MACROECONOMIA II: Prof. Renato Fragelli Cardoso Lista de Exercícios de Curva de Phillips 1ª QUESTÃO: Numa economia competitiva em que o tempo é mensurado de forma discreta, as equações estruturais são: ht = b( pt − wt ) oferta de produto wt − wt −1 = π te + k ht curva de Phillips aceleracionista mt + v = pt + yt demanda agregada neoclássica π et = π t −1 expectativa inflacionária onde y representa o logaritmo do produto, h = y − y o hiato de produto, p o logaritmo do nível de preços, w o logaritmo do salário nominal, π t = pt − pt −1 a taxa de inflação, e m o logaritmo a oferta de moeda. A taxa de crescimento de longo prazo do produto de pleno emprego é dada por y t − y t −1 = g . As constantes b, k, v e g são positivas. Suponha que, por um longo tempo, a taxa de expansão monetária seja dada por: mt − mt −1 = µ , µ > g . Pode-se garantir a convergência para o pleno emprego, independentemente de qualquer condição adicional envolvendo os parâmetros k e b? Em caso positivo, para que valor converge a taxa de inflação? OBS: Note que, na formulação da curva de Phillips aceleracionista, as negociações que ocorrem na data t-1 definem o salário wt que vigorará na data t, mas o termo envolvendo o nível de atividade econômica é o hiato do momento em que vigorará o salário, e não o hiato observado durante as negociações. 2ª QUESTÃO: Refaça a 1ª questão substituindo a regra de política monetária pela regra abaixo mt − mt −1 = µ − λ ht , µ > g na qual se incorpora um termo acomodativo à política monetária. Sob que condição envolvendo os parâmetros k, b e λ , pode-se garantir a convergência para o pleno emprego? Neste caso, para que valor converge a taxa de inflação? 3ª QUESTÃO: Refaça a 1ª questão substituindo a curva de Phillips aceleracionista pela equação abaixo wt − wt −1 = π te + k ht −1 onde o termo envolvendo o nível de atividade econômica é o hiato do momento em que ocorrem as negociações. Sob que condições envolvendo os parâmetros b e k pode-se assegurar a convergência para o pleno emprego? 4ª QUESTÃO: Refaça a 1ª questão substituindo a equação de expectativas pela regra abaixo π te = aπ t + (1 − a)π t −1 = π t −1 + a(π t − π t −1 ) 0<a<1 na qual se supõe que, diante de um erro na previsão da inflação, o salário nominal seja automaticamente corrigido em magnitude igual a uma fração a do erro. Pode-se garantir a convergência da economia para o pleno emprego, para quaisquer valores dos parâmetros b, kea? 5ª QUESTÃO: Na economia da 1ª questão, suponha que a economia encontre-se no instante t = 0 em equilíbrio de pleno emprego, isto é com h0 = 0 e com inflação constante π0 > 0 . Suponha que o governo resolva baixar a inflação gradualmente de acordo com a seguinte trajetória π t = π 0γ t , 0 < γ <1 Onde γ representa a velocidade de queda da inflação. Pede-se, para t > 0: (a) A trajetória do hiato de produto. Haverá, necessariamente, recessão? (b) A trajetória da oferta de moeda mt a ser adotada; ∞ (d) O sacrifício de produto definido por C = ∑ ht . Como o valor C é afetado pelos parâmetros π0 , γ , b e k? Interprete o resultado. t =0 6ª QUESTÃO: Numa economia em que o tempo é modelado de forma contínua, o produto potencial cresce à taxa instantânea y& = g > 0 , e a curva de oferta agregada é dada por: h(t ) = b( p(t ) − w(t )) onde y , y , p , w representam os logaritmos do nível de produto efetivo, produto potencial, nível de preços e salário nominal e h é o hiato de produto. As negociações salariais se dão de acordo com a curva de Phillips de salários w& ( t ) = π e ( t ) + k h( t ) onde π e é a taxa esperada de inflação, w& a taxa de crescimento instantâneo dos salários nominais e k uma constante positiva. As expectativas de inflação são adaptativas: π& e ( t ) = β (π ( t ) − π e ( t ) ) onde π& e representa a taxa de crescimento da expectativa de inflação, π a taxa efetiva de inflação e β é uma constante positiva. A demanda agregada é neoclássica m( t ) + v = p( t ) + y( t ) onde m é o logaritmo da oferta de moeda e v o logaritmo da velocidade de circulação da moeda (constante). 2 Partido-se da situação inicial em estado estacionário com h0 = 0 e π 0 > 0 , supondo que a regra de política monetária adotada para t>0 seja uma taxa constante m& ( t ) = µ , µ>g pode-se assegurar que, para quaiquer valores dos parâmetros b, k e β a economia convergirá assintoticamente para o pleno-emprego? Em caso afirmativo, qual será a taxa assintótica de inflação? 7ª QUESTÃO: Na 6ª questão, calcule a expressão matemática das trajetórias do hiato de produto e da inflação. Quais são as condições de contorno a serem satisfeitas em t = 0 + ? 8ª QUESTÃO: Refaça a 6ª questão utilizando como regra de política monetária a equação abaixo m& (t ) = µ − γ h(t ), µ > g , γ > 0 na qual se incorpora um termo acomodativo à política monetária. Sob que condição envolvendo os parâmetros k e b e γ , pode-se garantir a convergência para o pleno emprego, para quaiquer valores dos parâmetros k e b e γ ? Neste caso, para que valor converge a taxa de inflação? 9ª QUESTÃO: Refaça a 6ª questão substituindo a demanda agregada neoclássica pela demanda à la Cagan y D (t ) = m(t ) − p (t ) + απ e (t ) onde α >0 e admita que valha a condição de estabilidade de Cagan: αβ < 1 . 10ª QUESTÃO: Na 6ª questão, partindo da situação inicial de equilíbrio de pleno emprego com h0 = 0 com inflação constante π 0 > 0 , suponha que o governo resolva baixar a inflação gradualmente de acordo com a seguinte trajetória π ( t ) = π 0 e − xt , x>0 Onde x representa a velocidade de queda da inflação. Pede-se, para t > 0: (a) A trajetória da taxa de inflação esperada; (b) A trajetória do hiato de produto. Haverá, necessariamente, recessão? (c) A trajetória da oferta de moeda m(t) a ser adotada; 00 (d) O sacrifício de produto definido por C = ∫ h( t ) dt . Como o valor C é afetado pelos parâmetros π 0 , x, b e k? Interprete o resultado. 0 3