatrização prejudicada e pele fina e frágil;
risco de infecções relacionado a alteração do metabolismo de proteínas e respostas inflamatórias;
imagem corporal perturbada relacionada ao aspecto físico alterado, prejuízo do funcionamento sexual e
redução do nível de atividade;
processos mentais alterados devido a mudança de ânimo, irritabilidade e depressão.
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Hipotireoidismo e mixedema
O hipotereoidismo é uma condição na qual há uma lenta progressão do hipofuncionamento
tireoidiano, seguido de sintomas indicativos de insuficiência tireoidiana. A disfunção tireoidiana é primária
quando da disfunção da própria tireóide, se é devido a uma deficiência da hipófise, é conhecida como
secundária e quando a insuficiência do hipotálamo é definida como terciária. Quando a deficiência tireoidiana
está presente ao nascimento, a condição é conhecida como cretinismo.
A causa mais comum de hipotireoidismo em adultos é a tireoidite auto-imune (tireoidite de
Hashimoto), na qual o sistema imune ataca a tireóide. Também ocorre comumente em pacientes com
hipertireoidismo prévio que foi tratado com rádio-iodo, cirurgia, ou drogas anti-tireoidianas.
Manifestações Clínicas
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extrema fadiga;
perda de cabelo;
unhas frágeis;
pele seca;
dormência e formigamento nos dedos;
a voz pode tornar-se rouca;
distúrbios menstruais (menorragia, amenorréia);
perda da libido.
Numa forma mais grave, a temperatura e o pulso podem ficar sub-normais, ganho de peso mesmo
sem ingestão de alimentos, a pele fica espessa devido ao acúmulo de mucopolissacarídeos nos tecidos
subcutâneos (a origem do termo mixedema). Os cabelos ficam finos e caem. A face fica inexpressiva similar
a uma máscara. O pacientes geralmente se queixa de sentir frio mesmo em ambiente quente.
No inicio o paciente pode estar irritável, com queixa de fadiga, mas à medida que progride a resposta
emocional diminui. Os processos mentais tornam-se obtusos, e o paciente parece apático. A fala é lenta, a
língua aumenta, e as mãos e os pés aumentam de tamanho. O paciente freqüentemente se queixa de
constipação. Também pode ocorrer surdez. O mixedema afeta as mulheres com 5 vezes mais freqüência que
os homens. Incidência entre os 30 e 60 anos de idade. Tem suas complicações, pois há uma tendência
associada de rápido desenvolvimento de aterosclerose, com todas as suas conseqüências. O avançar do estado
mixedematoso pode produzir alterações de personalidade. O paciente com mixedema avançado é
hipotérmico, sensível a sedativos derivados do ópio, e agentes anestésicos.
Diagnóstico laboratorial através da dosagem hormonal
Tratamento: faz-se a reposição hormonal
Diagnóstico de Enfermagem
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Termorregulação ineficaz, relacionado com hipotermia
Intolerância a atividade, relacionado a extrema fadiga
Processo cognitivo deprimido, relacionado a apatia
Constipação relacionada a funcionamento gastrintestinal deprimido
Deficit de conhecimentos sobre o regime terapêutico para a terapia de reposição tireoidiana durante o
resto da vida
Hipertireoidismo ( Doença de Graves)
Constitui uma entidade nosológica bem definida, comumente designada como Doença de Graves ou
bócio exoftálmico. Sua etiologia é desconhecida, mas a excessiva eliminação de hormônios tireoidianos é tida
como sendo devida a uma estimulação anormal da glândula tireóide por imunoglobulinas circulantes.
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Incidência maior nas mulheres e tem seu pico na terceira e quarta décadas, pode surgir após um choque
emocional, estresse, infecção, mas o significado exato dessas correlações não é compreendido.
Manifestações Clínicas
Os pacientes com hipertireoidismo bem desenvolvido exibem um grupo característico de sintomas e
sinais às vezes chamados de tireotoxicose
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hiperexcitação e irritação (freqüentemente mantém o estado de nervosismo);
não se sentam calmamente;
sofrem palpitações;
seu pulso é anormalmente rápido mesmo em repouso (90 a 160 bpm);
suportam pouco o calor e transpiram livremente;
a pele tem rubor constante (cor de salmão), quente, macia e úmida;
leve tremor das mãos;
exoftalmia (olhos saltados);
aumento da apetite;
progressiva perda de peso;
fadiga e fraqueza muscular;
amenorréia;
alterações no funcionamento do intestino com constipação ou diarréia.
Nos casos avançados, a pressão arterial sistólica é elevada, pode ocorrer fibrilação atrial e ICC em
pacientes idosos.
O diagnóstico é feito com base nos sintomas e testes descritos previamente: um aumento de T4 sérico
e um aumento de captação de iodo pela tireóide, acima de 50%.
O curso dessa doença é brando caracterizado por remissões e exacerbações.
Até o momento ainda não foi descoberto nenhum tratamento para o hipertireoidismo que combata sua
causa básica. Entretanto, trabalha-se na redução da hiperatividade tireoidiana para redução dos sintomas. Três
formas de tratamento: medicamentoso; por irradiação; e por cirurgia com a remoção da maior parte da
tireóide.
Diagnóstico de Enfermagem
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Nutrição alterada: Ingestão abaixo das necessidades corporais, relacionadas com hiper-metabolismo
Processos do pensamento alterados, relacionado com a labilidade emocional
Débito cardíaco diminuido, relacionado com a taquicardia supraventricular
Hiperparatireoidismo
Que é devido a uma superprodução de hormônio tireoidiano pelas paratireoides, é caracterizado pela
calcificação óssea e desenvolvimento de cálculos renais. Incidência maior nas mulheres e freqüentemente em
pacientes com mais de 70 anos de idade.
As manifestações psicológicas podem variar desde irritabilidade emocional e neurose até psicoses
devido ao efeito direto do cálcio no cérebro e sistema nervoso.
O tratamento primário é a remoção cirúrgica.
Hipoparatireoidismo
A causa mais comum é a secreção inadequada de hormônio paratireoidiano após a interrupção do
fornecimento sangüíneo ou remoção cirúrgica do tecido paratireoidiano durante a paratireoidectomia. Ocorre
a elevação do fosfato sangüíneo e uma redução na concentração de cálcio sangüíneo. A hipocalcemia ocorre
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devido a uma ausência de paratormônio que leva a redução da absorção intestinal de cálcio e da reabsorção de
cálcio nos ossos. A redução de excreção normal do fosfato causa hipofosfatúria e os baixos níveis de cálcio
sérico resultam em hipocalciúria.
As complicações estão relacionadas com a hipocalcemia crônica, que pode levar a insuficiência
cardíaca.
Manifestações Clínicas
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Tetania é o principal sintoma que é uma hipertonia muscular geral com tremor e contrações
espasmódicas.
Também inclui broncoespasmo, espasmo de laringe, espasmo carpopedal (flexão dos cotovelos e pulso e
extensão das articulações carpofalangianas).
Disfagia, fotofobia, disrritmias cardíacas e convulsões.
Outros sintomas são: ansiedade, irritabilidade, depressão e mesmo delírio.
Diagnóstico de Enfermagem
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Processos do pensamento alterados, relacionados com disfunção neurológica induzida por hipocalcemia
Risco para lesão, relacionado com deficiência aguda ou crônica do cálcio
Padrão respiratório ineficaz, relacionado com a hiperventilação causada pela irritabilidade neuromuscular
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