OTITES MÉDIAS REGINA H. G. MARTINS DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA FACULDADE DE MEDICINA -UNESP - BOTUCATU OTITES MÉDIAS OTITES MÉDIAS AGUDAS (VIRAIS OU BACTERIANAS) OTITES MÉDIAS CRÔNICAS (SIMPLES, COLESTEATOMATOSA, SEROSA E TUBERCULOSA) OTITE MÉDIA AGUDA VIRAL • ETIOLOGIA - vírus sincicial respiratório, influenza, parainfluenza, adenovírus • FATORES PREDISPONENTES – obstrução nasal, hipertrofia adenoideana, deficiência imunológica • SINTOMAS – quadro gripal associado a otalgia, plenitude auricular, febre baixa, obstrução nasal, mal estar geral. OTITE MÉDIA AGUDA VIRAL • OTOSCOPIA – hiperemia de parte flácida e ao longo do cabo do martelo • TRATAMENTO – sintomáticos (analgésicos, soluções nasais fisiológicas, antipiréticos) • MIRINGITE BOLHOSA OTITES MÉDIAS AGUDAS BACTERIANAS • CONCEITO : PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO DO OUVIDO MÉDIO • SECUNDÁRIAS A INFECÇÕES DAS FOSSAS NASAIS, SEIOS DA FACE E RINOFARINGE • ETIOLOGIA- Estreptococcus pneumoniae (35 %), Haemophilus influenza (30%- idade pré-escolar), Moraxella catarrhalis (15%). Outros : Pseudomonas aeroginosa, Proteus mirabilis. OTITES MÉDIAS AGUDAS BACTERIANAS • QUADRO CLÍNICO – OTALGIA INTENSA, IRRITABILIDADE, FEBRE, DIMINUIÇÃO DO APETITE, SURDEZ, OTORRÉIA • FATORES PREDISPONENTES - FAIXA ETÁRIA, ALTERAÇÃO ANATÔMICAS E/OU FUNCIONAIS DA DA TUBA AUDITIVA, IMUNODEFICIÊNCIA, INFECÇÕES NASOSINUSAIS REPETIDAS OTITE MÉDIA AGUDA EXAME DE OTOSCOPIA • FASE DE INSTALAÇÃO (HIPEREMIA PORÇÃO FLÁCIDA) • FASE DE TRANSUDAÇÃO (CONGESTÃO, EDEMA, ABAULAMENTO) • FASE EXSUDATIVA (PERFURAÇÃO) OTITES MÉDIAS - TRATAMENTO • ANTIBIOTICOTERAPIA – Ampicilina ( ad- 500mg 6/6 hs; cçs – 50 mg/kg/dia ÷6/6 hs), amoxicilina ( ad- 500mg 8/8 hs; cç- 50 mg/ kg/dia ÷8/8 hs), amoxicilina +clavulanato de potássio (ad- 500mg 8/8 hs; cç- 40 mg/kg/dia ÷ 8 hs) cefalosporinas, eritromicina • PARACENTESE • ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS OTITE MÉDIA NECROSANTE • FEBRES ERUPTIVAS • INTENSA NECROSE DO TÍMPANO E/OU CADEIA OSSICULAR • ETIOLOGIA – Streptococo beta- hemolítico • TRATAMENTO- curativos otológicos, antibióticos sistêmicos COMPLICAÇÃO DAS OTITES MÉDIAS OTOMASTOIDITE OTITE MÉDIA CRÔNICA • SEROSA OU SECRETORA • SIMPLES • COLESTEATOMATOSA • TUBERCULOSA OTITE MÉDIA CRÔNICA SEROSA • CONCEITO: ACÚMULO NO OUVIDO MÉDIO DE LÍQUIDO SEROSO/MUCOSO, SEM PERFURAÇÃO • FISIOPATOLOGIA - TEORIAS: MECÂNICA, INFECCIOSA, HIPOVENTIÇÃO E ALÉRGICA OTITE MÉDIA SEROSA TEORIA MECÂNICA OBSTRUÇÃO TUBÁRIA ⇓ PRESSÃO NEGATIVA NO OUVIDO MÉDIO ⇓ VÁCUO NO OUVIDO MÉDIO ⇓ TRANSUDAÇÃO OTITE MÉDIA SEROSA TEORIA DA HIPOVENTILAÇÃO OBSTRUÇÃO TUBÁRIA POR DISFUNÇÃO DO M. TENSOR DO VÉU ⇓ PRESSÃO NEGATIVA NO OUVIDO MÉDIO ⇓ DIMINUIÇÃO DO O2 E AUMENTO DO CO2 ⇓ METAPLASIA EPITELIAL – EPITÉLIO MUCOSSECRETOR OTITE MÉDIA SEROSA TEORIA INFECCIOSA SUSTENTADA PELO ENCONTRO DE : • ADENOVÍRUS • VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO • STREPTOCOCOS • ESTAFILOCOCOS OTITE MÉDIA SEROSA TEORIA ALÉRGICA SUSTENTADA POR : • PRESENÇA DE IgE NAS SECREÇÕES • MELHORA COM A RETIRADA DO LEITE DE VACA OTITE MÉDIA SEROSA NÃO EXISTE FATOR ETIOLÓGICO ÚNICO A OBSTRÇÃO TUBÁRIA ESTÁ PRESENTE EM TODOS OS CASOS OTITE MÉDIA SEROSA SINTOMATOLOGIA • AUSÊNCIA DE DOR • AUTOFONIA E PLENITUDE • HIPOACUSIA CONDUTIVA OU MISTA • DESATENÇÃO OTITE MÉDIA SEROSA EXAME OTOSCÓPICO • MEMBRANA AMARELADA - AZULADA • IMAGEM DE LÍQUIDO EM BOLHAS • RETRAÇÃO - ATELECTASIA OTITE MÉDIA SEROSA AVALIAÇÃO AUDITIVA • AUDIOMETRIA - SURDEZ CONDUTIVA OU MISTA • IMITANCIOMETRIA - TIMPANOMETRIA - CURVA TIPO B OU C - REFLEXO DO ESTAPÉDIO ABOLIDO OTITE MÉDIA SEROSA TRATAMENTO • MANOBRAS TUBÁRIAS • ANTI-HISTAMÍNICOS • ANTIBIOTICOTERAPIA • TUBO DE VENTILAÇÃO OTITE MÉDIA CRÔNICA SIMPLES • PERFURAÇÃO PERSISTENTE • MUCOSA DO OUVIDO MÉDIO NORMAL OU NÃO • EXSUDATO MUCOCATARRAL • TIMPANOESCLEROSE OTITE MÉDIA CRÔNICA SIMPLES TRATAMENTO CURATIVOS OTOLÓGICOS CAUTERIZAÇÃO DAS GRANULAÇÕES CIRURGIA OTOLÓGICA OTITE MÉDIA CRÔNICA COLESTEATOMATOSA DEFINIÇÃO : BOLSA CÍSTICA COMPOSTA POR LÂMINAS EPITELIAIS EM FORMA DE BULBO DE CEBOLA LIMITADA POR MEMBRANA DE EPITÉLIO PAVIMENTOSO ESTRATIFICADO QUERATINIZADO SUBTIPOS: CONGÊNITO OU ADQUIRIDO (PRIMÁRIO OU SECUNDÁRIO) OTITE MÉDIA CRÔNICA COLESTEATOMATOSA ETIOPATOGENIA: COLESTEATOMA ADQUIRIDO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO ADQUIRIDO PRIMÁRIO - PERFURAÇÀO PEQUENA DA PORÇÃO FLÁCIDA DA MT POR RETRAÇÃO DA MEMBRANA DE SHRAPNELL (TEORIA DA RETRAÇÃO) OU PROLIFERAÇÃO ESPONTÂNEA EPITELIAL COM EMISSÃO DE BROTOS EPITELIAIS PARA O OUVIDO MÉDIO (TEORIA DA PROLIFERAÇÃO) ADQUIRIDO SECUNDÁRIO - PERFURAÇÃO AMPLA MARGINAL, SECUNDÁRIA À OTITE NECROTIZANTE; LISE ÓSSEA; MIGRAÇÃO DO EPITÉLIO DO PAVIMENTOSO DO OUVIDO EXTERNO OU METAPLASIA EPITELIAL (TEORIA DA MIGRAÇÃO EPITELIAL E TEORIA DA METAPLASIA) OTITE MÉDIA CRÔNICA COLESTEATOMATOSA SINTOMATOLOGIA: OTORRÉIA PERSISTENTE, VERTIGEM, SURDEZ, PARALISIA FACIAL, CEFALÉIA. OTOSCOPIA – PERFURAÇÃO, SECREÇÃO, TECIDO DE DESCAMAÇÃO EXAMES SUBSIDIÁRIOS- RX, TC PNEUMATIZAÇÃO DA MASTÓIDE, LISES ÓSSEAS, FÍSTULA LABIRÍNTICA OTITE MÉDIA CRÔNICA COLESTEATOMATOSA TRATAMENTO TIMPANOPLASTIAS MASTOIDÉCTOMIA OTITE MÉDIA CRÔNICA TUBERCULOSA • SECUNDÁRIA A FOCO PULMONAR • VIA HEMATOGÊNICA OU CANALICULAR (TUBA AUDITIVA) • PERFURAÇÕES MÚLTIPLAS • GRANDE DESTRUIÇÃO DA CADEIA OSSICULAR • PARALISIA FACIAL • SURDEZ CONDUTIVA-MISTA- NEUROSSESNSORIAL OTITE MÉDIA CRÔNICA TUBERCULOSA TRATAMENTO • CURATIVOS LOCAIS • ESQUEMA TRÍPLICE (rifampicina, isoniasida e pirazinamida) • CIRURGIA