Prevenção e Cuidado Integral a Hipertensão Arterial e Diabetes Melitus Uma estratégia nacional Guia prático para gestão do cuidado na Atenção Básica / Saúde da Família GESTÃO: conceito Conjunto de ações baseadas em tomada de decisões relevantes que visam coordenar recursos humanos, materiais e econômicos com o objetivo de conseguir os objetivos da organização. O Gestor pertence à organização e é definido pelas suas funções no interior dessa mesma organização: é a pessoa a quem compete a interpretação dos objetivos propostos e que deve atuar, através do planejamento, da organização, da liderança ou direção e do controle, afim de atingir os referidos objetivos. Gestão Sanitária: A gestão do SUS é responsabilidade PACTUADA da União (pelo Ministério da Saúde); dos Estados e do Distrito Federal (pelas Secretarias Estaduais de Saúde); e dos Municípios (pelas Secretarias Municipais de Saúde). Tem o objetivo de garantir o Direito à Saúde da população De um modo geral, os gestores do SUS são responsáveis pela formulação de políticas/planejamento; pelo financiamento; pela coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/redes e dos prestadores públicos ou privados); e pela prestação direta de serviços de saúde. As competências e atribuições dos órgãos gestores do SUS são detalhadas no capítulo IV da Lei nº 8.080/90. Gestão Sanitária Os Sistemas de Saúde se estruturam para responder às necessidades (problemas de saúde) da população com base em intervenções cientificamente comprovadas e que requer recursos UNIVERSALIDADE COM EQUIDADE NECESSIDADES Valores Eficácia/Efetividade RESULTADO RECURSOS Eficiência INTERVENÇÕES POPULAÇÃO E ENFERMIDADES MACROGESTÃO Decide sobre quem, sobre que, com que recursos; establece mecanismos de regulação, planejamento , estrutura dosistema MESOGESTÃO Organiza, regula , estabelece politicas ao nivel regional, avalia RESULTADOS MICROGESTÃO INDIVÍDUOS E DEMANDAS Gestão Clínica:Conceito Reorientação da organização com o objetivo de melhorar a efetividade e a qualidade das ações e resultados em saúde, mediante um processo de descentralização da gestão baseado na autonomía , responsabilidade e compromisso pactuado dos profissionais de saúde para atingir objetivos e metas pactuados na organizaçao. Garantir atenção integral, coordenada e centrada na pessoa Melhorar a efetividade, eficiência e qualidade das intervenções Pactuar e alinhar a mesma direçÃo para atingir os objetivos comuns Envolver e corresponsabilizar os profissionais com os resultados da prática clínica. Gestão Clinica Modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead (1991) Estilo de vida: formas social e culturalmente determinadas de vida, que se expressam no padrão alimentar, no dispêndio energético cotidiano no trabalho e no esporte, hábitos como fumo, álcool e lazer (Possas, 1989:197) Desafios do estilo de vida do século 21 Três fatores de risco levam a quatro DOENÇAS CRÔNICAS prevalentes: doença cardiovascular, Diabetes tipo 2, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer. Dieta não saudável, tabagismo, e sedentarismo Elas representam 80% da carga de doença e mortes no mundo!!! Impacto mundial das DCNT Chronic diseases: Facts and figures 2008 WHO/Serge Resnikoff História natural das DCNT Fatores de risco não modificáveis: sexo idade herança genética Fatores de risco intermediários Fatores de risco Modificáveis: Tabagismo Alimentação inadequada Álcool Inatividade física Determinantes macroeconômicas e sociais: Condições sócio-econômicas, culturais e ambientais Hipertensão Dislipidemia Obesidade / sobrepeso Intolerância à Glicose Desfechos D. coronariana D. cerebrovascular D. vascular periférica Doença Renal Crônica DPOC /enfisema Diabetes Melitus Cânceres Brasil: Transição demográfica Envelhecimento da população 1980 2000 Fonte: IBGE.Censos 2025 2050 Freqüência de causas específicas de mortalidade no sexo masculino, segundo faixa etária Brasil, 2005 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 0a9 10 a 19 aparelho circulat ório aparelho respirat ório endócr nut ricion e met abólicas Causas ext ernas aparelho genit urinário Transt ment ais e comport ament af ec originadas no perinat al Fonte: CNHD SVS / MS 20 a 29 40 a 59 Neoplasias mal def inidas aparelho digest ivo inf ecciosas e parasit árias sist ema nervoso M alf cong def ormid anomalias cromos 60 e mais Evolução da distribuição percentual de óbitos de mulheres entre 10 e 49 anos 2000-2005 Fonte: SVS/MS. Incidência da Doença Renal Crônica Terminal na APAC, segundo diagnósticos de base. Brasil, 2000 a 2006 HA DM IRTCI -Insuficiência Renal Terminal de causa Indeterminada Fonte: Moura et al,2007 VIGITEL 2008: Fatores de risco na população adulta das capitais ORDEM FATOR DE RISCO Excesso de peso (Obesidade) 1º 70 2º Consumo de carnes com excesso de gordura 3º Inatividade física 4º 5º 50 Consumo abusivo de álcool Fumantes Fonte: CNHD SVS / MS % 43,3 (H:47,3 M:39,5) 13,0 (H:12,0 M:13,6) 33,8 (H:44,0 M:25,1) 26,3 (H:29,5 M:23,5) 19,0 (H:29,0 M:10,5) 15,2 (H:19,1 M:11,9) Estado nutricional de adolescentes no Brasil Sexo masculino Sexo feminino Percentual: Excesso de peso entre adolescentes no Brasil Meninos: 17,9% Meninas: 15,4% Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 (POF/IBGE) Atenção Integral-O CUIDADO O lidar com doenças crônicas • • • • Múltiplos sintomas, comorbidades Incapacidades, sequelas e deficiências Impactos emocionais Esquemas terapêuticos com tratamento com múltiplos e complexos medicamentos e ajustes/modificações de estilos de vida • Demandas fisicas , psicológicas e sociais • Necessidade de treinamento continuado da equipe e dos portadores para o auto-cuidado Modelo produtor de CUIDADO O CUIDADO não é um ATO mas uma ATITUDE Necessidades: o que uma pessoa com um agravo crônico precisa? • Sistema de saúde (re) desenhado para atender às suas múltiplas necessidades • Equipe multidisciplinar - relação de cuidado e de “ausculta” continuada • Tratamento efetivo , oportuno e de qualidade • Informação, suporte e apoio para o auto-cuidado • Acompanhamento sistemático e atenção a intercorrências agudas • Coordenação do cuidado nos diversos pontos de atenção com outros profissionais Atenção deve ser mais intensiva para portadores de maior risco e que não conseguem atingir metas (MANEJO DO CASO) Estratégia Mundial para a Prevenção e Controle das Doenças Crônicas não Transmissíveis (53.a Assembléia Mundial da Saúde -2000) 1. 2. Aumento renda através do crescimento econômico Enfoque de saúde pública com duas grandes estratégias integradas: Promoção da Saúde - Controle dos fatores de risco das DCNT através de intervenções populações; apoio para mudanças sustentáveis de estilos de vida Intervenções clínicas de prevenção e assistência (CUIDADO), particularmente na atenção primária Doenças Crônicas Não Transmissíveis Estratégias para estabelecimento de políticas Acesso universal, sobretudo aos mais pobres Articulação de atividades comunitárias e de atenção individual Vigilância dos fatores de risco das DCNT Incorporação de tecnologias por evidências científicas e análises de custo x efetividade Acesso a medicamentos essenciais Ações comunitárias e promoção da causa para a mudança de políticas (advocacy). Organização dos serviços de atenção primária Sistemas de saúde orientados para eventos agudos não funcionam para problemas crônicos Banco Mundial -Public Policy and the Challenge of Chronic Noncommunicable Diseases Estratégia regional e plano de ação para prevenção e controle integrados de Doenças Crônicas www.paho.org O que é um modelo de PREVENÇÃO E CUIDADO INTEGRADOS voltado para Doenças Crônicas? Atua precocemente no ciclo evolutivo da doença no sentido de impedir a progressão e reduzir as potenciais complicações. Desenvolve autonomia nos portadores para o auto-cuidado e controle da doença, reduzindo a necessidade subseqüente de intervenções agudas, permite que as pessoas mantenham sua autonomia e permaneçam saudáveis e com qualidade de vida o maior tempo O que é um modelo de PREVENÇÃO E CUIDADO INTEGRADOS voltado para Doenças Crônicas? • abordagem pro-ativa • utiliza múltiplas estratégias de intervenção • visa melhorar a saúde de todos os pacientes diagnosticados e não somente daqueles que procuram espontaneamente um profissional de saúde (base populacional) • Estabelece objetivos e metas • busca parcerias entre os cuidadores, organizações, indivíduos, famílias e grupos da comunidade • inclui um componente de avaliação para assegurar-se de que os programas estejam alcançando suas metas e objetivos Promoção da Saúde e Prevenção das DCNTs: os grandes desafios • Informar, sensibilizar e motivar o setor público, políticos e a sociedade (advocacy) • Desenvolver e implementar politicas econômicas e ambientais e suporte legal • Modificar os fatores de risco • Envolver o setor produtivo e de negócios e a comunidade • Mitigar os impactos da pobreza e da urbanização • Reorientar os sistemas de saúde Modelo de Cuidado Crônico (Chronic Care Model-CCM) www.who.int/chp www.improvingchroniccare.org Ed Wagner, M.D., M.P.H., : MacColl Institute for Healthcare Innovation (USA) BRASIL “SAÚDE - Direito de todos e Dever do Estado Constituição Federal de 1988 Artigo 196 Sistema Único de Saúde- SUS Universalidade com Equidade , Integralidade da Atenção com Participação e Controle Social Lei 8080 de 19/09/1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Lei 8142 de 28/12/1990 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Brasil –DESAFIOS Dimensão continental e desigualdades sociais e regionais Dupla carga de doenças: infectocontagiosas endêmicas e reemergentes + doenças crônicas não transmissíveis Municípios, por número de habitantes 2007(IBGE) Total Até 5.000 hab. 5.001 a 20 000 hab 20 001 a 100 000 hab. 100 001 a 500 000 hab. Mais de 500 000 hab. 189.612.814 habitantes (projeção IBGE - 2009) 142.209.610: população usuária do SUS 75% (99,1% a 66%) 5 564 1.371 2.582 1.344 231 36 Atenção Primária à Saúde Agora mais do que nunca!! 30 anos da Conferência de Alma-Ata (1978) sobre Cuidados Primários em Saúde, como RESPOSTA ao reconhecimento de que é “política, econômica e socialmente inaceitável” a desigualdade em Saúde e que Saúde é um DIREITO dos povos e das nações. Estado de Saúde de uma população Valores, Princípios e Atributos de um sistema de saúde orientado pela APS. OPAS, 2006 Da Atenção MÉDICA Primária à Atenção Primária à Saúde Construindo a equipe “certa”/eficiente “ Uma EQUIPE é um (pequeno) número de pessoas com habilidades complementares, comprometidas com um propósito único e com um conjunto de objetivos e metas, utilizando estratégias pactuadas com as quais estejam mutuamente responsáveis” Wisdom of Teams by Katzenbach “Saúde não é a ausência de danos. Saúde é a força de viver com esses danos” 2009 Saúde da Família 29.100 equipes 227.700 ACS 5.220 municípios cob: 94.2 milhões de pessoas Distribuição de fatores de risco e agravos crônicos na rede de serviços de saúde Atenção especializada (ambulatorial e hospitalar) Doença instalada Sobrepeso/Obesidade Paciente em risco para DCV , DM Tabagismo Sedentarismo Alcoolismo Atenção Básica Alimentação inadequada (gorduras, excesso de sal, baixo consumo de frutas legumes. e verduras..etc.) Cuidado Domiciliar Diabetes Hipertensão Portadores de Complicações (pé diabético, DRC, DCV, Retinopatia, ICC) LINHA de CUIDADO Riscos Urgência/ Emergência Promoção da Saúde , Prevenção e Cuidado às DCNT ao longo do ciclo de vida Sem doença Doença subclínica PREVENÇÃO : estratégias e ações que visam prevenir doenças e complicações em populações de risco. Primária Secundária Doença clínica: sintomas PROMOÇÃO DA SAÚDE : estratégias e ações que visam manter a saúde , evitando o aparecimento de doenças. Tem como foco a população em geral. Complicações Sequelas Incapacidades Morte Promoção da Saúde • • • Objetivo geral Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais Incorporar e implementar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica; Programas/ações prioritárias: Determinantes Sociais da Saúde Saúde na Escola-MS e MEC Estímulo à atividade física http://www.determinantes.fiocruz.br/ Programa Saúde na Escola Decreto Presidencial Nº. 6.286/2007 Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências OBJETIVOS: prevenir e promover saúde dos escolares, por meio de avaliações do estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e diabetes, controle de cárie, acuidade visual e auditiva e também psicológica Avaliação Nutricional Avaliação Clínica Componentes da Saúde: responsabilidade das equipes de SF PORTARIA No- 1.861, DE 4 DE SETEMBRO DE 2008 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE PSF Avaliação Saúde Bucal Avaliação Psicossocial Estabelece recursos financeiros pela adesão ao PSE para Municípios com equipes de Saúde da Família, priorizados a partir do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, que aderirem ao Programa Saúde na Escola - PSE. Gestão Sanitária no SUS: Pacto pela Saúde Dimensões: Pacto de Gestão do SUS Pacto pela Vida Pacto em Defesa SUS Reafirmação do sistema público de saúde que garanta a equidade e o acesso universal e efetivação de acordos entre as três esferas de gestão do SUS Conjunto de COMPROMISSOS SANITÁRIOS que deverão expressar uma prioridade dos três entes federativos, com definição das responsabilidades de cada um Redefinição de responsabilidades coletivas por resultados sanitários em função das necessidades de saúde da população. Definição das RESPONSABILIDADES DE CADA ENTE FEDERATIVO e criando espaços de co-gestão;inovações nos processos e instrumentos de gestão visando maior efetividade, eficiência e qualidade de suas respostas . Pacto pela Vida O Pacto pela Vida concretiza uma agenda nacional de prioridades que os três entes federados devem perseguir, com objetivos, metas e indicadores a serem utilizados no processo de monitoramento e avaliação. Saúde do idoso; Controle do câncer de colo de útero e da mama; Redução da mortalidade materna e infantil; Fortalecimento da atenção básica; Promoção da saúde, com ênfase na atividade física regular e alimentação saudável; Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza. Além das áreas estratégicas definidas pelo gestor federal, os gestores estaduais e municipais devem acrescentar outras áreas e ou ações de saúde, considerando seus planos de governo. Avaliação e monitoramento dos resultados Objetivos e metas devem ser discutidas, entendidas e pactuadas pela equipe; devem ser mensuráveis e focadas nos resultados como: impacto, qualidade , satisfação do paciente, eficácia, etc… 1.Indicadores do pacto de gestão 2.Monitoramento contínuo de qualidade (módulo de monitoramento do sis-Hiperdia) 3.Monitoramento através de sistemas locais próprios 4.Pesquisas IVDS: ÍNDICE DE VALORIZAÇÃO DE DESEMPENHO EM SAÚDE (SISPACTO) Pacto de Gestão Monitoramento e análise dos indicadores Morbidade hospitalar (resultado): 1-Taxa de internações por diabetes mellitus e suas complicações na população de 30 a 59 anos determinado local e período / População de 30 a 59 anos no mesmo local e período x 10.000 2-Taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 30 a 59 anos determinado local e período / População de 30 a 59 anos no mesmo local e período x 10.000 3-Taxa de internações por insuficiência cardíaca congestiva (ICC) na população 30 a 59 anos determinado local e período / População de 30 a 59 anos no mesmo local e período x 10.000 Taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população entre 30 e 59 anos de 2000 / 2008 Taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população entre 30 e 59 anos - 2000 / 2008 12,0 Nº absoluto: 48.718 a 42.753 ( -5.965) 10,0 tx de internação 8,0 Variação da Tx de internação: 9,7 a 6,2 (< 3,5 ) 6,0 4,0 2,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano Taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população entre 30 e 59 anos - 2000 / 2008 2008 Taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 40 anos e mais de 1998 / 2008 Taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 40 anos e mais - 1998 / 2008 50,0 45,0 Nº absoluto: 178.332 a 145.106 ( -33.226) 40,0 tx de internação 35,0 30,0 Variação da Tx de internação: 43,6 a 24,3 (< 19,3 ) 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano Taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 40 anos e mais - 1998 / 2008 2008 Taxa de internações por DM e complicações na população entre 30 e 59 anos de 2000 / 2009 E voluç ão da T axa de internaç ões por Diabetes Mellitus na populaç ão entre 30 e 59 anos . R eg iões e B ras il - 2000 / 2009 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2000 F onte: S IH 2001 2002 NO R T E S UL 2003 2004 2005 NO R D E S T E C E NT R O -O E S T E 2006 2007 S UD E S T E B R AS IL 2008 2009 Pacto de Gestão Monitoramento e análise dos indicadores OPCIONAL: Indicador de cobertura no SIS-Hiperdia (processo) : 1-Número de portadores de hipertensão arterial e de diabetes melitus cadastrados no SIS- HiperDia / Nº de portadores de hipertensão arterial estimados (Vigitel) x 100 2-Número de portadores de hipertensão arterial e de diabetes melitus acompanhados no SIS- HiperDia / Nº de portadores de hipertensão arterial e de diabetes melitus cadastrados no SIS-Hiperdia x 100 Programação pactuada integrada (PPI) A organização da assistência, tendo como principal porta de entrada a atenção básica, é condição fundamental para a estruturação das demais áreas, bem como para a viabilização dos fluxos estabelecidos através da Programação Pactuada e Integrada A PPI da Assistência tem por objetivo organizar a rede de serviços, dando transparência aos fluxos estabelecidos e definir, a partir de critérios e parâmetros pactuados, os limites financeiros destinados à assistência da população própria e das referências recebidas de outros municípios. Importante: definição de parâmetros de referência assistenciais: séries históricas de produção (podem reproduzir desvios já existentes) balizados pelos protocolos. Parâmetros assistenciais Saúde do adulto- DM e HA SAÚDE DO ADULTO Atendimento no 1º nível-Atenção básica DIABETES MELLITUS Ações/População alvo Parâmetro/% da população Parâmetro/% da população População alvo (IBGE) População =>18 anos ou =>35 anos?? (definir fx de idade) 5,3% (pop =>18 a) População =>18 anos ou =>35 anos?? (definir fx de idade) Definir-65% 65% da população coberta 4 cons/pac./ano 6 cons/pac./ano 6 r.e./pac/ano Definir-70% 80% da população coberta 4 /pac/ano 6 cons/pac/ano 6 r.e./pac/ano Prevalência-usar % rferencia doVIGITEL do estado Cobertura Atendimento em UBS Cons. Médica Cons. Enfermagem Ativ. Educativas Unid.(grupos de 10 a 15 pessoas) Visita domiciliar ACS 22,9% (pop =>18 a) 12v.d./pac./ano 12 v.d./pac./ano Consulta de Nutrição Glicemia capilar na unid. Glicemia em jejum ECG Hemoglobina glicolisada 4/pac/ano 12/pac/ ano 2/pac/ano 12/pac/ano 1 /pac/ano 4/pac/ano 4/pac/ano 2 /pac/ano Colesterol total HDL LDL Triglicerídeos Creatinina Ácido Urico Microalbuminuria EAS Mapeamento de Retina 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 1/pac/ano 0,01Xnº DM previstos 5 proc/paciente 1/pac/ano Curativo c/ debrid. em pé diabético Curativo simples Potássio Hematócrito 1/pac/ano 1/pac/ano PPI: acesso O estado/município deve (a depender da sua condição de gestão) definir sua população-alvo prioritária e % de cobertura mínimo para atendimento nas UBS A partir dos parâmetros assistenciais , definir os quantitativos de exames e procedimentos necesarios e buscar garantir o acesso através de pactuações bipartites e financiamento A PPI é peça fundamental para a constituição de redes assistencias Redes de Atenção e TEIAS Gestão da demanda: equilíbrio entre a demanda e a oferta de forma justa e eficiente Pencheon, D. BMJ 1998;316:1665-1667 Institute of Public Health, University Forvie Site, Cambridge Financiamento Portaria 204 GM 29/01/07 Define que o custeio das ações de saúde é de responsabilidade das três esferas de Gestão do SUS, observando o disposto na Constituição Federal e Lei Orgânica do SUS. Criação dos 05 blocos de financiamento I – Atenção Básica II – Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar. III – Vigilância em Saúde. IV – Assistência Farmacêutica. V – Gestão do SUS. Gestão e Visão compartilhadas As mudanças não será alcançada sem uma clara visão compartilhada de todos os níveis do sistema – do nível de gestão nacional até o nível local e os trabalhadores da linha de frente Uma clara visão abrangente a nível nacional precisa ser acompanhada de propostas concretas no nível local através de regras simples (regulamentações, portarias etc) e instrumentos práticos para os trabalhadores e as equipes de linha de frente Metas de desempenho e estruturas de prestação de contas deve formar um todo coerente e estar claramente ligados a esta visão compartilhada “Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no meu bairro, acontece comigo. Então, eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida”. Herbert Souza, Betinho Modelo de Cuidado Crônico (Chronic Care Model-CCM) www.who.int/chp www.improvingchroniccare.org Ed Wagner, M.D., M.P.H., : MacColl Institute for Healthcare Innovation (USA) Prevenção e Cuidado integrados para o Controle da Hipertensão Arterial e Diabetes Melitus Prevenção Educação (portadores e profissionais de saúde) Cuidado (Assistência) Vigilância Pesquisas • As ações de Prevenção e Controle de HÁ e DM estão inseridas na AB como área estratégica e prioritária de ação • Os atributos inerentes à APS/SF são fundamentais para a prevenção e melhor controle das DCNT -acesso, longitudinalidade, integralidade , coordenação do cuidado, participação social. Quais são as NECESSIDADES de saúde da nossa comunidade? Qual a nossa DEMANDA? Qual a nossa população-alvo? Prioridades? Qual a nossa OFERTA? “ Gerenciar a pressão sobre o serviço de saúde é gerir as expectativas e os direitos dos profissionais para tratar assim como gerir as expectativas dos pacientes para serem tratados”. David Pencheon Institute of Public Health, University Forvie Site, Cambridge Identificando a popuação-alvo: VIGITEL 2006-2007-2008 Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico Um dos principais objetivos do VIGITEL é o de propiciar séries históricas que caracterizem a evolução anual da freqüência dos principais fatores de risco e proteção para doenças crônicas no país Pacientes com condições crônicas : gerenciamento e o auto-cuidado É claramente evidente que para a grande maioria das pessoas com condições crônicas de longo prazo, o cuidado dessas condições é essencialmente o AUTO-CUIDADO. Educação para a Saúde (desenvolvimento de AUTONOMIA ) deve ocorrer simultaneamente em diversos espaços sociais : famílias, escola, igrejas, local de trabalho, unidades/centros de saúde, comunidades. Conformação de uma rede social ampla que deve ser reforçada por veículos de comunicação local: rádios comunitárias, jornais, boletins etc . Portadores de Hipertensão Arterial (auto-referidos) Brasil, Vigitel 2008 8.000.000 Total Brasil pop adulta (= > 18 anos) 7.000.000 6.000.000 5.000.000 4.000.000 33.085.238 portadores auto-referidos 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 18-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65 e + 1.548.606 3.743.301 5.405.551 7.637.940 6.911.205 7.838.635 masculino 655.777 1.771.748 2.441.031 3.392.618 3.568.322 2.900.295 feminino 866.761 1.973.238 2.949.416 4.236.617 3.941.680 4.842.182 geral 70,0 60,0 50,0 40,0 Média: 23,1% da população adulta 30,0 20,0 10,0 0,0 18-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65 e + geral 6,3 11,5 20,9 36,8 51,6 60,6 masculino 5,3 11,0 19,5 34,2 46,6 51,4 feminino 7,1 12,0 22,1 39,1 55,6 66,4 Portadores de Diabetes Melitus (auto-referidos) Brasil, Vigitel 2008 3.000.000 2.500.000 Total Brasil pop adulta (= > 18 anos) 7.767.078 portadores auto-referidos 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 25 18-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65 e + geral 122.905 260.404 879.372 1.764.198 2.062.646 2.677.553 masculino 86.612 96.641 450.652 763.835 970.886 1.060.808 feminino 36.624 164.437 427.065 1.007.686 1.091.760 1.589.753 20 15 Média: 5,2% da população adulta 10 5 0 18-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65 e + geral 0,5 0,8 3,4 8,5 15,4 20,7 masculino 0,7 0,6 3,6 7,7 15,4 18,8 feminino 0,3 1,0 2,3 9,3 15,4 21,8 Saúde da Família: cálculo da população-alvo (prevalência de DM e HA auto-referidos na população adulta) DM: 5,2% = 7.767.078 HA: 23,1%= 33.085.238 Saúde da Família Estimativa de portadores/equipe: média cobertura 3.500 pessoas população => 18 anos : 2.205 pessoas Cada equipe de Saúde da Família deve cuidar de: 115 portadores de Diabetes 509 de Hipertensão Arterial Integração AB x Vigilância à Saúde: Definição da população a ser cuidada (população-alvo) Sistema de Vigilância de DCNT Escore de risco pra DM- instrumento de busca ativa/prevenção primária do DM e avaliação de risco para planejar a demanda da unidade de saúde /equipe Cuidado do Diabetes Melitus e Hipertensão Arterial Doenças Crônicas são agravos à saúde que representam maior carga/custo tanto sobre o ponto de vista econômico e sobretudo humano. Para reduzir essa carga hoje e para futuras gerações é fundamental identificar e implementar medidas custo-efetivas para a prevenção e cuidado integral desse agravo. Requer cuidado continuado e desenvolvimento de autonomia para o auto-cuidado dos portadores para prevenir complicações agudas e reduzir o risco de complicações de longo prazo. É uma tarefa complexa e exige muito mais que o controle da glicemia e/ou pressórico Diretrizes para a ação Conhecer o território e identificar problemas / necessidades Eleger prioridades-Obesidade, HA, DM, DCV... Definir os objetivos e estabelecer metas Definir e implementar as ações de saúde Estabelecer qual é a equipe de trabalho e o papel de cada um Estabelecer um sistema de registro e acompanhamento Estabelecer indicadores para monitoramento e avaliação Vigilância em saúde Educação permanente Atenção por “Linha de Cuidado” Evolução PROMOÇÃO DA SAÚDE Baixo risco Sinais precoces Risco Sintomas DOENÇA Ações preventivas Rastreamento GERENCIAMENTO DA DOENÇA Adaptado de: Drug & Ther Perspect 14(12):14 - 16, 1999 Adis International Limited 1 Diretrizes e Linhas-Guia Diretrizes clínicas Diretrizes para prática clínica; são recomendações desenvolvidas de modo sistemático para auxiliar os profissionais de saúde e pacientes na tomada de decisões acerca de circunstâncias clínicas específicas. Cadernos de Atenção Básica Linhas-guias idade Prevenção Primária Quantos têm HÁ e/ou DM e não sabem?? Quantos estão em risco? O que fazer para evitar ou retardar o aparecimento do agravo? Rastreamento populacional para risco de DM Recomendação: • Estratégia para rastrear pessoas em risco de desenvolver diabetes deve ser uma ação de rotina dos serviços de saúde utilizando escores de risco disponíveis. (Classe II, nível de evidência A) . • Pacientes com doença cardiovascular já estabelecida devem ser avaliadas para diagnóstico de DM ( Classe I, nível de evidência B). Glicemia capilar para Publicado pela Finnish Diabetes Association em 2001 rastreamento populacional não é custo-efetivo dentro das evidências científicas atuais Desafios para prevenção e cuidado da HA • 44% das pessoas não sabem se sua pressão está normal ou alterada • 80% das pessoas não associam a hipertensão às doenças cardiovasculares • 63% acreditam que a hipertensão não é um condição ou agravo importante e sério para a saúde • 38% dos portadores acham que podem controlar a pressao alta sem a ajuda de um profissional de saúde • 54.9% dos pacientes hipertensos entre 20-39 de idade não tomam os medicamentos conforme prescrito e 17.3% dos portadores entre of 40-59 e 4.6% dos pacientes >60 de idade sequer estão em tratamento farmacológico • Fumantes que são também hipertensos de todas as idades são menos propensos a adesao ao tratamento medicamentoso Can J Cardiol 2005;21:589-93 Can J Cardiol, 2008. 24; 6: 485-490 História natural da Hipertensão (não tratada) Prevenção de DCV Não há evidência de que o rastreamento em massa para a detecção de fases iniciais da doença coronária ou acidente vascular cerebral é uma forma custo-efetiva de prevenir a doença. O QUE FAZER??? Detecção de fatores de risco biológico ou de estilos de vida para diagnosticar pessoas de alto risco: metodologias de avaliação do risco devem ser estabelecidos e estar disponíveis rotineiramente. Ex: ESCORES DE RISCO acesso garantido e oportuno entre o rastreamento e as medidas terapêuticas e de cuidado continuidade do cuidado Estimativa do risco absoluto para DCV Como fazer para avaliar o risco de DCV com rapidez e facilidade? Aqueles com : - DCV já estabelecida - Diabetes tipo 2 ou diabetes tipo 1 com microalbuminúria; - Níveis muito elevados de fatores de risco individuais já estão em risco aumentado de DCV Para todas as outras pessoas, os escores de risco podem ser usados para estimar o risco absoluto; isto é extremamente importante porque muitas pessoas podem ter leve aumento dos níveis de vários fatores de risco que, em combinação, podem resultar em inesperadamente altos níveis de risco para DCV total ... Escore de Framigham Reduzindo DCV Tratando a hipertensão e outros fatores de risco Tratamento baseado nos lípides (estatina) Tratamento Tratamento baseado no baseado na PA Risco Absoluto (ASA, lipideos, PA) Predicted Reduction in Major CVD (%) 0 -5 -10 -15 -6 -6 -9 -12 -8 -10 -17 -20 -25 -30 -35 Treatment thresholds Top 10% Top 20% Top 30% -40 Indivíduos em maior risco se beneficiam mais com medidas preventivas. -28 -37 Adapted from Emberson et al. Eur Heart J. 2004;25:484-491. Risco de DRC-doença renal crônica Depuração ou clearance de creatinina Estágio I: depuração de creatinina ≥ 90 ml/min Estágio II: depuração de creatinina entre 60 – 89 ml/min Estágio III: depuração de creatinina entre 30 – 59 ml/min Estágio IV: depuração de creatinina entre 15 – 29 ml/min Estágio V: depuração de creatinina < 15 ml/min Assistência farmacêutica: Portaria nº 2.982 de 26 de novembro de 2009 RENAME 2008-Relação Nacional de Medicamentos Essenciais e nos Protocolos Elenco de referência : Alfametildopa 250mg -para uso por gestantes Anlodipino 5 mg e 10 mg Captopril 25 mg; Enalapril 5, 10 e 20 mg Propranolol (cloridrato) 40 mg ; Atenolol 50 mge 100 mg; Metoprolol 50 e 100 mg Hidroclorotiazida 12,5 e 25mg Losartan 50 mg Glibenclamida 5mg ; Glicazida 30mg( liberação controlada) Metformina 500 e 850mg Digoxina 0,25 mg HD Sinvastatina 40 mg Ácido acetilsalicílico 100 mg Insulina R e Insulina NPH 100UI frasco ampola (Aquisição e distribuição de responsabilidade do MS) Insumos para o auto-cuidado de DM (aquisição e distribuição de responsabilidade de estados e municípios) Cuidado do Diabetes: Lei nº 11.347 de setembro de 2006 Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educa ção para diabéticos. Portaria nº 2.583, de 10 de outubro de 2007 Define elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, nos termos da Lei nº 11.347, de 2006, aos usuários portadores de diabetes mellitus. INSUMOS: a) seringas com agulha acoplada para aplicação de insulina (reutilizável até por 8 aplicações no mesmo indivíduo) b) tiras reagentes de medida de glicemia capilar; c) lancetas para punção digital. A prescrição para o automonitoramento será feita a critério da Equipe de Saúde responsável pelo acompanhamento do usuário portador de diabetes mellitus, observadas as normas estabelecidas no Anexo da Portaria. Os usuários portadores de diabetes mellitus insulinodependentes devem estar inscritos nos Programas de Educação para Diabéticos, promovidos pelas unidades de saúde do SUS. Financiamento da Assistência Farmacêutica Portaria nº 2.982 de 26 de novembro de 2009 Aprova as normas de execução e de financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica O financiamento da assistência farmacêutica básica é responsabilidade das três esferas de gestão, devendo ser aplicados os valores mínimos definidos nesta Portaria. Parágrafo único - Valores mínimos aplicados para Medicamentos do Elenco de Referência: I - União: R$ 5,10 por habitante/ano II – Estados e Distrito Federal: R$ 1,86 por habitante/ano III - Municípios: R$ 1,86 por habitante/ano Secretarias Estaduais e as Municipais de Saúde responsáveis pela pactuação nas CIB, do Elenco de Referência Estadual, de acordo com a necessidade local/regional Desde que contemplados na RENAME vigente, os Municípios poderão definir outros medicamentos além daqueles previstos no Elenco de Referência Nacional e Estadual e poderão ser custeados com recursos previstos no art. 2º desta Portaria. Não poderão ser custeados com recursos previstos no art. 2º desta Portaria medicamentos não-constantes da RENAME vigente Financiamento da Assistência Farmacêutica (cont.) Insulina e Insumos para Diabetes Art. 6º-O Ministério da Saúde financiará, com recursos distintos a aquisição e a distribuição às Secretarias de Saúde dos Estados dos medicamentos Insulina Humana NPH 100 UI/mL e Insulina Humana Regular 100 UI/mL. Parágrafo único. Os quantitativos desses medicamentos são adquiridos e distribuídos pelo Ministério da Saúde conforme a programação anual encaminhada pelas Secretarias Estaduais de Saúde, cabendo aos gestores estaduais sua distribuição aos Municípios. Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pelo financiamento dos insumos complementares relacionados abaixo, definidos pela Portaria nº 2.583/GM/MS, de 10 de outubro de 2007, destinados aos usuários insulinodependentes de que trata a Lei Federal nº 11.347/2006, cujo valor a ser aplicado por cada esfera de gestão é de R$ 0,50 por habitante/ano, ficando o repasse condicionado à comprovação pelos gestores da utilização integral dos recursos: I - tiras reagentes para medida de glicemia capilar; II - lancetas para punção digital; III - seringas com agulha acoplada para aplicação de insulina. Número de frascos de insulina NPH por 100.000 habitantes, Unidades Federadas, 2008 Insulina Humana NPH 100 UI/ml 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 RO AC AM RR AP PA TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF BR INSULINA NPH 3.053 2.570 2.084 2.070 1.682 1.103 2.788 1.863 2.574 2.933 3.901 4.944 4.270 3.582 5.261 3.324 8.037 6.445 4.284 10.54 6.421 6.748 7.711 4.980 3.868 4.294 8.013 6.083 Fonte: MS/ Assistência Farmacêutica Assistência Farmacêutica-ampliação de acesso a medicamentos 1-Unidade Básica de Saúde : Portaria nº 2.982 de 26 de novembro de 2009 Deve dispor do Elenco de Referência composto por medicamentos e insumos que se destinam a atender aos agravos prevalentes e prioritários da atenção básica à saúde e constantes da RENAME vigente, além das Insulinas e Insumos para Diabetes. 2- A Farmácia Popular do Brasil é um programa do Governo Federal para ampliar o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. 3-Aqui tem Farmácia Popular: medicamentos para o tratamento da hipertensão e diabetes e anticoncepcionais Disponíveis em Farmácias e drogarias privadas cadastradas ao programa, com preços até 90% menores dos que são cobrados nos estabelecimentos privados nãocadastrados. Assistência Farmacêutica DESAFIOS Gestão da Assistência Farmacêutica Uso Racional de Medicamentos Adesão ao Tratamento Adesão: Fenômeno Multidimensional Adesão a terapias de longo prazo –World Health Organization-2003 Núcleos de Apoio ao Saúde da Família PORTARIA GM Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. Objetivo: ampliar a abrangência , o escopo e a resolutividade da atenção básica no território de atuação NASF não se constituem em porta de entrada do sistema Devem atuar de forma integrada à rede de serviços de saúde, a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes Saúde da Família com responsabilidade compartilhada e processo de acompanhamento longitudinal de responsabilidade da equipe, reforçando o papel de coordenação do cuidado no SUS. Deve buscar instituir a plena integralidade do cuidado físico e mental aos usuários do SUS por intermédio da qualificação e complementaridade do trabalho das Equipes Saúde da Família - ESF. Núcleos de Apoio ao Saúde da Família: constituição NASF 1 : composto por, no mínimo cinco profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes. Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 1 as seguintes ocupações : Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional. NASF 2 composto por no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes . Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 2 : Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo; e Terapeuta Ocupacional. Modelo de Cuidado Crônico (Chronic Care Model-CCM) www.who.int/chp www.improvingchroniccare.org Ed Wagner, M.D., M.P.H., : MacColl Institute for Healthcare Innovation (USA) Sistema eletrônico de informações clínicas Um componente essencial de um sistema de saúde reorientado para atenção a portadores de doenças crônicas Vincula o portador à equipe e não permite que ele “desapareça do radar “ e possibilitando antecipar as ações (prevenção) Sistemas de informação devem possibilitar as três funções fundamentais para gestão clínica: planejamento do cuidado a partir das necessidades coordenação da atenção (redes integradas) monitoramento/avaliação da qualidade do atendimento. Sistema de Informação Vínculo do paciente com a unidade e Auxilia a equipe de saúde identificar o paciente monitorar o cuidado fazer busca-ativa para acompanhamento identificar faltosos Obter informações para planejamento e gerência da unidade Permite acesso oportuno a: dados clínicos e delaboratório procedimentos clínicas anteriores (pelo mesmo ou outro profissional) dados de contato do paciente busca –ativa monitoramento contínuo da qualidade outros….. GIL, SIS-Hiperdia,…. Cartão-SUS Prontuário eletrônico Possibilidades: informações, metas e indicadores Metas: “Identificar, cadastrar e acompanhar 50% do número de pacientes estimados com HAS no período de 2 anos de implantação, com um incremento de 5% a cada ano”. Informações/Indicadores: • Nº de HA, DM e DM com HÁ cadastrados por área/prevalência • Nº cadastrados com PA e/ou níveis glicêmicos controlados; • Classificar os cadsastrdos por risco: DR, DCV, etc • Identificar faltosos às consultas; • Permite acompanhar desfechos desfavoráveis: amputações, AVC, IM , inclusive morte Indicadores de Qualidade para monitoramento contínuo • • • • A1c = <7 Nível pressórico =< 140 x 90 mmHg ou 130 x 80 em diabéticos IMC Número de consultas/ano SIS-HiperDia SIS-HiperDia Cobertura do SIS-Hiperdia/UF % Cobertura de portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus cadastrados no Hiperdia, por ESTADOS, considerando como meta, 70% dos portadores auto referidos no Vigitel 2008. BRASIL/1999- junho 2009 140,0 Prevalência estimada: Vigitel 2008 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF % cobertura HA hiperdia x Vigitel 2008 48,537,8 18,634,5 21,514,8 69,038,6 48,024,7 26,540,2 17,624,6 31,629,4 35,447,1 12,017,7 41,738,6 21,931,1 44,527,7 9,8 % cobertura DM hiperdia x Vigitel 2008 60,848,3 31,875,7 41,429,9 118, 68,1 46,026,5 35,160,5 32,038,3 44,844,9 54,276,8 21,933,9 58,958,1 29,338,7 70,048,0 37,1 % cobertura HA hiperdia x Vigitel 2008 % cobertura DM hiperdia x Vigitel 2008 Cobertura do SISHiperdia/Capitais % Cobertura de portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus cadastrados no Hiperdia, por CAPITAIS, considerando como meta, 70% dos portadores auto referidos no Vigitel 2008. BRASIL/1999- junho/2009 120,0 Prevalência estimada: Vigitel 2008 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 % co bertura HA hiperdia x Vigitel 2008 Capital P o rt Rio o M an B o a B ele M ac P alm São B ran Velh aus Vista m apa as Luis co o 25,0 40,8 10,5 41,3 6,6 16,5 45,6 20,3 Rio P o rt Cam Jo ao B elo São Flo ri o po Tere Fo rta Recif M ac A rac Salva Vito ri de Curiti Ho riz P aul ano p Natal P ess sina leza e eio aju do r a Janei ba A legr Gran oa o nte o o lis ro e de 33,9 2,5 10,5 17,9 9,1 9,5 0,0 7,7 6,9 45,0 0,0 2,6 0,0 22,6 1,7 0,0 % co bertura DM hiperdia x Vigitel 2008 Capital 48,8 46,8 62,5 22,3 92,8 22,7 35,1 102,0 73,6 6,3 20,0 54,4 26,1 % cobertura HA hiperdia x Vigitel 2008 Capital 21,8 0,0 21,0 12,2 86,0 0,0 5,4 0,0 45,9 3,1 % cobertura DM hiperdia x Vigitel 2008 Capital 0,0 Cuia Go ia B rasi ba nia lia 61,1 4,5 9,8 97,7 9,8 37,1 Sis-Hiperdia Sistema de cadastro e acompanhamento de portadores de HÁ e DM na rede básica Fem. Masc. 15-19 13.195 8.725 20-24 27.268 16.136 25-29 59.228 28.155 30-34 116.768 49.703 35-39 217.494 89.060 40-44 366.055 150.592 45-49 539.205 225.361 50-54 668.260 296.179 55-59 683.467 333.656 60-64 647.676 350.366 65-69 574.543 331.609 70-74 455.172 272.896 75-79 309.163 189.028 Cadastro por sexo e faixa etária +80 279.336 163.073 Brasil http://hiperdia.datasus.gov.br/ Política Nacional de atenção integral à Saúde do Homem Objetivo geral: facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde Plano de Ação Nacional (2009-2011) Oito eixos de ação Metas principais: atingir 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos para que procurem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano ; criar mecanismos para melhorar a assistência oferecida a essa população e promover uma mudança cultural. Ações integradas (DM e Hansen) Valorizar os cuidados com o “pé neuropático”, seja em conseqüência da hanseníase seja do diabetes, como uma ação cotidianamente negociada com o paciente. http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ulcera.pdf Modelo de Cuidado Crônico (Chronic Care Model-CCM) www.who.int/chp www.improvingchroniccare.org Ed Wagner, M.D., M.P.H., : MacColl Institute for Healthcare Innovation (USA) Educação em Saúde Desenvolvimento de Autonomia para o autocuidado “As pessoas necessitam de um cuidado que as torne capazes de manejar seus problemas de saúde crônicos. Elas precisam de apoio para fazer escolhas saudáveis, para seguir seu tratamento e manter-se fisicamente ativas e usufruir a vida com qualidade. O sistema de saúde deve ser capaz de desenvolver habilidades para ajudar os pacientes nesses objetivos” Michael Von Korff, ScD, pesquisador senior no CHS EDUCAÇÃO: uma tecnologia Trabalho médico 03 “VALIZES” Merhy,EE 1998 Tecnologias “duras”: máquinas,estetoscópio, medicamentos exames, etc etc Tecnologias “leveduras”: Conhecimento, a bagagem cultural acadêmica-clinica, epedemiologia,etc EDUCAÇÃO Tecnologias “leves”: Relações-profissionais de diferentes saberes, relação usuários e famílias, comunidade Recomendações internacionais (Evidências) Protocolo de diabetes, pre-diabetes e doença cardiovascular 2008-The Task Force on Diabetes and Cardiovascular Diseases of the European Society of Cardiology (ESC) and of the European Association for the Study of Diabetes (EASD) Recomendações: Educação em saúde estruturada para o portador melhora o controle metabólico e pressórico. (Class I, Level of Evidence A). Terapêutica não-farmacológica de medidas comportamentais para mudanças de estilos de vida melhoram o controle metabólico. (Level A, Class I). O auto-cuidado melhora o controle glicêmico. (Class I, Level of Evidence A). Estratégias de auto-cuidado Grupos terapêuticos (5As) AVALIAR: crenças, comportamento e conhecimento atual ACOMPANHAR : especificar plano de acompanhamento e monitoramento(EX: visitas, telefonemas, correio lembretes, visita do ACS ACOLHER fornecer informações específicas sobre os riscos à saúde e os benefícios da mudança Plano de Ação pessoal 1. Listar de objetivos comportamentais específicos: 2. Listar facilidades e barreiras e estratégias de enfrentamento 3. Especificar objetivos e metas e um plano de acompanhamento 4. Compartilhar o plano com a equipe e o suporte familiar ASSISTIR: Identificar dificuldades pessoais, propor estratégias e técnicas de resolução de problemas e buscar suporte social e ambiental Glasgow RE, et al (2002) Ann Beh Med 24(2):80-87 ACORDAR (PACTUAR): pactuar metas e objetivos de forma colaborativa baseados nos interesses e na confiança do paciente e na sua capacidade de alterar o comportamento Construindo uma estratégia nacional de Educação em Saúde pra o auto-cuidado em Diabetes Formação e o aperfeiçoamento de profissionais de saúde que atuam na rede básica, de modo a estimular e aprimorar o desenvolvimento de ações e atividades de apoio à realização do autocuidado pelo portador de Diabetes Mellitus tipo 2 (expandir para HA e outras DCNT). Estratégias: 1-Formação tutores a nível nacional e regional para estabelecer uma rede local de agentes entre profissionais de saúde, membros das comunidades, lideranças comunitárias. 2-Desenvolvimento de materiais informativo e educativo, metodologias de educação para portadores e famílias e suporte para decisão dos profissionais de saúde da equipe: 3-2ª opinião formativa Diabetes: Estratégias e Ferramentas •Materiais educativos impressos •CDs e Videos •Programa de educação continuada •Segunda opinião educacional •Discussão de casos clínicos, em tempo real •Oficinas locais •Rede interativa com tutores •Biblioteca virtual •Comunidade virtual para o compartilhamento de experiências http://www.telessaudebrasil.org.br/ Educação Permanente em Saúde O programa cria condições para o funcionamento de uma rede colaborativa de instituições acadêmicas, serviços de saúde e gestão do SUS, destinada a atender necessidades de formação e educação permanente em saúde em áreas estratégicas. Website-CNHD www.saude.gov.br/hipertensao-diabetes Modelo de Cuidado Crônico (Chronic Care Model-CCM) www.who.int/chp www.improvingchroniccare.org Ed Wagner, M.D., M.P.H., : MacColl Institute for Healthcare Innovation (USA) Redes Sociais e Parcerias Social Família • Trabalhos de diversos autores, em diversas partes do mundo tem demonstrado que ter redes sociais equilibradas garantem qualidade e quantidade de vida. • Redes sociais abrangem a área da família, do trabalho, das instituições e da sociedade. • Deve-se observar a densidade e a qualidade das redes Indivíduo Parcerias : Institucional Trabalho Sociedades Científicas Universidades e Instituições de Ensino Associações e entidades de portadores Organismos e Entidades nacionais e internacionais Redes comunitárias locais: clubes de serviços, igrejas etc Modelo ecológico de Promoção e Educação em Saúde Community, Environment, Policy Recursos Comunitários : Systems, Organizations, Businesses Family, Friends Peer Groups Individual Encorajar os pacientes e famílias a participarem de programas comunitários reconhecidamente efetivos Promover a interação da Unidade de Saúde com os programas comunitários e as lideranças locais Advogar políticas locais de promoção da saúde , prevenção dos riscos e suporte social para pacientes e famílias Informar e sensibilizar a comunidade para a importância de prevenção de riscos e de cuidado integral a doenças crônicas e às necessidades sociais dos portadores-“Advocacy” Buscar parcerias com organizações sociais e comunitárias par apoiar /desenvolver conjuntamente intervenções que preencham lacunas existentes no serviço de saúde Promover ações intersetoriais de Promoção da Saúde: meio ambiente, educação, justiça, habitação, segurança....... Nós somos o que fazemos repetidas vezes; excelência não é um ato, mas um hábito. Aristóteles Realização Apoio SBEM