Domingo, 26, é Dia Nacional de Luta contra a hanseníase

Propaganda
DINO - Divulgador de Notícias
Domingo, 26, é Dia Nacional de Luta contra a
hanseníase
No domingo 26, é lembrado o Dia Nacional de Luta contra a
Hanseníase, uma doença que tem cura, mas é preciso identificá-la
assim que os sintomas surgem.
24/01/2014 21:03:46
No domingo 26, é lembrado o Dia Nacional de Luta contra a Hanseníase, uma doença que tem cura,
mas é preciso identificá-la assim que os sintomas surgem. O primeiro e principal sinal é o
aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas (manchas de cor avermelhada na pele). “É
importante lembrar que a hanseníase é uma doença totalmente curável e não há motivo para
preconceito. Mas, é importante ficar atento aos sinais assim que eles surgem e procurar o
dermatologista. O tratamento cessa a transmissão da doença quando feito precocemente, evitando
as sequelas”, explica o dermatologista Dr. Joel Lastoria, coordenador do Departamento de
Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae.
Foi descoberta em 1873, entretanto, e é uma das doenças mais antigas já registradas na literatura,
com casos na China, Egito e Índia, antes de Cristo. A transmissão da bactéria Mycobacterium leprae
ocorre pelo contato íntimo e contínuo com um doente não tratado. “Apesar de ser uma doença da
pele, é transmitida por gotículas que saem do nariz ou pela saliva do paciente. Não há transmissão
pelo contato com a pele do paciente, embora muitos pensem assim”, ressalta o presidente da
Sociedade Brasileira de Dermatologia no Paraná (SBD-PR), Dr. José Roberto Shibue.
Além da pele, a doença também pode afetar os olhos, os nervos periféricos, o interior do nariz e,
eventualmente, outros órgãos. A hanseníase pode se manifestar de quatro formas: hanseníase
indeterminada, tuberculóide, bordeline e virchowiana. A hanseníase indeterminada é mais comum
em crianças, já a tipo tuberculóide não é contagiosa, é mais leve e a pessoa tem apenas uma ou
poucas manchas pálidas na pele. A do tipo borderline é uma forma intermediária da doença e
apresenta manchas maiores na pele, já a hanseníase virchowiana é a forma grave e contagiosa. Os
inchaços são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Nariz, rins e
órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetados.
Ao penetrar no organismo, a bactéria Mycobacterium leprae inicia uma luta com o sistema
imunológico do paciente. Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de
sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração. Quando lesiona o nervo da região
em que se manifestou a doença, causa dormência e perda de tônus muscular na área. Podem
aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos, e
até alterações na musculatura esquelética, causando deformidades nos membros.
Diagnóstico, tratamento e prevenção
O diagnóstico da hanseníase é feito pelo dermatologista e envolve a avaliação clínica do paciente,
com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora e, às
vezes, até biópsia. O tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São
usados antibióticos e o tratamento completo é longo, de seis meses a um ano ou mais.
A melhor forma de prevenir a doença é mantendo o sistema imunológico eficiente. Ter boa
alimentação, praticar atividade física, manter condições aceitáveis de higiene também ajudam a
manter a doença longe, pois, caso haja contato com a bactéria, logo o organismo irá combatê-la.
Outra dica importante é convencer os familiares e pessoas próximas a um doente a procurarem uma
Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na
família. Dessa forma, a doença não será transmitida nem pela família nem pelos parentes próximos
e amigos.
Download