Religião Romana Prof. Osvaldo Os aspectos mais antigos da religião romana são voltados ao culto dos espíritos dos mortos e ao animismo (crença nas forças da natureza). Particularmente importante foi a assimilação dos deuses gregos. Zeus (Jupiter) Hera (Juno) Poseidon (Netuno) Hades (Plutão) Afrodite (Vênus) Ares (Marte) Athena (Minerva) Hermes (Mercúrio) Dionísio (Baco) Apólo Com o processo de expansão romana, os contatos com os povos do Oriente permitiu também a assimilação de alguns aspectos de suas religiões, como o culto a Grande Mãe (Cibele) e da tendência de divinização do governante. Império Romano “Nero acusa aqueles detestáveis por suas abominações que a multidão chama de cristãos. Esse nome vem de Cristo, que sob o principado de Tibério, foi mandado para o suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Reprimida momentaneamente, essa superstição horrível rebrotou novamente, não apenas na Judéia mas agora dentro de Roma.” (Tácito 55-120 d.C.) Os romanos costumavam tolerar as religiões dos povos que conquistavam, até como uma forma de mantê-los obedientes e evitar revoltas Mas 2 fatores determinaram uma atitude diferente em relação aos cristãos: a crença de que todos os homens eram filhos do mesmo Pai e, portanto, iguais, e não admitiam a divindade do Imperador romano Inicialmente perseguidos, os primeiros cristãos foram homens simples que se reuniam em catacumbas Durante a crise do Império Romano houve finalmente o reconhecimento de liberdade de culto aos cristãos através do Edito de Milão em 313 pelo Imperador Constantino Constantino, filho de Helena que foi a Jerusalém e encontrou os pregos e um pedaço da cruz de Cristo De acordo com a tradição, Helena teria pedido ao filho Constantino que construísse a Igreja no local que lhe fora indicado como do sepulcro de Jesus em Jerusalém No Concílio de Nicéia no ano de 325 foi estabelecido o primado da Igreja Romana sobre a cristandade, o dia da Páscoa e importantes dogmas da doutrina Ainda no século IV foram escolhidos os textos que compuseram o Novo Testamento Em 380, o Imperador Teodósio elevou o cristianismo a religião oficial de Roma. O reconhecimento significou a tentativa de buscar uma nova forma de manter e dar continuidade ao poder de Roma. No Império decadente, a Igreja se apresentou como uma espécie de Estado dentro do Estado Romano e foi crescendo em poder. A Igreja organizou-se, copiando a organização administrativa e hierárquica do Império Romano, e passou a denominar-se Católica, isto é, universal. Em meio a desorganização provocada pelas invasões bárbaras e pela crise do Império, praticamente apenas a Igreja conservou sua identidade institucional. Consolidando sua estrutura, preservou elementos da cultura greco-romana, revistos pela visão cristã, e difundiu o cristianismo entre os povos bárbaros.