MODELAGEM EM BLENDER DE JOELHO HEMOFILICO PARA SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL NA MEDICINA NUCLEAR 1 2 3 4 Letícia Bomfim , Fabilone Santos da Silva , Mirta Torres Berdeguez , Felix Mas Milian . 1 2 FAPESB-DCET/UESC/[email protected] FAPESB-DCET/UESC/[email protected] 3 COPPE/UFRJ/[email protected] 4 DCET/UESC/[email protected] Palavras-Chave: Hemofilia, Modelagem 3D, Blender. INTRODUÇÃO: Segundo o ministério da saúde, no Brasil, 10.027 pessoas sofrem com a doença hereditária denominada Hemofilia. Esta enfermidade pode causar dores e problemas nas juntas dos ossos, principalmente nos joelhos. Um dos tratamentos aplicados para melhorar a vida dos pacientes é a radiosinoviortese (Radiosynoviortheses-RSV), que consiste na destruição da membrana sinovial inflamada injetando um radiofarmaco diretamente no joelho. O principal problema com este método é o desconhecimento exato de como é a distribuição do radiofarmaco e da dose recebida pelo paciente. Neste caso a simulação computacional permitiria estimar os efeitos no paciente, porem para isto se faz necessário um modelo geométrico da articulação do joelho do paciente baseado em imagens de Tomografia computadorizada (CT) e Ressonância Magnética (RMI). O objetivo da presente pesquisa é desenvolver uma metodologia para gerar modelos de joelhos hemofílicos 3D baseados em CT e RMI utilizando o programa de modelagem Blender. Estes modelos serão posteriormente utilizados para estudar e melhorar os planejamentos da RSV, mediante dosimetria especifica na Medicina Nuclear do Hospital Universitário da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). MATERIAL E MÉTODOS: Como bases para a construção dos modelos serão utilizadas imagens de CT e RMI onde o joelho será segmentado em osso, sinovia, cartilagem, sangue e tecido mole que são os elementos necessários para realizar a simulação computacional. A segmentação é um passo muito demorado e será realizada por médicos especialistas do hospital no rio de Janeiro. A seguir as imagens serão utilizadas como base para realizar as modelagens 3D no Blender. No final com os modelos 3D hemofílicos de base, será possível gerar rapidamente um modelo aproximativo e especifico para cada paciente sem a necessidade de realizar e segmentar imagens de RMI o CT. Como primeiro passo na metodologia foram realizados estudos de casos hemofílicos e da anatomia do joelho. Com isso pôde-se iniciar o manuseio da ferramenta para a modelagem, o Blender. Primeiramente estão sendo modelados joelhos em condições normais (Incialmente foram modeladas quatro partes, a Tibia, o fêmur, a patela e a fíbula), para que as características que demarcam as deformidades causadas pela doença possam ser acrescentadas conforme o grau da doença do paciente a ser avaliado. Na sua modelagem com o Blender Todos os respectivos ossos foram desenvolvidos através de uma Mesh circulo, que com o auxilio da imagem foi-se acompanhando toda sua forma através de extrusões e modelando com escalamentos, rotações e deslocamentos. Para alisar toda a malha foi usado o smoot, modificador que suaviza a malha achatando os ângulos entre as faces adjacentes nela. RESULTADOS ESPERADOS: Como mostra a Figura 01 modelagens iniciais já estão sendo realizadas. Com o desenvolver do modelo gerado nesta pesquisa, serão construídos outros modelos derivados que caracterize os diferentes biótipos de pacientes. Dando continuidade ao projeto, trabalhos para a implementação de uma metodologia para a criação de modelos antropomórficos 3D no código de simulação MCNP e GATE serão realizados. Este passo é de extrema importância para garantir a precisão e exatidão dos resultados obtidos na simulação e por tanto das doses recebidas nos diferentes órgãos e tecidos. Figura 01 – Imagem de RMI e Modelagem inicial do joelho sadio em dois ângulos diferentes. CONSIDERAÇÕES: Atualmente os métodos mais avançados, caros e precisos de planejamento de tratamentos em pacientes com diversos tipos de doenças utilizam a simulação por Monte Carlo para estimar as doses que serão recebidas nos diferentes órgãos, nossa pesquisa tem explorado as melhorias que podem ser realizadas na área dos modelos antropomórficos que são utilizados para estas simulações. No decorrer do trabalho todos os modelos serão aprimorados o máximo possível, para que fielmente possa servir de apoio à comunidade que busca solucionar os problemas nas áreas da simulação para testes com dosimetria. AGRADECIMENTOS: Fundação de Amparo Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e Universidade Estadual de Santa Cruz. à a REFERÊNCIAS: Torres Berdeguez, M.B., Thomas, S. Radiosinoviortese aplicada à artropatia hemofílica: Metodologia de planejamento de dose através de RM 3D. 2015. Estatísticas de portadores de coagulopatias hereditárias. Disponível em:<http://hemofiliavida.blogspot.com.br/2013/09/estati sticas-de-portadores-de.html> Acessado em: 14 de novembro de 2015.