nota tecnica chuva_leptospirose_2011

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GOVERNO DO
ESTADO DO CEARÁ
31/01/11
Secretaria da Saúde
Nota Técnica
Enchentes - Leptospirose
Medidas de Proteção à Saúde por ocasião de Enchentes - Leptospirose
Com a ocorrência de fortes chuvas e inundações volta a preocupação com o aparecimento de algumas
doenças. Desta forma, a presente nota técnica tem o objetivo de orientar a população, os profissionais e gestores
de saúde quanto a ocorrência das doenças transmissíveis, entre elas a leptospirose, consequência das enchentes
e quanto às medidas de prevenção e controle pertinentes. Portanto, todos os municípios atingidos por fortes chuvas
e/ou inundações devem ficar em alerta para a ocorrência de leptospirose.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira, presente
principalmente na urina de animais doentes, entre eles o rato.
O período de incubação da leptospirose (tempo que a doença leva para se manifestar) varia de 3 a 20 dias
(média de 7 dias) após o contato com o agente infeccioso (presente na água e lama das enchentes).
Os sintomas mais frequentes são semelhantes com os de outras doenças infecciosas:
•
febre alta,
•
dor de cabeça,
•
náuseas,
•
dores musculares, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna),
•
pode ou não ocorrer icterícia (coloração amarela nos olhos e pele).
Pacientes suspeitos com estes sintomas e, principalmente, acompanhados de uma história epidemiológica de
contato com as águas de enchentes ou esgoto, devem procurar imediatamente a Unidade de Saúde mais próxima,
não esquecendo de relatar o contato com água ou lama de enchente. É fundamental o diagnóstico precoce para o
tratamento adequado e, consequentemente, evitar óbitos. Todo caso suspeito deve ser notificado à Vigilância
Epidemiológica do seu município. A leptospirose é uma doença tratável e ações simples de promoção e proteção à
saúde podem prevenir casos e mortes provocados pela doença.
Conduta recomendada frente a casos suspeitos de Leptospirose:
• Notificação imediata ao sistema de vigilância epidemiológica municipal, com preenchimento da ficha de
notificação e de investigação;
• Coleta de amostra sanguínea para exame sorológico de leptospirose (a partir do 7º dia de início dos sintomas),
com envio oportuno para o respectivo laboratório de referência ;
• Realização de outros exames como hemograma completo, uréia, creatinina, bilirrubinas e transaminases, sódio
e potássio. Outros exames dependem da evolução clínica do paciente;
• Iniciar hidratação e tratamento antibiótico adequado com maior brevidade;
• Casos que apresentarem também outros sinais e sintomas, considerados SINAIS DE ALERTA, como alterações
do volume urinário, hipotensão, icterícia, sangramentos ou alterações neurológicas, deverão ser encaminhados
imediatamente para uma unidade hospitalar de referência;
• As equipes de vigilância epidemiológica e de saúde da comunidade (saúde da família, agentes comunitários,
agentes de endemias) devem fazer busca e confirmação de dados do paciente, busca ativa de casos,
investigação e determinação das características da área com casos da doença e detecção de áreas de risco.
Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde / Núcleo de Vigilância Epidemiológica /SESA/Ce – Av. Almirante Barroso, 600 – Praia de
Iracema - Fortaleza – CEP: 60.060-440 – Fone: (85) 31015214 / 5215 – FAX: (85) 31015197
homepage: www.saude.ce.gov.br - [email protected]
GOVERNO DO
ESTADO DO CEARÁ
31/01/11
Secretaria da Saúde
Nota Técnica
Enchentes - Leptospirose
Principais medidas de prevenção:
• Os agentes comunitários devem visitar áreas atingidas pela inundação com o objetivo de detectar doentes que
não procuraram ainda os serviços de saúde, de forma a assegurar o diagnóstico e tratamento precoce.
• Deve-se ter cuidado ao realizar a limpeza da lama após as enchentes. Essa lama tem alto poder infectante e
nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão. A recomendação é que, durante a limpeza, haja
proteção com luvas e botas de borracha;
• Pessoas com ferimentos devem receber os cuidados necessários de assepsia nas Unidades de Saúde, com
destaque para avaliação da necessidade de vacinação anti-tetânica;
• Todo alimento que possa ter ficado submerso ou umedecido por inundações não deve ser consumido, mesmo
que esteja em embalagem plástica ou seja enlatado;
• Manter os alimentos armazenados em recipientes bem fechados e à prova de roedores. Não jogar lixo em
esgotos, córregos e terrenos baldios;
• Evitar entulhos e acúmulo de objetos inúteis nos quintais, pois servirão de abrigo ao roedor;
• Devem ser evitados os banhos de açudes, rios, lagoas, barreiros e cachoeiras logo após as chuvas e/ou
enchentes;
• Os profissionais de saúde, de limpeza pública e defesa civil devem estar com o calendário vacinal atualizado,
principalmente contra difteria, tétano (dT) e hepatite B.
ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
Deve ser filtrada (com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo) e, posteriormente, fervida. A fervura da água
elimina bactérias, vírus e parasitas, por isso, é o método preferencial para tratamento da água de consumo humano.
Caso não seja possível ferver, obter água de uma fonte que não tenha sido contaminada por esgoto e realizar a filtração
(com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo) e posterior tratamento com hipoclorito de sódio 2,5%
ÁGUA
HIPOCLORITO DE SÓDIO (2,5%)
MODO DE HIGIENIZAÇÃO
1 litro
2 gotas (0,08ml)
20 litros
1 colher das de chá (1,6ml)
200 litros
1 colher das de sopa (16ml)
1.000 litros
2 copinhos descartáveis de café (80ml) Deixar repousar por 30 minutos.
Para cada litro de água para consumo
humano, adicionar duas gotas de
hipoclorito de sódio (2,5%).
RECIPIENTES PARA ARMAZENAMENTO DE ÁGUA
1 litro (5 xícaras de chá)
15ml (1 colher das de sopa)
Lavar o recipiente com água e sabão;
Misturar o hipoclorito de sódio (2,5%)
com a água e jogar no recipiente;
Cobrir o recipiente e agitar a solução
para que entre em contato com toda a
superfície interna;
Deixar o recipiente coberto por 30
minutos;
Enxaguar com água para consumo
humano.
20 litros
60 ml (4 copos descartáveis)
Para desinfecção de chão, paredes e
móveis.
Para maiores esclarecimentos a SESA mantém um PLANTÃO EPIDEMIOLÓGICO em finais de semana
e feriados, pelos telefones: (85) 31015212 / 5214 / 5215 / 4860 ou CIEVS (85) 87240455-noturno
Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde / Núcleo de Vigilância Epidemiológica /SESA/Ce – Av. Almirante Barroso, 600 – Praia de
Iracema - Fortaleza – CEP: 60.060-440 – Fone: (85) 31015214 / 5215 – FAX: (85) 31015197
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