ufmt universidade federal de mato grosso instituto de saúde coletiva

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UFMT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA
COORDENAÇÀO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE SISTEMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE
DEISI DE CÁSSIA BOCALON MAIA
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HEPATITE B NO ESTADO DE MATO GROSSO BRASIL
Cuiabá/MT
2013
DEISI DE CÁSSIA BOCALON MAIA
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HEPATITE B NO ESTADO DE MATO GROSSO BRASIL
Monografia
apresentada
à
banca
examinadora do Instituto de Saúde Coletiva
da Universidade Federal de Mato Grosso UFMT, como exigência parcial para a
obtenção de título de Especialista em Gestão
de Sistemas e Serviços de Saúde.
Orientadora: Dra. Marina Atanaka dos Santos
Coorientadora: Msc. Sandra Mara Fernandes
Bonilha
Cuiabá/MT
2013
Maia, Deisi de Cássia Bocalon.
Perfil epidemiológico da hepatite B no estado de Mato Grosso - Brasil. –
Cuiabá, 2012.
f.
Monografia (Especialização) – Universidade Federal de Mato Grosso,
Curso de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde,
2012.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Dra. Marina Atanaka dos Santos
1.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. I. Maia, Deisi de Cássia
Bocalon. II. Título.
CÓDIGO
DEISI DE CÁSSIA BOCALON MAIA
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HEPATITE B NO ESTADO DE MATO GROSSO –
BRASIL
Orientadora: Profª Dra. Marina Atanaka dos Santos
Monografia apresentada à banca examinadora do Instituto de Saúde Coletiva da
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, como exigência parcial para a
obtenção de título de Especialista em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde.
Aprovada em: ____ de Março de 2013
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Profª Dra. Marina Atanaka dos Santos
Orientadora
_____________________________________________
Prof.ª Msc. Sandra Mara Fernandes Bonilha
Coorientadora
___________________________________________
Profa. Msc. Neuciani Ferreira da Silva
Dedico este trabalho à minha família, em especial
aos meus filhos, minha mãe pelo amor imenso e
estímulo que possibilitou a realização deste trabalho.
E a todos que direta ou indiretamente contribuíram
para sua realização.
AGRADECIMENTOS
 A Deus, pela oportunidade e pelo privilégio que me foi dado em compartilhar
tamanha experiência e, ao frequentar este curso, perceber e atentar para a
relevância de temas que de certa forma já faziam parte da minha vida;
 A minha mãe que sempre me instruiu a prosseguir, mesmo em momentos de
dificuldades e me apóia incondicionalmente.
 À minha orientadora, Profª Dra. Marina Atanaka dos Santos, pela simpatia,
gentileza, incentivo e presteza no auxílio às atividades e discussões sobre o
desenvolvimento, andamento e normatização desta Monografia de Conclusão de
Curso;
 À professora coorientadora, Profª Msc. Sandra Bonilha, pelo carinho e atenção
que sempre dedicaram a mim no surgimento de dúvidas no decorrer da produção,
normatização e finalização do trabalho;
 Aos colegas de curso, pelo acolhimento e demonstração de amizade e
solidariedade;
 À minha família, pela paciência em tolerar minha dedicação aos estudos
incondicionalmente;
 A todos os que, de alguma forma, ajudaram na realização desta pesquisa.
“A vida é uma peça de teatro que não permite
ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva
intensamente, antes que a cortina se feche e a peça
termine sem aplausos.”
Charles Chaplin
RESUMO
MAIA, Deisi de Cássia Bocalon. Perfil epidemiológico da hepatite B no estado de
Mato Grosso – Brasil. XXf. Monografia (Especialização em Gestão de Sistemas e
Serviços de Saúde) – Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá-MT, 2012.
As hepatites virais constituem um grave problema de saúde pública no Brasil e no
mundo. No Brasil, os dados estimados são de dois a três milhões de portadores de
Hepatite B, em que 15% da população já foi contaminada e 1% é portadora crônica
da doença. Estes últimos apresentam maior risco de morte por complicações como
cirrose e hepatocarcinoma. A hepatite B, causada pelo vírus (VHB) é uma doença
infecciosa de natureza viral cuja transmissão é inter-humana podendo apresentar
evolução aguda ou crônica. A inexistência de publicação sobre o perfil
epidemiológico da Hepatite B em Mato Grosso, associado ao agravante de
deficiências nas notificações e aos índices preocupantes da doença no estado,
motivaram o presente trabalho, que visa estudar o perfil epidemiológico da hepatite
B no estado de Mato Grosso no período de 2002 a 2011. A metodologia utilizada foi
o levantamento de dados através do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN), sendo um estudo descritivo, ecológico de abordagem
exploratória. Foram encontrados resultados relevantes como uma taxa de detecção
de 16,1/100.000 hab., o que coloca Mato Grosso em quinto lugar no Brasil e uma
taxa de detecção em gestantes cinco vezes maior que a média nacional. Dentre os
desafios que o estado de Mato Grosso encontra em relação ao tema abordado
destacam-se a importância de reforçar políticas públicas de prevenção, a
necessidade de implementação de ações para a realização do diagnóstico precoce
da hepatite B, a melhoria do acesso da população para a realização dos exames
confirmatórios dessa doença, a redução das subnotificações no SINAN, a melhoria
da qualidade de centros de referência e assistência aos portadores da doença e
estímulo ao fortalecimento da Sociedade Civil Organizada de portadores de hepatite
B.
PALAVRAS CHAVES: hepatites virais, hepatite B, epidemiologia, prevenção,
diagnóstico.
LISTA DE SIGLAS
Anti-HBs – Anticorpo contra o Antígeno de Superfície do VHB
CENEPI – Centro Nacional de Epidemiologia
DNA – Ácido Desoxirribonucleico
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
ERS – Escritório Regional de Saúde
HBsAg – Antígeno de Superfície do Vírus da Hepatite B
IgG – Imunoglobulina G
MS – Ministério da Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
OPAS – Organização Pan-americana de Saúde
PNHV – Programa Nacional de Hepatites Virais
PNI – Programa Nacional de Imunização
RN – Recém Nascido
SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SNABS – Secretaria Nacional de Ações Básicas
SUS – Sistema Único de Saúde
VE – Vigilância Epidemiológica
VHA/HAV - vírus da hepatite A
VHB/HBV - vírus da hepatite B
VHC/HCV - vírus da hepatite C
VHD/HDV - vírus da hepatite D
VHE/HEV - vírus da hepatite E
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 10
2 REVISAO DE LITERATURA ......................................................................................................................... 13
2.1 HEPATITES VIRAIS: CONCEITOS BÁSICOS.................................................................................... 13
2.2 HISTÓRIA E CARACTERIZAÇÃO DAS HEPATITES VIRAIS NO MINISTÉRIO DA SAÚDE E
EM MATO GROSSO ...................................................................................................................................... 14
2.2.1. O vírus da Hepatite B ...................................................................................................................... 15
2.3 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .......................................................................................................... 17
3 OBJETIVOS ..................................................................................................................................................... 18
3.1 GERAL ....................................................................................................................................................... 18
3.2 ESPECÍFICOS.......................................................................................................................................... 18
4 MÉTODOS ....................................................................................................................................................... 19
4.1 TIPO DE ESTUDO ................................................................................................................................... 19
4.2 LOCAL DO ESTUDO............................................................................................................................... 19
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................................................... 19
4.4 FONTE DE DADOS ................................................................................................................................. 19
4.5 VARIÁVEIS DO ESTUDO....................................................................................................................... 20
4.6 ANÁLISE DE DADOS .............................................................................................................................. 20
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................................... 21
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................... 32
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................... 33
8 ANEXOS ........................................................................................................................................................... 35
ANEXO I ........................................................................................................................................................... 35
10
1 INTRODUÇÃO
As hepatites virais constituem um grave problema de saúde pública no Brasil
e no mundo. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se
que existam cerca de 325 milhões de portadores crônicos de Hepatite B e 170
milhões da Hepatite C no mundo. No Brasil, os dados estimados são de dois a três
milhões de portadores de Hepatite B, em que 15% da população já foi contaminada
e 1% é portadora crônica da doença. Estes últimos apresentam maior risco de morte
por complicações como cirrose e hepatocarcinoma demonstrando assim, a
necessidade de políticas públicas de saúde para a minimização dessa epidemia
silenciosa (OMS apud BRASIL, 2005).
As hepatites atacam o fígado causando inflamação do órgão e podem ser
originadas por vários fatores: vírus, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas
(ocorre quando o sistema de defesa perde a capacidade de reconhecer o que é
próprio do organismo) e por reação da ingestão de diversos medicamentos, álcool e
outras drogas (BRASIL, 2008a).
Os agentes etiológicos que causam hepatites virais mais relevantes do ponto
de vista clínico e epidemiológico são designados por letras do alfabeto (vírus A, vírus
B, vírus C, vírus D e vírus E). Estes vírus têm em comum a predileção para infectar
os hepatócitos (células hepáticas). Entretanto, divergem quanto às formas de
transmissão e conseqüências clínicas advindas da infecção. São designados
rotineiramente pelas seguintes siglas: vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B
(HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da hepatite E
(HEV) (FOCACCIA e SOUZA, 2002).
De característica silenciosa, as hepatites virais podem ou não apresentar
sintomas para diagnóstico, e quando ocorre podem ser: fadiga, cansaço, febre, malestar, tontura, enjôo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura
e fezes claras (GONÇALVES JÚNIOR, 1996).
A hepatite B, causada pelo vírus (VHB) é uma doença infecciosa de natureza
viral cuja transmissão é inter-humana podendo apresentar evolução aguda ou
crônica. O número de pacientes infectados é incerto, pois a identificação dos
agentes causadores das hepatites depende de exames sorológicos específicos que
11
requerem técnicas laboratoriais complexas de biologia molecular que são ofertados
de maneira insuficiente (FERREIRA E SILVEIRA, 2004).
A endemicidade da infecção pelo VHB tem importância relevante na
determinação do predomínio das formas de transmissão, podendo ser por via
parenteral (transfusional, compartilhamento de agulhas, seringas ou outros
equipamentos contendo sangue contaminado); sexual; vertical e por meio de
solução de continuidade (pele e mucosa) (SOUTO, 1999).
As maiores regiões de endemicidade para o VHB segundo o Boletim
Epidemiológico de Hepatites Virais, são as regiões Sul e Norte, os quais
apresentaram taxa de detecção de 13,3 e 12,6 por 100.000 habitantes
respectivamente (BRASIL, 2010a).
Em 2009, o Brasil apresentou taxa de detecção de Hepatite B de 7,6/100.000
habitantes, sendo que por Unidade Federada (UF) de residência, a maior taxa
observada foi no estado do Acre (96,2) e a menor no Rio Grande do Norte (1,1).
Neste mesmo ano, Mato Grosso apresentou taxa de 20,8, perdendo apenas para os
estados do Acre, Roraima e Rondônia (BRASIL, 2011)
Em Mato Grosso, foram eleitos pelo Ministério da Saúde (MS) em 2004,
quatro municípios prioritários para o enfrentamento das hepatites virais: Cáceres,
Cuiabá, Rondonópolis e Sorriso, que obedecem a critérios de perfil epidemiológico,
organização da rede de serviços e região de fronteira e fazem parte dos 16
(dezesseis) Escritórios Regionais de Saúde (ERS) que são referência de Vigilância
em Saúde para os municípios do interior do estado.
A inexistência de publicação sobre o perfil epidemiológico da Hepatite B em
Mato Grosso, associado ao agravante de deficiências nas notificações e aos índices
preocupantes da doença no estado, motivaram o desenvolvimento do presente
trabalho, que visa estudar o perfil epidemiológico da hepatite B no estado de Mato
Grosso no período de 2002 a 2011. A escolha deste tema se deu também por ser
um assunto de relevância para o Programa de DST/AIDS e Hepatites Virais da
SES/MT.
Este estudo busca responder, também, algumas questões mais específicas
como identificar a detecção da Hepatite B em gestantes, a faixa etária de maior
acometimento da doença e a evolução desta no estado de Mato Grosso no período
selecionado.
12
Frente a este contexto o presente trabalho, contribuirá ainda para a
identificação, análise de dados e planejamento de estratégias visando o diagnóstico
precoce, o acesso ao tratamento em tempo oportuno e o acolhimento humanizado
dos clientes pela rede de assistência.
Os aspectos terapêuticos não serão abordados nesse estudo.
13
2 REVISAO DE LITERATURA
2.1 HEPATITES VIRAIS: CONCEITOS BÁSICOS
Segundo Silva (1995), as hepatites virais são doenças provocadas por
diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que
apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes,
porém com importantes particularidades.
A distribuição das Hepatites Virais é universal, cuja magnitude varia de região
para região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta
variação também ocorre. Elas têm grande importância para a saúde pública e para o
individuo, pelo número de pessoas atingidas e também pela possibilidade de
complicações das formas agudas e crônicas. As suas formas de transmissão variam
de acordo com o tipo de vírus. A Hepatite A (VHA) e E (VHE) estão relacionados às
condições econômicas, saneamento básico, qualidade da água, higiene pessoal e
dos alimentos, sendo a transmissão fecal-oral, por meio da ingestão de água e
alimentos contaminados. (FERREIRA e SILVEIRA, 2004).
Já os vírus das Hepatites B, C e D (delta) possuem várias formas de
transmissão sendo as mais comuns por via parenteral, vertical, por solução de
continuidade, transfusão de sangue e hemoderivados e por relações sexuais
desprotegidas, sendo considerada Doença Sexualmente Transmissível – DST
(BRASIL, 2009a).
A transmissão vertical do HBV se dá em 70% a 90% dos casos de mães com
replicação viral, enquanto que na hepatite C, esse tipo de transmissão é bem menos
frequente, ocorrendo em aproximadamente 6% dos casos (BRASIL, 2005).
A prevenção e o controle se dão por meio de medidas profiláticas em relação
à fonte de infecção e imunização (esta última em se tratando da Hepatite A e B).
Estão na lista de doenças de notificação compulsória, o que significa que cada
ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde, cujo papel é
fundamental para investigar, assistir e acompanhar os portadores de hepatites
independente de relatos de sintomas ou não. Esse registro é importante para
mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas
no setor (BRASIL, 2009b).
14
Ainda que, a evolução da hepatite varie de acordo com os tipos de vírus, os
da A e E se apresentam na forma aguda. Na maioria das vezes apresentam-se de
forma assintomática não possuindo potencial para formas crônicas. Após a infecção
com os vírus A e E o indivíduo adquire imunidade permanente apresentando nos
exames laboratoriais apenas os anticorpos da Classe IgG que confere imunidade
passada. Já as hepatites causadas pelos vírus da B, C e D podem apresentar tanto
formas agudas quanto crônicas de infecção. Neste aspecto, se a doença persistir no
organismo por mais de seis meses é considerada crônica. Esta cronicidade pode
acarretar danos mais graves ao fígado e ainda, desenvolver cirrose e/ou câncer.
(BRASIL, 2008b).
2.2 HISTÓRIA E CARACTERIZAÇÃO DAS HEPATITES VIRAIS NO MINISTÉRIO
DA SAÚDE E EM MATO GROSSO
As hepatites virais vêm sendo estudadas ao longo do tempo, o que
proporciona um acúmulo de conhecimento técnico-científico com o qual podemos
comparar os achados no banco de dados trabalhado (TRINDADE et. al, .2004). No
entanto, apenas na década de 80, o MS iniciou a abordagem das hepatites virais no
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, seguindo recomendação da
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em 1986, por iniciativa da Secretaria
Nacional de Ações Básicas (SNABS), foi organizada a primeira sistematização da
coleta de informações sobre esse agravo, a nível nacional, tendo como base as
informações de mortalidade, através do qual se fizeram as primeiras inferências de
vigilância epidemiológica no país (BRASIL, 2008a).
A Gerência Técnica das Hepatites Virais foi implantada no início da década de
90, com a criação do Centro Nacional de Epidemiologia – CENEPI/FUNASA/MS,
com o objetivo de implementar um sistema de vigilância epidemiológica em todo o
país, com atribuições técnicas, administrativas e operacionais. Em 1996, as
hepatites virais foram incluídas na lista de doenças de notificação compulsória e
notificadas em instrumento de investigação único (Anexo I). Os índices de
mortalidade foram usados como parâmetro (BRASIL, 2008c).
Em 2002, com a criação do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV), a
vigilância epidemiológica deste agravo passou a ser uma das vertentes de atuação.
Neste mesmo ano, criou-se o Programa Estadual de Hepatites Virais no estado de
15
Mato Grosso. No ano de 2009 o PNHV passou a integrar o programa DST/AIDS,
com o objetivo de otimizar as ações, dando enfoque ao agravo Hepatites Virais, com
maior visibilidade, bem como, agilidade nas tomadas de decisões.
Sendo esse um quadro preocupante, a Vigilância Epidemiológica Estadual
criou a Coordenação de Hepatites Virais através da Portaria nº 184/2009/GBSES,
publicada no Diário Oficial nº25186, de 21 de outubro de 2009, designando o Comitê
Estadual Para a Prevenção das Hepatites Virais. O Programa Estadual de Hepatites
Virais está inserido na Superintendência de Vigilância em Saúde – Coordenadoria
de Vigilância Epidemiológica – Gerência de Doenças e Agravos Endêmicos. Apesar
do Programa Nacional de Hepatites Virais encontrar-se inserido no Departamento de
DST/AIDS, em Mato Grosso essa inserção ainda não foi efetivada, principalmente
devido a carência de recursos humanos, porém, várias ações são realizadas
conjuntamente.
2.2.1. O vírus da Hepatite B
O vírus da hepatite B (HBV) é altamente infectivo e facilmente transmissível.
Pode se manter viável por até sete dias no ambiente externo e em condições
normais. É, aproximadamente, 100 vezes mais infectante que o vírus da
imunodeficiência humana (HIV) e dez vezes mais do que o vírus da Hepatites C
(VHC). Sua transmissão se dá pela via sexual, por transfusões de sangue,
procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas
de biossegurança, por contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de escova
dental e lâminas de barbear), acidentes perfuro cortantes, compartilhamento de
seringas (usuários de drogas) e de material para a realização de tatuagens e
piercings. A transmissão vertical - de mãe para filho − do vírus da hepatite B pode
ocorrer durante o parto, pela exposição do recém-nascido ao sangue (COSTA,
PAULA, IGNOTTI, 2012; TAUIL, AMORIM, PEREIRA, ARAÚJO, 2012).
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite B (HBV),
conhecida anteriormente como soro-homóloga. O agente etiológico é um vírus DNA,
hepatovírus da família hepadnaviridae, podendo apresentar-se como infecção
assintomática ou sintomática. Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95%
se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus por mais de 6 meses, evoluindo para a
forma crônica da doença (TRINDADE et al., 2004).
16
Os bebês, ao nascerem, possuem sistema imunológico incapaz de
desenvolver boa defesa contra o vírus da hepatite B. Quando ocorre o contágio
durante o parto, essa condição faz com que grande número de células se infecte.
Com o tempo, o organismo evolui para a hepatite crônica leve correspondendo a
90% dos casos. Ressalta-se que não há evidências de que o aleitamento materno
aumente o risco de transmissão da hepatite B da mãe para o bebê. Por isso, a
amamentação não está contra-indicada em mães portadoras da doença, desde que
seu filho receba a vacina e a imunoglobulina, preferencialmente, nas primeiras 12
horas de vida (CONCEIÇÃO et al., 2009).
A hepatite B pode se manifestar de forma aguda ou crônica, sendo que em
qualquer uma das duas, o sangue e os outros fluídos corpóreos do portador já
podem ser infectantes de duas a três semanas antes de aparecerem os primeiros
sinais e sintomas da doença e permanecer assim até o aparecimento de anticorpos
de imunidade (anti-HBs) (SILVEIRA et al, 1999).
A evolução clínica da Hepatite B varia conforme fatores relacionados à cepa
do vírus e ao hospedeiro. Sendo assim, após uma hepatite aguda, o indivíduo pode
curar-se completamente ou continuar com vírus do seu organismo, tornando-se um
portador crônico. A cura está diretamente relacionada a esta lesão, a virulência do
agente etiológico, ao estado imunológico do portador e ao diagnóstico precoce da
doença (CHAVEZ; CAMPANA; HAAS, 2003).
Um agravante a ser mencionado é o fato de a cronificação ser inversamente
proporcional a idade de contato com o vírus, ou seja, quando a transmissão do
mesmo se dá no período perinatal a probabilidade de evolução para a forma crônica
da doença é de 90% e o risco de acometimento de formas graves como a hepatite
fulminante também é aumentado (FERREIRA e SILVEIRA, 2004).
Mesmo tendo uma resposta imunológica eficaz (entre 90 a 95% da população
imunocompetentes), o aumento da cobertura vacinal ainda é um dos desafios a ser
superado juntamente com a redução da transmissão vertical (BRASIL, 2003).
Atualmente, a vacina contra hepatite B é oferecida pelo Sistema Saúde Único
(SUS), na faixa etária de 0 a 29 anos, 11 meses e 29 dias de idade e para grupos de
maior vulnerabilidade como gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais,
manicures, populações indígenas, doadores de sangue, gays, lésbicas, travestis e
transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, portadores de DST e outras
(BRASIL, 2010b). A vacina deve ser aplicada em três doses com intervalo de um
17
mês entre a primeira e a segunda e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Ainda que tenha uma vacina eficaz, a hepatite B é hoje um dos mais graves
problemas de saúde pública e um dos maiores desafios da humanidade no século
XXI (BRASIL, 2006).
2.3 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
De acordo com o Ministério da Saúde, as funções da Vigilância
Epidemiológica (VE) são: coleta de dados, processamento dos dados coletados,
análise e interpretação dos dados processados, recomendação das medidas de
controle apropriadas, promoção das ações de controle indicadas, avaliação da
eficácia e efetividade das medidas adotadas e divulgação de informações
pertinentes (BRASIL, 2002).
Para Trindade et. al, (2004), a análise realizada a partir dos dados coletados é
de suma importância para traçar ações de prevenção a serem executadas no estado
e municípios. Com o envolvimento direto de especialistas em saúde pública no
processo, os mesmos pesquisam, observam o processo saúde-doença, a freqüência
e ainda, os fatores determinantes, a fim de promover a saúde, visando o controle
das doenças.
Em 1975, a lei nº 6259 instituiu o Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica, o qual estabeleceu normas relativas à obrigatoriedade da
notificação compulsória de algumas doenças e agravos. Para a coleta e
transferência destes dados, desde 1994, o Sistema Nacional de Informações e
Agravos de Notificação (SINAN) vem sendo utilizado oficialmente nas três esferas de
governo - federal estadual e municipal. Portanto, os dados relacionados à Hepatite B
são coletados por meio deste sistema em que é considerado caso, o indivíduo que
preencha as condições de caso suspeito e que apresente um ou mais marcadores
sorológicos reagentes ou exame de biologia molecular para Hepatite B (BRASIL,
2002).
18
3 OBJETIVOS
3.1 GERAL
Caracterizar o perfil epidemiológico da Hepatite B no Estado de Mato Grosso
de 2002 a 2011.
3.2 ESPECÍFICOS
- Descrever a incidência da Hepatite B por idade, sexo e formas de
transmissão no estado de Mato Grosso de 2002 a 2011.
- Identificar a distribuição da incidência da Hepatite B segundo Escritório
Regional de Saúde em Mato Grosso de 2002 a 2011.
- Estimar a taxa de incidência da Hepatite B em gestantes de 2002 a 2011.
19
4 MÉTODOS
4.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo descritivo, ecológico de abordagem exploratória.
4.2 LOCAL DO ESTUDO
O estudo foi realizado no Estado de Mato Grosso, que possui 141 municípios
e desde 2012, encontra-se dividido em 16 (dezesseis) Regiões de Saúde
(RS)/Escritórios Regionais de Saúde (ERS), assim distribuídas, RS Alto Tapajós
(ERS Alta Floresta), RS Baixada Cuiabana (ERS Baixada Cuiabana), RS Baixo
Araguaia (ERS Porto Alegre do Norte), RS Norte Araguaia Karajá (ERS São Félix do
Araguaia), RS Centro Norte Matogrossense (ERS Diamantino), RS Garças Araguaia
(ERS Barra do Garças), RS Médio Araguaia (ERS Água Boa), RS Médio Norte
Matogrossense (ERS Tangará da Serra), RS Norte Matogrossense (ERS Colíder),
RS Noroeste Matogrossense (ERS Juína), RS Oeste Matogrossense (ERS
Cáceres), RS Sudoeste Matogrossense (ERS Pontes e Lacerda), RS Sul
Matogrossense (ERS Rondonópolis), RS Teles Pires (ERS Sinop), RS Vale do
Arinos (ERS Juara), RS Vale do Peixoto (ERS Peixoto de Azevedo).
Cada escritório regional de saúde compreende um quantitativo variável de
municípios e possuem diferenças epidemiológicas específicas, devido as suas
particularidades e peculiaridades que não foram descritas no presente trabalho.
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO
A população do estudo foi composta pelos pacientes que foram notificados
com hepatite B no período em estudo.
4.4 FONTE DE DADOS
Utilizou-se a fonte de dados do SINAN/NET/MT e a coleta de dados foi
realizada no período de agosto de 2012, na Secretaria Estadual de Saúde,
Coordenadoria de Vigilância em Saúde/Gerencia de Vigilância Epidemiológica,
20
mediante autorização dessa coordenadoria. A fonte dos dados populacionais foi o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
4.5 VARIÁVEIS DO ESTUDO
As variáveis utilizadas foram: sexo, idade, faixa etária, se gestante ou não,
forma de transmissão e local de residência.
4.6 ANÁLISE DE DADOS
Os resultados foram avaliados através da distribuição de frequências
absolutas e relativas das variáveis e apresentados através de tabelas e gráficos,
constituídos através do programa Microsoft Excel, 2012.
21
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A evidência de forma crescente é visível no Quadro 1, que demonstra que
apesar das variações entre os municípios, o ápice na taxa de incidência foi no ano
de 2011 com 25,93/100.000 habitantes em Mato Grosso.
No ano de 2009, o Brasil registrou 7,6 casos de hepatite B por 100 mil
habitantes. A maior taxa observada no país foi do estado do Acre (96,2) e, a menor,
no Rio Grande do Norte (1,1). Mato Grosso apresentou taxa de 22,9 em 2009, sendo
a maior da região Centro Oeste, ficando em nível nacional em 4º lugar, ouse, abaixo
apenas do Acre (96,2), Roraima (26,8) e Rondônia (23,7). Em 2010 o Estado de
Mato Grosso apresentou decréscimo na taxa de detecção, passando de 22,9 em
2009 para 21,2 em 2010, com a maior taxa da região do Centro-Oeste, e em 5º lugar
a nível nacional (BRASIL, 2011).
Notou-se um decréscimo das taxas de detecção em todos os estados em
relação ao ano de 2009, conforme relato anterior, com exceção do estado de Santa
Catarina que apresentou incremento no número de casos confirmados. Vale
ressaltar que esse decréscimo nas taxas de detecção pode ter se dado devido a
intensificação das ações em saúde, dando maior visibilidade ao programa de
Hepatites Virais, bem como, a integração com as diversas interfaces do cuidado,
entre elas, a atenção básica.
Quadro 1.- Detecção de Hepatite B (por 100.000 hab.) segundo ano de notificação e
município de residência. Mato Grosso. 2002 a 2011.
Município de
Residência
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Acorizal
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
18,1
Água Boa
6,8
0,0
0,0
40,4
73,9
35,4
49,3
43,1
33,6
47,9
Alta Floresta
6,4
2,1
0,0
0,0
33,8
7,8
23,3
44,7
22,4
56,9
Alto Araguaia
0,0
0,0
0,0
0,0
8,4
0,0
0,0
12,8
12,8
6,4
Alto Da Boa Vista
0,0
0,0
22,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Alto Garcas
0,0
0,0
59,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
9,7
9,7
Alto Paraguai
0,0
0,0
65,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Alto Taquari
0,0
0,0
37,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
12,4
0,0
Apiacas
0,0
15,4
0,0
15,8
0,0
48,6
11,9
23,3
70,0
58,4
Araguaiana
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Araguainha
0,0
0,0
0,0
0,0
77,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Araputanga
14,3
0,0
20,9
20,7
13,7
25,1
6,2
6,5
26,1
6,5
22
Município de
Residência
Arenapolis
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
0,0
9,2
0,0
19,7
0,0
0,0
40,4
19,4
19,4
18,4
5,9
16,2
0,0
5,0
10,0
9,7
80,4
32,2 107,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
12,7
0,0
52,7
0,0
0,0
Barra do Bugres
0,0
0,0
9,4
30,5
11,9
23,7
32,0
44,0
28,3
53,5
Barra do Garças
Bom Jesus do
Araguaia
11,1
0,0
0,0
0,0
3,5
27,3
3,6
1,8
7,1
5,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Brasnorte
18,3
0,0
0,0
8,0
0,0
0,0
6,6
13,0
32,6
26,0
Cáceres
0,0
11,6
1,1
2,2
1,1
0,0
0,0
3,4
3,4
2,3
Campinápolis
Campo Novo do
Parecis
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
7,1
0,0
0,0
0,0
7,0
14,0
4,4
4,0
3,8
43,0
8,6
12,6
36,3
43,5
21,8
0,0
0,0
0,0
0,0
7,5
14,7
42,6
60,1
63,3
25,3
Aripuana
Barão de Melgaço
Campo Verde
Campos de Júlio
19,4
28,8
0,0
0,0
0,0
44,7
59,9
0,0
38,8
38,8
38,8
Canabrava do Norte
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Canarana
0,0
5,7
10,7
0,0
25,1
22,5
38,8
21,3
21,3
69,3
18,3
0,0
0,0
0,0
11,7
8,3
33,1
18,2
9,1
27,3
Castanheira
Chapada dos
Guimaraes
0,0
0,0
28,3
0,0
0,0
12,4
37,2
0,0
60,7
60,7
0,0
0,0
0,0
0,0
10,9
0,0
0,0
11,2
11,2
11,2
Claudia
9,3
0,0
0,0
8,3
8,0
9,1
26,9
0,0
18,1
9,1
Cocalinho
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
18,2
Colider
0,0
0,0
7,4
37,4
7,5
18,9
37,4
29,2
29,2
22,7
Colniza
0,0
8,1
0,0
0,0
6,8
0,0
3,2
7,6
3,8
37,9
Comodoro
5,9
17,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
5,5
11,0
11,0
Confresa
0,0
4,2
0,0
3,5
0,0
0,0
0,0
8,0
19,9
11,9
Conquista D Oeste
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Cotriguaçu
9,7
0,0
0,0
29,9
42,6
6,9
6,7
13,3
26,7
53,4
Cuiabá
1,6
3,1
3,2
5,0
13,0
12,7
13,6
16,9
18,1
16,1
Curvelândia
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Denise
0,0
0,0
10,9
0,0
0,0
9,2
0,0
35,2
0,0
0,0
Diamantino
0,0
0,0
19,8
19,5
0,0
21,1
21,1
9,8
0,0
14,7
Dom Aquino
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
12,2
12,2
0,0
37,8
96,4
10,9
0,0
40,1
46,4
80,6
9,1
36,6
27,4
Figueirópolis D’Oeste
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
52,7
0,0
Gaúcha do Norte
0,0
0,0
0,0
0,0
17,3
0,0
0,0
15,9
0,0
0,0
General Carneiro
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
39,7
0,0
0,0
19,9
Glória D’Oeste
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
31,9
0,0
0,0
Guarantã Do Norte
9,8
3,2
0,0
38,5
57,7
75,5
40,4
71,4
9,3
90,0
Guiratinga
0,0
0,0
8,8
9,0
0,0
13,9
6,9
43,1
0,0
0,0
Indiavaí
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Ipiranga do Norte
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
21,5
39,0
0,0
78,1
Itanhangá
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
19,7
0,0
18,9
18,9
Itaúba
16,4
0,0
15,7
0,0
0,0
0,0
21,8
0,0
0,0
21,9
Itiquira
10,4
0,0
0,0
39,7
0,0
23,6
0,0
26,1
34,8
26,1
Carlinda
Feliz Natal
23
Município de
Residência
Jaciara
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
15,8
3,9
0,0
10,9
10,7
0,0
15,4
27,3
19,5
31,2
Jangada
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
13,0
Jauru
0,0
0,0
7,8
0,0
0,0
0,0
0,0
9,6
0,0
0,0
Juara
15,1
14,8
22,6
60,8
64,9
30,3
15,0
36,6
64,0
85,4
Juína
62,1
15,4
12,7
40,5
25,2
35,4
27,7
33,1
84,1
58,6
Juruena
66,2
48,1
0,0
0,0
0,0
10,9
0,0
0,0
Juscimeira
24,2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
16,4
17,5
17,5
43,7
Lambari D’Oeste
23,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
55,2
0,0
0,0
Lucas do Rio Verde
8,6
16,4
0,0
14,0
16,6
9,3
11,9
2,2
19,8
39,5
Luciara
0,0
0,0
0,0
48,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Marcelândia
12,3
6,0
5,6
16,1
10,4
20,7
0,0
8,3
50,0,
8,3
Matupá
44,6 116,1
43,0
25,6
25,1
8,3
57,3
27,0
39,5
49,4
56,4
35,3
Mirassol D’Oeste
4,4
4,4
8,8
0,0
8,8
3,9
7,8
3,9
3,9
19,7
Nobres
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
6,5
20,0
86,6
20,0
Nortelândia
Nossa Senhora do
Livramento
62,7
49,1
18,2
19,4
20,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
7,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
8,6
Nova Bandeirantes
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
8,6
51,5
42,9
Nova Brasilândia
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Nova Canaã do Norte
0,0
0,0
0,0
18,3
18,3
15,3
15,1
16,5
41,2
8,2
Nova Guarita
17,9
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
20,4
20,3
60,8
0,0
Nova Lacerda
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
18,4
55,2
0,0
279,4
36,4
105,4
34,6
136,3
84,4
212,9
33,9
0,0
0,0
Nova Maringá
0,0
122,5
0,0
0,0
47,4
0,0
0,0
30,3
15,2
0,0
Nova Monte Verde
0,0
0,0
11,6
0,0
0,0
11,8
11,6
12,3
24,7
0,0
Nova Mutum
6,3
0,0
10,9
15,6
5,0
15,6
14,8
22,1
18,9
47,4
Nova Nazaré
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Nova Olímpia
6,1
5,8
0,0
10,2
14,7
34,4
23,8
45,8
22,8
22,8
Nova Santa Helena
0,0
28,8
0,0
81,7
26,7
57,9
259,5
28,8
28,8
28,8
Nova Ubiratã
0,0
14,7
26,9
38,7
61,9
12,3
95,5
54,2
10,8
65,1
Nova Xavantina
Novo Horizonte do
Norte
0,0
0,0
0,0
5,8
0,0
0,0
46,4
10,2
5,1
10,2
0,0
0,0
0,0
0,0
34,8
0,0
0,0
26,6
0,0 106,7
17,7
0,0
0,0
0,0
29,7
14,3
0,0
109,1
0,0
0,0
Novo Santo Antonio
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Novo São Joaquim
12,3
0,0
11,4
0,0
0,0
0,0
14,3
49,6
0,0
16,5
Paranaíta
0,0
21,1
22,1
11,4
11,6
16,7
33,0
46,8
28,1
74,8
Paranatinga
0,0
0,0
0,0
6,3
12,6
19,2
0,0
20,7
20,7
31,1
Pedra Preta
6,9
0,0
6,6
0,0
0,0
6,2
0,0
6,3
6,3
0,0
35,2
4,6
26,0
38,9
77,6
46,7
92,2
45,4
12,9
35,7
Planalto da Serra
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Poconé
0,0
9,6
3,2
12,7
9,5
3,1
9,3
12,6
6,3
0,0
Pontal do Araguaia
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
18,5
0,0
18,5
Ponte Branca
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Nova Marilândia
Novo Mundo
Peixoto de Azevedo
24
Município de
Residência
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Pontes e Lacerda
5,1
7,5
4,8
2,4
13,8
7,7
2,5
9,6
4,8
16,9
Porto Alegre do Norte
0,0
0,0
10,7
0,0
10,4
0,0
19,8
37,2
46,5
0,0
Porto dos Gaúchos
0,0
16,2
15,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
18,3
91,7
Porto Esperidião
0,0
0,0
73,5
9,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Porto Estrela
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
54,8
Poxoréo
0,0
5,4
0,0
5,8
0,0
77,8
11,2
5,7
0,0
5,7
14,5
17,7
3,5
15,0
25,3
19,4
36,2
19,2
17,3
11,5
Querência
0,0
22,21
20,1
0,0
0,0
0,0
8,6
0,0
0,0
7,7
Reserva do Cabaçal
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
38,8
Ribeirão Cascalheira
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
22,5
Ribeirãozinho
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Rio Branco
0,0
0,0
21,3
21,7
0,0
0,0
0,0
19,7
19,7
0,0
Rondolândia
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
86,8
28,7
0,0
0,0
0,0
Rondonópolis
8,8
18,6
9,6
3,5
6,9
7,3
22,5
29,1
22,0
31,7
Rosário Oeste
0,0
5,5
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Salto do Céu
0,0
28,0
0,0
0,0
40,4
27,0
0,0
0,0
25,6
0,0
Santa Carmem
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
21,8
24,5
Santa Cruz do Xingu
Santa Rita do
Trivelato
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
40,1
0,0
40,1
Santa Terezinha
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Santo Afonso
Santo Antônio do
Leste
Santo Antônio do
Leverger
71,9
0,0
0,0
92,5
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
33,4
0,0
0,0
0,0
0,0
88,3
0,0
27,9
0,0
0,0
53,3
0,0
0,0
0,0
0,0
6,5
10,0
4,9
5,4
10,8
5,4
São Felix do Araguaia
0,0
0,0
10,8
0,0
10,9
0,0
8,8
9,4
9,4
0,0
São Jose do Povo
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
29,3
28,9
55,6
55,6
0,00
22,3
0,0
14,1
0,0
6,8
5,5
5,3
5,8
0,0
0,0
São Jose do Xingu
São Jose dos Quatro
Marcos
0,0
0,0
14,9
0,0
0,0
0,0
0,0
19,1
0,0
0,0
0,0
5,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
10,5
5,2
15,8
São Pedro Da Cipa
0,0
55,8
27,6
0,0
27,3
23,9
0,0
48,1
48,1
24,0
10,1
28,6
8,4
0,0
14,9
26,6
50,8
16,6
44,2
16,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Sinop
19,6
33,1
8,1
7,7
1,8
12,7
12,3
106,9
61,9
58,3
Sorriso
16,7
4,5
8,3
23,7
60,5
58,8
61,6
22,5
34,6
75,1
0,0
0,0
0,0
0,0
5,6
0,0
9,3
30,2
30,2
40,3
Tangara Da Serra
10,8
4,5
11,4
29,0
13,4
16,3
18,3
31,1
20,4
52,7
Tapurah
Primavera do Leste
São Jose do Rio Claro
Sapezal
Serra Nova Dourada
Tabaporã
73,4 146,9
15,5
15,1
0,0
64,6
0,0
18,1
69,5
0,0
9,6
48,1
Terra Nova Do Norte
0,0
0,0
0,0
0,0
44,7
13,3
6,6
35,4
115,1
35,4
Tesouro
0,0
39,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
29,2
Torixoreu
0,0
0,0
23,3
0,0
0,0
47,8
0,0
73,7
24,5
0,0
União do Sul
Vale de São
Domingos
0,0
39,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
53,2
26,6
0,0
0,0
28,8
0,0
0,0
0,0
0,0
33,8
0,0
0,0
0,0
25
Município de
Residência
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Várzea Grande
1,7
2,9
0,8
6,7
9,6
5,5
16,2
13,1
13,8
10,3
Vera
Vila Bela da S
Trindade
49,6
0,0
0,0
17,4
25,2
0,0
21,0
19,5
9,7
39,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
6,9
0,0
0,0
6,9
0,0
0,0
20,6
19,9
4,8
10,2
4,9
9,3
9,3
0,0
Mato Grosso
7,2
Fonte: SINANNET/SES/MT
7,0
5,7
9,1
13,3
13,1
17,0
22,9
21,2
25,9
Vila Rica
Mapa1. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo município de
residência. Mato Grosso, 2010*.
Fonte: SINANNET/SES/MT
Considerando as taxas de detecção e os municípios de residência, o Mapa 1
demonstra uma visão geral dos locais onde foram identificadas as notificações de
Hepatite B no estado, no ano de 2010.
No Gráfico 1, verifica-se que em 2010 o estado de Mato Grosso apresentou
taxa de detecção de 21,2 por 100.000 habitantes e apenas três ERS apresentaram
taxas abaixo da média nacional, o que confere alta endemicidade ao estado. Isto
tem servido de parâmetro para o planejamento de capacitações e ações nas
localidades de maior incidência como os ERS de Juara, Juína e Sinop.
26
Gráfico 1. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo escritório
regional por ano de notificação. Mato Grosso, 2010.
Fonte: SINANNET/SES/MT
Existe uma discrepância importante nas taxas de detecção da Hepatite B em
todo o Estado de Mato Grosso, o que é visivelmente demonstrado nos gráficos 2 e
3, e, não se pode deixar de trabalhar com algumas hipóteses que vão desde o fato
de um aumento real no número de doentes como também a possível necessidade
de treinamento e sensibilização dos profissionais quanto a importância dos dados
inseridos na ficha do SINAN, a existência de inconsistências nas mesmas e
dificuldades de captação desses pacientes pela rede de assistência para o
diagnóstico e tratamento oportuno.
A existência de municípios silenciosos quanto às notificações (Quando 1) nos
conduz a hipóteses como, a inexistência de doentes, a dificuldade no diagnóstico, ou
ainda, a subnotificação de casos no SINAN.
Outro fator importante que deve ser levado em consideração ao analisar os
dados municipais (apesar de não ter sido trabalhado neste estudo) são as
coberturas vacinais de cada local. Provavelmente, os locais onde os índices vacinais
encontram-se próximo ou igual ao recomendado pelo Ministério da Saúde (98%
conforme Manual do PNI) e onde as medidas profiláticas adequadas para o RN de
mães portadoras de Hepatite B sejam devidamente administradas, terão uma menor
taxa de detecção desta afecção.
27
Gráfico 2.- Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo Escritório
Regional de Saúde (8) por ano de notificação. Mato Grosso, 2002 a 2011.
Fonte: SINANNET/SES/MT
Gráfico 3.- Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo Escritório
Regional de Saúde (8) por ano de notificação. Mato Grosso, 2002 a 2011.
Fonte: SINANNET/SES/MT
As prováveis fontes/mecanismo de infecção inerentes a hepatite B são
apresentadas nos Gráficos 4 e 5. Nota-se um decréscimo do percentual de casos
ignorados/branco (Gráfico 4) e registrados como outros, o que indica melhora na
qualidade dos dados. Em contrapartida, a via sexual é forma predominante de
28
transmissão, reforçando a importância de intensificação das ações relacionadas à
utilização de preservativo e sexo seguro (Gráfico 5).
Gráfico 4.- Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo a definição da
provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Mato Grosso, 2002 a
2011.
Fonte: SINANNET/SES/MT
Gráfico 5.- Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo a provável
fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Mato Grosso, 2002 a 2011.
Fonte: SINANNET/SES/MT
Dentre os casos de hepatite B, um importante destaque deve ser dado às
gestantes, devido à possibilidade de transmissão vertical e da existência de medidas
profiláticas da infecção no recém-nascido.
29
No Brasil, nos últimos 6 anos a taxa de detecção em gestantes foi de 0,5 por
mil habitantes (BRASIL, 2010a). Em 2009 e 2010 a região Centro Oeste apresentou
a maior taxa, 1,3 e 1,1/1.000 habitantes, respectivamente (BRASIL, 2010a). O
estado de Mato Grosso apresentou taxa de detecção em gestantes de 2,8 e 3,2
respectivamente nos anos de 2009 e 2010 conforme Gráfico 6, superior as taxas da
região Centro Oeste e do país.
Esse aumento expressivo não necessariamente afirma que houve um
acréscimo no número real de casos, mas sugere que ocorreu uma melhoria na
qualidade da implementação da assistência ao Pré-Natal, que possibilitou a
identificação de vários casos de mães HBsAg positivas nos exames de rotina de
forma precoce.
Mesmo com essa evolução no Pré Natal e com a possibilidade da
imunoprofilaxia dos RNs o Gráfico 5 demonstra valores significativos e preocupantes
sobre a transmissão vertical da Hepatite B no estado. Alguns fatores como a
extensão territorial podem ser citados como um agravante neste caso por dificultar o
acesso de algumas maternidades à imunoglobulina.
Gráfico 6. Incidência de Hepatite B em gestantes segundo ano de notificação. Mato
Grosso, 2002 a 2011.
Fonte: SINANNET/SES/MT
Através do Gráfico 7 identifica-se, assim como acontece nacionalmente, um
predomínio da detecção em pessoas maiores de 25 anos, o que reforça a evidência
das formas de transmissão sexual. Ainda tem-se uma proporção maior de mulheres
diagnosticadas com a Hepatite B até 49 anos mostrando nitidamente a importância
30
que existe na solicitação da sorologia nos exames de pré-natal para o diagnóstico
precoce e para evitar a transmissão vertical.
Gráfico 7.- Taxa de incidência de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo faixa etária
e sexo. Mato Grosso, 2011
Fonte: SINANNET/SES/MT. IBGE.
Sendo a Hepatite B uma doença silenciosa, os exames para a detecção
desse vírus não são comumente solicitados, a não ser no caso de gestantes (como
triagem neonatal e recomendação do Ministério da Saúde) e em triagem de
doadores sanguíneos. Assim sendo, quando o diagnóstico é realizado, na grande
maioria das vezes já há comprometimento hepático, ou seja, o diagnóstico é feito
tardiamente, diminuindo a possibilidade de cura e aumentando os efeitos danosos
ao organismo (AQUINO; PEGADO; BARROS; MACHADO, 2008).
Há necessidade de reverter o cenário atual dos dados epidemiológicos do
estado que se apresentam da maneira descrita abaixo:
- Foram confirmadas 492 pessoas com Hepatite B em Mato Grosso no ano de
2010, com uma taxa de detecção (por 100.000 habitantes) de 16,2, enquanto a taxa
de detecção nacional é de 6,1 (BRASIL, 2011).
- 1º Estado da Região Centro-Oeste com a maior taxa de detecção de casos
confirmados de hepatite B (BRASIL, 2011).
- Em nível nacional ocupa o 5° lugar, ficando acima dos estados do Acre,
Roraima, Santa Catarina e Rondônia (BRASIL, 2011).
31
- Enquanto no Brasil a taxa de detecção de Hepatite B em gestantes é de
0,5/mil nascidos vivos, o Centro-Oeste possui, junto com o Acre, a maior taxa de
detecção do país, sendo de 2,5/mil nascidos vivos, ou seja, cinco vezes maior que a
média nacional (BRASIL, 2011).
Em se tratando das taxas de detecção, tanto o país quanto as regiões
apresentaram crescimento importante de 1999 a 2010. A Região Sul apresenta as
maiores taxas desde 2002, seguida pela Região Norte. As taxas observadas nessas
regiões, em 2009, foram 13,3 e 12,6 por 100 mil habitantes, respectivamente
(BRASIL, 2011).
32
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A hepatite B representa um grave problema de saúde pública mundial, não
apenas pela elevada prevalência, mas também por ser uma das principais causas
de doença hepática crônica, cirrose e carcinoma.
Os métodos preventivos incluem, além da vacinação, a educação em saúde
como instrumento de esclarecimento da população quanto à doença, trabalhos
direcionados a populações vulneráveis, a orientação sobre o não compartilhamento
de objetos de uso pessoal, a necessidade de utilização de preservativos e a
imunoprofilaxia para RNs, de mães HBsAG positivas.
Os desafios do estado de Mato Grosso são inúmeros. Dentre eles destacamse a importância de reforçar políticas públicas de prevenção, a necessidade de
implementação de ações para a realização do diagnóstico precoce da hepatite B, a
melhoria do acesso da população para a realização dos exames confirmatórios
dessa doença, a redução das subnotificações no Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN), a melhoria da qualidade de centros de referência e
assistência aos portadores da doença e estímulo ao fortalecimento da Sociedade
Civil Organizada de portadores de Hepatite B.
33
7 REFERÊNCIAS
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infecções por vírus da hepatite B e vírus da hepatite C em indivíduos do
Estado do Pará. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2008. vol.41, n.4, p. 334-337.
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Imunizações. Brasília: 2010b.
34
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http://www.sbis.org.br/cbis9/arquivos/213.pdf.
35
8 ANEXOS
ANEXO I – Ficha de Investigação de Hepatites Virais
36
Anexo I - Ficha de Investigação de Hepatites Virais (continuação)
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