Roma: A expansão do Império Romano durante o período republicano teve como consequência o enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes e crescimento do número de escravos. A história política da Roma antiga é dividida em três etapas: a Monarquia, a República e o Império. Na República, houve a criação da Assembleia da Plebe, que resultou da resistência dos plebeus contra o controle do poder político republicano nas mãos dos patrícios. Os principais tribunos da plebe foram Tibério e Caio Graco. Estes, para resolver a crise, fundaram colônias agrícolas nas províncias para camponeses sem terra e venda do trigo com preço inferior ao do mercado. Durante a República Romana, a conquista da igualdade civil e política, os tribunos da plebe e a lei das Doze tábuas foram decorrentes da marginalização política, discriminação social e desigualdade econômica que afetavam a plebe romana. A crise da República e o surgimento do Império Romano foram ocasionados pelo êxodo rural e pelas crises de abastecimento, que geraram conflitos civis e constantes convocações de ditadores, generais e triunviratos. César não saíra de sua província para fazer mal algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para restabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a liberdade a si e ao povo romano oprimido pela facção minoritária. Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 67. O texto, do século I a.C., retrata o cenário romano de transição da República ao Império, período de reformulações provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da insatisfação da plebe. Na Roma Antiga, a expressão "até tu Brutus?" foi atribuída a Júlio César que, de acordo com fontes históricas, a teria proferido no momento de seu assassinato, em 44 a.C. Nesse contexto da história de Roma, Júlio César tornou-se conhecido porque adquiriu grandes poderes e privilégios especiais, como os títulos de ditador perpétuo e de censor vitalício, suscitando lutas políticas pelo poder, sobretudo no Senado Romano. A religião romana era essencialmente politeísta, e o culto ao imperador era de grande significado pelo fator da unidade que representava. Durante um período determinado, teve início o questionamento dessa ideia por parte dos primeiros cristãos. Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos. O Edito de Milão, de 313 d.C., foi o mecanismo encontrado pelo imperador Constantino para liberar e reconhecer oficialmente o culto do cristianismo. Além disso, Constantino passou a ser o protetor da Igreja. Durante o governo de Teodósio, o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano. Teodósio estabeleceu que após a sua morte, ocorrida em 395, o Império, para ser melhor administrado, deveria ser dividido em duas partes: o Império do Ocidente e o Império do Oriente. Roma, de simples Cidade-Estado, transformou-se na capital do maior e o mais duradouro dos impérios conhecidos. O declínio e a queda do Império Romano geraram a barbarização do exército e crise no modo de produção escravista.