Instituto FSB Pesquisa Sócio-diretor Wladimir Gramacho Diretora de Pesquisa Rachel Mello Coordenação de Pesquisa Ricardo Mendes Pesquisadores Anna Lucia França Camila Coelho Bruno Santa Maria Greice Christina Justino Janaína Sobrino Marla Lacerda Paloma Carvalho Tamiris Ávila Santos SHS Quadra 6, conj. A, bloco E Ed. Business Center Park, conj. 713 CEP 70322-915 tel + 55 (61) 3323.1072 Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Mapa da Comunicação Brasileira / coordenação Wladimir Gramacho, Rachel Mello. – Brasília: Instituto FSB Pesquisa, 2009. Realização: Instituto FSB Pesquisa. Apoio: CNI, Eletrobras. 1. Comunicação organizacional 2. Web 2.0 3. Pesquisa em Comunicação I. Gramacho, Wladimir; Mello, Rachel. II. Título: Mapa da Comunicação Brasileira. Patrocínio conteúdo Introdução – Norte, Sul, Leste e Oeste Metodologia LESTE – A prática da Comunicação OESTE – A cultura de objetivos e resultados SUL – Gente que faz a Comunicação NORTE – As tendências na Comunicação brasileira 05 06 16 36 43 54 introdução Norte, Sul, Leste e Oeste O Mapa da Comunicação Brasileira é a mais abrangente pesquisa sobre a Comunicação corporativa em empresas privadas e em instituições governamentais no País. Este relatório resume os resultados de cinco meses de pesquisa, durante os quais entrevistamos executivos de Comunicação de 80 das 500 maiores empresas do País e de 20 dos 100 principais órgãos públicos brasileiros. Além disso, reunimos análises de quatro especialistas renomados e executivos de Comunicação, que agregaram dados e análises originais a esta pesquisa. Em sua edição inaugural, o Mapa revela os pontos cardeais da gestão da Comunicação nas maiores empresas privadas e instituições governamentais do Brasil. O ponto Leste deste Mapa descobre as práticas cotidianas das áreas de Comunicação dessas corporações, descrevendo as atividades sob a responsabilidade dos comunicadores, o uso estratégico das mídias e outros aspectos relevantes para o gestor da área. A Oeste, vemos emergir uma cultura de objetivos e de mensuração e uso de resultados nas corporações, o que mostra uma crescente sofisticação das equipes na comprovação dos efeitos de investimentos sobre a percepção dos stakeholders. Ao Sul, traçamos o perfil dos profissionais que fazem a gestão da Comunicação e de suas equipes. Finalmente, ao Norte, apontamos as tendências de investimentos nas diferentes tarefas sob responsabilidade da Comunicação e indicamos a percepção dos gestores da área sobre o que é prioritário no atual contexto. O Mapa traz, ainda, quatro artigos de alguns dos mais importantes especialistas em suas áreas: Gilceana Galerani, coordenadora de comunica- ção interna da Embrapa, escreve sobre métrica de resultados; Jorge Duarte, doutor em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e assessor especial da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, fala sobre o perfil do novo comunicador; Maria Aparecida Ferrari, professora-doutora da ECA/USP e da Universidade Metodista, aborda a importância da comunicação interna; e Samuel Lima, diretor corporativo de Relações Institucionais e Comunicação do Grupo Votorantim, fala sobre a comunicação corporativa num ambiente de negócios competitivo. Os artigos foram escritos com exclusividade para esta publicação. Os pontos de vista desses especialistas nos ajudam a aprofundar alguns achados da pesquisa. Nesta primeira edição, o Mapa apresenta, também, uma análise especial sobre a Web 2.0 na Comunicação brasileira. Plataformas wikis e redes sociais colocam a Comunicação diante do desafio de superar sua prática de simplesmente informar numa direção única. É tempo de diálogo, com um número de usuários de Internet que não para de crescer no País – já somos 36,5 milhões de usuários ativos e 44,5 milhões de pessoas com acesso à rede. Como as áreas de Comunicação de empresas e órgãos públicos estão lidando com a Web 2.0? Que ferramentas mais usam? Se e como monitoram as redes sociais, quais os impactos que a Web 2.0 tem provocado na Comunicação? Essas perguntas estão respondidas na análise especial do Mapa da Comunicação Brasileira. Boa leitura! 4 5 metodologia O universo do Mapa da Comunicação Brasileira contempla as 500 maiores empresas do Brasil – segundo o ranking anual da revista Exame – e as 100 maiores instituições governamentais brasileiras, segundo o orçamento de cada órgão e sua importância regulatória. As corporações pesquisadas foram selecionadas por meio de sorteio aleatório. Os dados foram coletados por meio de entrevistas telefônicas, entre março e abril de 2009, a partir de questionários semiestruturados, com uma amostra de 100 corporações públicas e privadas – à proporção de 80 empresas e 20 instituições governamentais. Os entrevistados são executivos de alto nível hierárquico, tomadores de decisão dentro das empresas e órgãos governamentais, responsáveis pela área de Comunicação dessas instituições. O questionário usado nas entrevistas trazia perguntas de respostas fechadas (quando apresentadas opções de resposta) e abertas (as respostas são dadas sem prévia oferta de opções). Para fins de análise, as respostas às questões abertas foram codificadas em categorias descritivas. Os dados coletados nas entrevistas foram processados e analisados com auxílio do software SPSS. O universo pesquisado Nesta seção, apresentamos algumas das características agregadas das empresas e instituições públicas entrevistadas para o Mapa da Comunicação Brasileira. As empresas Entre as 80 empresas ouvidas para o Mapa, foram entrevistados gestores de Comunicação de instituições de capital aberto, de capital fechado, empresas mistas, públicas, cooperativas e associações. Composição do capital da empresa Resposta estimulada 5,1% 5,1% 2,5% 12,7% 45,6% 29,1% S.A. Ltda. Cooperativa Mista Empresa pública Associação Percentual de respostas para a pergunta: “Qual a composição do capital da empresa?”. A maior parte das empresas (65,3%) é de capital nacional, e 34,7%, de capital estrangeiro. 6 7 origem do capital das empresas Resposta estimulada Entre as empresas estrangeiras, cinco são alemãs, quatro, norte-americanas, duas, espanholas e duas, francesas, além de outras empresas de diversas nacionalidades 34,7% 65,3% Capital nacional Capital estrangeiro Percentual de respostas para a pergunta: “Qual a origem do capital da empresa?”. país de origem das empresas de caPital estrangeiro Resposta estimulada 8 9 Alemanha 21,5% Estados Unidos 17,0% Espanha 13,0% França 13,0% Holanda 13,0% Inglaterra 5,0% Finlândia 5,0% Itália 5,0% Suíça 5,0% Luxemburgo 5,0% 0% 5% 10% 15% Percentual de respostas para a pergunta: “Qual o país-sede da empresa?”. Quase a metade das empresas entrevistadas tem atuação internacional: 46,7% delas atuam mundialmente ou na América Latina, 23,3%, em todo o Brasil e 30%, em áreas específicas dentro do País. 20% 25% Abrangência de atuação da empresa Resposta estimulada 50% 45% 46,7% 40% 35% 30,0% 30% 25% 23,3% 20% 15% 10% 5% 0% Mundial Todo o Brasil Regiões ou cidades específicas Percentual de respostas para a pergunta: “Qual a abrangência de atuação da empresa?” Metade das empresas ouvidas pelo Mapa (50,0%) atua no setor secundário da economia (indústria de base, indústria automotiva, de transformação de alimentos, entre outras áreas). No setor terciário, ou seja, no segmento de serviços (comércio, serviços financeiros, concessões de serviços públicos, saúde, energia, tecnologia), atuam 43,5% das empresas ouvidas pelo Mapa. As outras 6,5% das empresas atuam no setor primário (agricultura). 10 11 Setores de atuação das empresas Resposta espontânea 6,5% 50,0% 43,5% Setor primário Setor secundário Mais da metade das empresas entrevistadas está em São Paulo (51,3%). Logo depois vêm Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Setor terciário Percentual de respostas para a pergunta: “Em que segmento atua a empresa?”. As respostas foram reagrupadas por setor da economia. localização das empresas, por uf 12 13 Resposta espontânea São Paulo 51,3% Minas Gerais 11,3% Rio Grande do Sul 8,8% Distrito Federal 6,3% Paraná 6,3% Rio de Janeiro 5,0% Ceará 2,5% Santa Catarina 2,5% Bahia 2,5% Pernambuco 1,3% Pará 1,3% Mato Grosso 1,3% 0% 10% 20% 30% 40% Percentual de respostas para a pergunta: “Qual a cidade-sede da empresa?”. As empresas entrevistadas são de grande porte: 75% têm mais de mil funcionários. 50% 60% número de funcionários da empresa Órgãos públicos Entre os 20 órgãos públicos ouvidos para o Mapa da Comunicação Brasileira, estão representados os três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Resposta espontânea 14,0% 37,0% 11,0% estrutura a que pertence a área de comunicação Resposta estimulada 25,0% 38,0% Até 500 De 500 a 1.000 De 1.000 a 5.000 Mais de 5.000 45,0% Percentual de respostas para a pergunta: “Qual o número de funcionários da empresa no Brasil?”. Respostas reagrupadas. 30,0% Governo federal Governo estadual Prefeitura Percentual de respostas para a pergunta: “A que tipo de estrutura pertence o órgão público?”. Os órgãos públicos ouvidos pelo Mapa estão concentrados no Distrito Federal, sede do governo federal. Mas órgãos públicos em todas as cinco regiões do País foram ouvidos. região onde estão localizados os órgãos públicos Resposta espontânea Centro-oeste 50,0% Norte 20,0% Sudeste 15,0% Sul Nordeste 0% 10,0% 5,0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Percentual de respostas para pergunta: “Onde está localizado o órgão público?”. As instituições governamentais são, na média, menores que as empresas ouvidas para o Mapa: 60% delas têm até 500 funcionários. Apenas 15% têm mais de 5 mil funcionários. 14 15 número de funcionários no órgão público Resposta espontânea 10,0% 15,0% 15,0% 60,0% Até 500 De 500 a 1.000 De 1.000 a 5.000 Mais de 5.000 Percentual de respostas para pergunta: “Qual é o número de funcionários do Ministério/ Governo/Prefeitura/Agência?”. leste A prática da Comunicação O Leste é o ponto cardeal que indica o nascer do sol. No Mapa da Comunicação Brasileira, é onde apresentamos o panorama do trabalho cotidiano das áreas de Comunicação nas empresas e nas instituições governamentais. As equipes de Comunicação são pequenas e estão responsáveis por diversas atividades. Entre as mais comuns, no cotidiano da Comunicação, estão a assessoria de imprensa, a Internet (ou seja, o desenho e a manutenção de site), a comunicação interna e a organização de eventos e feiras. Mas também tem sido atribuída à Comunicação a responsabilidade sobre áreas como relações públicas, marketing e propaganda, patrocínios culturais e esportivos, ações de sustentabilidade, relações com a comunidade e pesquisas, além da produção de newsletters. O Mapa mostra, porém, certa distância entre o que é feito no dia a dia pelos gestores de Comunicação, o que empresas e órgãos públicos valorizam e o que os próprios gestores consideram prioritário. Um exemplo dessa realidade é que, embora consideradas valorizadas pelas organizações e prioritárias pelos gestores de comunicação, atividades de relacionamento com o cliente e relações com a comunidade têm baixa presença no dia a dia das áreas de Comunicação. Para desenvolver essas atividades, valorizadas ou não, prioritárias ou não, os gestores da Comunicação elegem jornais, TV e Internet como as mídias mais estratégicas e contam com fornecedores que apoiam as ações da Comunicação. Entre as atividades mais terceirizadas, estão o marketing e a propaganda, a organização de eventos e feiras e a realização de pesquisas. Entre os critérios mais importantes para contratação de fornecedores, estão a infraestrutura do fornecedor e a experiência de seus profissionais. O tamanho das equipes Nas empresas, as estruturas da área de Comunicação são enxutas: entre as entrevistadas, 51,5% têm, no máximo, cinco funcionários. Nos órgãos públicos, as equipes de Comunicação podem ser consideradas de tamanho médio ou grande: 50,0% dos órgãos entrevistados pelo Mapa têm entre 21 e 100 funcionários. funcionários na comunicação Resposta espontânea 100% 2,6% 90% 12,8% 5,0% 16 17 80% 70% 50,0% 33,1% 60% 50% 40% 30% 25,0% 51,5% 20% 10% 20,0% 0% Empresas De 1 a 5 Órgãos públicos De 6 a 20 De 21 a 100 Percentual de respostas para a pergunta: “Qual o número de funcionários no departamento de Comunicação?”. Equipes menores, estruturas mais horizontais. Nas empresas, 63,3% dos gestores de Comunicação não têm gerentes sob sua coordenação. Mais de 100 Já nos órgãos públicos, como as equipes são maiores, as estruturas têm níveis de hierarquia. Mais da metade dos gestores de Comunicação nos órgãos públicos (55,5%) tem entre dois e cinco gerentes sob sua supervisão. gerentes supervisionados pelo gestor de comunicação Resposta espontânea 100% 80% 3,5% 27,9% 32,5% 60% 40% 20% 0% 55,5% 64,0% 16,6% Empresas Nenhum Órgãos públicos De 1 a 5 Percentual de respostas para a pergunta: “Qual o número de gerentes supervisionados pelo gestor da Comunicação?”. As funções desses gerentes variam. Eles são assessores de imprensa, diretores de marketing, coordenadores de eventos ou de publicidade. Alguns são responsáveis pelos assuntos institucionais, outros ocupam-se da superintendência de fotografia. Por exemplo, um governo de Estado ouvido pelo Mapa tem na equipe de Comunicação um gerente de mídia em rede. Já uma indústria têxtil mantém um gerente que se ocupa das ações de sustentabilidade. Uma empresa de prestação de serviço públicos, por sua vez, tem na equipe um gerente de programação visual. Mais de 5 A linha de supervisão do gestor de Comunicação No organograma de empresas e instituições públicas, mais de um terço dos gestores de Comunicação reporta-se aos cargos mais altos da estrutura. Nas empresas, 35,3% dos gestores reportam-se diretamente ao presidente ou ao diretor-executivo ou diretor-presidente. a quem se reporta a comunicação nas empresas a quem se reporta a comunicação nos órgãos públicos 5,1% 28,9% 35,3% 18 19 21,1% 42,2% 11,0% 15,0% 9,8% Presidente, reitor, diretor-presidente Vice-presidente, diretor de marketing Diretor corporativo ou comercial Diretor de RH Outros Nos órgãos públicos, 42,2% reportam-se ao presidente, ministro ou secretário de Estado. 31,6% Presidente, governador, prefeito, ministro ou secretário de Estado Secretário de Comunicação Chefe de gabinete, secretário-executivo Outros proximidade com outras áreas da empresa O Instituto FSB Pesquisa perguntou aos entrevistados das empresas qual o seu grau de proximidade com outros setores da organização na qual trabalham, pedindo que utilizassem uma escala de 1 a 5. O valor 1 indica nenhuma proximidade, e o valor 5, máxima proximidade. Os gestores de Comunicação estão mais próximos da Presidência e da Diretoria de RH. Atribuem nota 4,5 à sua relação com essas duas áreas. Por outro lado, a área de Comunicação das empresas tem pouca proximidade com o Conselho de Administração (nota 3,0) e com a Diretoria de Vendas (nota 2,3). as áreas mais próximas à comunicação Resposta estimulada Presidência 4,5 Diretoria de RH 4,5 Diretoria de Adm. 4,0 Diretoria Financeira 3,5 Conselho de Adm. 3,0 Diretoria de Vendas 2,3 1 2 3 Média de notas de 1 a 5 atribuídas pelos entrevistados a partir da pergunta: “Que proximidade a Comunicação tem de outras áreas da empresa?”. 4 5 20 21 Por que é importante a comunicação numa economia competitiva? Samuel Lima Onde existem interesses existe competição. E à competição segue-se uma longa lista de deveres e obrigações para as empresas. São, entre outras, questões regulatórias, legislativas, jurídicas, fiscais e tributárias; são questões ambientais e comunitárias. Um emaranhado, enfim, de deveres e obrigações. E, nesse contexto intrincado, há um ativo – a Comunicação – que pode fazer toda a diferença, quando se trata de preservar ou de melhorar uma posição de mercado. Numa economia competitiva, a Comunicação é um diferencial que tem mais a ver com o mundo das vantagens concretas do que com o espaço dos intangíveis, para onde ela é relegada pelos que não a conhecem ou não a dominam. Um bom plano de Comunicação é parte essencial de qualquer iniciativa que mexa com interesses específicos. Uma fusão ou uma aquisição, por exemplo, demandam conselheiros de Comunicação do mesmo calibre dos advogados ou financistas envolvidos. Sem uma trilha definida por onde fazer trafegar mensagens, por onde fazer rodar um posicionamento pré-definido, corre-se o risco de viabilizar o negócio em privado, mas o tornar inviável na arena da opinião pública. Quando os interesses são difusos – envolvendo diferentes grupos de interesse, variados constituintes –, a Comunicação é a argamassa que busca o consenso possível. Numa economia competitiva, uma Comunicação clara e constante é elemento central de qualquer projeto que se pretende bem-sucedido. Hoje, nos grupos de porte, nos pequenos negócios que se iniciam, vive-se a certeza de que sem Comunicação é impossível competir. Samuel Lima Diretor corporativo de Relações Institucionais da holding do Grupo Votorantim. Executivo com MBA em Comunicação e especialização em Marketing, Políticas Públicas de Governo, Relações Internacionais e Políticas e Estratégia de Governo. Autor do livro Gestão do Conhecimento e Relacionamento – Poderosos Ativos para as Empresas. 22 23 as atividades da comunicação São muitas as tarefas sob a responsabilidade das áreas de Comunicação. Incluem assessoria de imprensa, relações com a mídia, produção de newsletters, relacionamento com públicos externos, comunicação interna, ações de marketing e propaganda e programas de responsabilidade social. Nas empresas, as três atividades mais presentes no cotidiano da Comunicação são: Nos órgão públicos, as três atividades mais presentes na área de Comunicação são: 1. Internet; 2. Assessoria de imprensa e relações com a mídia; 3. Comunicação interna; Eventos e feiras. atividades 1. Eventos e feiras; 2. Assessoria de imprensa e relações com a mídia; 3. Marketing e propaganda. atividades Internet 100% Assessoria de imprensa 94,7% Comunicação interna 89,5% Eventos e feiras 89,5% Newsletter 84,2% Gerenciamento de crises 79,0% Eventos e feiras 98,7% Marketing e propaganda 79,0% Assessoria de imprensa 97,4% Relações públicas 73,7% Marketing e propaganda 97,3% Relações governamentais 70,5% Internet 96,1% Hotsite 68,5% Intranet 96,0% Intranet 68,4% Relações públicas 95,0% Pesquisa 68,4% Newsletter 92,7% Relações com a comunidade 65,0% Pesquisa 92,7% Patrocínios culturais e esportivos 29,5% Comunicação interna 92,2% Gerenciamento de crises 91,0% Email marketing 90,3% Hotsite 88,5% Patrocínios culturais e esportivos 87,5% Ações de responsabilidade social 81,0% Relações com a comunidade 80,3% Relacionamento com o cliente 70,0% Relações governamentais 60,6% Relações com investidores 60,6% Percentual de respostas “sim” para pergunta: “Gostaria de saber quais dessas atividades a Comunicação é responsável por desempenhar”. Percentual de respostas “sim” para pergunta: “Gostaria de saber quais dessas atividades a Comunicação é responsável por desempenhar”. 24 25 as ações mais valorizadas Vimos que as atividades de assessoria de imprensa, eventos e feiras, Internet e comunicação interna estão presentes em praticamente todas as áreas de Comunicação de empresas e órgãos públicos. Mas há convergência entre o que se faz no dia a dia da Comunicação e o que a instituição valoriza? O Mapa da Comunicação Brasileira aponta que nem sempre as atividades mais presentes são as mais valorizadas. Nas empresas, assessoria de imprensa é a segunda atividade mais presente e a mais valorizada. Eventos e feiras são a atividade mais presente, mas a quinta em valorização interna. Outras como relacionamento com o cliente e relações com a comunidade estão entre as menos presentes no cotidiano da Comunicação, mas são muito valorizadas internamente pelas empresas. atividades mais presentes versus mais valorizadas internamente – empresas Eventos e feiras Assessoria de impresa Marketing e propaganda Internet Intranet Relações públicas Newsletter Pesquisa Comunicação interna Gerenciamento de crises Email marketing Hotsite Pat. culturais e esportivos Ações de resp. social Relações com a comunidade Relacionamento com o cliente Relações governamentais Relação com investidores 0% 10% 20% 30% 40% Mais valorizada 50% 60% 70% 80% 90% 100% Presente no dia a dia Percentual de respostas para a questão: “Qual a atividade de Comunicação mais valorizada internamente?”. Permitia-se mais de uma resposta. Nos órgãos públicos, no caso de eventos e feiras, assessoria de imprensa e comunicação interna, há proximidade entre a presença no cotidiano da Comunicação e a valorização interna. Porém, chama a atenção a diferença entre a presença da Internet no dia a dia da Comunicação e sua falta de valorização dentro dos órgãos públicos . atividades mais presentes versus mais valorizadas – órgãos públicos Pat. culturais e esportivos Relações com a comunidade Pesquisa Intranet Hotsite Relações governamentais Relações públicas 26 27 Gerenciamento de crises Marketing e propaganda Newsletter Comunicação interna Eventos e feiras Assessoria de impresa Internet 0% 10% 20% 30% 40% Mais valorizada 50% 60% 70% 80% 90% 100% Presente no dia a dia Percentual de respostas para a questão: “Qual a atividade de Comunicação mais valorizada internamente?”. Permitia-se mais de uma resposta. Vale destacar que gestores de seis empresas (7,5% do total de empresas) e de dois órgãos públicos (10% do total de instituições governamentais) disseram que nenhuma das 18 atividades mencionadas na questão era a mais valorizada internamente. As prioridades para os gestores da Comunicação Também há uma distância entre as atividades mais presentes no dia a dia da Comunicação e aquelas consideradas prioritárias pela empresa. Atividades como relacionamento com o cliente e relações com a comunidade estão entre as ações consideradas prioridade pelos gestores da Comunicação. Somam-se à lista assessoria de imprensa, marketing e propaganda e comunicação interna –, essas, sim, presentes e valorizadas. As atividades consideradas prioritárias pelas empresas são a comunicação interna, assessoria de imprensa e relacionamento com o cliente. Comunicação interna 38,8% Assessoria de imprensa 26,3% Nos órgãos públicos, as prioridades estão mais concentradas. Os gestores citaram apenas a assessoria de imprensa e as relações com a comunidade. Nenhuma outra atividade foi citada pelos entrevistados do Mapa. Relacionamento com o cliente 17,5% atividades Marketing e propaganda 12,5% Assessoria de imprensa 60,0% Relações com a comunidade 10,0% Relações com a comunidade 15,0% Não citou 25,0% atividades Relações públicas 8,8% Gerenciamento de crises 8,8% Relações governamentais 6,3% Relação com investidores 5,0% Ações de responsabilidade social 5,0% Pesquisa 3,8% Internet 2,5% Eventos e feiras 2,5% Intranet 1,3% Email marketing 1,3% Newsletter 1,3% Hotsite 1,3% Patrocínios culturais e esportivos 1,3% Percentual de citações para a pergunta: “Qual dessas atividades você considera prioritária para a empresa?”. Permitia-se mais de uma citação. Ao compararmos as atividades mais presentes no cotidiano da Comunicação e as ações que os gestores consideram prioritárias, percebemos encontros e desencontros. Nas empresas, no caso da comunicação interna e da assessoria de imprensa, as atividades estão tanto entre as mais presentes no cotidiano dos gestores quanto entre suas prioridades. Porém, em atividades como relações com a comunidade e relacionamento com o cliente, há desencontro entre o peso da ação no dia a dia dos gestores e a atribuição de valor de prioridade para a empresa. Relacionamento com o cliente está em terceiro lugar em prioridade, mas aparece apenas como 16ª entre as 18 atividades mais frequentes. Relações com a comunidade estão em 15º lugar entre as 18 atividades mais frequentes da Comunicação nas empresas, mas aparecem como a quinta opção de maior prioridade para as empresas. atividades mais presentes versus prioritárias – empresas (%) Resposta estimulada 45% 40% 35% Prioridade 28 29 Comunicação interna 30% Assessoria de imprensa 25% 20% Relacionamento com o cliente 15% Relações com a comunidade 10% 5% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Presença Os gestores de Comunicação dos órgãos públicos citam como prioritárias apenas a assessoria de imprensa (segunda atividade mais presente, com 94,7% de citações) e as relações com a comunidade (penúltima entre as atividades mais presentes, com 65% de citações). 70% 80% 90% 100% As tabelas ao lado apresentam os percen­tuais de presença, valorização interna e prioridade das atividades da Comunicação. empresas atividadespresente no dia a dia (%)mais valorizada (%)prioritária (%) Eventos e feiras 98,7 13,8 2,5 Assessoria de imprensa 97,4 38,8 26,3 Marketing e propaganda 97,3 15 12,5 Internet 96,1 6,3 2,5 Intranet 96 7,5 1,3 Relações públicas 95 8,8 8,8 Pesquisa 92,7 0 3,8 Newsletter 92,7 2,5 1,3 Comunicação interna 92,2 37,5 38,8 91 5 8,8 E-mail marketing 90,3 2,5 1,3 Hotsite 88,5 1,3 1,3 Patrocínios culturais e esportivos 87,5 6,3 1,3 Ações de responsabilidade social 81 5 5 80,3 10 10 70 15 17,5 Relação com investidores 60,6 6,3 5 Relações governamentais 60,6 3,8 6,3 Gerenciamento de crises Relações com a comunidade Relacionamento com o cliente órgãos públicos atividadesmais presente (%)mais valorizada (%)prioritária (%) Internet 100 0 0 Assessoria de imprensa 94,7 75 60 Eventos e feiras 89,5 5 0 Comunicação interna 89,5 5 0 Newsletter 84,2 0 0 Marketing e propaganda 79 0 0 Gerenciamento de crises 79 5 0 Relações públicas 73,7 0 0 Relações governamentais 70,5 0 0 Hotsite 68,5 0 0 Intranet 68,4 0 0 Pesquisa 68,4 0 0 65 0 15 29,5 0 0 Relações com a comunidade Patrocínios. culturais e esportivos 30 31 As mídias mais estratégicas Na hora de escolher as mídias mais importantes para suas estratégias de Comunicação, os gestores das empresas preferem, pela ordem, os jornais e a Internet. Os dos órgãos públicos, a televisão e, depois, os jornais e a Internet. As revistas são a mídia menos importante nas estratégias, tanto para as empresas quanto para os órgãos públicos. Os entrevistados para o Mapa foram convidados a dar notas de 1 a 5 para cada uma das mídias, segundo a ordem de importância para suas estratégias, sendo 1 a nota para a menos importante, e 5 para a mais importante. As notas atribuídas pelos gestores das empresas são, na média, um pouco mais baixas. Para eles, os jornais recebem nota 4, e a Internet, 3,9. Para os gestores de Comunicação dos órgãos públicos, TV tem nota 4,8, e os jornais e a Internet aparecem empatados, com nota 4,6. as mídias mais estratégicas Resposta estimulada 4,8 5 4 4,6 4,2 4,0 3,6 3,5 3,5 Revista Rádio 4,6 3,9 3,3 3 2 1 Jornal Órgãos públicos Internet Televisão Empresa Nota média atribuída pelos entrevistados a partir da pergunta: “Que grau de importância têm, nas estratégias de comunicação da empresa/órgão público com o público externo, as seguintes mídias (escala de 1, nenhuma importância, – a 5, máxima importância)?”. Contratando prestadores de serviços Os gestores, com frequência, contratam fornecedores terceirizados para apoiá-los e complementar o trabalho de suas equipes. Nas empresas, a combinação de equipes mais enxutas, maior agilidade para contratações e liberdade para contratar com tomadas de preços mais simples que as licitações faz com que o índice de terceirização na Comunicação seja um pouco mais alto. As principais atividades terceirizadas pelas empresas são a organização de eventos e feiras, marketing e propaganda e pesquisas. As atividades com menor índice de terceirização são as relações governamentais, relações com a comunidade e o relacionamento com o cliente. atividades terceirizadas – empresas Nos órgãos públicos, as atividades mais terceirizadas são o marketing e a propaganda, eventos e feiras e as pesquisas. Não há terceirização para relações com a comunidade. Eventos e feiras 84,0% Marketing e propaganda 72,0% Pesquisa 72,0% Assessoria de imprensa 71,0% atividades terceirizadas – órgãos públicos Internet 63,2% Marketing e propaganda 87,0% Hotsite 61,3% Pesquisa 77,0% Comunicação interna 59,1% Eventos e feiras 75,5% Newsletter 51,0% Internet 61,0% Intranet 44,0% Patrocínios culturais e esportivos 60,0% Gerenciamento de crises 43,0% Hotsite 46,2% Ações de responsabilidade social 42,5% Intranet 46,1% Relações com investidores 37,8% Assessoria de imprensa 39,0% E-mail marketing 37,0% Newsletter 31,2% Patrocínios culturais e esportivos 36,5% Relações públicas 28,5% Relações públicas 34,2% Comunicação interna 23,5% Relacionamento com o cliente 32,0% Gerenciamento de crises 13,5% Relações com a comunidade 28,0% Relações governamentais 8,5% Relações governamentais 17,5% Relações com a comunidade 8,0% Percentual de “sim” para a pergunta: “O órgão público para o qual você trabalha contrata fornecedores para...”. Somente aplicado aos respondentes que disseram ter a atividade sob a responsabilidade da Comunicação. Percentual de “sim” para a pergunta: “A empresa para a qual você trabalha contrata fornecedores para...”. Somente aplicado aos respondentes que disseram ter a atividade sob a responsabilidade da Comunicação. 32 33 Na hora de escolher seus fornecedores, os gestores da Comunicação, tanto de empresas quanto de órgãos públicos, levam em conta, em primeiro lugar, a estrutura oferecida. Logo depois, a senioridade dos profissionais da empresa a ser contratada e o tempo de experiência do fornecedor. Os órgãos públicos tendem a valorizar mais que as empresas o fato de o fornecedor ter cases de sucesso e clientes de expressão (indicadores exigidos, por exemplo, em processos de licitação). Empresas e órgãos públicos coincidem na visão de que menos importante na hora da terceirização é o fato de o fornecedor ser conhecido. o que é importante num fornecedor Resposta estimulada 5 4,5 4,6 4,4 4,4 4,6 4,2 4,1 4 4,3 4,4 4,3 4,0 4,0 3,9 3,6 3,1 3 3,4 2 1 Estrutura oferecida Profissionais seniores Tempo de experiência Oferta completa Órgãos públicos Cases de sucesso Especia­lização Clientes de expressão Mais conhecida Empresas Nota média atribuída pelos entrevistados a partir da pergunta: “Que importância você atribui às seguintes características de uma empresa prestadora de serviços de comunicação antes de contratá-la (escala de 1, nenhuma importância, – a 5, máxima importância)?”. 34 35 oeste a cultura de objetivos e resultados N a cartografia, o Oeste é onde o sol se põe. Para o Mapa da Comunicação Brasileira, o ponto Oeste é dedicado à análise da cultura de objetivos e resultados em Comunicação. A partir dessas metas, serão desenvolvidas ações que, posteriormente, vão permitir a empresas e órgãos públicos a mensuração de seus resultados. O Mapa mostra que empresas e órgãos públicos têm cultura de traçar objetivos para a Comunicação. Porém, a mensuração de resultados e a utilização desses dados no redirecionamento de esforços e investimentos são mais comuns entre as empresas. As informações de desempenho servem de subsídios para a definição de estratégias e a revisão de objetivos do trabalho. Essas informações são reunidas pelos gestores de Comunicação em relatórios quase sempre mensais, produzidos a partir de dados de clippings, análises de conteúdo e pesquisas de opinião. presença de objetivos para a comunicação Resposta estimulada 100% 90% 25,3% 25,0% 74,7% 75,0% Empresas Órgãos públicos 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sim Não Percentual de respostas para a pergunta: “Na sua empresa/órgão público, há uma definição precisa de objetivos a serem alcançados pela Comunicação?”. 36 37 Por que é importante mensurar resultados em comunicação? GILCEANA SOARES MOREIRA GALERANI Qualquer boa avaliação (ou mensuração) é importante porque apresenta informações que auxiliam na tomada de decisão. Em Comunicação, a avaliação é desafiadora, já que as ações nessa área têm caráter subjetivo e, normalmente, não permitem que se visualize facilmente seu retorno. Boa demandante de capital intelectual, criatividade e investimento, a Comunicação pode oferecer diferenciais competitivos hoje raros às organizações. Mas o impacto desses diferenciais deve ser comparado ao de outras ações corporativas por meio de uma avaliação segura. Dessa forma, gestores adquirem subsídios para decidir sobre mudanças e melhorias e para direcionar recursos e apoio ao que é mais urgente ou tem maior chance de sucesso. A avaliação ideal para a Comunicação é prevista no planejamento e não pode ser a última etapa de um trabalho. Permite alterações no decorrer do percurso e, ao final, aponta se os objetivos descritos no plano foram alcançados. É categorizada pelo propósito de quem avalia e pode medir esforço, valor, compreensão de mensagem, mudança de comportamento ou atributos de relacionamento. O plano deve apontar quais dessas cinco categorias atenderá. Da categoria mais simples (esforço) à mais avançada (comportamento e relacionamento), todas as categorias de avaliação são úteis. Porém, entende-se que a Comunicação objetiva aprimorar relacionamentos que auxiliam no alcance de objetivos organizacionais. É adequado, então, que se priorize a avaliação dos efeitos da Comunicação em detrimento dos esforços para a produção de meios e, assim, as categorias mais avançadas de avaliação são as de maior eficácia. Gilceana Soares Moreira Galerani Relações públicas, mestre em Ciências da Comunicação, autora do livro Avaliação em Comunicação Organizacional, analista de Comunicação na Embrapa. 38 39 apresentação de resultados Objetivos traçados, as instituições têm uma rotina de apresentação de resultados na área de Comunicação. Porém, ao contrário da cultura de definição de objetivos, essa rotina é mais comum nas empresas do que nos órgãos públicos. rotina de apresentação de resultados Resposta estimulada 100% 90% 26,6% 80% 42,0% 70% 60% 50% 40% 30% 73,4% 58,0% 20% 10% 0% Empresas Órgãos públicos Sim Não Percentual de respostas para a pergunta: “Na sua empresa/órgão público, há uma rotina de apresentação de resultados?”. Onde há rotina de apresentação de resultados, o mais comum é fazê-lo mensalmente (58,0%). Os relatórios de resultados são compartilhados, principalmente, num formato que combina relatório impresso e apresentação presencial. Outras formas são utilizadas, como o envio dos relatórios por e-mail ou por sistemas internos de informação. Na preparação dos relatórios de resultados, os gestores de Comunicação lançam mão das análises de conteúdo (usadas por 100% dos gestores dos órgãos públicos e por 79,7% dos gestores nas empresas que fazem relatórios de resultados). Clippings e pesquisas de opinião também ajudam a compor os relatórios de resultados. Entre os outros instrumentos utilizados, estão relatórios de desempenho (tanto de venda quanto de campanhas públicas), pesquisas internas e avaliações de eventos. 40 41 ferramentas para mensuração de resultados Resposta estimulada 100,0% 100% 90% 86,4% 80% 100,0% 83,3% 79,7% 70% 60% 56,9% 50% 58,3% 53,6% 40% 30% 20% 10% 0% Dados de clipping Empresas Análises de conteúdo Órgãos públicos Pesquisas de opinião Relatórios de desempenho, pesquisas internas etc. Percentual de respostas para a pergunta: “Ao elaborar o relatório de resultados, vocês utilizam....”. A questão permitia múltiplas respostas. o uso dos resultados Os resultados são usados principalmente para a revisão das estratégias de Comunicação. Também servem de subsídios para a revisão dos objetivos do trabalho, da formação da equipe (para definir demissões e contratações) e do orçamento da área de Comunicação. os resultados são usados para definir/rever... Resposta estimulada 100% 90% 80% 70% 60% 100% 98,3% 77,2% 100,0% 75,5% 72,7% 56,1% 45,5% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Empresas Estratégias de comunicação Órgãos públicos Objetivos do trabalho Formação de equipe Orçamento Percentual de respostas “sim” para a pergunta: “Os resultados auxiliam na decisão ou revisão...”. SUL gente que faz a comunicação N a cartografia, o Sul é o ponto de onde partimos. Para o Mapa da Comunicação Brasileira, o ponto dedicado às pessoas que fazem a Comunicação. São, na maioria, mulheres. Têm idades variadas. Graduaram-se em Jornalismo, Administração e Publicidade e têm título de pós-graduação. Sua fonte principal de informação são os jornais, logo seguidos pela internet. O jornal que mais leem é a Folha de S. Paulo e o site que mais acessam, UOL (embora as citações nessa questão sejam dispersas, como a própria natureza da rede). Em geral, os gestores da Comunicação estão satisfeitos com a experiência profissional de suas equipes e com a valorização que seus times recebem dentro das empresas e órgãos públicos. Por outro lado, atribuem nota menor ao orçamento da área que coordenam. 42 43 O gênero dos gestores de Comunicação As mulheres são maioria na área de Comunicação, representando 52% do total dos gestores de Comunicação. Nas empresas, elas são 57,5% do total de gestores da Comunicação. Nos órgãos públicos, há uma predominância masculina (70% dos gestores nas instituições governamentais são homens). gênero dos gestores da comunicação 100% 80% 60% 40% 20% 0% 42,5% 70,0% 57,5% 30,0% Órgãos públicos Empresas Mulheres Percentual de respostas, a partir do nome dos entrevistados. Homens A idade dos gestores da Comunicação As idades dos gestores de Comunicação variam de 23 a 66 anos, sendo que 70,7% têm idades entre 31 e 50 anos. idade dos gestores da comunicação Resposta espontânea 40% 37,4% 35% 33,3% 30% 25% 20% 15% 15,2% 11,1% 10% 5% 0% 3,0% de 20 a 30 anos de 31 a 40 anos de 41 a 50 anos de 51 a 60 anos de 61 a 70 anos Percentual a partir das respostas à pergunta: “Qual a sua idade?”. Os dados foram reagrupados. As mulheres tendem a assumir mais cedo que os homens a função de gestoras da Comunicação, mas também deixam a função mais cedo. Os homens estão mais presentes nas duas faixas de maior idade. idades dos gestores, por gênero 45% 38,5% 40% 37,0% 37,0% 35% 30,0% 30% 25% 20% 15% 10% 18,0% 15,0% 10,5% 8,0% 5% 0% de 20 a 30 anos de 31 a 40 anos Mulheres de 41 a 50 anos de 51 a 60 anos Homens Percentual a partir do cruzamento dos dados sobre gênero e idade dos entrevistados. 6,0% mais de 61 anos A formação acadêmica dos gestores da Comunicação A principal área de formação dos gestores da Comunicação, dentre os 100 entrevistados de ambos os setores, é o Jornalismo: 38,0% deles fizeram esse curso na graduação. Logo depois, aparecem Administração (16,0%), Publicidade (12,0%) Relações Públicas (8,0%) e Marketing (5,2%). Entre os outros cursos citados estão Letras, Ciências Contábeis, Direito, Economia e Engenharia Agronômica. Interessante notar que há uma concentração de graduados em Jornalismo nos órgãos públicos: 75,0% dos gestores de Comunicação nas instituições públicas têm graduação nessa área (nas empresas, esse índice é de 28,6%). área de formação dos gestores Resposta estimulada 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 10,0% 23,7% 5,0% 5,0% 44 45 5,0% 5,2% 8,8% 19,0% 75,0% 14,3% 20% 10% 0% Jornalismo 28,6% Empresas Publicidade Órgãos públicos Administração Relações públicas Percentual de respostas para a pergunta: “Que curso de graduação você fez?”. Do total de entrevistados, 78,0% têm pós-graduação. O maior nível de escolaridade encontra-se principalmente nas empresas, onde 83,0% dos gestores de Comunicação possuem título de pós-graduação, em comparação a 60,0% nos órgãos públicos. O fator, porém, que mais influencia na escolaridade é o gênero. Entre os gestores de Comunicação, as mulheres têm melhor formação acadêmica que os homens. Marketing Outras comunicador 2.0 JORGE DUaRTE A história da Comunicação organizacional era a história da divulgação – Comunicação enquanto estratégia de proteção, busca de consentimento e convencimento. O impacto da chamada Web 2.0, totalmente baseada em interação, é o mais recente sinal de que este tempo passou. Comunicar deixou de indicar a disseminação ou o transporte de informação, equívoco clássico da área, e assumiu seu significado original de compartilhar, pôr em comum, dialogar, ouvir, uma espécie de bem e direito coletivo universal. Estamos em tempos de novas arenas comunicativas, de interações complexas e perigosamente fluidas e fugidias com os diferentes públicos. O cidadão e o consumidor têm novas demandas, ganham poder, estão ariscos e desconfiados e lembram sempre as exigências legais por transparência e responsabilidade. A comunicação torna-se estratégica na estrutura das organizações, um tipo de combustível do sistema organizacional, exigindo um novo perfil de profissional para gerir esta energia. As organizações continuam necessitando de redatores, webdesigners, organizadores de eventos, especialistas de diversos tipos – e cada vez mais capazes. Mas a principal demanda é por profissionais com visão integrativa, multidisciplinar, global e sistêmica - em todos os níveis. E gestores que tenham iniciativa, liderança, capacidade de administração, de planejamento e de formular estratégias. Sua responsabilidade inclui implantar e fortalecer uma cultura de valorização da comunicação que se torne parte do DNA da organização. A Comunicação como projeto organizacional coletivo exige ser entendida como processo integrativo, transversal e potencializador de todos os demais. E não importa muito a formação, mas sim a capacidade de atender as exigências destes novos tempos. Esta competência não deverá ter origem apenas em um curso superior, mas será forjada no dia a dia e lapidada permanentemente em cursos de pós-graduação, eventos especializados, na literatura e no aprendizado com outras experiências. As fronteiras entre as especializações acabaram, mas a tradição herdada nos cursos de graduação faz com que ainda sobreviva a visão corporativista – cada um no seu quadrado. Entramos em uma fase em que a questão principal para o novo comunicador deixa de ser “qual a sua formação” e passa a ser: o que você sabe fazer? O novo comunicador assume-se como um profissional atualizado e com visão macro, capaz de se adaptar a uma realidade desafiadora e em constante transformação. Podemos gracejar e apelidá-lo de profissional orquestra, mestiço, híbrido, full, flex, total ou 2.0. O essencial é que tenha formação básica sólida e infinda disposição para aprender a aprender. Jorge Duarte Jornalista, relações públicas, doutor em Comunicação, assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Organizador dos livros Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação, Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia e Comunicação Pública: Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Púbico. 46 47 pós-graduação, por setor e gênero Resposta estimulada 100% 90% 80% 70% 91,1% 83,3% 48 49 73,5% 60% 53,8% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Empresas Órgãos públicos Mulheres Homens Percentual de respostas “sim” para a pergunta: “Fez pós-graduação?”, cruzado com os dados sobre gênero dos entrevistados. No nível de pós-graduação, entre os cursos mais comuns estão Gestão da Comunicação ou Comunicação Empresarial, Marketing, Administração e MBAs. hábitos de consumo e informação A palavra escrita tem a preferência dos gestores de Comunicação. Para eles, as principais fontes de informação são os jornais e a Internet. Na resposta para a primeira fonte de informação, os jornais aparecem com maior destaque: 54,5% entre os gestores das empresas e 57,9% entre os gestores dos órgãos públicos. A Internet vem logo atrás (32,0% e 36,8%, respectivamente, nas empresas e órgãos públicos). Na resposta para a segunda fonte de informação, as posições se invertem: Internet em primeiro (43,5% e 42,1, respectivamente) e jornais em segundo (24,0% para os gestores nas empresas e 21,1% nos órgãos públicos). Somadas a primeira e a segunda citação, há praticamente um empate entre os jornais e a Internet. Na sequência, aparecem os telejornais, as revistas e o rádio. principais fontes de informação Resposta estimulada 80% 78,5% 79,0% 75,5% 78,9% 70% 60% 50% 40% 30% 22,9% 20% 21,1% 16,3% 10,4% 6,8% 10% 0% Empresas Jornais Internet 10,5% Órgãos públicos Telejornais Revistas Rádio Soma de percentuais de respostas às perguntas: “Qual a sua principal fonte de informação?” e “Qual a sua segunda fonte de informação?”. Os jornais mais lidos pelos gestores de Comunicação são a Folha de S. Paulo, o Valor Econômico e O Estado de S. Paulo (somente citado por entrevistados das empresas). Jornais de expressão em praças fora de São Paulo e do Rio de Janeiro, como A Tarde, Zero Hora, Estado de Minas, Correio Braziliense e a Gazeta Mercantil foram citados e agrupados na categoria “Outros”. jornais mais lidos Resposta espontânea Folha de S. Paulo 35,0% Valor Econômico 25,0% O Estado de S. Paulo 20,0% O Globo 14,0% Outros 37,0% 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Percentual de respostas para a pergunta: “Qual jornal você lê com maior frequência?”. A questão permitia respostas múltiplas, por isso os percentuais somam mais de 100%. Os sites mais acessados (também por menção espontânea) são UOL, G1, Terra e Folha online. A cultura de acesso de sites de informação é dispersa, como a própria natureza da rede. Entre os entrevistados, 55% acessam, além dos sites mais conhecidos, outros endereços na Web. Em “Outros” estão agrupadas as citações para Agência Estado, Globo on-line, mas também sites especializados ou de notícias locais e regionais. 50 51 sites mais acessados Resposta estimulada UOL 32,0% G1 16,0% Terra 15,0% Folha online 13,0% Yahoo 2,0% IG 2,0% Outros 0% 55,0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Percentual de respostas para a pergunta: “Qual site você acessa com maior frequência?”. A questão permitia respostas múltiplas, por isso os percentuais somam mais de 100%. que nomes têm os cargos de gestor da comunicação Os cargos dos gestores de Comunicação recebem as mais diferentes denominações. Entre os nomes de cargos mais comuns há subvariações. O nome mais recorrente para o cargo de gestor de Comunicação é o de gerente (31,0% do total), o que indica um status médio-alto para esses gestores. As gerências variam de nome – podem ser de Comunicação (mais comum nas empresas), de Marketing , de Imprensa. O segundo título mais comum é o de coordenador (21,0% do total). Há desde coordenadores de Comunicação (17,5%) a um coordenador de Agromarketing. O terceiro título mais comum é o de Assessor (10,0% do total) – há assessores de Comunicação (título bastante comum nos órgãos públicos), de Imprensa, de Relações institucionais. Entre os gestores de Comunicação dos órgãos públicos, vale notar que 66,7% deles ocupam cargos de confiança, ou seja, apenas 33,3% são funcionários de carreira da instituição governamental onde trabalham. que nomes recebem as áreas de comunicação A mesma variedade percebida nos nomes dos cargos repete-se no nome da área dentro da qual estão organizadas as atividades de Comunicação. O nome mais comum nas empresas é Comunicação (42,0%), muitas vezes seguido de um complemento: Comunicação corporativa, Comunicação e Marketing ou Comunicação e Responsabilidade social. avaliação da equipe e das condições de trabalho O Mapa da Comunicação Brasileira pediu aos gestores que avaliassem, com notas de 0 a 10, algumas características de suas equipes. A experiência do time da Comunicação é o item que os gestores melhor avaliam, tanto nos órgãos públicos quanto nas empresas. Recebe nota acima de 8. Também dão nota acima de 7 (7,1) para a valorização que a equipe de Comunicação recebe internamente, seja nas empresas ou nas instituições governamentais. A capacitação das equipes é o item em que aparece a maior diferença de avaliação entre empresas e órgãos públicos. Nas empresas, esse item recebe nota 7,7. Nos órgãos públicos, 6,1. Outro ponto onde é importante a diferença entre empresas e órgãos públicos é o tamanho da equipe. Nos órgãos públicos, esse item recebe nota 7. Nas empresas, porque coordenam equipes mais enxutas, os gestores de Comunicação entrevistados dão nota 5,7 a esse quesito. Tanto nas empresas quanto nos órgãos públicos, estrutura e recursos não financeiros ganham nota 7 ou pouco menor de 7. A pior avaliação, nas empresas e órgãos públicos, é para o orçamento (embora as notas acima de 6 o “aprovem”). avaliação das equipes de comunicação 52 53 Resposta estimulada 10 9 8.3 8 7.7 7.o 7 6 8.0 5.7 6.1 6.0 6.4 6.8 7.0 7.1 7.1 5 4 3 2 1 0 Tamanho da equipe Capacitação da equipe Experiência da equipe Empresas Orçamento Estrutura e recursos não financeiros Valorização interna Órgãos públicos Nota média atribuída pelos entrevistados a partir da pergunta: “Atribua uma nota de 0 a 10 para as seguintes características da área de Comunicação na sua empresa/órgão público”. norte as tendências na comunicação brasileira N a cartografia, o Norte indica o caminho, o rumo. No Mapa da Comunicação Brasileira, o ponto Norte mostra as tendências da Comunicação. Num cenário de crise econômica, a boa notícia no ponto Norte é a tendência de manutenção de investimentos na área de Comunicação. Os principais focos desses investimentos são a comunicação institucional e o posicionamento, tanto para as empresas quanto para os órgãos governamentais. A atividade que mais ganha investimentos nas empresas é a comunicação interna. Nos órgãos públicos, a Internet. Em ambos os setores, a atividade de marketing e propaganda perde investimentos. 54 55 Por que é importante a Comunicação interna? Maria Aparecida Ferrari As organizações podem ser comparadas aos “seres vivos” uma vez que reagem aos estímulos externos e internos, produzem sentidos, compartilham valores, entram em conflito, buscam soluções para seus problemas e estão sempre inovando e se recriando. As pessoas que compõem as organizações pertencem às mais variadas origens, culturas e formações éticas, o que faz com que cada uma tenha uma forma subjetiva de entender a realidade coletiva. Dessa maneira, para que a organização consiga atingir seus objetivos, é necessário que seus membros se comuniquem e compartilhem valores, crenças, costumes, normas organizacionais, em busca da interação e do bem-estar coletivo. A comunicação interna está intrinsecamente relacionada à gestão organizacional, uma vez que sua prática depende do entendimento que a alta direção dá a esse processo. Por que a comunicação interna é importante? Porque ela é um processo que tem por objetivo alinhar os interesses organizacionais com os de seus funcionários, buscando o equilíbrio entre ambas as partes. Desde que planejada, a comunicação interna ajuda a construir uma cultura corporativa forte, que proporciona aos seus funcionários a compreensão dos objetivos organizacionais e com isso gera compromisso baseado na transparência e no diálogo. Quando a comunicação interna é compreendida pela alta direção como um processo estratégico e simétrico, cuja finalidade é atender as necessidades de seus funcionários e alcançar os objetivos corporativos, a organização sairá beneficiada – seus funcionários se sentirão mais envolvidos e comprometidos com os valores organizacionais e a organização será legitimada e fortalecida por seus públicos. maria aparecida ferrari Professora-doutora, socióloga e relações públicas. Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP. Coordenadora do curso de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo e professora da ECA/USP. Coautora do livro Relações Públicas: teoria, contexto e relacionamentos, lançado pela editora Difusão, em 2009. Autora de capítulos e artigos em livros e periódicos científicos nacionais e internacionais. 56 57 tendências de investimentos A tendência de investimentos em 2009, com relação ao ano de 2008, é de manutenção, o que num cenário de crise econômica não deixa de ser uma boa nova. Com relação ao ano de 2008, os investimentos em Comunicação das empresas diminuíram segundo 35,0% dos gestores, e aumentaram segundo 22% deles. Os investimentos, porém, foram mantidos, segundo 43,0% dos entrevistados pelo Mapa. Nos órgãos públicos, houve menor diminuição (apenas 12,5%) e maior nível de manutenção (segundo 62,5% dos gestores da Comunicação). investimentos em comunicação em 2009 Resposta estimulada 100% 90% 80% 12,5% 35,0% 70% 60% 62,5% 50% 40% 43,0% 30% 20% 10% 0% 22,0% 25,0% Empresas Órgãos públicos Cresceram Mantiveram-se Diminuíram Percentual de respostas para a pergunta: “Com relação a 2008, os investimentos em Comunicação em 2009 cresceram, mantiveram-se ou diminuíram?”. faturamento e orçamento versus recursos para a comunicação O faturamento da empresa ou o orçamento do órgão público e os recursos da Comunicação nem sempre têm uma relação estreita. Nas empresas, segundo 63,3% dos gestores, não há uma relação direta entre o faturamento e o orçamento destinado à Comunicação. orçamento do órgão público e da comunicação Resposta estimulada 50,0% 50,0% orçamento da comunicação e faturamento da empresa 58 59 Resposta estimulada Sim 36,5% Não Percentual de respostas para a pergunta: “Há relação entre o orçamento da área de Comunicação e o orçamento do órgão público?”. 63,5% Sim Não Percentual de respostas para a pergunta: “Há relação entre o faturamento da empresa e o orçamento da Comunicação?”. Nos órgãos públicos, a relação é mais direta, embora para a metade dos gestores não haja relação entre o orçamento do órgão e os recursos destinados à Comunicação. Quanto ao percentual do faturamento da empresa destinado à Comunicação, 40,4% dos gestores informam que a Comunicação recebe até 1% do faturamento (vale notar que 31,5% disseram não saber o percentual e 9,0% não responderam a essa pergunta). Embora seja um número pequeno, é curioso perceber que as duas empresas que destinam mais que 5% do orçamento para a Comunicação mantêm uma cultura de acompanhamento de resultados a serem alcançados pela área. Entre as empresas onde a Comunicação recebe até 1% do faturamento, 20,7% não têm cultura de resultados. percentual do faturamento da empresa destinado à comunicação Resposta estimulada 3,4% 15,7% 31,5% 9,0% 40,4% Até 1% Não sabe De 1,1 a 5% Mais de 5% Não respondeu Percentual de respostas para a pergunta: “Qual o percentual do faturamento da empresa destinado à Comunicação?”. Entre os gestores de Comunicação dos órgãos públicos, 35,0% informam que o percentual é de até 1,0%. Vale destacar que metade deles disse não saber qual a proporção do orçamento do órgão destinado à Comunicação. percentual do orçamento do órgão destinado à comunicação Resposta estimulada 10,0% 5,0% 35,0% 50,0% Até 1% De 1,1 a 5% Mais de 5% Não sabe Percentual de respostas para a pergunta: “Qual o percentual do orçamento do órgão público destinado à Comunicação?”. o foco da comunicação em 2009 Em 2009, o foco principal das atividades está na comunicação institucional e no posicionamento, tanto de empresas quanto de órgãos públicos. Num cenário de manutenção ou crescimento dos investimentos, mesmo diante da crise financeira mundial, as outras áreas que mais ganham investimentos nas empresas são a comunicação interna e a reestruturação da área de Comunicação. Nos órgãos públicos, a reestruturação da área e as campanhas aparecem como atividades com tendência de ganho de investimentos. 60 61 foco das ações de comunicação em 2009 Resposta espontânea 45,0% 45 44,0% 40 35 30 25 19,0% 19,0% 20 15 19,0% 9,0% 10 5 19,0% 6,0% 4,0% 4,0% 0 Empresas Imprensa Campanhas Reestruturação da área de Comunicação 6,0% 6,0% Órgãos públicos Vendas/marketing Comunicação interna Institucional/posicionamento Percentual de respostas para a pergunta: “Qual o foco da Comunicação em 2009?”. as atividades que mais ganham investimentos Se a área de foco para investimento é a comunicação institucional, a atividade com maior tendência a ganhar investimentos em 2009, em relação a 2008, nas empresas, tem sido a comunicação interna; e, nos órgãos públicos, a Internet (vale lembrar, a Internet é a atividade mais presente na prática da Comunicação dos órgãos públicos). Entre as atividades ainda pouco presentes no cotidiano da Comunicação, mas com importante tendência de investimento, destacam-se o relacionamento com o cliente e as relações com a comunidade. Das 36,2% das empresas que ganham investimentos em comunicação interna, 52% são do setor secundário da economia. Já entre as 34,0% que ganham investimento em relacionamento com o cliente, 52% são do setor terciário, o de serviços. Nos órgãos públicos, destacam-se, além da internet, o marketing e a propaganda. atividades que mais ganham investimentos – Empresas atividades que mais ganham investimentos – órgãos públicos Resposta estimulada Resposta estimulada atividades atividades 1. Comunicação interna 36,2% 1. Internet 65,0% 2. Relacionamento com o cliente 34,0% 2. Marketing e propaganda 47,0% 3. Relações com a comunidade 27,5% 3. Relações com a comunidade 45,0% 4. Assessoria de imprensa 26,2% 4. Comunicação interna 45,0% 5. Marketing e propaganda 25,0% 5. Pesquisa 37,0% Percentual de respostas “sim” para a pergunta: “Quais atividades estão ganhando investimentos em 2009?”. Percentual de respostas “sim” para a pergunta: “Quais atividades estão ganhando investimentos em 2009?”. as atividades que perdem investimentos Não há perda importante de investimento nas atividades de Comunicação, relatam os gestores. As atividades de Comunicação que mais perdem investimentos em 2009, com relação a 2008, são o marketing e a propaganda. Essa perda se dá principalmente no setor secundário da economia, ou seja, na indústria, mais fortemente afetada pela crise econômica mundial. Das empresas que perdem investimentos em mar­ keting e propaganda, 76,5% pertencem a esse setor da economia. atividades que mais perdem investimentos – Empresas Resposta estimulada atividades 1. Marketing e propaganda 21,0% 2. Eventos e feiras 16,0% 3.Assessoria de imprensa 15,0% Percentual de respostas “sim” para a pergunta: “Quais atividades estão perdendo investimentos?”. atividades que mais perdem investimentos – órgãos públicos Resposta estimulada atividades 1. Marketing e propaganda 23,5% 2. Relações públicas 16,0% Gerenciamento de crises 16,0% Relações governamentais 16,0% Eventos e feiras 16,0% Percentual de respostas “sim” para a pergunta: “Quais atividades estão perdendo investimentos?”. 62 63