Hoje na Economia Edição 1500 20/04/2016 Mercados financeiros voltam a ter um desempenho mais negativo, com reversão dos movimentos vistos ontem. Na Ásia bolsas importantes tiveram quedas, mas o índice MSCI Ásia Pacífico ficou praticamente estável. A bolsa de Xangai teve forte queda, de -2,3%, após um economista do Banco do Povo da China dizer que futuras ações do PBoC, apesar de ainda terem de ajudar o crescimento, também devem dar atenção aos riscos macroeconômicos, diminuindo a probabilidade de estímulos na economia chinesa. O índice Nikkei225 do Japão chegou a subir 1,2%, mas terminou o dia a 0,19%, com notícias ruins de empresas e o iene basicamente estável (0,01%), a ¥/US$ 109,21. Os preços de commodities voltaram a cair. A greve dos petroleiros no Kuwait terminou, e com isso o preço do petróleo tipo WTI cai -2,22%, cotado a US$ 40,17/barril. Outras commodities têm comportamento diverso, no entanto, com o preço do minério de ferro subindo mais de 5% após importante mineradora australiana divulgar expectativa de menor produção no futuro. Na Europa, as bolsas operam em queda. O índice pan-europeu STOXX600 recua -1,20%. Em Londres, o índice de ações FTSE100 cai -0,47%; em Paris o índice CAC40 se desvaloriza 0,06%; em Frankfurt o DAX cai -0,07%. O euro está cotado a US$/€ 1,1364, apreciando 0,05% contra o dólar. Os mercados europeus também operam de acordo com as expectativas da reunião de amanhã do Banco Central Europeu. O índice DXY do dólar está subindo 0,07%. Os juros da Treasury de 10 anos estão em queda, a 1,769% a.a.. O futuro do S&P500 inicia o dia em queda de -0,17%, após ter alcançado o maior nível desde dezembro ontem. Mais dados de housing saem hoje (vendas de casas já existentes), com pouco impacto sobre os mercados, que devem dar mais atenção ao resultados de empresas. Ontem o Banco Central pela primeira vez desde o fim de março não realizou leilões de swap reverso, e com isso o real se valorizou, terminando o dia a R$/US$ 3,53. Após a grande volatilidade na segunda-feira, o Banco Central deve seguir atuando com mais cautela, uma vez que também após a votação do impeachment o movimento de valorização do real parece ter ficado menos forte. Hoje o real deve se valorizar ligeiramente, e o BC pode voltar a intervir se o movimento eventualmente se mostrar muito forte, em especial se a cotação ficar abaixo de 3,50. Hoje sairão dados do IPCA-15 de abril, da taxa de desemprego de fevereiro e da conta corrente de março. É esperado que o IPCA-15 de abril suba ligeiramente em relação a março, quando ficou em 0,43%, com o mercado tendo mediana de projeções de 0,46% e a SulAmérica Investimentos 0,50%. Se o IPCA-15 surpreender para baixo, como o monitor de inflação FGV está indicando que vai acontecer, os juros futuros podem recuar mais, em especial nos vértices mais curtos, com mais apostas de queda na Selic no futuro próximo. A bolsa brasileira, por sua vez, hoje deve ter um desempenho modesto, ajudada pela alta no preço de minério de ferro, mas atrapalhada pela queda no preço de petróleo e das bolsas mundiais. Superintendência de Economia SulAmérica Investimentos Sulamericainvestimentos.com.br