ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. Société Anonyme Holding Sede: 231, Val des Bons Malades, L-2121 Luxembourg-Kirchberg Capital Social: 479.085.550 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Et e Luxemburgo sob o nº 22.232 Pessoa Colectiva nº 1984 40 00076 PROSPECTO DE ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO NO MERCADO DE COTAÇÕES OFICIAIS DA BOLSA DE VALORES DE LISBOA E PORTO DE 47. 908.555 ACÇÕES ORDINÁRIAS, TITULADAS E AO PORTADOR, DE VALOR NOMINAL DE 10 EUROS CADA, REPRESENTATIVAS DA TOTALIDADE DO CAPITAL SOCIAL EMITIDO DA ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, S.A. Société Anonyme Holding OPERAÇÃO ORGANIZADA PELO Setembro 2001 DEFINIÇÕES Salvo estipulação em contrário, ou se diferente interpretação resultar do respectivo contexto, os termos utilizados no presente Prospecto têm o seguinte significado: • “Acções” designa as Acções representativas do capital social da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, S.A., Société Anonyme Holding; • BES INVESTIMENTO designa o Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. que desempenha as funções de Intermediário Financeiro de Interligação; • “BVLP” designa a Bolsa de Valores de Lisboa e Porto; • “Cód.IRS” designa o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei nº 442-A/88, de 30 de Novembro, com a redacção em vigor na presente data; • “Cód.IRC” designa o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, aprovado pelo Decreto-Lei nº 442-B/88, de 30 de Novembro, com a redacção em vigor na presente data; • “CMVM” designa a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; • “Cód. VM” designa o Código dos Valores Mobiliários aprovado pelo Decreto-lei nº 486/99, de 13 de Novembro; • “CVM” designa a Central de Valores Mobiliários gerida pela Interbolsa; • “EBF” designa o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei nº 215/89, de 1 de Julho, com a redacção em vigor na presente data; • “ESFG” ou “Empresa”, designam a ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, S.A., Société Anonyme Holding; • “IRS” designa o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares; • “IRC” designa o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. • ÍNDICE 0. Advertências.............................................................................................................................. 4 0.1. Resumo das Características da Operação .............................................................................. 4 0.2. Factores de Risco................................................................................................................. 4 0.3. Advertências complementares............................................................................................. 6 0.4. Efeitos da decisão de admissão à negociação......................................................................... 6 1. RESPONSABILIdADE PELA INFORMAÇÃO.............................................................................. 7 2. INFORMAÇÕES SOBRE A ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO E OS VALORES MOBILIÁRIOS ADMITIDOS.................................................................................................................................. 8 2.1. Montante e natureza ........................................................................................................... 8 2.2. Preço das acções e modo de realização.................................................................................. 8 2.3. Categoria e forma de representação ..................................................................................... 8 2.4. Modalidade da Oferta ......................................................................................................... 8 2.5. Organização e Liderança ..................................................................................................... 8 2.6. Deliberações, autorizações e aprovação da admissão à negociação ......................................... 8 2.7. Finalidade da admissão à negociação ................................................................................... 9 2.8. Período e Locais de Aceitação .............................................................................................. 9 2.9. Resultado da Oferta ............................................................................................................ 9 2.10. Direitos de Preferência ...................................................................................................... 9 2.11. Direitos Atribuídos............................................................................................................ 9 2.12. Dividendos e outras remunerações................................................................................... 13 2.13. Serviço financeiro............................................................................................................ 14 2.14. Regime fiscal .................................................................................................................. 14 2.14.1. Dividendos .................................................................................................................. 14 2.14.1.1. Tributação no Luxemburgo: ................................................................................... 14 2.14.1.2. Tributação em Portugal:......................................................................................... 15 2.14.2. Mais-valias ................................................................................................................... 15 2.14.3. Imposto sobre Sucessões e Doações ................................................................................ 16 2.15. Regime de transmissão.................................................................................................... 16 2.16. Montante líquido da Oferta.............................................................................................. 17 2.17. Títulos Definitivos........................................................................................................... 17 2.18. Admissão à negociação.................................................................................................... 17 2.19. Contratos de fomento....................................................................................................... 17 2.20. Valores Mobiliários admitidos à negociação....................................................................... 18 2.21. Ofertas públicas relativas a valores mobiliários................................................................. 18 2.22. Outras Ofertas................................................................................................................. 19 3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMITENTE........................................................ 20 3.1. Informações relativas à Administração e à Fiscalização........................................................ 20 3.1.1. Composição............................................................................................................... 20 3.1.2. Remunerações e outros interesses............................................................................... 30 3.1.3. Relações económicas e financeiras com o emitente....................................................... 30 3.2. Esquemas de participação dos trabalhadores no capital da emitente .................................... 30 3.3. Constituição e objecto social ............................................................................................... 30 3.4. Legislação que regula a actividade do emitente.................................................................. 31 3.5. Informações relativas ao capital.......................................................................................... 31 3.6. Política de dividendos....................................................................................................... 32 3.7. Participações no capital...................................................................................................... 32 3.8. Acordos parassociais.......................................................................................................... 32 3.9. Acções Próprias................................................................................................................. 33 3.10. Representante para as relações com o mercado ................................................................. 33 3.11. Sítio na Internet ............................................................................................................... 33 3.12. Secretário da Sociedade.................................................................................................... 33 4.1. Actividades e mercados..................................................................................................... 34 4.2. Estabelecimentos principais e património imobiliário.......................................................... 42 4.3. Pessoal ............................................................................................................................. 42 4.4. Acontecimentos excepcionais ............................................................................................. 42 4.5. Dependências significativas............................................................................................... 42 4.6. Política de investigação ..................................................................................................... 42 4.7. Procedimentos judiciais ou arbitrais ................................................................................... 42 4.8. Interrupções de actividades ............................................................................................... 42 4.9. Política de Investimentos................................................................................................... 42 5. PATRIMÓNIO, SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS DO EMITENTE............................... 44 5.1. Balanços e contas de resultados .......................................................................................... 44 5.1.1. Balanços e Contas de Resultados Individuais dos Exercícios de 1998, 1999 e 2000 ......... 44 5.1.2. Balanços e Contas de Resultados Consolidadas dos Exercícios de 1998, 1999 e 2000 ...... 51 5.1.3. Balanços e Demonstrações de Resultados Consolidadas não auditados relativos ao 1º Semestre de 2000 e 2001...................................................................................................... 85 5.2. Cotações ........................................................................................................................... 87 5.3. Demonstração de Fluxos de Caixa...................................................................................... 89 5.4. Informações sobre as Participadas ...................................................................................... 91 5.5. Informações sobre as Participantes ..................................................................................... 94 5.6. Diagrama de Relações de Participação ............................................................................... 96 5.7. Responsabilidades ............................................................................................................ 97 6. PERSPECTIVAS FUTURAS....................................................................................................... 98 7. RELATÓRIO DE AUDITORIA.................................................................................................100 8. Estudo de Viabilidade Económica – Financeira..........................................................................131 9. OUTRAS INFORMAÇÕES ......................................................................................................132 9.1. Reprodução dos estatutos da ESFG (na sua tradução para português)..................................132 9.2. Nota comparativa entre o regime jurídico do estado da lei pessoal da ESFG (Luxemburgo) e o regime jurídico português.......................................................................................................138 9.3. Locais onde podem ser consultados os relatórios e contas relativos aos últimos três exercícios .............................................................................................................................................140 10. CONTRATOS DE FOMENTO ................................................................................................141 0. ADVERTÊNCIAS 0.1. Resumo das Características da Operação A ESFG é uma sociedade de direito luxemburguês, com sede no Grão Ducado do Luxemburgo (213 Val des Bons Malades, L-2121 Luxembourg Kirchberg), oficialmente registada em 13 de Dezembro de 1984. A informação de carácter financeiro contida neste Prospecto é essencialmente apresentada em Euros. De acordo com as taxa de conversão estabelecida pela União Europeia, 1 Euro equivale a 200,482 Escudos. A operação de admissão à negociação no Mercado de Cotações Oficiais da BVLP incide sobre a totalidade das acções emitidas pela ESFG, ou seja, sobre 47.908.555 acções, tituladas, de valor nominal de 10 Euros cada. O presente Prospecto reproduz informação contida nos documentos de prestação de contas individuais e consolidadas da ESFG relativa aos exercícios de 2000, 1999 e 1998. O presente prospecto contem igualmente informações específicas requeridas pelo Cód.VM e regulamentação aplicável à admissão à negociação de valores mobiliários estrangeiros. 0.2. Factores de Risco Na análise do presente investimento, dever-se-ão considerar alguns riscos gerais relativos às actividades das sociedades participadas pela Empresa e às suas áreas de negócio, nomeadamente: - A evolução do enquadramento macro-económico e dos mercados cambiais na Europa e em particular em Portugal, nomeadamente no que se refere à evolução futura das taxas de juro e das cotações cambiais do Euro; - A evolução dos mercados bolsistas nacionais e internacionais; - A evolução futura da economia nacional, designadamente o possível abrandamento do investimento e consumo privados; - A evolução da taxa de poupança e do grau de endividamento das famílias portuguesas; e - A intensificação da concorrência no contexto da moeda única, o estreitamento das margens de intermediação e a crescente importância da adopção de novas tecnologias na prestação de serviços financeiros. Decorrente da sua actividade de detentora de participações sociais em instituições financeiras e seguradoras, a ESFG encontra-se indirectamente sujeita aos diversos tipos de risco inerentes à actividade destas instituições, nomeadamente risco de mercado, risco de crédito e risco operacional. As capacidades de gestão do risco na ESFG estão cimentadas pela experiência e conhecimentos dos quadros superiores das sociedades suas participadas, complementada pelo Departamento de Risco Global do “Grupo Banco Espírito Santo”, que independentemente das unidades de negócio, tem como função principal a quantificação e reporte dos vários riscos a que as empresas do mesmo grupo se encontram expostas. Em Portugal, as empresas participadas pela ESFG exercem as suas actividades nas áreas dos seguros e banca. Em Espanha, Paris, Londres, Nova Iorque, Miami, Macau e Lausanne (Suiça), as empresas suas participadas exercem actividades bancárias por intermédio de subsidiárias e sucursais. RISCO DE MERCADO 4 O risco de mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa do valor de um instrumento financeiro como consequência de variações nos mercados de taxa de juro, taxas de câmbio e preço de acções, bem como as alterações na liquidez dos mesmos. Risco de Taxa de Juro O risco de taxa de juro é definido como a eventual perda de valor de um instrumento financeiro derivado da volatilidade inerente às taxas de juro. As várias instituições financeiras do “Grupo Banco Espírito Santo” utilizam diversos tipos de instrumentos financeiros para gerir este tipo de risco, nos quais se incluem instrumentos derivados. O controle do Risco de taxas de juro é efectuado com recurso a diversas metodologias que visam medir os impactos de determinadas posições decorrentes da volatilidade de taxas de juro, sendo aprovados limites de exposição para cada Instituição. Risco Cambial O risco cambial decorre da existência de exposição em moedas diferentes do EURO e da volatilidade associada à taxa de câmbio de cada moeda. Existe ao nível das diversas empresas participadas pela ESFG uma política de minimização das posições em aberto, existindo, também neste caso, limites de exposição aprovados ao nível de cada Instituição. Risco de Acções O risco de acções resulta das posições assumidas pelas diversas instituições que integram a ESFG, em acções de empresas ou instrumentos derivados, cujo valor depende do nível de preço das acções em mercado, estando por isso expostos à volatilidade do mesmo. Este tipo de risco é controlado utilizando metodologias que visam simular os efeitos da volatilidade dos mercados accionistas no valor das posições detidas. Parte desta exposição ao risco de acções tem um carácter estratégico, pelo que não são efectuadas normalmente coberturas para a totalidade da exposição. Pontualmente são efectuadas coberturas com recurso a instrumentos derivados. Risco de Liquidez O Risco de liquidez decorre da capacidade das diversas empresas participadas pela ESFG cumprirem as suas obrigações de curto prazo sem incorrer em perdas. O risco de liquidez é gerido tendo em consideração a diferença entre os prazos de liquidez dos activos e passivos, podendo-se actuar sobre o perfil de activos e passivos por forma a desenvolver mecanismos para o reforço da liquidez. RISCO DE CRÉDITO O Risco de crédito resulta do potencial incumprimento de um cliente/contraparte numa obrigação previamente contratada com uma instituição financeira participada pela ESFG, o qual se encontra exposto a este tipo de risco de várias formas: através dos empréstimos que concede, como detentor de títulos de dívida e ainda como contra-parte em contratos de natureza financeira. Na análise do risco de crédito, tem-se em conta, entre outros factores: a avaliação do risco de crédito; o rating da empresa (quando existente), a exposição máxima recomendada e a existência de colaterais. As propostas de crédito, são posteriormente submetidas à avaliação e aprovação do Comité de 5 Crédito da Instituição em causa, que é igualmente responsável pela definição dos limites globais de exposição por cliente/contraparte. O risco de crédito é controlado pelo Comité de Análise de Risco de Crédito que, conjuntamente com o Departamento de Risco Global efectua de forma regular a análise detalhada da exposição total por cliente. RISCO OPERACIONAL As diversas Instituições financeiras participadas pela ESFG encontram-se sujeitas a Risco Operacional, que se pode definir como a potencial perda derivada das limitações nos sistemas e no controle, deficiências na execução de responsabilidades legais ou fiduciárias, deficiências na tecnologia e risco de perda atribuídos a problemas operacionais ou de fraude. De forma a reduzir ou mitigar o seu risco operacional, as várias Instituições estabelecem e mantêm procedimentos e sistemas de controle internos em diferentes níveis das suas organizações. Notação de rating Em Agosto de 2001, o rating de emitente da Moody’s para a ESFG era de A2 Outlook Stable e no final de 2000 o rating de crédito da Standard & Poor’s era A-/Stable/A-2.. 0.3. Advertências complementares A Empresa não está sujeita a dependências significativas para a normal prossecução das suas actividades. 0.4. Efeitos da decisão de admissão à negociação Nos termos do art.º 234º, n.º 2 do Cód. VM, a decisão de admissão à negociação não envolve qualquer garantia quanto ao conteúdo da informação, à situação económica e financeira da Empresa, à sua viabilidade e à qualidade dos valores mobiliários admitidos. O intermediário financeiro responsável pelo processo de admissão à negociação da ESFG é o Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.. 6 1. RESPONSABILIDADE PELA INFORMAÇÃO A forma e conteúdo do presente Prospecto obedecem ao preceituado no Cód. VM, ao disposto no Regulamento n.º 10/2000 da CMVM e demais legislação aplicável. Nos termos do disposto nos Artigos 149º e 243º do Cód. VM, são responsáveis pelos danos causados pela desconformidade do conteúdo do prospecto com os princípios da suficiência, veracidade, actualidade, clareza, objectividade e licitude, as seguintes entidades: • A Espírito Santo Financial Group, S.A., Société Anonyme Holding (ESFG) • Os membros do Conselho de Administração da ESFG: Presidente: Vice Presidente: Vogais: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva António Luís Roquette Ricciardi Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva Mário Mosqueira do Amaral Manuel de Magalhães Villas-Boas Jackson Behr Gilbert Tiberto Ruy Brandolini d`Adda Patrick Monteiro de Barros Augusto Athayde Soares de Albergaria Rui Barros Costa Robert Studer Philippe Guiral Carlos Augusto Machado de Almeida Freitas Anibal da Costa Reis de Oliveira Juan Villalonga Navarro Pedro Guilherme Beauvillain de Brito e Cunha Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida José Maria Espirito Santo Silva Ricciardi Os 6 últimos Administradores indicados foram nomeados em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 25 de Maio de 2001, tendo já sido objecto de pedido de registo junto da competente Conservatória do registo Comercial do Luxemburgo. • A PricewaterhouseCoopers sàrl, inscrita no registo comercial do Luxemburgo sob o nº B65477, com sede em 16, Rue Eugène Ruppert, Luxembourg, na qualidade de “Commissaire aux Comptes” da ESFG responsável pelos relatórios de auditoria às contas dos exercícios de 1998, 1999 e 2000. A PricewaterhouseCoopers promoveu a tradução dos seus relatórios de auditoria relativos às contas consolidadas de 1998 e 1999, sendo da responsabilidade da ESFG as traduções dos relatórios de auditoria relativos às contas individuais de 1998 e 1999, bem como dos relativos às contas de 2000, individuais e consolidadas. Procurou-se que a tradução para português dos seus Relatórios de Auditoria correspondesse fielmente à versão original em língua inglesa. Em caso de alguma divergência interpretativa, prevalece a versão original, publicada em conjunto com a tradução. 7 2. INFORMAÇÕES SOBRE A ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO E OS VALORES MOBILIÁRIOS ADMITIDOS 2.1. Montante e natureza O presente Prospecto destina-se à admissão à negociação na BVLP da totalidade das acções representativas do capital social actual da ESFG, ou seja, de 47.908.555 acções ordinárias e tituladas, com o valor nominal de 10 Euros cada. O Banco Espírito Santo de Investimento, na qualidade de “intermediário financeiro de interligação” celebrou um contrato com o Kredietbank S.A. Luxembourgeoise, por forma a que se possa assegurar que, nos termos da legislação e regulamentação portuguesas, se verifique sempre uma exacta correspondência entre as acções que se encontrem registadas em “conta de emissão especial” em nome do BES Investimento junto da CVM e as que se encontram bloqueadas no Kredietbank S.A. Luxembourgeoise, para efeitos de circulação em Portugal. 2.2. Preço das acções e modo de realização Não aplicável. 2.3. Categoria e forma de representação As 47.908.555 acções da ESFG, representativas da totalidade do seu capital social actual, objecto de admissão à negociação são ordinárias e tituladas, com o valor nominal de 10 Euros cada. As referidas acções podem seguir o regime nominativo ou ao portador, por opção dos respectivos titulares. Contudo, para efeitos da negociação das acções da ESFG na BVLP, as mesmas deverão ser ao portador. Assim, o titular de acções nominativas que pretenda negociá-las na BVLP terá que previamente proceder à sua conversão em acções ao portador. Para o efeito, deve solicitar a conversão ao Kredietbank S.A. Luxembourgeoise quando solicitar junto desta mesma entidade o bloqueio das acções para efeitos de negociação em Portugal (vd. ponto 2.15). 2.4. Modalidade da Oferta Não aplicável. 2.5. Organização e Liderança O intermediário financeiro responsável pelo processo de admissão à negociação da ESFG é o Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.. 2.6. Deliberações, autorizações e aprovação da admissão à negociação O Conselho de Administração da ESFG, reunido em 12 de Maio de 2000, deliberou solicitar aos accionistas da ESFG autorização para requerer a admissão à negociação da totalidade das acções representativas do capital da ESFG no Mercado de Cotações Oficiais da BVLP. Na Assembleia Geral 8 de 26 de Maio de 2000, os accionistas da ESFG tomaram esta deliberação. Mais foi deliberado, em reunião do Conselho de Administração de 19 de Março de 2001, nomear o Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. como seu representante perante as autoridades portuguesas em tudo o relacionado com o processo de admissão à negociação. 2.7. Finalidade da admissão à negociação As acções representativas do capital social da ESFG encontram-se já admitidas à negociação nas Bolsas de Valores do Luxemburgo, Londres (no SEAQ International) e Nova Iorque, nesta última através do sistema de American Depositary Shares (ADSs), correspondendo cada ADS a uma acção ordinária da ESFG . Com a presente admissão, pretende a ESFG aumentar a sua visibilidade e a liquidez das suas acções, sendo certo que os principais activos da Empresa são constituídos por participações em Instituições de Crédito e Seguradoras sediadas em Portugal. 2.8. Período e Locais de Aceitação Não aplicável. 2.9. Resultado da Oferta Não aplicável. 2.10. Direitos de Preferência Não aplicável. 2.11. Direitos Atribuídos As Acções admitidas à negociação na BVLP são ordinárias, conferindo ao seu titular o direito a dividendos, ao voto e aos demais direitos previsto na Lei luxemburguesa das sociedades e nos Estatutos em vigor. Assim, os detentores de Acções têm como direitos principais: (i) o de participar na Assembleia Geral ou de se fazer representar nos termos do Artigo 17º dos Estatutos, e de aí exercer o seu direito de voto (ii) o direito a participação nos lucros; (iii) o direito a quinhoar no activo em caso de liquidação da sociedade e (iv) o direito à informação. a) Participação na Assembleia Geral e Exercício do Direito de Voto De acordo com o Artigo 17 dos Estatutos, a Assembleia Geral é constituída pelos accionistas com direito de voto. A cada acção é conferido um voto, não havendo limite ao número de votos que cada accionista dispõe na Assembleia Geral, quer pessoalmente quer seja representado por outra pessoa, que pode ou não ser accionista, mediante carta endereçada ao Presidente da Mesa (art. 20º dos Estatutos), que pode ser 9 recebida por telegrama, telex ou telefax. De acordo com o artigo 49-5 da Lei de 10/08/1915 (na redacção dada pela Lei de 24 de Abril de 1983), as acções próprias não têm direito a voto. Os membros do Conselho de Administração podem participar e intervir nas reuniões da Assembleia Geral, independentemente de serem ou não accionistas. A lei luxemburguesa estipula que os anúncios de convocatórias para as Assembleias Gerais têm que ser publicados duas vezes, com oito dias de intervalo, no “Luxembourg Mémorial” e noutra publicação luxemburguesa. A segunda publicação deve ser feita com a antecedência mínima de oito dias sobre a data da Assembleia. Se a reunião for adiada por falta de quorum, os novos anúncios convocatórios têm que ser publicados duas vezes nos mesmos locais, com quinze dias de intervalo, tendo o segundo anúncio que ser publicado quinze dias antes da data da nova reunião. De acordo com os Estatutos, a Assembleia Geral anual da ESFG deve ocorrer no Luxemburgo, na última sexta-feira de Maio, às 12 horas, na sede social da Empresa ou noutra morada constante dos anúncios convocatórios. Tal como consta da nota comparativa entre o regime jurídico luxemburguês e o regime jurídico português, constante do ponto 9.2. do presente Prospecto, a lei luxemburguesa não permite aos accionistas de uma empresa como a ESFG o exercício por correspondência dos direitos de voto. Deste modo, os accionistas da ESFG poderão exercer os seus direitos de voto presencialmente ou por intermédio de um representante. A Assembleia Geral poderá deliberar validamente por maioria simples, independentemente do número de acções representadas. Porém, tratando-se de alterações estatutárias, é necessário, em primeira convocação, um quorum de accionistas que perfaçam 50% ou mais das acções, e que a deliberação seja aprovada por uma maioria de 2/3 dos votos dos accionistas presentes ou representados, quer em primeira quer em segunda convocação. b) Participação nos Lucros Nos termos do Art. 22º dos Estatutos, os lucros líquidos da Sociedade apurados em cada exercício, depois de constituídas as reservas legais ou outras que a Assembleia Geral delibere, terão a aplicação que for deliberada pela Assembleia Geral. Nos termos do Artigo 22º dos Estatutos, 5% dos lucros líquidos anuais da empresa têm que ser transferidos para o fundo de reserva legal, até este atingir montante equivalente a 10% do capital emitido. De acordo com o Artigo 22º dos Estatutos, o Conselho de Administração tem poderes para fazer pagamentos de dividendos antecipados, desde que obtenha aprovação dos auditores da ESFG e em conformidade com as condições estabelecidas no Art. 72º-2 da Lei de 15 de Agosto de 1915 sobre sociedades comerciais. Nomeadamente, não podem ser distribuídos dividendos antecipados antes de decorridos seis meses sobre o encerramento do último exercício e deve ser elaborado um balanço especial que ateste a existência de fundos distribuíveis para o efeito. c) Direito ao Remanescente do Activo em Caso de Liquidação Não existindo nos estatutos da ESFG qualquer menção a privilégios especiais no respeitante à participação nos lucros e no remanescente em caso de liquidação, cada accionista terá direito à participação nos mesmos, segundo a proporção dos valores nominais das respectivas participações no capital. d) Direito à Informação Nem a lei luxemburguesa nem as regras da Bolsa do Luxemburgo (IRLSE - Internal Rules of the 10 Luxembourg Stock Exchange) contêm qualquer estipulação que dê aos accionistas da ESFG direito a informação sobre a ESFG para além daquela que é divulgada aos accionistas em Assembleia Geral. Um accionista, quer tenha uma participação de controle ou minoritária, tem o direito de fazer perguntas aos representantes da Empresa durante a Assembleia Geral, desde que essas perguntas sejam relacionadas com a Agenda da reunião. De um modo geral nenhum accionista tem o direito de receber informação ou tem acesso aos livros e outra documentação sobre a Empresa , tendo somente acesso ao registo de accionistas. e) Direito de subscrição preferencial na emissão de novas acções ou de obrigações convertíveis em acções A legislação do Luxemburgo estabelece a favor dos titulares de acções o direito de subscrição preferencial em aumentos de capital ou em emissões de obrigações convertíveis em acções, embora a assembleia geral possa limitar ou mesmo excluir esse direito mediante deliberação aprovada nos termos exigidos para as alterações estatutárias (maxime, terá de ser aprovada por maioria de 2/3 dos direitos de voto). Nos termos do Artigo 5º dos estatutos da ESFG, o Conselho de Administração está autorizado a emitir acções em uma ou várias tranches dentro dos limites do capital autorizado, com afastamento dos direitos de subscrição preferenciais. Essa autorização é válida por um período de 5 anos a partir da data da assembleia geral extraordinária que decidiu a criação de um capital autorizado e pode ser renovada por novos períodos de cinco anos, sendo cada renovação aprovada por uma assembleia extraordinária de accionistas para cada montante do capital autorizado que não esteja nessa data emitido ou por qualquer montante aprovado pela assembleia extraordinária de accionistas. Os direitos de preferência dos accionistas da ESFG em aumentos de capital foram suspensos por um período de 5 anos, por decisão da Assembleia Geral Extraordinária ocorrida em 25 de Setembro de 1997. Caso existam investidores que participem nestas operações e desejem registar as suas Acções em conta junto de um intermediário financeiro nacional, estas Acções deverão ser creditadas na conta do Kredietbank Luxembourg junto do Clearstream, creditando este por sua vez esta posição ao BES Investimento para transferência para o intermediário financeiro custodiante. Não obstante, poderá vir a ser deliberado em Assembleia Geral da ESFG uma operação de aumento de capital com direito de subscrição preferencial pelos accionistas; neste caso, os titulares das acções gozarão de direitos “destacados” das acções designados por “direitos de subscrição”, os quais poderão ser transaccionados autonomamente. A negociação em mercado destes direitos dependerá sempre da solicitação da admissão à negociação dos direitos de subscrição por parte da Entidade Emitente, única entidade competente para o solicitar. Nos termos da lei luxemburguesa (art. 32-3 da Loi du 10 août 1915 concernant les sociétés commerciales (telle que modifiée)), os direitos de subscrição podem ser exercidos durante um período fixado pelo Conselho de Administração, o qual não pode ser inferior a 30 dias contados da data do início do período de subscrição. Deve ser publicado um anúncio informando do início do período de subscrição, no Luxembourg Official Gazette Memorial e em dois jornais publicados no Luxemburgo. Em simultâneo deverá ser publicada igual informação em Portugal. Durante o período em que os direitos de subscrição podem ser exercidos, os titulares das respectivas acções podem optar por negociá-los particularmente. Quanto à sua negociação em mercado, nem a lei reguladora das sociedades nem as regras da Bolsa de Valores do Luxemburgo contêm quaisquer previsões sobre a negociação em bolsa desses mesmos direitos. Assim, os direitos de subscrição só poderão ser negociáveis nesta Bolsa se a Emitente tomar a iniciativa de efectuar um processo específico de admissão à negociação de direitos de subscrição. De referir ainda que, nos termos do art. 32-3 (7) da referida Loi du 10 août 1915 concernant les sociétés commerciales, devem as sociedades colocar à venda os direitos de subscrição que não tenham sido exercidos pelos respectivos detentores durante o período de subscrição, através de um leilão, a realizar na Bolsa de Valores do Luxemburgo, sendo o produto da venda colocado à disposição dos accionistas que eram titulares desses direitos. Tendo em conta a lei pessoal da ESFG e as regras de negociação portuguesas, o regime aplicável em Portugal em caso de aumento de capital da ESFG, com direito de preferência dos accionistas será o 11 seguinte: - Na data “ex-direitos” inicia-se a negociação das acções “ex” em simultâneo na Bolsa do Luxemburgo e na BVLP. Os direitos de subscrição poderão ser transaccionados na BVLP se e durante o período em que possam ser negociados na Bolsa do Luxemburgo, conforme tenha sido previamente definido por deliberação do Conselho de Administração da ESFG. - Nos 3 dias úteis contados a partir da data “ex-direitos” (inclusivé) não será permitida qualquer transferência ficando também vedadas quaisquer entradas ou saídas de Acções da ESFG do sistema centralizado nacional, ficando assim eliminada qualquer hipótese de negociação simultânea de acções com e sem direito a participar no Aumento de Capital. - No 3º dia útil seguinte à data “ex-direitos” (último dia em que não é permitida qualquer transferência de Acções no sistema centralizado nacional) a Interbolsa converte as posições de acções dos IF’s nacionais em “ex-direitos”, procedendo ao destaque e creédito nas contas dos intermediários financeiros relevantes dos direitos de subscrição. - A partir da data “ex-direitos” só poderão ser depositadas e bloqueadas junto do Kredietbank Luxemburgeoise para efeitos de negociação em Portugal, acções relativamente às quais tenha sido já destacado o respectivo “direito de subscrição”. - Durante o período de subscrição os IF’s irão receber e registar no sistema da Interbolsa os pedidos de subscrição apresentados pelos seus clientes, na qualidade de accionistas da ESFG com direito a participar no aumento de capital, de acordo com o coeficiente de subscrição que tiver sido definido; - Não será possível apresentar ordens de subscrição para as acções remanescentes após o exercício de direitos de subscrição (ou seja, não será possível apresentar “pedidos de acções sobrantes”); - Os direitos não exercidos serão cancelados no final do dia útil imediatamente a seguir ao final do período de subscrição; - De acordo com a lei Luxemburguesa a ESFG deverá requerer a admissão à negociação na Bolsa do Luxemburgo, dos direitos de subscrição não exercidos. A negociação destes direitos será normalmente realizada na semana seguinte ao final do período de subscrição após o apuramento dos resultados da subscrição preferencial. Os termos e condições desta venda serão divulgados em Portugal, bem como os resultados da venda desses direitos. - No 2º dia útil após o fecho do período de subscrição a CVM enviará ao BES Investimento, , informação sobre as ordens de subscrição recolhidas, a quantidade de direitos de subscrição que não tenham sido exercidos e da distribuição dessas quantidades por Intermediário Financeiro;. - A liquidação financeira das acções correspondentes ao exercício de direitos e aos direitos subscrição não exercidos e vendidos em leilão, será efectuada até à data de realização Assembleia Geral de accionistas, ou por delegação desta, até à reunião do Conselho Administração que vier a precisar a quantidade exacta de novas acções a emitir, resultantes total de subscrições recolhidas. - O pagamento das subscrições será efectuado em Portugal no mesmo dia do pagamento no Luxemburgo. O processamento do pagamento será efectuado por instruções da Interbolsa aos intermediários financeiros relevantes ou, se essa situação não fôr viável, através de liquidação particular organizada pelo BES Investimento;. - Após a emissão das novas acções da ESFG em resultado do Aumento de Capital, a parte das acções respeitantes ao mercado português serão creditadas na conta do Kredietbank Luxembourg junto do Clearstream, creditando este por sua vez esta posição ao BES Investimento. A CVM por sua vez, converterá, nas contas dos IF’s envolvidos, o registo das acções em definitivo. de da de do f) Direito ao recebimento de novas acções em caso de aumento de capital por incorporação de reservas. Cabe à Assembleia Geral, ou ao Conselho de Administração por delegação da primeira, fixar a “record date” – data em que quem detiver acções terá direito à atribuição adicional de acções na 12 proporção das acções detidas nessa data. Assim, em caso de aumento de capital por incorporação de reservas, direito à atribuição automática de novas acções. os titulares das Acções têm Pode no entanto acontecer que, por força do rácio de atribuição de novas acções, hajam accionistas que tenham direito a um número fraccionado de novas acções. Nem a lei Societária do Luxemburgo, nem a regulamentação bolsista deste país, contêm disposições relativas aos direitos sobrantes de incorporação, competindo assim à Assembleia Geral decidir a forma como serão processados esses mesmos direitos. Assim e conforme venha a ser deliberado em Assembleia geral de accionistas, a Emitente poderá realizar o pagamento das “acções fraccionadas” em dinheiro aos detentores desses direitos. Caso haja lugar ao pagamento deste valor a correspondente informação deverá ser comunicada ao mercado, bem como atempadamente divulgada pela ESFG (através do BES Investimento) à CVM, por forma a que esta instituição possa proceder à sua divulgação oportuna junto dos restantes IF’s Portugueses. O processamento em Portugal será efectuado de acordo com a informação fornecida pelos intermediários financeiros para este efeito. Os procedimentos a adoptar em Portugal no caso de aumento de capital da ESFG por incorporação de reservas será o seguinte: - No dia útil seguinte à data referência para efeitos de cálculo das posições de Acções para participar na operação, a negociação de acções “ex-direitos” terá início em simultâneo na Bolsa do Luxemburgo e na BVLP. Nos 3 dias úteis seguintes a esta data de referência não será permitida qualquer transferência,ficando também vedadas quaisquer entradas ou saídas de Acções do sistema centralizado nacional, por forma a eliminar qualquer hipótese de negociação simultânea de acções com e sem direito a participar no Aumento de Capital; - No final do 3º dia a CVM converte as posições de acções dos IF’s nacionais em “ex-direitos”, procedendo ao destaque dos direitos correspondentes; - Em principio, não deverá ocorrer negociação dos direitos de incorporação em operações de Aumentos de Capital da ESFG por incorporação de reservas ou equiparados; - Após a emissão das novas acções da ESFG em resultado de Aumentos de Capital com esta natureza, a parte das acções respeitantes ao mercado português, será creditada na conta do Kredietbank Luxembourg junto do Clearstream, creditando este por sua vez esta posição ao BES Investimento. A CVM por sua vez, procederá nessa altura à conversão, nas contas dos IF’s envolvidos, do registo das acções para definitivo. Caso haja lugar ao pagamento das “acções fraccionadas” em dinheiro, o pagamento desse valor será efectuado na mesma data. 2.12. Dividendos e outras remunerações As Acções conferem todos os direitos aos dividendos e outras distribuições que venham a ser declaradas, pagas ou realizadas. De acordo com o direito luxemburguês, compete à assembleia geral anual ordinária da ESFG, podendo no entanto esta delegar essa competência no conselho de administração, fixar a “data exdividendos” (ou seja, o dia em que as acções já não incorporam o direito ao dividendo) bem como a data de pagamento dos dividendos. Esta informação deverá ser fornecida à CVM pelo BES Investimento, na qualidade de intermediário financeiro de interligação. Se o período que medeia entre a data de referência para determinação das Acções com direito a receber os dividendos e a data de pagamento dos dividendos for suficientemente alargado, o pagamento aos accionistas em Portugal deverá ocorrer na mesma data em que tem lugar o pagamento dos dividendos no Luxemburgo. A Bolsa de Valores do Luxemburgo exige que seja publicado um anúncio pelo menos num jornal luxemburguês, que informe o montante dos dividendos, a data de pagamento, a dividend record date (data a partir da qual as acções são adquiridas já sem direito ao dividendo) e o modo de pagamento dos dividendos (em simultâneo deverá ser publicada igual informação em Portugal). Quanto às Acções que se encontrem bloqueadas no Kredietbank para efeitos de negociação em Portugal na data de referência, o Kredietbank destacará o cupão relativo aos dividendos em causa, e durante os 3 dias 13 úteis seguintes não será permitido qualquer entrada ou saída de Acções do sistema centralizado nacional, eliminando-se assim qualquer hipótese de duplicação no pagamento dos dividendos. No final do 3º dia útil a CVM irá converter as posições de Acções da ESFG depositadas em intermediários financeiros nacionais para a situação ex-dividendos e guardará este registo para efeitos da liquidação dos montantes a pagar. Na data de pagamento dos dividendos proceder-se-á à sua entrega, tendo em conta o número de acções da ESFG existente em cada intermediário financeiro na data de referência acima mencionada. O processamento será efectuado por instruções da CVM para o crédito das contas dos Intermediários Financeiros relevantes junto do Banco de Portugal. Nos termos do contrato celebrado entre o BES Investimento e a ESFG, será o BES Investimento o agente pagador em Portugal,no âmbito das suas funções enquanto Intermediário Financeiro de Interligação. De acordo com a lei luxemburguesa o crédito do accionista à sua parte nos lucros caduca decorridos cinco anos sobre a deliberação de atribuição de lucros, embora a ESFG possa decidir efectuar o pagamento do dividendo mesmo depois deste prazo ter expirado. 2.13. Serviço financeiro Os rendimentos das acções que os respectivos titulares tenham registadas em contas de valores mobiliários junto de intermediários financeiros integrantes do Sistema português de negociação e liquidação, serão pagos através da Central de Valores Mobiliários tal como consta do ponto 2.12 do Presente Prospecto. O serviço financeiro das Acções, nomeadamente no que respeita ao pagamento de dividendos, será assegurado pelo Banco Espirito Santo de Investimento, o qual assumiu a função de “agente pagador” em contrato celebrado com a ESFG. 2.14. Regime fiscal O regime fiscal das acções define-se pela legislação fiscal do Luxemburgo e de Portugal. Encontra-se também em vigor, desde 20 de Dezembro de 2000, uma Convenção entre Portugal e o Grão-Ducado do Luxemburgo para evitar a dupla tributação. Porém, nos termos do art. 29º desta Convenção, a mesma não se aplica às sociedades, nem aos rendimentos por elas distribuídos, “que beneficiem de um tratamento fiscal especial”. O Protocolo adicional à Convenção, celebrado em 25 de Maio de 1999, veio estabelecer no seu art. 29º que as sociedades “que beneficiem de um tratamento fiscal especial” são as sociedades holding, no sentido da legislação luxemburguesa, que se regem pela Lei de 31 de Julho de 1929 e pela decisão grã-ducal de 17 de Dezembro de 1938. Por conseguinte, a referida Convenção não se aplica à tributação das Acções. 2.14.1. Dividendos 2.14.1.1. Tributação no Luxemburgo: Os dividendos e outros rendimentos distribuídos e equiparados a lucros pelo normativo fiscal, obtidos por entidades não residentes no Luxemburgo, e que aí não possuam estabelecimento estável, estão isentos de imposto sobre o rendimento. Decorre que os dividendos a pagar pela ESFG a investidores em Portugal não estarão sujeitos a qualquer retenção no Luxemburgo, pagando a Empresa o valor bruto. Tratando-se de entidades residentes no Luxemburgo, os rendimentos das Acções são integráveis na matéria colectável sujeita a imposto sobre o rendimento, sendo aplicável uma taxa de 37,45% para a 14 generalidade das pessoas colectivas e uma taxa máxima de 46% para as pessoas singulares. 2.14.1.2. Tributação em Portugal: Os dividendos distribuídos a residentes estão sujeitos a retenção na fonte à taxa de 25%, tanto para efeitos de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (“IRS”) como de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (“IRC”), sendo essa retenção efectuada por cada Intermediário Financeiro que coloque à disposição dos respectivos titulares residentes em Portugal, dividendos de acções da ESFG. Nos termos do art. 31º do EBF, 20% do valor dos dividendos de acções admitidas à negociação em bolsa encontra-se isento de IRS e de IRC, pelo que a taxa efectiva de retenção é de 20% (25%*80%). No entanto, prevê a lei que este benefício deixe de ser aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2002. No caso de pessoas singulares, embora a retenção na fonte tenha carácter liberatório, os dividendos são todavia englobados para efeitos de determinação da taxa de IRS aplicável ao respectivo sujeito passivo, que pode ser no máximo de 40%. A partir de 1 de Janeiro de 2002 o englobamento passará a operar igualmente para efeitos de tributação. No caso de pessoas colectivas, a retenção na fonte tem a natureza de pagamento por conta da tributação anual efectiva calculada sobre os lucros daquelas. A taxa de IRC é actualmente de 32%, ao que acresce a derrama municipal a uma taxa que pode ascender a 10% sobre aquela. Daqui resulta uma taxa efectiva na maior parte dos casos de 35,2%. Quando os accionistas beneficiem de isenção total ou parcial de IRS ou de IRC, a retenção na fonte não se efectuará, no todo ou em parte, consoante os casos, desde que seja feita a prova pelos sujeitos passivos, perante a entidade pagadora, da isenção de que aproveitam. Estão dispensados de retenção na fonte de IRC, quando esta tenha natureza de imposto por conta, os dividendos de que sejam titulares instituições financeiras sujeitas, em relação a estes, a IRC. Verificase, ainda, a dispensa de retenção na fonte quando o beneficiário dos dividendos for uma Sociedade Gestora de Participações Sociais (SGPS), relativamente a determinadas participações qualificadas, quando se trate de entidade que pertença, juntamente com a sociedade que distribui os dividendos, a um grupo abrangido pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades relativamente aos rendimentos gerados durante a aplicação do mesmo, ou quando tal entidade detiver na sociedade que distribui os dividendos uma participação de pelo menos 25% e a possua, de modo ininterrupto, durante os dois anos anteriores à data da colocação dos dividendos à disposição. Se a participação corresponder a pelo menos 25% do capital da sociedade participada e for detida há pelo menos dois anos consecutivos ou se detida há menos tempo, desde que a participação seja mantida durante o tempo necessário para completar tal prazo, é dedutível, ao rendimento da sociedade participante, a totalidade dos dividendos recebidos (entre outras, as sociedades de investimento e as sociedades gestoras de participações sociais podem beneficiar desta dedução independentemente do cumprimento das referidas condições). Não se verificando nenhuma das condições acima referidas, a entidade participante poderá beneficiar de um crédito de imposto de 60% do IRC suportado pela participada, nas condições estabelecidas no artigo 58º e 72º do Código do IRC. A retenção do imposto devido pela parte das Acções bloqueadas em Portugal e a sua entrega às autoridades fiscais será da responsabilidade do BES Investimento. Para o cumprimento das suas funções o BES Investimento deverá dispor atempadamente dos documentos comprovativos da situação de dispensa de retenção na fonte de que beneficiem quaisquer accionistas da ESFG. 2.14.2. Mais-valias A lei luxemburguesa não prevê a tributação de mais-valias realizadas com a transmissão das acções, sejam os respectivos accionistas residentes ou não residentes. Em Portugal, as mais-valias realizadas com a transmissão de acções estão sujeitas a tributação nos termos previstos nos Códigos do IRS, do IRC e no EBF, nos termos seguintes: 15 Sobre as mais-valias apuradas na transmissão onerosa de acções por pessoas singulares residentes em território português haverá lugar a tributação, mediante englobamento aos demais rendimentos de outras categorias, em função do período de detenção dos correspondentes títulos. Assim, será sujeito a tributação o saldo das mais e menos-valias realizadas em cada ano nas seguintes percentagens: - 75% quando o período de detenção não exceda 12 meses; - 60% quando o período de detenção se situe entre 12 e 24 meses; - 40% quando o período de detenção se situe entre 24 e 60 meses; - 30% quando o período de detenção se situe entre 60 meses ou mais meses. Caso a mais-valia apurada seja inferior a Esc. 200.000 não haverá lugar a tributação em IRS, apesar de haver lugar a englobamento, para efeitos de determinação da correspondente taxa de tributação do sujeito passivo. Pessoas colectivas: As mais-valias realizadas na transmissão onerosa de partes sociais estão sujeitas à taxa normal de IRC (32%, eventualmente acrescida de derrama à taxa máxima de 3,2%). As mais-valias apuradas por SGPS's, resultantes da venda ou troca de quotas ou acções, sempre que o respectivo valor de realização seja reinvestido na aquisição de outras quotas, acções ou títulos da dívida pública nacional, são tributadas em cinco exercícios, em 1/5 do respectivo valor no exercício da correspondente realização e os remanescentes 4/5 nos quatro exercícios subsequentes, por força da remissão efectuada pelo Decreto-Lei n.º 495/88, de 30 de Dezembro, para o artigo 44.º do Código do IRC. As mais-valias suspensas, às quais foi aplicado o anterior regime, serão tributadas em 10 anos. 2.14.3. Imposto sobre Sucessões e Doações Os dividendos pagos pela ESFG não estão sujeitos a retenção na fonte em sede de Imposto sobre Sucessões e Doações por avença. Em caso de decesso do titular das acções, e se as mesmas forem herdadas por pessoas singulares residentes em Portugal, devem as mesmas ser mencionadas na relação de bens a entregar à competente Repartição de Finanças para o efeito de aplicação do Imposto Sucessório. 2.15. Regime de transmissão Para efeitos de negociação e circulação em Portugal das acções, foi celebrado entre o Banco Espírito Santo de Investimento e o Kredietbank S.A. Luxembourgeoise, um “Contrato de prestação de serviços para controlo de acções em circulação em Portugal emitidas por sociedade com sede no estrangeiro”, nos termos do qual as entidades contraentes assumiram respectivamente as funções de “Intermediário Financeiro de Interligação” (IFI) e de “Entidade Depositária Estrangeira” (EDE). A legislação portuguesa estabelece um conjunto de procedimentos para efeitos de “entrada” e “saída” de Acções de circulação em Portugal, nomeadamente para efeitos de negociação na BVLP. Assim, o início da circulação em Portugal de Acções, exige que sejam adoptados os seguintes procedimentos: 1. o titular das Acções deve previamente registá-las junto do Kredietbank S.A. Luxembourgeoise; o titular das acções deve igualmente informar o Kredietbank S.A. Luxembourgeoise de qual seja o intermediário financeiro integrante do sistema português de registo e controlo de valores mobiliários, que vai ser incumbido de dar a ordem de venda das acções na BVLP; caso as Acções sejam nominativas, o seu titular deverá solicitar que passem a seguir o regime de acções ao portador, sendo que o Kredietbank é entidade devidamente habilitada para proceder a essa conversão; 2. o Kredietbank S.A. Luxembourgeoise deverá proceder ao bloqueio das ACÇÕES a circular em 16 Portugal junto da CLEARSTREAM (entidade de controlo dos valores mobiliários no presente caso) e transmitir essa informação ao Banco Espírito Santo de Investimento; o Kredietbank S.A. Luxembourgeoise deverá igualmente informar o Banco Espírito Santo de Investimento de qual é o intermediário financeiro integrante do sistema português de valores mobiliários, que vai ficar incumbido de proceder à venda das acções; 3. o Banco Espirito Santo de Investimento deve transmitir essa informação à CVM para efeitos de registo das Acções numa “conta de emissão especial” aberta em nome do BES Investimento junto da CVM; 4. a CVM credita a conta do intermediário financeiro integrante do sistema português de valores mobiliários, podendo este a partir desse momento dar ordens de venda das acções. A partir do momento em que o Kredietbank S.A. Luxembourgeoise tenha depositadas e bloqueadas as acções, os passos posteriores supra descritos traduzem-se em comunicações que podem ser efectuadas em muito pouco tempo. A legislação do Luxemburgo não contempla quaisquer regras que tornem obrigatório o lançamento de uma oferta publica de aquisição (OPA), em qualquer circunstância. 2.16. Montante líquido da Oferta Não aplicável. 2.17. Títulos Definitivos Não aplicável. 2.18. Admissão à negociação As acções da ESFG encontram-se já admitidas à negociação nas Bolsas de Valores do Luxemburgo, de Londres (no SEAQ International) e de Nova Iorque (aqui sob a forma de American Depositary Shares, correspondendo cada ADS a uma acção ordinária da ESFG). Prevê-se que a admissão à negociação na BVLP ocorra dentro do prazo de 8 dias úteis contados após a aprovação da admissão por parte da BVLP. 2.19. Contratos de fomento Foi celebrado um contrato de liquidez entre a ESFG e a Espírito Santo Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem, S.A., com a finalidade de permitir a formação em Portugal de um mercado regular para as acções da ESFG. Esse contrato vigorará pelo período de 3 meses contados a partir da data da admissão à negociação no Mercado de Cotações Oficiais das Acções da ESFG, podendo ser renovado por iguais períodos, por acordo das partes e mediante autorização prévia da BVLP, encontrando-se os seus termos integralmente reproduzidos no Cap. 10 do presente Prospecto. 17 2.20. Valores Mobiliários admitidos à negociação As acções da ESFG encontram-se já admitidas à negociação nas Bolsas de Valores do Luxemburgo, de Londres (no SEAQ International) e de Nova Iorque (aqui sob a forma de American Depositary Shares, correspondendo cada ADS a uma acção ordinária da ESFG). A ESFG não tem quaisquer valores mobiliários admitidos à negociação, para além das acções representativas do seu capital. 2.21. Ofertas públicas relativas a valores mobiliários Durante o último exercício e o exercício em curso, a ESFG não lançou quaisquer ofertas públicas sobre valores mobiliários nem alguma entidade lançou qualquer oferta pública sobre valores mobiliários emitidos pela ESFG. O Banco Espírito Santo, S.A. lançou em Julho de 2000 uma Oferta Pública de Subscrição de 82.500.000 acções, no valor nominal de 5 Euros cada, nas seguintes modalidades: 1. 44.650.000 acções atribuídas gratuitamente aos accionistas, visto corresponderem a um aumento de capital por incorporação de reservas; 2. 29.375.000 acções reservadas à subscrição dos accionistas, ao preço de 11 Euros por acção; 3. 2.475.000 acções reservadas à subscrição de trabalhadores do Banco Espírito Santo e demais instituições de crédito e sociedades financeiras incluídas no âmbito de supervisão em base consolidada a que aquele Banco está sujeito (e ainda dos trabalhadores do Agrupamento Complementar de Empresas de que aquele Banco é membro agrupado), ao preço de 11,50 Euros por acção; 4. 6.000.000 de acções destinadas à subscrição preferencial da Portugal Telecom, S.A., ao preço de 17 Euros por acção. As acções foram integralmente colocadas nas suas diversas tranches. O Anúncio de Lançamento desta Oferta Pública de Subscrição foi publicado no Boletim de Cotações da BVLP do dia 28 de Junho de 2000 e no Diário de Notícias do dia 29 de Junho de 2000, e pode ser consultado, em conjunto com o Prospecto da Oferta, na sede do Banco Espírito Santo, S.A. (Avenida da Liberdade, nº 195, Lisboa). Também no decorrer do ano 2000, o Banco Espírito Santo, S.A., lançou uma Oferta Pública Geral de Aquisição sobre a totalidade das acções representativas do capital social do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. que ainda não se encontravam na sua titularidade. O objecto da oferta consistia em 14.000.000 de acções, excluindo 6.823.675 acções do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., correspondentes a 48,74% do capital social que já se encontravam na sua titularidade. Em sessão especial de bolsa, realizada no dia 20 de Abril de 2000, o BES passou a deter 13.833.405 acções do BES Investimento correspondentes a 98,81% do capital social, após ter adquirido, nessa sessão, 7.009.730 acções. Nos termos previstos no artigo 194.º do Código dos Valores Mobiliários, o Banco Espírito Santo, S.A. tornou público, por Anúncio publicado no Boletim da BVLP de 22/05/2000 e no jornal Diário de Notícias de 23/05/2000, a decisão de adquirir, potestativamente, as 166.595 acções emitidas pelo BES Investimento, S.A. que ficaram por adquirir, oferecendo como contrapartida 15,55 euros por acção. Nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 1 do art.º 195.º do Código dos Valores Mobiliários, a aquisição potestativa acima referida foi registada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o n.º 8862, através de despacho do seu Conselho Directivo de 29 de Maio de 2000. O anúncio de lançamento da Oferta Pública de Aquisição foi publicado no Boletim de Cotações da Bolsa de Valores de Lisboa do dia 16 de Março de 2000 e no “Diário de Notícias” do dia 18 de Março de 2000, podendo ser consultado, em conjunto com a Nota Informativa na Sede do Banco Espírito 18 Santo de Investimento, S.A. (Rua Alexandre Herculano, n.º 38, Lisboa). Ainda no decorrer do ano 2000, a PARTRAN – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., lançou uma Oferta Pública Geral de Aquisição sobre a totalidade das acções representativas do capital social da Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. que ainda não se encontravam na sua titularidade. O objecto da oferta consistia em 19.000.000 de acções, excluindo 9.759.992 acções correspondentes a 51,37% do capital social e igual percentagem de direitos de voto, que já eram detidas pela Oferente. Em sessão especial de bolsa, realizada no dia 4 de Julho de 2000, a PARTRAN passou a deter 18.709.598 acções representativas de 98,471% do respectivo capital social e dos respectivos direitos de voto da Companhia de Seguros TRANQUILIDADE. Nos termos previstos no artigo 194.º do Código dos Valores Mobiliários, a PARTRAN tornou público, por Anúncio publicado no Boletim de Cotações da BVLP de 17/07/2000 e no jornal Diário de Notícias de 18/07/2000, a decisão de adquirir, potestativamente, as 290.402 acções emitidas pela Companhia de Seguros TRANQUILIDADE que ficaram por adquirir, oferecendo uma contrapartida de 33 euros por acção. Nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 1 do art.º 195.º do Código dos Valores Mobiliários, a aquisição potestativa acima referida foi registada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o n.º 8880, através de despacho do seu Conselho Directivo de 27 de Julho de 2000. O anúncio de lançamento e a Nota Informativa da Oferta Pública de Aquisição foram publicados no Boletim de Cotações da Bolsa de Valores de Lisboa do dia 18 de Maio de 2000 e no “Diário de Notícias” do dia 19 de Maio de 2000, podendo ser consultados na Sede do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (Rua Alexandre Herculano, n.º 38, Lisboa). Em Maio de 2001, a ESFG, através da sua participada ESFIL (Espírito Santo Financière, SA), lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre os 25,9% do capital do VIA Banque ainda não detidas, correspondentes a 1.383.197 acções, na Bolsa de Paris. A contrapartida oferecida foi de 40 Euros por acção. Em resultado desta Oferta Pública de Aquisição, a qual terminou em 15 de Junho de 2001, a ESFG (através da sua participada detida a 100%, ESFIL), passou a deter 98,52% do capital do VIA Banque. Em seguida e de acordo com a regulamentação francesa, a ESFIL lançou uma nova Oferta sobre as acções do VIA Banque ainda não detidas. Em resultado desta Oferta a ESFIL passou a deter em 17 de Julho de 2001, 100% do capital do Via Banque, tendo o Via Banque sido retirado de cotação da Bolsa de Paris. A contrapartida oferecida para esta oferta foi igual à anterior, ou seja, de 40 Euros por acção. 2.22. Outras Ofertas Nem simultaneamente nem em data aproximada à data em que foi solicitada a admissão à negociação das Acções da ESFG, foram subscritas ou colocadas de forma particular Acções da mesma categoria, nem foram criadas outras categorias tendo em vista a sua colocação pública ou particular. 19 3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMITENTE 3.1. Informações relativas à Administração e à Fiscalização 3.1.1. Composição São órgãos sociais a Assembleia Geral e o Conselho de Administração. O Conselho de Administração é composto por pelo menos 3 membros eleitos em Assembleia Geral por mandatos de um período máximo de 6 anos, podendo ser permitida a sua reeleição. A supervisão da ESFG (“surveillance”) encontra-se confiada a um “comissaire aux comptes” – a PricewaterhouseCoopers, sàrl. A composição da Administração da ESFG, nomeada em Assembleia Geral de 31 de Maio de 1996 para exercer funções até 2002, é a seguinte: Presidente: Vice Presidente: Vogais: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva António Luís Roquette Ricciardi Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva Mário Mosqueira do Amaral Manuel de Magalhães Villas-Boas Jackson Behr Gilbert Tiberto Ruy Brandolini d`Adda Patrick Monteiro de Barros Augusto Athayde Soares de Albergaria Rui Barros Costa Robert Studer Philippe Guiral Carlos Augusto Machado de Almeida Freitas Anibal da Costa Reis de Oliveira Juan Villalonga Navarro Pedro Guilherme Beauvillain de Brito e Cunha Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida José Maria Espirito Santo Silva Ricciardi Os administradores Rui Barros Costa, Robert Studer e Philippe Guiral foram nomeados, respectivamente, em 1997, 1999 e 2000. Os 6 últimos Administradores indicados foram nomeados em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 25 de Maio de 2001, tendo já sido objecto de pedido de registo junto da competente Conservatória do registo Comercial do Luxemburgo. Os principais elementos curriculares dos membros da Administração da ESFG, incluindo actividades 20 noutras empresas, são os seguintes: Ricardo Espírito Santo Silva Salgado . Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL)SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da ESFG Overseas Ltd. . Vice-Presidente do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. (ESPANHA) . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO DO ORIENTE, SARL . Vice-Presidente do Conselho de Administração do ESPÍRITO SANTO BANK OF FLORIDA . Vogal do Conselho de Administração da COMPAGNIE BANCAIRE ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da CARIGES, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESCA PARTICIPATION LIMITED . Vogal do Conselho de Administração do BANQUE ESPÍRITO SANTO ET DE LA VÉNÉTIE, S.A. . Presidente do Conselho de Administração do BANK ESPÍRITO SANTO (INTERNATIONAL) LIMITED . Vogal do Conselho de Administração da ESFINT HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO RESOURCES LIMITED . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da E.S. CONTROL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO BP INVEST, S.A. . Director da MAES-ADMINISTRAÇÃO, PARTICIPAÇÕES E CONSULTORIA, S.A. . Director da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL SERVICES, INC . Vice-Presidente do Conselho de Administração da E.S. HOLDING ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES, S.A. . Vogal do Conselho de Administração PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da ESAF-ESPÍRITO SANTO ACTIVOS FINANCEIROS, SGPS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO OVERSEAS, LTD. . Vogal do Conselho de Administração da BES FINANCE, LTD. . Vogal do Conselho de Administração da BES OVERSEAS, LTD. Administração 21 da da da da BESPAR-SOCIEDADE GESTORA DE PARTRAN-SOCIEDADE GESTORA DE FINPETRO-SOCIEDADE GESPETRO-SOCIEDADE GESTORA GESTORA DE DE . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO BVI PARTICIPATION . Vogal do Conselho de Administração da E.S. CONTROL (BVI), S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL (BVI), S.A. . Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (BVI), S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INDUSTRIAL (BVI), S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO PROPERTY (BVI), S.A. . Vogal do Conselho de Administração da GESOR, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da NOVAGEST ASSETS MANAGEMENT, LTD. José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESFG Overseas Ltd. . Vice-Presidente do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. (ESPANHA) . Vogal do Conselho de Administração do BANQUE ESPÍRITO SANTO ET DE LA VÉNÉTIE, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da BESPAR-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da COMPAGNIE BANCAIRE ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da E.S. HOLDING - ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da E.S. CONTROL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESAF- ESPÍRITO SANTO ACTIVOS FINANCEIROS, SGPS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO SERVICES, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO BANK . Vice-Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL)SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INVERSIONES, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO OVERSEAS, LTD. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO RESOURCES LIMITED . Vogal do Conselho de Administração da EUROP ASSISTANCE-COMPANHIA PORTUGUESA SEGUROS ASSISTÊNCIA, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da FIDUPRIVATE-SOCIEDADE DE SERVIÇOS, CONSULTADORIA, ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da GESPETRO- SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da PARFIL- SOCIEDADE DE GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SGPS, LDA. . Presidente do Conselho de Administração 22 da QUINTA DOS CÓNEGOS-SOCIEDADE IMOBILIÁRIA, S.A. . Vogal do Conselho de PARTICIPAÇÕES, S.A. Administração da SEICOR-COMÉRCIO ADMINISTRAÇÃO E António Luís Roquette Ricciardi . Presidente do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO RESOURCES LIMITED . Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL HOLDING, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da E.S. CONTROL HOLDING, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da ESFINT HOLDING, S.A. . Presidente Honorário do BANQUE ESPÍRITO SANTO ET DE LA VÉNÉTIE, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da GESPETRO -SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Presidente do Conselho de Administração da FINPETRO -SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vice-Presidente do Conselho de Administração da BESPAR -SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vice-Presidente do Conselho de Administração da PARTRAN - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da COMPAGNIE BANCAIRE ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da PETROCONTROL- SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO SERVICES, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral do BANCO INTERNACIONAL DE CRÉDITO, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da QUINTA DOS CÓNEGOS-Sociedade Imobiliária,S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da GESTRES -Gestão Estratégica Espírito Santo, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ESPÍRITO SANTO HOTÉIS, SGPS, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FINGES-Serviços de Consultoria, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ESPÍRITO SANTO RESOURCES (PORTUGAL), S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ESPÍRITO SANTO TOURISM (PORTUGAL)Consultoria de Gestão Empresarial, S.A. Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva . Presidente do Conselho de Administração da EUROAMERICAN FINANCE CORPORATION, INC. . Presidente do Conselho de Administração da THE ATLANTIC COMPANY, LIMITED . Presidente do Conselho de Administração da E.S. CAPITAL-Sociedade de Capital de Risco, S.A. 23 . Vice-Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO RESOURCES, LIMITED . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da E.S. CONTROL (BVI), S.A. . Vogal do Conselho de Administração da E.S. CONTROL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO SERVICES, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO BANK OF FLORIDA . Vogal do Conselho de Administração da BESPAR-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da PARTRAN-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da GESPETRO-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. da SANTOGAL-SOCIEDADE GESTORA DE . Vogal do Conselho de Administração da Sociedade de Investimentos Imobiliários SODIM, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da TELEPRI-Telecomunicações Privadas, SGPS, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ESPART-Espírito Santo Participações Financeiras, SGPS, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da QUINTA PATINO-Sociedade de Investimentos Turísticos e Imobiliários, S.A. Mário Mosqueira do Amaral . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração do BANQUE ESPÍRITO SANTO ET DE LA VÉNÉTIE, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da PARTRAN-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da BESPAR-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESFG Overseas Ltd. . Vice-Presidente do Conselho de Administração da E.S. CONTROL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da E.S. SERVICES . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO RESOURCES LIMITED . Vice-Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da GESPETRO-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da COMPAGNIE BANCAIRE ESPÍRITO SANTO, S.A. . Presidente do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO NORTH AMERICAN CORPORATION . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INVESTMENT MANAGEMENT 24 . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO OVERSEAS, LTD. . Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral do BANCO INTERNACIONAL DE CRÉDITO, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da GESFIMO-ESPÍRITO SANTO, IRMÃOS-SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da TELEPRI-TELECOMUNICAÇÕES PRIVADAS, SGPS, S.A. Manuel de Magalhães Villas-Boas . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração do BANK ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL LIMITED . Vogal do Conselho de Administração do ESPÍRITO SANTO INVESTMENT MANAGEMENT . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A. . Vice-Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO OVERSEAS LIMITED . Vogal do Conselho de Administração da BES OVERSEAS LIMITED . Vogal do Conselho de Administração da ESFG OVERSEAS LIMITED Jackson Behr Gilbert . Presidente do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL SERVICES, INC. . Presidente do Conselho de Administração do ESPÍRITO SANTO BANK . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. . Vogal do Conselho de Administração do BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. (ESPANHA) . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INVERSIONES . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO PROPERTIES . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO OVERSEAS LTD. Tiberto Ruy Brandolini d’ Adda . Administrador Delegado - Exor Group . Vogal do Conselho de Administração, membro do Comité Executivo da EFIL-Finanziaria di Participazioni S.A. . Presidente do Conselho Fiscal do Club Mediterranée . Vice-Presidente do Conselho Fiscal do Worms & Cie. . Gerente da Château Margaux . Vogal do Conselho de Administração da Société Foncière Lyonnaise . Vogal do Conselho de Administração da Bollore Investissement . Vogal do Conselho de Administração do Club Mediterranée Inc. . Vogal do Conselho de Administração do Le Continent I.A.R.D. . Vogal do Conselho de Administração do Le Continent-Vie . Vogal do Conselho de Administração da Européenne de Financement 25 . Vogal do Conselho de Administração da Soficol . Presidente, Director Geral de Domaines Codem S.A. . Vogal do Conselho de Administração da EXINT Patrick Monteiro de Barros . Presidente da ARGUS RESOURCES (UK) LIMITED . Presidente da TOSCO CORPORATION Augusto Athayde Soares de Albergaria . Vogal do Conselho de Administração da BESPAR . Vogal do Conselho de Administração da Espírito Santo Financial (Portugal) Rui Barros Costa . Vogal do Conselho de Administração da E.S. CONTROL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração do BANK ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL LIMITED . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO INTERNATIONAL HOLDING, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO RESOURCES LTD. . Director da ESPÍRITO SANTO PROPERTY HOLDING, S.A. . Director da ESPÍRITO SANTO INDUSTRIAL, S.A. .Vogal do Conselho de DEVELOPMENT LIMITED Administração da ESPÍRITO SANTO AGRICULTURE . Presidente do Conselho de Administração da ESFIL-ESPÍRITO SANTO FINANCIÈRE, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da SPAINVEST, S.A. Robert Studer . Vogal do Conselho de Administração da Schindler Holding S.A. . Vogal do Conselho de Administração da BASF AG. . Vogal do Conselho de Administração da Elf Aquitaine S.A. . Vogal do Conselho de Administração da Renault S.A. . Membro do European Advisory Committee da Bolsa de Nova Iorque Philippe Guiral . Presidente da Gamma-Investissement . Vogal do Conselho de Administração do Via Banque Carlos Augusto Machado de Almeida Freitas 26 AND . . . . . . Presidente do Conselho de Administração da “António de Almeida & Filhos – Têxteis, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração da “Têxtil Tearfil, S.A.” Administrador da “Predicónegos – Imobiliária de Moreira de Cónegos, Lda.” Administrador da “Casa de Passarinhos – Gestão e Investimento, S.A.” Membro do Conselho Geral da “Associação Portuguesa de Têxteis e Vestuário” Membro do Conselho Fiscal do Banco Internacional de Crédito, S.A. Anibal da Costa Reis de Oliveira . . . . . . . . . . Administrador da Fábrica Têxtil Riopele, S.A. Administrador da DILIVA – Sociedade de Investimentos Imobiliários, S.A. Administrador da FILATEX Têxteis, S.A. Administrador da URPOR – Imobiliária, S.A. Membro do Conselho de Gerência da OLINVESTE, SGPS, Lda. Membro do Conselho de Gerência da OLICOR Têxteis, Lda. Membro do Conselho de Gerência da AURECOM – Automóveis, Reparações e Comércio, Lda. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia da OLFIL Têxteis, S.A. Presidente do Conselho de Administração da ACRO, SGPS, S.A. Administrador não executivo do Banco Espírito Santo, S.A. Juan Villalonga Navarro Foi Presidente e CEO do Grupo Telefónica, a principal empresa de telecomunicações espanhola. Anteriormente foi responsável pelas actividades da Bankers Trust em Espanha e Portugal e pelos seus investimentos europeus em empresas não cotadas. Antes de integrar no Bankers Trust foi CEO do Credit Suisse First Boston em Espanha. Iniciou a sua carreira na empresa de consultoria internacional McKinsey & Co., onde chegou a partner, tendo estado várias vezes sediado nos EUA, Portugal, Itália e Espanha. Pedro Guilherme Beauvillain de Brito e Cunha . . . . . . . . . . . . . Administrador-Delegado e Fundador da Sedgwick James Group Portugal Administrador-Delegado da Angaros, Lda. Portugal Administrador da Sedgwick Española de Reaseguros, S.A. Administrador da Sedgwick James Europe Group, Ltd. (UK) Administrador da Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. Administrador da Companhia Sopete Golf Presidente do Conselho de Administração da Europ Assistance – Companhia Portuguesa Administrador da Companhia de Seguros Tranquilidade Vida, S.A. Administrador da Vila Pasadena – Sociedade de Administração de Bens, S.A. Presidente do Conselho de Administração da Espírito Santo Companhia de Seguros, S.A. Presidente do Conselho de Administração da Advancecare – Gestão de Serviços de Saúde, S.A. Presidente do Conselho de Administração da Espírito Santo Contact Center, S.A. Administrador da Espírito Santo Saúde, S.A. Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida . Presidente da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. . Presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento do Brasil, S.A. 27 (não executivo) . Gerente da Parfil, Lda., SGPS (não executivo) . Administrador da Companhia de Cervejas Estrela, S.A. (não executivo) . Administrador da SAPEC, S.A. (Bruxelas) – (Não Executivo) . Vogal do Conselho de Administração da Espírito Santo Financial (Portugal), SGPS, S.A. . Administrador da Portugal Telecom, SGPS, S.A. (não executivo) . Vogal do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, S.A. . Administrador não executivo da Monteiro Aranha José Maria Espirito Santo Silva Ricciardi . Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. . Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo, S.A. . Director Geral Adjunto do Banco Internacional de Crédito, S.A. . Vogal do Conselho de Administração do Palácio do Correio Velho - Sociedade Comercial de Leilões, S.A. . Secretário da Mesa de Assembleia Geral da Espart - Espírito Santo Participações Financeiras, SGPS, S.A. . Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Controlled Sport (Portugal) Turismo Cinegética e Agricultura, S.A. . Vogal do Conselho de Administração da Espírito Santo Financial (Portugal), S.G.P.S., S.A. . Vogal do Conselho de Administração da ESSI - S.G.P.S. . Vogal do Conselho de Administração da ESSI - Comunicações, S.G.P.S. . Vogal do Conselho de Administração da ESSI - Investimentos, S.G.P.S. . Director – E.S. Investment, Plc, Irlanda . Vogal do Conselho Fiscal do Sporting Clube de Portugal . Vogal do Conselho de Administração da BESPAR – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. . Vice Presidente do Conselho de Administração da ESAF – Espírito Santo Financial Consultants, S.A. Os endereços profissionais dos membros do Conselho de Administração são os seguintes : - Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, Avenida da Liberdade 195, 1250-142 Lisboa, Portugal - José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, Avenida da Liberdade 195, 1250-142 Lisboa, Portugal - António Luís Roquette Ricciardi, Rua de S.Bernardo 62, 1249-092 Lisboa, Portugal - Mário Mosqueira do Amaral , Avenida da Liberdade 195, 1250-142 Lisboa , Portugal - Manuel de Magalhães Villas-Boas , 33 Queen Street, London EC4R 1ES 28 - Patrick Monteiro de Barros, 33 Queen Street, London EC4R 1ES - Jackson Behr Gilbert, Velasquez 108-110, 28006 Madrid, Espanha - Tiberto Ruy Brandolini d'Adda , 19 Avenue Montaigne, 75008 Paris, França - Augusto Athayde Soares de Albergaria, Rua de S. Bernardo 62, 1249-092 Lisboa, Portugal - Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva, Rua de S. Bernardo 62, 1249-092 Lisboa, Portugal - Rui Barros Costa, 15 Av. de Montchoisi, 1006 Lausanne, Suiça - Robert Studer , Bahnhofstrasse 45, 8098 Zurique, Suiça - Philippe Guiral, c/o 45 Av. Georges Mandel, 75116 Paris, França - Carlos Augusto Machado de Almeida Freitas, Rua Nossa Senhora D’ Ajuda, Moreira de Cónegos, Portugal - Anibal da Costa Reis de Oliveira, Pousada de Saramago, Vila Nova de Famalicão, Portugal - Juan Villalonga Navarro, 1232 Sunset Plaza Drive, Los Angeles, EUA - Pedro Guilherme Beauvillain de Brito e Cunha, Avenida da Liberdade 242, Lisboa, Portugal - Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida, Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa, Portugal - José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa, Portugal Passam-se a enunciar as regras de designação dos administradores e de funcionamento do conselho de administração: - - - - Os administradores serão eleitos pela assembleia geral de accionistas que determinará o número de administradores por um período máximo de seis anos, os quais manter-se-ão no exercício das suas funções até terem sido eleitos os seus sucessores. Os administradores são reeligíveis, podendo ser revogados os seus mandatos a qualquer momento pela assembleia geral de accionistas com ou sem motivo; No caso de vacatura de um ou mais lugares de administradores, os restantes administradores podem eleger um administrador para preencher essa vaga de acordo com a lei. Neste caso a assembleia geral de accionistas ratifica esta eleição na sua próxima reunião; O administrador assim eleito terminará o período do mandato do administrador que ele substituir; O Conselho de Administração designará de entre os seus membros um Presidente. Poderá igualmente designar um Secretário que pode não ser um administrador e que será responsável pela redacção das actas das reuniões do Conselho de Administração; O Conselho de Administração reunirá sempre que convocado pelo Presidente. Uma reunião do Conselho de Administração deverá ser convocada se dois administradores a pedirem. O Presidente presidirá a todas as assembleias gerais de accionistas e a todas as reuniões do Conselho de Administração, mas na sua ausência a assembleia geral de accionistas ou o Conselho de Administração designará outra pessoa ou outro administrador como presidente pro tempore por voto da maioria presente na assembleia ou reunião; Os administradores deverão receber convocatórias de qualquer reunião por escrito pelo menos 24 horas antes da data prevista para a tal reunião, excepto em casos de urgência que deverão ser explicados na convocatória. A convocatória indicará o lugar da reunião e a ordem do dia. Com acordo por escrito, por telegrama, telex ou fax os administradores podem prescindir desta convocatória. Não será necessária convocatória especial para as reuniões que façam parte de um calendário previamente adoptado por deliberação do Conselho de Administração; Qualquer administrador poderá fazer-se representar em qualquer reunião do Conselho de Administração passando uma procuração por escrito, por telegrama, telex ou fax em nome de um outro administrador; O Conselho de Administração só pode deliberar ou tomar decisões válidas desde que pelo menos uma maioria de administradores esteja presente ou representada; 29 - - As decisões serão tomadas por maioria de votos dos administradores presentes ou representados na reunião; Em caso de urgência , uma decisão escrita e assinada por todos os administradores é considerada própria e válida como se fosse tomada numa reunião convocada e realizada; Uma tal decisão pode ser escrita num só documento ou em vários documentos separados que sejam do mesmo teor; As actas de qualquer reunião do Conselho de Administração serão assinadas pelo presidente da reunião e por qualquer outro administrador. As procurações devem ficar apensas às actas; O Conselho de Administração pode delegar a gestão corrente e a representação da Companhia durante essa gestão num ou mais administradores, directores, executivos, empregados ou outros agentes que podem, mas não têm que ser necessariamente accionistas, ou delegar poderes especiais ou procurações ou delegar determinadas funções permanentes ou temporárias em pessoas ou agentes que decidir; A delegação da gestão diária num administrador carece de autorização prévia da assembleia geral de accionistas. 3.1.2. Remunerações e outros interesses O cargo de administrador não é remunerado pela ESFG. Como uma empresa holding, a ESFG não emprega ninguém directamente. Os administradores da ESFG são remunerados pela Espírito Santo International Holding, tendo a totalidade das suas remunerações atingido em 2000 o montante de aproximadamente 2.400.000 Euros. 3.1.3. Relações económicas e financeiras com o emitente Nenhum membro do Conselho de Administração possui acções da ESFG. Em 31 de Dezembro de 2000 o montante total de empréstimos por empresas do Grupo aos administradores da ESFG era de 3.700.000 Euros. Não há garantias pendentes dadas pela ESFG em benefício de qualquer dos administradores. 3.2. Esquemas de participação dos trabalhadores no capital da emitente A ESFG não tem empregados ao seu serviço. De referir no entanto que, em Abril de 1999, foram concedidas dois milhões de opções de subscrição de acções a favor de 17 quadros superiores da ESFG e de empresas participadas. O preço de exercício de cada opção de subscrição equivale ao preço de mercado das acções da ESFG na data em que foram concedidas (USD 15,92) e o período máximo de validade das opções é de dez anos. Em 31 de Dezembro de 2000 o Plano mantinha um saldo de 2 milhões de opções concedidas, num valor total de Euros: 31.800.000. Nenhuma opção foi ainda exercida ou caducou. 3.3. Constituição e objecto social A ESFG foi constituída em 28 de Novembro de 1984, tendo por objecto social, de acordo com o artigo 3º dos seus Estatutos, a tomada de participações em companhias luxemburguesas ou estrangeiras, assim como a administração, desenvolvimento e gestão da sua carteira. De acordo com o artigo 209º da lei de 10 de Agosto de 1915, as “sociétés de participation financière”, como seja a ESFG, não podem interferir directa ou indirectamente na gestão das sociedades suas participadas. A ESFG não poderá exercer ela própria qualquer actividade industrial nem manterá um estabelecimento comercial aberto ao público. 30 3.4. Legislação que regula a actividade do emitente A Empresa rege-se pelos seus Estatutos e pela seguinte legislação luxemburguesa : - A Lei 10 de Agosto de 1915 que regula as sociedades comerciais. Esta lei foi objecto de diversas alterações; - A Lei de 31 de Julho de 1929, sobre o regime fiscal das sociedades de participações financeiras (Holding Companies), que também já foi objecto de diversas actualizações; - A lei de 13 de Julho de 1929 que estabelece que as empresas holding têm como finalidade única a administração de participações em empresas sediadas tanto no Luxemburgo como fora do Luxemburgo e não permite que estas empresas tenham qualquer actividade comercial ou industrial ou estabelecimentos abertos ao público. Em termos fiscais, estas empresas holding beneficiam de isenção de IRC no Luxemburgo, de impostos municipais, do “imposto suplementar para o desemprego” e do imposto de mais-valias. A ESFG está sujeita ao pagamento de uma taxa de registo anual (taxe d'abonnement) que corresponde a 0,2% do capital emitido. A aquisição de participações qualificadas em Instituições de Créditos e sociedades seguradoras, nos termos da lei portuguesa, encontra-se sujeita à não oposição, respectivamente, do Banco de Portugal e do Ministro das Finanças. A ESFG encontra-se sujeita à supervisão em base consolidada do Banco de Portugal, apresentando contas consolidadas em conformidade com os principios contabilísticos geralmente aceites e outras disposições e práticas em vigor em Portugal para o Sector Bancário desde 1995 (inclusive), por forma a tornar as suas contas consolidadas consistentes com as contas das suas principais subsidiárias, nomeadamente do Banco Espírito Santo, S.A.. 3.5. Informações relativas ao capital O capital social da ESFG é actualmente de 479.085.550 Euros, representado por 47.908.555 Acções ordinárias, de valor nominal de 10 Euros cada, encontrando-se totalmente subscrito e realizado. O Conselho de Administração encontra-se autorizado, por deliberação da assembleia geral extraordinária de 25 de Setembro de 1997, a emitir mais 52.091.445 acções, ou seja, encontra-se autorizado a aumentar o capital social até ao montante em que o mesmo seja representado por 100.000.000 de acções. Segundo o artigo 5º dos Estatutos, o Conselho de Administração está autorizado a emitir acções em uma ou várias tranches, dentro dos limites do capital autorizado, nos termos e condições que aprovará, para além doutras, sem reserva de direitos de subscrição preferenciais aos accionistas mas incluindo o prémio de emissão que estabelecer. Essa autorização é válida por um período de cinco anos a partir da data da assembleia geral extraordinária que decidiu a criação de um capital autorizado e pode ser renovada por novos períodos de cinco anos. O Conselho de Administração está autorizado, pelo Artigo 5º dos Estatutos, a eliminar ou limitar o direito de subscrição preferencial no caso de aumento de capital dentro dos limites do capital autorizado, por decisão tomada na Assembleia Geral Extraordinária de 25 de Setembro de 1997. O capital social emitido registou a seguinte evolução: Capital social 1998 Julho de 1999 1999 2000 USD 479.085.550 479.085.550 Euros 479.085.550 Euros 479.085.550 Euros Em Julho de 1999, a ESFG alterou a denominação do seu capital, de Dólares dos Estados Unidos da América para Euros e, consequentemente, o capital da Empresa sofreu um pequeno aumento, 31 realizado por incorporação de reservas. 3.6. Política de dividendos Nos últimos 5 anos a ESFG pagou dividendos aos seus accionistas, nos seguintes montantes por acção: 1996 1997 1998 1999 2000 Dividendo US $0,60 US $0,63 US $0,65 Euro 0,705 Euro 0,74 Data de Pagamento 16-Jun-97 17-Jun-98 15-Jun-99 16-Jun-00 15-Jun-01 3.7. Participações no capital A ESFG foi formada por forma a tornar-se a companhia “holding” para toda a área financeira e seguradora da “Espírito Santo International Holding, S.A.” (ESIH), sendo esta entidade a sua principal accionista. A ESIH é também uma sociedade “holding” sediada no Luxemburgo, cujos interesses para as áreas não financeiras (agricultura, turismo, imobiliário e outros) se encontram concentrados na sua participada Espírito Santo Resources Ltd (com sede nas Bahamas).. São as seguintes as entidades que detêm participações superiores a 2% no capital social da ESFG: Accionistas 31.12.2000 Espírito Santo International Holding, S.A.* Espírito Santo Irmãos SGPS SA EXOR S.A. New Jersey Division of Investments 36,11 15,49 5,23 4,01 31.12.1999 Espírito Santo International Holding S.A. Espírito Santo Irmãos SGPS SA EXOR S.A. 35,09 15,49 5,23 31.12.1998 Espírito Santo International Holding SA Espírito Santo Irmãos SGPS SA EXOR S.A. 27,2 15,49 6,13 % * Nos termos do art.º 20º do Cód. VM é inputada à Espírito Santo International Holding, S.A uma participação de 51,6% na ESFG, em resultado da sua participação na Espírito Santo Irmãos, SGPS, S.A., a qual se encontra expressa no organograma 1 do ponto 5.6.. Tal como consta de informação prestada no mercado norte-americano, a Espírito Santo International Holding SA é detida em 48,8%, directa ou indirectamente, por membros da família Espírito Santo e cidadãos portugueses próximos da família, incluíndo alguns administradores da E.S. International e da ESFG. 3.8. Acordos parassociais Tanto quanto é do conhecimento da ESFG, não existem quaisquer acordos parassociais entre 32 accionistas da mesma. 3.9. Acções Próprias A ESFG detém 3.255.527 acções próprias (data de referência: 31 de Março de 2001). As acções próprias foram adquiridas ao abrigo de um programa de compra de até 10% de acções próprias, aprovado na assembleia geral extraordinária de 03/12/1998. A assembleia geral autorizou assim a compra de acções próprias durante o período de 18 meses, ao preço máximo de USD 20,5 por acção. Esta autorização foi renovada na assembleia geral extraordinária de 17/08/2000, sendo que nesta data a ESFG já tinha adquirido 4.003.682 acções próprias. 3.10. Representante para as relações com o mercado Os representantes para as relações com o mercado são: Manuel de Magalhães Villas-Boas Espírito Santo International Holding S.A., 33 Queen Street, London EC4R 1ES Tel. +44 20 7332 4350 Fax.+44 20 7332 4355 email : [email protected] Teresa de Souza Espírito Santo International Holding S.A., 33 Queen Street, London EC4R 1ES Tel. +44 20 7332 4350 Fax.+ 44 20 7332 4355 email : [email protected] Os interessados em contactar telefonicamente os representantes para as relações com o mercado podem solicitar que os mesmos lhe telefonem para o número que indicarem, evitando assim o custo de uma chamada internacional eventualmente prolongada. 3.11. Sítio na Internet O endereço da ESFG na internet é www.esfg.com. 3.12. Secretário da Sociedade Teresa de Souza Espírito Santo International Holding S.A., 33 Queen Street, London EC4R 1ES Tel. +44 20 7332 4350 Fax.+ 44 20 7332 4355 email : [email protected] 33 4. INFORMAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DA EMITENTE 4.1. Actividades e mercados A ESFG é a companhia “holding” dos interesses financeiros do grupo Espírito Santo localizados em Portugal, na Europa e no resto do mundo. Em 31 de Dezembro de 2000 os seus activos consolidados eram de 37.382,1 milhões de Euros, e o seu Resultado Líquido foi de 106,3 milhões de Euros. As origens do “Grupo Espírito Santo” datam de 1884 quando José Maria Espírito Santo Silva fundou um banco em Lisboa. Na década de 1930 a família Espírito Santo adquiriu uma participação importante na Companhia de Seguros Tranquilidade. Depois da Segunda Guerra mundial, o Banco Espírito Santo tornou-se num dos maiores bancos comerciais em Portugal e a Tranquilidade numa das principais companhias de seguros. Em 1975, quase todas as instituições bancárias e companhias de seguros portuguesas foram nacionalizadas pelo Estado português. A família Espírito Santo começou então a desenvolver actividades no estrangeiro, principalmente na área de serviços financeiros, tendo constituído a Espírito Santo International Holding S.A. ("ESIH") em 1975 e a ESFG em 1984, ambas sediadas no Luxemburgo. Em 1986, depois de a lei portuguesa ter voltado a permitir a criação de instituições financeiras privadas, a ESFG constituiu em Portugal o BIC- Banco Internacional de Crédito, S.A. Em 1990 e 1992, respectivamente a Tranquilidade e o Banco Espírito Santo foram reprivatizados e desde essa data a ESFG tem vindo a desenvolver as suas actividades de aquisição de participações sociais na área financeira . As actividades da ESFG concentram-se principalmente em Portugal, onde estão localizados a maioria dos seus investimentos. As sociedades participadas pela ESFG dedicam- se a uma grande variedade de actividades financeiras, nomeadamente banca comercial, seguros, banca de investimento, corretagem, gestão de fundos e leasing. De seguida apresenta-se a estrutura actual, por áreas de negócio, das empresas participadas pela ESFG: BANCA COMERCIAL SEGUROS BANCA DE INVESTIMENTO E CORRETAGEM GESTÃO DE FUNDOS OUTROS Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Banco Espírito Santo Companhia de Seguros Tranquilidade Banco Espírito Santo de Investimento ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros BESleasing EurogesFactoring Companhia de Seguros Espírito Santo Dealer Espanha Brasil GES - Benito y Monjardin GESCAPITAL Banco Internacional de Crédito Tranquilidade Vida Espanha Banco Espírito Santo França Banque Espírito Santo et de la Vénétie Espírito Santo Companhia de Seguros BES Investimento do Brasil Europ Assistance Espanha Suíça Compagnie Bancaire Espírito Santo GES-Benito y Monjardin Via Banque Cayman Islands Banco Espírito Santo International Ltd Macau Banco Espírito Santo do Oriente USA Espírito Santo Bank No primeiro semestre de 2001, os resultados líquidos consolidados e não auditados da Espírito Santo 34 Financial Group foram negativos no montante de 6,1 milhões de Euros, comparados com um lucro de 43,1 milhões de Euros registado em Junho de 2000. Um aumento substancial do resultado financeiro verificado durante este período não foi suficiente para compensar o efeito negativo que as condições dos mercados tiveram sobre as actividades de mercado, sobre as actividades de banca de investimento e sobre a carteira de investimento da seguradora Companhia de Seguros Tranquilidade (“Tranquilidade”). Um acréscimo de impostos em algumas das subsidiárias portuguesas contribuiu, também, para aquele resultado. Um crescimento de 25,3% no volume consolidado da carteira de empréstimos para os 25,6 mil milhões de Euros, resultante essencialmente das actividades do Banco Espírito Santo ("BES") e do seu grupo (percentagem de consolidação 31,0%), principalmente nos sectores do crédito à habitação e do crédito às empresas, mais do que compensou o ligeiro declínio nas margens e resultou num acréscimo de 26,8% no resultado financeiro consolidado, ao nível do ESFG. Apesar do aumento do crédito acima referido em Portugal, o rácio do crédito vencido bruto sobre o total do crédito bruto, e o rácio do crédito vencido bruto superior a 90 dias sobre o total do crédito bruto ao nível do BES diminuíram respectivamente de 2,12% em Junho de 2000 para 1,86% em Junho de 2001 e de 1,85% em Junho de 2000 para 1,67% em Junho de 2001. No mesmo período, ao nível do BES, a cobertura do crédito vencido total pelas provisões cresceu de 127% para 135,8% e a cobertura do crédito vencido superior a 90 dias cresceu de 145,8% para 152,0%. Também no mesmo período, e sempre ao nível do BES e do seu grupo, o rácio de solvabilidade calculado segundo o critério do Banco de Portugal cresceu de 9,5% para 10,0%, enquanto que o rácio de solvabilidade BIS TierI evoluiu de 6,3% para 6,7% e o rácio BIS de 10,9% para 11,3%. As comissões do ESFG a nível consolidado cresceram 5,0% no primeiro semestre de 2001, comparado com idêntico período do ano anterior, tendo atingido 145,5 milhões de Euros. Este é um resultado significativo, tendo em conta que, no primeiro semestre de 2000, as comissões geradas ao nível da banca de investimento tinham atingido um alto nível e que as condições do mercado de capitais em Portugal no primeiro semestre de 2001 se deterioraram bastante quando comparadas com as que prevaleciam no mesmo período do ano anterior. As difíceis condições que se registaram nos mercados de capitais em Portugal e no estrangeiro tiveram, também, efeitos nos resultados consolidados das actividades de mercado e nos resultados de operações cambiais e sobre derivativos, que sofreram decréscimos superiores a 80,0%, no primeiro semestre de 2001, em comparação com o período idêntico do ano anterior. Os proveitos consolidados da actividade seguradora aumentaram 22,5% no período em consideração, comparado com o primeiro semestre de 2000, tendo atingido 718,3 milhões de Euros. O crescimento dos prémios registado na Tranquilidade (nível de consolidação 66,7%) foi considerávelmente superior ao registado no mercado em geral que foi apenas de 5,3%. Consequentemente, de acordo com a Associação Portuguesa de Seguros, a quota de mercado total da Tranquilidade cresceu de 15,5% em Junho de 2000 para 17,2% em Junho de 2001. Os prémios do seguro vida corresponderam a 68,9% do total dos prémios e o seu crescimento de 21,5% realça o particular dinamismo do sector vida no contexto das operações da Tranquilidade. A quota de mercado de 24,3% atingida pela Tranquilidade no sector dos seguros vida em Junho de 2001 (comparado com 20,9% em Junho do ano anterior) coloca a Tranquilidade no topo deste sector do mercado em Portugal. A comercialização dos produtos vida através das redes de balcões do BES/BIC, estabelecida no contexto da estratégia de bancassurance, representa 93,0% do total das vendas destes produtos. A mesma rede foi, igualmente, responsável pelo êxito das vendas de PPRs, substanciado numa quota de mercado de 34,5% para estes produtos emitidos pela Tranquilidade e geridos pela ESAF e pelo BES. O crescimento de 29,9% nos salários e benefícios consolidados ao nível do ESFG, resultou principalmente da consolidação do Via Banque (nível de consolidação 98,5%) que foi adquirido pelo ESFG através da sua subsidiária ESFIL, em várias fases com início no segundo semestre de 2000, aquisição que, portanto, não afectou as contas consolidadas do primeiro semestre de 2000 e, também, do acréscimo de 19,3% registado nos custos do BES e do seu grupo. Estes, por sua vez, resultaram em grande parte da presença de novas companhias no seu perímetro de consolidação. Consequentemente, o rácio cost to income do BES cresceu de 43,6% em Junho de 2000 para 57,7% em Junho de 2001; contudo, se se excluíssem os resultados de mercado, o rácio cost to income teria crescido apenas de 59,9% em Junho de 2000 para 60,1% em Junho de 2001, uma vez que a contribuição dos resultados das operações de mercado no primeiro semestre de 2001 foi menor do que no mesmo período do ano anterior. O rácio cost to income (excluindo mercados) do BES decresceu de 62,1% no primeiro trimestre de 2001 para 58,2% no segundo trimestre. 35 As despesas consolidadas de subscrição de seguros e relacionadas aumentaram 110,1% no primeiro semestre de 2001, comparadas com o mesmo período do ano anterior. Grande parte deste acréscimo resulta de provisões relacionadas com menos valias potenciais na carteira de investimento da Tranquilidade durante o primeiro semestre de 2001. De facto, a carteira da Tranquilidade foi atingida pelas condições negativas registadas nas bolsas. O índice PSI-20 da bolsa de Lisboa decresceu 20,5% no primeiro semestre de 2001 (em Junho 9,0%). Consequentemente, registou-se uma menos valia potencial de aproximadamente 54,9 milhões de Euros que foi completamente provisionada, o que resultou num prejuízo de 45,2 milhões de Euros ao nível da Tranquilidade em Junho de 2001. O rácio dos impostos sobre os resultados líquidos antes de impostos e interesses minoritários aumentou substancialmente em Junho de 2001 quando comparado com Junho do ano anterior, devido a efeitos ao nível da Tranquilidade e do BES. No caso da Tranquilidade, os impostos recaíram sobre os resultados operacionais (que foram positivos) antes das provisões referidas no parágrafo anterior. Este factor contribuiu significativamente para o aumento da taxa efectiva dos impostos entre Junho de 2000 e Junho de 2001. No caso do BES a incidência fiscal sobre as provisões genéricas, introduzida pelo governo português no final de 2000, teve efeitos consideráveis. À medida que a carteira de crédito do BES cresce, também crescem as provisões genéricas e, consequentemente os impostos sobre estas. As instituições financeiras participadas pela ESFG têm estruturas especializadas para abordar os seguintes macro-segmentos: particulares, pequenas e médias empresas, grandes empresas e organismos institucionais. PRINCIPAIS PRODUTOS Alta Gama Grandes Clientes Ofertas Integradas Ofertas Comerciais Integradas Diferentes Necessidades Massa Particulares Outros Outros Residentes no Estrangeiro Pequenas Empresas Empresas e Médias Empresas Organismos Crédito Habitação Crédito Consumo Cartões de Crédito Contas Serviço Seguros Vida (com PPR/E) Seguros Não Vida Fundos de Investimento Corretagem ... Crédito Conta Corrente Crédito Titulado Garantias e Avales Financiamentos Externos Crédito Médio/Longo Prazo Factoring Públicos Locação Financeira Capital de Risco Financiamentos Especializados Grandes Empresas (Project Finance) Municípios e Institutos ACTUAÇÃO ESPECIALIZADA POR SEGMENTOS Segmento de Particulares No segmento de particulares, a actuação pauta-se por uma estratégia clara de segmentação da clientela no âmbito de uma só marca e subordinada ao princípio da selectividade comercial. Existem estruturas comerciais específicas para tratar os seguintes segmentos: 36 Segmento Massa – Neste segmento é desenvolvida uma actividade comercial sustentada por uma proposta de valor simples, mas dirigida à satisfação integral das necessidades financeiras dos clientes; estão disponíveis ofertas especializadas para os jovens, jovens universitários e profissionais liberais; Segmento Grandes Clientes - os clientes particulares de maior rendimento e potencial, são alvo de uma abordagem específica baseada numa lógica de gestor de clientes (responsável pela gestão de uma carteira de clientes) e numa oferta de produtos e serviços sofisticada e de elevado valor acrescentado; Alta gama (Private Banking) – a abordagem a esta clientela exclusiva é assegurada por uma estrutura autónoma altamente especializada no aconselhamento e na diversificação do património financeiro baseados no diagnóstico patrimonial; Clientes Não Residentes – a necessidade de desenvolver uma actuação comercial mais pró-activa, levou à implementação de um processo de segmentação dos clientes mais representativos. Segmento de Empresas A presença no segmento de grandes empresas tem sido, historicamente, um ponto muito forte. De facto e apesar do acréscimo de concorrência que tem caracterizado a actuação dos bancos neste segmento nos últimos anos, o Grupo conseguiu incrementar de forma progressiva e sustentada o seu posicionamento neste mercado. A conjugação de sinergias entre o BES e o BES Investimento permite manter uma posição de destaque no mercado de Financiamentos Especializados (Project Finance) – quer actuando como Organizador (Arranger) ou como consultor financeiro – e uma presença de destaque nos mais importantes financiamentos sindicados e na colocação de dívida em mercado primário de capitais. No segmento de pequenas e médias empresas, a actividade da banca de retalho é também complementada com os restantes serviços prestados por empresas especializadas, através de uma abordagem integrada e consubstanciada. Segmento Institucional No segmento institucional a actuação tem-se pautado por uma estratégia de crescimento selectivo e pela afectação, à estruturação especializada, da gestão destes clientes, até então geridos pela rede. Nas autarquias tem-se aumentado o nível de relacionamento com todas as grandes Câmaras Municipais do país, tendo-se conseguido uma penetração geográfica homogénea e consentânea com a rede de agências. Na vertente institucional, tem sido reforçada a presença junto dos mais prestigiados organismos da administração pública, hospitais, universidades, misericórdias e outras instituições, assegurando, pela intensificação da venda cruzada, a prestação de uma grande diversidade de serviços financeiros. Têm sido abertas novas agências em universidades, hospitais e outras instituições, permitindo assegurar um serviço de proximidade e de qualidade, quer a estes institucionais quer aos seus quadros e utentes. ESPECIALIZAÇÃO POR UNIDADES DE NEGÓCIO 37 Para aprofundamento da abordagem comercial segmentada, a ESFG está estruturada em diferentes unidades de produto e segmentos que determinam a sua especialização na actividade que desenvolvem. Especialização do ESFG Entidade Actividade Área/Segmento Negócio Grandes Pequenas e Grandes Particulares e Clientes Médias Empresas e Mercado Emigrantes BES BIC BES Investimento BESSA BES Oriente BES et de la Vénétie Via Banque Espírito Santo Bank Bank Espírito Santo International Ltd Compagnie Bancaire Espírito Santo Tranquilidade ES Seguros ESAF GES - Capital BESleasing Euroges ES Dealer GES - Benito y Monjardin Banca Banca Banca Banca Banca Banca Banca Banca Portugal Portugal Portugal Espanha Sud. Asiático França França EUA Banca Ilhas Cayman Banca Seguros Seguros Gestão de Fundos Gestão de Fundos Locação Financeira Factoring Corretagem Corretagem Suiça Portugal Portugal Portugal Espanha Portugal Portugal Portugal Espanha e Private Empresas Institucionais Mercado Monetário e Capitais Banca de Empresas e Particulares Na área da banca de empresas e particulares, o Banco Espírito Santo é o principal veículo comercial, desenvolvendo a sua actividade através de uma rede de balcões espalhados por todo o território nacional sendo complementada com os balcões do Banco Internacional de Crédito, unidade operacional especializada no crédito à habitação bonificado. O Banco Espírito Santo é uma sociedade aberta, tendo as suas acções admitidas à cotação no mercado de cotações Oficiais da BVLP. Em 31 de Dezembro de 2000 o activo líquido consolidado do Banco Espírito Santo era de 33.936 milhões de Euros, e o seu Resultado Líquido consolidado foi de cerca de 228 milhões de Euros. Segundo estimativas do próprio BES, a sua quota de mercado no mercado Português era de 16,1% no final de 2000. Os resultados consolidados do 1º Semestre do BES foram fortemente influenciados pela queda dos resultados na Banca de Investimento, resultados de mercado de capitais e corretagem devido ao mau momento da Economia Mundial. Esta redução é ainda mais evidenciada porque no 1º Semestre de 2000 se assistiu a uma performance excepcional destas áreas (na 1ª metade de 2000 os resultados de negociação foram de 173 milhões de Euros, tendo sido de apenas 23 milhões na 1ª metade de 2001). O resultado líquido consolidado do BES no 1º semestre de 2001 foi de 106 milhões de Euros, uma quebra de 15 milhões, ou 12,3% face ao 1º Semestre do ano anterior. Em claro contraste com a actividade e resultados de mercado de capitais, as actividades recorrentes registaram uma boa performance. O resultado financeiro aumentou 19,4% e as receitas de serviços a clientes e comissões aumentaram 18,3%. Em conjunto, estas duas áreas de negócio representaram um aumento de 87,3 milhões de Euros face ao período homólogo de 2000, em comparação com um aumento de 53 milhões de Euros em custos operacionais. De seguida apresenta-se um quadro com as principais rúbricas da Demonstração de Resultados 38 Consolidados do BES relativa ao 1º Semestre de 2001. (em milhares de Euros) Jun-00 Jun-01 Variação (%) Resultado Financeiro + Serviços a Clientes + Resultados de mercado = Produto Bancário - Custos Operativos (Amortizações) - Provisões Líquidas Crédito Títulos 293.215 166.856 172.623 632.694 275.791 -50.763 165.359 65.218 38.913 349.955 197.399 23.095 570.449 329.101 -58.781 81.425 66.315 11.095 19,4% 18,3% -86,6% -9,8% 19,3% -15,8% -50,8% 1,7% -71,5% Outros - Outros Resultados = Resultados antes de Impostos e Interesses Minoritários - Impostos sobre Lucros - Interesses Minoritários e Resultados em Associadas = Resultado Líquido Consolidado 61.228 5.553 185.991 4.015 4.908 155.015 -93,4% -11,6% -16,7% 34.903 30.056 26.794 22.084 -23,2% -26,5% 121.032 106.137 -12,3% No 1º Semestre de 2001, o activo líquido consolidado, influenciado pelas aquisições no exterior após Junho de 2000 e pelo crescimento das actividades de crédito, excedeu os 37 mil milhões de Euros. De seguida apresenta-se um quadro com a evolução das principais variáveis de negócio. (em milhões de Euros) Jun-00 Activo Líquido Consolidado Crédito a Clientes (Bruto) - Habitação - Outro Crédito a Particulares - Empresas Créd. Particulares / Créd. Clientes (%) Recursos Totais de Clientes De Balanço Desintermediação 29.824 19.157 6.424 1.789 10.944 42,9 25.396 18.213 7.183 Jun-01 37.284 23.777 7.660 2.046 14.071 40,8 32.774 23.554 9.220 Variação (%) 25,0% 24,1% 19,2% 14,4% 28,6% 29,1% 29,3% 28,4% No mercado externo, tem-se vindo a consolidar a estratégia de internacionalização direccionada nomeadamente para o segmento de particulares gama alta e empresas. Desse modo o grupo está presente em Espanha através de uma rede de 33 agências do BESSA (Banco Espírito Santo SA – Espanha) para apoio ao comércio bilateral entre os dois países. No mercado Asiático a actividade é desenvolvida através do BES Oriente (Banco Espírito Santo do Oriente, SA); o BES et de la Vénétie (Banque Espírito Santo et de la Vénétie) é a entidade especialmente direccionada para o apoio do negócio bilateral entre Portugal e França, bem como para a captação de recursos da comunidade portuguesa aí radicada. Em França, o Via Banque é a instituição especializada na concessão de crédito a grandes empresas. Na Suíça, a Compagnie Bancaire Espírito Santo actua como entidade especialmente vocacionada para área de private banking e de gestão de fundos. Nos Estados Unidos, o Espírito Santo Bank opera fundamentalmente na área de private banking dirigida aos clientes de origem portuguesa na América Latina. A ESFG detém ainda uma importante participação indirecta no Kredyt Bank SA para acompanhamento de uma das mais promissoras economias do Leste 39 Europeu (Polónia). Banca de Investimento Na banca de investimento, o grupo tem vindo a consolidar a sua posição e a aumentar o seu prestígio e notoriedade, através da actividade do BES Investimento. Os principais serviços e áreas de intervenção do BES Investimento estão sistematizados no quadro seguinte: BES INVESTIMENTO Serviços Financeiros Mercado de Capitais - Mercado de Capitais - Financiamento e Gestão de Riscos Acções Corporate Finance Privatizações Fusões e Aquisições Consultoria Financeira Avaliação de Empresas Reestruturações Financeiras Project Finance Consultoria Estruturação e Sindicação de Financiamentos para Projectos no Sector Público e Privado Gestão de Riscos - Produtos derivativos Financiamento - Obrigações, Papel Comercial, Crédito Sindicado, Financiamentos estruturados Subscrição e colocação de acções Produtos equity-linked (warrants, convertíveis, ...) Colocações Privadas ES Dealer ES Dealer Derivados da Bolsa Venda de obrigações Derivados Negociação de Títulos ES Research Estudos de mercado ES Research Estudos de Mercado Benito y Monjardin (Espanha) Derivados Negociação de Títulos ES Securities Venda de Acções Clientes Contacto com clientes Diagnóstico de empresas alvo Diagnóstico de sectores alvo Análise de risco A progressiva integração de actividades entre o BES Investimento, a Espírito Santo Dealer e a Espírito Santo Research e mais recentemente, com a Benito y Monjardin, permitem à ESFG assumir uma posição de destaque no mercado secundário de acções da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto, e estabelecer uma ligação privilegiada com Espanha através da Benito y Monjardin, a maior corretora independente de Espanha. Gestão de Activos Na importante área de gestão de activos de particulares e institucionais, o grupo detém uma estrutura, agregada sob a ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, SA que abrange toda a actividade de gestão de activos nos mercados de capitais nacionais e internacionais, sob a forma de fundos de investimento mobiliários, imobiliários, de fundos de pensões de particulares e de investidores institucionais. Em Espanha o grupo detém nesta área a Gescapital, especializada na gestão de património para clientes particulares alta gama. Na Suíça, o grupo detém a Compagnie Bancaire Espírito Santo, especializada na mesma área de negócio. No 1º Semestre de 2001, os fundos sobre gestão da Compagnie Bancaire Espírito Santo aumentaram 8,7%, apesar das condições adversas nos principais mercados de capitais. Contudo, a queda na actividade de mercado de capitais afectou o nível de comissões de corretagem durante a primeira metade do ano, tendo estas registado uma quebra de 15% em comparação com igual período do ano anterior. Adicionalmente, os resultados líquidos antes de impostos em 30 de Junho de 2001 40 decresceram 18,3% para 5,63 milhões de Euros, quando comparado com igual período do ano anterior. Como forma de assumir uma participação mais activa nos mercados financeiros internacionais a ESAF lançou várias sociedades gestoras internacionais e joint-ventures em mercados em que existe uma forte presença da comunidade portuguesa (África do Sul, Brasil e restante América Latina). Bancasseguros Com o projecto Assurfinance pretende-se vender produtos bancários aos clientes da Tranquilidade, através dos seus agentes, nomeadamente crédito habitação, crédito individual e planos poupança reforma e conquistar os clientes que, utilizando actualmente os serviços daquela seguradora, ainda não utilizam o Banco Espirito Santo como banco preferencial, ligando assim as duas principais subsidiárias do ESFG em Portugal. A Companhia de Seguros Tranquilidade prossegue o exercício da actividade de seguros e resseguros em todos os ramos técnicos “Não-Vida” (com excepção do seguro de crédito) . Em volume de prémios directos, os ramos técnicos de maior significado são o ramo Automóvel e o ramo de Acidentes e Doença. A Tranquilidade estima a sua quota de mercado no final de 2000 em 18,7%. A Companhia opera através de dois escritórios em Lisboa e no Porto, de 60 delegações localizadas em várias zonas do país e de uma sucursal em Espanha. No 1º Semestre de 2001, o total de prémios brutos consolidados da Companhia de Seguros Tranquilidade aumentou 17,1% face ao 1º Semestre do ano anterior, atingindo os 600,3 milhões de Euros. O crescimento da Tranquilidade foi claramente superior aos 5,3% de crescimento registado pelo sector como um todo. Em consequência, a quota de mercado total da Tranquilidade aumentou de 15,5 para 17,2% face ao 1º Semestre de 2000, de acordo com a Associação Portuguesa de Seguros. Os prémios de seguro vida representaram 68,9% do total de prémios e o seu crescimento de 21,5% no período confirma o particular dinamismo do ramo de seguro vida na actividade global da Tranquilidade. A quota de mercado de 24,3% atingida pela Tranquilidade neste segmento, coloca-a como líder deste sector no mercado Português. No entanto, a rentabilidade da Tranquilidade foi negativamente afectada pelas condições adversas do mercado de capitais nacional e internacional. No mercado Português, o Índice PSI 20 decresceu 20,5% na primeira metade de 2001 (9% apenas em Junho de 2001). Este facto resultou em aproximadamente 54,9 milhões de Euros de menos-valias não realizadas, as quais foram totalmente provisionadas e, em resultado, a Tranquilidade registou prejuízos consolidados de 45,2 milhões de Euros no final de Junho de 2001, comparado com um resultado líquido consolidado de 8,8 milhões de Euros no final de Junho de 2000. No ramo não vida, o grupo actua ainda através da Europ Assistance (Europ Assistance – Companhia Portuguesa de Seguros de Assistência, S.A.), no segmento de mercado de assistência ao domicílio e através da Espírito Santo Seguros (Espírito Santo Companhia de Seguros, S.A.) que iniciou em 1999 a comercialização dos produtos de seguro não vida aos actuais clientes das unidades bancárias do Grupo. Outras unidades especializadas Especialmente focalizados no segmento de empresas, a ESFG por intermédio do BES, detém ainda, estruturas especializadas que complementam as unidades anteriormente referidas na completa cobertura das necessidades financeiras dos clientes. Assim, na locação financeira, existem duas unidades: a Besleasing Mobiliária (Besleasing Mobiliária – Sociedade de Locação Financeira, S.A.) e a Besleasing Imobiliária (Besleasing Imobiliária – Sociedade de Locação Financeira, S.A.). De referir também a Euroges (Euroges – Aquisição de Créditos a curto prazo, S.A.), sociedade especializada no negócio do factoring e, no capital de risco, a Espírito Santo Capital (E.S. Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.); no crédito ao consumo, a Credibom – Sociedade de Aquisições a Crédito (SFAC), actua com especial ênfase nas áreas do automóvel e do lar e a Crediflash (Crediflash – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A.), que é a unidade especializada na gestão de cartões bancários, sendo das principais instituições 41 colocadoras de cartões quer de débito quer de crédito. 4.2. Estabelecimentos principais e património imobiliário A ESFG não possui terrenos nem edifícios e, dada a sua natureza jurídica, não possui estabelecimentos comerciais. 4.3. Pessoal Dada a sua natureza jurídica, a ESFG não tem directamente trabalhadores ao seu serviço. No entanto, apresenta-se de seguida a evolução do número de trabalhadores das várias empresas que fazem parte do perímetro de consolidação da ESFG: 1998 11.659 1999 8.944 2000 10.706 4.4. Acontecimentos excepcionais Não ocorreram acontecimentos de carácter excepcional que tenham afectado, ou se preveja venham a afectar, significativamente a actividade do ESFG ou das suas participadas. 4.5. Dependências significativas Não existe qualquer dependência significativa relativamente a patentes e licenças, contratos de concessão ou outros tipos de contratos que tenham uma importância significativa na actividade da ESFG. 4.6. Política de investigação Pela natureza de empresas de serviços financeiros e em particular, serviços bancários e seguradores, as empresas participadas pelo ESFG não possuem uma estrutura ligada ao desenvolvimento de novos produtos como normalmente se verifica em empresas industriais. Contudo, para além do desenvolvimento informático, as áreas de Marketing das principais instituições do universo das participações detidas pela ESFG fazem o acompanhamento do mercado e a análise da concorrência, avaliando as necessidades e apetência dos clientes no sentido de criar e disponibilizar novos produtos e serviços que aumentem os níveis de satisfação e a fidelização dos mesmos. 4.7. Procedimentos judiciais ou arbitrais Não existem procedimentos judiciais ou arbitrais que se considerem susceptíveis de terem tido, ou virem a ter, uma incidência importante sobre a situação financeira da ESFG. 4.8. Interrupções de actividades Não ocorreu qualquer interrupção da actividade da ESFG susceptível de ter tido ou vir a ter uma incidência importante sobre a sua situação financeira. 4.9. Política de Investimentos A estratégia adoptada pela ESFG para as suas principais subsidiárias reflecte a combinação de dois vectores fundamentais : (1) uma opção pelo crescimento orgânico das actividades em Portugal e, sempre que aconselhável , uma expansão das parcerias e (2) investimento internacional criterioso em áreas de potencial crescimento, e na maioria dos casos em áreas que apresentam sinergias com as actividades em Portugal das empresas participadas pela ESFG. As actividades em Portugal, centradas no Banco Espírito Santo (como actividade principal ou como rede de distribuição), têm como objectivo principal uma integração crescente dos negócios das 42 subsidiárias portuguesas com ênfase no desenvolvimento de actividades relacionadas com as novas tecnologias. Na área internacional as actividades da ESFG têm-se desenvolvido principalmente com parcerias estabelecidas com outros bancos ou grupos financeiros em áreas que apresentam sinergias com as actividades em Portugal donde se podem destacar o Brasil , a Espanha, Marrocos, Espanha, Polónia. Em França a ESFG adquiriu , por intermédio de uma participada, ESFIL-Espírito Santo Financière, uma participação num banco francês, Via Banque, com a intenção de implementar uma estratégia destinada a aproximar as actividades deste banco com o Banque Espírito Santo et de la Vénetie, a outra participada da ESFG em França. Terminou em 15 de Junho de 2001, uma oferta pública de aquisição sobre as restantes acções do Via Banque na Bolsa de Paris. Em resultado desta Oferta Pública de Aquisição, a ESFG, através da sua participada detida a 100%, ESFIL, passou a deter 98,52% do capital do VIA Banque. Em seguida e de acordo com a regulamentação francesa, a ESFIL lançou uma nova Oferta sobre as acções do VIA Banque ainda não detidas, na sequência da qual passou a deter, em 17 de Julho de 2001, 100% do capital do VIA Banque, tendo este sido retirado de cotação da Bolsa de Paris. A contrapartida oferecida para esta oferta foi igual à anterior, ou seja, de 40 Euros por acção. Um plano de gestão com o objectivo de integrar as operações e os sistemas do Via Banque e do Espírito Santo et de la Vénétie está a ser activamente implementado. De seguida apresenta-se a variação nas Participações em subsidiárias e sociedades do grupo para o período de 1998 a 2000: VARIAÇÃO DE INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E SOCIEDADES DO GRUPO 1998* 1999 2000 EUR EUR EUR Espírito Santo Financial (Portugal) SA, Portugal..................... Bespar SGPS, Portugal............................................................. Espírito Santo Bank, EUA....................................................... 29.734.366 0 2 589.741 22.758.985 0 59.035.938 (114.451.773) (30.782.081) Banco Espírito Santo SA, Portugal........................................... BES Investimento SA, Portugal................................................ 0 4.182.766 0 0 11.493.323 (28.882.065) Bank Espírito Santo (International) Ltd., Ilhas Caimão........... ESFIL - Espírito Santo Financière SA, Luxemburgo............... 24.657.264 27.616.136 0 0 0 25.618.942 Banque Espírito Santo et de la Vénétie, França....................... Partran SGPS SA, Portugal....................................................... (1) 5.419.042 9.168.381 0 3 215.271.680 Centum SGPS SA, Portugal .................................................... ESIA - Inter-Atlântico Companhia de Seguros SA, Portugal .. Outras....................................................................................... 0 0 (5.423.971) 0 0 0 59.113.881 17.962.911 (770.316) Provisão para perdas em participações em empresas do grupo 86.185.604 0 32.517.107 0 213.610.443 (41.128) 86.185.604 32.517.107 213.569.315 * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 43 5. PATRIMÓNIO, SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS DO EMITENTE 5.1. Balanços e contas de resultados 5.1.1. Balanços e Contas de Resultados Individuais dos Exercícios de 1998, 1999 e 2000 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A., LUXEMBOURG Balanços em 31 de Dezembro de 1998, 1999 e 2000 (Tradução livre do original em língua inglesa) Notas 1998* EUR 1999 EUR 2000 EUR 3 7.761.780,0 5.269.108,0 3.416.371,0 Participações em subsidiárias........................................ 4 620.337.772,0 652.854.879,0 866.424.194,0 Empréstimos e adiantamentos a subsidiárias................ 5 97.218.638,0 53.236.438,0 163.107.100,0 10.399.459,0 11.572.399,0 14.767.464,0 14.237.302,0 26.301.471,0 26.921.070,0 37.394,0 - - ACTIVO CUSTOS NÃO AMORTIZADOS RELATIVOS A TÍTULOS DE DÍVIDA E AUMENTOS DE CAPITAL...................................... ACTIVO FIXO FINANCEIRO Outros activos financeiros............................................ ACTIVO CIRCULANTE Devedores...................................................................... 6 Títulos Negociáveis....................................................... Acções próprias, compradas a preço de custo.............. 9 5.898.288,0 52.421.575,0 56.608.667,0 Caixa e depósitos bancários de curto prazo.................. 7 109.274.075,0 73.305.536,0 5.326.704,0 ADIANTAMENTOS E ACRÉSCIMOS................... 677.481,0 827.593,0 822.082,0 865.842.189,0 875.788.999,0 1.137.393.652,0 PASSIVO CAPITAL E RESERVAS Capital subscrito............................................................ 8 472.517.556,0 479.085.550,0 479.085.550,0 Prémios de emissão....................................................... Reserva legal................................................................. Reservas livres.............................................................. 9 9 9 177.089.840,0 11.618.503,0 17.772.685,0 170.526.368,0 13.295.197,0 (27.094.898,0) 170.526.368,0 15.100.000,0 (27.987.556,0) Outras reservas............................................................. 9 5.898.288,0 52.421.575,0 56.608.667,0 Resultados transitados.................................................. 9 316.676,0 512.896,0 466.277,0 CREDORES Empréstimos - Obrigações de taxa variável.................. 10 133.247.855,0 136.000.000,0 136.000.000,0 Outras dívidas............................................................... 11 14.716.219,0 15.008.596,0 130.127.691,0 RESULTADOS DO EXERCÍCIO............................ 32.664.567,0 36.033.715,0 177.466.655,0 865.842.189,0 875.788.999,0 1.137.393.652,0 As notas numeradas de 1 a 15 fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 (1 Euro = 1,0139 USD) 44 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A., LUXEMBOURG Demonstração de Resultados para o Exercício findo em 31 de Dezembro de 1998, 1999 e 2000 (Tradução livre do original em língua inglesa) Notas 1998* 1999 2000 EUR EUR EUR CUSTOS Juros e custos equiparados............................................... Amortização de custos relativos a títulos de dívida e aumentos de capital.......................................................... 3 Outros custos.................................................................... Lucros do exercício.......................................................... 10.220.712 6.188.737 6.831.904 5.470.018 2.609.109 1.852.737 4.374.028 6.187.338 4.608.373 20.064.758 14.985.184 13.293.014 32.664.567 36.033.715 177.466.655 52.729.325 51.018.899 190.759.669 40.440.630 37.133.258 187.986.237 11.546.234 3.179.916 2.768.776 PROVEITOS Proveitos de activos financeiros....................................... 12 Juros e proveitos equiparados.......................................... Outros proveitos............................................................... 13 742.461 10.705.725 4.656 52.729.325 51.018.899 190.759.669 As notas numeradas de 1 a 15 fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 (1 Euro = 1,0139 USD) 45 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A., LUXEMBOURG NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000 1. ACTIVIDADE A Espírito Santo Financial Group SA, Sociedade Anónima Holding (a “Sociedade”), anteriormente denominado Espírito Santo Financial Holding SA, é uma sociedade anónima com estatuto fiscal de sociedade holding, constituída ao abrigo da lei luxemburguesa em 28 de Novembro de 1984 e com uma duração ilimitada. A Espírito Santo Financial Group SA é a sociedade holding das actividades bancárias e financeiras do grupo Espírito Santo. Os interesses não financeiros do grupo são detidos pela Espírito Santo Resources, Ltd., Nassau. As demonstrações financeiras consolidadas estão disponíveis na sede da Sociedade em 231, Val des BonsMalades no Luxemburgo. 2. RESUMO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS SIGNIFICATIVAS Convenção contabilística e base da apresentação As contas são preparadas de acordo com a convenção de custos históricos e de acordo com as exigências legais e regulamentares luxemburguesas. Custos não amortizados relativos a títulos de dívida e aumentos de capital As despesas decorrentes dos aumentos de capital são amortizadas durante cinco anos. As despesas decorrentes de títulos de dívida convertíveis são amortizadas de acordo com a taxa de conversão ou a vida dos títulos, consoante o prazo que for mais curto. As despesas relativas a títulos de dívida não convertíveis são amortizadas de acordo com a vida dos títulos. Activos fixos financeiros Os activos financeiros são contabilizados ao custo de aquisição. As provisões para perdas são feitas com base numa avaliação prudente feita por um administrador. Divisas Os livros de contabilidade foram mantidos em USD até 12 de Julho de 1999. A Assembleia Geral extraordinária realizada em 13 de Julho de 1999 deliberou alterar, a partir dessa data, a moeda de expressão do capital social emitido de dólares americanos para euros à taxa de 1 euro para 1,0139 dólares. Os livros de contabilidade são mantidos em euros. As operações efectuadas em moeda estrangeira durante o ano são registadas à taxa de câmbio em vigor na data da operação. Todos os activos e passivos expressos em moedas que não sejam o euro são convertidos à taxa de câmbio em vigor no fim do exercício, salvo quanto às participações em subsidiárias que são mantidas às taxas de câmbio históricas. Os ganhos e perdas cambiais são reconhecidos na demonstração de resultados. Participações em subsidiárias As participações em subsidiárias compreendem as participações da Sociedade em subsidiárias não abrangidas pelo âmbito da consolidação. Tais investimentos são contabilizados pelo custo de aquisição ou pelo valor resultante da avaliação feita pelo administrador, consoante o que for menor. As provisões para perdas são feitas com base numa avaliação prudente feita por um administrador. Aquando da alienação de participações em subsidiárias, a diferença entre o produto da alienação e o valor contabilístico da participação é levado a custos ou a proveitos. Reconhecimento de custos e proveitos Os custos e proveitos são reconhecidos nas demonstrações financeiras quando se tornam efectivos e são contabilizados de acordo com o mesmo princípio. 46 3. CUSTOS NÃO AMORTIZADOS RELATIVOS A TÍTULOS DE DÍVIDA E AUMENTOS DE CAPITAL 1999 EUR Custos no início do exercício.............................................................. Acréscimos........................................................................................... Custos integralmente amortizados....................................................... Custos no fim do exercício.................................................................. Amortização no início do exercício..................................................... Amortização do exercício.................................................................... Custos integralmente amortizados....................................................... Amortização no fim do exercício......................................................... Custos não amortizados no fim do exercício....................................... 4. 13 863 884 116 437 (4 940 198) 9 040 123 6 102 104 2 609 109 (4 940 198) 3 771 015 5 269 108 2000 EUR 9 040 123 9 040 123 3 771 015 1 852 737 5 623 752 3 416 371 PARTICIPAÇÕES EM SUBSIDIÁRIAS E SOCIEDADES DO GRUPO Espírito Santo Financial (Portugal) SA, Portugal..................... Bespar SGPS, Portugal............................................................. Espírito Santo Bank, EUA....................................................... Banco Espírito Santo SA, Portugal........................................... BES Investimento SA, Portugal................................................ Bank Espírito Santo (International) Ltd., Ilhas Caimão........... ESFIL - Espírito Santo Financière SA, Luxemburgo............... Banque Espírito Santo et de la Vénétie, França....................... Partran SGPS SA, Portugal....................................................... Centum SGPS SA, Portugal .................................................... ESIA - Inter-Atlântico Companhia de Seguros SA, Portugal .. Outras....................................................................................... Provisão para perdas em participações em empresas do grupo 1999 2000 EUR EUR 366 228 421 114 451 773 30 782 081 28 882 065 59 670 579 34 520 170 14 924 676 5 419 042 934 944 655 813 751 (2 958 872) 652 854 879 425 264 359 11 493 323 59 670 579 60 139 112 14 924 679 220 690 722 59 113 881 17 962 911 164 628 869 424 194 (3 000 000) 866 424 194 % do capital detida 98,9 0,3 100 100 40,7 66,7 99,1 85 O activo líquido e os resultados líquidos das subsidiárias em que a Sociedade detém mais de 50% são os seguintes: Activo Líquido EUR’000 Espírito Santo Financial (Portugal) SA,Portugal 31.12.2000 31.12.1999 Bank Espírito Santo (International) Ltd. Ilhas Caimão 31.12.2000 31.12.1999 ESFIL - Espírito Santo Financière SA, Luxemburgo 31.12.2000 31.12.1999 Partran SGPS SA, Portugal 31.12.2000 31.12.1999 Centum SGPS SA, Portugal 31.12.2000 31.12.1999 ESIA - Inter-Atlântico Companhia de Seguros SA, Portugal 31.12.2000 31.12.1999 47 Resultados Líquidos EUR’000 385 882 280 300 112 455 6 328 83 967 69 937 8 502 19 651 90 542 44 968 16 033 14 122 155 410 164 580 (4 478) 4 932 9 317 - 17 961 - 5 856 - (2 733) - Com base na sua avaliação das participações nas subsidiárias, os administradores consideram que as provisões para perdas, no valor de 3 milhões de euros, é adequada. 5. EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTOS A SUBSIDIÁRIAS 1999 EUR Banque Espírito Santo et de la Vénétie, França................................... ESFIL - Espírito Santo Financière SA, Luxemburgo.......................... Espírito Santo Financial (Portugal) SGPS SA. Portugal..................... Centum SGPS SA, Portugal................................................................ ESIA - Inter-Atlântico Companhia de Seguros SA, Portugal.............. 2000 EUR 4 573 470 4 48 662 968 65 - 79 - 11 1 53 236 438 163 573 222 979 336 995 107 470 834 127 477 192 100 O empréstimo de FRF 30.000.000 ao Banque Espírito Santo et de la Vénétie foi feito em 17 de Dezembro de 1992 para um prazo inicial de sete anos. O empréstimo foi renovado para o mesmo montante em 16 de Dezembro de 1999 por um prazo adicional de sete anos. O saldo devido pela ESFIL representa uma abertura de crédito no valor de CHF 59.040.000, uma abertura de crédito subordinada no valor de CHF 10.000.000 (ambas concedidas em 23 de Dezembro de 1993), uma abertura de crédito no valor de USD 5.700.000 concedida em 31 de Dezembro de 1997 e uma abertura de crédito no valor de EUR 13.700.000 concedida em 19 de Dezembro de 2000. Os montantes sacados ao abrigo das aberturas de crédito serão reembolsados com base numa notificação feita pela mutuante ou por acordo mútuo entre as partes. O crédito sobre a Centum SGPS SA representa uma abertura de crédito no valor de EUR 9.989.723 concedida em 28 de Julho de 2000 e uma abertura de crédito no valor de EUR 1.346.754 concedida em 22 de Dezembro de 2000. Os montantes sacados ao abrigo das aberturas de crédito serão reembolsados com base numa notificação feita pela mutuante ou por acordo mútuo entre as partes 6. DEVEDORES Os saldos de devedores compreendem essencialmente adiantamentos a curto prazo e créditos sobre as subsidiárias e entidades relacionadas. 7. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS A CURTO PRAZO A caixa e os depósitos bancários a curto prazo encontram-se essencialmente junto de um banco subsidiário. 8. CAPITAL SOCIAL Acções ordinárias Autorizado: 100.000.000 (1999 - 100.000.000) acções de 10 euros cada (1999 - 10 EUR cada)...................................................................................... Subscrito, emitido e integralmente liberado: 47.908.555 (1999 - 47.908.555) acções de 10 euros cada (1999 - 10 EUR cada)........................................................................................... 1999 EUR 2000 EUR 1 000 000 000 1 000 000 000 479 085 550 479 085 550 Depois de deliberar a alteração da moeda de denominação do capital social emitido de USD para EUR (ver Nota 1), a Assembleia Geral extraordinária que se realizou em 13 de Julho de 1999 deliberou aumentar o valor nominal do capital social emitido em 0.137 euros por acção para 10 euros. Este aumento de capital foi realizado através da incorporação de 6.563.472 euros da conta de prémios de emissão no capital social. 48 9. PRÉMIOS DE EMISSÃO, RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS Prémios de emissão EUR 31 de Dezembro de 1998............ Resultados do exercício anterior Transferência de resultados do exercício anterior........................ Aumento de capital por incorporação de reservas............ Acções próprias.......................... Diferenças cambiais com a alteração da moeda de reporte.... Dividendos pagos....................... 31 de Dezembro de 1999............ Resultados do exercício anterior Transferência de resultados do exercício anterior........................ Acções próprias.......................... Dividendos pagos....................... 31 de Dezembro de 2000............ Reserva legal EUR Reservas livres EUR 177 089 840 11 618 503 - Outras reservas EUR Resultados transitados EUR 17 772 685 - 5 898 288 - 1 676 694 78 011 - - (46 523 287) 46 523 287 - 170 526 368 13 295 197 (52 147) 1 629 840 (27 094 898) - 52 421 575 (30 713 642) 512 896 - 36 033 715 - 1 804 803 500 000 - (4 187 092) 2 794 434 170 526 368 15 100 000 (27 987 556) 4 187 092 56 608 667 (2 304 803) (33 775 531) 466 277 (6 563 472) - - - 316 676 32 664 567 (1 754 705) De acordo com a lei luxemburguesa, um mínimo de 5% dos lucros do exercício tem de ser transferido para a reserva legal até que esta reserva seja igual a 10% do capital social emitido. A reserva legal não pode ser distribuída. As reservas livres podem ser distribuídas de acordo com os desejos dos accionistas. A distribuição dos resultados de 1999 foi aprovada na Assembleia Geral de Accionistas que se realizou em 26 de Maio de 2000. Os accionistas deliberaram pagar dividendos de EUR 0,705 por acção relativamente a 47.908.555 acções ordinárias emitidas à data de 31 de Dezembro de 1999. Os dividendos atribuídos às acções próprias foram transferidos para reservas livres. A reserva para acções próprias em 31 de Dezembro de 2000, no valor de EUR 56.608.667 (1999: EUR 52.421.575) está incluído em Outras reservas e não é passível de distribuição. A Assembleia Geral extraordinária que se realizou em 3 de Dezembro de 1998 autorizou a ESFG a recomprar até 10% das suas acções ordinárias a um preço máximo de USD 20,5 por acção no prazo de 18 meses a contar d a data da assembleia. Em 17 de Agosto de 2000, uma Assembleia Geral extraordinária deliberou prorrogar essa autorização por mais 18 meses ao abrigo das mesmas condições. Em 31 de Dezembro de 2000, foram compradas 3.284.211 acções (1999: 3.256.182 acções) de 10 euros cada com um custo total de EUR 56.608.667 (1999: EUR 52.421.575). 10. EMPRÉSTIMOS 1999 EUR Obrigações de taxa variável com vencimento em 2002.............. 2000 EUR 136 000 000 136 000 000 As obrigações de taxa variável com vencimento em 2002, que vencem juros à taxa da oferta para depósitos Euribor a 3 meses + 0,1875% foram constituídas por um Instrumento de Trust datado de 17 de Julho de 1995, celebrado entre a emitente e a Law Debenture Trust Corporation Plc como trustee dos obrigacionistas. Não estão sujeitas a conversão em acções da Sociedade. 11. OUTRAS DÍVIDAS Juros a pagar........................................................................................ 49 1999 EUR 2000 EUR 1 088 257 1 721 564 Dívidas a empresas do grupo............................................................... Dívidas diversas................................................................................... 10 385 899 121 489 065 3 534 440 6 917 062 15 008 596 130 127 691 As dívidas a empresas do grupo incluem EUR 108.657.702 devidos ao ESFG Overseas Ltd (1999: zero) e EUR 12.829.127 devidos ao Espírito Santo Financial (Portugal) SGPS SA. O adiantamento da ESFG Overseas Ltd tem a natureza duma abertura de crédito e será reembolsado com base numa notificação feita pela mutuante ou por acordo mútuo de ambas as partes. O montante devido à Espírito Santo Financial (Portugal) foi integralmente pago em Janeiro de 2001. 12. PROVEITOS DE ACTIVOS FINANCEIROS 1999 EUR Dividendos: Bank Espírito Santo (International) Ltd., Ilhas Caimão...................... Espírito Santo Financial (Portugal) S.A., Portugal.............................. Espírito Santo Bank, EUA................................................................... E.S. Financial (BVI) SA, Ilhas Virgem Britânicas.............................. Bespar SGPS, Portugal........................................................................ BES Investimento SA, Portugal.......................................................... Banque Espírito Santo et de la Vénétie, França.................................. Outros................................................................................................. Total de dividendos............................................................................. Proveitos da venda de participações em subsidiárias.......................... Juros.................................................................................................... 2000 EUR 19 890 601 8 562 625 4 280 280 483 712 605 720 1 535 831 3 735 950 822 807 2 235 591 186 084 118 111 128 080 33 649 278 8 936 114 510 176 271 899 3 483 470 2 778 224 37 133 258 187 986 237 Os proveitos da venda de participações em subsidiárias em 2000 incluem: − − − − 13. EUR 8.826.053 de acções do BES Investimento SA vendidas ao Banco Espírito Santo SA, uma sociedade do grupo, no seguimento duma OPA lançada no primeiro trimestre de 2000. EUR 128.492.732 de acções da Bespar SGPS vendidas à Espírito Santo Financial (Portugal) SA, uma sociedade do grupo. EUR 38.105.668 de acções da ESB vendidas ao Banco Espírito Santo SA, uma sociedade do grupo. EUR 847.446 de acções da Companhia de Seguros Tranquilidade SA vendidas à Partran SGPS, uma sociedade do grupo, no seguimento duma OPA lançada no segundo trimestre de 2000. OUTROS PROVEITOS 1999 EUR Swaps de taxa de juros......................................................................... Outros proveitos.................................................................................. 10 571 066 134 659 10 705 725 2000 EUR 4 656 4 656 14. COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIAS Em Junho de 1998, a ESFG emitiu uma garantia a favor da ESFG Overseas Ltd para cobrir o pagamento de dividendos e liquidação das Acções Preferenciais Garantidas Não Cumulativas no valor de DEM 300 milhões e DEM 250 milhões emitidas pela ESFG Overseas Ltd. 15. TRIBUTAÇÃO A Sociedade está classificada como uma sociedade holding ao abrigo da lei luxemburguesa e, em consequência, actualmente não são devidos impostos luxemburgueses sobre o rendimento nem as mais valias. A Sociedade está sujeita a uma “taxa de subscrição” (taxe d’abonnement) de 0,20% por ano sobre o valor médio de mercado do capital social emitido. Os dividendos e os juros podem estar sujeitos a retenções na fonte não passíveis de recuperação nos países de origem das remessas para o Luxemburgo. 50 5.1.2. Balanços e Contas de Resultados Consolidadas dos Exercícios de 1998, 1999 e 2000 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. E SUBSIDIÁRIAS Balanços Consolidados em 31 de Dezembro de 1998, 1999 e 2000 (Tradução livre do original em língua inglesa) 31 de Dezembro de 1998* 1999 2000 (Em milhões de Euros) ACTIVO Caixa e bancos Depósitos bancários remunerados Outros Depósitos remunerados 977,7 1.483,7 1.699,5 3.278,4 3.013,1 2.183,6 672,6 - - 1.167,8 6.337,1 1.074,1 6.876,6 623,3 7.676,2 14.933,5 (441,6) 18.416,3 (529,8) 23.626,9 (625,6) Acréscimos de juros Imóveis e equipamento Outros activos 195,8 516,2 1.084,6 204,0 524,8 1.458,9 271,5 540,7 1.386,0 TOTAL DO ACTIVO 28.722,1 32.521,7 37.382,1 5.471,2 4.725,2 8.996,9 221,2 1.987,8 2.318,6 650,8 2.403,0 26.774,7 5.791,3 4.877,5 10.680,7 370,2 1.006,1 3.094,9 769,7 3.735,9 30.326,3 1.885,0 6.095,1 11.722,8 699,5 2.229,7 4.011,4 896,2 7.945,3 35.485,0 1.509,8 1.755,1 1.727,8 405,6 479,1 479,1 Acções próprias, a valor de custo Prémios de emissão Resultados transitados Reservas de reavaliação Outros resultados globais acumulados (5,1) 33,9 (2,6) 12,1 (6,3) (45,7) 9,1 (21,5) 13,1 6,2 (72,8) (233,3) 3,0 (6,7) TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 437,6 440,3 169,3 28.722,1 32.521,7 37.382,1 Títulos - Negociação Títulos - Investimento (valor de mercado EUR6.430,8, EUR6.906,9 e EUR7.714,3 respectivamente) Crédito sobre clientes Provisões específicas para riscos de crédito PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA Depósitos de bancos Depósitos à ordem Depósitos a prazo Títulos vendidos com acordo de recompra Outros empréstimos de curto prazo Provisões técnicas (seguros) Acréscimos de juros e outros passivos Empréstimos e outra dívida de longo prazo TOTAL DO PASSIVO INTERESSES MINORITÁRIOS SITUAÇÃO LÍQUIDA Acções ordinárias, EUR 10 de valor nominal; 100.000.000 acções autorizadas (1999 : 100.000.000) 47.908.555 acções emitidas e em circulação (1999: TOTAL DO PASSIVO E DA SITUAÇÃO LÍQUIDA Compromissos, contingências, instrumentos derivados e outros instrumentos financeiros com risco extrapatrimonial (Nota 21). As notas anexas constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas. * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 (1 Euro = 1,0139 USD) 51 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. E SUBSIDIÁRIAS Demonstração de Resultados Consolidadas para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 1998, 1999 e 2000 (Tradução livre do original em língua inglesa) 1998* 31 de Dezembro de 1999 (Em milhões de Euros) 2000 JUROS RECEBIDOS Juros de empréstimos Juros e dividendos de títulos: Títulos - Carteira de Negociação Títulos - Carteira de Investimento Outros juros Total de juros recebidos 897,9 949,3 1.267,0 34,3 222,0 188,1 1.342,3 15,3 215,3 173,0 1.352,9 11,7 266,4 200,3 1.745,4 645,3 16,2 71,4 84,1 1,9 818,9 558,5 5,6 87,0 108,1 --759,2 705,6 22,7 116,3 255,1 --1.099,7 523,4 -128,4 395,0 593,7 -133,5 460,2 645,7 -135,2 510,5 202,2 31,1 50,2 1.045,4 76,6 105,2 1.510,7 242,1 41,8 86,3 1.252,2 76,2 112,6 1.811,2 315,3 31,0 31,7 1.525,2 113,1 119,2 2.135,5 312,5 57,2 869,9 47,9 66,9 31,1 254,6 1.640,1 314,4 52,7 1.056,1 51,5 52,8 59,9 323,9 1.911,3 361,3 62,6 1.302,5 77,6 59,0 70,9 355,0 2.288,9 265,6 -58,7 -138,9 360,1 -68,9 -201,4 357,1 -74,6 -177,9 0,6 68,6 -6,3 83,5 1,7 106,3 1,51 1,47 1,84 1,84 2,42 2,42 45 460 883 47 901 679 45 380 748 45 380 748 43 943 526 43 943 526 JUROS PAGOS Juros de depósitos Juros de títulos vendidos com acordo de recompra Juros de outros empréstimos de curto prazo Juros de empréstimos e dívida de longo prazo Juros de obrigações convertíveis Total de juros pagos JUROS LÍQUIDOS Provisão para riscos de crédito Juros líquidos após dedução para a provisão para riscos de crédito OUTROS PROVEITOS Comissões Lucros líquidos de operações financeiras Mais-valias líquidas da carteira de investimento Proveitos de seguros Mais valias líquidas de operações cambiais Outros proveitos operacionais Total de outros proveitos OUTROS CUSTOS Salários e regalias sociais Custos de ocupação Custos de sinistros Subscrição de seguros e despesas relacionadas Reintegrações Amortizações Outros custos Total de outros custos Resultados antes de impostos e interesses minoritários Impostos sobre o rendimento Interesses minoritários nos resultados das subsidiárias consolidadas Resultados de empresas associadas RESULTADOS LÍQUIDOS RESULTADOS LÍQUIDOS POR ACÇÃO Básico Diluído Número médio ponderado de acções em circulação: Para resultados básicos por acção Para resultados diluídos por acção As notas anexas constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas. * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 (1 Euro = 1,0139 USD) 52 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS VARIAÇÕES NA SITUAÇÃO LÍQUIDA (Tradução livre do original em língua inglesa) Exercício findo em 31 de Dezembro de 1998* 1999 2000 Resultados Situação Resultados Situação Resultados Situação Globais líquida Globais líquida Globais líquida (Em milhões de Euros) Acções ordinárias: Saldo inicial Emitidas com a conversão de obrigações convertíveis Capitalização de reservas na redenominação de acções ordinárias para Euros Incorporação de reservas Saldo final 345,8 405,6 479,1 59,8 — — — 66,9 — — 405,6 6,6 479,1 — 479,1 Prémios de emissão: Saldo inicial Conv. de obrigações convertíveis Conversão p/ acções ordinárias Amortização das diferenças de consolidação Saldo final 1,6 33,9 9,1 35,8 — — — (6,6) — (3,5) 33,9 (18,2) 9,1 (9,1) — (35,7) (2,6) (21,5) — — (235,9) — — 8,0 — (66,9) — (5,2) (5,8) (8,3) Resultados transitados: Saldo inicial Amortização das diferenças de consolidação Incorporação da reserva de reavaliação Capitalização de reservas na redenominação de acções ordinárias para Euros Prémios pagos a empregados, líquidos de interesses minoritários Dotação para o fundo de pensões aprovada pelos accionistas, líquida de interesses minoritários Resultados líquidos Dividendos de acções ordinárias (USD 0,63, USD 0,65 e EUR 0,705, respectivamente) Saldo final (4,7) 68,6 68.6 (4,7) 83,5 83,5 (50,9) 106,3 (25,6) (2,6) (25,0) (21,5) Saldo inicial 2,5 12,1 13,1 Transf. p/ resultados transitados — — (8,0) 9,6 1,0 (2,1) 12,1 13,1 3,0 106,3 (31,0) (233,3) Reserva de reavaliação: Aumento (decréscimo) Saldo final As notas anexas constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas. * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 (1 Euro = 1,0139 USD) 53 Exercício findo em 31 de Dezembro de 1998* 1999 2000 Situação Resultados Situação Resultados Situação Resultados líquida Globais líquida Globais líquida Globais (Em milhões de Euros) Outros resultados acumulados globais Ajustamentos acumulados decorrentes da conversão de moeda estrangeira Saldo inicial, líquido de impostos (2,9) Ajustamentos de conversão sem impacto fiscal Saldo final, líquido de impostos (2,5) (5,4) Mais-valias (menos-valias) em títulos de investimento disponíveis para venda, detidos pelas actividades seguradoras Saldo inicial, líquido de interesses minoritários Proveitos (custos) adicionais líquidos de interesses minoritários e sem impacto fiscal (5,4) (2,5) 0,5 (1,4) 11,8 6,4 6,4 11,8 (0,9) (1,4) 0,7 2,1 8,5 (0,2) 0,7 (15,0) Saldo final, líquido de interesses minoritários (0,9) (0,2) (15,2) Total de outros resultados acumulados globais, líquido de impostos (6,3) 6,2 (6,7) Menos: acções próprias a custo de aquisição (5,1) (45,7) (72,8) 437,6 440,3 169,3 Total da situação líquida Total de resultados globais 64,7 2,1 96,0 (15,0) 93,4 As notas anexas constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas. * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 (1 Euro = 1,0139 USD) 54 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. E SUBSIDIÁRIAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000, 1999 E 1998 NOTA 1 — ORGANIZAÇÃO E ACTIVIDADE A Espírito Santo Financial Group SA (ESFG), anteriormente denominada Espírito Santo Financial Holding SA, é uma sociedade anónima (“société anonyme”) constituída ao abrigo das leis do Grão Ducado do Luxemburgo em 28 de Novembro de 1984. A ESFG foi constituído para servir de sociedade holding para todas as actividades financeiras e seguradoras da E.S. International Holding SA (ESIH). A ESIH, a principal accionista, é uma sociedade holding baseada no Luxemburgo para os interesses da família Espírito Santo. Os interesses não financeiros da ESIH são detidos pela Espírito Santo Resources Ltd., Bahamas (ESR), que está envolvida em actividades agrícolas, hoteleiras, imobiliárias e outras. A expressão o “Grupo” empregue doravante refere-se à ESFG e às suas subsidiárias. O Grupo opera através de bancos comerciais em Portugal, França, Espanha e Estados Unidos, companhias seguradoras em Portugal e Espanha, bancos de investimento em Portugal, Espanha, Brasil e Ilhas Caimão e uma sociedade gestora de patrimónios internacional na Suíça. As maiores subsidiárias na área bancária e seguradora à data de 31 de Dezembro de 2000 eram o Banco Espírito Santo SA (BES), Lisboa, e a Companhia de Seguros Tranquilidade SA (Tranquilidade), Lisboa. O Grupo detém uma participação com direito de voto no BES que ascende a 48,3%, um nível que não pode exceder 50%, sob pena de levar à aplicação da legislação portuguesa sobre ofertas públicas de aquisição, que a obrigaria a fazer uma oferta para comprar todas as acções em circulação. Apesar disso, a Sociedade consolida o BES porque a sua participação lhe dá o controlo efectivo dos direitos de voto. Entre outros aspectos, ao abrigo da lei portuguesa, os direitos de voto do Grupo permitem-lhe continuar indefinidamente a controlar o Conselho de Administração do BES porque os Administradores do BES nomeados pelo Grupo só podem ser demitidos através do voto da maioria das acções em circulação (maioria essa que não pode ser atingida sem o voto do Grupo). Durante 2000, o Grupo levou a cabo uma reestruturação para redefinir a sua estrutura segundo a função bancária e a função seguradora. Esta reestruturação incluiu a compra das acções em circulação do BES Investimento e da Tranquilidade, bem como da ESF (Portugal) SGPS SA e da Centum SGPS SA, através duma série de operações internas e externas. Fora de Portugal, o Grupo também adquiriu a Benito y Monjardim, a maior corretora espanhola independente, e a Hiscapital, uma sociedade gestora de activos. Em França, adquiriu 73,9% do Via Banque, um pequeno banco francês. Subsidiárias e Filiais Consolidadas do Grupo A principal actividade de cada uma das subsidiária e filiais do Grupo à data de 31 de Dezembro de 2000 era a seguinte e os direitos de voto e interesses económicos relacionados à data de 31 de Dezembro de 2000 e 1999 figuram nos quadros seguintes: Sociedade ADVANCECARE -- Gestão e Serviços de Saúde, SA BES - Banco Espírito Santo, SA BES.COM -- BES.COM, SGPS, SA BES FINANCE -- BES Finance Ltd. BES INVESTIMENTO -- Banco Espírito Santo de Investimento, SA BESIL -- Bank Espírito Santo International Ltd. BESLEASING IMOBILIARIA -- BESLEASING Imobiliária — Sociedade de Locação Financeira, SA BESLEASING MOBILIARIA -- BESCLEASING Mobiliária — Sociedade de Locação Financeira, SA BESNAC -- Banco Espírito Santo North American Capital Corp. BES OVERSEAS -- BES Overseas Ltd. BES-ORIENTE -- Banco Espírito Santo do Oriente, SA BESPAR -- BESPAR, SGPS, SA BESSA -- Banco Espírito Santo, SA BES VENETIE — Banque Espírito Santo et de la Vénétie, SA Sociedade Actividade Localização Consultoria de seguros Banca Banca electrónica Emissão de obrigações europeias (Euro Notes) Banca de Investimento Banca Leasing Portugal Ilhas Caimão Portugal Leasing Portugal Emissão de papel comercial Emissão de acções preferenciais Banca Sociedade holding Banca Banca EUA Actividade 55 Portugal Portugal Ilhas Caimão Portugal Ilhas Caimão Macau Portugal Espanha França Localização BIC -- Banco Internacional de Crédito, SA BM -- Benito y Monjardim SVB CBESSA -- Compagnie Bancaire Espírito Santo, SA CÊNTIMO -- CÊNTIMO -- Sociedade de Serviços, Lda CENTUM -- CENTUM -- Sociedade Gestora de Participações Sociais, AS CMAF -- Capital Mais -- Assessoria Financeira, SA COMINVEST -- COMINVEST -- Sociedade de Gestão e Investimento Imobiliário, SA CREDIBOM -- CREDIBOM SFAC, SA CREDIFLASH -- CREDIFLASH Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, SA ES CAPITAL -- E.S. CAPITAL -- Sociedade de Capital de Risco, SA ES COBRANÇAS -- Espírito Santo Cobranças, SA ES CONTACT CENTER -- E.S. CONTACT CENTER -- Gestão de Call Centers, SA ESFIL -- ESFIL -- Espírito Santo Financière, SA ESIAM -- Espírito Santo International Asset Management Ltd. ES INTERACTION -- ES Interaction -- Sistemas de Informação Interactivos, SA ES INVESTIMENTOS -- Espírito Santo Investimentos Ltda ES INVESTMENT PLC -- Espírito Santo Investment PLC ES REPRESENTAÇÕES -- Espírito Santo Representações Ltda ES SAÚDE -- Espírito Santo Saúde SGPS, SA ES SEGUROS -- Espírito Santo Companhia de Seguros, SA ES SERVICIOS -- Espírito Santo Servicios, SA ESAF Capital Management Ltd. ESAF -- ESAF -- Holding GmbH ESAF ID -- ESAF -- International Distributors Ltd. ESAF CM -- Espírito Santo Capital Management Ltd. ESAF -- PI -- Espírito Santo Participações Internacionais SGPS SA ESAF -- SGPS -- Espírito Santo Activos Financeiros SGPS,SA ESAF-FII -- Espírito Santo Fundos de Investimentos Imobiliários , SA ESAF-FIM -- Espírito Santo Fundos de Investimentos Mobiliários, SA ESAF-FP -- Espírito Santo Fundo de Pensões, SA ESAF-IM -- Espírito Santo International Management, SA ESB -- Espírito Santo Bank ESCG -- Espírito Santo Consultores de Gestão, SA ESCLINC -- Espírito Santo e Comercial de Lisboa Inc. ESDI -- Espírito Santo Data Informática, SA ES DEALER -- Espírito Santo Dealer -- Sociedade Financeira de Corretagem, SA ESF (BVI) -- Espírito Santo Financial (BVI), SA ESF(P) -- Espírito Santo Financial (Portugal), SGPS, SA ESFC -- Espírito Santo Financial Consultants (Gestão de Patrimónios), SA ESFG OVERSEAS -- ESFG Overseas Ltd. ESGER – ESGER Empresa de Serviços e Consultadoria, SA 56 Banca Corretagem Gestão de activos Custódia Sociedade holding Portugal Espanha Suíça Portugal Portugal Gestão de fundos de investimento Imobiliário Portugal Crédito ao consumo Crédito ao consumo Portugal Portugal Capital de risco Portugal Cobrança de dívidas Banca telefónica Portugal Portugal Sociedade holding Gestão de fundos de investimento Serviços informáticos Banca de Investimento Corretagem Escritório de representação Sociedade holding Seguros Seguros Gestão de fundos Gestão de activos Gestão de fundos Luxemburgo Ilhas Virgem Britânicas Portugal Gestão de fundos Sociedade holding Sociedade holding Gestão de fundos imobiliários Gestão de fundos de investimento Gestão de fundos de pensões Gestão de fundos de investimento Banca Consultoria Escritório de representação Serviços informáticos Corretagem Financiamento Sociedade holding Gestão de patrimónios Emissão de acções preferenciais Consultoria Portugal Brasil Irlanda Brasil Portugal Portugal Espanha Irlanda Áustria Ilhas Virgem Britânicas França Portugal (Madeira) Portugal Portugal Portugal Portugal Luxemburgo EUA Portugal EUA Portugal Portugal Ilhas Virgem Britânicas Portugal Portugal Ilhas Caimão Portugal Sociedade ESGEST -- ESGEST -- Espírito Santo Gestão de Instalações, Aprovisionamento e Comunicações, SA ESIA -- ESIA -- Inter-Atlântico Companhia de Seguros, SA ESGP – Espírito Santo Gestão de Patrimónios, SA ES-LM -- Espírito Santo Latin Management Ltd. ESOR – Espírito Santo do Oriente -- Estudos Financeiros e de Mercado de Capitais Lda ES OVERSEAS -- Espírito Santo Overseas Ltd. ES BANKEST – ES BANKEST, LLC ES BELGIQUE -- Espírito Santo Belgique, SA ES SEGURANÇA- Espírito Santo Equipamentos e Segurança, SA ES PLC -- Espírito Santo PLC ES SECURITIES -- Espírito Santo Securities Inc. ESSI COMUNICAÇÕES -- ESSI Comunicações, SGPS, SA ESSI INVESTIMENTOS -- ESSI Investimentos, SGPS, SA ESSI SGPS -- ESSI, SGPS, SA ESUMEDICA -- ESUMÉDICA -- Prestação de Cuidados Médicos, SA EUROGES -- EUROGES -- Aquisição de Créditos a Curto Prazo, SA EURO SERVICE COLLECT -- Euro Service Collect (anteriormente denominada Paris Encaissements SA) EUROP ASSISTANCE -- EUROP ASSISTANCE -- Companhia Portuguesa de Seguros de Assistência, SA GESFINC -- GESFINC -- Espírito Santo Estudos Financeiros e de Mercado de Capitais, SA IA -- Inter-Atlantico, SA ES INVERSIONES SA -- Espírito Santo Inversiones, SA FIDUPRIVATE -- FIDUPRIVATE -Sociedade de Serviços, Consultadoria e Administração de Empresas, SA GES BM -- GES BM GESCAPITAL -- GESCAPITAL GESTION HISCAPITAL -- HISCAPITAL AV, SA OLPI -- Omnium Lyonnais de Participations Industrielles, SA PARTRAN -- PARTRAN, SGPS, SA SCI Georges Mandel SPAINVEST -- SPAINVEST, SA TRANQUILIDADE -- Companhia de Seguros Tranquilidade, SA TRANQ.-VIDA -- Companhia de Seguros Tranquilidade Vida, SA VIA BANQUE -- Via Banque SA 57 Actividade Localização Serviços técnicos Portugal Seguros Gestão de patrimónios Gestão de fundos de investimento Portugal Portugal Ilhas Virgem Britânicas Macau Emissão de acções preferenciais Factoring Escritório de representação Equipamento de segurança Sociedade financeira não bancária Corretagem Sociedade holding Sociedade holding Sociedade holding Saúde Ilhas Caimão Factoring Portugal Cobrança de dívidas França Assistência privada Portugal Subscrição e análises sectoriais Sociedade holding Serviços Consultoria Portugal EUA Bélgica Portugal Irlanda EUA Portugal Portugal Portugal Portugal Brasil Espanha Portugal Corretagem Gestão de patrimónios Sociedade de investimento Sociedade de investimento Sociedade holding Imobiliário Sociedade holding Seguros Espanha Espanha Portugal França Luxemburgo Portugal Seguros de vida Portugal Banca França Espanha França 31 de Dezembro de 31 de Dezembro de 1999 2000 ___________________ ____________________ Direitos Interesse Direitos Interesse de voto económico de voto económico ADVANCECARE BES BES FINANCE BES INVESTIMENTO BES OVERSEAS BES VENETIE BES.COM BESIL BESLEASING IMOBILIARIA BESLEASING MOBILIARIA BESNAC BES-ORIENTE BESPAR BESSA BIC BM CBESSA CÊNTIMO CENTUM CMAF COMINVEST CREDIBOM CREDIFLASH ES CAPITAL ES COBRANÇAS ES CONTACT CENTER ES DEALER ES INTERACTION ES INVESTIMENTOS ES INVESTMENT PLC ES REPRESENTAÇÕES ES SAÚDE ES SEGUROS ES SERVICIOS ESAF -- ESAF -- Holding GmbH ESAF -- PI ESAF -- SGPS ESAF Capital Management Ltd. ESAF CM ESAF ID ESAF-FII ESAF-FIM ESAF-FP ESAF-IM ESB ESCG ESCLINC ESDI ESF (BVI) ESF(P) ESFC ESFIL • 51,0% 50,0% 100,0% 66,0% 100,0% 61,7% — 100,0% 81,7% 83,0% 100,0% 99,2% 59,1% 100,0% 100,0% — 100,0% 100,0% — 100,0% 100,0% 60,0% 100,0% 99,7% 100,0% — 100,0% — — 100,0% 100,0% — 100,0% 99,9% 100,0% 100,0% 90,0% 100,0% 80,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 99,8% 99,4% 90,0% 100,0% 76,1% 100,0% 90,0% 100,0% 100,0% 13,8% 26,0% 26,0% 30,1% 0,0% 46,1% — 100% 21,3% 21,6% 26,0% 25,8% 55,1% 26,0% 26,0% — 100,0% 26,2% — 24,1% 28,7% 15,6% 25,1% 26,5% 24,6% — 27,8% — — 30,1% 26,0% — 26,7% 25,8% 24,1% 24,1% 24,1% 24,1% 19,3% 24,1% 24,1% 24,1% 24,1% 24,1% 99,4% 21,7% 26,0% 20,1% 100,0% 90,0% 24,1% 100,0% 51,0% 48,3%* 100,0% 100,0% 100,0% 61,7% 100,0% 100,0% 82,1% 83,2% 100,0% 99,8% 65,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 99,1% 100,0% 49,0% 60,0% 99,9% 99,7% 100,0% 95,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 41,4% 91,0% 100,0% 100,0% 100,0% 90,0% 100,0% 80,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 99,8% 98,4% 90,0% 100,0% 76,1% 100,0% 98,9% 90,0% 100,0% 34,0% 31,3% 31,3% 31,3% 31,3% 47,2% 31,3% 100% 26,0% 26,3% 31,3% 31,2% 64,3% 31,3% 31,3% 31,3% 100,0% 31,3% 99,1% 29,9% 23,8% 18,8% 30,5% 31,2% 29,7% 43,0% 31,3% 33,1% 31,3% 31,3% 31,3% 29,2% 49,7% 31,3% 29,9% 29,9% 29,9% 29,9% 23,9% 29,9% 29,9% 29,9% 29,9% 29,8% 30,8% 21,7% 31,3% 33,4% 100,0% 98,9% 28,2% 100,0% Durante o ano 2000, o BES adquiriu acções próprias no valor de EUR 73,3. Com base nas acções próprias, a ESFG manteve 50% dos direitos de voto do BES. 58 31 de Dezembro de 1999 31 de Dezembro de 2000 ____________________ ____________________ __ _ Direitos de Interesse Direitos de Interesse voto económico voto económico ESIAM ESFG OVERSEAS ESGER ESGEST ESIA ESGP ES-LM ESOR ES OVERSEAS ES BANKEST ES Belgique ES SEGURANÇA ES PLC ES SECURITIES ESSI COMUNICAÇÕES ESSI INVESTIMENTOS ESSI SGPS ESUMEDICA EUROGES EURO SERVICE COLLECT EUROP ASSISTANCE GESFINC IA ES INVERSIONES SA FIDUPRIVATE GES BM GESCAPITAL HISCAPITAL OLPI PARTRAN SCI Georges Mandel SPAINVEST TRANQUILIDADE TRANQ.-VIDA VIA BANQUE 49,0% 100,0% 99,8% 100,0% — 100,0% 98,0% 0,0% 100,0% 50,0% 100,0% 75,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 47,0% 100,0% 27,2% 100,0% 99,8% — — — 99,9% 57,6% 100,0% 100,0% 51,8% 100,0% — 9,9% 0,0% 26,0% 26,0% — 24,1% 23,6% 0,0% 0,0% 50,0% 100,0% 49,0% 26,0% 30,1% 30,1% 30,1% 30,1% 27,0% 26,0% 46,1% 12,5% 27,0% 7,1% 100,0% 26,7% — — — 46,1% 52,1% 41,6% 26,0% 27,1% 27,1% — 49,0% 100,0% — 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 90,0% 100,0% 50,0% 100,0% 75,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 47,0% 100,0% 50,0% 100,0% 99,8% 100,0% 69,0% 100,0% 99,9% 66,7% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 73,9% 14,7% 0,0% — 31,3% 99,8% 29,9% 31,3% 28,1% 0,0% 15,7% 100,0% 63,3% 31,3% 31,3% 31,3% 31,3% 31,3% 57,9% 31,3% 47,2% 23,2% 34,6% 15,7% 29,0% 57,8% 29,0% 20,0% 31,3% 47,2% 66,7% 43,7% 31,3% 66,7% 66,7% 73,9% NOTA 2 — RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS Base de preparação Relativamente a todos os anos apresentados, as demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade com os princípios e práticas contabilísticas aplicáveis em Portugal ao sector de serviços financeiros. A elaboração das demonstrações financeiras exige que a administração faça estimativas e se baseie em pressupostos que afectam os valores reportados para os activos e passivos, a divulgação de activos e passivos contingentes à data das demonstrações financeiras e os valores reportados de proveitos e despesas durante o período de reporte. Os resultados efectivos podem divergir de tais estimativas. Os activos detidos pelas empresas do Grupo ESFG numa qualidade fiduciária ou como agente não são considerados activos detidos pelo Grupo e, em consequência, não estão incluídos nas demonstrações financeiras. Na assembleia geral extraordinária realizada em 13 de Julho de 1999, foi deliberado alterar a moeda de reporte do Grupo de dólares para euros, com efeitos a contar dessa data. Por favor consulte a Nota 2 (Valores comparados) relativa às demonstrações financeiras comparadas. Princípios de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas, expressas em euros, incluem as contas da ESFG e das suas subsidiárias que esta controla directamente ou indirectamente através de outras subsidiárias. As participações em sociedades que o Grupo não controla efectivamente, mas em que tem a capacidade de exercer uma influência significativa nas políticas operacionais e financeiras são contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial e estão incluídas nos outros activos. As outras participações são contabilizadas pelo método do custo de aquisição. O capital e resultados líquidos atribuíveis a interesses minoritários (líquido de impostos) figuram separadamente nos seus balanços e nas suas demonstrações de resultados, respectivamente. 59 Os saldos e operações significativos dentro do grupo e entre sucursais foram eliminados pelo processo da consolidação da demonstrações financeiras à data de 31 de Dezembro de 1998, 1999 e 2000. Conversão de moeda estrangeira As contas do Grupo estão expressas em euros. Os activos e passivos das subsidiárias da ESFG que têm a sua contabilidade expressa em moedas que não sejam o euro foram convertidas para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. Os resultados da exploração dessas subsidiárias são convertidos para euros à taxa de câmbios média do ano. Os ajustamentos de conversão resultantes da conversão dos activos líquidos das subsidiárias expressos em moedas que não sejam o euro são registados numa conta separada da situação líquida, “Outros resultados globais acumulados”. Os activos, passivos e compromissos expressos em moedas que não sejam a moeda de reporte das subsidiárias são contabilizados como segue: as posições à vista são reconvertidas às taxas de câmbio em vigor no fim do ano e as diferenças cambiais relacionadas são incluídas na demonstração de resultados. O Grupo utiliza contratos de câmbios a prazo para cobrir activos, passivos e compromissos firmes identificáveis denominados nessas moedas, conforme é considerado necessário. Os ganhos e perdas resultantes são calculados por referência à diferença entre a taxa à vista em vigor nessa data e a taxa à vista no início do contrato e são incluídas na demonstração de resultados. Os descontos ou os prémios dos contratos a prazo são registados separadamente das perdas e ganhos cambiais e são amortizados por contrapartida de proveitos ao longo d a vida do contrato. Os contratos de swap de taxas de juro em divisas, que são todos utilizados como cobertura, são registados em contas extrapatrimoniais pelos valores teóricos subjacentes aos swaps. Todos os juros relacionados são contabilizados ao longo da vida dos contratos de swap e registados como perdas ou ganhos líquidos de operações cambiais na demonstração de resultados. Caixa e disponibilidades A rúbrica de caixa e disponibilidades inclui a caixa, débitos de bancos e depósitos bancários remunerados com um prazo original inferior a 90 dias. Títulos da carteira de negociação Os títulos da carteira de negociação são contabilizados ao seu valor de mercado, sendo as mais-valias e as menos-valias reconhecidos na demonstração de resultados, salvo quanto às mais-valias não realizadas relativas a participações no capital para as quais não existe um mercado líquido. Estas mais-valias são diferidas na rúbrica outros passivos até que sejam realizadas. As operações sobre títulos da carteira de negociação são reportadas de acordo com a data da sua negociação. Títulos da carteira de investimento Os títulos relativamente aos quais o Grupo tem a intenção firme e a capacidade de os manter em carteira até ao seu vencimento são classificados como títulos da carteira de investimento detidos até ao vencimento e são registados ao seu custo amortizado, salvo se obrigarem à constituição duma provisão para desvalorização permanente. Os títulos da carteira de investimento disponíveis para venda, que são os títulos que podem ser vendidos em resposta ou antecipação de movimentos nas taxas de juro e aos riscos de reembolso e outros factores daí resultantes, são contabilizados ao seu custo de aquisição ou ao seu valor de mercado, consoante o que for menor, numa base individual pelas operações bancárias do Grupo, sendo as menos-valias não realizadas integralmente provisionadas na demonstração de resultados. As mais-valias não realizadas não são reconhecidas. Quanto às operações de seguros, as mais-valias ou menos-valias não realizadas, líquidas dos impostos sobre o rendimento aplicáveis, relativas a títulos de participação no capital integradas na carteira de investimento, são creditadas ou debitadas na rúbrica de outros resultados globais acumulados. Os títulos de dívida são contabilizados ao seu custo de aquisição amortizado. As mais-valias e menos-valias na venda de todos os títulos do Grupo são determinadas operação a operação. Provisões para riscos de crédito e riscos-país As provisões para riscos de crédito do Grupo são feitas de acordo com as determinações regulamentares aplicáveis emitidas pelo Banco de Portugal e compreendem: (i) Provisões específicas baseadas numa análise na duração da mora do crédito mal parado e dos juros vencidos. Os empréstimos são classificados como crédito mal parado quando estão em mora há mais de 30 dias. A taxa da provisão varia entre 1% e 100%, dependendo da duração da mora face à data de pagamento original e varia consoante o crédito beneficie ou não de garantias; (ii) Provisões específicas para créditos de cobrança duvidosa ainda não vencidos que se aplica a clientes com prestações em mora equivalentes a 25% ou mais do seu crédito total, sendo esta provisão baseada numa quantia não inferior a 50% da cobertura média pela provisão específica exigida para o crédito vencido desse cliente; (iii) Provisões genéricas para cobrir eventuais perdas em empréstimos que façam parte de qualquer carteira de empréstimos bancários, incluindo a exposição em termos de 60 garantias, mas que não tenham sido especificamente identificados como crédito mal parado. De acordo com os regulamentos do Banco de Portugal, esta provisão não pode ser inferior a 1% do crédito e garantias totais, com exclusão do crédito a particulares com reembolso faseado, em que a provisão mínima exigida é de 1,5%; e (iv) Provisões para risco-país para os activos financeiros e rúbricas extrapatrimoniais relativas a créditos concedidos a empresas ou governos estrangeiros considerados de risco, com as seguintes excepções: - passivos em sucursais estrangeiras que estejam expressos e sejam devidos na moeda local desse país, cobertos por recursos denominados nessa mesma moeda; - investimentos em capital; - sucursais estrangeiras de bancos com sede nos estados membros da União Europeia; - activos garantidas por certas entidades conforme especificado na legislação aplicável, desde que a garantia cubra os riscos de transferência; e - empréstimos comerciais estrangeiros a curto prazo, desde que cumpram as regras do Banco de Portugal para ficarem isentos. As provisões para risco-país das sucursais estrangeiras do Grupo são determinadas de acordo com a regulamentação local. Na aplicação do processo acima identificado para calcular as provisões para riscos de crédito, o critério que prevalece é que as provisões têm de ser suficientes para efeitos comerciais. Imóveis e equipamento Os bens e equipamento figuram nas contas pelo seu valor de custo ou reavaliação abatido das reintegrações acumuladas. As reavaliações são feitas periodicamente de acordo com a legislação portuguesa relevante, aplicando os índices da inflação aprovados pelo governo aos custos históricos e reintegrações associadas acumuladas. Os movimentos gerados por estas reavaliações são registados na reserva de reavaliação, na situação líquida. As amortizações e reintegrações baseiam-se no custo ou valor reavaliado dos bens e são calculadas de acordo com o método das quotas constantes e a vida útil dos bens em causa. Os bens adquiridos em locação financeira são reintegrados durante o prazo da locação ou a vida útil estimada, consoante o que for menor. A vida útil estimada dos edifícios é de 25 a 50 anos, a do equipamento vai de 3 a 12 anos e a do equipamento informático de 4 a 5 anos. Investimentos imobiliários Os investimentos imobiliários são contabilizados ao seu custo de aquisição ou ao valor resultante d a reavaliação menos as reintegrações acumuladas e provisões para perdas de valor e figuram na rúbrica de outros activos. Os investimentos imobiliários das seguradoras do Grupo não são reintegrados. Os bens detidos a título de garantia e posteriormente adquiridos em hasta pública são contabilizados ao seu custo de aquisição ou ao justo valor de mercado, consoante o que for menor, menos os custos estimados d a venda e não são reintegrados. Activos Incorpóreos Os activos incorpóreos incluídos nos outros activos compreendem essencialmente programas informáticos comprados, custos de emissão de acções, custos de emissão de acções preferenciais, custos incorridos com a abertura de novas sucursais e outros activos incorpóreos diversos. Os activos incorpóreos são amortizados com base no seu custo e segundo o método de quotas constantes, sendo a amortização feita mensalmente e ao longo dum período de três anos. Custos diferidos de angariação de apólices e prémios a receber Os custos de angariação, constituídos por comissões e outros custos, variam segundo a produção d a actividade seguradora e estão essencialmente relacionados com esta. Os custos de angariação de seguros de vida são calculados aplicando uma percentagem fixa ao capital seguro, conforme determinado pela autoridade reguladora portuguesa responsável pelo sector segurador e de fundos de pensões, o Instituto de Seguros de Portugal (“ISP”), e são amortizados ao longo da vida do contrato. Os custos de angariação do sector não-vida são amortizados segundo os prazos das apólices respectivas. Os prémios a receber são contabilizados líquidos de provisões para devedores duvidosos e estão incluídos na rúbrica de outros activos. Provisões técnicas (seguros) As provisões para indemnizações não liquidadas relativas a danos patrimoniais e pessoais incluem provisões para despesas estimadas esperadas relativas a sinistros participados, sinistros ocorridos mas não participados e despesas de liquidação associadas. As provisões são estimadas pela administração com base na experiência e dados disponíveis. Os ajustamentos a estas provisões são reflectidos nas demonstrações financeiras nos anos em que as estimativas são revistas ou as indemnizações liquidadas. A provisão para sinistros ocorridos mas não participados baseia-se na responsabilidade total estimada. 61 As provisões para o sector não-vida são calculadas segundo tabelas actuariais e fórmulas estabelecidas pelo ISP. Estas provisões figuram pelo seu valor líquido de custos de angariação diferidos e são amortizadas de acordo com as percentagens estabelecidas pelo ISP. As provisões para riscos em curso são contabilizadas com base na responsabilidade total estimada. Com início em 1998, de acordo com as regras do ISP, o Grupo incluiu neste cálculo os prémios registados relativos a contratos assinados antes da data do balanço, mas a serem emitidos no prazo de 30 dias a contar dessa data. Em 2000, o efeito da inclusão deste prémios importou um aumento de EUR7,5 milhões (1998: EUR6.6 milhões) nas provisões. Provisão para prémios não adquiridos A provisão para prémios não adquiridos é exigida para todos os produtos do ramo não-vida e baseiase numa avaliação dos prémios registados antes do fim do ano, mas em que o prazo do risco se prolonga para além desse fim de ano. De acordo com as normas estabelecidas pelo ISP, o Grupo calcula esta provisão numa base “pro rata temporis” para cada contrato em vigor. Goodwill O goodwill representa o excesso do custo de aquisição relativamente ao valor de balanço dos activos líquidos subjacentes. Anteriormente, a ESFG capitalizava o goodwill e amortizava-o ao longo dum período não superior a 25 anos. A partir de 14 de Novembro de 1997, a ESFG alterou o seu método de contabilização do goodwill, passando da sua capitalização e amortização faseada para a amortização directa do goodwill resultante da aquisição. Em 14 de Novembro de 1997, relacionado com esta alteração na contabilização e conforme permitido às instituições bancárias portuguesas pelo Plano de Contas do Sector Bancário (PCSB), a ESFG amortizou todo o goodwill que figurava nos seus livros a essa data por contrapartida de reservas de prémios de emissão e resultados transitados. Também conforme permitido pelo PCSB, o goodwill resultante de aquisições futuras será imediatamente amortizado por contrapartida da situação líquida. Acções próprias As acções próprias são contabilizadas ao seu custo de aquisição e abatidas à situação líquida. As maisvalias e menos-valias resultantes da alienação de acções próprias são levadas a resultados. Impostos sobre o rendimento A ESFG é uma sociedade de responsabilidade limitada (“société anonyme”) com um estatuto fiscal de sociedade holding ao abrigo das leis do Grão Ducado do Luxemburgo. O imposto sobre o rendimento é calculado com base no rendimento tributável na moeda local. As sociedades do Grupo estão sujeiras às leis fiscais dos países em que estão domiciliadas. Os impostos diferidos são contabilizados quando são significativos. Quanto às sociedades seguradoras, os impostos diferidos não são reconhecidos. Reconhecimento de proveitos As comissões geradas pelas actividades bancárias e os juros de empréstimos e títulos são registados quando são ganhos. Se os juros de empréstimos e adiantamentos forem de cobrança duvidosa ou estiverem em mora há mais de 30 dias (90 dias se beneficiarem de garantias reais), deixam de ser reconhecidos. Se no prazo de 90 dias após a data de vencimento os juros anteriormente reconhecidos ainda estiverem por pagar, são abatidos aos proveitos. Após essa data, os juros só são reconhecidos como proveitos quando são recebidos. Os prémios directos de seguros são reconhecidos como proveitos na data da contratação ou renovação das apólices de seguros. Os sinistros são contabilizados na medida e na data do incidente participado. Os prémios do ramo não-vida são reconhecidos como proveitos numa base pro-rata ao longo do prazo dos contratos associados. A parte não vencida dos prémios é registada como prémios não adquiridos utilizando o método de pro-rata mensal. O saldo dos prémios não adquiridos à data de 31 de Dezembro de 2000 e 1999 está incluído nas provisões de seguros. Resultados Globais Os resultados globais representam os resultados líquidos ajustados pelas correcções decorrentes das diferenças cambiais acumuladas resultantes da conversão e mais-valias (menos-valias) não realizadas em títulos disponíveis para venda detidos pelas seguradoras, líquidos de interesses minoritários. Planos de reforma A maior parte das sociedades do Grupo, essencialmente o BES, o BIC, o BES Investimento e a Tranquilidade, têm em funcionamento planos de pensões de reforma resultantes principalmente de contratos colectivos de trabalho ou outros esquemas complementares do sistema de segurança social estatal. As responsabilidades relativas a pensões por serviços prestados têm de ser determinadas anualmente em termos actuariais e serem cobertas por fundos de pensões independentes ou por provisões que, ao abrigo da legislação relevante, têm de ser convertidas em contribuições para fundos no curto ou médio prazo. Instituições de crédito portuguesas De acordo com o contracto colectivo de trabalho do sector bancário, as sociedades bancárias do Grupo têm planos de pensões de reforma definidos e assumiram a responsabilidade de prestar pensões de reforma aos 62 empregados e aos seus dependentes. Estas responsabilidades em termos de pensões de reforma são determinadas em função (i) duma pensão definida a ser recebida por ocasião da reforma; (ii) do número de anos de serviço prestados acumulados à data do cálculo; e (iii) do número de anos de serviço à data da reforma. Ao abrigo da actual legislação, introduzida pelo Banco de Portugal em 1995 e que entrou em vigor em 31 de Dezembro de 1994, a determinação do financiamento das responsabilidades e o reconhecimento das responsabilidades em termos de pensões tem sido feita de acordo com o cálculo actuarial do valor actualizado líquido das responsabilidades por pensões de reforma, utilizado a tabela de mortalidade TV 73/77. As exigências em termos de financiamento e contabilização das responsabilidades relativas aos empregados reformados, em pré-reforma ou no activo são as seguintes: • empregados reformados -- a serem integralmente cobertas; • empregados em pré-reforma -- são exigidas contribuições extraordinárias numa base efectiva para financiar as responsabilidades adicionais decorrentes das pré-reformas. O reconhecimento deste custo por contrapartida de proveitos pode ser diferido por um máximo de dez anos, mas nunca para além do quarto ano da data normal de reforma efectiva; • responsabilidades relativas a serviços prestados por empregados no activo que se devam reformar depois de 1997 conforme determinado à data de 31 de Dezembro de 1994 -- o custo é reconhecido e financiado numa base de quotas constantes ao longo dum prazo máximo de vinte anos; e • responsabilidades relativas a serviços prestados por empregados no activo geradas durante o ano - integralmente financiadas no exercício e reconhecidas por contrapartida dos proveitos do exercício . As sociedades bancárias do Grupo reconhecem a variação líquida do valor do fundo de pensões no exercício antes da dotação anual, sendo esse reconhecimento feito na demonstração de resultados, em quotas constantes e até 2014. Em 1998, as sociedades bancárias do Grupo decidiram criar um plano de fundos de pensões definido não relacionado com o contrato colectivo de trabalho do sector bancário, com o objectivo de financiar os complementos de reforma para empregados no activo e reformados. As responsabilidades projectadas relativas a estas responsabilidades quanto aos empregados no activo serão amortizadas até 2003, o que corresponde à vida média de serviço remanescente desses beneficiários. Seguros (Tranquilidade) De acordo com o contrato colectivo de trabalho para o sector segurador em Portugal, a Tranquilidade paga aos seus empregados que entraram na empresa antes de Junho de 1995 um complemento de reforma, para além da pensão atribuída pelo Estado. Ao longo de 1995, a Tranquilidade não esteve obrigada a cumprir quaisquer regras específicas relativamente à contabilização de pensões, tendo sido o valor, forma de cobertura e tratamento contabilístico destas deixado inteiramente ao critério da administração. As dotações e provisões anuais eram abatidas aos proveitos por valores que não eram necessariamente coerentes ou comparáveis de ano para ano. Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 1996, a responsabilidades por pensões por serviços prestados, cobertas ou não, passaram a ter de ser determinadas em termos actuariais de acordo com as taxas de mortalidade e pressupostos prescritos na sequência de exigências do ISP nesse sentido (ver Nota 13). Qualquer aumento em benefícios adquiridos, seja por que motivo for, tem de ser financiado na medida e na data em que ocorre. As responsabilidades relativas a empregados que se reformaram antes do fundo ser criado em 1989 são abatidas aos proveitos quando são pagas. No entanto, a partir de 1 de Janeiro de 1998, estas responsabilidades também são liquidadas pelo fundo. Ano 2000 e custos de implementação do euro Os custos especificamente relacionados com a implementação do euro são diferidos no balanço, na rúbrica de outros activos, e amortizados segundo o método de quotas constantes até ao final de 2001. As sociedades bancárias do grupo registam os custos especificamente relacionados com a resolução das questões ligadas ao Ano 2000 no balanço e como equipamento informático, na rúbrica de imóveis e equipamento, e amortizam esses custos de acordo com a política definida acima para esta categoria de activos. As sociedades seguradoras do Grupo reconhecem esses custos na demonstração de resultados. Distribuição de prémios aos empregados De acordo com os estatutos de determinadas subsidiárias, os accionistas devem aprovar nas reuniões anuais da assembleia geral uma percentagem dos lucros a ser paga aos empregados. O Conselho de Administração decide quais são os critérios mais adequados para distribuir essa quantia pelos empregados. As quantias pagas aos empregados são consideradas uma distribuição de lucros na mesma base que os dividendos pagos aos accionistas, uma vez que juridicamente se trata de uma reafectação de quantias dos accionistas aos empregados. Este pagamento é abatido aos resultados transitados e é dedutível para efeitos fiscais no ano a que respeita. Activos securitizados Ocasionalmente, as sociedades do Grupo securitizam activos financeiros, transferindo-os para sociedades especificamente criadas para esse efeito, financiadas pela emissão de dívida no mercado de capitais. 63 A política do Grupo é deixar de reconhecer os activos transferidos quando o comprador os pode vender ou dar de penhor livremente. O activo continuará a ser reconhecido se o vendedor tiver o direito de recomprar o activo a um valor que não seja o justo valor de mercado ou em termos que dêem efectivamente ao comprador uma rentabilidade de mutuante ou, ainda, quando o vendedor tiver mantido substancialmente todos os riscos e benefícios relacionados com a propriedade do activo em causa. Valores comparados Alguns valores relativos ao ano anterior foram reclassificados para se harmonizarem com a apresentação adoptada para este exercício. Em especial e de acordo com a decisão do Grupo de alterar a sua moeda de reporte de dólares americanos para euros, as demonstrações financeiras comparadas para os períodos anteriores a 1 de Janeiro de 1999 foram convertidas para euros utilizando a taxa de câmbio entre o euro e as respectivas moedas de funcionamento das entidades do Grupo à data de 1 de Janeiro de 1999. A moeda de funcionamento da maioria das subsidiárias do Grupo é o escudo. A taxa de câmbio entre o escudo e o euro foi irrevogavelmente fixada pelo Conselho Europeu a partir de 31 de Dezembro de 1998 e é igual a PTE 200,482 para 1 euro. NOTA 3 — CAIXA E DISPONIBILIDADES 31 de Dezembro de 1999 2000 (Em milhões de euros) 1 483,7 3 013,1 ———— 4 496,8 (2 632,5) ———— 1 864,3 ========= Caixa e bancos Depósitos bancários remunerados Total Menos: depósitos com vencimento superior a 3 meses Total de caixa e disponibilidades 1 699,5 2 183,6 ———— 3 883,1 (1 876,2) ———— 2 006,9 ========= A caixa e disponibilidades à data de 31 de Dezembro de 2000 incluem a caixa e certificados de depósito no valor de EUR570,7 milhões (1999: EUR563,6 milhões) que são mantidos junto do Banco de Portugal como parte dos depósitos obrigatórios. NOTA 4 — TÍTULOS DA CARTEIRA DE NEGOCIAÇÃO 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) 143,1 232,9 698,1 ———— 1 074,1 ========= Títulos de emitentes públicos Títulos de outros emitentes Acções com mercado líquido 83,7 230,8 308,8 ———— 623,3 ========= Os títulos de emitentes públicos detidos para efeitos de negociação incluem títulos do Estado português no valor de EUR83,7 milhões à data de 31 de Dezembro de 2000 (1999: EUR132,5 milhões). 64 NOTA 5 — TÍTULOS DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA Custo histórico ———— 31 de Dezembro de 2000 Títulos de emitentes públicos Títulos de outros emitentes Acções com mercado líquido Valor contabilístico Mais-valias (menosvalias) não realizadas e não registadas ———— ———— ———— (Em milhões de euros) Valor de mercado ———— 1 536,4 3 679,2 1 705,2 ———— (5,8) (59,1) (110,0) ———— 1 530,6 3 620,1 1 595,2 ———— (18,3) 5,4 48,4 ———— 1 512,3 3 625,5 1 643,6 ———— 6 920,8 ========= (174,9) ========= 6 745,9 ========= 35,5 ========= 6 781,4 ========= Custo histórico ———— 31 de Dezembro de 1999 Títulos de emitentes públicos Títulos de outros emitentes Acções com mercado líquido Menosvalias não realizadas registadas 1 386,8 3 538,1 1 153,5 ———— 6 078,4 ========= Mais-valias (menosvalias) não realizadas registadas Mais-valias (menosvalias) não realizadas e não registadas ———— ———— ———— (Em milhões de euros) (6,5) (6,4) 22,1 ———— 9,2 ========= Valor contabilístico 1 380,3 3 531,7 1 175,6 ———— 6 087,6 ========= (37,7) 14,9 52,1 ———— 29,3 ========= Valor de mercado ———— 1 342,6 3 546,6 1 227,7 ———— 6 116,9 ========= TÍTULOS DETIDOS ATÉ AO VENCIMENTO Custo histórico ———— 31 de Dezembro de 2000 Títulos de emitentes públicos Títulos de outros emitentes 896,3 39,4 ———— 935,7 ========= Custo histórico ———— 31 de Dezembro de 1999 Títulos de emitentes públicos Títulos de outros emitentes 747,9 46,3 ———— 794,2 ========= Menosvalias não realizadas registadas Mais-valias não realizadas e não registadas ———— ———— ———— (Em milhões de euros) (3,5) (1,9) ———— (5,4) ========= Menosvalias não realizadas registadas Valor contabilístico 892,8 37,5 ———— 930,3 ========= 2,6 --———— 2,6 ========= Mais-valias não realizadas e não registadas ———— ———— ———— (Em milhões de euros) (5,2) --———— (5,2) ========= Valor contabilístico 742,7 46,3 ———— 789,0 ========= 1,0 --———— 1,0 ========= Valor de mercado ———— 895,4 37,5 ———— 932,9 ========= Valor de mercado ———— 743,7 46,3 ———— 790,0 ========= O produto da venda de títulos de dívida (títulos de emitentes públicos e doutros emitentes) e as maisvalias e menos-valias brutas realizadas com a venda de títulos foram os seguintes: Exercício findo em 31 de Dezembro de ———— 65 1998 1999 2000 ———— ———— ———— (Em milhões de euros) 27 750,8 19 163,2 6 309,6 179,2 281,9 200,4 110,7 160,3 55,0 Produto da venda de títulos de dívida Mais-valias brutas realizadas Menos-valias brutas realizadas Os vencimentos dos títulos de dívida são os seguintes: Valor contabilístico ———— 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) 1 354,7 1 052,7 2 588,0 2 954,3 1 097,4 1 167,4 660,9 906,5 ———— ———— 5 701,0 6 080,9 ========= ========= Vencimento a menos de um ano Vencimento entre um e cinco anos Vencimento entre cinco e dez anos Vencimento a mais de dez anos NOTA 6 — CRÉDITO SOBRE CLIENTES O crédito sobre clientes era composto como segue: 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Nacionais Empréstimos Empréstimos hipotecários Empréstimos a particulares com reembolso faseado Letras descontadas Descobertos Locação financeira Outros instrumentos de crédito e letras Factoring Empréstimos a instituições financeiras Outros empréstimos Estrangeiros Empréstimos comerciais Empréstimos a instituições financeiras estrangeiras Crédito e juros vencidos Nacionais Estrangeiros Crédito sobre clientes, bruto Menos: provisões específicas Crédito sobre clientes, líquido 5 075,4 5 650,9 1 786,4 653,1 491,4 656,6 211,9 178,8 43,2 136,6 ———— 14 884,3 ———— 6 369,6 6 942,7 1 917,7 793,8 699,3 894,5 304,5 342,0 29,6 519,1 ———— 18 812,8 ———— 2 226,0 904,0 ———— 3 130,0 ———— 3 566,9 800,1 ———— 4 367,0 ———— 363,7 38,3 ———— 402,0 ———— 18 416,3 (529,8) ———— 17 886,5 ========= 404,5 42,6 ———— 447,1 ———— 23 626,9 (625,6) ———— 23 001,3 ========= O crédito vencido ascendia a EUR402,0 milhões e EUR447,1 milhões em 31 de Dezembro de 1999 e 2000, respectivamente. Se os juros decorrentes desses empréstimos tivessem sido reconhecidos, os proveitos de juros teriam aumentado em EUR20,8 milhões e EUR26,9 milhões, respectivamente. Os créditos sobre clientes são imputáveis aos seguintes países: 1999 ———— Total % Produtivo 66 2000 ———— Não Total produtivo % Portugal Espanha França Reino Unido Angola Estados Unidos da América ———— ———— (Em milhões de euros) 15 042,4 81,7 718,0 3,9 175,9 0,9 192,0 1,0 73,0 0,4 244,6 1,3 1999 ———— Total % ———— (Em milhões de euros) 48,2 29,9 1 892,3 ———— 18 416,3 Brasil Suíça Outros Menos: provisões específicas ———— 0,3 0,2 10,3 ———— 100,0 ========= (529,8) ———— 17 886,5 ========= ———— ———— ———— (Em milhões de euros) 368,9 18 786,6 12,9 926,8 32,1 323,6 0,3 400,0 0,1 120,4 5,1 340,2 2000 ———— Produtivo Não Total produtivo ———— ———— ———— (Em milhões de euros) ———— 18 417,7 913,9 291,5 399,7 120,3 335,1 86,6 48,2 2 566,8 ———— 23 179,8 0,1 0,2 27,4 ———— 447,1 86,7 48,4 2 594,2 ———— 23 626,9 (316,6) ———— 22 863,2 ========= (309,0) ———— 138,1 ========= (625,6) ———— 23 001,3 ========= 79,5 3,9 1,4 1,7 0,5 1,4 % ———— 0,4 0,2 11,0 ———— 100,0 ========= Os movimentos efectuados nas provisões específicas foram os seguintes: Exercício findo em 31 de Dezembro de ———— 1998 1999 2000 ———— ———— ———— (Em milhões de euros) Saldo no início do exercício 367,1 441,6 529,8 Reforços relativos à aquisição de novas subsidiárias ----11,7 Reforços 185,4 227,5 198,9 Reposições (57,0) (94,0) (63,7) Utilizações (60,2) (54,6) (61,2) Outros ajustamentos 6,3 9,3 10,1 ———— ———— ———— Saldo no fim do exercício 441,6 529,8 625,6 ========= ========= ========= Em Agosto de 1999, o BES celebrou um contrato para securitizar empréstimos ao consumo que figuravam nos seus livros e ascendiam a EUR250 milhões, utilizando para tal uma sociedade especialmente constituída para o efeito, a Lusitano No. 1 Limited. O BES vendeu esses créditos ao consumo, sem registar ganhos ou perdas na sua conta de exploração, à Lusitano No. 1 Limited. Esta obteve os fundos necessários através da emissão de obrigações (seniores e subordinadas) garantidas por esses activos. Os termos de emissão das obrigações incluem disposições no sentido que os obrigacionistas não têm recurso ao BES nem a qualquer outra sociedade do Grupo. O Grupo não suporta nenhuma perda de crédito que exceda a caução em dinheiro depositada na Lusitano No. 1 Limited por montantes que não podem exceder 5% do valor nominal dos créditos ao consumo transmitidos. A Lusitano No.1 Limited não tem mais nenhuma actividade para além de deter os créditos ao consumo até à sua cobrança. O capital e juros das obrigações serão pagos, e garantidos exclusivamente, pelos créditos ao consumo e pela caução em dinheiro. O direito a qualquer activo líquido residual da Lusitano No. 1 Limited, depois de cumprir as suas obrigações perante os obrigacionistas e outros credores, pertence ao BES como comprador de títulos sem valor nominal emitidos pela Lusitano No. 1 Limited, títulos esses que dão direito a distribuições trimestrais dos resultados que são reconhecidas como proveitos. NOTA 7 — IMÓVEIS E EQUIPAMENTO Os imóveis e equipamento incluídos no balanço consolidado são os seguintes: 31 de Dezembro de 1999 31 de Dezembro de 2000 ———— ———— Custo de Reavaliação Total Custo de Reavaliação Total aquisição aquisição ———— ———— ———— ———— ———— ———— (Em milhões de euros) 67 Custo Terrenos e edifícios Beneficiações em imóveis Mobiliário e equipamento Imobilizações em curso Custo total Reintegrações Terrenos e edifícios Beneficiações em imóveis Mobiliário e equipamento Reintegrações acumuladas totais Valor contabilístico líquido 205,7 121,7 384,1 30,0 ———— 741,5 ———— 299,8 --33,8 --———— 333,6 ———— 505,5 121,7 417,9 30,0 ———— 1 075,1 ———— 214,8 133,0 433,0 29,9 ———— 810,7 ———— 300,2 --33,3 --———— 333,5 ———— 515,0 133,0 466,3 29,9 ———— 1 144,2 ———— (19,5) (65,0) (272,1) ———— (356,6) ———— 384,9 ========= (161,8) --(31,9) ———— (193,7) ———— 139,9 ========= (181,3) (65,0) (304,0) ———— (550,3) ———— 524,8 ========= (22,7) (75,0) (309,7) ———— (407,4) ———— 403,3 ========= (164,0) --(32,1) ———— (196,1) ———— 137,4 ========= (186,7) (75,0) (341,8) ———— (603,5) ———— 540,7 ========= O Grupo tem diversos compromissos decorrentes de contratos de arrendamento de escritórios e locação de equipamento que se estendem de 2000 a 2004. Em 31 de Dezembro de 2000, as rendas mínimas decorrentes de arrendamentos e locações não passíveis de cancelamento e com prazos superiores a um ano eram as seguintes: Ano (Em milhões de euros) ———— 1,7 1,0 1,0 — — — ———— 3,7 ========= ———— 2001 2002 2003 2004 2005 Anos seguintes NOTA 8 — OUTROS ACTIVOS Investimentos imobiliários Contas a receber de clientes relativas a operações de bolsa pendentes Adiantamentos, prémios de seguros e contas a receber Custos diferidos, líquido Outros 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) 141,7 128,0 202,2 70,0 819,8 765,6 200,1 205,4 95,1 217,0 ———— ———— 1 458,9 1 386,0 ========= ========= NOTA 9 — DEPÓSITOS Resumo das contas de depósito de clientes do Grupo: 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Em Portugal: Depósitos à ordem Depósitos a prazo Noutros países: Depósitos à ordem Depósitos a prazo 68 4 317,0 6 893,5 5 457,8 7 596,8 560,5 3 787,2 ———— 15 558,2 637,3 4 126,0 ———— 17 817,9 ========= ========= Decomposição dos depósitos de clientes remunerados e não remunerados pelo valor total e por país: 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Depósitos totais Não remunerados 224,0 262,4 Remunerados 15 334,2 17 555,5 ———— ———— 15 558,2 17 817,9 ========= ========= Depósitos por país: Em Portugal: Não remunerados 25,7 36,1 Remunerados 11 184,8 13 018,5 ———— ———— 11 210,5 13 054,6 ———— ———— Noutros países: Não remunerados 198,3 226,3 Remunerados 4 149,4 4 537,0 ———— ———— 4 347,7 4 763,3 ———— ———— 15 558,2 17 817,9 ========= ========= NOTA 10 — OUTROS EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO As linhas de crédito para financiamentos de curto prazo não utilizadas elevavam-se a EUR42,2 milhões em 31 de Dezembro de 2000 (1999: EUR29,7 milhões). NOTA 11 — ACRÉSCIMOS DE JUROS E OUTROS PASSIVOS 31 de Dezembro de 1999 2000 (Em milhões de euros) 142,6 246,8 3,5 3,9 46,1 38,6 67,6 --28,0 56,9 481,9 550,0 ———— ———— 769,7 896,2 ========= ========= Acréscimos de juros Encargos com pensões Imposto sobre o rendimento Aceites bancários Contas a pagar a corretores por operações em bolsa à espera de liquidação Contas a pagar NOTA 12 — IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Decomposição dos impostos sobre o rendimento: Exercício findo em 31 de Dezembro de 1998 1999 2000 (Em milhões de euros) Correntes Portugal Outros Diferidos Portugal Outros Imposto imputável a interesses minoritários 41,6 4,9 52,7 11,6 62,3 14,0 11,3 0,9 ———— 58,7 ========= 35,7 ———— 4,0 0,6 ———— 68,9 ========= 40,7 ———— --(1,7) ———— 74,6 ========= 46,4 ———— A reconciliação entre a taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal e a taxa efectiva de imposto do Grupo figura no seguinte quadro (em percentagem): 69 Taxa de imposto em Portugal Redução na taxa das sociedades portuguesas do Grupo devido a: Benefícios fiscais relativos a juros da dívida pública portuguesa Benefícios fiscais relativos à distribuição de prémios a empregados Benefícios fiscais relativos a operações isentas Outros Aumento (redução) líquido na taxa de empresas não portuguesas do Grupo (líquido) Taxa efectiva de imposto Exercício findo em 31 de Dezembro de ———— 1998 1999 2000 ———— ———— ———— 37,4% 37,4% 35,2% (4,9%) (2,6%) (9,7%) 0,5% 1,4% (10,6%) (2,6%) (8,9%) 4,1% (0,3%) (0,8%) (2,5%) (11,3%) 0,6% (0,3%) ———— 22,1% ========= ———— 19,1% ========= ———— 20,9% ========= O seguinte quadro mostra os resultados antes de impostos e interesses minoritários decomposto entre as sociedades portuguesas e não portuguesas do Grupo: Exercício findo em 31 de Dezembro de ———— 1998 1999 2000 ———— ———— ———— (Em milhões de euros) Portugal 218,2 297,3 264,9 Outros 47,4 62,8 92,2 ———— ———— ———— 265,6 360,1 357,1 ========= ========= ========= A maior parte das subsidiárias está sujeita a imposto sobre as sociedades. As autoridades fiscais têm o direito de rever e, se necessário, alterar a declaração anual de impostos, em geral durante um prazo de quatro anos após o ano a que diz respeito. Não é possível fazer uma estimativa exacta das correcções que seriam eventualmente feitas pelas autoridades fiscais. No entanto, na opinião do Conselho de Administração, não se espera que venham a ser feitas correcções que tenham expressão significativa em termos da conta de exploração. NOTA 13 — PLANO DE PENSÕES Conforme descrito na Nota 2, as sociedades do Grupo têm fundos de pensões definidos para os seus empregados e os seus dependentes, ao abrigo dos quais os benefícios são adquiridos por ocasião de reforma, morte ou incapacidade, consoante o que acontecer primeiro. Para cobrir as responsabilidades projectadas a respeito de pensões relativas aos empregados que se reformem antes de 31 de Dezembro de 1987, conforme determinado segundo estudos actuariais, o Grupo está a proceder ao reforço de fundos de pensões criados em 1987. Ao abrigo de legislação introduzida em 1995, as responsabilidades acumuladas a respeito de pensões relativas aos empregados que se reformaram antes de 3 1 de Dezembro de 1987 e que estavam cobertas por provisões foram integralmente financiadas até 31 de Dezembro de 1997. Em 31 de Dezembro de 2000, as responsabilidades por pensões de reforma do Grupo estavam cobertas por fundos e acréscimos representando cerca de 85% (31 de Dezembro de 1999: 89%) de tais responsabilidades. De acordo com as exigências da autoridade reguladora respectiva (ver Nota 2), os pressupostos principais considerados nos estudos actuariais para 31 de Dezembro de 1999 e 2000 utilizados para determinar o valor actualizado das pensões para os empregados são os seguintes: Seguros Seguros Banca 1999 2000 1999 ———— ———— ———— Unidade de crédito projectada TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 3,00% 3,00% 4,00% 6,00% 6,00% 7,00% 2,00% 2,00% 3,00% 6,00% 6,00% 7,00% Método de estimativa Tabela de mortalidade Taxa de aumento dos salários Taxa de rendibilidade dos activos Taxa de crescimento das pensões Taxa de desconto Banca 2000 ———— TV 73/77 4,00% 7,00% 3,00% 7,00% Estes pressupostos estão de acordo com as orientações emitidas pelo ISP. As responsabilidades projectadas relativas a pensões de empregados no activo e as responsabilidades acumuladas relativas a empregados reformados, à data de 31 de Dezembro de 1999 e 2000, conforme determinadas pelos estudos actuariais, eram as seguintes: 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) 70 Relativas (cobertas Relativas Relativas a pensões de reforma que se tornaram devidas depois de 31 de Dezembro de 1987 pelo fundo) a empregados reformados entre 1 de Janeiro de 1988 e 31 de Dezembro a empregados no activo em 31 de Dezembro Responsabilidades totais do Grupo 635,3 259,4 ———— 894,7 ========= 658,9 309,8 ———— 968,7 ========= É prática do Grupo e das suas subsidiárias elaborar estudos actuariais anuais de forma a actualizar os cálculos das suas responsabilidades por pensões e validar as pressupostos utilizados. A última avaliação foi efectuada no final de 2000. As responsabilidades actuais por fundos de pensões registadas pelo Grupo e o valor do fundo de pensões à data de 31 de Dezembro eram os seguintes: 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Responsabilidades relativas a pensões 3,5 3,7 Activos do fundo segundo informação obtida da sociedade gestora do fundo de pensões 793,5 820,3 ———— ———— 797,0 824,0 ========= ========= A variação nas responsabilidades por pensões de reforma dos empregados durante os anos findos em 31 de Dezembro de 1999 e 2000 foi a seguinte: 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Saldo inicial 2,6 3,5 Abatido a resultados Salários e benefícios 1,7 1,0 Dotação para o fundo (0,8) (0,8) ———— ———— 3,5 3,7 ========= ========= A variação no valor dos fundos de pensões durante os anos findos em 31 de Dezembro de 1999 e 2000 foi a seguinte: 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Valor no início do exercício 678,5 793,5 Dotação para o fundo 86,5 84,6 Rendibilidade dos activos do fundo 68,9 (10,0) Pensões pagas (42,8) (52,7) Outras dotações 2,4 4,9 ———— ———— 793,5 820,3 ========= ========= Em 2000, os fundos de pensões do Grupo investiram principalmente em acções domésticas e com um mercado líquido: 25%; em Títulos de outros emitentes internacionais: 23%; em depósitos: 8%; e em unidades de participação de fundos de investimento internacionais: 23% (1999: 38%, 23%, 12% e 6%, respectivamente). O défice de cobertura relativo ao pessoal no activo reportado anteriormente em 31 de Dezembro de 1994 segundo a anterior base actuarial era de EUR93,2 para o Grupo. A aplicação dos novos pressupostos actuariais reduziu este défice para EUR88,7 milhões, enquanto que a aplicação de novas regras relativas ao financiamento e reconhecimento de custos teve como resultado um novo cálculo do défice transitório em 31 de Dezembro de 1994, fixando-o em EUR135,1 milhões, para ser amortizado por contrapartida de resultados ao longo de 20 anos. Os resultados do fundo de pensões do BES, no valor de EUR26,9 milhões, que excederam as estimativas actuariais para 1997 foram aplicados nesse exercício para reduzir os custos com pré-reformas diferidos no balanço e pelo valor de EUR26,9 milhões. 71 O valor total abatido aos proveitos (salários e benefícios) em 1998, 1999 e 2000 a respeito dos planos de pensões do Grupo, com exclusão das dotações feitas directamente a partir dos resultados antes de dividendos, ascendeu a EUR24,6 milhões, EUR31,6 milhões e EUR37,1 milhões, respectivamente. Durante 2000 e na sequência da autorização concedida pelo Banco de Portugal, o BES anulou, por contrapartida de reservas, o saldo em dívida relativo a custos de pré-reforma à data de 30 de Junho de 2000 que tinha sido anteriormente diferido nas suas contas. Em consequência, o valor em causa de EUR 138,9 milhões foi deduzido aos activos e à situação líquida do BES. O efeito da anulação na situação líquida consolidada foi reduzi-la pelo valor de EUR 39,4 milhões correspondentes à participação indirecta da ESFG no capital social do BES em 30 de Junho de 2000. NOTA 14 — EMPRÉSTIMOS E DÍVIDA DE LONGO PRAZO 31 de Dezembro de 1999 Mutuária Montante Taxa de juros média ponderada 31 de Dezembro de 2000 Vencimento / ano Montante Taxa de juros média ponderada Vencimento / ano (Em milhões de euros) ESFG Obrigações de taxa variável BES Empréstimos bancários Obrigações Obrigações Dívida subordinada BES Finance Dívida subordinada Obrigações BES Investimento Obrigações não garantidas Dívida subordinada BIC Dívida subordinada Obrigações ESF (P) Empréstimo obrigacionista BESPAR Dívida de longo prazo Suprimentos de interesses minoritários BES Mobiliária SA Dívida de longo prazo Dívida subordinada BES Imobiliária SA Dívida de longo prazo Obrigações CREDIBOM Dívida de longo prazo Dívida subordinada PARTRAN Dívida de longo prazo Outras subsidiárias Dívida de longo prazo TOTAL a) 136,0 3,1% 2002 136,0 4,2% 2002 146,1 198,8 354,0 359,5 2,6%-5,2% a) 3,7% 2000-após 2003 2000-após 2003 2000-após 2003 2003-2007 2 266,4 206,5 455,3 359,3 5,5% 2,6%-8,1% a) 5,4% 2001-após 2004 2001-após 2004 2001-após 2004 2001-após 2004 248,9 1050,0 7,0% 3,5% após 2003 2001-após 2003 568,7 2 499,9 6,8% a) após 2004 2001-após 2004 61,4 48,1 3,5% 4,1% 2000-após 2003 2000-após 2003 84,7 48,1 4,9% 5,4% 2001-após 2004 após 2004 101,8 427,7 4,2% 3,3% 2002-2003 2001-após 2003 98,3 187,8 6,0% 5,4% 2002-após 2004 2001-após 2004 39,9 3,3% 2001 37,9 5,3% 2001 22,2 — 4,4% — 2003 — 13,3 25,6 5,9% 2003 após 2001 273,5 2,5 3,8% 4,7% 2000-após 2003 2009 345,6 2,5 5,4% 4,7% 2001-após 2004 após 2004 142,2 2,5 3,8% 4,3% 2000-2003 após 2003 187,1 2,5 5,3% 5,6% 2001-2003 após 2004 94,1 6,1 4,0% 5,0% 2001-2002 após 2003 100,6 6,1 5,2% 5,0% 2001-2003 após 2004 — — — 304,9 5,7% 2003 8,2 3,9% 2001-após 2004 20,6 3,8% 2000-após 2003 ———— 3 735,9 ======== ———— 7 945,3 ========= Taxa variável baseada na variação de índices ligados a um “cabaz de índices mundiais” ou a um “cabaz de acções de empresas prestadoras de serviços públicos”. Os vencimentos dos empréstimos e da dívida a longo prazo eram os seguintes à data de 31 de Dezembro: Valor contabilístico 31 de Dezembro de 1999 2000 (Em milhões de euros) 2001 374,3 1 418,3 2002 900,4 1 276,5 2003 945,9 1 327,0 2004 331,4 831,8 Anos seguintes 1 183,9 3 091,7 ———— ———— 3 735,9 7 945,3 72 ========= ========= NOTA 15 — INTERESSES MINORITÁRIOS Os interesses minoritários incluem os seguintes instrumentos de capital emitidos pelas subsidiárias e detidos por terceiros: - USD150 milhões de Acções Preferenciais Garantidas e Não Cumulativas a 8.5%, garantidas pelo BES quanto a determinados pagamentos, emitidas em Novembro de 1993 pela Espírito Santo Overseas Limited (ESOL). A ESOL é uma sociedade isenta ao abrigo do Código das Sociedades (revisto) das Ilhas Caimão e foi constituída para efeitos de obtenção de fundos e financiar por outros meios as operações do BES e das suas subsidiárias. As acções ordinárias da ESOL, que constituem a única classe de títulos com plenos direitos de voto, são integralmente detidas pelo BES. - USD250 milhões de Acções Preferenciais Garantidas e Não Cumulativas de Taxa Variável a LIBOR + 1,95%, garantidas pelo BES quanto a determinados pagamentos, emitidas em Novembro de 1996 pela BES Overseas Limited (BESOL). A BESOL é uma sociedade isenta ao abrigo do Código das Sociedades (revisto) das Ilhas Caimão e foi constituída para efeitos de obtenção de fundos e financiar por outros meios as operações do BES e das suas subsidiárias. As acções ordinárias da ESOL, que constituem a única classe de títulos com plenos direitos de voto, são integralmente detidas pelo BES. - DEM250 milhões Acções Preferenciais Garantidas e Não Cumulativas a 6.8%, garantidas pela ESFG quanto a determinados pagamentos, emitidas em Junho de 1998 pela ESFG Overseas Limited (ESFG Overseas). A ESFG Overseas é uma sociedade isenta ao abrigo do Código das Sociedades (revisto) das Ilhas Caimão e foi constituída para efeitos de obtenção de fundos e financiar por outros meios as operações da ESFG e das suas subsidiárias. As acções ordinárias da ESFG Overseas, que constituem a única classe de títulos com plenos direitos de voto, são integralmente detidas pela ESFG. - DEM300 milhões de Acções Preferenciais Garantidas e Não Cumulativas de Taxa Variável a LIBOR + 1.7%, garantidas pela ESFG quanto a determinados pagamentos, emitidas em Junho de 1998 pela ESFG Overseas Limited (ESFG Overseas). A ESFG Overseas é uma sociedade isenta ao abrigo do Código das Sociedades (revisto) das Ilhas Caimão e foi constituída para efeitos de obtenção de fundos e financiar por outros meios as operações da ESFG e das suas subsidiárias. As acções ordinárias da ESFG Overseas, que constituem a única classe de títulos com plenos direitos de voto, são integralmente detidas pela ESFG. NOTA 16 — SITUAÇÃO LÍQUIDA Acções ordinárias O seguinte quadro mostra os movimentos nas acções ordinárias emitidas. Exercício findo em 31 de Dezembro de ———— 1998 1999 2000 ———— ———— ———— Acções Acções Acções Acções ordinárias: Saldo inicial 40 844 666 47 908 555 47 908 555 Emitidas na sequência da conversão de obrigações convertíveis 7 063 889 — — ———— ———— ———— Saldo final 47 908 555 47 908 555 47 908 555 ========= ========= ========= Acções próprias Uma assembleia geral extraordinária realizada em 3 de Dezembro de 1998 autorizou a ESFG a recomprar até 10% das suas acções ordinárias a um preço máximo de USD20,5 por acção no prazo de 18 meses a contar da data da assembleia. Em 17 de Agosto de 2000, uma assembleia geral extraordinária deliberou prorrogar esta autorização por mais 18 meses e nas mesmas condições. Um resumo dos movimentos nas acções próprias da ESFG figura abaixo, mas não inclui os movimentos nas acções próprias ao nível das subsidiárias que, líquido de interesses minoritários, ascendeu a EUR22,9 milhões. Exercício findo em 31 de Dezembro de 1999 2000 Número de Em milhões Número de Em milhões acções de euros acções de euros Saldo inicial 316 100 5,1 3 256 182 45,7 73 Compras Vendas Troca por acções da ESF (Portugal) 3 881 582 56,1 2 989 500 57,6 (941 500) (15,5) (5 000) (0,1) — — (2 956 471) (53,3) ———— ———— ———— ———— Saldo final 3 256 182 45,7 3 284 211 49,9 ========= ========= ========= ========= Durante o ano 2000, a Sociedade trocou 2.956.471 acções próprias por mais 8,9% do capital da ESF (Portugal), elevando assim os seus direitos de voto e interesses económicos para 98,9% à data de 31 de Dezembro de 2000. Em Dezembro de 1999, o Grupo vendeu 936.500 acções à ESIH por um valor total de EUR15,5 milhões e realizou uma menos-valia de EUR0,5 milhões. Reserva legal De acordo com a lei luxemburguesa, um mínimo de 5% dos lucros do exercício tem de ser transferido para a reserva legal até que esta atinja 10% do capital social emitido. Esta reserva legal não é passível de distribuição. No contexto das disposições legislativas aplicáveis ao Grupo e às suas subsidiárias, um mínimo de 10% dos lucros líquidos do exercício tem de ser transferido para a reserva legal até que esta seja igual ao capital social. A reserva serve para absorver prejuízos no caso dos resultados transitados e das outras reservas não serem suficientes. Também pode ser utilizada para aumentar o capital social em caso de emissão a título de bónus de uma acção nova por cada acção detida ou no caso de dividendos pagos através da atribuição de acções, mas não é passível de ser distribuída noutras circunstâncias. Em 31 de Dezembro de 2000, os resultados transitados de todas as sociedades do Grupo ESFG imputáveis a essas reservas legais, líquidos de interesses minoritários, ascendiam a EUR70,9 milhões (1999: EUR41,2 milhões). Reserva de reavaliação O BES, a Tranquilidade e o BIC reavaliaram as suas instalações e equipamento de acordo com a legislação aplicável (ver Nota 2) e contabilizaram os excedentes como reserva de reavaliação. No entanto, ao abrigo da legislação portuguesas, a reserva de reavaliação não pode ser distribuída em dinheiro, mas pode ser incorporada no capital social ou ser utilizada para absorver prejuízos acumulados. Goodwill Em Novembro de 1997, o goodwill remanescente, no valor de EUR199,5 milhões, foi integralmente amortizado por contrapartida de prémios de emissão (EUR114,6 milhões) e resultados transitados (EUR84,9 milhões). Em 2000, o goodwill adicional ascendeu a EUR245,0 milhões (1999: EUR18,2 milhões) e foi abatido à situação líquida (ver Nota 2). Os componentes do goodwill e a amortização acumulada relacionada são os seguintes: 31 de Dezembro de ———— 1999 ———— 2000 ———— (Em milhões de euros) Subsidiárias da ESFG BES Tranquilidade BES Investimento SA Goodwill total bruto Amortização acumulada Goodwill líquido Data ———— 169,9 ———— 44,3 ———— 125,6 83,7 28,0 17,4 8,5 Montante 55,7 ———— 1991 1992 1998 2000 Outra 1991 ———— 116,2 30,9 15,7 67,9 7,1 78,1 8,9 2000 Outra 1986 170,1 5,6 8,4 1989 2000 Outros 1986 1987 1991 *1996 2000 Outra 1985 7,9 3,1 1,1 2,8 5,9 3,1 (6,7) 1,5 2,1 8,9 BIC 7,2 4,3 2,9 ESB 8,9 6,1 2,8 74 Goodwill total bruto Amortização acumulada Goodwill líquido ———— 237,8 ———— 44,3 ———— 193,5 253,8 28,0 225,8 20,5 8,5 12,0 8,7 4,3 4,4 7,1 6,1 1,0 Inter Atlantico 14,5 --- 14,5 Via Banque ESIA BM Outros ------13,2 ------2,4 ------10,8 ———— 314,8 ========= ———— 93,6 ========= ———— 221,2 ========= TOTAL * 2000 1999 (1,8) 14,5 2000 2000 2000 2000 1985 1998 1999 2,9 (36,5) 11,3 26,5 8,6 0,5 4,1 17,4 --- 17,4 (36,5) 11,3 26,5 13,2 ------2,4 (36,5) 11,3 26,5 10,8 ———— 559,8 ========= ———— 93,6 ========= ———— 466,2 ========= Em 1996, o Grupo alienou 12,7% da sua participação no BIC. O aumento líquido no goodwill total bruto durante 2000 respeita principalmente ao goodwill decorrente da participação adicional no BES através da compra da Centum, da aquisição das acções em circulação da Tranquilidade, da nova aquisição da Benito y Monjardim e da ESIA, líquido do goodwill negativo decorrente da aquisição do Via Banque. NOTA 17 — RESULTADOS POR ACÇÃO Os resultados básicos por acção são calculados dividindo os resultados líquidos pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação, o que inclui as acções que têm de ser emitidas caso todas as condições aplicáveis sejam preenchidas. Relativamente aos resultados diluídos por acção, o número médio ponderado de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as acções ordinárias potencialmente diluidoras. O cálculo dos resultados básicos e diluídos por acção para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 1998, 1999 e 2000 é apresentado no quadro seguinte: 1998 1999 2000 ———— ———— ———— (Em milhões de euros, salvo quanto aos dados relativos às acções) Resultados líquidos 68,6 83,5 106,3 Obrigações convertíveis 1,9 — — ———— ———— ———— Numerador para os resultados diluídos por acção 70,5 83,5 106,3 Denominador para os resultados básicos por acção -- média ponderada das 45 460 883 45 380 748 43 943 526 acções Denominador para os resultados diluídos por acção -Número médio ponderado de acções ordinárias e acções ordinárias 47 901 679 45 380 748 43 943 526 potencialmente diluidoras Resultados básicos por acção 1,51 1,84 2,42 Resultados diluídos por acção 1,47 1,84 2,42 NOTA 18 — INFORMAÇÃO FINANCEIRA POR ZONA GEOGRÁFICA O quadro seguinte apresenta a distribuição geográfica das actividades do Grupo para os três exercícios findos em 31 de Dezembro de 2000. Os proveitos totais representam os juros totais e outros proveitos e os proveitos operacionais representam os lucros antes de impostos e interesses minoritários. 2000 Proveitos Proveitos Activos identificátotais operacionais veis ———— ———— ———— (Em milhões de euros) Portugal 3 466,3 255,8 31 072,3 Espanha 166,1 5,3 2 941,8 Suíça 74,0 47,9 528,2 França 48,7 6,3 1 358,3 Outros 125,8 41,8 1 481,5 ———— ———— ———— Total consolidado 3 880,9 357,1 37 382,1 ========= ========= ========= 75 1999 Proveitos totais ———— (Em 2 940.2 68.9 39.4 30.9 84.7 ———— 3 164.1 ========= Portugal Espanha Suíça França Outros Total consolidado 1998 Proveitos totais ———— (Em 2 657.8 55.2 34.4 24.9 80.7 ———— 2 853.0 ========= Portugal Espanha Suíça França Outros Total consolidado NOTA 19 — SEGMENTOS Proveitos Activos operacioidentificánais veis ———— ———— milhões de euros) 297.3 29 630.7 7.7 1 041.9 24.5 373.0 3.1 347.2 27.5 1 128.9 ———— ———— 360.1 32 521.7 ========= ========= Proveitos Activos operacioidentificánais veis ———— ———— milhões de euros) 218.2 26 001.8 2.8 818.5 19.8 230.9 4.3 502.1 20.5 1 168.8 ———— ———— 265.6 28 722.1 ========= ========= Para o exercício com início em 1 de Janeiro de 1998, o Grupo adoptou a norma SFAS (Statement of Financial Accounting Standards) Nº 131, Divulgação de Informação sobre Segmentos duma Empresa e Informação relacionada (Disclosures about Segments of an Enterprise and Related Information), que estabelece normas para divulgar informação sobre os segmentos operacionais. Todos os períodos referidos foram apresentados em conformidade com esta nova norma. Os segmentos operacionais são definidos como sendo os componentes duma empresa para os quais existe informação financeira separada que é avaliada regularmente pelo responsável ou responsáveis máximos pela área operacional no âmbito da avaliação da performance. De acordo com esta nova norma, apresentámos resultados baseados nos segmentos revistos separadamente pelo Presidente e pelo Administrador Executivo, bem como por outros membros da administração. Os dois principais segmentos da ESFG são a Banca e os Seguros. A Banca compreende as actividades bancárias, o leasing, o crédito ao consumo, a gestão de activos, a corretagem, o factoring e outras actividades. Os Seguros compreendem os Seguros do Ramo Vida e do Ramo Não-Vida. As políticas contabilísticas dos segmentos operacionais do Grupo são coerentes em todos os aspectos relevantes com as descritas na Nota 2 “Resumo das Políticas Contabilísticas Significativas”. Os seguintes quadros apresentam os proveitos por segmento antes de impostos e interesses minoritários para os anos findos em 31 de Dezembro de 2000, 1999 e 1998: (Em milhões de euros) ———— 2000 Juros Outros Proveitos Custos Resultados líquidos proveitos totais totais antes de impostos ———— ———— ———— ———— ———— Banca 576,7 465,0 1 041,7 771,6 270,1 Leasing 27,2 2,6 29,8 15,2 14,6 Crédito ao consumo 37,2 21,2 58,4 34,7 23,7 Gestão de activos 2,5 62,4 64,9 29,9 35,0 Corretagem (0,1) 18,2 18,1 8,2 9,9 Factoring 9,4 3,3 12,7 3,5 9,2 Outros 0,6 24,7 25,3 39,9 (14,6) ———— ———— ———— ———— ———— Total do segmento bancário 653,5 597,4 1 250,9 903,0 347,9 ———— ———— ———— ———— ———— Seguros do ramo vida 119,8 1 005,3 1 125,1 1 001,0 24,1 Seguros do ramo não-vida 23,3 378,4 401,7 409,2 (7,5) ———— ———— ———— ———— ———— Total do segmento segurador 143,1 1 383,7 1 526,8 1 510,2 16,6 ———— ———— ———— ———— ———— 76 Comercial TOTAL 1999 Banca Leasing Crédito ao consumo Gestão de activos Corretagem Factoring Outros Total do segmento bancário Seguros do ramo vida Seguros do ramo não-vida Total do segmento segurador Comercial TOTAL 1998 Banca Leasing Crédito ao consumo Gestão de activos Corretagem Factoring Outros Total do segmento bancário Seguros do ramo vida Seguros do ramo não-vida Total do segmento segurador (7,8) ———— 788,8 ========= Juros líquidos ———— 551,0 19,3 29,8 0,9 0,2 5,1 0,1 ———— 606,4 ———— 100,2 15,4 ———— 115,6 ———— (12,7) ———— 709,3 ========= Juros líquidos ———— 490,5 17,5 20,4 1,5 0,1 3,3 1,7 ———— 535,0 ———— 105,9 17,3 ———— 123,2 77 11,3 ———— 1 992,4 ========= 3,5 ———— 2 781,2 ========= 10,9 ———— 2 424,1 ========= (Em milhões de euros) ———— Outros Proveitos Custos proveitos totais totais ———— 431,9 2,1 15,9 61,7 13,6 1,5 12,5 ———— 539,2 ———— 829,5 307,1 ———— 1 136,6 ———— 19,8 ———— 1 695,6 ========= ———— 982,9 21,4 45,7 62,6 13,8 6,6 12,6 ———— 1 145,6 ———— 929,7 322,5 ———— 1 252,2 ———— 7,1 ———— 2 404,9 ========= ———— 704,6 11,6 31,1 20,8 5,3 2,1 26,1 ———— 801,6 ———— 906,4 320,8 ———— 1 227,2 ———— 16,0 ———— 2 044,8 ========= (Em milhões de euros) ———— Outros Proveitos Custos proveitos totais totais ———— 327,8 2,6 16,0 63,2 21,2 2,0 22,0 ———— 454,8 ———— 617,7 304,5 ———— 922,2 ———— 818,3 20,1 36,4 64,7 21,3 5,3 23,7 ———— 989,8 ———— 723,6 321,8 ———— 1 045,4 ———— 582,8 11,3 23,2 25,7 6,5 6,3 61,9 ———— 717,7 ———— 708,2 316,2 ———— 1 024,4 (7,4) ———— 357,1 ========= Resultados antes de impostos ———— 278,3 9,8 14,6 41,8 8,5 4,5 (13,5) ———— 344,0 ———— 23,3 1,7 ———— 25,0 ———— (8,9) ———— 360,1 ========= Resultados antes de impostos ———— 235,5 8,8 13,2 39,0 14,8 (1,0) (38,2) ———— 272,1 ———— 15,4 5,6 ———— 21,0 Comercial TOTAL ———— (11,6) ———— 646,6 ========= ———— 10,5 ———— 1 387,5 ========= ———— (1,1) ———— 2 034,1 ========= ———— 26,4 ———— 1 768,5 ========= ———— (27,5) ———— 265,6 ========= O quadro seguinte apresenta os activos por segmento à data de 31 de Dezembro de 1999 e 2000: (Em milhões de euros) ———— 1999 2000 ———— ———— 28 140,7 32 273,7 665,3 904,4 320,1 420,4 93,9 136,7 29,6 51,9 172,9 275,3 56,8 107,5 ———— ———— 29 479,3 34 169,9 ———— ———— 2 307,8 2 681,9 510,4 436,2 ———— ———— 2 818,2 3 118,1 ———— ———— 224,2 94,1 ———— ———— 32 521,7 37 382,1 ========= ========= Banca Leasing Crédito ao consumo Gestão de activos Corretagem Factoring Outros Total do segmento bancário Seguros do ramo vida Seguros do ramo não-vida Total do segmento segurador Comercial TOTAL NOTA 20 — OPERAÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS A ESIH e algumas das suas subsidiárias realizam um número significativo de operações e têm relações com os membros do Grupo ESFG. Devido a estas relações, é possível que os termos das operações não sejam idênticos ao que sucederia entre partes totalmente não relacionadas. As sociedades do Grupo concederam empréstimos aos Administradores do Grupo num valor total de EUR3,7 milhões à data de 31 de Dezembro de 2000 (1999: EUR3,0 milhões). Não existem garantias em vigor emitidas por sociedades do Grupo a favor dos Administradores. Em 1994, a ESIH emitiu uma garantia ilimitada para cobrir quaisquer despesas e indemnizações que venham a ser eventualmente pagas a respeito de acções judiciais em que uma das sociedades do Grupo esteja envolvida. O quadro seguinte apresenta um resumo das posições significativas a respeito de entidades relacionadas em termos de balanço, contas extra-patrimoniais e conta de exploração. 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) ACTIVO Títulos da carteira de investimento disponíveis para venda 93,7 73,5 Créditos sobre clientes (1) 1 238,1 1 182,2 Outros activos 23,9 27,5 ———— ———— ACTIVO TOTAL 1 355,7 1 283,2 ========= ========= 78 PASSIVO Depósitos à ordem e a prazo Acréscimos de juros e outros passivos 42,3 0,7 ———— 43,0 ========= PASSIVO TOTAL 35,0 0,3 ———— 35,3 ========= (1) Os créditos sobre clientes incluem adiantamentos feitos à ESIH e a algumas das suas subsidiárias, de que uma grande parte é utilizada para financiar investimentos a longo prazo e projectos de construção. Exercício findo em 31 de Dezembro de ———— 1998 1999 2000 ———— ———— ———— (Em milhões de euros) Juros recebidos Juros de empréstimos Juros e dividendos de títulos Total de juros recebidos Juros pagos Juros de depósitos Total de juros pagos Outros proveitos Comissões Proveitos de seguros Ganhos cambiais líquidos Outros proveitos operacionais Total de outros proveitos Outros custos 59,6 4,3 ———— 63,9 ========= 56,3 1,8 ———— 58,1 ========= 89,0 2,1 ———— 91,1 ========= 0,4 ———— 0,4 ========= 0,4 ———— 0,4 ========= 2,1 ———— 2,1 ========= 0,6 3,1 4,0 0,1 ———— 7,8 ========= 2,1 ========= 0,2 2,9 10,7 0,3 ———— 14,1 ========= 2,0 ========= 0,2 1,5 8,5 0,1 ———— 10,3 ========= 2,4 ========= O quadro seguinte apresenta um resumo da variação no crédito sobre entidades relacionadas: 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Saldo no início do exercício 1 079,1 1 238,1 Novos empréstimos e adiantamentos 232,2 147,7 Reembolsos em dinheiro (73,2) (203,6) ———— ———— Saldo no fim do exercício 1 238,1 1 182,2 ========= ========= NOTA 21 — COMPROMISSOS, CONTINGÊNCIAS, INSTRUMENTOS DERIVADOS E OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS COM RISCO EXTRAPATRIMONIAL No exercício da sua actividade normal, o Grupo assume diversos compromissos e incorre em determinadas responsabilidades contingentes, que são referidos no balanço mas não estão aí reflectidos, como segue: 31 de Dezembro de ———— 1999 2000 ———— ———— (Em milhões de euros) Responsabilidades contingentes Garantias e cartas de crédito 3 514,0 4 184,8 Créditos documentários abertos 169,6 542,0 Compromissos Linhas de crédito revogáveis 514,3 39,9 79 Linhas de crédito irrevogáveis 2 344,4 2 917,6 Os créditos documentários e as garantias são compromissos condicionais assumidos pelo Grupo de garantir a prestação do seu cliente perante terceiros. Os créditos documentários são essencialmente emitidos para melhorar o risco de crédito em operações públicas e privadas de empréstimo. O risco de crédito envolvido na emissão de créditos documentários é semelhante ao envolvido na concessão de crédito a clientes. Os riscos associados com os créditos documentários e garantias são normalmente reduzidos por via da participação de terceiros. Em 31 de Dezembro de 2000, as garantias e cartas de crédito incluíam uma garantia concedida ao Banco de Portugal constituída por títulos detidos pelo Grupo. Esta garantia, que está relacionada com o SPGT (Sistema de Pagamento de Grandes Transacções) e ascende a EUR249,4 milhões (1999: EUR328,1 milhões), garante linhas de crédito irrevogáveis. Os compromissos representam contratos relativos à concessão de crédito que geralmente têm datas de vencimento fixas ou outras cláusulas de rescisão e normalmente obrigam ao pagamento duma comissão. Virtualmente, todos os compromissos do Grupo de conceder crédito estão sujeitos ao cliente respeitar determinados critérios na altura da sua concessão. De acordo com o contrato de cessão de créditos datado de 29 de Setembro de 1999, relativo à venda de créditos ao consumo referida na Nota 6, o BES assumiu um compromisso de vender créditos adicionais num valor aproximado de EUR210,0 ao longo dum período prorrogável de 2 anos. Dado que se espera que muitos dos compromissos, garantias e créditos documentários cheguem ao seu termo sem serem accionados, os valores totais não representam necessariamente necessidades futuras de caixa. O Grupo exige garantias para suportar instrumentos financeiros extrapatrimoniais quando o considera necessário. Tais garantias podem incluir depósitos feitos juntos de instituições financeiras ou outros activos. Instrumentos financeiros derivados com risco extrapatrimonial No exercício da sua actividade normal, o Grupo é parte numa enorme variedade de instrumentos financeiros derivados com risco extrapatrimonial. O Grupo utiliza instrumentos derivados para efeitos de negociação, gerir a sua exposição às variações das taxas de juros, taxas de câmbio e preços de acções e para ir de encontro às necessidades financeiras dos seus clientes. Os instrumentos derivados representam contratos com contrapartes em que são feitos ou recebidos pagamentos dessa contraparte com base em taxas específicas de juros ou de câmbios, em termos pré-determinados no contrato. Tais instrumentos derivados e instrumentos financeiros cambiais envolvem, em diversos graus, risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez. O risco de crédito representa a perda contabilística eventual máxima devido ao possível incumprimento das contrapartes e doutras pessoas vinculadas pelos termos dos contratos. O Grupo considera que a verdadeira medida do risco de crédito é o custo de substituição do instrumento derivado ou produto cambial no caso d a contraparte entrar em incumprimento antes da data de liquidação. O risco de mercado representa a possibilidade que uma alteração nas taxas de juro, taxas de câmbio ou preço das acções cause uma diminuição no valor do instrumento financeiro ou faça com que seja mais caro proceder à sua liquidação. O risco de liquidez representa a capacidade de fazer face a obrigações financeiras de curto prazo que, em alguns mercados em especial, afecta a capacidade do Grupo de liquidar a sua posição sem causar um impacto negativo nos preços do mercado. O capital teórico dos instrumentos financeiros derivados representa o montante em que se baseiam os juros e outros pagamentos devidos ao abrigo da operação. Para a maioria dos instrumentos derivados, tais como swaps de taxas de juro, swaps de câmbios e taxas de juro, contratos a prazo, futuros e opções sobre câmbios e taxas de juro, o capital teórico não representa uma exposição de crédito efectiva, mas sim (salvo no caso dos swaps de câmbios e taxas de juro), uma base para calcular os fluxos financeiros trocados. A maior parte dos contratos de câmbios a prazo do Grupo são feitos com instituições financeiras reguladas, dentro de limites definidos por contraparte para cada sucursal, subsidiária e sede no exterior e para o ESFG numa base global e são normalmente liquidados no prazo de seis meses. Instrumentos derivados e instrumentos cambiais utilizados para efeitos de negociação O risco de crédito, o justo valor de mercado estimado e o valor contabilístico associado às actividades de negociação do Grupo figuram no quadro seguinte. Para as actividades de negociação do Grupo, o efeito das alterações nas condições do mercado, a saber nas taxas de juro, taxas de câmbio e preço das acções, foi reflectido nos proveitos de operações financeiras (maisvalias e menos-valias realizadas e não realizadas), uma vez que os instrumentos negociados são avaliados diariamente face ao mercado (“mark-to-market”). Para outras operações financeiras contabilizadas sem ser numa base “mark-to-market”, o efeito das alterações nas condições do mercado não está integralmente reflectido nos proveitos de operações financeiras de acordo com as normas contabilísticas portuguesas. Por favor, ver Nota 2 para uma análise das actividades de negociação do Grupo. Instrumentos derivados e instrumentos cambiais utilizados para outros efeitos O principal objectivo do Grupo quando utiliza instrumentos derivados para outros efeitos é fazê-lo para as suas actividades de gestão de activos e passivos, actividades essas que incluem a fixação de orientações para a estrutura do balanço, afectação de capital e gestão das taxas de juro, câmbios, preços das acções e risco de liquidez para todo o balanço, cujo fim principal é proteger a margem líquida do Grupo. Para estes efeitos, o Grupo utiliza principalmente swaps de taxas de juro, swaps de câmbios, swaps de taxas de juro e de câmbios e 80 contratos a prazo para cobrir o risco de certos activos e passivos em termos de taxas de juro e de câmbios. O Grupo também utiliza derivativos para criar estruturas de cobertura para apoiar o desenvolvimento das actividades de negociação de obrigações do Grupo. Para estes efeitos, o Grupo utiliza swaps de taxas de juro, swaps de divisas, opções cambiais, opções sobre acções, contratos de taxa máxima (interest rate caps), taxa mínima (floors) e futuros. Os montantes teóricos, estimados ao justo valor e ao valor contabilístico, e a exposição em termos de risco de crédito destes instrumentos financeiros em 31 de Dezembro de 1999 e 2000 eram os seguintes: 1999 ———— Montante Justo valor Valor teórico(1) estimado(2) contabilístic o(3) ———— ———— ———— Exposição de crédito(4) Montante teórico (1) ———— ———— 2000 ———— Valor Justo valor estimado(2) contabilísti co (3) ———— ———— Exposição de crédito(4) ———— (Em milhões de euros) Contratos de câmbios À vista Compra Venda 727,1 724,0 3,1 --- 3,9 155,5 152,9 2,7 --- 2,7 ----- --- --- --- 94,2 93,9 0,3 0,3 4,8 6 548,6 6 505,6 44,3 17,3 125,1 1 524,2 1 521,4 10,2 10,2 1,7 ----- ----- ----- ----- 60,9 60,2 0,9 0,9 1,4 3 545,1 3 545,5 (1,3) (13,8) 23,7 10 440,7 10 476,9 (4,3) 0,5 427,1 32 547,0 6 192,2 42,7 (18,4) 42,7 22,1 501,1 125,7 30 127,0 2 045,8 92,0 0,1 92,0 25,6 511,8 47,7 349,6 3,1 3,1 11,1 A prazo Negociação Compra Venda Outros sem ser negociação Compra Venda Swaps de divisas Negociação Compra Venda Outros sem ser negociação Compra Venda Swaps de taxas de juro Negociação Outros sem ser negociação Swaps de incumprimento de crédito Negocia-ção Swaps de acções / índices Negociação Outros sem ser negociação 474,8 (5,6) (5,6) 11,6 47,2 (3,1) (0,5) --- Swaps de taxas de juro e de câmbios Negociação Compra Venda 126,3 128,5 2,9 2,9 4,3 241,8 204,8 6,3 6,3 7,0 744,9 715,3 27,8 1,3 45,8 159,0 152,0 6,7 (0,2) 15,7 21 868,4 --- 10,3 --- 10,3 --- 40,9 --- 8 827,3 --- 2,2 --- 2,2 --- 30,8 --- Outros sem ser negociação Compra Venda Contratos a prazo Negocia-ção Outros sem ser negociação Futuros financeiros Negocia-ção Opções negociadas bolsa Opções cambiais 975,1 --- --- --- 9 125,2 --- --- --- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- 3 333,0 4 483,1 1,4 (1,9) ----- ----- 8 315,6 10 162,6 3,7 (10,5) ----- ----- em Negociação Compra Venda Opções sobre taxas de juro Negociação Compra Venda Opções sobre acções Negociação 81 1999 ———— Montante Justo valor Valor teórico(1) estimado(2) contabilístic o(3) ———— ———— ———— Exposição de crédito(4) Montante teórico (1) ———— ———— 2000 ———— Valor Justo valor estimado(2) contabilísti co (3) ———— ———— Exposição de crédito(4) ———— (Em milhões de euros) Compra Venda Opções de mercado de balcão Opções cambiais e sobre acções Negociação Compra Venda Outros sem ser negociação Compra Venda Swaption 15,7 10,5 1,7 (0,4) ----- ----- 179,1 26,2 2,2 (0,9) ----- ----- 139,9 262,1 6,1 (13,1) 5,9 (8,0) 6,1 --- 229,9 229,7 17,8 (0,3) 21,2 (0,3) 17,8 --- 60,0 65,5 --(0,2) --(0,3) ----- ----- ----- ----- ----- 50,0 (0,1) --- --- 139,2 189,2 (0,4) 0,3 0,7 (1,5) 0,7 --- 520,0 4,7 (0,4) 4,5 29,9 (0,9) --- --- 39,9 (1,4) --- --- ----- ----- ----- ----- 171,3 155,5 0,2 (0,9) 1,6 (1,5) 0,4 0,3 1 121,2 1 137,1 3,5 3,1 9,0 (9,0) 9,6 --- 1 891,3 1 528,9 6,9 (7,2) 6,9 (7,2) 6,9 --- Negociação Compra Venda Outros sem ser negociação Venda Opções sobre acções Negociação Compra Venda Caps e floors de taxas de juros Negociação Compra Venda (1) Montante teórico ou abstracto do contrato. (2) O justo valor estimado representa a perda ou ganho na liquidação da posição actual, considerando as condições em vigor no mercado e as metodologias normais de avaliação. (3) O valor contabilístico representa acréscimos de proveitos ou custos inerentes às posições actuais. (4) O risco de crédito representa a diferença positiva entre os valores a receber e a pagar relativamente às posições actuais. Classes de instrumentos derivados e instrumentos cambiais As seguintes classes de instrumentos derivados e instrumentos cambiais referem-se a instrumentos que são utilizados pelo Grupo para efeitos de negociação e outros efeitos, a saber, de cobertura de riscos e gestão de activos e passivos. O justo valor deverá reflectir o seu valor de mercado. Em consequência, o valor de mercado é utilizado para os instrumentos que são transaccionados em mercados líquidos. Para os instrumentos do mercado de balcão, utilizam-se métodos de avaliação estandardizados. No caso de instrumentos de taxa fixa e de câmbios (contratos a prazo, swaps, futuros, obrigações), empregam-se modelos de avaliação baseados na análise dos fluxos financeiros descontados, e para as opções, métodos estandardizados, tais como o Black-Scholes e as Árvores Binominais. • Os contratos de câmbios a prazo são contratos para o recebimento ou entrega futura de câmbios em termos pré-acordados. Os riscos inerentes a estes contratos são a eventual incapacidade d a contraparte de cumprir os termos de entrega do seu contrato e o risco associado a alterações no valor de mercado das divisas subjacentes, resultantes das alterações normais nas taxas de juro e de câmbio subjacentes. • Os swaps de taxas de juro são contratos em que uma série de fluxos financeiros numa dada moeda, determinados pela taxa de juro, são trocados durante um período pré-definido. O montante teórico em que os pagamentos de juros se baseiam não é trocado e a maior parte dos swaps de taxas de juro envolve a troca de pagamentos de juros fixos e variáveis. Os riscos inerentes aos swaps de taxas de juro são a eventual incapacidade da contraparte de cumprir os termos de entrega do seu contrato e o risco associado a alterações no valor de mercado dos contratos, resultantes de movimentos nas taxas de juro subjacentes. • Os swaps de taxas de juro e câmbios são contratos que envolvem a troca de juros e capital em duas 82 moedas diferentes. Os riscos inerentes aos swaps de taxas de juro e câmbios são a eventual incapacidade da contraparte de cumprir os termos de entrega do seu contrato e o risco associado a alterações no valor de mercado dos contratos resultantes das alterações normais nas taxas de juro e de câmbio subjacentes. • Os swaps de câmbios são contratos em que fundos numa determinada moeda são convertidos noutra moeda através duma operação à vista e, simultaneamente, é celebrado um contrato a prazo que prevê uma futura troca das moedas para recuperar a moeda convertida inicialmente. Os riscos inerentes aos swaps de divisas são a eventual incapacidade da contraparte de cumprir os termos de entrega da parte do swap a prazo e o risco associado a alterações no valor de mercado das divisas subjacentes, resultantes das alterações normais nas taxas de juro e de câmbio subjacentes. • As opções, incluindo caps e floors de taxas de juros ,são contratos que permitem ao detentor da opção comprar ou vender um instrumento financeiro ou divisa ao vendedor da opção a um preço especificado, dentro dum prazo determinado. O comprador da opção paga um prémio à cabeça ao vendedor da opção, que passa então a suportar o risco duma alteração desfavorável no preço do instrumento financeiro ou divisa subjacente à opção. • Os contratos a prazo são contratos para trocar pagamentos numa certa data futura, baseados numa alteração nas taxas de juro de mercado desde a data de negociação até à data de liquidação do contrato. O valor teórico em que os pagamentos de juros se baseiam não é trocado e o prazo destes contratos tipicamente situa-se abaixo dos dois anos. Os riscos inerentes aos contratos a prazo são a incapacidade eventual da contraparte de cumprir os termos do seu contrato e o risco associado às alterações no valor de mercado dos contratos, resultantes de movimentos nas taxas de juro subjacentes. • Os futuros financeiros são contratos transaccionados em bolsa relativos à entrega futura de títulos, em que o vendedor aceita entregar numa data futura determinada um instrumento determinado a um preço ou rendibilidade determinada ou liquidar financeiramente o futuro. Os contratos de futuros são liquidados em dinheiro diariamente por uma central de compensação e, portanto, existe um risco mínimo para a organização. Os futuros estão sujeitos ao risco de movimentos nas taxas de juros, nos índices bolsistas ou no valor dos títulos e instrumentos subjacentes. Para reduzir a sua exposição ao risco de mercado relacionado com as classes de instrumentos derivados e instrumentos cambiais acima mencionados, o Grupo pode adquirir posições de compensação. A carteira de instrumentos financeiros extrapatrimoniais do Grupo é muito diversificada e é gerida utilizando práticas semelhantes às utilizadas para instrumentos contabilizados no balanço, a fim de evitar uma concentração significativa de risco de crédito. Litígios judiciais e reclamações As sociedades do Grupo estão envolvidas em diversos litígios judiciais e reclamações. Foram feitas provisões nos casos que puderam ser quantificados e quando foi considerado necessário. Na opinião d a administração, depois de consultar os seus advogados, a resolução de tais litígios e reclamações no futuro não terá um impacto significativo na situação financeira do Grupo. NOTA 22 — EXPOSIÇÃO CAMBIAL Em 31 de Dezembro de 2000, os activos, passivos e contas extrapatrimoniais expressos em divisas eram os seguintes: ———— USD Activos Passivos Activos /(passivos) líquidos Posição cambial a prazo Posição cambial total a posição cambial total é representada por: - Posição de investimento(1) - Posição de negociação (2) GBP CHF JPY Outras divisas ———— ———— (Em milhões de euros) 255,0 439,9 95,6 492,8 ———— ———— 159,4 (52,9) % do total do activo / passivo ———— ———— % 13 116,4 35,1 13 936,3 37,3 ———— ———— 10 520,4 11 619,8 ———— (1 099,4) 788,5 854,5 ———— (66,0) 1 210,3 70,6 22,9 58,5 8,6 ———— 110,9 ———— 4,6 ———— 182,3 ———— 5,6 ———— 247,6 551,0 ========= ========= ========= ========= ========= ========= 59,7 --- 65,3 --- 198,6 51,2 4,6 117,0 5,6 49,0 83 ———— Total 1 112,6 873,6 ———— 239,0 (1) A posição cambial de investimento representa as participações de médio e longo prazo nas subsidiárias expressas em divisas. (2) A posição cambial de negociação representa a posição líquida em aberto considerando que as subsidiárias do Grupo geriram a sua exposição cambial cobrindo as suas posições face às suas moedas de funcionamento e não face à moeda em que são apresentadas as demonstrações financeiras do Grupo. NOTA 23 - ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES Durante 2001, uma subsidiária da ESFG deu início ao proceso para levar a cabo uma Oferta Pública de Aquisição das acções remanescentes do Via Banque que ainda não detinha em 31 de Dezembro de 2000. Esperase que a OPA fique concluída durante 2001. Em 2001, a ESFG anunciou a intenção de encontrar um parceiro estratégico no contexto d a Tranquilidade com vista a expandir a actividade seguradora internacional da ESFG. 84 5.1.3. Balanços e Demonstrações de Resultados Consolidadas não auditados relativos ao 1º Semestre de 2000 e 2001 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A., LUXEMBOURG Balanços Consolidados não auditados em 30 de Junho de 2000 e 2001 (Tradução livre do original em língua inglesa) 30 de Junho de 2001 2000 (Em milhões de Euros) ACTIVO Caixa e bancos 1.286,5 1.319,8 Depósitos bancários remunerados 2.154,1 2.664,0 741,6 10.235,0 25.558,6 (639,6) 565,0 6.882,8 20.400,9 (567,0) Acréscimos de juros Imóveis e equipamento Outros activos 297,3 531,1 1.481,5 238,8 511,7 1.335,0 TOTAL DO ACTIVO 41.646,1 33.351,0 4.846,1 5.459,7 11.911,1 653,5 2.045,3 4.240,0 1.595,6 8.983,3 39.734,6 5.160,1 4.423,0 11.020,9 319,6 1.694,4 3.436,2 920,9 4.420,9 31.396,0 1.771,7 1.588,5 479,1 (57,3) 0,0 (300 7) 18 7 479,1 (59,4) 13,4 (80 1) 13 5 139 8 366 5 41.646,1 33.351,0 Títulos - Negociação Títulos - Investimento Crédito sobre clientes Provisões específicas para riscos de crédito PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA Depósitos de bancos Depósitos à ordem Depósitos a prazo Títulos vendidos com acordo de recompra Outros empréstimos de curto prazo Provisões técnicas (seguros) Acréscimos de juros e outros passivos Empréstimos e outra dívida de longo prazo TOTAL DO PASSIVO INTERESSES MINORITÁRIOS SITUAÇÃO LÍQUIDA Acções ordinárias, EUR 10 de valor nominal; Acções próprias, a valor de custo Reservas de reavaliação Resultados transitados Outros resultados globais acumulados TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA TOTAL DO PASSIVO E DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 85 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A., LUXEMBOURG Demonstração de Resultados Consolidada não auditada para os Semestres findos em 30 de Junho de 2000 e 2001 (Tradução livre do original em língua inglesa) 30 de Junho de 2001 2000 JUROS RECEBIDOS Juros de empréstimos Juros e dividendos de títulos: Títulos - Carteira de Negociação Títulos - Carteira de Investimento Outros juros Total de juros recebidos 835,8 582,5 12,3 139,5 69,0 1.056,6 5,1 91,5 107,5 786,6 Juros de depósitos Juros de títulos vendidos com acordo de recompra Juros de outros empréstimos de curto prazo Juros de empréstimos e dívida de longo prazo Total de juros pagos 430,4 16,0 53,3 179,6 679,3 343,6 5,1 44,0 96,4 489,1 JUROS LÍQUIDOS Provisão para riscos de crédito Juros líquidos após dedução da provisão para riscos de crédito 377,3 (70,0) 307,3 297,5 (55,9) 241,6 145,4 3,2 718,3 11,0 73,2 951,1 138,5 23,5 586,5 75,8 49,6 873,9 198,2 19,6 586,3 91,6 30,4 39,2 187,6 1.152,9 152,6 18,9 498,6 43,6 27,7 34,1 145,6 921,1 105,5 (39,9) (71,2) 194,4 (43,2) (107,5) (0,5) (6,1) (0,6) 43,1 (0,14) 0,97 44.525.638 44.245.950 JUROS PAGOS OUTROS PROVEITOS Comissões Mais-valias líquidas da carteira de negociação e de investimento Proveitos de seguros Mais valias líquidas de operações cambiais e derivativos Outros proveitos operacionais Total de outros proveitos OUTROS CUSTOS Salários e regalias sociais Custos de ocupação Custos de sinistros Subscrição de seguros e despesas relacionadas Reintegrações Amortizações Outros custos Total de outros custos Resultados antes de impostos e interesses minoritários Impostos sobre o rendimento Interesses minoritários nos resultados das subsidiárias consolidadas Resultados de empresas associadas RESULTADOS LÍQUIDOS RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO Número médio ponderado de acções em circulação: 86 5.2. Cotações As acções da ESFG estão cotadas na Bolsa do Luxemburgo, de Londres (no SEAQ International) e de Nova Iorque, nesta última através do sistema de American Depositary Shares (ADSs), correspondendo cada ADS a uma acção ordinária da ESFG. Nas duas primeiras Bolsas registam-se habitualmente muito poucas transacções, sendo em Nova Iorque que se verificam transacções diárias. Os mapas que se seguem apresentam as cotações médias, máximas e mínimas verificadas nos últimos doze meses, relativamente aos valores mobiliários emitidos pelo ESFG (no caso das cotações na Bolsa de Londres, não se apresenta a cotação máxima e mínima devido ao reduzido volume de transações mensal verificado naquela Bolsa) : ADSs ESFG New York Stock Exchange (Unidade: USD) Data Agosto 2000 Setembro 2000 Outubro 2000 Novembro 2000 Dezembro 2000 Janeiro 2001 Fevereiro 2001 Março 2001 Mínima 18.2500 18.5000 17.6250 17.5000 16.5000 15.5000 16.0000 16.7000 Média Máxima 18.8143 19.5000 19.2019 19.8125 18.8157 19.1875 18.4438 19.0000 17.6629 18.5625 16.9544 18.0000 16.7114 17.5000 17.4309 17.9500 Abril 2001 17.2400 17.6798 18.3000 Maio 2001 17,7500 18,2960 19,0000 Junho 2001 17,9000 18,2592 19,0000 Julho 2001 18,0000 18,1724 18,4800 Agosto 2001 18,0000 18,1909 18,3500 Fonte: New York Stock Exchange Acções ordinárias da ESFG Luxembourg Stock Exchange (Unidade: Euros) Data Agosto 2000 Setembro 2000 Outubro 2000 Novembro 2000 Dezembro 2000 Janeiro 2001 Fevereiro 2001 Março 2001 Mínima Máxima 19,25 21 20,5 21,5 20 22,5 21 23,5 18,75 19,6 16,75 18,8 17,5 20 18 19,83 Abril 2001 18,6 19,8 Maio 2001 19,75 22,25 Junho 2001 20,25 21,625 Julho 2001 20,00 21,25 19,5000 20,6250 Agosto 2001 Fonte: Luxembourg Stock Exchange Não se apresenta a cotação média mensal das acções no Luxemburgo pelo facto de a mesma não ser disponibilizada pela Luxembourg Stock Exchange. 87 Acções ordinárias da ESFG London Stock Exchange (Unidade: Libras) Data Agosto 2000 Setembro 2000 Outubro 2000 Novembro 2000 Dezembro 2000 Janeiro 2001 Fevereiro 2001 Março 2001 Abril 2001 Quantidade Transaccionada 6.252 6.000 5.800 2.000 Valor (Libras Inglesas) 80.030 76.331 66.381 24.770 Cotação média (Libras Inglesas) 12,800 12,722 - - - 11,445 12,385 Maio 2001 - - - Junho 2001 1.262 15.805 12,524 Julho 2001 10.000 123.626 12,363 Agosto 2001 69.570 854.772 12,287 Fonte: London Stock Exchange Não se apresenta a cotação máxima e mínima mensal das acções da ESFG na Bolsa de Londres, pelo facto de, face à reduzida liquidez das acções na mesma, não ter sentido apresentar esses valores. 88 5.3. Demonstração de Fluxos de Caixa Demonstrações Consolidadas de Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 1998, 1999 e 2000 (Tradução livre do original em língua inglesa) Exercício findo em 31 de Dezembro de 1998* FLUXOS DE CAIXA OPERACIONAIS Resultados líquidos 1999 (Em milhões de Euros) 2000 68,6 83,5 106,3 Provisão para riscos de crédito 128,4 133,5 135,2 Reintegrações e amortizações 98,0 112,7 129,9 138,9 201,4 177,9 (0,6) 6,3 (1,7) Ajustamentos para reconciliar os resultados líquidos com os fundos gerados pela exploração: Interesses minoritários nos resultados de subsidiárias consolidadas Variação na equivalência patrimonial de filiais Aumento das provisões técnicas (seguros) 628,9 776,3 776,9 (250,6) (289,4) 341,1 (Mais) Menos-valias líquidas não realizadas da carteira de negociação (1,3) 0,7 (1,6) Menos-valias líquidas não realizadas da carteira de investimento 18,3 34,7 111,1 Mais-valias da venda de participações em sociedades do Grupo (6,2) — — 822,4 1.059,7 1.775,1 436,2 93,0 456,3 (4.678,2) (32,4) (2.882,7) (71,1) (4.513,2) (75,7) (Aumento) decréscimo nos acréscimos de juros e outros passivos/activos Fundos líquidos gerados pela exploração FLUXOS DE CAIXA GERADOS PELOS INVESTIMENTOS Decréscimo líquido da carteira de negociação Aumento líquido do crédito sobre clientes Compra de imóveis e equipamento Venda de imóveis e equipamento Aumento nas participações em sociedades do Grupo Venda de participações em sociedades do Grupo Fundos de sociedades adquiridas 30,4 46,4 4,9 — (22,5) (732,0) 15,8 --- ----- 9,0 77,3 (44.896,7) 27.750,8 (30.990,9) 19.163,2 (15.648,4) 6.309,6 13.870,6 3.816,8 3.201,1 2.190,7 7.680,1 5.797,7 Títulos de investimento disponíveis para venda: Compra Vendas de títulos de dívida Venda de outros títulos Vencimentos Investimento em imóveis, líquido Outros, líquido Caixa líquida usada nos investimentos 23,0 15,0 20,8 317,5 (4.972,3) (169,3) (3.322,0) 42,7 (5.049,9) * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 89 Exercício findo em 31 de Dezembro de 1998* 1999 (Em milhões de Euros) 2000 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES FINANCEIRAS (Decréscimo) aumento líquido de depósitos remunerados (Decréscimo) aumento líquido de depósitos bancários Aumento líquido de depósitos à ordem e de poupança Aumento líquido de depósitos a prazo (Decréscimo) aumento líquido de títulos vendidos c/ acordo de recompra Aumento líquido de acções próprias (22,9) 1.436,4 201,7 314,3 812,6 (3.918,4) 501,4 923,3 157,2 1.683,8 1.092,3 800,0 (184,8) 149,0 328,6 (5,1) (46,5) (77,5) 1.194,8 — 1.466,1 (133,2) 4.298,2 (79,9) Dividendos pagos Prémios pagos aos empregados (64,4) (17,7) (71,8) (22,1) (122,9) (25,6) Dotações para o fundo de pensões Aumento (decréscimo) líquido em outros empréstimos a curto prazo (17,8) 342,5 (16,5) (981,7) (156,8) 459,1 4.085,7 2.700,3 3.409,7 0,4 (0,9) 7,7 (63,8) 437,1 142,6 CAIXA E DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 1.491,0 1.427,2 1.864,3 CAIXA E DISPONIBILIDADES NO FIM DO EXERCÍCIO 1.427,2 1.864,3 2.006,9 192,7 201,4 386,6 60,4 45,3 82,2 Aumento de empréstimos e dívida de longo prazo Decréscimo de empréstimos e dívida de longo prazo Caixa líquida gerada pela função financeira Efeito do impacto da taxa de câmbio na tesouraria AUMENTO (DECRÉSCIMO) LÍQUIDO NA CAIXA E DISPONIBILIDADES Informação complementar sobre os fluxos de caixa: Caixa paga durante o exercício: Juros pagos Impostos sobre o rendimento pagos As notas anexas constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas, as quais constam do ponto 5.1.2 do presente Prospecto * Os valores de 1998 foram reformulados utilizando a taxa de câmbio Euro/USD de 1 de Janeiro de 1999 90 5.4. Informações sobre as Participadas As participações financeiras directas mais significativas (cujo valor contabilístico a 31 de Dezembro de 2000, representa pelo menos, 10% do resultado líquido consolidado da ESFG) da ESFG são as participações detidas nas seguintes sociedades, passando-se a dar informação individualizada sobre as mesmas (aferida à data de 31 de Dezembro de 2000): Denominação e Sede Social da Sociedade - ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL), SA – com sede na Rua de S. Bernardo, 62, Lisboa - BANK ESPIRITO SANTO INTERNATIONAL LIMITED – com sede em Box 500, Grand Cayman, Cayman Islands - ESFIL - ESPIRITO SANTO FINANCIÈRE, SA - com sede em 231, Val des Bons Malades, L-2121 Luxembourg-Kirchberg - PARTRAN, SGPS, SA - com sede na Rua de S. Bernardo, 62, Lisboa - CENTUM, SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SA – com sede na Rua de S. Bernardo, 62, Lisboa - INTER-ATLÂNTICO COMPANHIA DE SEGUROS SA- com sede na Rua Tierno Galvan, Torre 3, 16º A, Lisboa (valores em milhares de Euros) Resultado Líquido Valor contabilístico da participação dividendos recebidos Montante das dívidas da ESFG relativamente às participadas Empresa Domínio de Actividade Fracção do Capital Detido Espírito Santo Financial (Portugal) Gestão de Participações Sociais 98,9% 270.600,0 2.827,2 112.455 425.264,4 4.280,3 79.979,1 4.280 Bank Espírito Santo International Limited Banca 100,0% 64.481,5 10.983,2 8.502 59.670,6 - - - 100,0% 67.500,0 7.009,0 16.033 60.139,1 - 65.222,8 - 66,7% 159.400,0 488,2 (4.478) 220.690,7 - - 79 99,1% 199.519,0 (8.843,7) 17.961 59.113,9 - 11.336,5 - 85,0% 1.950,0 (228,4) (2.733) 17.962,9 - 1.995,2 - ESFIL - Espírito Santo Financière PARTRAN CENTUM INTER-ATLÂNTICO Companhia de Seguros Gestão de Participações Sociais Gestão de Participações Sociais Gestão de Participações Sociais Seguros Capital Subscrito Montante dos créditos da ESFG relativamente às participadas Reservas A ESFG detém ainda participações directas e/ou indirectas nas seguintes sociedades (cujas participações a 31 de Dezembro de 2000, se encontram indicadas na Nota 1 às contas consolidadas, que consta do ponto 5.1.2. do presente Prospecto) : • • • • • • • • • • • • ADVANCECARE -- Gestão e Serviços de Saúde, SA Banco Espírito Santo, AS BES.COM, SGPS, AS BES Finance Ltd. Banco Espírito Santo de Investimento, SA BESLEASING Imobiliária — Sociedade de Locação Financeira, SA BESCLEASING Mobiliária — Sociedade de Locação Financeira, SA Banco Espírito Santo North American Capital Corp. BES Overseas Ltd. Banco Espírito Santo do Oriente, SA BESPAR, SGPS, AS Banco Espírito Santo, SA (Espanha) 91 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Banque Espírito Santo et de la Vénétie, SA Banco Internacional de Crédito, SA Benito y Monjardim SVB Compagnie Bancaire Espírito Santo, SA CÊNTIMO - Sociedade de Serviços, Lda Capital Mais – Assessoria Financeira, SA COMINVEST -- Sociedade de Gestão e Investimento Imobiliário, SA CREDIBOM, SFAC, AS CREDIFLASH - Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, SA E.S. CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, SA Espírito Santo Cobranças, AS E.S. CONTACT CENTER – Gestão de Call Centers, SA Espírito Santo International Asset Management Ltd. ES Interaction -- Sistemas de Informação Interactivos, SA Espírito Santo Investimentos Ltda Espírito Santo Investment PLC Espírito Santo Representações Ltda Espírito Santo Saúde SGPS, SA Espírito Santo Companhia de Seguros, SA Espírito Santo Servicios, AS ESAF Capital Management Ltd. ESAF -- Holding GmbH ESAF -- International Distributors Ltd. ESAF -- Espírito Santo Capital Management Ltd. ESAF -- Espírito Santo Participações Internacionais SGPS, SA ESAF -- Espírito Santo Activos Financeiros SGPS, SA ESAF- Espírito Santo Fundos de Investimentos Imobiliários , SA ESAF- Espírito Santo Fundos de Investimentos Mobiliários, SA ESAF- Espírito Santo Fundo de Pensões, SA ESAF- Espírito Santo International Management, SA Espírito Santo Bank Espírito Santo Consultores de Gestão, SA Espírito Santo e Comercial de Lisboa Inc. Espírito Santo Data Informática, SA Espírito Santo Dealer -- Sociedade Financeira de Corretagem, SA Espírito Santo Financial (BVI), SA Espírito Santo Financial Consultants (Gestão de Patrimónios), SA ESFG Overseas Ltd. ESGER Empresa de Serviços e Consultadoria, SA ESGEST -- Espírito Santo Gestão de Instalações, Aprovisionamento e Comunicações, SA Espírito Santo Gestão de Patrimónios, SA Espírito Santo Latin Management Ltd. Espírito Santo do Oriente -- Estudos Financeiros e de Mercado de Capitais Lda Espírito Santo Overseas Ltd. ES BANKEST, LLC Espírito Santo Belgique, SA Espírito Santo Equipamentos e Segurança, SA Espírito Santo PLC Espírito Santo Securities Inc. ESSI Comunicações, SGPS, AS ESSI Investimentos, SGPS, AS ESSI, SGPS, AS ESUMÉDICA – Prestação de Cuidados Médicos, SA EUROGES -- Aquisição de Créditos a Curto Prazo, SA Euro Service Collect (anteriormente denominada Paris Encaissements SA) EUROP ASSISTANCE – Companhia Portuguesa de Seguros de Assistência, SA GESFINC - Espírito Santo Estudos Financeiros e de Mercado de Capitais, SA Inter-Atlantico, AS Espírito Santo Inversiones, SA FIDUPRIVATE -Sociedade de Serviços, Consultadoria e Administração de Empresas, SA 92 • • • • • • • • • GES BM GESCAPITAL GESTION HISCAPITAL AV, SA Omnium Lyonnais de Participations Industrielles, SA SCI Georges Mandel SPAINVEST, SA Companhia de Seguros Tranquilidade, SA Companhia de Seguros Tranquilidade Vida, SA Via Banque AS 93 5.5. Informações sobre as Participantes A Espírito Santo International Holding S.A. com sede em 231 Val des Bons Malades, 221 LuxembourgKirchberg detém directamente 36,17% do capital social da ESFG, sendo-lhe inputada nos termos do art.º 20º do Cód. VM uma participação total de 51,6% na ESFG, em resultado da sua participação na Espírito Santo Irmãos, SGPS, SA., a qual se encontra expressa no organograma 1 do ponto 5.6 (a ESFG não tem conhecimento da existência de alguma entidade que, por sua vez, detenha directa ou indirectamente, participação superior a 50% no capital da Espírito Santo International Holding S.A.). De seguida apresenta-se a listagem das entidades em relação de domínio ou de grupo com a Espírito Santo International Holding à data de 31 de Março de 2001: Denominação Sede Domínio de Actividade Participação % AFREXPORT, Ltd VGB Serviços 100,00% AGRIBAHIA, S/A BRA Agro-industria 100,00% AGRICAFÉ, Ltda BRA Serviços Beach Heath Investments, Ltd GIB BRASENGIL S/A Comércio e Industria de Imóveis BRA Imobiliário 90,90% Clarendon Properties, Inc. USA Imobiliário 100,00% 100,00% 100,00% Clube Residencial da Boavista, SA PRT Hotelaria 100,00% Coimbra Jardim Hotel - Sociedade de Gestão Hoteleira, S.A. PRT Hotelaria 100,00% Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, SA PRT Hotelaria 98,00% Compañia Inversora Norlon, S/A URY Serviços 100,00% COPTA - Companhia Portuguesa de Turismo do Algarve, SA PRT Imobiliário 100,00% Empresa Hotel Astória de Monfortinho, SA PRT Hotelaria ES Agricultura Administração e Participações, Ltda BRA Agro-industria 100,00% 100,00% 99,20% ES Comercial Agrícola, Ltda BRA Serviços ES Execução e Projetos Agroindustriais, S/A BRA Serviços 99,00% ES Holding Administração e Participações, S/A BRA Serviços 100,00% ESCAE Administração e Participações, Ltda BRA Serviços 100,00% ESCAR, S.A. VGB Serviços 100,00% ESCOM - CONGO, SARL COD Serviços 100,00% ES Private Equity Ltd 100,00% ESCOM - Espirito Santo Comercial, Lda AGO Serviços 97,00% ESCOM - Espirito Santo Commerce, Ltd VGB Serviços 66,70% ESCOM - Espirito Santo Commerce, SA PRT Serviços 100,00% ESCOM Brasil, Ltda BRA Serviços 100,00% ESCOPAR - Espirito Santo Comércio e Administração, SA PRT Serviços 100,00% ESFINT Holding, SA LUX ESIAM - Espirito Santo International Asset Management, Ltd VGB Serviços ESIM - Espirito Santo Imobiliário, SA PRT Imobiliário 100,00% ESOIL Limited BHS Serviços 100,00% ESPART - Espirito Santo Participações Financeiras, SGPS, SA PRT Serviços 89,69% ESPART Administração e Participações, S/A BRA Serviços 100,00% ESPART Madeira SGPS, Unipessoal, Lda PRT Serviços 100,00% Espirito Santo Agriculture and Development, Ltd BHS Serviços 100,00% Espirito Santo Agroindustrial del Paraguay S/A - ESAPA PRY Agro-industria 100,00% Espirito Santo BVI Participation, Ltd VGB Serviços 100,00% 51,00% 99,00% Espírito Santo Hotéis, SGPS, SA PRT Serviços 100,00% Espirito Santo Industrial (BVI), SA VGB Serviços 100,00% Espirito Santo Industrial, SA LUX Serviços 100,00% Espirito Santo International (BVI), SA VGB Serviços 100,00% Espirito Santo International, Inc. USA Serviços 100,00% Espirito Santo Irmãos SGPS SA PRT Serviços 100 00% 94 95 Legenda siglas/países : Sigla País Sigla País AGO ARG AUT BEL BHS Angola Argentina Austria Bélgica Bahamas GBR GIB IRL LUX MAR Reino Unido Gibraltar Irlanda Luxemburgo Marrocos BRA CHE CHN COD CYM ESP FRA Brasil Suiça China, República Popular Congo, República Democrática do Cayman, Ilhas Espanha França POL PRT PRY RUS URY USA VGB Polónia Portugal Paraguai Federação Russa Uruguai Estados Unidos da América Ilhas Virgens Britânicas 5.6. Diagrama de Relações de Participação As relações de participação relevantes da ESFG, de acordo com os pontos anteriores, são apresentadas nos organogramas seguintes (com referência a 31 de Maio de 2001): Organograma 1 Espírito Santo International Holding 36,17% 64,32% Espírito Santo Resources ESFG 99,95% 15,49% 0,05% Espírito Santo Industrial 100% 65,33% Espírito Santo 10% Irmãos 24,67% 96 ESCOPAR Organograma 2 ESFG 100% ESF (P) 100% ESFIL BESIL 1% CBESSA 100% 73,9% VIA BANQUE 40,7% ESF (BVI) BES VENETIE 5,4% TRANQ.-VIDA 100% 87% ESAF 8,2% 2,5% 2% ES SAÚDE (b) 0,3% 5% 10% ESEGUR 77% BESLEASING MOBILIÁRIA 75,6% BESLEASING 79,3% IMOBILIÁRIA 65% ES 12,3% CAPITAL 15% ESIA 5% 5% 15% ESSI SGPS (a) ES SEGURANÇA 5% 35% 100% 6,15% BIC 35% 22,5% TRANQUILIDADE 21,0% ESFG OVERSEAS 100% 100% BES 100% BES INVESTIMENTO 100% PARTRAN 41,9% 0,33% 100% CENTUM ES BELGIQUE 66,7% BESPAR 6,8% 100% 99% 58,2% 0,1% GESTRES 13% 5,4% 0,8% 1% 5,4% 5.7. Responsabilidades À data de 31 de Dezembro de 2000, a ESFG apresentava os seguintes Empréstimos obrigacionistas por reembolsar: 2000 EUR Obrigações de taxa variável com vencimento em 2002.............. 136 000 000 As obrigações de taxa variável com vencimento em 2002, que vencem juros à taxa da oferta para depósitos Euribor a 3 meses + 0,1875% foram constituídas por um Instrumento de Trust datado de 17 de Julho de 1995, celebrado entre a emitente e a Law Debenture Trust Corporation Plc como trustee dos obrigacionistas. Não estão sujeitas a conversão em acções da Sociedade. Em Junho de 1998, a ESFG emitiu uma garantia a favor da ESFG Overseas Ltd para cobrir o pagamento de dividendos e liquidação das Acções Preferenciais Garantidas Não Cumulativas no valor de DEM 300 milhões e DEM 250 milhões emitidas pela ESFG Overseas Ltd. O Grupo tem diversos compromissos decorrentes de contratos de arrendamento de escritórios e locação de equipamento que se estendem de 2000 a 2004. Em 31 de Dezembro de 2000, as rendas mínimas decorrentes de arrendamentos e locações não passíveis de cancelamento e com prazos superiores a um ano eram as seguintes: (Em milhões de Euros) 1,7 1 1 3,7 Ano 2001 2002 2003 2004 2005 Anos seguintes 97 6. PERSPECTIVAS FUTURAS A estratégia adoptada pelo ESFG para as suas principais subsidiárias reflecte a combinação de dois vectores fundamentais: (i) uma opção pelo crescimento orgânico das actividades em Portugal e, sempre que aconselhável, uma expansão das parcerias e (ii) investimento internacional criterioso em áreas de potencial crescimento, e na maioria dos casos em áreas que apresentam sinergias com as actividades em Portugal das empresas participadas pela ESFG. Assim, em Portugal o Banco Espírito Santo, S.A. continua a perseguir uma estratégia de crescimento orgânico, evidenciado pelo crescimento de 1% na sua quota de mercado, para 16,1% em 2000 (de acordo com estimativas do BES). Este crescimento tem sido, e pretende continuar a ser, complementado por uma integração crescente dos negócios das subsidiárias Portuguesas, com o objectivo de aumentar a eficiência e reduzir os custos. Exemplos desta estratégia são a aquisição durante o ano de 2000 do capital ainda disperso do BES Investimento, a integração crescente de determinadas áreas do Banco Espírito Santo, SA e do Banco Espírito Santo de Investimento, SA, como sejam o project finance, e a implementação do projecto “back office zero” que tem como objectivo a integração em Portugal de todos os balcões, o que se prevê venha a traduzir-se numa importante redução de custos nos próximos três anos. O BES anunciou um plano de reestruturação que prevê uma redução de custos de 154 milhões de Euros num período de 10 anos. Este plano inclui uma redução de pessoal da ordem dos 790 e a integração das plataformas de TI das várias operadoras do grupo no terceiro trimestre de 2001, para além da concentração dos sistemas logísticos e de informação das várias unidades numa única operação. No campo das iniciativas do Banco Espírito Santo no âmbito da sua actuação nas novas tecnologias baseadas na internet há que assinalar o estabelecimento em Abril de 2000 de um acordo com a Portugal Telecom (PT) e a Caixa Geral de Depósitos que envolveu a aquisição pela PT de 3% do capital do BES, adquirindo o BES igual percentagem no capital da PT. Os serviços de internet do BES continuam a melhorar a sua eficiência e base de clientes. No final do ano 2000 o BESnet totalizava 135.000 clientes, colocando o Banco Espírito Santo consideravelmente à frente dos seus concorrentes, como líder do mercado de utilizadores de online banking em Portugal. Este sucesso estendeu-se ao serviço de internet banking dirigido a clientes empresariais – BESnet Negócios – traduzido no número crescente de pequenas e médias empresas que utilizam este serviço. Em 2000, a percentagem de operações efectuadas através do serviço BES directo e BESnet em relação ao número total do Banco cresceu consideravelmente, de 62% em 1999 para 73% em 2000. Também os projectos do BES.com, iniciados em Julho de 2000 têm revelado bons progressos, nomeadamente o banco electrónico para particulares e o portal dedicado às pequenas e médias empresas. O Banco Best (detido em 66% pelo Banco Espírito Santo e em 34% pela Portugal Telecom) foi lançado no passado dia 26 de Junho de 2001. As actividades na área internacional centraram-se durante o ano de 2000 sobretudo no Brasil, Marrocos, Espanha e Polónia. No Brasil, encontra-se em plena execução a parceria estabelecida com o Grupo Bradesco, iniciada com a aquisição de 3,25% do capital social do Bradesco. Os contornos desta “joint venture” são, porém, mais amplos e irão traduzir-se na aquisição, pelo Bradesco, de 3% do capital do BES, 20% do capital do BES Investimento do Brasil e na aquisição da totalidade da Companhia de Seguros Inter Atlântico. O ESFG participou na tomada firme do aumento de capital da Bradespar, holding que congrega investimentos relevantes e diversificados e ficará a controlar 10% do seu capital votante, conjuntamente com outros investidores. A estratégia subjacente a este investimento é a de estender o relacionamento já existente entre os dois grupos bancários ás áreas das grandes empresas brasileiras como a Vale do Rio Doce, Globo Cabo, Scopus (esta inclui o sector da nova economia do Grupo Bradesco com 1,7 milhões de clientes no e-banking), o que permitirá alargar o campo de acção do BESI no Brasil. Sendo esta estratégia dirigida à área da Banca de Investimento, não se prevêem reflexos na carteira de crédito do Grupo BES. Em Marrocos o Banco Espírito Santo adquiriu em 2000 uma participação de 2,8% no BMCE Bank (Banque Marocaine de Commerce Exterieur), uma instituição financeira actuante numa zona de rápido desenvolvimento económico e próximo de Portugal. O ESFG consolidou ainda os seus investimentos em Espanha integrando a Benito y Monjardin (o maior corretor independente em Espanha) e a GES Capital (direccionada para a gestão de activos) com as suas congéneres em 98 Portugal, BES Investimento e ESAF. Na Polónia, o Banco Espirito Santo reforçou a sua participação no capital do Kredytbank de cerca de 10% para 19,9%, continuando este banco em pleno progresso e adquiriu 100% do capital do Espírito Santo Bank, localizado na Florida, o qual opera fundamentalmente na área de private banking dirigida aos clientes de origem portuguesa na América Latina. A ESFG adquiriu indirectamente (através da sua participada ESFIL- Espirito Santo Financière, SA), na segunda metade de 2000, uma participação indirecta de 74% do capital do Via Banque, um pequeno Banco Francês especializado no crédito a grandes empresas, cotado na Bolsa de Paris. Em Maio de 2001, a ESFG, através mais uma vez da sua participada ESFIL, lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre os 25,9% do capital do VIA Banque ainda não detidas, correspondentes a 1.383.197 acções, na Bolsa de Paris, passando a deter 98,52% do capital do VIA Banque. De acordo com a regulamentação francesa, a ESFIL lançou uma nova Oferta sobre as acções do VIA Banque ainda não detidas, na sequência da qual passou a deter em 17 de Julho de 2001, 100% do capital do Via Banque, tendo as acções do Via Banque sido retiradas de cotação da Bolsa de Paris. A nova Administração encontra-se a implementar uma estratégia destinada a uniformizar os sistemas informáticos, as práticas contabilisticas e os métodos organizacionais adoptados pelo Via Banque e a outra instituição participada pela ESFG em Paris, o Banque Espírito Santo et de la Vénétie. Esta estratégia procura assim aproximar as actividades dos dois Bancos. Adicionalmente, a ESFG anunciou a intenção de estabelecer uma parceria estratégica na Companhia de Seguros Tranquilidade, com o intuito de expandir as actividades internacionais do ESFG na área seguradora. 99 7. RELATÓRIO DE AUDITORIA As contas anuais (preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e a legislação luxemburguesa aplicável) e os relatórios de gestão da ESFG, individuais e consolidados, relativos aos exercícios de 1998, 1999 e 2000 foram auditados pela PricewaterhouseCoopers. Esses relatórios cumprem os preceitos aplicáveis à elaboração do “relatório de auditoria externa”. Procede-se de seguida à transcrição desses Relatórios na sua tradução para português. 7.1.1. Contas Anuais de 1998 7.1.1.1. Relatório de Auditoria das Contas Anuais Individuais de 1998 (Tradução do original em língua inglesa) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA, LUXEMBOURG RELATÓRIO ESTATUTÁRIO DOS AUDITORES Aos Accionistas do ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. Luxemburgo No seguimento da nossa nomeação pela Assembleia Geral de Accionistas em 3 de Dezembro de 1998, auditámos as demonstrações financeiras do Espírito Santo Financial Group S.A. relativas ao exercício que terminou em 31 de Dezembro de 1998. Tais demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade é exprimir uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base na nossa auditoria. Levámos a auditoria a cabo de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Essas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria de forma a obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras não contêm declarações erróneas significativas. A auditoria inclui o exame, com base em amostragem, dos documentos que suportam os números e informações contidas nas demonstrações financeiras. A auditoria também inclui uma avaliação dos princípios contabilísticos utilizados e das estimativas significativas efectuadas pela administração, bem como a avaliação da apresentação geral das demonstrações financeiras. Julgamos que a nossa auditora constitui uma base razoável para a nossa opinião. Na nossa opinião, as demonstrações financeiras juntas dão, de acordo com as exigências legais e regulamentares luxemburguesas, uma visão verdadeira e exacta da situação financeira do Espírito Santo Financial Group S.A. em 31 de Dezembro de 1998 e do resultado das operações para o exercício findo nessa data. Luxemburgo, 11 de Maio de 1999 PricewarterhouseCoopers S.a.r.l. Auditores Representada por Ian Whitecourt 100 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA, LUXEMBOURG STATUTORY AUDITOR’S REPORT The Shareholders ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA Luxembourg Following our appointment by the General Shareholder’s meeting on 3rd December 1998, we have audited the financial statements of Espírito Santo Financial Group SA for the year ended 31 December 1998. These financial statements are the responsibility of the board of directors. Our responsibility is to express an opinion on these financial statements based on our audit. We conducted our audit in accordance with International Standards on Auditing. Those standards require that we plan and perform the audit to obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement. An audit includes examining, on a test basis, evidence supporting the amounts and disclosures in the financial statements. An audit also includes assessing the accounting principles used and significant estimates made by management, as well as evaluating the overall financial statements presentation. We believe that our audit provides a reasonable basis for our opinion. In our opinion, the attached financial statements give, in conformity with the legal requirements, a true and fair view of the financial position of Espirito Santo Financial Group SA as of 31 December 1998 and of the results of its operations for the year then ended. Luxembourg, 11 May 1999 PRICEWATERHOUSECOOPERS SA Réviseur d’entreprises Represented by Ian Whitecourt 101 Relatório de Auditoria das Contas Anuais Consolidadas de 1998 (Tradução do original em língua inglesa) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA E SUBSIDIÁRIAS RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e Accionistas da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. LUXEMBURGO Auditámos os balanços consolidados da Espírito Santo Financial Group, S.A. (ESFG) e das suas subsidiárias às datas de 31 de Dezembro de 1998 e 1997, bem como as respectivas demonstrações consolidadas dos resultados, dos fluxos de caixa e das variações na situação líquida dos exercícios findos naquelas datas, todos expressos em dólares americanos. Estas demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração da sociedade. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras, baseada nas nossas auditorias. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com os princípios de auditoria geralmente aceites nos Estados Unidos da América. Estas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria por forma a obtermos segurança aceitável sobre se as referidas demonstrações financeiras consolidadas contêm ou não contêm distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui o exame, numa base de teste, das evidências que suportam os valores e informações constantes das demonstrações financeiras. Adicionalmente, uma auditoria inclui a apreciação da razoabilidade dos príncipios contabilísticos adoptados e a avaliação das estimativas significativas efectuadas pela Administração bem como a apreciação da apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Em nosso entender, a auditoria efectuada constitui base suficiente para a expressão da nossa opinião. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas por nós auditadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira consolidada da Espírito Santo Financial Group, S.A. em 31 de Dezembro de 1998 e 1997, bem como os resultados consolidados das suas operações e os fluxos de caixa consolidados nos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e outras disposições e práticas em vigor em Portugal para o sector dos serviços financeiros. Conforme explicado na Nota 2 das demonstrações financeiras, a ESFG alterou o seu método de contabilização do goodwill no exercício findo em 31 de Dezembro de 1997. Os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal diferem, nalguns aspectos importantes, dos princípios contabilísticos geralmente aceites nos Estados Unidos da América. A aplicação destes últimos teria tido efeitos tanto sobre a determinação dos resultados líquidos consolidados expressos em dólares dos EUA de cada um dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 1998, 1997 e 1996 como na determinação da situação líquida consolidada e as suas variações consolidadas, também expressas em dólares dos EUA, relativamente às datas de 31 de Dezembro de 1998 e 1997, na medida divulgada na Nota 25 às demonstrações financeiras consolidadas. Luxemburgo, 11 de Maio de 1999 PRICEWATERHOUSECOOPERS Réviseur d’entreprises Representada por Ian Whitecourt 102 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA AND SUBSIDIARIES REPORT OF INDEPENDENT ACCOUNTANTS To the Board of Directors and Shareholders of ESPIRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA LUXEMBOURG We have audited the accompanying consolidated balance sheets of Espirito Santo Financial Group SA (ESFG) and its subsidiaries as of 31 December 1998 and 1997, and the related consolidated statements of income, of cash flows and of changes in shareholders' equity for each of the three years in the period ended 31 December 1998, all expressed in US dollars. These financial statements are the responsibility of ESFG's management. Our responsibility is to express an opinion on these financial statements based on our audits. We conducted our audits in accordance with auditing standards generally accepted in the United States of America. Those standards require that we plan and perform the audit to obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement. An audit includes examining, on a test basis, evidence supporting the amounts and disclosures in the financial statements. An audit also includes assessing the accounting principles used and significant estimates made by management, as well as evaluating the overall financial statement presentation. We believe that our audits provide a reasonable basis for our opinion. In our opinion, the consolidated financial statements audited by us present fairly, in all material respects, the financial position of Espirito Santo Financial Group SA and its subsidiaries at 31 December 1998 and 1997, and the results of their operations and their cash flows for each of the three years in the period ended 31 December 1998, in conformity with accounting principles generally accepted in Portugal for the financial services sector. As discussed in Note 2 to the financial statements, ESFG changed its method of accounting for goodwill in the year ended 31 December 1997. Accounting principles generally accepted in Portugal vary in certain important respects from accounting principles generally accepted in the United States of America. The application of the latter would have affected the determination of consolidated net income expressed in US dollars for each of the three years in the period ended 31 December 1998 and the determination of consolidated shareholders' equity and consolidated financial position also expressed in US dollars at 31 December 1998 and 1997 to the extent summarized in Note 25 to the consolidated financial statements. Luxembourg, 11 May 1999 PRICEWATERHOUSECOOPERS Réviseur d'entreprises Represented by Ian Whitecourt 103 De seguida reproduz-se a tradução do original em língua inglesa da nota 2 (na parte relativa ao Goodwill) e da nota 25 às contas consolidadas relativas ao exercício de 1998: Nota 2 – Resumo das principais políticas contabilísticas (só se encontra reproduzida a parte da nota relativa ao goodwill) Goodwill O goodwill representa o excedente do custo de aquisição sobre o valor líquido de balanço dos activos subjacentes. Anteriormente, a ESFG capitalizava o goodwill e amortizava-o ao longo de períodos que não excediam 25 anos. Em 14 de Novembro de 1997, a ESFG alterou o seu método de contabilização do goodwill da capitalização para a amortização directa do goodwill emergente na aquisição. Em 14 de Novembro de 1997, em relação com esta alteração contabilística e conforme permitido às instituições financeiras portuguesas pelas normas contabilísticas que se lhes aplicam, a ESFG amortizou contra a reserva de prémio de emissão e resultados transitados todo o goodwill não amortizado remanescente nos seus livros até essa data. Conforme também permitido pelas normas contabilísticas portuguesas, o goodwill emergente de futuras aquisições será imediatamente amortizado à situação líquida. Nota 25 – Reconciliação das Normas Contabilísticas Estatutárias e dos EUA As demonstrações financeiras juntas foram preparadas em conformidade com as normas contabilísticas portuguesas, que diferem dos PCGA dos EUA nos seguintes aspectos significativos: a) Reavaliação patrimonial Em Portugal, o Grupo reavaliou, através de índices oficiais, o custo e a depreciação acumulada de itens do imobilizado corpóreo em conformidade com a legislação aplicável. Os ajustamentos indicados abaixo para efeitos dos PCGA dos EUA foram calculados de modo a reflectirem os proveitos adicionais que teriam resultado caso o Grupo não tivesse procedido a uma nova apresentação dos activos fixos que foram vendidos e não tivesse debitado em resultados a amortização adicional do restante imobilizado. De acordo com as normas contabilísticas portuguesas, a amortização de imobilizado é calculada sobre o montante reavaliado, sendo o montante total debitado em resultados, com 60% do elemento reavaliação do débito sendo dedutíveis para efeitos de IRC. As mais-valias subsequentes na alienação são tributáveis a menos que se opte por reinvestir o produto da venda em novos investimentos. As menos-valias na alienação podem ser deduzidas para efeitos de IRC no ano da alienação. Nestas circunstâncias, o elemento dedutível para efeitos fiscais da reavaliação dá origem a diferenças temporárias relativamente a benefícios fiscais futuros, cujos efeitos são reconhecidos como activos fiscais diferidos na medida em que se espera que se realizem. b) Custos relacionados com aumentos do capital social Nas demonstrações financeiras juntas, os custos relacionados com a emissão ou aumento de capital são diferidos e amortizados ao longo de um período de entre 3 e 5 anos. Segundo os PCGA dos EUA, esses custos são lançados contra reservas de capital à medida que ocorrem. c) Títulos de investimento Em 31 de Dezembro de 1994, as SFAS 115, que tratam da contabilidade de investimentos em títulos de acções com fair values imediatamente determináveis e de investimentos em todos os títulos de dívida, foram implementadas para efeitos dos PCGA dos EUA. Acções Transaccionadas Para efeitos dos PCGA em Portugal, as mais valias não realizadas em acções admitidas à cotação são diferidas no Balanço. De acordo com os PCGA nos EUA estes títulos são contabilizados ao fair value com mais e menos valias, incluindo ajustamentos no valor de mercado, registados na Demonstração de Resultados. - Títulos de investimento disponíveis para venda Para efeitos das normas contabilísticas portuguesas, as menos-valias não realizadas determinadas numa base de investimento individual são reconhecidas na totalidade na demonstração de resultados excepto para Títulos da Dívida Pública Portuguesa. As mais-valias não realizadas não são 104 reconhecidas. Segundo as PCGA dos EUA, estes títulos, que podem ser vendidos em resposta ou em antecipação às variações das taxas de juro e resultando em risco de reembolso, ou outros factores, são classificados como disponíveis-para-venda e lançados ao fair value. As mais-valias e menos-valias não realizadas destes títulos, bem como as mais-valias e menos-valias não realizadas em operações de cobertura de risco associadas, são registadas, líquidas dos impostos aplicáveis e interesses minoritários, na situação líquida como outros resultados globais acumulados. Em relação às operações de seguros, mais e menos valias não realizadas em títulos da dívida são registadas na demonstração de resultados. - Operações de swap em carteira de negociação O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados na sua carteira de negociação. De acordo com os PCGA em Portugal, os prémios pagos ou recebidos no início dos contratos swap de taxas de juro numa carteira de negociação, são registados no Balanço e amortizados aos resultados durante o prazo dos contratos swap. Os montantes a serem pagos e recebidos segundo os termos do contrato swap numa carteira de negociação são reconhecidos na base de acréscimos durante a vigência do contrato swap. Para efeitos de PCGA nos EUA, prémios pagos ou recebidos para transacções de swap de taxa de juro numa carteira de negociação devem ser registados no Balanço, e o swap de taxa de juro deverá ser reavaliado de acordo com o preço de mercado numa base regular, devendo as mais ou menos valias não reconhecidas ser reconhecidas nos resultados do período corrente. Montantes a serem pagos e recebidos nos termos do contrato swap numa carteira de negociação são reconhecidos numa base de acréscimo durante a vida do swap. d) Custos de consultoria As normas contabilísticas portuguesas permitem que os custos de consultoria sejam amortizados ao longo de um período de três anos. Pelos PCGA dos EUA, esses custos são lançados à medida que ocorrem. e) Custos com pensões de reforma Em 1996, 1997 e 1998, os métodos e pressupostos utilizados no estudo actuarial para efeitos estatutários (ver Nota 13) são considerados adequados para efeitos dos PCGA nos EUA. Embora os métodos e pressupostos actuariais sejam os mesmos, continua a ser necessário um ajustamento aos PCGA nos EUA dado que a metodologia contabilística para o cálculo da responsabilidade com pensões segundo as normas contabilísticas portuguesas está directamente relacionada com o financiamento do plano (conforme descrito em mais pormenor na Nota 2), enquanto que a metodologia para o cálculo da responsabilidade com pensões segundo as PCGA nos EUA se baseia no custo periódico das pensões conforme descrito no quadro abaixo: O custo periódico líquido das pensões calculado nos termos dos PCGA nos EUA para todos os planos de pensões de benefícios definidos do Grupo em 1996, 1997 e 1998 incluía as seguintes componentes: 31 de Dezembro de Grupo 1996 1997 1998 (Em milhões de USD) Custo do serviço – benefício auferido no período Custo dos juros sobre as obrigações previstas com benefícios Rendibilidade actuarial do activo do plano 14,9 46,6 13,9 51,2 15,4 59,8 (19,5) (38,6) (51,5) Amortização da obrigação inicial não provisionada 7,4 7,4 9,0 Amortização do custo não reconhecido com serviços passados Amortização do prejuízo líquido não reconhecido 0,8 7,4 1,0 7,8 1,1 7,4 57,6 42,7 41,2 Custo periódico líquido com pensões O quadro seguinte indica as variações das responsabilidades previstas com benefícios e a situação estimada da provisão do fundo dos planos de pensões de benefícios definidos subordinados ao acordo colectivo de trabalho do sector bancário em 31 de Dezembro. 105 1997 1998 (Em milhões de USD) Encargo acumulado com benefícios 665,8 711,4 Variação da previsão do encargo com benefícios: Encargo com benefícios no início do exercício Custo do serviço Encargos com juros Contribuições dos participantes no plano Aditamentos Prejuízo líquido actuarial 753,1 13,9 855,7 15,4 51,2 59,9 1,2 2,1 1,3 4,1 71,6 30,2 Aquisições Benefícios pagos 2,7 (40,1) -(46,9) Encargo com benefícios no final do exercício 855,7 919,7 Activos do plano ao fair value 712,6 781,2 Valor da provisão (143,3) (138,5) Encargos líquidos de transição não reconhecidos 112,0 104,9 Encargos com serviços passados não reconhecidos Prejuízo líquido não reconhecido 18,7 177,3 21,6 300,4 Ajustamentos necessários para encargos mínimos reconhecidos (124,8) Responsabilidade com pensões pago antecipadamente reconhecido no balanço 39,9 -- 288,4 Em 1997, os prejuízos líquidos não reconhecidos são apresentados líquidos do encargo adicional à situação líquida, no montante de USD 75,5, por forma a reduzir o encargo mínimo adicional para um montante equivalente à soma dos encargos líquidos não reconhecidos na transição e os encargos com serviços passados não reconhecidos. Os ajustamentos requeridos para o reconhecimento do encargo mínimo resultam na criação de um activo de pensões incorpóreo de USD109,4 milhões à data de 31 de Dezembro de 1997. Dado que os activos do plano excedem o encargo acumulado com benefícios, os ajustamentos efectuados em exercícios anteriores para o reconhecimento dos encargos mínimos adicionais deixam de ser necessários, sendo eliminados em 31 de Dezembro de 1998. As obrigações líquidas não reconhecidas na transição, os encargos não reconhecidos com serviços passados e os ganhos ou perdas líquidas estão a ser amortizados ao longo de 24 anos, que constitui o tempo médio de serviço restante dos empregados activos. Em 1998, o Grupo BES implementou um outro plano de pensões de benefícios definidos sem relação com o contrato colectivo de trabalho do sector bancário. Em 31 de Dezembro de 1998, os encargos previstos com benefícios, os encargos previstos com benefícios acumulados e o fair value dos activos do plano relativos a este plano de pensões perfaziam, respectivamente, USD25,3 milhões, USD23,3 milhões e USD10,6 milhões. O Banco não possui quaisquer acordos quanto a benefícios pós-emprego que obrigassem a registo ao abrigo das FAS 112. f) Distribuição de lucros a empregados Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, a distribuição de lucros a empregados é registada nas demonstrações financeiras apenas no período em que é paga e debitada a resultados transitados. Nos termos dos PCGA nos EUA, as distribuições de lucros a empregados são consideradas custos do exercício a que respeitam. g) Provisões para créditos sobre clientes Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, a provisão para créditos sobre clientes é 106 estabelecida de acordo com a Nota 2. De acordo com os PCGA nos EUA, esta provisão é calculada com referência ao SFAS 114, “Accounting by Creditors for Impairment of a Loan” - Contabilização por Credores por Inoperância de um Empréstimo, conforme aditado pelo SFAS 118. Estas normas exigem que a inoperância de empréstimos de saldos mais significativos e não homogéneos seja medida por comparação entre o valor contabilístico do empréstimo e o valor actual dos cash flows descontados à taxa efectiva do empréstimo, o valor no mercado secundário do empréstimo, ou o fair value da garantia para os empréstimos dependentes de garantia. É estabelecida, se necessário, uma margem para avaliação dentro da provisão global para perdas em empréstimos. A provisão de avaliação é estabelecida se necessário dentro da provisão global para perdas de crédito. Os empréstimos de saldos menores e homogéneos, incluindo os créditos ao consumo garantidos por hipoteca, são avaliados em conjunto quanto à sua inoperância. h) Prémio na conversão de dívida subordinada No decurso de 1995, o BES optou por converter parte da sua dívida subordinada em capital social. Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, o prémio correspondente pago na conversão foi diferido ao longo de três anos como activo incorpóreo. Nos termos das PCGA nos EUA, este prémio é lançado na demonstração de resultados no ano em que ocorreu. i) Custos diferidos De acordo com os PCGA em Portugal custos de publicidade específicos são diferidos no Balanço em outros Activos e são amortizados durante o período de 10 anos. De acordo com os PCGA nos EUA estes custos são registados na demonstração de resultados à medida que ocorrem. j) Ano 2000 e custos de implementação do EURO Segundo as normas contabilísticas portuguesas, os custos especificamente associados à implementação do EURO são diferidos no balanço, na rubrica de outros activos, e amortizados pelo método das quotas constantes até ao final de 2001, enquanto que os custos especificamente associados à resolução das questões do Ano 2000 são registados no balanço, como equipamento informático, na rubrica de imóveis e equipamentos, e amortizados de acordo com a política definida para esta categoria de activos. Segundo os PCGA nos EUA, estes custos são lançados à demonstração de resultados à medida que ocorrem. k) Fundo de garantia do depositante Em 1994 as autoridades reguladoras portuguesas estabeleceram um fundo de garantia do depositante, para o qual todas as instituições financeiras portuguesas devem contribuir. Em 1995 e 1996 o Grupo efectuou as suas contribuições anuais em dinheiro, que foram registadas na demonstração de resultados. Em 1997, o Grupo aproveitou uma provisão na lei permitindo às instituições financeiras efectuar as suas contribuições anuais através do depósito de títulos de investimento, até 40% da contribuição anual. De acordo com os PCGA em Portugal só a parte de 60% relativa à contribuição em dinheiro é considerada uma despesa. De acordo com os PCGA nos EUA a totalidade da contribuição anual é lançada na demonstração de resultados. l) Reservas de Seguro As normas transitórias estabelecidas pelo Instituto de Seguros de Portugal respeitantes ao cálculo e reconhecimento de responsabilidades relativas a produtos de seguros diferem dos PCGA nos EUA quanto a: - Provisão para prémios não vencidos relativos à remuneração da actividade do trabalhador e reserva para riscos não extintos. Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, tais reservas tinham de ser constituídas ao longo de um período de três anos de 1994 a 1996. Segundo as PCGA nos EUA, a responsabilidade estimada é provisionada na totalidade. - Reserva constituída mas não inscrita (IBNR – Incurred But Not Reported reserve) Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, até 1996 esta reserva tinha por base uma provisão genérica conforme referido na Nota 2. Desde 1997, esta provisão era 107 reconhecida com base numa responsabilidade total estimada por participações recebidas mas não inscritas. Segundo as PCGA nos EUA, esta reserva é calculada com base na responsabilidade total estimada por participações recebidas mas não inscritas à data do balanço. - Reservas matemáticas Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, desde 1997 as reservas matemáticas para anuidades de seguros de vida são calculadas utilizando tabelas e fórmula de mortalidade fixadas pelo ISP e uma taxa de desconto de 6%. Pelos PCGA nos EUA, são utilizadas tabelas de mortalidade mais recentes (TV 73/77) e aplicada uma taxa de desconto de 4%. m) Resultado na venda de investimentos em subsidiárias consolidadas Quando o grupo reduz a sua participação nas suas subsidiárias, as mais-valias ou menosvalias segundo as normas contabilísticas portuguesas ou segundo os PCGA nos EUA podem ser diferentes. Tal resulta da diferença da situação líquida da subsidiária calculada segundo as normas contabilísticas de cada um dos países. n) Goodwill Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, o goodwill é determinado como sendo o excedente do custo de aquisição sobre o valor líquido de balanço dos activos subjacentes. Conforme descrito na Nota 2, a ESFG alterou a sua contabilidade do goodwill futuro, tendo amortizado, em 14 de Novembro de 1997, contra a situação líquida, todo o goodwill remanescente àquela data. Segundo os PCGA nos EUA, o goodwill representa o excedente do custo sobre o fair value dos activos líquidos adquiridos por aquisição, sendo capitalizado e amortizado ao longo de um período que não pode exceder 25 anos. O Grupo determina, no encerramento de cada exercício, a inexistência de qualquer deterioração com base nos cashflows não descontados futuros que se espera resultarem da utilização e eventual alienação do activo. o) Impostos sobre o rendimento diferidos Pelas normas contabilísticas portuguesas, os ajustamentos do imposto sobre o rendimento diferido não são significativos. Pelas SFAS 109, a responsabilidade fiscal diferida é determinada com base em taxas do imposto publicadas, aplicáveis quando as rubricas subjacentes dos proveitos e custos devam ser declaradas às autoridades tributárias. O encargo fiscal diferido anual é igual à variação da conta da responsabilidade fiscal diferida desde o início até ao final do exercício. Os activos fiscais diferidos são reconhecidos na totalidade, sendo no entanto estabelecida uma margem de avaliação quando seja mais provável que alguma posição ou a totalidade dos activos fiscais diferidos não venham a ser realizados. 108 31 de Dezembro de 1997 1998 (Em milhões de USD) Responsabilidades fiscais diferidas: Responsabilidades com pensões 35,1 72,7 Mais-valias não realizadas em títulos de investimento 52,2 21,4 Mais-valias isentas de imposto - Outras 1,7 0,6 1,7 87,9 97,5 Reavaliação patrimonial 59,2 16,3 Menos-valias não realizadas em títulos de investimento 10,7 5,0 Perdas fiscais transitadas 12,2 9,4 Total das responsabilidades fiscais diferidas Activos fiscais diferidos: Outros Total de impostos diferidos antes de provisão de avaliação Menos: Provisão de avaliação p) 3,4 6,6 85,5 37,3 (50,3) - Activos fiscais diferidos menos provisão de avaliação 35,2 37,3 Total das responsabilidades fiscais diferidas, líquido 52,7 60,2 Resumo dos ajustamentos significativos à situação líquida O quadro seguinte resume os ajustamentos significativos à situação líquida do Grupo que teriam tido lugar houvessem sido aplicados os PCGA nos EUA em lugar das normas contabilísticas portuguesas. Situação líquida de acordo com as normas contabilísticas portuguesas........................... Reavaliação patrimonial.................................................................................................. Custos relacionados com aumentos do capital social ...................... Conta de negociação e títulos de investimento......................................................... Honorários de consultoria............................................................................................... Encargos com pensões ....................................................................................................... Distribuição de lucros a empregados.......................................................................... Provisões para créditos sobre clientes......................................................................... Custos diferidos........................................................................... 31 de Dezembro de 1997 1998 (Em milhões de USD) 356,4 507,4 (50,5) (7,3) 19,6 (0,8) 34,4 (3,7) (0,8) - (63,3) (7,0) 15,0 (0,6) 57,2 (5,6) (2,2) (0,2) Custos com o Euro e Ano 2000 ....................................................................................... Contribuição para fundo de garantia.......................................................................... Reservas de seguro.............................................................................................................. Goodwill .................................................................................................................................. Impostos diferidos relativos a ajustamentos dos PCGA nos EUA................... (0,5) (2,4) 247,6 (13,1) (2,5) (1,5) (0,2) 247,9 (16,3) Situação líquida de acordo com os PCGA nos EUA.............................................. 578,9 728,1 109 q) Resumo dos ajustamentos significativos aos resultados líquidos O quadro seguinte resume os ajustamentos significativos aos resultados líquidos do Grupo que teriam tido lugar houvessem sido aplicados os PCGA nos EUA em lugar das normas contabilísticas portuguesas. 31 de Dezembro de 1996 1997 1998 (Em milhões de USD) Resultados líquidos de acordo com as normas contabilísticas portuguesas 38,7 50,5 71,2 Reavaliação patrimonial Custos relacionados com aumentos do capital social Conta de negociação e títulos de investimento 3,2 2,1 (6,3) 0,8 1,7 2,4 2,3 3,2 (4,5) Honorários de consultoria Encargos com pensões Distribuição de lucros a empregados (0,1) (7,3) (3,9) 0,1 (0,4) (5,1) 0,2 (4,4) (7,1) Provisão para créditos sobre clientes Prémio na conversão de dívida subordinada Custos diferidos (0,2) 0,2 - (0,3) 0,2 - (1,2) (0,4) 2,3 (0,5) (1,9) (2,4) (0,9) 2,5 Resultado na venda de investimentos em subsidiárias consolidadas Amortização de goodwill (0,4) (2,5) (0,7) (3,5) (0,5) (15,2) Impostos diferidos relativos a ajustamentos dos PCGA nos EUA Resultados líquidos de acordo com os PCGA nos EUA 4,4 30,2 4,1 47,4 0,9 43,7 Custos com o Euro e Ano 2000 Contribuição para fundo de garantia Reservas de seguro Rendimento líquido por acção de acordo com os PCGA nos EUA Básico 0,98 (1) Diluído Número médio ponderado de acções em circulação Ref. rendimentos básicos por acção 30.887.292 (1) Ref. rendimentos diluídos por acção (1) Não apresentado devido ao efeito anti-dilutivo 110 1,50 0,96 1,49 0,95 31.633.811 45.460.883 39.141.378 47.901.679 r) Demonstrações consolidadas das variações na situação líquida segundo os PCGA nos EUA Exercício findo em 31 de Dezembro de 1996 1997 1998 Outros Outros Outros rendimentos rendimentos rendimentos Situação globais Situação globais Situação globais Líquida acumulados Líquida acumulados Líquida acumulados (Em milhões de USD) Acções ordinárias: Saldo inicial 308,9 308,9 408,5 70,6 Emitidas na conversão de obrigações convertíveis - 4,6 Emissão de novas acções - 95,0 Saldo final 308,9 - 408,5 479,1 119,0 Reserva de prémio de emissão Saldo inicial 23,3 23,3 Prémio sobre novas acções - 99,8 Conversão de obrigações convertíveis - 2,7 42,3 (6,8) 119,0 (2,9) 158,4 Custos de aumento de capital Saldo final 23,3 - Resultados transitados Saldo inicial 94,0 Resultados líquidos 30,2 Dividendos de acções ordinárias (USD0,55, USD0,60 e USD0,63 respectivamente) Saldo final 107,2 30,2 (17,0) 107,2 47,4 136,1 47,4 (18,5) 136,1 43,7 43,7 (30,2) 149,6 Outros rendimentos globais acumulados Mais(menos)-valias não realizadas em títulos de investimento disponíveis para venda Saldo inicial, líquido de impostos e interesses minoritários (7,6) Lucro (encargo) adicional, líquido de impostos e interesses minoritários (antes de impostos: 1996: 27,5, 1997: (0,2), 1998: (8,2)) 19,0 Saldo final, líquido de impostos e interesses minoritários 11,4 11,4 19,0 (2,6) 8,8 (2,6) 8,8 (5,7) (5,7) 3,1 Excedente das responsabilidades adicionais com pensões de reforma sobre os encargos com serviços passados não reconhecidos Saldo inicial (20,2) Variação líquida (3,1) (23,3) Saldo final (23,3) (3,1) 8,1 (15,2) (15,2) 8,1 14,1 (1,1) 14,1 Ajustamentos acumulados na conversão de moeda estrangeira Saldo inicial, líquido de impostos Ajustamentos de conversão, sem efeito fiscal (12,7) (20,7) Saldo final líquido de impostos (33,4) (78,3) (55,0) (45,3) (84,7) (53,0) - - (6,0) Total dos rendimentos globais acumulados, líquidos de impostos Menos: acções de tesouraria, ao custo Total da situação líquida (20,7) 394,1 (33,4) (44,9) (44,9) 578,9 Total de outros rendimentos globais acumulados 25,4 111 (78,3) 23,3 23,3 728,1 8,0 75,4 7.1.2. Contas Anuais de 1999 7.1.2.1. Relatório de Auditoria das Contas Anuais Individuais de 1999 (Tradução do original em língua inglesa) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A., LUXEMBOURG RELATÓRIO ESTATUTÁRIO DOS AUDITORES Aos Accionistas do ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. Luxemburgo No seguimento da nossa nomeação pela Assembleia Geral de Accionistas em 29 de Maio de 1999, auditámos as demonstrações financeiras do Espírito Santo Financial Group S.A. relativas ao exercício que terminou em 31 de Dezembro de 1999. Tais demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade é exprimir uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base na nossa auditoria. Levámos a auditoria a cabo de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Essas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria de forma a obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras não contêm declarações erróneas significativas. A auditoria inclui o exame, com base em amostragem, dos documentos que suportam os números e informações contidas nas demonstrações financeiras. A auditoria também inclui uma avaliação dos princípios contabilísticos utilizados e das estimativas significativas efectuadas pela administração, bem como a avaliação da apresentação geral das demonstrações financeiras. Julgamos que a nossa auditora constitui uma base razoável para a nossa opinião. Na nossa opinião, as demonstrações financeiras juntas dão, de acordo com as exigências legais e regulamentares luxemburguesas, uma visão verdadeira e exacta da situação financeira do Espírito Santo Financial Group S.A. em 31 de Dezembro de 1999 e do resultado das operações para o exercício findo nessa data. Luxemburgo, 9 de Maio de 2000 PricewarterhouseCoopers S.a.r.l. Auditores Representada por Ian Whitecourt ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA, LUXEMBOURG 112 STATUTORY AUDITOR’S REPORT The Shareholders ESPIRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA Luxembourg Following our appointment by the General Shareholder’s meeting on May 29, 1999, we have audited the financial statements of Espirito Santo Financial Group SA for the year ended December 31, 1999. These financial statements are the responsibility of the board of directors. Our responsibility is to express an opinion on these financial statements based on our audit. We conducted our audit in accordance with International Standards on Auditing. Those standards require that we plan and perform the audit to obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement. An audit includes examining, on a test basis, evidence supporting the amounts and disclosures in the financial statements. An audit also includes assessing the accounting principles used and significant estimates made by management, as well as evaluating the overall financial statements presentation. We believe that our audit provides a reasonable basis for our opinion. In our opinion, the attached financial statements give, in conformity with the Luxembourg legal and regulatory requirements, a true and fair view of the financial position of Espirito Santo Financial Group SA as of December 31, 1999 and of the results of its operations for the year then ended. Luxembourg , May 9, 2000 PricewaterhouseCoopers S.à.r.l. Réviseur d’entreprises Represented by Ian Whitecourt 113 7.1.2.2. Relatório de Auditoria das Contas Anuais Consolidadas de 1999 (Tradução do original em língua inglesa) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA E SUBSIDIÁRIAS RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e Accionistas da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. LUXEMBURGO Auditámos os balanços consolidados da Espírito Santo Financial Group, S.A. (ESFG) e das suas subsidiárias às datas de 31 de Dezembro de 1999 e 1998, bem como as respectivas demonstrações consolidadas dos resultados, dos fluxos de caixa e das variações na situação líquida dos exercícios findos naquelas datas, todos expressos em dólares americanos. Estas demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração da sociedade. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras, baseada nas nossas auditorias. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com os princípios de auditoria geralmente aceites nos Estados Unidos da América. Estas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria por forma a obtermos segurança aceitável sobre se as referidas demonstrações financeiras contêm ou não contêm distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui o exame, numa base de teste, das evidências que suportam os valores e informações constantes das demonstrações financeiras. Adicionalmente, uma auditoria inclui a apreciação da razoabilidade dos princípios contabilísticos adoptados e a avaliação das estimativas significativas efectuadas pela Administração bem como a apreciação da apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Em nosso entender, a auditoria efectuada constitui base suficiente para a expressão da nossa opinião. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas por nós auditadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira consolidada da Espírito Santo Financial Group, S.A. em 31 de Dezembro de 1999 e 1998, bem como os resultados consolidados das suas operações e os fluxos de caixa consolidados nos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e outras disposições e práticas em vigor em Portugal para o sector dos serviços financeiros. Os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal diferem, nalguns aspectos importantes, dos princípios contabilísticos geralmente aceites nos Estados Unidos da América. A aplicação destes últimos teria tido efeitos tanto sobre a determinação dos resultados líquidos consolidados expressos em dólares dos EUA de cada um dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 1999, 1998 e 1997 como na determinação da situação líquida consolidada e as suas variações consolidadas, também expressas em dólares dos EUA, relativamente às datas de 31 de Dezembro de 1999 e 1998, na medida divulgada na Nota 25 às demonstrações financeiras consolidadas. Luxemburgo, 24 de Maio de 2000 PricewaterCoopers S.à.r.l. Réviseur d’entreprises Representada por Ian Whitecourt 114 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA AND SUBSIDIARIES REPORT OF INDEPENDENT ACCOUNTANTS To the Board of Directors and Shareholders of ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA LUXEMBOURG We have audited the accompanying consolidated balance sheets of Espírito Santo Financial Group SA (ESFG) and its subsidiaries as of December 31, 1999 and 1998, and the related consolidated statements of income, of cash flows and of changes in shareholders’ equity for each of the three years in the period ended December 31, 1999, all expressed in Euro. These financial statements are the responsibility of ESFG’s management. Our responsibility is to express an opinion on these financial statements based on our audits. We conducted our audits in accordance with auditing standards generally accepted in the United States of America. Those standards require that we plan and perform the audit to obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement. An audit includes examining, on a test basis, evidence supporting the amounts and disclosures in the financial statements. An audit also includes assessing the accounting principles used, significant estimates made by management, as well as evaluating the overall financial statement presentation. We believe that our audits provide a reasonable basis for our opinion. In our opinion, the consolidated financial statements audited by us present fairly, in all material respects, the financial position of Espírito Santo Financial Group SA and its subsidiaries at December 31, 1999 and 1998, and the results of their operations and their cash flows for each of the three years in the period ended December 31, 1999, in conformity with accounting principles generally accepted in Portugal for the financial services sector. Accounting principles generally accepted in Portugal vary in certain important respects from accounting principles generally accepted in the United States of America. The application of the latter would have affected the determination of consolidated net income expressed in Euro for each of the three years in the period ended December 31, 1999 and the determination of consolidated shareholders’ equity and consolidated financial position also expressed in Euro at December 31, 1999 and 1998 to the extent summarized in Note 25 to the consolidated financial statements. Luxembourg, May 24, 2000 PricewaterhouseCoopers S.à.r.l.. Réviseur d’entreprises Represented by Ian Whitecourt 115 De seguida reproduz-se a tradução do original em língua inglesa da nota 25 às contas consolidadas relativas ao exercício de 1999: Nota 25 – Reconciliação das Normas Contabilísticas Estatutárias e dos EUA As demonstrações financeiras juntas foram preparadas em conformidade com as normas contabilísticas portuguesas, que diferem dos PCGA dos EUA nos seguintes aspectos significativos: a) Reavaliação patrimonial Em Portugal, o Grupo reavaliou, através de índices oficiais, o custo e a depreciação acumulada de itens do imobilizado incorpóreo em conformidade com a legislação aplicável. Os ajustamentos indicados abaixo para efeitos dos PCGA dos EUA foram calculados de modo a reflectirem os proveitos adicionais que teriam resultado caso o Grupo não tivesse procedido a uma nova apresentação dos activos fixos que foram vendidos e não tivesse debitado em resultados a amortização adicional do restante imobilizado. De acordo com as normas contabilísticas portuguesas, a amortização de imobilizado é calculada sobre o montante reavaliado, sendo o montante total debitado em resultados, com 60% do elemento reavaliação do débito sendo dedutíveis para efeitos de IRC. As mais-valias subsequentes na alienação são tributáveis a menos que se opte por reinvestir o produto da venda em novos investimentos. As menos-valias na alienação podem ser deduzidas para efeitos de IRC no ano da alienação. Nestas circunstâncias, o elemento dedutível para efeitos fiscais da reavaliação dá origem a diferenças temporárias relativamente a benefícios fiscais futuros, cujos efeitos são reconhecidos como activos fiscais diferidos na medida em que se espera que se realizem. b) Custos relacionados com aumentos do capital social e com emissão de dívida Nas demonstrações financeiras juntas, os custos relacionados com a emissão ou aumento de capital são diferidos e amortizados ao longo de um período de entre 3 e 5 anos. Segundo os PCGA dos EUA, esses custos são lançados contra reservas de capital à medida que ocorrem. Segundo as normas contabilísticas portuguesas, os custos de emissão de dívida são amortizados ao longo de três anos, enquanto que nos termos dos PCGA dos EUA estes custos devem ser amortizados até ao vencimento da dívida. c) Títulos de investimento Em 31 de Dezembro de 1994, as SFAS 115, que tratam da contabilidade de investimentos em títulos de acções com fair values imediatamente determináveis e de investimentos em todos os títulos de dívida, foram implementadas para efeitos dos PCGA dos EUA. - Títulos de investimento disponíveis para venda Para efeitos das normas contabilísticas portuguesas, as menos-valias não realizadas determinadas numa base de investimento individual são reconhecidas na totalidade na demonstração de resultados. As mais-valias não realizadas não são reconhecidas. Segundo as PCGA dos EUA, estes títulos, que podem ser vendidos em resposta ou em antecipação às variações das taxas de juro e resultando em risco de reembolso, ou outros factores, são classificados como disponíveis-para-venda e lançados ao fair value. As mais-valias e menosvalias não realizadas destes títulos, bem como as mais-valias e menos-valias não realizadas em operações de cobertura de risco associadas, são registadas, líquidas dos impostos aplicáveis e interesses minoritários, na situação líquida como outros resultados globais acumulados. - Títulos de investimento detidos até ao vencimento Em 1998 e 1999, os títulos de investimento detido até ao vencimento respeitantes à carteira da filial de New York do BES continuaram registados, para efeitos das contas estatutárias, pelo valor de custo ou de mercado, consoante o que for inferior. Para efeitos das PCGA dos EUA, foi efectuado um ajustamento por forma a inverter as provisões existentes. No que se refere às actividades do sector segurador, as mais ou menos-valias não realizadas sobre títulos de dívida são reconhecidas na demonstração de resultados. 116 - Operações de swap em carteira de negociação Conforme explicado nas Notas 2 e 17, o Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados tanto para efeitos de negociação como para cobertura de risco. Para o exercício de 1997, os ajustamentos apresentados para efeitos dos PCGA nos EUA foram calculados de modo a reflectirem o ganho ou perda adicional que teria resultado caso o grupo “reavaliado ao mercado” (marked-to-market) as suas carteiras de negociação de swaps cambiais e de swaps de taxas de juro e moeda, em lugar de reconhecer os proveitos e custos de juros periodizados na demonstração de resultados. Em Junho de 1998, o Banco de Portugal emitiu novas normas contabilísticas para as carteiras de negociação de taxas de juro. Nos termos dessas normas, os swaps cambiais de negociação deverão ser registados no balanço pelo seu justo valor, sendo as eventuais variações reconhecidas na demonstração de resultados para o período em que ocorrem. O ajustamento para 1998 é resultado das alterações introduzidas nas normas contabilísticas portuguesas (relativamente ao exercício de 1997, as carteiras de negociação de contratos cambiais e de contratos de taxas de juro e moeda já haviam sido reavaliadas ao mercado segundo os PCGA nos EUA). Por outro lado, o Grupo classificou, para efeitos das normas contabilísticas portuguesas, opções da carteira de cobertura de risco que foram adquiridas com respeito a produtos estruturados desenvolvidos pelo Grupo BES. Para efeitos dos PCGA nos EUA, estas opções têm de ser reavaliadas ao mercado. d) Custos de consultoria As normas contabilísticas portuguesas permitem que os custos de consultoria sejam amortizados ao longo de um período de três anos. Pelos PCGA dos EUA, esses custos são lançados à medida que ocorrem. e) Custos com pensões de reforma Em 1997, 1998 e 1999, os métodos e pressupostos utilizados no estudo actuarial para efeitos estatutários (ver Nota 13) são considerados adequados para efeitos dos PCGA nos EUA. Embora os métodos e pressupostos actuariais sejam os mesmos, continua a ser necessário um ajustamento aos PCGA nos EUA dado que a metodologia contabilística para o cálculo da responsabilidade com pensões segundo as normas contabilísticas portuguesas está directamente relacionada com o financiamento do plano (conforme descrito em mais pormenor na Nota 2), enquanto que a metodologia para o cálculo da responsabilidade com pensões segundo as PCGA nos EUA se baseia no custo periódico das pensões conforme descrito no quadro abaixo: O custo periódico das pensões calculado nos termos das PCGA nos EUA para todos os planos de pensões de benefícios definidos do Grupo em 1997, 1998 e 1999 incluía as seguintes componentes: 31 de Dezembro de 1997 1998 1999 (Em milhões de Euros) Custo do serviço – benefício auferido no período 11,9 13,2 12,2 Custo dos juros sobre as obrigações previstas com benefícios 43,9 51,3 55,2 (33,1) 6,4 (44,1) 7,7 (48,9) 7,7 Rendibilidade actuarial do activo do plano Amortização da obrigação inicial não provisionada Amortização do custo não reconhecido com serviços passados 0,9 1,0 1,0 Amortização do prejuízo líquido não reconhecido 6,7 6,3 8,2 Reduções — Custo periódico líquido com pensões 36,7 117 — 35,4 8,6 44,0 O quadro seguinte indica as variações das responsabilidades previstas com benefícios e a situação estimada da provisão do fundo dos planos de pensões de benefícios definidos subordinados ao acordo colectivo de trabalho do sector bancário em 31 de Dezembro. 1998 1999 (Em milhões de Euros) Encargo acumulado com benefícios 609,7 692,0 733,5 13,2 51,3 788,3 11,6 53,7 1,1 3,5 25,9 1,7 1,0 48,9 Benefícios pagos Encargo com benefícios no final do exercício (40,2) 788,3 (42,7) 862,5 Activos do plano ao fair value 669,6 775,9 Valor da provisão Encargos líquidos de transição não reconhecidos Encargos com serviços passados não reconhecidos (118,7) 89,9 18,5 (86,6) 83,5 18,5 Prejuízo líquido não reconhecido Responsabilidade com pensões pago antecipadamente reconhecido no balanço 257,5 277,4 247,2 292,8 Variação da previsão do encargo com benefícios: Encargo com benefícios no início do exercício Custo do serviço Encargos com juros Contribuições dos participantes no plano Aditamentos Prejuízo líquido actuarial Em 1997, os prejuízos líquidos não reconhecidos são apresentados líquidos do encargo adicional à situação líquida, no montante de EUR69,1, por forma a reduzir o encargo mínimo adicional para um montante equivalente à soma dos encargos líquidos não reconhecidos na transição e os encargos com serviços passados não reconhecidos. Os ajustamentos requeridos para o reconhecimento do encargo mínimo resultam na criação de um activo de pensões incorpóreo de EUR106,9 milhões à data de 31 de Dezembro de 1997. Dado que os activos do plano excedem o encargo acumulado com benefícios, os ajustamentos efectuados em exercícios anteriores para o reconhecimento dos encargos mínimos adicionais deixam de ser necessários, sendo eliminados em 31 de Dezembro de 1998. As obrigações líquidas não reconhecidas na transição, os encargos não reconhecidos com serviços passados e os ganhos ou perdas líquidas estão a ser amortizados ao longo de 24 anos, que constitui o tempo médio de serviço restante dos empregados activos. Em 1998, o Grupo BES implementou um outro plano de pensões de benefícios definidos sem relação com o contrato colectivo de trabalho do sector bancário. Em 31 de Dezembro de 1999, os encargos previstos com benefícios, os encargos previstos com benefícios acumulados e o fair value dos activos do plano relativos a este plano de pensões perfaziam, respectivamente, EUR31,0 milhões, EUR30,4 milhões e EUR17,7 milhões (1998: EUR21,7 milhões, EUR20,0 milhões e EUR9,1 milhões). A perda no corte de EUR2,2 milhões (EUR8,6 milhões antes de interesses minoritários) foi lançada à demonstração de resultados em virtude da reforma antecipada de empregados ao abrigo deste plano. O Grupo não possui quaisquer acordos quanto a benefícios pós-emprego que obrigassem a registo ao abrigo das SFAS 112. f) Distribuição de lucros a empregados Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, a distribuição de lucros a empregados é registada nas demonstrações financeiras apenas no período em que é paga e debitada a resultados transitados. Nos termos dos PCGA nos EUA, as distribuições de lucros a empregados são consideradas custos do exercício a que respeitam. 118 g) Provisões para créditos sobre clientes Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, a provisão para créditos sobre clientes é estabelecida de acordo com a Nota 2. De acordo com as PCGA nos EUA, esta provisão é calculada com referência ao SFAS 114, “Accounting by Creditors for Impairment of a Loan” - Contabilização por Credores por Inoperância de um Empréstimo, conforme aditado pelo SFAS 118. Estas normas exigem que a inoperância de empréstimos de saldos mais significativos e não homogéneos seja medida por comparação entre o valor contabilístico do empréstimo e o valor actual dos cash flows descontados à taxa efectiva do empréstimo, o valor no mercado secundário do empréstimo, ou o fair value da garantia para os empréstimos dependentes de garantia. É estabelecida, se necessário, uma margem para avaliação dentro da provisão global para perdas em empréstimos. Os empréstimos de saldos menores e homogéneos, incluindo os créditos ao consumo garantidos por hipoteca, são avaliados em conjunto quanto à sua inoperância. Para efeitos dos PCGA nos EUA, a provisão considerada necessária para cobertura da inoperância calculada do modo acima referido e é debitada aos resultados líquidos. h) Prémio na conversão de dívida subordinada No decurso de 1995, o BES optou por converter parte da sua dívida subordinada em capital social. Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, o prémio correspondente pago na conversão foi diferido ao longo de três anos como activo incorpóreo. Nos termos das PCGA nos EUA, este prémio é lançado na demonstração de resultados no ano que em ocorreu. i) Activos titularizados Nos termos das normas contabilísticas portuguesas aplicadas à operação de venda de crédito ao consumo referida nas Notas 2 e 6, não é determinada qualquer mais ou menos-valia inicial na venda dos activos. Os certificados de juros residuais respectivos são lançados ao seu custo inicial de aquisição de EUR50 à Lusitano No. 1 Limited. O Grupo considera que, para efeitos dos PCGA nos EUA, cumpre com os requisitos das SFAS 125 na medida em que pode (1) reconhecer os activos financeiros e de serviço que controla e as responsabilidades em que incorreu, bem como (2) amortizar os activos financeiros aquando da cedência do seu controlo, dado que o controlo sobre os empréstimos de crédito ao consumo é considerado como tendo sido cedido quando (i) os activos transmitidos houverem sido isolados do transmitente e seus credores, ainda que em falência ou outra liquidação, (ii) o transmissário – uma entidade com finalidade especial – e os titulares de direitos sobre os mesmos, tenham o direito de onerar ou trocar os activos transmitidos ou os seus direitos sobre os mesmos e (iii) o transmitente não mantenha um controlo efectivo sobre os activos transmitidos através de um contrato que tanto lhe confira o direito como o obrigue a recomprar ou resgatar esses activos antes do vencimento, ou através de um contrato que tanto lhe confira o direito como o obrigue a recomprar ou resgatar esses activos caso não sejam imediatamente obteníveis de outro modo. Dado estes requisitos estarem cumpridos, o Grupo não contabiliza a transmissão como empréstimo garantido. Em conformidade com as SFAS 125, o Grupo registou, para efeitos dos PCGA nos EUA, uma mais-valia de EUR17,0 milhões (EUR4,4 milhões, líquidos de interesses minoritários) na alienação de activos de crédito, e detém um activo separado, um certificado de juros residuais de valor não nominal representativo dos cashflows líquidos futuros esperados residuais da entidade com finalidade especial que adquiriu os créditos vendidos. O certificado de juros residuais custa EUR17,0 milhões, montante este determinado por imputação do valor contabilístico ilíquido anterior dos empréstimos entre o certificado de juros residuais e os empréstimos que foram vendidos, com base no seu justo valor relativo à data da venda. O justo valor dos juros residuais é inicialmente calculado por referência aos cash flows descontados estimados que incorporam pressupostos quanto a (1) custos de serviço de dívida de mercado, (2) proveitos de serviço de dívida acessórios projectados, (3) taxas de reembolso antecipado projectadas que têm por base variações das taxas de juro, e (4) margens de lucro do mercado. O justo valor do certificado de juros residuais é de EUR21,0 milhões. O custo do certificado é amortizado segundo uma taxa que se aproxima dos cash flows futuros esperados no âmbito do certificado de juros residuais. A taxa de reembolso antecipado dos serviços das dívidas constitui a mais importante estimativa considerada na medição do justo valor do certificado de juros residuais. As estimativas das taxas de reembolso antecipado baseiam-se nas expectativas da direcção quanto às taxas de reembolso 119 antecipado futuras, reflectindo a taxa histórica de reembolso de empréstimos do Grupo, as tendências do sector e outras considerações. As taxas reais de reembolso antecipado podem diferir daquelas projectadas pela direcção em razão das variações verificadas num conjunto de diferentes factores económicos, incluindo as taxas de juro em vigor e a disponibilidade de fontes de financiamento alternativas para os mutuários. No caso de os reembolsos antecipados de facto verificados nos empréstimos em operação ocorrerem mais rapidamente que o projectado, o valor contabilístico do certificado de juros residuais poderá ter de ser registado através de um débito aos resultados do período em curso. No caso de os reembolsos antecipados de facto verificados nos empréstimos em operação ocorrerem mais lentamente do que tiver sido projectado, o valor contabilístico do certificado de juros residuais poderia aumentar e os proveitos auferidos com o serviço da dívida excederia os montantes anteriormente projectados. Do mesmo modo, o valor do certificado de juros residuais de facto realizado poderia diferir dos montantes inicialmente registados. Não foi reconhecido qualquer activo ou passivo do serviço da dívida pelo facto de o Grupo prever que os benefícios auferidos do serviço da dívida são justamente adequados para o compensarem dos encargos com o serviço da dívida. j) Custos diferidos Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, determinados encargos com publicidade são diferidos no balanço na rubrica de outros activos e amortizados ao longo de período de 10 anos. segundo as PCGA nos EUA, estes custos são lançados na demonstração de resultados e rendimentos à medida que ocorrem. k) Ano 2000 e custos de implementação do EURO Segundo as normas contabilísticas portuguesas, os custos especificamente associados à implementação do EURO são diferidos no balanço, na rubrica de outros activos, e amortizados pelo método das quotas constantes até ao final de 2001, enquanto que os custos especificamente associados à resolução das questões do Ano 2000 são registados no balanço, na rubrica de imóveis e equipamentos ou activos incorpóreos, consoante a natureza do custo, e amortizados de acordo com a política definida para esta categoria de activos. Segundo os PCGA nos EUA, estes custos são lançados à demonstração de resultados à medida que ocorrem. l) Fundo de garantia do depositante Em 1994 as autoridades reguladoras portuguesas estabeleceram um fundo de garantia do depositante, para o qual todas as instituições financeiras portuguesas devem contribuir. Em 1997 o Grupo efectuou as suas contribuições anuais em dinheiro, que foram registadas na demonstração de resultados. Em 1997, 1998 e 1999, e no âmbito das normas reguladoras portuguesas, o Grupo pagou respectivamente EUR6,3 milhões, EUR5,4 milhões e EUR4,0 milhões de contribuição anual, registada nos exercícios respectivos. Por outro lado, o Grupo deu certificados de depósitos em garantia, nos montantes de EUR2,1 milhões, EUR3,6 milhões e EUR6,0 milhões respectivamente, que podem ser registados apenas se e quando as garantias forem executadas. Pelas PCGA nos EUA, a parte da contribuição anual do BES para o fundo de garantia dos depositantes é lançada à demonstração de resultados. m) Reservas de Seguro Os normas transitórias estabelecidas pelo Instituto de Seguros de Portugal respeitantes ao cálculo e reconhecimento de responsabilidades relativas a produtos de seguros diferem das PCGA nos EUA quanto a: Provisão para prémios não vencidos relativos à remuneração da actividade do trabalhador e reserva para riscos não extintos. Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, tais reservas tinham de ser constituídas ao longo de um período de três anos de 1994 a 1996. Segundo as PCGA nos EUA, a responsabilidade estimada é provisionada na totalidade. - Reserva constituída mas não inscrita (IBNR – Incurred But Not Reported reserve) Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, até 1997 esta reserva tinha por base uma provisão genérica conforme referida na Nota 2. Desde 1998, esta provisão era reconhecida com base numa responsabilidade total estimada por participações recebidas mas não inscritas. Segundo as PCGA nos EUA, esta reserva é calculada 120 com base na responsabilidade total estimada por participações recebidas mas não inscritas à data do balanço. - Reservas matemáticas Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, até 1997 as reservas matemáticas para anuidades de seguros de vida são calculadas utilizando tabelas e fórmula de mortalidade fixadas pelo ISP e uma taxa de desconto de 6%. Desde 1998, essas reservas são estimadas utilizando tabelas de mortalidade mais recentes e uma taxa de desconto de 4%. Pelos PCGA nos EUA, são utilizadas tabelas de mortalidade mais recentes (TV 73/77) e aplicada uma taxa de desconto de 4%. A reserva técnica de seguro consiste nas seguintes categorias principais: 31 de Dezembro de 1998 1999 (Em milhões de Euros) Ramo Vida Rendimento mínimo garantido com prémios de participação Rendimento garantido Unit links 1.582,8 338,7 8,9 2.260,8 390,4 20,2 12,2 19,6 1.942,6 2.691,0 309,0 96,3 332,4 99,5 21,0 21,0 (32,4) (29,9) (17,9) (19,1) 2.318,6 3.094,9 277,9 309,0 Reservas para perdas Total das reservas do ramo Vida Reservas para perdas do ramo Não-vida Provisão para prémios não adquiridos Provisão não vencida Participação no resseguro sobre reservas Custos de aquisição diferida Total das reservas técnicas de seguras As variações das reservas do ramo Não-vida são as seguintes: Saldo inicial Perdas registadas Perdas pagas Saldo final 206,2 203,5 (175,1) (180,1) 309,0 332,4 Incluídos nos proveitos de seguros estão os seguintes prémios do ramo Vida: 31 de Dezembro de 1997 1998 1999 (Em milhões de Euros) Rendimento mínimo garantido com prémios de participação Rendimento garantido 410,1 17,4 515 61,3 730,0 30,8 Unit links 0,1 8,7 12,3 Ramo Vida puro 0,1 0,1 0,0 427,7 585,1 773,1 Total n) Resultado na venda de investimentos em subsidiárias consolidadas 121 Quando o grupo reduz a sua participação nas suas subsidiárias, as mais-valias ou menosvalias segundo as normas contabilísticas portuguesas ou segundo os PCGA nos EUA podem ser diferentes. Tal resulta da diferença da situação líquida da subsidiária calculada segundo as normas contabilísticas de cada um dos países. o) Goodwill Nos termos das normas contabilísticas portuguesas, o goodwill é determinado como sendo o excedente do custo de aquisição sobre o valor líquido de balanço dos activos subjacentes. Conforme descrito na Nota 2, a ESFG alterou a sua contabilidade do goodwill futuro, tendo amortizado, em 14 de Novembro de 1997, contra a situação líquida, todo o goodwill remanescente àquela data. Segundo os PCGA nos EUA, o goodwill representa o excedente do custo sobre o fair value dos activos líquidos adquiridos por compra, sendo capitalizado e amortizado ao longo dos seus tempos de vida útil estimada. O Grupo determina, no encerramento de cada exercício, a inexistência de qualquer deterioração com base nos cashflows não descontados futuros que se espera resultarem da utilização e eventual alienação do activo. Em Setembro de 1999 o Grupo reconheceu um goodwill adicional no montante de EUR10,9 milhões no seu investimento na Interatlântico, S.A. De acordo com a política contabilística do Grupo, o goodwill foi amortizado contra resultados transitados. Para efeitos dos PCGA nos EUA, o goodwill decorrente da aquisição de uma empresa associada pode ser reajustado apenas no primeiro ano após a aquisição. Consequentemente, o montante do goodwill reconhecido nos termos das normas contabilísticas portuguesas foi lançado à demonstração de resultados para efeitos dos PCGA nos EUA. p) Impostos sobre o rendimento diferidos Pelas normas contabilísticas portuguesas, os ajustamentos do imposto sobre o rendimento diferido não foram significativos até 1997. Pelas SFAS 109, a responsabilidade fiscal diferida é determinada com base em taxas do imposto publicadas, aplicáveis quando as rubricas subjacentes dos proveitos e custos devam ser declaradas às autoridades tributárias. O encargo fiscal diferido anual é igual à variação da conta da responsabilidade fiscal diferida desde o início até ao final do exercício. Os activos fiscais diferidos são reconhecidos na totalidade, sendo no entanto estabelecida uma margem de avaliação quando seja mais provável que alguma posição ou a totalidade dos activos fiscais diferidos não venham a ser realizados. Em 1998, houve lugar a importantes ajustamentos nos impostos diferidos que tiveram origem em alterações no tratamento fiscal de instrumentos derivados em Portugal. As componentes dos activos e passivos em impostos diferidos, conforme determinadas nos termos das SFAS 109 em 31 de Dezembro de 1998 e 1999, compreendem: 31 de Dezembro de 1998 1999 (Em milhões de Euros) Responsabilidades fiscais diferidas: Responsabilidades com pensões Mais-valias não realizadas em títulos de investimento Activos titularizados Mais-valias isentas de imposto Outras Total das responsabilidades fiscais diferidas 62,3 18,4 — 1,5 1,5 83,7 53,1 42,2 6,4 — 2,1 103,8 Activos fiscais diferidos: Reavaliação patrimonial Menos-valias não realizadas em títulos de investimento Perdas fiscais transitadas Custos associados ao Euro e ao ano 2000 Outros Total de impostos diferidos 14 4,3 3,1 8,1 2,6 32,1 22,5 4 7,4 4,1 7,3 45,3 Total das responsabilidades fiscais diferidas, líquido 51,6 58,5 122 q) Plano de opções sobre acções Em 15 de Abril de 1999 a Administração adoptou um plano de opções sobre acções fixas (o plano). O Grupo contabiliza o plano ao abrigo do APB 25 e declara o justo valor de acordo com o modelo definido no FASB 123. No âmbito do plano, o Grupo pode conceder opções aos seus empregados para até 2 milhões de acções ordinárias. O preço de exercício de cada opção é igual ao preço de mercado das acções do Grupo à data da concessão e a um prazo máximo de opção de 10 anos. As opções são concedidas ao critério da Administração e têm um prazo de exercício de 1 ano. 2 milhões de opções foram concedidas em 15 de Abril de 1999. O justo valor de cada opção concedida é estimado à data da concessão utilizando o modelo de determinação de preço de Black-Scholes para os seguintes pressupostos médios ponderados utilizados para as concessões em 1999: rendimento de dividendos de 4,0%, volatilidade esperada de 30,7%, taxas de juro isentas de risco de 6,7% e vida esperada de 5 anos. À data de 31 de Dezembro de 1999, o plano do Grupo apresentava um balanço de 2 milhões de opções concedidas a um preço de exercício perfazendo EUR 31,8 milhões. Nenhumas opções foram concedidas, exercidas ou recuperadas desde 15 de Abril de 1999. A despesa que teria sido registada na demonstração de resultados de 1999, tivesse o Grupo adoptado o modelo na FASB 123, teria sido de EUR5,6 milhões. Nenhuma despesa foi registada ao abrigo da APB25. O quadro seguinte dá os resultados e rendimentos registados e pró-forma por acção: 1999 Registado Pró-forma (Em milhões de Euros) Rendimento líquido (em milhões de Euro) 61,4 55,8 1,35 1,35 1,23 1,18 45.380.748 47.380.748 Rendimento líquido por acção Básico Diluído Número médio ponderado de acções em circulação por rendimentos diluídos por acção 123 r) Resumo dos ajustamentos significativos à situação líquida O quadro seguinte resume os ajustamentos significativos à situação líquida do Grupo que teriam tido lugar houvessem sido aplicados os PCGA nos EUA em lugar das normas contabilísticas portuguesas. 31 de Dezembro de 1998 1999 (Em milhões de Euros) Situação líquida de acordo com as normas contabilísticas portuguesas 437,60 440,30 Reavaliação patrimonial -15,40 -16,90 Custos relacionados com aumentos do capital social e emissão de dívida -6,00 -3,90 Conta de negociação e títulos de investimento 12,80 22,40 Honorários de consultoria -0,50 -0,50 Encargos com pensões 17,60 19,80 Distribuição de lucros a empregados -5,50 -6,30 Provisões para créditos sobre clientes -0,70 5,50 — 4,40 Activos titularizados Custos diferidos -0,10 — Custos com o Euro e Ano 2000 -2,10 -5,20 Contribuição para fundo de garantia -1,30 -2,60 Reservas de seguro -0,20 -0,80 Goodwill 212,90 206,60 Impostos diferidos relativos a ajustamentos dos PCGA nos EUA -12,70 -16,30 Situação líquida de acordo com os PCGA nos EUA 636,40 646,50 s) Resumo dos ajustamentos significativos aos resultados líquidos O quadro seguinte resume os ajustamentos significativos aos resultados líquidos do Grupo que teriam tido lugar houvessem sido aplicados os PCGA nos EUA em lugar das normas contabilísticas portuguesas. 31 de Dezembro de 1997 1998 1999 (Em milhões de Euros) Resultados líquidos de acordo com as normas contabilísticas portuguesas 46,7 68,6 83,5 Reavaliação patrimonial (1,0) (1,0) (0,7) Custos relacionados com aumentos do capital social e emissão de dívida Conta de negociação e títulos de investimento 1,5 2,1 2,7 (4,0) 3,2 3,8 Honorários de consultoria Encargos com pensões Distribuição de lucros a empregados 0,1 1,1 (4,4) 0,2 (1,9) (7,1) — (2,3) (6,6) Provisão para créditos sobre clientes Prémio na conversão de dívida subordinada (2,4) 0,2 2,2 — 6,2 — — — — (0,4) 4,4 — Custos com o Euro e Ano 2000 Contribuição para fundo de garantia Reservas de seguro — (0,5) (1,6) (2,1) (0,8) 2,3 (3,0) (1,3) (0,6) Resultado na venda de investimentos em subsidiárias consolidadas Amortização de goodwill (0,5) (1,6) (0,5) (13,4) 0,3 (24,6) Activos titularizados Custos diferidos Impostos diferidos relativos a ajustamentos dos PCGA nos EUA 4,8 1,0 (0,9) Resultados líquidos de acordo com os PCGA nos EUA 44,5 45,8 61,4 Rendimento líquido por acção de acordo com os PCGA nos EUA Básico 1,41 1,01 1,35 1,41 1,00 1,35 31.633.811 39.141.378 45.460.883 47.901.679 45.380.748 45.380.748 Diluído Número médio ponderado de acções em circulação Ref. rendimentos básicos por acção Ref. rendimentos diluídos por acção 124 t) Demonstrações consolidadas das variações na situação líquida segundo os PCGA nos EUA Exercício findo em 31 de Dezembro de Reformulado utilizando a taxa de cêmbio de 1 de Janeiro de 1999 1997 1998 1999 Outros Outros Outros rendimentos rendimentos rendimentos Situação globais Situação globais Situação globais Líquida acumulados Líquida acumulados Líquida acumulados (Em milhões de Euros) Acções ordinárias: Saldo inicial Emitidas na conversão de obrigações convertíveis Emissão de novas acções 261,5 345,8 3,9 59,8 — 80,4 — — 66,9 Capitalização de reservas por redenominação de acções ordinárias em Euro — — Incorporação de reservas — — Saldo final 405,6 6,6 345,8 405,6 479,1 Saldo inicial 11,2 92,2 125,4 Prémio sobre novas acções 84,4 — — 2,3 35,8 — Reserva de prémio de emissão Conversão de obrigações convertíveis Conversão em acções ordinárias — — (6,6) Custos de aumento de capital (5,7) (2,6) (0,2) Saldo final 92,2 125,4 118,6 Resultados transitados Saldo inicial 69,4 Resultados líquidos 44,5 Capitalização de reservas por redenominação de acções ordinárias em Euro Dividendos de acções ordinárias (USD0,60, USD0,63 e USD0,65 respectivamente) Saldo final 98,2 44,5 45,8 118,4 45,8 61,4 — — (66,9) (15,7) (25,6) (25,0) 98,2 118,4 87,9 61,4 Outros rendimentos globais acumulados Mais(menos)-valias não realizadas em títulos de investimento disponíveis para venda Saldo inicial, líquido de impostos e interesses minoritários (0,9) Lucro (encargo) adicional, líquido de impostos e interesses minoritários (antes de impostos: 1997: 7,4, 1998: 0,4, 1999: 5,7) 0,8 Saldo final, líquido de impostos e interesses minoritários (0,1) 0,8 (0,1) (1,4) (1,5) (1,4) (1,5) 4,7 4,7 3,2 Excedente das responsabilidades adicionais com pensões de reforma sobre os encargos com serviços passados não reconhecidos Saldo inicial (12,3) Variação líquida de impostos e interesses minoritários (antes de impostos: 1997 (2,6), 1998: 16,6, 1999: —) (1,6) Saldo final (13,9) (1,6) (13,9) 12,9 (1,0) 12,9 (1,0) — — (1,0) Ajustamentos acumulados na conversão de moeda estrangeira Saldo inicial, líquido de impostos (0,2) Ajustamentos de conversão, sem efeito fiscal (2,7) Saldo final líquido de impostos (2,9) (5,4) (16,9) (7,9) 7,6 — (5,1) (45,7) Total dos rendimentos globais acumulados, líquidos de impostos Menos: acções de tesouraria, ao custo Total da situação líquida (2,9) (2,7) 519,3 Total de outros rendimentos globais acumulados (5,4) (2,5) 10,8 10,8 5,4 636,4 41,0 125 (2,5) 647,5 54,8 76,9 u) Normas contabilísticas recentemente emitidas Em Junho de 1998, o Financial Accounting Standards Board emitiu a SFAS 133 “Contabilidade de Instrumentos Derivados e Actividades de Cobertura de Risco”. Algumas das principais directrizes estabelecidas por esta SFAS são as seguintes: • Todos os instrumentos derivados devem ser registados no balanço pelo justo valor (fair value). • Geralmente, as variações no justo valor de instrumentos derivados devem ser reconhecidas nos resultados quando ocorrem. A única excepção refere-se a instrumentos derivados que se qualifiquem como operações de cobertura de risco de acordo com a norma. O tipo de tratamento contabilístico a aplicar varia consoante a natureza da exposição que estiver a ser objecto da cobertura de risco. • Se um instrumento derivado se qualificar como operação de cobertura de risco, a empresa pode optar por utilizar “contabilidade de cobertura de risco” por forma a eliminar ou reduzir a volatilidade da demonstração de resultados que decorreria das modificações, na apresentação de contas, do justo valor dos instrumentos derivados nos resultados. • Existem novos e extensos requisitos de divulgação. • Quando a SFAS 133 é aplicada pela primeira vez, todos os instrumentos derivados existentes devem ser reconhecidos no balanço pelo justo valor. As regras transitórias tratam do que fazer com as variações anteriormente não reconhecidas no justo valor tanto dos instrumentos derivados como das operações de cobertura de risco. Para o Grupo, a data de entrada em vigor desta nova determinação é 1 de Janeiro de 2001. A direcção do Grupo está ciente da complexidade envolvida na implementação desta nova norma, estando actualmente a determinar o seu impacto nas demonstrações financeiras do Grupo e na sua organização. 126 7.1.3. Contas Anuais de 2000 7.1.3.1. Relatório de Auditoria das Contas Anuais Individuais de 2000 (Tradução do original em língua inglesa) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A., LUXEMBOURG RELATÓRIO ESTATUTÁRIO DOS AUDITORES Aos Accionistas do ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. Sociedade Anónima Holding Luxemburgo No seguimento da nossa nomeação pela Assembleia Geral de Accionistas em 29 de Maio de 1998, auditámos as demonstrações financeiras da Espírito Santo Financial Group S.A. relativas ao exercício que terminou em 31 de Dezembro de 2000. Tais demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade é exprimir uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base na nossa auditoria. Levámos a auditoria a cabo de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Essas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria de forma a obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras não contêm informação errónea significativa. A auditoria inclui o exame, com base em amostragem, dos documentos que suportam os números e informações contidas nas demonstrações financeiras. A auditoria também inclui uma avaliação dos princípios contabilísticos utilizados e das estimativas significativas efectuadas pela administração, bem como a avaliação da apresentação geral das demonstrações financeiras. Julgamos que a nossa auditora constitui uma base razoável para a nossa opinião. Na nossa opinião, as demonstrações financeiras juntas dão, de acordo com as exigências legais e regulamentares luxemburguesas, uma visão fiel e verdadeira da situação financeira da Espírito Santo Financial Group S.A. em 31 de Dezembro de 2000 e do resultado das operações para o exercício findo nessa data. Luxemburgo, 8 de Maio de 2001 PricewaterhouseCoopers S.a.r.l. Auditores Representada por Ian Whitecourt 127 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA, LUXEMBOURG Société Anonyme Holding STATUTORY AUDITOR'S REPORT To the Shareholders ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA Société Anonyme Holding Luxembourg Following our appointment by the General Shareholder’s meeting on May 29, 1998, we have audited the financial statements of Espirito Santo Financial Group SA for the year ended December 31, 2000. These financial statements are the responsibility of the board of directors. Our responsibility is to express an opinion on these financial statements based on our audit. We conducted our audit in accordance with International Standards on Auditing. Those standards require that we plan and perform the audit to obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement. An audit includes examining, on a test basis, evidence supporting the amounts and disclosures in the financial statements. An audit also includes assessing the accounting principles used and significant estimates made by management, as well as evaluating the overall financial statements presentation. We believe that our audit provides a reasonable basis for our opinion. In our opinion, the attached financial statements give, in conformity with the Luxembourg legal and regulatory requirements, a true and fair view of the financial position of Espirito Santo Financial Group SA as of December 31, 2000 and of the results of its operations for the year then ended. Luxembourg, May 8, 2001 PricewaterhouseCoopers S.à.r.l. Reviseur d’entreprises Represented by Ian Whitecourt 128 7.1.3.2. Relatório de Auditoria das Contas Anuais Consolidadas de 2000 (Tradução do original em língua inglesa) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA E SUBSIDIÁRIAS RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e Accionistas do ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA LUXEMBURGO Auditámos os balanços consolidados juntos da Espírito Santo Financial Group SA (ESFG) e das suas subsidiárias à data de 31 de Dezembro de 2000 e 1999 e as demonstrações de resultados, fluxos de caixa e variações na situação líquida para cada um dos três exercícios compreendidos no período com termo em 31 de Dezembro de 2000, todos denominados em Euros. Tais demonstrações financeiras são da responsabilidade da administração da ESFG. A nossa responsabilidade é exprimir uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base na nossa auditoria. Levámos a auditoria a cabo de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Essas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria de forma a obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras não contêm informação errónea significativa. A auditoria inclui o exame, com base em amostragem, dos documentos que suportam os números e informações contidas nas demonstrações financeiras. A auditoria também inclui uma avaliação dos princípios contabilísticos utilizados e das estimativas significativas efectuadas pela administração, bem como a avaliação da apresentação geral das demonstrações financeiras. Julgamos que a nossa auditora constitui uma base razoável para a nossa opinião. Na nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas dão uma imagem fiel, a todos os respeitos, da situação financeira da ESFG SA e das suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2000 e 1999 e dos resultados das suas operações e fluxos de caixa para cada um dos três exercícios compreendidos no período com termo em 31 de Dezembro de 2000, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector dos serviços financeiros. Sem qualificar a nossa opinião, chamamos a vossa atenção para a Nota 13 às demonstrações financeiras consolidadas. Durante 2000 e na sequência da autorização concedida pelo Banco de Portugal, uma sociedade subsidiária, o Banco Espírito Santo, SA (BES), anulou por contrapartida de reservas o saldo em dívida dos custos de pré-reformas à data de 30 de Junho de 2000 que tinham sido previamente diferidos nas suas contas. A quantia respectiva de EUR 138,9 milhões foi consequentemente deduzida aos activos e à situação líquida do BES. O efeito de tal anulação nas demonstrações financeiras juntas foi reduzir a situação líquida consolidada em EUR 39,4 milhões correspondentes ao montante da participação indirecta da ESFG no capital do BES em 30 de Junho de 2000. Luxemburgo, 8 de Maio de 2001 PricewaterhouseCoopers S.à.r.l. Auditores Representados por Ian Whitecourt 129 ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA AND SUBSIDIARIES REPORT OF INDEPENDENT ACCOUNTANTS To the Board of Directors and Shareholders of ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP SA LUXEMBOURG We have audited the accompanying consolidated balance sheets of Espirito Santo Financial Group SA (ESFG) and its subsidiaries as of December 31, 2000 and 1999, and the related consolidated statements of income, of cash flows and of changes in shareholders’ equity for each of the three years in the period ended December 31, 2000, all expressed in Euro. These financial statements are the responsibility of ESFG’s management. Our responsibility is to express an opinion on these financial statements based on our audits. We conducted our audits in accordance with International Standards on Auditing. Those standards require that we plan and perform the audit to obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement. An audit includes examining, on a test basis, evidence supporting the amounts and disclosures in the financial statements. An audit also includes assessing the accounting principles used, significant estimates made by management, as well as evaluating the overall financial statement presentation. We believe that our audits provide a reasonable basis for our opinion. In our opinion, the consolidated financial statements audited by us present fairly, in all material respects, the financial position of ESFG SA and its subsidiaries at December 31, 2000 and 1999, and the results of their operations and their cash flows for each of the three years in the period ended December 31, 2000, in conformity with accounting principles generally accepted in Portugal for the financial services sector. Without qualifying our opinion we draw attention to Note 13 to the consolidated financial statements. During 2000 and following authorization granted by the Portuguese Central Bank (Banco de Portugal), a subsidiary company, Banco Espirito Santo, SA (BES), has written off against reserves the outstanding balance of early retirement costs as of June 30, 2000 which have previously been deferred in its accounts. The related amount of EUR 138.9 million has been deducted from both BES’s assets and shareholders’ equity accordingly. The effect of the write off on the accompanying consolidated financial statements has been to reduce consolidated shareholders’ equity by EUR 39.4 million corresponding to the amount of ESFG’s indirect ownership of BES’s share capital at June 30, 2000. Luxembourg, May 8, 2001 PricewaterhouseCoopers S.à.r.l. Réviseur d’entreprises Represented by Ian Whitecourt 130 8. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÓMICA – FINANCEIRA Não aplicável. 131 9. OUTRAS INFORMAÇÕES 9.1. Reprodução dos estatutos da ESFG (na sua tradução para português) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A. (anteriormente Espirito Santo Financial Holding S.A.) Sociedade Anónima Sede Social: 231 Val des Bons Malades, L-2121 Luxemburgo R.C.B. No. 22 232 ESTATUTOS nos termos da escritura No. 772 DE 13 DE JULHO DE 1999 CAPÍTULO I- FORMA, DENOMINAÇÃO, SEDE SOCIAL, OBJECTO, DURAÇÃO Artigo 1 : Forma, Denominação Existe entre os subscritores e todos aqueles que foram ou vierem a ser possuidores de acções que forem emitidas, uma Sociedade sob a forma de sociedade anónima regida pela lei do Grão Ducado do Luxemburgo e pelos presentes estatutos. A Sociedade adopta a denominação de “ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP S.A.”. Artigo 2 : Sede Social A sede social é estabelecida no Luxemburgo. Sem prejuízo das leis gerais que regem a rescisão de contratos no caso da sede social da Sociedade ter sido estabelecido por contrato com terceiros, esta pode ser transferida para qualquer outro local dentro do Grão Ducado do Luxemburgo mediante deliberação do Conselho de Administração. Se o Conselho de Administração verificar que acontecimentos extraordinários políticos, económicos ou sociais estão a ocorrer ou estão iminentes que podendo interferir nas actividades normais da Sociedade na sua sede social ou nas facilidades de comunicação entre essa sede e o estrangeiro, então poderá transferir temporariamente a sede para o estrangeiro até à completa cessação destas circunstancias anormais; estas medidas temporárias não terão qualquer efeito sobre a nacionalidade da Sociedade, a qual, não obstante a transferência temporária da sua sede social , continuará a ser uma Sociedade luxemburguesa. Estas medidas temporárias serão tomadas e comunicadas a quaisquer partes interessadas por um dos órgãos executivos ou por quaisquer pessoas encarregadas da gestão corrente da Sociedade. Artigo 3 : Objecto O objecto da Sociedade é a actividade "holding" de participações no Luxemburgo ou em sociedades estrangeiras assim como a administração, desenvolvimento e gestão da sua própria carteira. Contudo a Sociedade não interferirá directa ou indirectamente na gestão destas sociedades, sem prejuízo dos direitos que a Sociedade possa exercer como accionista. A Sociedade não exercerá directa ou indirectamente nenhuma actividade industrial nem manterá nenhum estabelecimento comercial aberto ao público. 132 De uma maneira geral a Sociedade poderá efectuar qualquer operação considerada util para o cumprimento e desenvolvimento do seu objecto social, mantendo-se sempre dentro dos limites impostos pela lei de 31 de Julho de 1929 que rege as sociedades holding e do artigo 209 da lei de 10 de Agosto de 1915 que rege as sociedades comerciais tal como foi alterada. Artigo 4 : Duração A Sociedade é constituída por uma duração ilimitada. Pode ser dissolvida em qualquer altura por deliberação de uma assembleia geral de accionistas deliberando nas mesmas condições, como as que estão previstas para a alteração destes Estatutos. CAPÍTULO II - CAPITAL, ACÇÕES Artigo 5: O capital social autorizado é fixado em um bilião (1,000,000,000.-) de euros (EUR), representado por cem milhões (100,000,000.-) de acções de valor nominal de dez (10.-) euros (EUR) cada, das quais quarenta e sete milhões novecentas e oito mil e quinhentas e cinquenta e cinco (47,908,555) acções foram emitidas, subscritas e integralmente liberadas. O Conselho de Administração está autorizado a emitir acções em uma ou várias séries dentro dos limites do capital autorizado nos termos e condições que aprovar, para além doutras, sem reserva do direito de subscrição preferencial aos accionistas mas incluindo o prémio de emissão que estabelecer. Essa autorização é válida por um período de cinco anos a partir da data da assembleia geral extraordinária que decidiu a criação de um capital autorizado e pode ser renovada por outros períodos de cinco anos cada , por deliberação de uma assembleia geral de accionistas para cada montante do capital autorizado que não esteja nessa data emitido ou por qualquer montante aprovado pela assembleia geral de accionistas. De cada vez que o Conselho de Administração dicidir aumentar o capital social, este Artigo 5 será emendado para reflectir o número de acções emitidas e o seu grau de liberação. O Conselho de Administração está autorizado a suprimir ou limitar o direito de subscrição preferencial no caso de aumento de capital dentro dos limites do capital autorizado. Artigo 6: Aumento ou redução do capital social O capital social pode ser aumentado ou reduzido de tempos a tempos por deliberação da assembleia geral tomada nas condições previstas para qualquer modificação destes estatutos. Artigo 7: Pagamentos O pagamento de acções não inteiramente liberadas na altura da sua subscrição será feito quando e nas condições que forem estabelecidas periodicamente pelo Conselho de Administração. Qualquer pagamento feito deverá ser dividido equitativamente por todas as acções que não estejam integralmente liberadas, das quais o accionista pretinente seja detentor. Artigo 8: Modalidade das acções As acções serão nominativas ou ao portador à opção dos accionistas. Artigo 9: Resgate das acções A Sociedade pode resgatar as suas próprias acções no caso e nas condições previstas nos artigos 49-2 e seguintes da lei de 10 de Agosto de 1915 e actualizações. CAPÍTULO III - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO Artigo 10 : Conselho de Administração A Administração da Sociedade será exercida por um Conselho de Administração composto por um mínimo de três membros, que podem ser ou não accionistas. Os administradores serão eleitos pela 133 assembleia geral de accionistas que determinará o número de administradores por um período máximo de seis anos, os quais manter-se-ão no exercício das suas funções até terem sido eleitos os seus sucessores. Os administradores são reeligíveis, podendo ser revogados os seus mandatos a qualquer momento pela assembleia geral de accionistas com ou sem motivo. No caso de vagatura de um ou mais lugares de administradores, os restantes administradores podem eleger um administrador para preencher essa vaga de acordo com a lei. Neste caso a assembleia geral de accionistas ratifica esta eleição na sua próxima reunião. O administrador assim eleito terminará o período do mandato do administrador que ele substituir. A remuneração dos administradores será fixada pela assembleia geral de accionistas. Artigo 11 : Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração designará de entre os seus membros um Presidente. Poderá igualmente designar um Secretário que pode não ser um administrador e que será responsável pela redacção das actas das reuniões do Conselho de Administração. O Conselho de Administração reunirá sempre que convocado pelo Presidente. Uma reunião do Conselho de Administração deverá ser convocada se dois administradores a pedirem. O Presidente presidirá a todas as assembleias gerais de accionistas e a todas as reuniões do Conselho de Administração, mas na sua ausência a assembleia geral de accionistas ou o Conselho de Administração designará outra pessoa ou outro administrador como presidente pro tempore por voto da maioria presente na assembleia ou reunião. Os administradores deverão receber convocatórias de qualquer reunião por escrito pelo menos 24 horas antes da data prevista para a tal reunião, excepto em casos de urgência que deverão ser explicados na convocatória. A convocatória indicará o lugar da reunião e a ordem do dia. Com acordo por escrito, por telegrama, telex ou fax os administradores podem prescindir desta convocatória. Não será necessária convocatória especial para as reuniões que façam parte de um calendário previamente adoptado por deliberação do Conselho de Administração. Qualquer administrador poderá fazer-se representar em qualquer reunião do Conselho de Administração passando uma procuração por escrito, por telegrama, telex ou fax em nome de um outro administrador. O Conselho de Administração só pode deliberar ou tomar decisões válidas desde que pelo menos uma maioria de administradores esteja presente ou representada. As decisões serão tomadas por maioria de votos dos administradores presentes ou representados na reunião. Em caso de urgência, uma decisão escrita e assinada por todos os administradores é considerada própria e válida como se fosse tomada numa reunião convocada e realizada. Uma tal decisão pode ser escrita num só documento ou em vários documentos separados que sejam do mesmo teor. Artigo 12: Actas das Reuniões do Conselho de Administração As actas de qualquer reunião do Conselho de Administração serão assinadas pelo presidente da reunião e por qualquer outro administrador. As procurações devem ficar apensas às actas. Cópias ou extractos destas actas que devam ser apresentadas em processos judiciais ou outros deverão ser assinadas pelo presidente do Conselho de Administração. Artigo 13: Poderes do Conselho de Administração Ao Conselho de Administração são outorgados os poderes de realizar todas as acções necessárias ou 134 úteis para cumprir o objecto da Sociedade. Todos os poderes que não estejam expressamente reservados por lei ou por estes Estatutos à assembleia geral de accionistas são da competência do Conselho de Administração. Artigo 14 : Delegação de Poderes O Conselho de Administração pode delegar a gestão corrente e a representação da Companhia durante essa gestão num ou mais administradores, directores, executivos, empregados ou outros agentes que podem, mas não têm que ser necessariamente accionistas, ou delegar poderes especiais ou procurações ou delegar determinadas funções permanentes ou temporárias em pessoas ou agentes que decidir. A delegação da gestão diária num administrador carece de autorização prévia da assembleia geral de accionistas. Artigo 15 : Representação da Sociedade Para com terceiros, a Sociedade fica obrigada pelas assinaturas conjuntas de dois administradores, pela assinatura individual da pessoa a quem a gestão corrente da Sociedade foi conferida mas dentro dos limites dessa gestão corrente, ou pelas assinaturas de pessoas a quem o Conselho de Administração tenha conferido os necessários poderes, mas somente dentro dos limites desses poderes. Artigo 16 : Auditor Estatutário A supervisão das operações da Sociedade é delegada num ou mais auditores que não necessitam de ser accionistas. Os auditores serão eleitos pela assembleia geral de accionistas, que fixará o número de auditores, por um período máximo de seis anos para exercício de funções. Os auditores manter-se-ão no exercício das suas funções até os seus sucessores serem eleitos. Os auditores podem ser reeleitos ou demitidos em qualquer altura, com ou sem justa causa, por uma assembleia geral de accionistas. CAPÍTULO IV - ASSEMBLEIA GERAL DE ACCIONISTAS Artigo 17 : Poderes da Assembleia Geral A assembleia geral de accionistas, regularmente constituída, representará a totalidade dos accionistas. Terá os poderes que lhe são conferidos pela lei ou por estes Estatutos. Artigo 18: Assembleia Geral Anual A assembleia anual de accionistas reune-se na cidade do Luxemburgo, na sede da Sociedade, ou em qualquer outro lugar que fôr indicado na convocatória da reunião, na última sexta feira de Maio de cada ano às 12 horas. Se esse dia fôr um feriado oficial a assembleia geral será adiada para o primeiro dia útil seguinte. Artigo 19 : Outras Assembleias Gerais O Conselho de Administração ou o auditor estatutário podem convocar outras assembleias gerais. Estas assembleias devem ser convocadas se accionistas representando pelo menos um quinto do capital emitido assim o solicitarem. As assembleias gerais, incluindo a assembleia anual estatutária, podem reunir-se no estrangeiro sempre que ocorram casos de força maior, que na opinião soberana do Conselho de Administração, assim o exijam. Artigo 20 : Procedimento, Voto Os accionistas reunir-se-ão nos termos previstos na lei. 135 Se todos os accionistas estiverem presentes ou representados na assembleia geral de accionistas, e se todos declararem que foram informados sobre a ordem. do dia da assembleia, a reunião pode ser efectuada sem aviso prévio. Qualquer accionista pode participar nas assembleias de accionistas designando por escrito, por carta, telegrama, telex ou fax a um mandatário que não necessita de ser accionista. O Conselho de Administração pode estabelecer todas as outras condições que têm que ser cumpridas para participar numa assembleia de accionistas. Cada acção dá direito a um voto. Excepto nos casos em que a lei estipule em contrário, as decisões serão tomadas por maioria seja qual fôr o número de acções representadas. Cópias dos extractos das actas da assembleia para serem utilizadas em tribunal ou para outros fins, terão de ser assinadas pelo Presidente do Conselho de Administração ou por dois administradores. CAPÍTULO V - ANO FISCAL - DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS Artigo 21 : Ano Fiscal O ano social da Sociedade começa no primeiro dia de Janeiro de cada ano e termina no último dia de Dezembro do mesmo ano. Artigo 22 : Distribuição de lucros Dos lucros líquidos anuais da Sociedade, 5% por cento serão atribuídos à reserva imposta por lei. Esta reserva deixará de ser exigida desde que e até que a reserva legal atinja um décimo do capital social da Sociedade. Sob proposta do Conselho de Administração a assembleia geral toma decisão sobre a distribuição do lucro líquido anual. Pode decidir atribuir o total ou parte do remanescente a um fundo de reserva ou de provisão, transferir para o ano seguinte ou distribuir aos accionistas como dividendos. Sob reserva ao que está estabelecido na lei, o Conselho de Administração pode fazer um pagamento de dividendos adiantado. O Conselho de Administração estabelecerá o montante e data de pagamento de qualquer pagamento adiantado. Por deliberação da assembleia geral extraordinária de accionistas, a totalidade ou parte dos lucros e reservas com excepção das que forem impostas por lei ou as que os estatutos proibiram que se distribuissem, podem ser atribuídas à amortização do capital social por reembolso ao par de todas as acções ou de uma parte destas, por sorteio, sem que o capital subscrito seja reduzido. CAPÍTULO VI - DISSOLUÇÃO - LIQUIDAÇÃO Artigo 23 : Dissolução, Liquidação A Sociedade pode ser dissolvida em qualquer altura por deliberação da assembleia geral nas mesmas condições, de quorum e maioria, que são exigidas para a alteração dos estatutos, salvo quaisquer disposições da lei em contrário. Na eventualidade da liquidação da Sociedade, esta liquidação deverá ser feita por um ou mais liquidatários que podem ser pessoas físicas ou entidades legais nomeadas pela assembleia geral de accionistas que determinará os seus poderes e os seus honorários. CAPÍTULO VII. LEI APLICÁVEL Artigo 24: Lei aplicável 136 A lei de 10 de Agosto de 1915 sobre sociedades comerciais com todas as suas alterações posteriores e a lei de 13 de Julho de 1929, com todas as suas alterações posteriores serão aplicadas a todos os assuntos não contemplados nestes estatutos. 137 9.2. Nota comparativa entre o regime jurídico do estado da lei pessoal da ESFG (Luxemburgo) e o regime jurídico português 1. Comunicação de participações qualificadas 1.1. Direito português Segundo o direito português, quem atinja ou ultrapasse participação de 2%, 5%, 10%, 20%, 1/3, metade, 2/3 e 90% dos direitos de voto correspondentes ao capital social de sociedade aberta que tenha as suas acções admitidas à negociação em Bolsa, bem como quem reduza a sua participação para valor inferior a qualquer daqueles limites, deve, no prazo de 3 dias após a ocorrência do facto: a) informar a CMVM, a sociedade participada e a entidade gestora do mercado em que as suas acções se encontram admitidas; b) dar conhecimento a essas mesmas entidades das situações que determinam a imputação ao participante de direitos de voto inerentes a acções pertencentes a terceiros, nos termos do nº 1 do art. 20º do Cód.VM. A sociedade participada deve publicar de imediato as comunicações que tenha recebido de aquisição ou de perda de participações qualificadas, embora a CMVM possa em certos casos dispensar esse dever, quando se trate de participações inferiores a 10% dos direitos de voto, o participante for membro de mercado regulamentado situado ou a funcionar num Estado membro da Comunidade Europeia, detiver as acções transitoriamente com vista à sua alienação e declarar que não pretende com esses direitos exercer influência sobre a gestão da sociedade. De notar também que quaisquer acordos parassociais que visem adquirir, reforçar ou manter uma participação qualificada ou assegurar ou frustrar o êxito de oferta pública de aquisição devem ser comunicados à CMVM no prazo de 3 dias contados da data da sua celebração, podendo a CMVM determinar a publicação do acordo na medida em que o considere relevante para o domínio sobre a sociedade. Segundo a lei portuguesa, considera-se “sociedade aberta” a sociedade que: a) tenha sido constituída através de oferta pública de subscrição dirigida especificamente a pessoas com residência ou estabelecimento em Portugal; ou b) emitente de acções ou de outros valores mobiliários que confiram o direito à subscrição ou aquisição de acções que tenham sido objecto de oferta pública de subscrição dirigida especificamente a pessoas com residência ou estabelecimento em Portugal; ou c) emitente de acções ou de outros valores mobiliários que confiram o direito à subscrição ou aquisição de acções que estejam ou tenham estado admitidas à negociação em mercado regulamentado situado ou a funcionar em Portugal; ou d) emitente de acções que tenham sido alienadas em oferta pública de venda ou de troca em quantidade superior a 10% do capital social dirigida especificamente a pessoas com residência ou estabelecimento em Portugal; ou e) seja resultante de cisão de uma sociedade aberta ou que incorpore, por fusão, a totalidade ou parte do seu património. 1.2. Direito luxemburguês Segundo o direito luxemburguês (lei de 4 de Dezembro de 1992), qualquer accionista com uma participação de mais de 10% das acções de uma sociedade cotada em bolsa, tem obrigação de informar a sociedade participada e ao mesmo tempo a Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF) deste facto. Dentro do prazo de um mês após esta informação ter sido enviada à sociedade participada e à CSSF 138 esta informação será tornada pública. De acordo com o artigo 10 da lei acima mencionada uma sociedade que tenha recebido de um accionista a informação de uma participação de mais de 10%, está obrigada a divulgar em cada país da Comunidade Europeia em que a sociedade está cotada assim que possível e não mais que 9 dias depois de receber a declaração do accionista. No Luxemburgo, a informação é tornada publica pela sociedade participada que publica a informação na Lista Oficial de Preços da Bolsa do Luxemburgo. 2. Transacções sobre acções próprias Segundo o direito português, uma sociedade, em princípio, só pode adquirir ou alienar acções próprias mediante prévia deliberação da respectiva assembleia geral e até ao máximo de 10% do seu capital social. Deve de qualquer modo ser respeitado o princípio do tratamento igualitário dos accionistas, tanto nas operações de compra como de venda. Segundo o direito luxemburguês uma sociedade só pode adquirir acções próprias mediante prévia deliberação da respectiva assembleia geral e até ao máximo de 10% do seu capital social. As acções têm que estar subscritas e pagas e depois da compra destas acções o montante do activo líquido da sociedade não pode ser inferior ao montante do capital social adicionado das reservas não distribuíveis. 3. Obrigatoriedade de lançamento de ofertas públicas de aquisição e/ou outros meios alternativos de protecção dos accionistas minoritários 3.1. Lei portuguesa Determina a lei portuguesa que a aquisição de mais de 1/3 ou de mais de metade dos direitos de voto numa sociedade aberta de lei pessoal portuguesa, implica o dever de lançamento de uma oferta pública geral de aquisição, a não ser que: a) a ultrapassagem de qualquer dos limites supra referidos tenha decorrido do lançamento de uma oferta pública geral de aquisição e com o oferecimento de contrapartida não inferior à resultante da aplicação dos critérios previstos no art. 188º do Cód.VM; b) ultrapassado o limite de 1/3 (mas detendo menos de metade) dos direitos de voto, o adquirente prove perante a CMVM não ter o domínio da sociedade em causa nem com ela estar em relação de grupo; c) a ultrapassagem dos referidos limites resulte da execução de plano de saneamento financeiro no âmbito de uma das modalidades de recuperação ou saneamento previstas na lei; d) a ultrapassagem dos referidos limites resulte de processo de fusão de sociedades, se da assembleia geral da sociedade emitente dos valores mobiliários em relação aos quais a oferta seria dirigida constar expressamente que da operação resultaria o dever de lançamento de oferta pública de aquisição. Em qualquer caso, a pessoa obrigada a lançar uma oferta pública geral de aquisição pode suspender esse dever se se obrigar perante a CMVM a fazer descer a sua participação para montante inferior aos limites geradores da obrigatoriedade de lançamento, no prazo de seis meses contados da data em que os ultrapassou. 3.2. Lei Luxemburguesa Nem a lei do Luxemburgo ( lei de 15 de Agosto de 1915 e suas actualizações) nem as regras da Bolsa do Luxemburgo contêm qualquer regra que torne obrigatório o lançamento de uma oferta pública de aquisição. 139 4. Possibilidade de exercício de direitos de voto por correspondência ou por meios telemáticos Segundo o art. 22º do Cód.VM é obrigatória a admissibilidade do exercício por correspondência dos direitos de voto em assembleias gerais de sociedades abertas, podendo porém os estatutos da sociedade impedir o voto por correspondência, excepto quando se trate de deliberar sobre a alteração dos estatutos ou sobre a eleição de membros dos órgãos sociais. A lei luxemburguesa não permite aos accionistas de uma empresa como a ESFG o exercício por correspondência dos direitos de voto. Os estatutos da ESFG, por esta razão, não contemplam esta possibilidade. 5. Critérios contabilísticos utilizados na preparação da informação económica e financeira De acordo com a lei portuguesa, a preparação da informação económica e financeira deve obedecer aos seguintes princípios contabilísticos considerados fundamentais: “da continuidade”, “da consistência”, “da especialização (ou do acréscimo)”, “do custo histórico”, “da prudência”, “da substância sobre a forma” e “da materialidade”. Não existem diferenças de relevo na lei luxemburguesa, que manda também preparar a informação económica e financeira de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites, com vista a garantir a obtenção de uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados das operações realizadas. A ESFG apresenta contas consolidadas em conformidade com os principios contabilísticos geralmente aceites e outras disposições e práticas em vigor em Portugal para o Sector Bancário, por forma a tornar as suas contas consolidadas consistentes com as contas das suas principais subsidiárias, nomeadamente do Banco Espírito Santo, S.A.. As suas contas individuais são elaboradas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites no Luxemburgo, os quais se encontram descritos na nota 2 às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2000 constante do ponto 5.1.1. do presente Prospecto. 9.3. Locais onde podem ser consultados os relatórios e contas relativos aos últimos três exercícios Os Relatórios e Contas da ESFG relativos aos três últimos exercícios, podem ser consultados: - na sede social da ESFG, 231 Val des Bons Malades, L-2121 Luxembourg-Kirchberg; - na sede do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., Rua Alexandre Herculano, número 38, Lisboa; - no endereço da ESFG na internet: www.esfg.com. 140 10. CONTRATOS DE FOMENTO Foi celebrado um contrato de liquidez entre a ESFG e a Espírito Santo Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem, S.A., com a finalidade de permitir a formação em Portugal de um mercado regular para as acções da ESFG. De seguida, reproduz-se integralmente os termos desse contrato: CONTRATO DE LIQUIDEZ ENTRE: 1º: ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, S.A. Société Anonyme Holding, com sede em 213 Val des Bons Malades, L-2121 Luxembourg-Kirchberg, com o capital social emitido de 479.085.550 Euros, pessoa colectiva nº 198440 40 00076, matriculada no Registo Comercial de Et e Luxemburgo sob o nº 22.232, adiante designada por ESFG ou EMITENTE; e ESPÍRITO SANTO DEALER - SOCIEDADE FINANCEIRA DE CORRETAGEM, S.A., com sede na Rua Alexandre Herculano, nº 38, em Lisboa, com o capital social inteiramente realizado de Euros: 2.500.000, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número 1.115, Pessoa Colectiva número 502.271.604, doravante designada por DEALER; 1. Considerando que a ESFG é uma sociedade cotada nas Bolsas de Valores do Luxemburgo, Londres e Nova Iorque que requereu (através do Banco Espirito Santo de Investimento, SA enquanto “intermediário financeiro de interligação”) a admissão da totalidade das 47.908.555 acções representativas do seu capital à negociação no mercado de cotações oficiais gerido pela BVLP; 2. Considerando que, nos termos do art. 63º do Regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários nº 10/2000, as entidades emitentes que requeiram a admissão à cotação no Mercado de Cotações Oficiais, devem recorrer aos meios destinados a garantir em Portugal a formação de um mercado regular para as suas acções; 3. Considerando que é interesse da ESFG assegurar um grau de dispersão e de liquidez das transacções sobre acções representativas do seu capital que seja compatível com o seu objectivo de assegurar a manutenção e o desenvolvimento de um mercado de bolsa regular e contínuo para as suas acções no referido mercado de cotações oficiais. ESFG e DEALER acordam celebrar o presente Contrato de Liquidez, que se rege pelas normas legais e regulamentares aplicáveis (Artigo 348º do Código dos Valores Mobiliários, artigos 28º a 33º do Regulamento nº 5/2000, de 23 de Fevereiro, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Circular nº 4-C/2000 da BVLP), pelos considerandos supra e pelas seguintes cláusulas: 1ª Definições Salvo quando sentido diverso resultar do contexto, as expressões a seguir indicadas têm, no presente contrato, o significado que ora se define: a) Acções: as acções representativas do capital social da ESFG; b) BVLP – BVLP - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.; c) CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; 141 d) CVM – Central de Valores Mobiliários (Sistema centralizado de valores mobiliários gerido pela Interbolsa); e) MCO – Mercado de Cotações Oficiais gerido pela BVLP. 2ª (Finalidade) O presente Contrato visa facilitar a formação de um mercado regular no MCO para as Acções, mediante a melhoria da sua liquidez. 3ª (Objecto) O presente contrato tem como objecto a promoção de “operações de fomento” (tal como definidas no art. 348º do Código dos Valores Mobiliários: operações que visam a criação de condições para a comercialização regular num mercado de uma categoria de valores mobiliários, nomeadamente o incremento da liquidez), que incidirão sobre as Acções emitidas pela ESFG, de valor nominal de 10 Euros cada, e admitidas à negociação no MCO da BVLP. 4ª (Prazo de vigência) 1. O presente contrato vigorará pelo período de 3 meses contados a partir da admissão à negociação no MCO das Acções, podendo ser renovado por iguais períodos, por acordo das partes e mediante autorização prévia da BVLP. 2. A suspensão ou interrupção das transacções na BVLP dos valores objecto do presente contrato não interrompe o prazo de vigência do mesmo. 5ª (Obrigações da DEALER) 1. Pelo presente contrato, a DEALER obriga-se perante a ESFG a introduzir e a manter, diariamente, durante o período de vigência do Contrato, ofertas simultâneas de compra e de venda das Acções no MCO, nos seguintes termos: a) O conjunto das ofertas de compra e venda a transmitir diariamente à BVLP terão por objecto uma quantidade mínima de 5.000 Acções, distribuídas entre a compra e a venda; b) O preço das ofertas de compra e de venda será determinado pela DEALER mas em caso algum ultrapassará o diferencial máximo de 5% entre os preços de compra e de venda. 2. As obrigações assumidas pela DEALER não envolvem qualquer garantia de realização efectiva de qualquer oferta de compra ou venda emitida ao abrigo do presente Contrato. 6ª (Conta de acções e de fundos) 1. Para os efeitos previstos na cláusula anterior, a DEALER procederá à abertura, três dias antes da data do início das operações, de duas contas de acções, uma junto da CVM e outra junto da própria DEALER (tendo esta última associada uma conta corrente de fundos) nas quais serão registadas as operações efectuadas em execução do presente Contrato. 142 2. Antes do início das operações objecto do presente contrato, a ESFG depositará 25.000 Acções na conta de acções e a quantia de ¤ 125.000 na conta corrente de fundos. 3. Fica acordado que serão da titularidade da ESFG as Acções inicialmente afectas à execução do presente contrato, as Acções adquiridas no decurso da sua execução e as Acções existentes no termo do prazo do contrato. 4. Fica acordado que do presente contrato não resulta para a DEALER qualquer obrigação de adiantar ou emprestar Acções ou fundos à ESFG, para efeitos de realização, ao abrigo do presente contrato, de operações de fomento, pelo que a DEALER fica dispensada do dever de emitir ofertas de compra ou de venda de Acções, sempre que a conta de acções ou a conta de fundos associada não apresentem saldo suficiente para o efeito. 7ª (Obrigação de Informação) A DEALER compromete-se a comunicar diariamente à ESFG as operações de fomento efectuadas ou, no caso de nenhuma ter sido efectuada, os actos praticados no sentido da sua realização. 8ª (Remuneração) 1. Por todos os serviços prestados no âmbito do presente contrato, a ESFG pagará à DEALER uma comissão de montante a acordar posteriormente. 2. A ESFG compromete-se a pagar à DEALER todas as despesas e encargos de qualquer natureza, incluindo comissões de bolsa e/ou de corretagem, em que a DEALER haja incorrido para efeitos da execução do presente contrato. 3. O pagamento destas despesas será efectuado contra a apresentação pela DEALER das facturas ou outros documentos comprovativos das despesas a reembolsar, no prazo de três dias úteis contados da data da sua apresentação para pagamento. 9ª (Condições suspensiva e resolutiva) O presente Contrato fica sujeito à verificação da condição suspensiva da sua aprovação pelas autoridades competentes e à verificação da condição resolutiva de exclusão da negociação das Acções do MCO. 10ª (Alterações ao contrato) Qualquer alteração ao presente Contrato deverá revestir a forma de documento escrito, assinado por ambas as partes, e deverá ser objecto de prévia aprovação da BVLP. 11ª (Foro) As partes convencionam que para a resolução de todos os litígios que possam emergir do presente contrato será competente o Foro da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro. 143 12ª (Comunicações) Quaisquer comunicações feitas ao abrigo do presente contrato deverão ser efectuadas por escrito, mediante carta ou telefax, e dirigidas para os seguintes endereços e postos de recepção: a) ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, S.A Morada: 231 Val des Bons Malades, L-2121 Luxembourg-Kirchberg Telefone: 44 20 7332 4350 Telefax: 44 20 7332 4355 b) ESPÍRITO SANTO DEALER - SOCIEDADE FINANCEIRA DE CORRETAGEM, S.A. Morada: Rua Alexandre Herculano, nº 38, 1269-161 Lisboa Telefone: 21 319 9700 Telefax: 21 319 9790 Feito em Lisboa, aos 7 de Setembro de 2001, em dois exemplares, sendo um para cada uma das partes. ESPIRITO SANTO FINANCIAL GROUP, S.A. (assinaturas ilegíveis) ESPÍRITO SANTO DEALER – SOC. FINANCEIRA DE CORRETAGEM, S.A. (assinaturas ilegíveis) 144 O Presente Prospecto, publicado exclusivamente sob a forma de brochura, constitui a única forma de publicação adoptada e pode ser consultado nos seguintes locais: - na sede social da Espírito Santo Financial Group SA, 231 Val des Bons Malades, L-2121 Luxembourg-Kirchberg - na sede do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa - na secretaria da BVLP – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. 145