Basta considerar como ele com discernimento

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COLÉGIO SHALOM
Ensino Médio – 1° Ano
Prof.: TONHAO – Disciplina FILOSOFIA
Aluno (a): _____________________________. No. _____
Trabalho de
Recuperação
Data: ____/____/____
Valor: _________
___________Nota:_
____
Orientações:
-Responder manuscrito;
-Cópias de colegas, entrega com atraso, letra ilegível, deixar de responder alguma questão e o não
cumprimento de orientações passadas pelo professor, acarretará no desconto de nota.
-O trabalho deve conter capa com o tema: “trabalho de recuperação” e o nome do aluno.
__________________________________________________________________________________
2º ANO
1. Ler o texto em anexo
2. Transcrever para o trabalho as frases chaves de cada subtítulo em cada tema da unidade.
3. Escrever sua compreensão pessoal
Anexo
Tomás de Aquino é indubitavelmente o maior teólogo da Igreja, e por isso mesmo, recebeu os títulos de Doutor
Angélico, Doutor Comum, Doutor Universal. Embora sendo uma eminência teológica, esta não ofuscou a sua
excelência filosófica. Muitas vezes a sua sabedoria filosófica é esquecida, pois é citado quase sempre, como
emérito e incomparável teólogo, ficando oculta, a sua grandeza filosófica. Entretanto, as XXIV Teses escritas
por ele, e denominadas de “Teses Tomistas” , são lembradas justamente para revelar a autêntica filosofia de
São Tomás. E tanto é assim, que a filosofia do grande mestre e teólogo marcou um espaço definido, sendo
considerada como uma legítima filosofia, denominada de “filosofia aristotélico-tomista”. Como afirmam os
grandes Mestres, não se pode deixar de reconhecer que Tomás de Aquino seguiu as trilhas de Aristóteles, mas
ele reformulou de tal modo e com tal sabedoria os ensinamentos do sábio grego, que arquitetou outra filosofia, a
sua própria filosofia.
Basta considerar como ele com discernimento, soube introduzir naquela filosofia, os conceitos da
criação das coisas por Deus, da temporalidade da matéria-prima, e também do próprio ser, conduzindo
as idéias até as últimas consequências, bem mais distante do que aquilo que o Filósofo Grego apenas
esboçara. É uma filosofia realista.
O Tomismo parte da realidade das coisas, não de idéias imaginadas, e delas, conclui todo um sistema
coordenado por teses. Em outras palavras: o Tomismo se originou da percepção sensível do mundo, e
depois tirou dela, no plano abstrativo da inteligência, um conjunto harmonioso de teses. O Papa Leão
XIII, na Encíclica "Aeterni Patris”, descreve a filosofia de Tomás de Aquino: “O Doutor Angélico
buscou as conclusões filosóficas nas razões principais das coisas, que têm grandíssima extensão e
conserva em seu seio o germe de quase infinitas verdades, para serem desenvolvidas em tempo
oportuno e com imensa quantidade de frutos pelos mestres dos tempos posteriores”.
“As razões principais das coisas”, é o ponto de partida da Filosofia Tomista. Das coisas que existem,
percebidas pelos sentidos humanos, depois de conceituadas e analisadas pela inteligência, Tomás de
Aquino eleva as considerações até as explicações últimas das mesmas. E é subindo das percepções
mais primitivas das coisas, que São Tomás chega à certeza do Supremo Criador de todas as coisas.
Caminhando pelas mudanças das coisas, da causalidade existente entre elas, da contingência, das
perfeições, e da ordem harmoniosa das mesmas, ele caminhando por cinco vias, atinge a sublimidade,
a suma perfeição, a existência de DEUS.
Tomás afirmava, que a verdade não tem dono, pertence a todos, é de todos, e acrescentava que: “toda
verdade, dita por quem quer que seja, vem do ESPÍRITO SANTO”, e diante das diversas opiniões
dos filósofos, ele dizia: “não olhes por quem são ditas, mas o que dizem”.
O Papa Paulo VI com felicidade descreveu a filosofia Tomista como aquela que abrange o Ser “Tanto
no seu valor universal, como nas suas condições essenciais”. Ao que o Papa João Paulo II
acrescentou dizendo em belos termos que: “esta filosofia poderia ser chamada filosofia da
proclamação do Ser, um autêntico canto em honra daquilo que existe”.
Três Papas declararam que “A Igreja fez sua, a doutrina de São Tomás de Aquino”.
Por outro lado, como é compreensível, Tomás de Aquino não elaborou sozinho a sua filosofia, não a
construiu extraída da sua genial inteligência, mas recebeu contribuição dos helênicos Platão e
Aristóteles, dos israelitas Avicebron e Maimônides, dos árabes Avicena e Averróis, dos Padres da
Igreja, sobretudo de Santo Agostinho, da metafísica implícita na Revelação, as quais estudou
profundamente, e com o seu agudíssimo espírito iluminado pela Luz de DEUS, uniu a herança
recebida de seus predecessores às suas contribuições pessoais, formulando a sua admirável Filosofia
Tomista. A essência deste Realismo está condensada nas XXIV Teses Tomistas.
Pode ainda surgir à pergunta, por terem sido As XXIV Teses formuladas pela Igreja e por ela propostas,
se a uma pessoa que confesse outro credo religioso diferente do católico, lhe serão aceitáveis as XXIV
Teses de São Tomás de Aquino? Evidentemente teremos uma resposta positiva, porque essas teses
limitam-se ao campo da filosofia formulada pela razão natural. Ademais, as que se referem à
temporalidade do mundo, à imortalidade da alma, á dualidade corpo e alma, à doutrina da criação,
embora sejam afirmadas na Revelação, poderão ser descobertas pela própria razão natural. As Teses se
limitam, às filosofias que prescindem da teologia e das verdades religiosas, dos mistérios e dogmas da
fé.
O PRIMEIRO ESCRITO
Tomás escreveu entre os anos de 1252 a 1253, quando ainda era jovem, um opúsculo: "O Ente e a
Essência”. Nele, aborda questões metafísicas, explicando o percurso da consciência humana entre a
sensação e a concepção. Ele afirmava: aquilo que cai imediatamente no alcance do saber humano é
composto. O homem se eleva do composto ao simples, do posterior ao anterior. A essência existe no
intelecto. A substância composta é matéria e forma. A forma e a matéria, quando tomadas em si,
isoladamente, sem a preocupação do entendimento racional, são incognoscíveis, ou seja, não podem
ser conhecidas, mas existem caminhos para a investigação das possibilidades. O intelecto quando está
isento de pensamentos materiais, revela que nada pode ser mais perfeito do que aquilo que confere o
ser humano. São Tomás é famoso por ter cristianizado Aristóteles, à semelhança do que fez Agostinho
com Platão, ele transformou o pensamento daquele sábio num padrão aceitável pela Igreja Católica.
Isto, apesar de Aristóteles não ter conhecido a revelação cristã, e de ser a sua obra original, autônoma e
independente de dogmas, ela está em harmonia com o saber contido na Sagrada Escritura.
Tomás de Aquino afirmava que podemos conhecer DEUS pelos seus efeitos, porque ELE , o
SENHOR, é o último numa escala evolutiva, e a causa de todas as coisas. Antes de DEUS vêm os
Anjos, e antes desses, os homens. Ele comenta o gênero e a espécie, que pertencem à essência, pois “o
todo” está no indivíduo. A essência tem dois modos, um modo dela própria, e o outro, nada é
verdadeiramente dela, senão o que lhe cabe como ela própria. Por exemplo o homem, por ser homem,
será sempre racional (isto é próprio do homem e de todos os seres humanos). Mas o branco e o preto
não são noções exclusivas da humanidade, não são verdadeiramente dos humanos. (Isto porque,
existem muitas raças e não somente homens brancos e pretos). A diferença da essência da substância
compostas e simples é que a composta tem forma e matéria, e a simples é apenas forma. A inteligência
possui potência e ato. Tomás de Aquino afirma que a essência de DEUS é o seu próprio Ser.
Suas obras teológicas têm muitos aspectos filosóficos. Por exemplo, recordemos a sua clássica
afirmação, de que o homem possui uma capacidade, concedida por DEUS, de distinguir naturalmente
o certo e o errado. Ele não tinha uma visão muito positiva da mulher, como Aristóteles, que dizia ser o
homem mais ativo, criativo e doador de energia vital na concepção, enquanto a mulher é receptora e
passiva. Mas aceitava a idéia do filósofo grego, acreditando que aqueles dizeres estavam de acordo
com o que estava na Bíblia, no versículo do Gênesis, o qual afirma que a mulher derivou de uma
costela do homem. Por outro lado, as Sagradas Escrituras ensinam como viver segundo a vontade de
DEUS, e dela, Tomás exauriu os seus argumentos sobre a vida moral. Ele com inteligência e
discernimento demonstra que não há conflito entre a fé e a razão. O conhecimento verdadeiro é uma
adição que se acresce a inteligência para o objeto (que se estuda) ser bem compreendido. Apesar de
DEUS ser a causa de tudo, ELE não age diretamente nos fatos (nos acontecimentos) de sua criação.
Mas a Providência Divina existe e governa o mundo, pois ELE, o SENHOR, é absoluto e necessário a
vida. Sem ELE, o mundo é vazio e a existência é efêmera. A felicidade do homem só pode ser
encontrada NELE, na contemplação da Verdade e seguindo o Divino caminho.
A memória nasce pelo acúmulo de lembranças, e a lembrança nasce da experiência. Mas o homem se
eleva ao raciocínio e produz a arte. A filosofia é um conhecimento das causas dos fenômenos. Assim a
filosofia deve considerar o senso comum e tem um aspecto coincidente com a teologia: seu saber
provém da Sabedoria Divina. A Sabedoria Divina deve ser cultivada através da fé, dizia Tomás, e isso
é comum entre os teólogos. Ele distingue na natureza o ser real e o ser da razão. O ser real existe
independente de qualquer consideração da razão. O ser da razão é aquele que apesar de existir em
representação, não pode ser independente do pensamento de quem o concebe. Assim a lógica humana
só existe no conceito, e não na realidade. Por outro lado, a alma é imortal, pois é imaterial, e tudo que é
imaterial é imortal.
Na "Suma contra os Gentios” (os Gentios eram os pagãos e os maometanos), ele faz uma exposição
completa da religião católica, identificando a verdade que existe nela. Essa Suma trata de DEUS e de
Suas Obras, da fé no Mistério da SANTÍSSIMA TRINDADE, da Encarnação, dos Sacramentos e da
Vida Eterna. DEUS é a verdade pura, sem falsidade, Vontade que existe em SI e para SI, e neste
processo estende a Sua Divina Vontade para o que não é a Sua Essência. O que não é a Essência
Divina, são as coisas criadas por DEUS, pois DEUS é tudo. Não tem ódio, não quer o mal, e suas
entranhas dão Vida a um Amor Absoluto e Eterno, vibrante, caloroso e indestrutível.
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
Na "Suma Teológica”, que é a sua obra mais importante, ele estabelece as relações entre a ciência e a
fé, e entre a filosofia e a teologia. Originando da revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a
filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia se desenvolve de conformidade com a razão, e por isso
mesmo, lhe cabe demonstrar a existência e a natureza de DEUS.
Ele afirma que não podemos ter de DEUS, uma idéia clara e absolutamente distinta, porque nada existe
na inteligência, que antes tenha estado nos sentidos humanos. Por exemplo, se sentimos a presença de
uma pequena pomba, que nossos olhos vêem, nosso raciocínio recebe aquela informação dos sentidos
e compreende que estamos vendo uma pequena pomba.
Assim, para provar a existência de DEUS, ele procede a “posteriori”, partindo não da idéia de DEUS,
mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco argumentos, ou seja, propondo cinco vias:
1) O movimento existe e é uma evidência para os nossos sentidos; ora, tudo o que se move é acionado
por um motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de uma força para impulsioná-lo, e,
assim, indefinidamente, o que é impossível concebermos, se não houver um primeiro motor ou uma
força geradora, que movimente aquele primeiro motor. E esta “força” existe, é a Vontade de DEUS.
2) Há uma série de diferentes causas que produzem variados efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é
possível produzir indefinidamente uma série de causas; logo, terá que haver uma causa primeira, não
causada pelo homem, e que portanto, provêm da força de DEUS.
3) Todos os seres são finitos e contingentes, pois não têm em si próprios a razão de sua existência - são
e deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo deixariam todos de ser e assim,
nada existiria, o mundo ficaria vazio, o que é um absurdo; logo, os seres contingentes implicam na
existência do ser necessário, que é DEUS, que tudo providencia.
4) Os seres finitos alcançam todos os determinados graus de perfeição, mas nenhum é a perfeição
absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é DEUS.
5) A ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um
acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser
inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é DEUS.
Complemento Racional: No mar e nos rios, existe uma quantidade notável de diferentes espécies de
peixes, que se reproduzem por sua própria natureza. Como surgiram os primeiros peixes, aqueles que
colocaram os primeiros ovos para que nascessem todos os outros na sequência da vida? Foi a Vontade
Magnânima e Amorosa de Um DEUS Poderoso e Eterno quem colocou os primeiros peixes no rio e no
mar.
HOMEM, ALMA E O CONHECIMENTO
Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra,
no universo, entre os Anjos e os animais. Princípio vital, a alma é a parte do corpo organizado que tem
a vida em plenitude.
Contestando o platonismo e a tese das idéias inatas, Tomás de Aquino observa que se a alma tivesse de
todas as coisas um conhecimento inato, não poderia esquecê-lo, e, sendo natural que esteja unida a um
corpo, não se explica porque seja o corpo a causa desse esquecimento.
Para Tomás, conhecer não é se lembrar, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto, a
forma e o conhecimento que se acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento
depende o apetite, ou o estimulo e desejo, a natural inclinação da alma pelo bem.
O homem, só pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas espécies de apetites ou desejos: os
sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, são relativos aos objetos sensíveis, e produz as paixões, cuja
raiz é o amor. Os segundos ou intelectuais, produzem a vontade, apetite da alma em relação a um bem
que lhe é apresentado pela inteligência como tal.
Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino diz que: "para o homem, o bem supremo é a felicidade,
que não consiste na riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, e nem em nenhum bem criado,
mas na contemplação do absoluto, ou na visão da essência Divina, realizável somente na outra
vida, e com a graça de DEUS, pois excede as forças humanas".
RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO
1) No século III, Tertuliano apontava que o conhecimento não poderia ser válido se não estivesse atrelado
aos valores cristãos. Outros religiosos defenderiam que as verdades do pensamento dogmático cristão
não poderiam estar subordinadas à razão.
Em contrapartida, existiam outros pensadores medievais que não defendiam esta separação
entre a fé e a razão. Um dos mais expressivos representantes dessa conciliação, que entre os
séculos IV e V defenderia a busca de explicações racionais que justificassem as crenças, foi
(A) Santo Agostinho.
(B) Santo Tomás de Aquino.
(C) São Bento.
(D) Santo Ignacio de Loyola.
(E) Santo Ambrosio.
2) A chamada filosofia escolástica apareceria com o intuito de promover a harmonização entre os campos
da fé e da razão. Entre seus principais representantes estava São Tomas de Aquino, que durante o século
XIII lecionou na universidade de Paris e publicou “Suma Teológica”, obra onde dialoga com diversos
pontos do pensamento aristotélico.
São Tomás, talvez influenciado pelos rigores que organizavam a Igreja, preocupou-se em criar
formas de conhecimento mais otimista em relação a figura do homem. Isso porque acreditava
que
I - nem todas as coisas a serem desvendadas no mundo dependiam única e exclusivamente da
ação divina.
O que explicaria que
II - o homem teria papel ativo na produção de conhecimento.
Considerando a sentença I como a justificativa e a sentença II como a conseqüência do
pensamento de São Tomás, assinale a relação correta.
(A) A justificativa é verdadeira, mas a conseqüência é falsa.
(B) A justificativa é falsa, mas a conseqüência é verdadeira.
(C) A justificativa e a conseqüência são falsas.
(D) Não há relação entre a justificativa e a conseqüência.
(E) A justificativa e a conseqüência são verdadeiras.
3) Apesar de apresentar uma nova concepção para a época, a filosofia escolástica não será
promotora de um distanciamento das questões religiosas e, muito menos, se afastou das
mesmas.
Nesse contexto, observe as afirmativas abaixo:
I – A Escolástica reconhece o valor positivo do livre-arbítrio do homem.
II – A Escolástica defende o papel central que a Igreja teria na definição dos caminhos e
atitudes que poderiam levar o homem à salvação.
III - Os escolásticos evitaram o combate às heresias e não preservaram as funções primordiais
da Igreja.
IV – A Escolástica evitou entrar em polêmica com os cientistas da época.
Estão corretas, segundo o texto consultado:
(A) Somente II e III.
(B) Somente I e II.
(C) Somente III e IV.
(D) Somente I e III.
(E) Somente II e IV.
As questões devem ser respondidas consultando-se o texto de Danilo Marcondes (2008 –parte 2), sendo o
número ao lado de cada questão, a indicação da página que contem elementos para a resposta.
4) (107) A religião cristã, embora originária do judaísmo, surge e se desenvolve no contexto do
helenismo.
A tradição cultural ocidental, de que somos herdeiros até hoje, tem sua origem na síntese entre
(A) judaísmo, hinduísmo e filosofia egípcia.
(B) cristianismo, hinduísmo e filosofia grega.
(C) hinduísmo, Xintoísmo e filosofia egípcia.
(D) judaísmo, cristianismo e cultura grega.
(E) judaísmo, Cristianismo e filosofia egípcia.
5) (111), Podemos dizer que a leitura que os primeiros pensadores cristãos fazem da filosofia
grega é sempre altamente seletiva, tomando aquilo que consideram compatível com o
cristianismo enquanto religião revelada.Portanto, o critério de adoção de doutrinas e
conceitos filosóficos é, via de regra, determinado por sua relação com os ensinamentos da
religião.
As opções abaixo contêm elementos que foram privilegiados nessa escolha. A única opção que
NÃO CONTEM opção correta na perspectiva do autor é
(A) A metafísica platônica, com seu dualismo entre mundo material e espiritual.
(B) A lógica aristotélica, com seus recursos demonstrativos e dialéticos.
(C) A concepção de conhecimento dos céticos, que a tudo olhavam com desconfiança
filosófica.
(D) A retórica dos estóicos.
(E) A ética dos estóicos, com ênfase na resignação, na austeridade e no autocontrole.
6) (114 e 115) Nascido em 354, Santo Agostinho contribuiu para a substituição da teoria platônica
da reminiscência, com a sua teoria da iluminação.
Observe as afirmativas abaixo:
I – A interioridade é o lugar da verdade.
II – A interioridade é capaz de compreender a verdade pela iluminação divina.
III – A mente humana possui uma centelha do intelecto divino, já que o homem foi criado à
imagem e semelhança de Deus.
IV – A exterioridade é o lugar da verdade, pois no seu interior, o homem pode se enganar.
Podemos afirmar que são verdadeiras as afirmativas
(A) I, III e IV.
(B) II, III e IV.
(C) I, II e IV.
(D) I e IV.
(E) I, II e III.
7) (118) É, portanto, em torno dos séculos XI-XIII que assistimos ao surgimento de uma filosofia
medieval. O termo que designa, de modo genérico, todos aqueles que pertencem a uma escola
ou linha de pensamento é
(A) Medieválica.
(B) Acadêmica.
(C) Universitária.
(D) Escolástica.
(E) Renascentista.
8) (123) O grande desenvolvimento da filosofia escolástica a partir do século XIII se deve à
influência do pensamento árabe. A respeito dessa relação, observe as afirmativas abaixo:
I – Ao se estabelecerem na Europa ocidental, os árabes possuíam e desenvolveram uma cultura
superior à que lá encontraram.
II – A cultura que os árabes desenvolveram na Europa ocidental também era, em grande parte,
herdeira do helenismo.
III – Enquanto os filósofos ocidentais conheciam, da filosofia grega, alguns textos de Platão e
pouquíssimos de Aristóteles, os árabes conheciam praticamente toda a obra deste último.
IV – Com a decadência de diversos reinos, os árabes entraram em contato com os núcleos de
cultura de origem grega e cristã dessas regiões, absorveram essa cultura e a desenvolveram nas
várias áreas da ciência e da filosofia.
Estão corretas as afirmativas:
(A) I, II e III, somente.
(B) II, III e IV, somente.
(C) I, II, III e IV.
(D) I, III e IV, somente.
(E) I, II e IV, somente.
9) (126/127) Para entendermos o desenvolvimento do pensamento escolástico no século XIII, dois
fatores, característicos dessa época, devem ser considerados:
(A) O surgimento das ordens religiosas e as invenções científicas.
(B) O surgimento das universidades e a criação das ordens religiosas.
(C) A criação das ordens religiosas e as grandes viagens comerciais.
(D) As grandes viagens comerciais e as invenções científicas.
(E) Os meios de transporte dos árabes e a invenção da imprensa.
10) (128/129) Tomás de Aquino (1224-1274) nasceu em Nápoles de família nobre. Sua filosofia e
de seus seguidores, o tomismo, tornou-se uma espécie de “filosofia cristã oficial”, devido ao
uso político e instrumental que a Igreja fez de sua obra. Ainda assim, sua obra tem uma
grandeza de contribuição para o pensamento filosófico.
As afirmativas abaixo trazem exemplos de sua contribuição, COM EXCEÇÃO DE
(A) Auxiliou no melhor entendimento e aplicação do pensamento platônico ao mundo cristão
da Idade Média.
(B) Sua influência foi muito grande em sua época e estende-se até hoje, ao período
contemporâneo.
(C) São Tomás foi um pensador de grande criatividade e originalidade, que desenvolveu uma
filosofia própria, tratando de todas as grandes questões da filosofia e da teologia de sua
época.
(D) Considerou o pensamento de Aristóteles como ponto de partida para a elaboração do seu
sistema, em lugar do platonismo e do agostinianismo como se fazia até então.
(E) São Tomás abriu uma nova alternativa para o desenvolvimento da filosofia cristã, apoiada
no uso da filosofia de Aristóteles.
O Texto abaixo orienta as questões de números 11 a 13.
(135/162) O século XV traz um pensamento inovador, o humanismo renascentista, que por sua
vez prenuncia o período moderno com suas novas teorias filosóficas e científicas, e profundas
transformações no mundo europeu. É nessa nova direção que a partir de então se desenvolverá
o pensamento.
11) Sobre o conceito de Modernidade, coloque (V) ou (F) ao lado de cada característica:
( ) ruptura com a tradição
( ) oposição entre o antigo e o novo
( ) desvalorização do novo
( ) crítica ao progresso
( ) ênfase na individualidade
( ) reforço da autoridade institucional
DE CIMA PARA BAIXO, você assinalou:
(A) V – V – F – F – V – F.
(B) V – F – V – F – V – F.
(C) F – F – V – V – F – V.
(D) F – F – F – V – V – V.
(E) V – V – V – F – F – F.
12) Sobre as principais causas para o surgimento da Modernidade, coloque (V) ou (F) ao lado de
cada uma:
( ) Descoberta do Novo Mundo (Américas).
( ) Surgimento de importantes núcleos urbanos em algumas regiões, especialmente na Itália.
( ) Desenvolvimento de atividades econômicas, como as mercantis e industriais.
( ) Implantação dos regimes de escravidão.
DE CIMA PARA BAIXO, você assinalou:
(A) V – F – V – F.
(B) V – V – V – F.
(C) F – V – F – V.
(D) F – F – F – V.
(E) F – F – V – V.
13) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Humanismo renascentista.
(
(2) Reforma Protestante.
(
(3) Revolução Científica.
(
(4) Redescoberta do Ceticismo.
Você numerou, DE CIMA PARA BAIXO:
(
) importância das artes plásticas, retomada do
ideal clássico greco-romano em oposição à
escolástica medieval; valorização do
homem enquanto indivíduo, de sua livre
iniciativa e de sua criatividade.
) a oposição entre o antigo e o moderno
suscita a problemática cética do conflito das
teorias e da ausência de critério conclusivo
para a decisão sobre a validade destas
teorias.
) crítica à autoridade institucional da Igreja,
valorização da interpretação da mensagem
divina nas Escrituras pelo indivíduo, ênfase
na fé como experiência individual.
) rejeição do modelo geocêntrico do cosmo e
sua substituição pelo modelo heliocêntrico,
noção de espaço infinito, visão da natureza
como possuindo uma linguagem
matemática.
(A) 1 – 2 – 3 – 4.
(B) 1 – 2 – 4 – 3.
(C) 1 – 4 – 2 – 3.
(D) 1 – 4 – 3 – 2.
(E) 4 – 3 – 2 – 1.
14) MEC – Provão 2002 – Questão 18)
Em um de seus Diálogos, Platão relata uma conversa entre Sócrates e Menão, na qual aparece o problema da
possibilidade de se ensinar a alguém. Para mostrar sua tese, Sócrates chama um menino ao qual faz perguntas cujas
respostas indicam que ele sabe demonstrar um teorema. O episódio caracteriza o denominado "método maiêutico" de
Sócrates, que consiste em formular perguntas que induzam a respostas corretas.
Levando em conta esse método socrático, podemos considerar que ensinar é
(A) capacitar o aprendiz a dar respostas adequadas a estímulos apresentados.
(B) despertar um saber oculto, presente em nossos sonhos.
(C) ativar as potencialidades latentes, presentes na nossa herança biológica.
(D) rememorar um saber já existente em nosso espírito, despertado pelas perguntas formuladas.
(E) transmitir o conhecimento, porque ninguém aprende nada por si.
15)
(MEC – Provão 2003 – Questão 1)
Refletindo sobre a História da Educação Brasileira, entre vários importantes nomes de educadores nacionais, destacase o de Paulo Freire. A contribuição deste brasileiro tem sido reconhecida internacionalmente e pode ser resumida,
entre outras formas, do seguinte modo:
(A) a família exerce papel fundamental na construção do conhecimento sistemático.
(B) a escola precisa ser adequada às necessidades básicas da infância pobre.
(C) a cultura popular fica mais rica à medida que faz parte do currículo.
(D) o governo precisa estar atento a todas as práticas didáticas modernas.
(E) a pedagogia tem de provocar o processo de emancipação do sujeito.
16)
(MEC – Provão 2003 – Questão 2)
Assim são os gênios: descobrem ou inventam o óbvio que ninguém vê. Assim aconteceu com Paulo Freire que
descobriu que o "vovô absolutamente não viu o ovo", nem a "vovó viu a ave coisa nenhuma", mas, ao contrário – com
certeza –, o pedreiro viu a pedra; a cozinheira, o feijão: o lavrador, a enxada, a soja e o trigo.
BOAL, Augusto. Paulo Freire, meu último pai. Pátio – Revista Pedagógica.
Porto Alegre: ago/out.1997, p.50
Partindo da idéia implícita no texto, pode-se afirmar que NÃO faz parte da concepção de educação de Paulo Freire:
(A) a dialogicidade.
(B) a inserção do dominado na cultura da elite.
(C) a utilização de conhecimentos prévios do educando.
(D) a tomada de consciência da situação existencial.
(E) o compromisso com a transformação social.
17)
(MEC – Provão 2003 – Questão 3)
Você e seus colegas de escola estão discutindo as contribuições de alguns filósofos para a educação, entre as quais a
teoria educacional de Dewey, que destaca a noção de que
(A) a educação é um processo que deve romper com os limites que a ordem institucional impõe à escola.
(B)
(C)
(D)
(E)
a brutalidade presente no homem é causada por sua inclinação para a liberdade, e isto requer polimento.
o ensino e, por conseguinte, o aprendizado, deve partir dos conceitos morais e intelectuais.
o importante para a criança e para o adulto é o aprendizado de como lidar com a mudança constante.
o homem tem necessidade de cuidados e formação, sendo que esta compreende, além da disciplina, a
instrução.
18) (MEC – ENADE 2005 - Questão 14)
Uma teoria pedagógica é um conjunto de saberes sobre as questões principais da Pedagogia: Para que educar? O que
significa ensinar e aprender? Como fazê-lo? Uma teoria pedagógica crítica se caracteriza pela
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
visão pessimista da escola e do papel sociocultural que ela desempenha na sociedade.
instrumentalização eficiente do ensinar e do aprender.
problematização dos pressupostos filosóficos e sociopolíticos do fazer pedagógico.
rejeição aos métodos didáticos que simplificam a capacidade de alunos e de professores.
aceitação de diferentes propostas sobre o significado do ensinar e do aprender.
19)
(MEC – ENADE 2008 - Questão 16)
O pensamento pedagógico de Paulo Freire parte de alguns princípios que marcam, de forma clara e objetiva, o seu
modo de entender o ato educativo.
Considerando as características do pensamento desse autor, analise as afirmações que se seguem:
I - Ensinar é um ato que envolve a reflexão sobre a própria prática.
II - Modificar a cultura originária é parte do processo educativo.
III - Superar a consciência ingênua é tarefa da ação educativa.
IV - Educar é um ato que acontece em todos os espaços da vida.
V - Educar é transmitir o conhecimento erudito e universalmente reconhecido.
Estão de acordo com o pensamento de Paulo Freire APENAS as afirmações
(A) I, III e IV
(B) I, IV e V
(C) I, II, III e IV
(D) I e II
(E) II e V
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