ESTUDO DA INTERFERÊNCIA DA LÍNGUA MATERNA NO

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ESTUDO DA INTERFERÊNCIA DA LÍNGUA MATERNA
NO APRENDIZADO DA LÍNGUA INGLESA
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Autora: Isabela de Fátima Daneluci
Orientadora: Profª Me. Irene Scótolo de Oliveira
Colegiado de Letras - Faculdade de Filosofia Ciências e Letras
Centro Universitário Fundação Santo André
2010
A Língua Inglesa é um dos principais meios de inserção no mundo
globalizado, deixando em evidência o ensino de idiomas. Muitos
brasileiros aprendem esta língua com dificuldade e, assim, torna-se
comum o auxílio da estrutura escrita de sua língua materna.
Pelas redações em língua estrangeira, observou-se esta interferência,
que facilita alguns momentos do aprendizado mas também propicia os
desvios linguísticos.
Desta forma, este projeto de Iniciação Científica objetiva apresentar um
estudo que demonstre tal interferência por meio das redações de alunos
de Língua Inglesa.
OBJETIVO
Fazer uma pesquisa sobre as semelhanças e as diferenças entre as
regras gramaticais da Língua Portuguesa e Inglesa a fim de estudá-las
exclusivamente em desvios cometidos na escrita.
Verificar a interferência da língua materna com auxílio de fontes sobre
a aquisição do idioma estrangeiro.
Este trabalho não só proporciona experiência na área da pesquisa
científica, como também visa contribuir para a valorização e melhora do
ensino de línguas no Brasil.
METODOLOGIA
Coleta e análise de desvios em redações
Estas redações são provenientes de escolas públicas, privadas e
de cursos de idiomas. O corpus é composto de 60 textos (cerca de
100 desvios), digitalizados por um scanner para serem analisados.
Exemplos:
1.
(I am 17 years old./ Eu tenho 17 anos.)
“to have é possuir, e posse significa permanência, Por isso não se tem uma idade –
se está com uma idade.” (RICARDO, p. 74)
2.
(My favorite sport/ Meu esporte favorito)
“Muitos adjetivos podem ser usados ou antes do substantivo que descrevem, ou
seguindo verbos de ligação.” (HEWINGS, p. 132, tradução nossa)
3.
(I know, it isn’t easy/Eu sei, não é fácil)
Sondagem com estudantes de Língua Inglesa
Aplicou-se uma atividade composta de 20 sentenças com
desvios e 8 sentenças corretas intercaladas para 20 estudantes
assinalarem somente aquelas que possuíam algum erro
gramatical. O aprendizes avaliados estudam o idioma de 6 meses
a 4 anos. (Figura 1)
Quantidade média de
erros
INTRODUÇÃO
20
15
10
5
0
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Tempo de estudo
Figura 1 – Relação entre tempo de estudo e quantidade de erros cometidos na atividade aplicada.
DISCUSSÃO e RESULTADOS
No início da pesquisa, as leituras trouxeram muitas reflexões
sobre a situação do ensino de línguas para brasileiros, da formação
de professores e da expansão do uso da Língua Inglesa na
atualidade.
Os erros por interferência são comuns tanto na escrita dos
estudantes de escolas públicas e privadas, quanto nos cursos de
idiomas. Sendo assim, o caso estudado independe do tipo de
escola e do nível do aluno para acontecer.
CONCLUSÃO
Este projeto trouxe a oportunidade de obter conhecimento de neste tema
e contribuirá para os estudos sobre o ensino de línguas e uma reflexão
sobre as necessidades do aprendiz de uma segunda língua.
As interferências da língua materna não resultam em falta de
conhecimento, mas a construção dele que deve ser bem orientado pelo
professor da Língua Inglesa. “Segunda língua pode também estar
relacionada à primeira língua, de modo positivamente útil ou confuso.”
(LEWIS, p. 54, tradução nossa)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, José Olavo. LONGMAN, Gramática Escolar da Língua Inglesa. São Paulo:
Longman, 2001.
“Não há omissão de sujeito, como pode ocorrer em português. No caso de sujeito
inexistente, oculto ou indeterminado, it, we ou they são empregados.” (AMORIM, p.
20)
HEWINGS, Martin. Advanced Grammar in Use. Cambridge: Cambridge University
Press, 2005.
4.
JACOBS, Michael Anthony. Como “não” aprender inglês: erros comuns do aluno
brasileiro. São Paulo: CAMPUS, 1999.
(I love listening to music/ Eu amo ouvir música)
“Um exemplo clássico de substantivo incontável em inglês é música. Não podemos
ter a music, three musics. Podemos ter, sim, a song, two songs, some music.”
(JACOBS, p. 50)
LEWIS, Michael. The Lexical Approach. Boston: Thomson Heinle, 1993.
RICARDO, José. Inglês, português: semelhanças e contrastes. Barueri: DISAL,
2006.
Esta pesquisa foi contemplada com uma bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CUFSA.
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