Observação: a lista deve ser feita em papel almaço, com capa

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Ensino Médio– Unid. São Judas Tadeu
Professor (a):
Aluno (a):
Thairiny Cruvinel
Série: 3ª
Data: ____/ ____/ 2016.
LISTA DE FILOSOFIA
Orientações:
- A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em folha de papel almaço.
- Caso seja respondida em folha de papel almaço deverá conter cabeçalho completo (Data, nome, disciplina,
nome do professor e série).
- As listas que não forem realizadas conforme orientações serão desconsideradas.
Observação: a lista deve ser feita em papel almaço, com capa, contanto perguntas e
respostas.
1)Leia:
“‘Por que dar um lugar à filosofia na formação dos cientistas?’. Poderíamos perguntar
também: ‘Por que um curso de informática para um químico?’, ou: ‘Por que um curso de
ciências naturais para um matemático?’. A essas questões não existe uma resposta científica:
a resposta é do âmbito de uma política universitária. Impõem-se matérias em um programa
porque ‘se’ (ou seja, aqueles que têm o poder de impor programas) considera que essas
matérias são necessárias seja para o bem do estudante, seja para o bem da sociedade; trata-se
sempre do ‘bem’ do modo como os organizadores das formações o representam, de acordo
com seus projetos e interesses próprios.
Em certos países, o legislador pensou que um universitário diplomado não pode ser pura e
simplesmente identificado como um puro técnico. Considerou que os universitários, já que a
sociedade lhes dará um certo poder, devem também ser capazes de examinar com certo rigor
questões que não sejam concernentes à sua técnica específica. Trata-se de uma escolha
política e ética, no sentido de que aqueles que a fizeram julgaram que seria irresponsável
formar ‘cientistas’ sem lhes dar uma certa formação nesse domínio humano (isso nos remete
ao fato de que a universidade não forma ‘matemáticos’, ‘físicos’, ‘químicos’ etc., de
maneira abstrata, mas seres humanos que cumprirão um certo número de funções sociais, as
quais os levarão a assumir responsabilidades).
Sem dúvida, também, além do interesse para a sociedade em ter cientistas capazes de
refletir, alguns políticos da universidade consideraram que não seria ‘ético’ submeter
pessoas jovens ao condicionamento que é uma formação científica sem lhes dar uma espécie
de antídoto pelo viés das ciências humanas (dizer que consideramos que algo não é ‘ético’
equivale a dizer que não gostaríamos de um mundo onde essa coisa acontecesse).
A propósito dessas decisões políticas, assinalamos um fato empírico. Pesquisas mostraram
(Holton, 1978) que, em nossa sociedade, há mais estudantes que se pretendem ‘apolíticos’,
ou não interessados pelas questões que fujam ao campo de suas técnicas entre aqueles que se
destinam às ciências, do que entre aqueles que escolhem outras áreas. Os que escolhem a
ciência prefeririam ser menos implicados nas questões relativas à sociedade. Pode-se
perguntar por quê? Talvez porque facilmente podemos imaginar os cientistas em uma
espécie de torre de marfim!
De qualquer modo, a ‘política’ desta obra é constituir um contrapeso a essa tendência,
propondo uma abordagem filosófica. Nasceu junto a uma decisão de política universitária
Unid. São Judas Tadeu (62) 3205-4833 – www.colegiointerativa.com.br – e-mail: [email protected]
inserindo no programa um curso de filosofia e outros cursos de formação humana. Esta
prática de ‘contrapeso’ existe também, aliás, no interior das próprias disciplinas científicas.
Desse modo, recusar-se-á a formar um físico teórico sem lhe dar ao menos alguns exercícios
de laboratório; é igualmente uma decisão de política universitária. As decisões no campo da
política universitária que elaboram os programas são sempre um agregado de compromissos
tentando responder ao que diferentes grupos, muitas vezes opostos por suas concepções e/ou
interesses, consideram ‘bom’ para aqueles que seguem a formação e/ou para a sociedade... e
também — ainda que isso seja muitas vezes dissimulado — para os seus próprios
interesses.”
FOUREZ, Gérard. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências.
São Paulo: Editora Unesp, 1995. p. 25-27.
1)Explique sob que aspecto o filósofo belga Gérard Fourez reconhece a importância do
estudo de filosofia em cursos de formação científica.
2)Explique por que para o cientista, ao se perguntar sobre “O que é ciência?” ou “Qual é a
importância da ciência?”, sua resposta certamente não será científica, mas filosófica.
3)Escolha uma profissão que exija conhecimentos científicos. Depois, em grupo, discutam
que temas filosóficos de natureza ética e política seriam importantes nos cursos em que
foram formados. Por exemplo, médico, advogado, agrônomo, economista, administrador de
empresas etc.
4) Faça um quadro comparando as características do senso comum e do conhecimento
científico.
5) Explique o que significa objetividade científica. Em seguida, dê exemplos com base em
seus próprios estudos de diversas ciências.
6) Qual é a importância do método científico?
7) Estabeleça a distinção entre valores cognitivos, éticos e políticos na ciência.
8) Leia o texto e responda às questões.
A ciência [...] procura remover tudo o que for único no cientista, individualmente
considerado: recordações, emoções e sentimentos estéticos despertados pelas disposições de
átomos, as cores e os hábitos de pássaros, ou a imensidão da Via Láctea [...]. Poentes e
cascatas são descritos em termos de frequências de raios luminosos, coeficientes de refração
e forças gravitacionais ou hidrodinâmicas. Evidentemente, essa descrição, por mais
elucidativa que seja, não é uma explicação completa daquilo que realmente experienciamos.
KNELLER, George. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980. p. 149.
9) Com base na citação de George Kneller, identifique as vantagens e as limitações da
ciência em relação a outros tipos de conhecimento.
10) Identifique no texto os elementos que indicam o caráter objetivo da ciência.
Boa Semana !!!
Fique atento (a) ao prazo de devolução das listas !!!
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