Sistema de guideline para atendimento primário em comunidades

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Um sistema de guideline primário para
atendimento voluntário em comunidades carentes,
integrado ao sistema de saúde vigente.
Carmen Lúcia de Bartolo Costa
Universidade Federal de São Paulo UNIFESP (departamento de Informática em saúde)
Introdução
Conscientização e apoio comunitário.
As bases estatísticas de saúde (secretaria de
saúde, instituto
da criança, Proaim etc) em
conjunto com outras dados fornecidos por
entidades não governamentais, mostram que há um
número elevado de pacientes, especialmente
crianças e gestantes, que tem vindo a falecer por
doenças evitáveis,
tais como
desnutrição
desidratação, pressão alta, diabetes, problemas
ginecológicos,
pre-eclampsia,
doenças
respiratórias, sufocamentos, acidentes de trânsito e
domésticos , afogamento e primeiros socorros.
Nesse sentido, tem crescido o número de entidades
e voluntários voltados para o atendimento
preventivo em comunidades ou domiciliar, levando
informações para a população carente e
acompanhando o desenvolvimento da criança
desde a gestação, até os primeiros anos de vida,
buscando dessa forma reduzir a mortalidade
infantil, através do controle nutricional, imunológico
e neuromotor da criança, DST e dependência
química.
A maior parte desse atendimento é feito por leigos,
talvez acompanhados por agentes de saúde, em
alguns pontos do pais, sendo encaminhados aos
postos de saúde ou hospitais de acôrdo com a
gravidade do estado apresentado pelo paciente.
Após a consulta, os voluntários tem atuado no
acompanhamento do tratamento, verificando se
está surtindo efeito e alertando sobre a gravidade
da interrupção do mesmo.
O objetivo do nosso trabalho é disponibilizar uma
ferramenta de auxílio no acompanhamento dos
pacientes, inclusive idosos. que hoje é realizado
através de guias e manuais que foram elaborados a
partir da experiência do trabalho voluntariado
nessas
comunidades no atendimento primário. O sistema
incorpora estes guias de conduta (guidelines) para
acompanhamanto
de
pessoas
carentes
desenvolvidos por varias entidades filantrópicas e
por agências de saúde governamentais.
Arquitetura do Sistema
O trabalho desenvolvido toma como base o guia
utilizado pelas agentes da Pastoral da criança e
caderno de acompanhamento (processo manual),
já testado por especialistas da pastoral em conjunto
com a secretaria nacional de saúde, que vem
sendo utilizado por cerca de vinte anos, sempre
incluindo inovações e treinamento das líderes
comunitárias e acões de saúde e do PSF.
O software desenvolvido é uma versão
transformada deste processo manual. O sistema
representa os guias de condutas como regras que
nos momentos apropriados (idade da criança, ou na
consulta que se segue a uma onde a criança foi
considerada com suspeita de desidratação) ativam
telas com mais perguntas ao voluntario que esta
atendendo o paciente. Ao final da sequência de
perguntas, o sistema ou informa ao voluntario que
procedimentos o paciente deve tomar, nos casos
menos graves, como por exemplo dar soro caseiro
e alimentação leve ,
ou pede ao voluntario
encaminhar a criança para um posto de saude.
Nesta caso o sistema imprime um relatório sobre a
história e as condições atuais da criança para ser
usado no posto de saúde.
Temos duas versões do sistema, uma para web e
outra para postos que ainda não mantém a
infraestrutura adequada, podendo atualizar as
informações no posto comunitário.
Na versão Web do sistema, as informações são
armazenadas em um bancos de dados central,
podendo ser acessadas tanto pelas centrais de
atendimento comunitário, bem como a partir dos
postos de saúde, PSF (Programa de Saúde da
Família) ou hospitais que estão envolvidos no
projeto piloto.
As informações coletadas são comparadas com os
dados anteriores da criança, bem como postos de
saúde da região, criando um cadastro unificado do
cidadão/paciente. Para tanto, no desenvolvimento
do “ Guide Line” estamos tomando como base a
padronização do comitê internacional de registros
clínicos, publicado no site do DATASUS. Este
aspecto é muito importante para facilitar a
integração com os sistemas de saúde ou até outros
sistemas que possam vir a contribuir para a melhor
qualidade no atendimento em saúde.
O guide line, tem uma interface simples mostrando
que mesmo operado por pessoas semi-leigas
consegue detectar e auxiliá-los, contribuindo para
evitar desta forma que focos de doenças se
espalhem pelas comunidades, ou que as doenças
venham a se tornar crônicas, uma vez que há um
acompanhamento desde o início dos sintomas até o
fim, assim como verificar as condições familiares e
se alguém no domicílio apresenta a doença.
Uma vez que podemos seguir o fluxo de
atendimento do paciente, podemos ter um
acompanhamento do tratamento e verificar onde foi
atendido e a qualidade do atendimento prestado,
pois as líderes da Pastoral e Agentes de saúde
acompanham o andamento do processo e as
dificuldades surgidas no mesmo.
A arquitetura do sistema permite multi-plataformas
e mostra que o uso de ferramentas computacionais
modernas melhora a quantidade e a qualidade no
atendimento. Para tanto foi integrado ao sistema
recursos simples de telemedicina home care e
reciclagem do guia à distância (módulos
complementares).
Para testar a viabilidade do sistema foram feitos
alguns experimentos, tais como:
Algumas líderes comunitárias que só usavam o
processo manual, responderam o questionário no
computador e não mostraram dificuldades em
enviar o relatório consolidado via internet
Resultados esperados
Desenvolver um guide-line primário, que esteja
parcialmente integrado com o sistema de saúde
vigente, de forma que haja uma troca de
informações e otimização de recursos que estão
cada vez mais escassos, atuando diretamente no
atendimento preventivo e não somente no de
emergência e ser implantado para benefício das
comunidades.
A partir dessa integração, podemos obter alguns
benefícios tais como emissão de relatórios e fichas
de atendimento domiciliar relativas aos tratamentos
médicos prescritos nos postos de saúde ou
hospitais e dar condições para incentivo à novas
pesquisas práticas na área.
O modelo está sendo elaborado de forma a
suportar outros tipos de análises baseados em
guidelines existentes, permitindo cadastrar novas
perguntas e regras que venham a apontar possíveis
diagnósticos e possíveis tratamentos de acordo
com a gravidade /avanço da doença.
Análise do fluxo migratório desta população, que se
mudam o tempo todo por falta de residência fixa.
Experimentos
Estamos em contato com diversas entidades
finaltrópicas e assistencias com atuação em varias
comunidades carentes, tais como
CERVI, Casa de Saúde Sapopemba, Lar Batista,
Amparo Maternal, CREM e principalmente a
Pastoral da Criança da CNBB, PSF e PAD, Safety
Kids, Ação Criança.
O programa também se mostrou útil na hora da
capacitação de novas líderes, pois houve mais
motivação. Elas se sentiram aprendendo algo novo
e não só capacitação expositiva, ampliando
recursos de aprendizado, além de
No momento da escrita deste artigo várias destas
entidades já tinham sido contactadas e se
mostraram interessadas em testar o sistema.
Estamos no processo de instalar e treinar as
voluntarias para utiliza-lo.
Interrupção do tratamento por parte do paciente e a
causa da interrupção, por exemplo impossibilidade
de deslocamento até o local de tratamento, falta de
medicamentos entre outros fatores. Muitas vezes a
interrupção do tratamento pode trazer danos à
comunidade a qual o paciente pertence nos casos
de doenças infecto-contagiosas por exemplo.
Capacitação de lideres e médicos à distância.
Reciclagem on -line do guia para todos os setores
ao mesmo tempo.
Utilizar recursos de ferramentas modernas como o
uso de "hand helds ” ou PDAs" e recursos de
Telemedicina
Bibliografia
Sites estudados:
Guia do bebe http://www.guiadobebe.com.br
Sessão de Crianças
http://health.netscape.com/health/childrens/main.tm
pl
Departments
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Emotional Health
<http://info.netscape.com/fwd/hlcdepart/http://health
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Health
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Health News
<http://info.netscape.com/fwd/hlcdepart/http://health
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Men's Health
<http://info.netscape.com/fwd/hlcdepart/http://health
.netscape.com/health/mens/>
Pregnancy
<http://info.netscape.com/fwd/hlcdepart/http://health
.netscape.com/health/pregnancy/>
Seniors' Health
<http://info.netscape.com/fwd/hlcdepart/http://health
.netscape.com/health/seniors/>
Women's Health
<http://info.netscape.com/fwd/hlcdepart/http://health
.netscape.com/health/womens/>
Contato
Carmen Lúcia de Bartolo Costa
Email : [email protected]
Rua Jaime Pires Martins, 7
Recanto INPLA - Granja Vianna
Carapicuíba - SP - CEP: 06350-140
Fone
: (0xx11) 4169-7338
Figura 1 - Infraestrutura Básica de Comunicação
Figura 2 - Tela de autenticação do usuário
Figura 3: - Consulta/Cadastro de Pacientes
Figura 4: - Apresentação do tipo de consulta de acordo com a idade e perfil dos profissionais.
Figura 5: - Perguntas selecionadas de acordo com a idade e sexo do paciente.
O Recém Nascido
Sinais de Risco
•buraquinho do ânus fechado
•não urinar
•chora a maior parte do tempo
•febre
•baixa temperatura do corpo
•dificuldade para respirar
•muita salivação
•barriga estufada, comum tamborzinho;
•pele muito amarelada – icterícia
•lábios, pés e mãos arroxeados;
•dificuldade para mamar
•ficar muito largadinho
Ação do Agente/Voluntário
Checar os sinais de risco junto com os pais.
Conscientizá-los e encaminhar o bebê ao médico com urgência
Desnutrição do bebe: Se criança tem peso menor que 2500g, então esta
desnutrida
Ação da Voluntária: Explicar sobre alimentação correta para a idade, hidratar e
encaminhar ao especialista.
Desnutrição/Desidratação
Se vomitou ou evacuou poucas vezes e não apresentar quadro de
risco:
Ação do leigo:
Usar soro caseiro para previnir a desidratação.
Tomar muito líquido e vestir a criança com roupas leves
Quadro de risco de desnutrição/desidratação:
dificuldade em urinar, urina com coloração amarela escura,
boca seca, saliva muito grossa ou sem saliva
olhos afundados, sem lágrimas
febre e moleira afundada
pele ressecada e quando beliscada, forma uma prega que demora muito para
voltar ao normal
Riscos para a criança:A criança pode ter problemas no crescimento, audição, fala ,
oftalmológicos e atraso mental.
Ação do leigo em caso de risco:
- reidratar a criança com soro caseiro,
- explicar aos pais a receita do soro
- e encaminhar com urgência ‘a um posto de saúde para cuidados médicos.
Receita de soro caseiro:
•Lavar bem as mãos
•Encher um copo de 200 ml com água limpa e fervida, acrescentar 1 medida
pequena e rasa de sal e duas medidas grandes de açúcar; mexer bem
Teste de Risco de doenças respiratórias:
1) Se resfriado comum, sem febre, a voluntária dirá para a mãe da criança
para dar bastante líquido, limpar com soro fisiológico as narinas e agasalhar
a criança de acordo com o clima.
2) se criança tiver menos de 2 meses de idade e apresentar:
Desenvolvimento da criança:
Testar se existe:
Deficiências Auditivas e oftalmológicas
Nos bebes, Se você fala ou faz barulho e a criança não percebe, então pode
ter problemas de surdez
Acompanhamento Fonoaudiológico – Regra Indicando problemas
Criança com mais de 4 anos : Falando em linguagem infantil
trocando r por l, p por b, v por f ou outras letras
repete sempre as mesmas palavras sem formar novas frases
criança irritada porque os outros não a entendem
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