É possível engajar o paciente no tratamento da osteoporose? A

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É possível engajar o paciente no tratamento da osteoporose?
A pesquisa, realizada em 13 países, contou com a participação de 844 pacientes na pós-menopausa
com mais de 55 anos de idade e de 837 médicos. Dentre os objetivos dos pesquisadores estavam a
investigação das lacunas entre pacientes e médicos sobre a compreensão do impacto emocional e
físico da osteoporose; a identificação das barreiras para a adesão do paciente ao tratamento e a
compreensão das maneiras pelas quais os pacientes com osteoporose podem compartilhar melhor
seus sofrimentos e obter informações sobre a gestão da doença.
Os principais resultados mostraram que:
• Os doentes não são tão bem informados sobre a doença, como eles acreditam ser;
• Os pacientes temem as fraturas e se preocupam com sua qualidade de vida, mas nem sempre
aderem ao tratamento;
• Os médicos subestimam a adesão dos pacientes ao tratamento;
• Os médicos também subestimam as preocupações dos pacientes com as fraturas, bem como o
impacto da osteoporose na sua qualidade de vida e o medo de dependência dos pacientes, que após
as fraturas, precisam dos cuidados de familiares e profissionais.
A adesão ao tratamento da osteoporose é um problema sério. Diversos estudos mostram que menos
de 50% dos pacientes ainda toma a medicação prescrita após um ano de tratamento. “Esta pequena
adesão ao tratamento, presenciada no mundo todo, pode ser atribuída à subestimação do risco
pessoal, à incerteza dos benefícios versus os riscos do tratamento, aos efeitos colaterais e à crença
na eficácia da adoção de um novo estilo de vida sozinho. Na verdade, os pacientes que abandonam o
tratamento prescrito, sem saber, estão expostos a um alto risco de fratura”, diz o especialista em
densitometria óssea, Sérgio Bontempi Lanzotti.
A pesquisa também mostrou a disposição dos médicos para apoiar as iniciativas que poderiam
melhorar a aderência do paciente ao tratamento: 80% dos médicos entrevistados estariam dispostos
a entregar materiais educativos para aumentar a adesão dos pacientes e 76% recomendariam
programas especiais aos pacientes, visando promover uma melhor comunicação sobre a gestão da
osteoporose.
"Como o estudo revelou, ruídos na comunicação entre pacientes e médicos existem em vários níveis.
No contexto em que vivemos, programas de apoio on line, websites e as redes sociais têm um grande
potencial para preencher essas lacunas de informação. Eles podem ajudar os pacientes a partilhar as
suas preocupações, melhorar o diálogo entre médicos e pacientes, permitir o contato de pacientes
com outros pacientes, incentivar a adesão, a longo prazo, ao tratamento prescrito e ajudar os
pacientes a manter ou a melhorar a sua qualidade de vida”, defende Sérgio Lanzotti, diretor do Iredo,
Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
Site: http://www.iredo.com.br / E-mail: [email protected]
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