PÉ DIABÉTICO: O FARMACÊUTICO PODE ATUAR NA PREVENÇÃO? Allanne Freitas MOREIRA Cássia Regina ZOTTIS 1 - Farmacêutica Generalista, pós – graduanda em Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica, Instituto Pharmacológica, 74830030, Goiânia, Goiás, Brssil. 2- Farmacêutica, Especialista e Mestre em Farmacologia, docente do curso de especialização Farmácia Clinica e Atenção Farmacêutica, Instituto Pharmacológica, 74830030, Goiânia, Goiás, Brasil. Autora responsável: A.F.Moreira. E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO Visando orientar e ampliar a atuação do profissional farmacêutico, surge no final da década de 1980 a atenção farmacêutica (AF) (MIKEAL et al., 1975). Definida como a participação ativa do farmacêutico na assistência ao paciente, esta técnica tem como finalidade garantir uma farmacoterapia racional, segura e custo efetiva ao indivíduo promovendo – lhe melhor qualidade de vida (MARTINEZ et al., 2001; NOVAES, 2007). A AF é dividida em seis grandes componentes: educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento farmacêutico, registro sistemático das atividades e acompanhamento farmacoterapêutico (AFT). O AFT é um segmento pelo qual o profissional ajuda o paciente nas carências referidas aos medicamentos, como por exemplo, o esclarecimento de dúvidas sobre doses e horários para a administração, as possibilidades de interações medicamentosas e/ ou alimentícia e ainda a detecção, prevenção e resolução de problemas relacionados a medicamentos (PRM) (IVAMA, 2002; CROWFORD, 1999). Atualmente, há uma nova visão para o farmacêutico, a de orientador do paciente ao invés de simples conhecedor do medicamento, inclinando-se cada vez mais a orientar o individuo ao uso correto do medicamento (MARQUES, 2005) e ainda contribuir com a atenção primária para a diminuição de internação por meio de assistência aos portadores de doenças crônicas, promovendo práticas educativas e intervenção terapêutica mais custo efetiva (VIEIRA, 2007). Independente do grau de desenvolvimento social e econômico, o diabetes mellitus (DM) constitui um importante problema de saúde pública mundial (STEFANI & BERNUDES, 2009), em razão de sua elevada prevalência, suas complicações, mortalidade, altos custos financeiros e sociais e redução significativa da qualidade de vida (JANEBRO et al., 2008). É a quarta causa de morte em todo mundo, assim sendo, no ano 2030 a doença acometerá 300 milhões de indivíduos (DALL´ALBA & AZEVEDO, 2010). Sua decorrência resulta em anormalidades no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas devido a distúrbios na ação ou secreção da insulina ou até mesmo a junção de ambos. Poliúria, polidipsia, visão turva e suscetibilidade à infecção são alguns dos sintomas manifestados por causa da hiperglicemia persistente no diabetes mellitus (ADA, 2010; MARASCHIN et al., 2010). A amputação de membros inferiores é uma das principais consequências do DM (SPICHLER et al., 2001). Nos últimos anos o pé diabético tem sido discutido no mundo inteiro por muitas organizações e instituições a fim de conseguir uma diminuição de 50% no número de amputações, por meio da medicina preventiva e uma atenção aprimorada aos indivíduos diabéticos (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). É importante destacar que o acompanhamento contínuo e sistematizado por uma equipe multiprofissional, possibilita prevenir e/ou prorrogar o surgimento das complicações crônicas durante a evolução da doença (ZANETTI et al., 2006). Segundo o Diabetes Control and Complications Trial (1993) e a United Kingdom Prospective Diabetes Study Group (1998), mudanças no estilo de vida por meio da educação continuada ao indivíduo diabético, reflete-se em redução do peso corporal, melhora do controle glicêmico, pressão arterial, perfil lipídico e consequentemente redução dos riscos cardiovasculares. Dada a importância da complexidade, do seu caráter crônico e das complicações agudas e crônicas do DM, este trabalho faz uma revisão da literatura existente sobre uma das principais complicações: o pé diabético, e, ainda, identificar as possíveis ações e ou orientações do farmacêutico na sua prevenção. MATERIAIS E MÉTODOS Este é um trabalho de revisão bibliográfica onde foram utilizadas as seguintes ferramentas de busca: Google acadêmico, Scielo, Sociedade Brasileira de Diabetes e também foram consultados livros e revistas especializadas, publicadas nos anos de 1975 á 2011 e utilizados os seguintes descritores: diabetes melito; atenção farmacêutica; farmacêutico e diabetes; pé diabético; complicações do diabetes. A pesquisa de dados foi realizada entre o período de agosto de 2011 a fevereiro de 2012. REVISÃO DE LITERATURA PÉ DIABÉTICO De origem multifatorial, o pé diabético é qualificado por lesões ulcerativas responsáveis pelo alto índice de amputações dos membros inferiores de aproximadamente 15% dos diabéticos (APELQVIST et al., 2008). Com o excesso de glicose no sangue, os vasos sanguíneos se tornam mais rígidos, podendo causar infartos e isquemias. O diabético torna-se mais suscetível a infecções como conseqüência dos cortes e machucados nos pés, pois, ao perder a sensibilidade local, não há mais dor (LUCCHESE, 2010). Em todo o mundo o pé diabético representa uma das complicações crônicas mais incapacitantes devido ao mau controle da doença, promovendo impacto social e econômico para as famílias, o sistema de saúde e a sociedade (CONSENSO INTERNACIONAL SOBRE O PÉ DIABÉTICO, 2001). Conforme o Ministério da Saúde (1993) alguns aspectos importantes devem ser destacados quanto à predisposição ao pé diabético, sendo eles o tabagismo, idade superior a 40 anos, diminuição dos pulsos arteriais, deformidades anatômicas (calos e artropatia), presença de úlceras ou amputações prévias e diabetes com mais de 10 anos de existência. Os movimentos mais atingidos são a flexão, inversão e eversão do tornozelo e movimentos da primeira articulação metatarso falangeana, diminuindo a habilidade do pé do diabético de absorver o choque e permitir as rotações transversais ao caminhar (CAVANAGH et al., 1993; MULLER et al., 1989). A perda da sensibilidade contribui para a redução do controle motor e equilíbrio, gerando alterações como passos mais curtos e menor velocidade, bem como lentidão na correção de erros motores ou quando necessário transpor obstáculos. Desse modo, deduz - se que esses pacientes estão mais propensos a quedas, que tenham dificuldade em subir escadas e mesmo transitar por ruas movimentadas e acidentadas (MENZ et al., 2004). A deformidade dos pés e a movimentação articular limitada podem resultar numa carga biomecânica anormal do pé, com formação de calos o que culmina no surgimento de úlceras. Pela falta de dor, o individuo continua caminhando o que dificulta a cicatrização (LOPES, 2003) e se torna porta de entrada para as bactérias ocasionando infecções silenciosas e graves, caso não sejam tratadas precocemente (BRASILEIRO et al., 2005). A amputação dos pés é a conseqüência mais temida das complicações crônicas do DM. A ulceração acomete cerca de 15% dos diabéticos e é a causa de 6 a 20% das hospitalizações. As úlceras provêem de vários mecanismos fisiopatológicos (CARVALHO et al., 2004), sendo a neuropatia o motivo mais comum do surgimento de ulceração nos pés, levando à infecção por um ou vários microorganismos ao mesmo tempo (PEDROSA, 1997). A ulceração dos pés é geralmente localizada entre os dedos, nas regiões plantares e laterais dos pés. Em 80% dos casos estão associados com a perda da sensibilidade e secura da pele decorrentes da neuropatia (LUCCHESE, 2010). O pé diabético um dos maiores problemas enfrentados pelos sistemas de saúde de todo o mundo (CAIAFA & CANONGIA, 2003). Cerca de 85% das amputações precede de ulcerações dos pés de pacientes diabéticos ( ADA, 1999; NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH, 1995). Alguns fatores predispõem a tal consequência, são eles: a duração prolongada da doença, hiperglicemia persistente, a dislipidemia, os hábitos de fumar e ingerir bebida alcoólica, a presença de neuropatia, de doença vascular periférica e de lesões ulcerativas prévias (REIBER et al., 1992; ADLER et al., 1999; MON et al., 1999; STUDY GROUP THE LOWER EXTREMITY AMPUTATION, 1995). Conforme Paviac; Koiting (2006) & Briston (2008), o diagnóstico desta complicação é realizado através de exame físico fundamentado na inspeção e apalpação da pele, reparação nas unhas e na observação da presença de calos, rachaduras, fissuras, micoses, bolhas, úlceras e ausência de pulsos distais. Devem ser realizados também testes de avaliação da sensibilidade plantar como, por exemplo, o monofilamento SW. FISIOPATOLOGIA DA ULCERAÇÃO Têm-se dois processos que correspondem à fisiopatologia do pé diabético. A Neuropatia Diabética Periférica e a Doença Vascular Periférica. A neuropatia diabética periférica afeta todas as fibras sensitivas, motoras e autossômicas. A neuropatia sensitiva está associada à perda da sensibilidade à dor, percepção da pressão, temperatura e da propiocepção, e, devido à perda destes, estímulos para percepção de ferimentos ou traumas estão reduzidos ou nem são perceptíveis. A neuropatia motora ocasiona atrofia e enfraquecimento dos músculos intrínsecos do pé, resultando em deformidades, em flexão dos dedos e em um padrão anormal da marcha. E por último, a neuropatia autossômica leva a redução ou a total ausência da secreção sudorípara, gerando ressecamento da pele, com rachaduras e fissuras, e ainda existe um aumento do fluxo sanguíneo, resultando em um pé quente, algumas vezes com edema e distensão das vias dorsais (CONSENSO INTERNACIONAL SOBRE O PÉ DIABÉTICO, 2001). Já a Doença Vascular Periférica, em geral com traumas leves ou danos corriqueiros pode resultar em úlcera puramente isquêmica e dolorosa (CONSENSO INTERNACIONAL SOBRE O PÉ DIABÉTICO, 2001). Acomete cerca de duas a quatro vezes mais os diabéticos e nos Estados Unidos associada ao DM é a principal causa de amputação não traumática de membros inferiores (CANAVAN et al., 2008). Representa uma das principais causas de comprometimento das úlceras nos pés dos diabéticos por meio da aterosclerose das artérias periféricas. Ocorre pelo impedimento da passagem do sangue nos membros inferiores e devido ao fornecimento inadequado de oxigênio, nutrientes e antibióticos o individuo fica com a cicatrização prejudicada. Este processo aterosclerótico pode ser agravado pelo tabagismo, dislipidemia e sedentarismo (LEVIN, 1996; 2002). PREVENÇÕES DO PÉ DIABÉTICO Para o Consenso Internacional sobre o pé Diabético (2001), vários estudos têm comprovado que os números de amputações podem ser reduzidos em mais de 50% se forem implantadas medidas tais como inspeção dos pés de pacientes diabéticos, uso de calçados apropriados, educação para o autocuidado e acompanhamento contínuo daqueles indivíduos que já possuem lesões. E ainda conforme relatos suecos, se estas ações forem praticadas o custo direto com as úlceras pode ser reduzido de 20% a 40%. Medidas educacionais e a detecção precoce do “pé em risco” através da verificação e avaliação da sensibilidade por meio de testes simples e de baixo custo podem reduzir em até 50% o risco de amputações (GROSS & NEHNE, 1999). Princípios básicos como inspeção diária dos pés, higiene adequada com água morna e sabonete neutro, enxugá-los delicadamente, cortar as unhas retas e remover os calos com lixa de papel ou pedra pome e não utilizar produtos químicos para retirar calos e verrugas são medidas de informações eficientes e favoráveis aos diabéticos, e devem ser reforçadas a cada contato de acordo com as necessidades de cada um (ARMSTRONG, 1999; HUTCHINSON et al., 2003). O surgimento das complicações crônicas no individuo diabético do tipo 2, pode ser prevenido essencialmente por meio de controle ativo da glicemia, a manutenção da pressão arterial em níveis normais e o controle do perfil lipídico, associando a um plano de prática regular de atividade física e alimentação saudável. Neste contexto, as fibras alimentares têm mostrado importância na prevenção e na administração do DM do tipo 2, por meio dos seus feitos benefícios sobre a homeostase glicêmica, perfil lipídico, saciedade, peso corporal e redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, e ainda certos tipos de fibras alimentares têm demonstrado que são capazes de retardar o desenvolvimento do DM, bem como reduzir valores de glicose pós prandial e consequentemente melhorar a resposta insulínica (DALL´ALBA e AZEVEDO, 2010). O FARMACÊUTICO E O DIABÉTICO A Atenção Farmacêutica é um modelo de atividade profissional que compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades e responsabilidade na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde (ZANATTA et al., 2010). O seguimento farmacoterapêutico é a prática farmacêutica exercida em prol das carências do paciente, envolvendo os seus problemas de saúde. Realizado mediante detecção, prevenção e resolução dos problemas relacionados à medicação (PRM´s), deve ser preservado de forma continuada, sistematizada e documentada de maneira integrada com o paciente e com demais profissionais da saúde, com o objetivo de alcançar bons resultados que melhorem a qualidade de vida do indivíduo (GARCÍA & GASTELURRUTIA, 2005). Pensando num novo conceito no campo da atenção primária à saúde e na inserção do farmacêutico no Programa de Saúde da Família (PSF), surge a assistência farmacêutica clínica que compreende ações técnico- assistenciais e técnico – gerenciais, com principal foco no paciente. Utilizam-se recursos cognitivos e atividades educacionais para assistir o pacientes em suas necessidades de tratamento e cuidado, proporcionando amplo conhecimento sobre a doença, auxiliando e dando suporte ao paciente no autocuidado planejado (GOMES et al., 2007). De acordo com Soler et al. (2010), a realização desta prática profissional demonstrou uma melhoria na adesão aos tratamentos farmacológicos em média de 50% dos pacientes acompanhados com 100% de cobertura na atenção básica no município de Janaúna, em Minas Gerais. Em um estudo realizado por Macedo et al. (2008) com 43 indivíduos diabéticos do tipo 2, observou-se uma melhora na glicemia dos pacientes após o acompanhamento farmacêutico e resultados satisfatórios na resolução da maioria dos problemas relacionados a medicação (PRM) detectados em 33 pacientes. Os programas de educação e orientação por vários profissionais surgiram na tentativa de diminuir os elevados índices de prevalência e incidência do DM. A atenção farmacêutica tem sido destacada como ferramenta no cuidado do paciente diabético, com o objetivo de favorecer a adesão à farmacoterapia, para um resultado terapêutico satisfatório. Porém, é importante destacar aqui, que além do uso correto da medicação, o farmacêutico, juntamente com outros profissionais da saúde, tem um papel importante na orientação dos portadores de DM para o bem geral do paciente, oferecendo medidas educativas de: redução da glicemia e automonitorização, controle da pressão arterial, melhora nos níveis de hemoglobina glicada; além de fornecer subsídios para diminuição do surgimento de outras doenças associadas ao diabetes (NICHOLS & POIRIEIR, 2000). Conforme o Farmacêutico e professor Dr. Roberto Bazotte,relatou em uma entrevista concedida à Revista Pharmacia Brasileira (2011), “O papel do farmacêutico como educador pode ser desempenhado, através de sua atuação, orientando o paciente nos mais diferentes aspectos da doença e, em particular, em relação ao uso racional de medicamentos. Quando nos referimos à educação, não estamos falando apenas da transmissão de informações, mas da construção de um processo que promova uma mudança nas atitudes do paciente, que permita um controle mais adequado da doença”. CONCLUSÃO O prolongamento da hiperglicemia promove danos extensos e irreversíveis nos olhos, nos rins, nos nervos, aos pequenos e grandes vasos, bem como na coagulação sanguínea. O pé diabético é uma das complicações mais graves da Diabetes Mellitus. As ulcerações nos pés acometem cerca de 15% dos diabéticos ao longo da vida. No intuito de reduzir o impacto destas complicações na qualidade de vida dos diabéticos e prolongar sua convivência de forma mais saudável e participativa na sociedade, faz-se necessário a implantação de projetos multidisciplinares e de atenção farmacêutica (BISSON, 2003). O profissional responsável pelo fornecimento dos antidiabéticos orais e da insulina desempenha um papel chave no tratamento de pacientes com DM, pois sem essas substâncias muito provavelmente o controle da doença seria difícil e penoso. Contudo, o farmacêutico é muito mais que isso, é um mediador do conhecimento. É através das suas ações e orientações que o paciente pode ter o curso da doença direcionado para o lado do efetivo tratamento e controle. O farmacêutico pode e precisa atuar como educador, não apenas em relação ao uso correto dos medicamentos, mas também em orientações nutricionais, recomendações de melhora do estilo de vida como, por exemplo, prática regular de exercícios físicos e abandono do cigarro. Além disso, nos casos de pacientes que possuam complicações crônicas, em especial o pé diabético, é primordial prover informações eficazes a eles e a seus familiares tais como: higiene adequada dos pés, uso de meias e sapatos confortáveis, cuidados com as unhas. Estas são medidas simples que o farmacêutico pode orientar de maneira segura, barata e eficaz, para auxiliar o indivíduo na prevenção do surgimento das lesões, e quando já existentes, melhorar o quadro atual, evitando então o tratamento mais extremo - a amputação dos membros inferiores. Os estudos aqui expostos mostraram que o pé diabético pode ser prevenido se os pacientes tiverem informação de uma equipe técnica qualificada. Portanto, a formação continuada de profissionais de saúde, assim como a atuação multiprofissional é de extrema importância e necessidade para prevenir essa que é uma das principais complicações do DM. Outros estudos similares a este são necessários para aprofundar o conhecimento a respeito do Diabetes Mellitus e de suas complicações, bem como para divulgar e ampliar a atuação do profissional farmacêutico nessa doença que há muito se tornou um problema de saúde pública. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADLER, A.L. et al. Lowerextremity amputation in diabetes. 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