Osteoporose: uma doença associada à longevidade, que pode ser

Propaganda
Osteoporose: uma doença associada à longevidade, que pode ser prevenida
O banheiro é o cômodo mais perigoso: 18% caíram nesse local. Do lado de fora, no quintal, a taxa foi
maior (24%). A rua também representa um risco para a população nessa faixa etária: 41% das
fraturas ocorreram fora de casa. Das vítimas, 74 tinham mais de 76 anos de idade, sendo que as
mulheres foram muito mais afetadas do que os homens - 130 a 44.
É sabido que os adultos acima de 65 anos são mais suscetíveis a fraturas devido à estrutura
esquelética debilitada, fraqueza muscular e diminuição da acuidade visual. Realizar atividades de
baixo impacto - como caminhar e dançar -, alimentar-se bem, tomar sol ocasionalmente, evitar o
tabagismo e o excesso de álcool são medidas que diminuem as taxas de osteoporose e, em
consequência, as fraturas.
“Há 30 anos atrás, quase ninguém falava em osteoporose. Hoje, com o aumento da expectativa de
vida mundial, a doença transformou-se em tema de discussão constante. Isso porque as fraturas principal problema causado pela osteoporose - estão ocorrendo com maior freqüência. As pessoas
estão vivendo mais e, conseqüentemente, seus ossos se tornam mais susceptíveis ao desgaste”,
explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e
Doenças Osteoarticulares.
A osteoporose é uma doença que está relacionada com o envelhecimento. Entre 1998 e 2008, a
expectativa de vida do brasileiro passou de 69 anos para 72 anos. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), homens e mulheres passaram a viver mais. As previsões
indicam que, mantida a trajetória atual, em 2040, o Brasil alcançará o patamar dos 80 anos. Antes
disso, porém, em 2030, a presença de idosos na população como um todo será quase idêntica à dos
jovens.
Osteopenia x osteoporose
Com o aumento da expectativa de vida, osteopenia e osteoporose passaram a fazer parte do nosso
vocabulário. Muitos ouvem o diagnóstico destas doenças e, mesmo sem compreender muito bem a
gravidade da situação, têm a noção de que elas estão relacionadas à presença de ossos frágeis e
propensos à fratura. "Quem tem osteoporose pode fraturar um osso simplesmente tossindo,
espirrando ou mudando de posição bruscamente", alerta Sérgio Lanzotti.
Quando falamos em osteopenia e osteoporose, o melhor é conhecer os causadores destas doenças
para prevenir seu aparecimento. "Apostar na orientação e na disponibilização de informações é
muito importante. É papel do médico alertar seus pacientes sobre a osteoporose. Em minha
experiência clínica, pude constatar que, quando os pacientes não são bem orientados sobre a doença,
logo abandonam o tratamento", destaca o diretor do Iredo.
Osteoporose e sua prevenção
A osteopenia é a redução progressiva do cálcio dos ossos, que ao evoluir para graus maiores de
gravidade leva à osteoporose. Ocorre por uma infinidade de causas, sendo as mais freqüentes: o
climatério e a progressiva redução do hormônio feminino; o uso, a médio e longo prazos, de
medicamentos, entre eles os glicocorticóides, os hormônios tireoideanos e alguns anticonvulsivantes;
o alcoolismo; a imobilização prolongada e algumas doenças reumatológicas e endócrinas. Há ainda
uma forte incidência familiar. Embora mais freqüente na mulher, a osteoporose também acomete o
sexo masculino.
A osteoporose é uma doença previnível. A prevenção envolve alimentação saudável; exercícios
físicos regulares; exposição ao sol; proteção medicamentosa dos ossos durante o uso prolongado de
glicocorticóides e anticonvulsivantes; a polêmica terapia de reposição hormonal na menopausa; a
correta reposição de hormônios tireodeanos; o consumo de álcool com moderação; a interrupção do
fumo e a implementação de exames médicos de rotina e de procedimentos que evitem quedas.
Assegurando o aporte de cálcio
A alimentação é uma arma poderosa no combate à osteoporose. Ela garante um aporte adequado de
cálcio para a mineralização óssea durante praticamente toda a vida. Após a menopausa, a redução
do hormônio feminino provoca a perda de cálcio no corpo feminino e pode haver necessidade de
suplementação do mineral, nesta etapa da vida.
Além disso, com o envelhecimento, em ambos os sexos, há uma progressiva redução na absorção de
cálcio.
Com o avançar da idade, a suplementação deste mineral pode prevenir a perda óssea e aumentar a
densidade mineral óssea. "Entretanto, se já houver osteoporose manifesta, essa medida deve ser
associada ao uso de medicamentos para evitar a perda progressiva ou até mesmo propiciar o ganho
de massa óssea", explica o especialista em Reumatologia.
De uma maneira geral, a suplementação de cálcio deve ser de 1000 a 1500mg de cálcio
elementar/dia, após a menopausa, na mulher, e após os 60 anos, no homem. “Um cuidado especial
deve ser observado em relação às pessoas com propensão a perda de cálcio pela urina e aos
formadores de cálculos, pois, nesses casos, a administração do cálcio é contra indicada. Na
impossibilidade da suplementação de cálcio, os laticínios são as melhores fontes de cálcio da dieta. O
iogurte (400mg em 200ml), o leite (300mg em 200ml) e o queijo (400mg em 150g) devem fazer parte
do cardápio destas pessoas”, explica Sérgio Lanzotti.
Além dos problemas com a absorção do cálcio, com o avançar da idade há redução dos níveis de
vitamina D no sangue, fator que agrava ainda mais a absorção de cálcio pelo organismo. Pessoas
com mais de 60 anos, geralmente, se beneficiam com a suplementação da vitamina D,
principalmente se cronicamente enfermos ou se vivem em "casas de repouso".
Prática de exercícios
Os exercícios de carga são efetivos para manter ou aumentar a densidade mineral óssea na coluna
lombar e no quadril. "As recomendações médicas incluem também caminhadas, exercícios aeróbicos
de pequeno e médio impacto e de resistência, quando tolerados", diz Lanzotti.
Exercícios regulares também aumentam a massa e a força muscular, melhoram a coordenação e o
equilíbrio e têm sido responsáveis pela redução em 25% do risco de quedas em idosos. Os exercícios
que não utilizam a força da gravidade como os realizados na água - hidroginástica e natação - apesar
de muito bons para o condicionamento físico e cardiovascular, não são benéficos para a prevenção e
o tratamento da osteoporose.
Prevenção de quedas
A prevenção de quedas é importante na redução do risco de fraturas e inclui medidas que interferem
em algumas incapacitações como alterações visuais; hipotensão postural e tonturas; fraqueza
muscular; e o excesso de medicamentos que podem alterar o estado cognitivo e o equilíbrio. "A
adequação dos ambientes com iluminação adequada, a instalação de corrimões em escadas e
banheiros e o uso de calçados adequados auxiliam o tratamento preventivo", afirma o reumatologista
Sérgio Lanzotti.
Controle da doença
“Além da suplementação de cálcio e vitamina D e das demais medidas preventivas descritas
anteriormente, contamos também com vários medicamentos que tornam possível a melhora da
massa óssea e, mais importante do que isso, a redução do risco de fraturas", explica o médico. O
controle da doença é feito por meio de exames laboratoriais e da densitometria óssea, exame que
consegue medir exatamente a quantidade de cálcio perdida e a evolução da recuperação óssea.
http://www.iredo.com.br
http://vivendosemdor.wordpress.com
http://twitter.com/sergiolanzotti
Download